Post on 03-Dec-2018
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Reitoria – Câmpus Medianeira
PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DO CÂMPUS SANTA HELENA
DA UTFPR
Cursos propostos:
• Bacharelado em Ciência da Computação
• Engenharia Agrícola
• Licenciatura em Ciências Biológicas
Proposta aprovada pelo Conselho Universitário (Couni) da UTFPR
Deliberação nº. 06/2013, de 28 de junho de 2013
Curitiba - Medianeira, 2013
2
Reitoria da UTFPR
Carlos Eduardo Cantarelli Reitor
Luiz Alberto Pilatti Vice-Reitor
Maurício Alves Mendes Pró-Reitor de Graduação e Educação
Profissional
Fábio Kurt Schineider Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Paulo André de Camargo Beltrão Pró-Reitor de Relações Empresariais e
Comunitárias
Paulo Ienzura Adriano Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Cion Cassiano Basso Assessor de Desenvolvimento Acadêmico
Isaura Alberton de Lima Assessora de Projetos Interinstitucionais
Vilson Ongaratto Assessor de Desenvolvimento Institucional
Adelaide Strapasson Diretora de Gestão de Pessoas
Ivantuil Lapuente Garrido Diretor de Gestão de Tecnologia da
Informação
Ilda Alberto de Carvalho Diretora de Gestão da Avaliação Institucional
Cleonice Mendonça Pirolla Chefe de Gabinete
Leslie de Oliveira Bocchino Procuradora
Aloysio Gomes de Souza Filho Diretor-Geral do Câmpus Apucarana
Heron Oliveira dos Santos Lima Diretor-Geral do Câmpus Campo Mourão
Devanil Antonio Francisco Diretor-Geral do Câmpus Cornélio Procópio
Paulo Osmar Dias Barbosa Diretor-Geral Pró-Tempore do Câmpus Curitiba
Alfredo de Gouveia Diretor-Geral do Câmpus Dois Vizinhos
Alexandre da Trindade Alfaro Diretor-Geral do Câmpus Francisco Beltrão
Marcos Massaki Imamura Diretor-Geral do Câmpus Londrina
Flávio Feix Pauli Diretor-Geral do Câmpus Medianeira
Idemir Citadin Diretor-Geral do Câmpus Pato Branco
Antonio Augusto de Paula Xavier Diretor-Geral do Câmpus Ponta Grossa
Viviane da Silva Lobo Diretora-Geral Pró-Tempore do Câmpus
Toledo
Concepção e Estruturação da Proposta: Antônio Luiz Baú
Diretor de Relações Empresariais e Comunitárias
Câmpus Medianeira – albau@utpfr.edu.br
Cion Cassiano Basso Assessor de Desenvolvimento Acadêmico
Reitoria – cion@utfpr.edu.br
Portal: www.utfpr.edu.br
3
Lista de Figuras
Figura 1 – Localização do Município de Santa Helena no Estado do Paraná. ..................................... 8
Figura 2 – Vista do satélite do município de Santa Helena. ................................................................ 9
Figura 3 – Foto aérea das Instalações Educacionais de Santa Helena............................................... 11
Lista de Tabelas Tabela 1 – Especificação do quadro de TAEs..................................................................................... 13
Tabela 2 – Especificação do quadro docente para os cursos pretendidos........................................ 13
Tabela 3 – Síntese do quadro de servidores necessários à implementação do projeto. .................. 13
Tabela 4 – Cronograma de alocação de servidores para a implantação do Câmpus........................ 14
Tabela 5 – Síntese do quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs). ................ 14
Tabela 6 – Síntese dos recursos financeiros destinados às obras, equipamentos e Assistência Estudantil. ..................................................................................................................................... 15
Tabela 7 – Recursos de custeio necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena para os três anos iniciais. .................................................................................................................................. 15
Tabela 8 – Composição curricular do núcleo básico do curso de Ciência da Computação............... 18
Tabela 9 – Composição curricular do núcleo profissionalizante. ...................................................... 18
Tabela 10 – Composição curricular do núcleo profissionalizante específico. ................................... 19
Tabela 11 – Relação de disciplinas optativas e carga horária. .......................................................... 20
Tabela 12 – Relação de disciplinas optativas e carga horária. .......................................................... 20
Tabela 13 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos. ........................................... 21
Tabela 14 – Carga horária dispensada ao trabalho de síntese e integração de conhecimentos. ..... 21
Tabela 15 – Carga horária total do curso........................................................................................... 21
Tabela 16 – Núcleo de Conteúdos Básicos do curso de Engenharia Agrícola. .................................. 24
Tabela 17 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Engenharia Agrícola.............................. 25
Tabela 18 – Núcleo de atividades integradoras do curso de Engenharia agrícola. ........................... 26
Tabela 19 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Engenharia Agrícola. ........................................................................................................................................ 27
Tabela 20 – Carga horária das Atividades Complementares e do Estágio Curricular Obrigatório.... 27
Tabela 21 – Carga horária total do curso de Engenharia Agrícola. ................................................... 27
Tabela 22 – Núcleo de conteúdos básicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. .......... 32
Tabela 23 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. .... 34
Tabela 24 – Núcleo de Atividades Integradoras do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. . 34
Tabela 25 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. ....................................................................................................................... 35
Tabela 26 – Carga horária das Atividades Complementares e dos Estágios Curriculares Supervisionados. ........................................................................................................................... 35
Tabela 27 – Carga horária total do curso........................................................................................... 35
4
Lista de Quadros
Quadro 1 - Repasses financeiros dos royalties da Itaipu aos municípios lindeiros do Oeste do Paraná. .......................................................................................................................................... 10
Quadro 2 – Síntese da identificação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação. ........... 15
Quadro 3 – Síntese da identificação do curso de Engenharia Agrícola . ........................................... 22
Quadro 4 – Síntese das informações de identificação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. ..................................................................................................................................... 28
Lista de Siglas
AP Atividade Prática APCC Atividades Práticas como Componente Curricular APS Atividades Práticas Supervisionadas AT Atividade Teórica CD Cargo de Direção CES/CNE Câmara de Educação Superior/Conselho Nacional de Educação COEPP Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação Cogep Conselho de Graduação e Educação Profissional CONFEA/CREA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia/Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia Couni Conselho Universitário CP/CNE Conselho Pleno/Conselho Nacional de Educação FCC Função Comissionada de Coordenação de Curso FG Função Gratificada IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IFMS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso
do Sul PIB Produto Interno Bruto PPC Projeto Pedagógico de Curso SESu/MEC Secretaria de Ensino Superior/Ministério da Educação Seti Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do
Paraná TA Carga horária Total TAE Técnico-Administrativo em Educação TCC Trabalho de Conclusão de Curso Unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
5
SUMÁRIO
I. Apresentação ...................................................................................................................................... 6
II. Objetivos ............................................................................................................................................ 6
II.1. Objetivo Geral ................................................................................................................................. 6
II.2. Objetivos Específicos....................................................................................................................... 6
III. Justificativas ...................................................................................................................................... 6
IV. Contextualização do Município de Santa Helena ............................................................................. 8
IV.1. Os Royalties de Itaipu .................................................................................................................... 9
IV.2. A Origem das Instalações Educacionais de Santa Helena............................................................ 10
V. Proposta de Implantação do Câmpus Santa Helena da UTFPR ....................................................... 11
V.1 Contrapartida do Município de Santa Helena ............................................................................... 12
VI. Condições necessárias à implantação dos cursos pretendidos...................................................... 12
VI.1. Quadro de pessoal ....................................................................................................................... 12
VI.1.1. Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs)........................................................ 12
VI.1.2. Servidores Docentes ................................................................................................................. 13
VI.1.3. Cronograma para alocação de servidores ................................................................................ 14
VI.2. Cargos de Direção e Funções Gratificadas................................................................................... 14
VI.3. Recursos financeiros para obras, equipamentos e Assistência Estudantil.................................. 14
VI.4. Recursos de Custeio..................................................................................................................... 15
VII. Concepções curriculares dos cursos .............................................................................................. 15
VII.1. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Ciência da Computação........ 15
VII.2. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Engenharia Agrícola......................................... 22
VII.3. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas ................ 28
Anexo 1 – Cópia digitalizada do Ofício da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI)..................................................................................................................................................... 36
Anexo 2 – Cópia digitalizada do Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura à Reitoria............................... 37
Anexo 3 – Cópia digitalizada do Anexo ao Ofício 210/2012 – GAB da Prefeitura de Santa Helena .................................................................................................................................................. 38
Anexo 4 – Fotos das Instalações Educacionais de Santa Helena ......................................................... 39
6
I. Apresentação
Este documento apresenta a Proposta de Projeto para a Implantação do Câmpus Santa Helena da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com previsão para a oferta dos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação, Licenciatura em Ciências Biológicas e Engenharia Agrícola, a ser submetida à apreciação do Conselho Universitário (Couni) da UTFPR.
A proposta contempla as justificativas e objetivos, as informações relacionadas ao município de Santa Helena (Paraná) e às instalações educacionais pertencente ao município que se pretende incorporar; o detalhamento da necessidade de recursos humanos e das funções gratificadas e cargos diretivos; o financiamento para assistência estudantil; os investimentos necessários à adequação da infraestrutura administrativa e didática; os recursos previstos para a manutenção do Câmpus no período de sua implantação; e informações resumidas dos projetos pedagógicos dos três cursos pretendidos.
Ao final, estão anexados os documentos pertinentes.
II. Objetivos
II.1. Objetivo Geral
Estabelecer as condições necessárias e suficientes para a concepção, implantação e funcionamento de um novo Câmpus da UTFPR, a ser instalado na cidade de Santa Helena, região Oeste do Estado do Paraná.
II.2. Objetivos Específicos
(i) Elaborar documento que contemple os elementos essenciais para a implantação
do Câmpus Santa Helena da UTFPR; (ii) Estabelecer as áreas de atuação do futuro Câmpus da UTFPR nas atividades de
ensino, com a oferta de três cursos de graduação, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI) da UTFPR e demais normativas internas;
(iii) Proporcionar as condições necessárias e suficientes para a implantação e
funcionamento do Câmpus Santa Helena da UTFPR; e (iv) Agir junto às entidades proponentes no sentido de obter a garantia das
condições necessárias à execução do projeto e o cumprimento das responsabilidades assumidas.
III. Justificativas
A proposta de Projeto de Implantação do Câmpus Santa Helena justifica-se pelas seguintes considerações:
7
• o interesse do governo do Estado do Paraná, oficializado por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), para a implantação de um novo Câmpus da UTFPR no município de Santa Helena;
• as providências já diligenciadas pela Prefeitura de Santa Helena, junto à Câmara de Vereadores, para a transferência das Instalações Educacionais do município à UTFPR, bem como o atendimento para melhoria/reparos nas instalações e no entendimento da necessidade de ampliação da área do Câmpus para futura expansão;
• o igual interesse, por parte da Reitoria da UTFPR, já manifestado junto às entidades e lideranças santa-helenenses, uma vez atendidas e viabilizadas as condições necessárias a esta implantação;
• o apoio de deputados federais integrantes da bancada paranaense;
• as credenciais da UTFPR na implantação de novos Câmpus e Instituições, com a experiência adquirida e replicada na consolidação dos seus 12 Câmpus, na integral implantação, em 2002, da Escola Técnica Federal de Palmas, no Estado do Tocantins, e na implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (IFMS);
• as negociações, em andamento, junto ao Ministério da Educação visando a garantia do quadro de pessoal, recursos para investimento e custeio do novo Câmpus;
• os avanços socioeconômicos, científicos, tecnológicos e culturais que a atuação da UTFPR proporcionará à região oeste paranaense, por intermédio das suas atividades de ensino, pesquisa e extensão;
• a ampliação da oferta de vagas de ensino público de graduação e, futuramente, de pós-graduação para a comunidade santa-helenense e região;
• a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas tecnológicas, oportunizando aos estudantes graduados a continuidade de estudos. Essa condição proporcionará ao Câmpus Santa Helena a experiência em pós-graduação e, futuramente, poderá implantar programas stricto sensu, integrando-se ao princípio da verticalização do ensino da UTFPR;
• a possibilidade de mobilidade acadêmica entre os Câmpus da UTFPR, como forma de aproveitamento de vagas, complementação de estudos, enriquecimento curricular e especialização dos estudantes da Universidade;
• o apoio ao desenvolvimento regional pela geração de empresas de base tecnológica a partir de Incubadoras Tecnológicas, fato constatado nos outros Câmpus da UTFPR;
8
• o apoio ao segmento empresarial regional pelo desenvolvimento de projetos cooperativos, consultorias e apoios tecnológicos prestados pela competência técnica do quadro de servidores da UTFPR.
• o desenvolvimento de projetos tecnológicos visando à solução de problemas, demandados pelo segmento produtivo, por intermédio dos trabalhos de conclusão de curso, que são componentes curriculares obrigatórios nos cursos de graduação da UTFPR; e
• o apoio a ser prestado pelo Câmpus Medianeira, localizado a 60 km da cidade de Santa Helena, na implantação e consolidação do novo Câmpus em todas as suas etapas.
IV. Contextualização do Município de Santa Helena
O município de Santa Helena teve sua origem em um projeto de apropriação da Colonizadora Madalozzo de Erechim, Rio Grande do Sul e outros, às margens do Rio Paraná. As primeiras famílias desembarcaram no Porto de Santa Helena por volta de 1920 e encontraram, nesta região, um contingente razoável de ingleses que exploravam madeira e erva-mate.
Em 1924, o município foi palco de algumas ações da legendária Coluna Prestes, que, em sua passagem pela região, expulsou os ingleses deste território. Por meio da Lei Estadual nº 5.497, de 3 de fevereiro de 1967, é instalado em 29 de dezembro de 1968, o município de Santa Helena, sendo nesta mesma data desmembrado de Medianeira e Marechal Cândido Rondon.
O município de Santa Helena está localizado no extremo oeste do estado do Paraná, conforme apresentado na figura 1, mais especificamente encontra-se no centro da Costa Oeste do Paraná, às margens do lago de Itaipu e a uma altitude de 258 metros. Sua população estimada em 2010 é de 23.425 habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE-2010).
Figura 1 – Localização do Município de Santa Helena no Estado do Paraná.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parana_Municip_SantaHelena.svg. Acesso em: 18 abr. 2013.
9
Santa Helana está praticamente equidistante das cidades que demarcam geográfica e politicamente a região oeste do Paraná, situada a 125 km de Guaira (ao norte), 119 km de Foz do Iguaçu (ao sul) e 114 km de Cascavel ao Leste e é polo de uma microrregião composta por seis municípios: Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras, Diamante do Oeste, Missal e Itaipulândia, com os serviços de nível estadual e federal, para estes municípios, disponibilizados em Santa Helena, tais como Ciretran, Instituto Nacional de Seguridade Social, Caixa Econômica, Receita Federal, entre outros.
O município conta hoje com cerca de 800 alunos cursando o ensino superior que, em função da inexistência de instituição (privada ou pública) de graduação, são obrigados a se deslocarem do município para as cidades da região em sua grande maioria. Uma pequena parte deixa a cidade para morar em outros municípios para cursar a graduação. Este fato é semelhante nas cidades que formam a microrregião.
Por se localizar as margens do Lago de Itaipu, Santa Helena conta com um grande potencial turístico, que, em conjunto com a agricultura e a atividade industrial, compõe o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade. A agricultura ainda é a principal fonte de receita do município, mas na última década as áreas relativas à agroindústria e ao turismo têm ganhado significativo espaço na economia do município.
Na temporada de verão, a cidade recebe aproximadamente 10 mil pessoas, grande parte proveniente da região oeste do Paraná e dos países vizinhos, principalmente argentinos e paraguaios. Os principais pontos turísticos de Santa Helena são: A Praia Artificial, o Memorial da Coluna Prestes, o Cristo Esplendor e a Base Náutica, conforme imagem do satélite apresentada na figura 2.
Figura 2 – Vista do satélite do município de Santa Helena.
Fonte: http://www.googleearth.com. Consulta em: 18 abr. 2013.
IV.1. Os Royalties de Itaipu
Como uma das cidades mais afetadas pela formação do lago, Santa Helena recebe mensalmente royalties da Itaipu Binacional como forma de compensação financeira, pois a cidade perdeu com o alagamento mais de um terço de seu território. Cada município lindeiro recebe royalties conforme a área alagada, estando discriminados no quadro 01 em que consta,
10
ainda, o montante acumulado desde 1993. Os royalties são utilizados pelos municípios conforme seus próprios planos de investimentos nas mais diversas áreas.
Pode-se observar que o município de Santa Helena recebe o maior valor, em razão da maior área alagada, comparativamente aos municípios que margeiam o lado brasileiro de Itaipu.
Quadro 1 - Repasses financeiros dos royalties da Itaipu aos municípios lindeiros do Oeste do
Paraná.
Município Repasse atual Acumulado
Foz do Iguaçu US$ 742,6 mil US$ 277 milhões Santa Terezinha de Itaipu US$ 154,1 mil US$ 57,5 milhões
São Miguel do Iguaçu US$ 334,5 mil US$ 137,2 milhões Itaipulândia US$ 661,2 mil US$ 234,2 milhões Medianeira US$ 4,3 mil US$ 1,5 milhão
Missal US$ 147,4 mil US$ 55 milhões Santa Helena US$ 970,4 mil US$ 362 milhões
Diamante do Oeste US$ 20,7 mil US$ 7,7 milhões São José das Palmeiras US$ 7,1 mil US$ 2,6 milhões
Marechal Cândido Rondon US$ 206,2 mil US$ 83,8 milhões Mercedes US$ 71,1 mil US$ 25,1 milhões
Pato Bragado US$ 173,2 mil US$ 61,3 milhões Entre Rios do Oeste US$ 121 mil US$ 42,8 milhões
Terra Roxa US$ 5,8 mil US$ 2,1 milhões Guaíra US$ 187,7 mil US$ 70 milhões
Mundo Novo (MS) US$ 54,1 mil US$ 20,1 milhões
Fonte: http://www.itaipu.gov.br/responsabilidade/royalties. Consulta em: 17 abr. 2013. Os royalties representam uma boa parcela de arrecadação de Santa Helena e,
como por lei, somente podem ser utilizados para investimentos (não em custeio). Assim, Santa Helena conta com uma excelente rede viária (100% asfaltada), com 100% de coleta de esgoto no perímetro urbano, tornando-se uma das cidades com melhor qualidade de vida do Paraná. Além disso, a área rural é atendida com estradas pavimentadas com pedras irregulares em quase sua totalidade. Os royalties também foram empregados em programas na área agrícola e industrial, com ênfase ao setor de produção de aves, o qual conta hoje com mais de 400 aviários espalhados pelo interior e com um matrizeiro de pintainhos e uma fábrica de rações.
IV.2. A Origem das Instalações Educacionais de Santa Helena
O município de Santa Helena é uma cidade em franco desenvolvimento, com a agricultura, comércio, indústria e, principalmente, o turismo em constante crescimento.
Desde o final dos anos 90, até a atualidade, Santa Helena tem buscado a implantação de uma universidade pública no município. Com este intuito, entre os anos de 2000 a 2004, o município construiu e equipou, com recursos próprios, um câmpus universitário, o qual servia como extensão para Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com investimentos que chegaram próximos a casa dos R$ 7 milhões.
A extensão da Unioeste, em Santa Helena, chegou a ter quatro cursos de graduação, compreendendo: Pedagogia e Ciências Biológicas (extensão do Câmpus Cascavel) e Administração e Educação Física (extensão do Câmpus de Marechal Cândido Rondon). Com os
11
quatro cursos em plena atividade, a extensão da Unioeste alcançou a marca de mais de 500 alunos no final do ano de 2004.
A autorização da criação de um Câmpus da Unioeste foi assinada por dois governadores do Estado do Paraná, mas este nunca foi implantado oficialmente, devido a problemas de diferentes ordens, entre elas, a de política. Em 2007, a Unioeste encerrou as atividades naquela localidade.
As Instalações Educacionais de Santa Helena, apresentadas em foto aérea na figura 3, foram construídas e equipadas pela prefeitura entre os anos de 2000 a 2004.
Figura 3 – Foto aérea das Instalações Educacionais de Santa Helena.
Fonte: http://www.movelandia.com.br/turismo.htm. Consulta em: 17 abr. 2013.
O Câmpus conta com uma área de terreno de 78.387,54 m2 e área construída de aproximadamente 1.500 m2, sendo: 10 salas de aula; uma biblioteca com acervos básicos dos quatro cursos que foram ministrados na extensão da Unioeste; quatro laboratórios de Ciências Biológicas, equipados com microscópios, vidrarias, entre outros equipamentos; um auditório com 150 lugares; duas salas reservadas para secretaria e registro acadêmico; um refeitório; três alojamentos com dois quartos individuais para professores visitantes; uma casa para o vigilante e um ginásio de esportes.
V. Proposta de Implantação do Câmpus Santa Helena da UTFPR
A partir do ofício OF GS/SETI 0457/12 (Anexo 1), de 11 de maio de 2012, o Secretário de Estado da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Estado do Paraná consulta a reitoria da UTFPR sobre a possibilidade de instalação de um Câmpus em Santa Helena, considerando a demanda manifestada pelo município.
Assim, havendo interesse por parte do Governo Federal e estabelecendo-se a articulação com o poder Estadual e Municipal e a aprovação pelo Couni da UTFPR deste projeto, propõe-se a incorporação das Instalações Educacionais existentes para a implantação do Câmpus Santa Helena da UTFPR, com o apoio do Câmpus Medianeira, distanciados em cerca de 60 km.
12
Também, para início das atividades acadêmicas, propõe-se a oferta de três cursos de Graduação, considerando a demanda regional, suas condições socioeconômicas, bem como a infraestrutura didática disponível nas Instalações Educacionais de Santa Helena, sendo:
• Bacharelado em Ciência da Computação;
• Engenharia Agrícola; e
• Licenciatura em Ciências Biológicas.
V.1 Contrapartida do Município de Santa Helena
Por intermédio do Of. 210/210-GAB (Anexo 2), a Prefeitura Municipal de Santa Helena informou à Reitoria da UTFPR que foi sancionada e publicada a Lei nº. 2.228, de 13 de dezembro de 2012 (Anexo 3), na qual a Câmara Municipal de Santa Helena autoriza o Executivo Municipal a doar bem imóvel e móveis à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A partir deste ato dos poderes legislativo e executivo, o processo de escritura do imóvel em nome da UTFPR está em trâmite em cartório daquele município. O Anexo 4 apresenta algumas fotos das Instalações Educacionais que se pretende incorporar à UTFPR.
Há, também, a negociação junto ao Executivo Municipal para que a prefeitura efetue benfeitorias nas instalações existentes, compreendendo: reparos e reformas e cercamento do imóvel. Ainda, como contrapartida, o município deverá buscar a ampliação da área destinada ao Câmpus em, no mínimo, 48.000 m2 (quarenta e oito mil metros quadrados), com vistas à futura expansão das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
VI. Condições necessárias à implantação dos cursos pretendidos
A implantação do Câmpus Santa Helena tem como condicionantes os seguintes recursos, a serem providos pelo Governo Federal: (i) quadro de pessoal, abrangendo as categorias dos servidores técnico-administrativos e docentes; (ii) Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs), destinadas aos gestores; (iv) recursos financeiros para a adequação/ampliação das instalações físicas; (v) recursos financeiros para investimento em equipamentos e infraestrutura acadêmica e administrativa; (vi) recursos financeiros para o programa de assistência estudantil e (vii) recursos de custeio com vistas à manutenção do Câmpus.
De acordo com decisão do Couni, o cadastramento dos cursos no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do MEC só deverá ocorrer após a garantia dos recursos orçamentários para a adaptação das instalações e a aquisição dos equipamentos para o primeiro ano.
VI.1. Quadro de pessoal
VI.1.1. Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs)
A necessidade do quadro de TAEs compreende duas classes funcionais: (a) servidores da Classe “E”; e (b) servidores da Classe “D”.
O Câmpus Santa Helena necessitará, para o apoio as suas atividades administrativas e acadêmicas, um total de 761 (setenta e seis) TAEs, conforme especificação apresentada na tabela 1.
1 O quantitativo de TAEs é estabelecido pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC).
13
Tabela 1 – Especificação do quadro de TAEs.
Categoria funcional Classe Quantitativos
Assistente em Administração D 27 Técnico de Laboratório/Área D 6 Técnico de Tecnologia da Informação D 6 Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais D 2 Médico E 1 Psicólogo E 1 Dentista E 1 Jornalista E 1 Designer E 1 Administrador E 3 Arquiteto E 2 Assistente Social E 3 Bibliotecário E 4 Arquivista E 2 Analista de Tecnologia da Informação E 6 Contador E 2 Engenheiro/Tecnólogo/Área E 3 Pedagogo/Área E 2 Técnico em Assuntos Educacionais E 3
Total de TAEs 76
VI.1.2. Servidores Docentes
O quadro de servidores docentes, pertencentes à carreira de Professor do Magistério do Ensino Superior, previstos é de 622 (sessenta e dois), conforme apresentado na tabela 2.
Tabela 2 – Especificação do quadro docente para os cursos pretendidos.
Cursos – Docentes necessários Quantidade
Bacharelado em Ciência da Computação 20
Engenharia Agrícola 24
Licenciatura em Ciências Biológicas 18
Total de Docentes 62
Em síntese, serão necessários 76 TAEs e 62 docentes para atendimento aos três
cursos previstos, conforme síntese apresentada na tabela 3.
Tabela 3 – Síntese do quadro de servidores necessários à implementação do projeto.
Docentes e TAEs necessários Quantitativo
Servidores TAEs, classe “D” 41
Servidores TAEs, classe “E” 35
Docentes – Bacharelado em Ciência da Computação 20
2 O quantitativo de docentes é estabelecido pela SESU/MEC. Por decisão do Couni, a UTFPR deverá negociar um
quantitativo maior de docentes, com vistas à futura expansão do Câmpus relacionada à oferta de ensino de pós-graduação stricto sensu.
14
Docentes – Engenharia Agrícola 24
Docentes – Licenciatura em Ciências Biológicas 18
Total de TAEs 76
Total de docentes 62
Total do quadro de servidores 138
VI.1.3. Cronograma para alocação de servidores
A proposta de cronograma para alocação de servidores, docentes e TAEs, para a implantação do Câmpus Santa Helena está apresentada na tabela 4.
Tabela 4 – Cronograma de alocação de servidores para a implantação do Câmpus.
Janeiro/2014 Janeiro /15 Janeiro /16 Total
Docentes TAEs Docentes TAEs Docentes TAEs Docentes TAEs
20 20 30 35 12 21 62 76
O quantitativo de servidores deverá, ainda, atender ao seguinte cronograma de implantação/oferta dos cursos:
• em 2014 – oferta dos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação e Licenciatura em Ciências Biológicas; e
• em 2015 – oferta do curso de Engenharia Agrícola.
VI.2. Cargos de Direção e Funções Gratificadas
O quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs), a ser implementado aos gestores, está apresentado na tabela 5.
Tabela 5 – Síntese do quadro de Cargos de Direção (CDs) e Funções Gratificadas (FGs).
Cargos de Direção e Função Gratificada Quantitativo
CD-3 1
CD-4 2
Subtotal 3
FG-1 3
FG-2 3
FCC (Função Comissionada de Coordenação de Curso) 3
Subtotal 9
Total 12
VI.3. Recursos financeiros para obras, equipamentos e Assistência Estudantil
O total de recursos financeiros previsto é de R$ 24.760.000,00 (vinte e quatro milhões e setecentos e sessenta mil reais) destinados às obras, equipamentos e à Assistência Estudantil, conforme distribuição apresentada na tabela 6.
15
Tabela 6 – Síntese dos recursos financeiros destinados às obras, equipamentos e Assistência Estudantil.
Recursos financeiros - Orçamento Destinação
Obras 15.000.000,00
Equipamentos 6.100.000,00
Assistência Estudantil 3.660.000,00
Total (em R$) 24.760.000,00
VI.4. Recursos de Custeio
Os recursos necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena, distribuídos por três anos, a partir da implantação, estão apresentados na tabela 7.
Tabela 7 – Recursos de custeio necessários à manutenção do Câmpus Santa Helena para os três
anos iniciais.
Custeio por ano de implantação
2014 2015 2016 Total
Recurso (em R$) 2.800.000,00 2.800.000,00 2.800.000,00 8.400.000,00
VII. Concepções curriculares dos cursos
Os três cursos propostos: Bacharelado em Ciência da Computação, Engenharia Agrícola e Licenciatura em Ciências Biológicas serão submetidos à aprovação junto ao Conselho de Graduação e Educação Profissional (Cogep) da UTFPR, uma vez aprovada a implantação do Câmpus pelo Couni. Para a análise do Cogep, serão elaborados os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) completos, em conformidade com o estabelecido nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação da UTFPR, aprovadas pela Resolução Nº 009/12-COGEP, de 01/06/12.
No presente documento, são apresentados elementos destes PPCs, abrangendo, entre outros, a identificação do curso, o perfil do egresso e a proposta de matriz curricular.
VII.1. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Ciência da Computação
Identificação do curso
O curso de Bacharelado em Ciência da Computação tem sua identificação sintetizada no quadro 2.
Quadro 2 – Síntese da identificação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação.
Denominação do curso Graduação em Ciência da Computação
Titulação conferida Bacharel em Ciência da Computação Nível do curso Graduação Modalidade do curso Curso regular de Bacharelado Duração do curso O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme
estabelecido no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação da UTFPR
Área de conhecimento Computação Habilitação Bacharel em Ciência da Computação
16
Regime escolar Por meio de pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por disciplinas
Processo de seleção Realizada por processo seletivo definido pela UTFPR Número de vagas O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada
semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano Turnos previstos O curso transcorrerá nos períodos matutino e vespertino Início do curso Primeiro semestre de 2014
Fundamentos formativos
O curso de Bacharelado em Ciência da Computação habilita profissionais com conhecimentos nas áreas da Computação, aptos a desenvolverem soluções inovadoras, envolvendo a integração de hardware e software.
O curso proposto objetiva uma formação sólida em Matemática, Física e nos fundamentos de Ciência da Computação. O profissional estará habilitado para atuar nas áreas em que a computação é essencial, tais como Sistemas Embarcados, Instrumentação e Controle, Tecnologia de Informação, Comunicação, Fundamentos de Programação, entre outras. Esta formação se revela inteiramente consistente com as tendências no desenvolvimento de sistemas computacionais. Finalidades e objetivos do curso
A proposição do curso de Bacharelado em Ciência da Computação fundamenta-se no atendimento às necessidades regionais e do contexto nacional, no que tange as inovações tecnológicas, principalmente do meio empresarial.
O curso tem como objetivo a formação de bacharéis para suprir a demanda de profissionais na área da Informática, reconhecidamente como de crescente e acelerada expansão e de intensa demanda de pessoas com habilidades e competências específicas. Competências, habilidades e atitudes esperadas do egresso
O currículo do curso de Bacharelado em Ciência da Computação estrutura-se de modo que o egresso adquira as competências, habilidades e atitudes esperadas em sua formação, sendo integralmente baseado nas Referencias Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura.
No conjunto de competências e habilidades, destacam-se:
• desenvolvimento de estruturas e soluções computacionais;
• inovação no desenvolvimento, aplicação, suporte e manutenção dos sistemas computacionais, tais como Redes de Computadores e Internet, Sistemas Operacionais, Ferramentas de Desenvolvimento de Programas de Computadores, Sistemas de Gerência de Banco de Dados e Compiladores;
• desenvolvimento de soluções computacionais para problemas de áreas como automação, medicina, biologia, robótica, música, educação e construção civil, além de estar habilitado para encontrar novas aplicações para o uso dos computadores;
• coordenação e supervisão de equipes de trabalho;
• realização de pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica;
• execução e fiscalização de projetos e serviços técnicos relacionados à área de Informática; e
• atuação profissional fundamenta na ética, segurança e impactos sócio-ambientais.
17
Perfil referente à modalidade
De acordo com a estrutura curricular proposta, pretende-se que o egresso do curso de Bacharelado em Ciência da Computação tenha o seguinte perfil profissional:
• formação científica nas disciplinas básicas, que possibilite absorver e desenvolver tecnologia;
• embasamento teórico com aprofundamento nas técnicas básicas, na tecnologia da computação e aplicações multidisciplinares, para prosseguir o processo de aperfeiçoamento acadêmico por meio da pesquisa e da pós-graduação;
• formação generalista em computação com embasamento matemático, com aptidão para desenvolver soluções em qualquer área de aplicação da informática;
• formação orientada pela prática aplicada, em consonância com a realidade do meio profissional e da dinâmica das organizações;
• embasamento nos diversos conhecimentos que caracterizam o bacharel em computação, proporcionado nas disciplinas profissionalizantes obrigatórias;
• capacidade crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade;
• capacidade de adaptação, de modo flexível, crítico e criativo, às novas situações.
• capacidade para acompanhar e assimilar a evolução tecnológica como profissional já formado;
• formação humanística para que o profissional venha a ter um bom desempenho no relacionamento humano, facilitando-lhe eventuais treinamentos para os quais seja escalado como instrutor;
• práticas laboratoriais em todas as disciplinas profissionalizantes, com o objetivo aumentar a capacidade do futuro profissional em desenvolver protótipos, validar tecnologias, projetar e implementar soluções e desenvolver aplicativos em linguagens de baixo, médio e alto nível;
• capacidade de comunicação oral e escrita, desenvolvida nas diversas disciplinas do curso, visando a capacidade do profissional em documentar, gerenciar ambientes operacionais e conduzir treinamentos; e
• desempenho de atividades em equipe e em parceria, por meio das diversas atividades práticas e teóricas propostas nas disciplinas do curso, quase que em sua totalidade.
Matriz curricular do curso
Apresentam-se, a seguir, as considerações e delineamentos que possibilitam caracterizar a estruturação da correspondente matriz curricular do curso de Bacharelado em Ciência da Computação.
A carga horária total do curso é de 3.595 horas, sendo que as disciplinas totalizam 3.015 horas.
O caráter generalista do curso é proporcionado pelas disciplinas que compõem os conteúdos básicos e profissionalizantes. Neste núcleo, os estudantes adquirem competências parciais de todas as áreas de aprofundamento futuramente abordadas. Após este núcleo, o
18
discente entra em aprofundamento com os conteúdos profissionalizantes específicos, visando uma sólida formação em Ciência da Computação. É parte integrante da proposta a oferta de disciplinas optativas que possibilitem o aprofundamento em áreas de interesse do estudante.
Composição da estrutura curricular
A composição da estrutura curricular, apresentada a seguir, desdobra os conteúdos exigidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Engenharia, conforme definido pela Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) - Resolução 11/2002 CES/CNE. A tabela 8 apresenta a relação de disciplinas que compõem o núcleo básico do curso de Ciência da Computação.
Tabela 8 – Composição curricular do núcleo básico do curso de Ciência da Computação.
Conteúdos Básicos Carga horária (aulas)
Conteúdos Disciplinas AT AP APS TA Cálculo Diferencial e Integral 1 102 0 6 108 Cálculo Diferencial e Integral 2 68 0 4 72 Cálculo Numérico 34 34 4 72 Geometria Analítica e Álgebra Linear 102 0 6 108 Probabilidade e Estatística 68 0 4 72 Lógica Matemática 68 0 4 72
Matemática
Pesquisa Operacional 1 34 34 4 72
Física Física 51 34 5 90 Circuitos Digitais 51 51 6 108
Eletrônica Fundamentos de Eletricidade 17 17 2 36
Metodologia Cientifica e Tecnológica
Metodologia da Pesquisa 34 0 2 36
Comunicação e Expressão
Comunicação e Lingüística 34 0 2 36
Informática Introdução à Ciência da Computação
17 17 2 36
Fundamentos de Programação 34 34 4 72 Desenvolvimento de Sistemas e Programação Linguagem de Montagem 34 17 3 54
Administração Empreendedorismo 34 0 2 36 Total 782 238 60 1.080
Total percentual 72% 22% 6% 100%
AT - Atividade Teórica presencial; AP - Atividade Prática presencial, APS - Atividades Práticas Supervisionadas e TA – Carga horária total (aulas). OBS.: AT e AP devem ser múltiplos de 17.
Na tabela 9 está apresentada a relação de disciplinas que compõem o núcleo
profissionalizante e suas respectivas cargas horárias.
Tabela 9 – Composição curricular do núcleo profissionalizante.
Conteúdos Profissionalizantes Carga horária (aulas)
Conteúdos Disciplinas AT AP APS TA Banco de Dados Fundamento de Banco de Dados 34 34 4 72
Pesquisa e Ordenação de Dados 17 34 3 54 Paradigmas de Linguagens de Programação
34 17 3 54
Desenvolvimento de Sistemas/Programação
Linguagem de Estruturação e Apresentação de Conteúdos
0 51 3 54
19
Linguagem de Programação Estruturada
17 34 3 54
Engenharia de Requisitos 34 17 3 54 Estrutura de Dados 34 34 4 72 Programação Orientada a Objetos 17 51 4 72
Computação Gráfica Computação Gráfica 34 34 4 72 Redes de Computadores Redes de Computadores 1 34 34 4 72 Telecomunicações Comunicação de Dados 51 17 4 72 Sistemas Operacionais Sistemas Operacionais 51 17 4 72
Linguagens Formais e Autômatos 34 34 4 72 Teoria da Computação
Construção de Compiladores 34 34 4 72 Administração Gestão da Inovação e Tecnologia 34 0 2 36
Optativa 1 17 17 2 36 Optativa 2 17 17 2 36
Ciências Humanas Sociais e Cidadanias
Optativa 3 17 17 2 36
Total 510 493 59 1.062
Total percentual 48% 46% 6% 100%
A composição curricular das disciplinas profissionalizantes específicas está
apresentada na tabela 10.
Tabela 10 – Composição curricular do núcleo profissionalizante específico.
Conteúdos Profissionalizantes Específicos Carga horária (aulas)
Conteúdos Disciplinas AT AP AP TA Arquitetura e Organização de Computadores 1
34 34 4 72 Arquitetura e Organização de Computadores Arquitetura Avançada de
Hardware 17 34 3 54
Engenharia de Software 1 17 34 3 54 Engenharia de Software 2 17 34 3 54 Aspectos Formais da Computação 17 34 3 54 Sistemas Distribuídos 17 51 4 72 Gerenciamento de Projetos 34 17 3 54 Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas
34 51 5 90
Tópicos Avançados em Computação
34 34 4 72
Desenvolvimento de Sistemas/Programação
Interação Ser-Humano Computador
51 17 4 72
Redes de Computadores 2 34 34 4 72 Redes de Computadores Segurança em Redes de
Computadores 17 34 3 54
Banco de Dados Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados
34 34 4 72
Sistemas Inteligentes Aplicados 34 34 4 72 Inteligência Artificial Fundamentos de Sistemas
Inteligentes 34 17 3 54
Sistemas Operacionais Laboratório de Sistemas Operacionais
34 34 4 72
Optativa 1 34 34 4 72 Disciplinas Optativas Optativa 2 34 34 4 72
20
Optativa 3 34 34 4 72 Optativa 4 34 34 4 72 Trabalho de Conclusão do Curso 1 34 0 38 72 Trabalho de
Conclusão do Curso Trabalho de Conclusão do Curso 2 34 0 38 72 Total 646 680 150 1.476
Total percentual 44% 46% 10% 100%
Em atendimento às Diretrizes Curriculares para os cursos de Graduação da UTFPR
(Resolução nº 13/06 – COEPP, de 24 de março de 2006 e Deliberação nº 07/06 – COUNI, de 26 de maio de 2006, Art. 2º -§3° - As disciplinas do núcleo de conteúdos específicos deverão ter atividades práticas com carga horária não inferior à metade da carga horária total desse grupo de disciplinas).
A tabela 11 apresenta a relação de disciplinas optativas. O estudante deverá obrigatoriamente escolher quatro disciplinas, desde que esteja devidamente matriculado no quinto período, conforme sua área de aprofundamento.
Tabela 11 – Relação de disciplinas optativas e carga horária.
Carga horária (aulas) Disciplinas optativas específicas
AT AP APS TA Linguagem Procedural para Bando de Dados 34 34 4 72 Banco de Dados Geográficos 34 34 4 72 Aplicações com Objetos Distribuídos 34 34 4 72 Aplicações para Internet e Comercio Eletrônico 34 34 4 72 Comunicação sem Fio 34 34 4 72 Realidade Virtual 34 34 4 72 Sistemas Multimídia e Hipermídia 34 34 4 72 Web Design 34 34 4 72 Processamento de Imagens e Reconhecimento de Padrões 34 34 4 72 Data Warehouse e Data Mining 34 34 4 72 Teste de Software 34 34 4 72 Desenvolvimento de Aplicações para Dispositivos Móveis 34 34 4 72 Desenvolvimento de Aplicações em Ambiente Visual 34 34 4 72
Total 442 442 52 936
A tabela 12 apresenta a relação de disciplinas optativas e carga horária de
humanidades.
Tabela 12 – Relação de disciplinas optativas e carga horária.
Carga horária (aulas) Disciplinas Optativas - Humanidades
AT AP APS TA Libras I 17 17 2 36 Libras II 17 17 2 36 Fundamentos da Ética 17 17 2 36 Liderança e Gerenciamento 17 17 2 36 Relações Humanas e Liderança 17 17 2 36 Meio Ambiente e Sociedade 17 17 2 36
Total 102 102 12 216
A tabela 13 apresenta as totalizações das cargas horárias para os núcleos estruturantes do curso.
21
Tabela 13 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos.
Carga horária (aulas) Núcleos
AT AP APS TA Núcleo de Conteúdos Básicos 799 221 60 1.080 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes 510 493 59 1.062 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos 646 680 150 1.476 Total 1.955 1.394 269 3.618
Total geral 3.618
A tabela 14 apresenta a carga horária necessária ao trabalho de síntese e integração de conhecimentos
Tabela 14 – Carga horária dispensada ao trabalho de síntese e integração de conhecimentos.
Conteúdos Carga horária (horas)
Atividades Complementares 180 Estágio Curricular Supervisionado 400
Total 580
A tabela 15 apresenta o resumo das cargas horárias do curso de Bacharelado em
Ciência da Computação.
Tabela 15 – Carga horária total do curso.
Conteúdos Carga horária (horas)
Núcleo de Conteúdos Básicos, Profissionalizantes e Profissionalizantes Específicos (3.618 aulas)
3.015
Atividades Complementares 180 Estágio Curricular Supervisionado 400
Total 3.595
O Estágio Curricular é atividade obrigatória e supervisionada que contabilize horas.
Além do estágio curricular, uma série de outras atividades complementares devem ser estimuladas como estratégia didática para garantir a interação teoria-prática, tais como: monitoria, iniciação científica, apresentação de trabalhos em congressos e seminários, iniciação à docência, cursos e atividades de extensão.
22
VII.2. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Engenharia Agrícola
Identificação do curso
A proposta do curso de Engenharia Agrícola tem por finalidade formar profissionais bacharéis, capazes de gerar, gerir, aplicar e disseminar conhecimentos e tecnologias na área da Engenharia Agrária , além de outras que estiverem no escopo de suas competências.
O tempo necessário à formação do Bacharel em Engenharia Agrícola é de 10 semestres letivos, com uma carga horária total de 4.350 horas, abrangendo disciplinas obrigatórias, disciplinas optativas, estágio supervisionado, trabalho de conclusão de curso e atividades complementares.
O quadro 3 apresenta a síntese de identificação do curso proposto. Quadro 3 – Síntese da identificação do curso de Engenharia Agrícola .
Denominação do curso Curso de Engenharia Agrícola
Titulação conferida Bacharel Engenharia Agrícola Nível do curso Graduação Modalidade de curso Curso regular de Bacharelado
Duração do curso O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme estabelecido no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação da UTFPR
Área de conhecimento Engenharia Agrária Habilitação e/ou ênfase e/ou núcleo formador
Bacharel em Engenharia Agrícola
Regime escolar O curso é presencial e funcionará em regime semestral, contendo pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por disciplina
Processo seletivo A admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido pela UTFPR
Número de vagas ofertadas por semestre
O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano
Turno de funcionamento Integral Início do curso Primeiro semestre de 2015
Concepção do curso
A Engenharia Agrícola é um campo multidisciplinar das ciências agrárias, que inclui áreas aplicadas das ciências naturais ou biológicas, exatas, sociais e econômicas, que, em conjunto, visam compreender os aspectos filosóficos e técnicos da engenharia agrícola e melhorar a prática agrícola, otimizando a produção e proteção ambiental.
Por meio da associação ensino, pesquisa e extensão, articulando às disciplinas, as Atividades Práticas Supervisionadas (APS), o estágio supervisionado, as atividades complementares e o trabalho de conclusão de curso, os estudantes serão estimulados a entrar em contato com a realidade do meio de atuação profissional futura.
As atividades complementares de graduação serão estabelecidas de forma sistemática e ofertadas aos estudantes. Estas atividades permitirão o aprimoramento da formação profissional do egresso, sendo já regulamentadas pelo Regulamento das Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR, aprovado pela Resolução nº 61/06 - COEPP e retificado pela Resolução nº 56/07 - COEPP.
23
Competências e habilidades O exercício profissional está por ser regulamentada junto ao sistema CONFEA/CREA
e refere-se à aplicação, num contexto de desenvolvimento sustentável, de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários ao avanço da ciência e à solução de problemas relacionados a sistemas agrícolas, agroindustriais e ao controle da poluição, envolvendo energia, transporte, sistemas estruturais e equipamentos, nas áreas de solos e águas, construções rurais e ambiência, eletrificação, máquinas e implementos agrícolas, agricultura de precisão, processamento e armazenamento de produtos agrícolas, tratamento de resíduos, saneamento e gestão ambiental. O curso capacita o profissional para:
• exercer atividades relacionadas à concepção, projeto e construção de obras e estruturas para sistemas agrícolas e agroindustriais, dentro dos princípios de ambiência adequada e de conservação do meio ambiente;
• otimizar, com base no desenvolvimento sustentável, o uso da água e a sua conservação em empreendimentos agropecuários e agroindustriais, através de projetos de hidrologia, obras hidráulicas, irrigação, drenagem, controle de erosão, tratamento de resíduos e saneamento;
• dimensionar e administrar frota de máquinas e implementos agrícolas com fins de otimização do uso de energia e preservação do sistema solo-água-planta-atmosfera;
• elaborar, modificar e executar projetos de máquinas e equipamentos agrícolas, para atender demandas no campo de ação das diversas áreas da prática profissional;
• administrar o sistema de produção agrícola, utilizando conceitos de agricultura de precisão, visando à otimização do uso dos insumos agrícolas e a minimização dos efeitos advindos da produção agrícola no ambiente;
• elaborar, modificar e executar projetos de instalações elétricas rurais;
• elaborar projetos de unidades armazenadoras visando o pré-processamento e o processamento de produtos agrícolas;
• racionalizar o uso de energia em processos agrícolas;
• administrar unidades armazenadoras e agroindustriais;
• propor, implementar e monitorar ações direcionadas à conservação, ao planejamento e à gestão dos recursos hídricos e ambientais;
• analisar a susceptibilidade e as vocações naturais do ambiente; e
• Elaborar estudos visando licenciamento ambiental.
Área de atuação A área de atuação do engenheiro Agrícola é diversificada, podendo atuar como
autônomo, empresário, empregado ou membro de equipe multidisciplinar no âmbito das áreas de recursos hídricos e ambientais, construções rurais e ambiência, armazenamento e processamento de produtos agrícolas, energia na agricultura e mecanização agrícola, exercendo, entre outras, as seguintes atividades:
• direção, supervisão e coordenação;
• estudo, planejamento e projeto;
• assistência, assessoria e consultoria;
• execução de projeto e serviço técnico;
• representação, desenvolvimento e venda de equipamentos;
• vistoria, perícia, avaliação, laudo e parecer técnico;
24
• desempenho de cargo e função técnica;
• licenciamento ambiental; e
• ensino, pesquisa e extensão.
Matriz curricular do curso Nessa seção são apresentadas as considerações e delineamentos que possibilitam
caracterizar a estruturação da correspondente matriz curricular do curso de Engenharia Agrícola do Câmpus Santa Helena da UTFPR.
A carga horária proposta para o curso é de 4350 horas, que permite a coexistência entre aulas teóricas e práticas e a geração/aquisição necessária dos conhecimentos e habilidades para o bacharel egresso. Considerou-se para isso as áreas de atuação da profissão e os conhecimentos necessários para tal, partindo da nomenclatura das disciplinas comuns aos cursos de Bacharelado da UTFPR e também das demais disciplinas básicas tocantes aos cursos de Engenharia Agrícola do Brasil, bem como da normatização do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CREA). Assim foram definidas as disciplinas que comporão o currículo do curso, definindo-se também quais seriam básicas ou específicas.
Os conteúdos básicos deverão englobar conhecimentos das áreas das ciências exatas, da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador.
Os conteúdos específicos deverão atender as modalidades de formação profissional específica da área de Engenharia. O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes se constituem em conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas diretrizes.
A tabela 16 apresenta o núcleo de conteúdos básicos para o curso proposto.
Tabela 16 – Núcleo de Conteúdos Básicos do curso de Engenharia Agrícola.
Carga horária (aulas) Conteúdos Disciplinas
AT AP APS TA
Citologia 51 17 4 72
Microbiologia Geral 34 17 3 54
Botânica Geral 68 00 4 72 Biologia
Ecologia Básica 34 00 2 36
Fundamentos de Estatística 34 00 2 36 Estatística
Estatística Experimental 34 17 3 54
Expressão Gráfica Desenho Técnico 17 34 3 54
Física 1 51 34 5 90
Física 2 51 34 5 90 Física
Física 3 51 34 5 90 Introdução à Informática 17 17 2 36
Informática Algoritmo e Programação 34 17 3 54
Cálculo Diferencial e Integral 1 102 00 6 108
Cálculo Diferencial e Integral 2 68 00 4 72
Álgebra Linear 34 34 4 72
Cálculo Diferencial e Integral 3 68 00 4 72
Cálculo Numérico 34 34 4 72
Matemática
Geometria Analítica 34 34 4 72
25
Metodologia Científica e Tecnológica
Metodologia da Pesquisa 34 00 2 36
Química Geral e Orgânica 68 34 6 108
Bioquímica 51 34 5 90 Química
Química Analítica 51 34 5 90
Optativa 1 Optativa 1 34 34 4 72
Optativa 2 Optativa 2 34 34 4 72
Total (aulas) 1.088 493 93 1.674
Percentual 65% 29% 6% 100%
A tabela 17 apresenta o núcleo de conteúdos específicos para o curso proposto.
Tabela 17 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Engenharia Agrícola.
Carga horária (Aulas) Conteúdos Disciplinas
AT AP APS TA Eletrotécnica 68 00 4 72
Instalações Elétricas e Eletrificação Rural
34 17 3 54
Automação e Controle de Sistemas Agrícolas e Eletricidade, Energia e Energização em Sistemas Agrícolas.
Utilização de Recursos Energéticos
34 00 2 36
Avaliação e Perícias Rurais Avaliação e Perícia de Imóveis Rurais
34 00 2 36
Topografia Planimetria 51 17 4 72
Topografia Altimetria 34 17 3 54 Cartografia e Geoprocessamento
Geoprocessamento 17 68 5 90
Sociologia e Comunicação Social
51 00 3 54
Agronegócio e Economia Rural
68 00 4 72
Economia e Administração Agrária, Gestão Empresarial e Marketing e Otimização de Sistemas Agrícolas, e Comunicação e Extensão Rural
Administração Rural e Empreendedorismo
68 00 4 72
Estruturas para Edificações Rurais
34 00 2 36 Estruturas e edificações rurais e agro-industriais
Construções Rurais e Ambiência
51 17 4 72
Fenômenos de Transporte Fenômenos de Transportes 34 17 3 54
Hidráulica Hidráulica e Irrigação 34 34 4 72
Hidrologia Hidrologia Aplicada 34 34 4 72
Impactos Ambientais Perícias, Licenciamento e Avaliação de Impactos Ambientais
34 34 4 72
Máquinas e Implementos Agrícolas
34 17 3 54 Mecânica e Motores, Máquinas, Mecanização e Transporte Agrícola Mecanização Agrícola 34 17 3 54
Meteorologia e Bioclimatologia Agrometeorologia e Climatologia
34 34 4 72
26
Poluição Ambiental 34 34 4 72 Poluição Ambiental
Microbiologia Ambiental 34 51 5 90
Preparatória Introdução à Engenharia Agrícola
17 17 2 36
Armazenamento de Produtos Agrícolas
34 17 3 54 Processamento de Produtos Agrícolas
Tecnologia Pós Colheita 34 17 3 54
Saneamento Básico 34 17 3 54 Saneamento, Gestão e Legislação Ambiental
Gestão e Legislação Ambiental
51 00 3 54
Fitotecnia 51 00 3 54
Criação dos Animais Domésticos
34 00 2 36
Sistemas Agroecológicos de Produção
34 00 2 36
Sistema de Produção Agropecuário
Planejamento Agroambiental Integrado
17 17 2 36
Sistema de Tratamento de Resíduos
Tratamento de Resíduos 34 34 4 72
Drenagem de Solos Agrícolas 34 17 3 54 Sistemas de Irrigação e Drenagem Manejo de Irrigação 34 17 3 54
Geologia Aplicada a Solos 51 00 3 54
Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos
34 17 3 54
Propriedades e Processos do Solo
34 17 3 54
Manejo e Conservação de Solo e Água
34 17 3 54
Solos
Fertilidade do Solo 34 51 5 90
Técnicas e Análises Experimentais
Experimentação Agrícola 34 34 4 72
Mecânica dos Sólidos - Estática
34 17 3 54
Materiais e Técnicas de Construção
51 17 4 72
Resistência dos Materiais 68 00 4 72
Tecnologia e Resistência dos Materiais
Elementos de Máquinas 34 00 2 36
Optativa 3 Optativa 3 34 34 4 72
Optativa 4 Optativa 4 34 34 4 72
Total (aulas) 1.734 799 149 2.682
Percentual 65% 30% 5% 100%
A tabela 18 apresenta o núcleo de atividades integradoras para o curso proposto.
Tabela 18 – Núcleo de atividades integradoras do curso de Engenharia agrícola.
Carga horária (aulas) Conteúdos Disciplinas
AT AP APS TA
Trabalho de Conclusão do Curso 1 34 0 38 72 Trabalho de Conclusão do Trabalho de Conclusão do Curso 2 34 0 38 72
27
Curso
Total (aulas) 68 0 76 144
Percentual 47% 0% 53% 100%
Estágio Supervisionado 1 100 horas
Estágio Supervisionado 2 100 horas
Estágio Supervisionado 3 100 horas
Estágio Curricular Supervisionado
Estágio Supervisionado 4 100 horas
Atividades Complementares Atividades Complementares 200 horas
A tabela 19 apresenta a totalização das cargas horárias dos núcleos que integram o
currículo do curso proposto.
Tabela 19 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Engenharia Agrícola.
Carga horária (aulas) Conteúdos
AT AP APS TA
Núcleo de Conteúdos Básicos 1.088 493 93 1.674 Núcleo de Conteúdos Específicos 1.734 799 149 2.682 Núcleo de Atividades Integradoras 68 0 76 144 Total (aulas) 2.890 1.292 318 4.500
Total (horas) 3.750
A tabela 20 apresenta a carga horária dedicada às Atividades Complementares e ao
Estágio Curricular Obrigatório.
Tabela 20 – Carga horária das Atividades Complementares e do Estágio Curricular Obrigatório.
Conteúdos Carga horária (horas)
Atividades Complementares 200 Estágio Supervisionado em Engenharia Agrícola 400
Total 600
A tabela 21 apresenta a carga horária total para o curso proposto
Tabela 21 – Carga horária total do curso de Engenharia Agrícola.
Conteúdos Carga horária (horas)
Carga horária total das disciplinas 3.750
Atividades Complementares 200 Estágios Curriculares Supervisionados 400
Total 4.350
O estágio curricular deve ser atividade obrigatória e supervisionada que contabilize
horas. Além do estágio curricular, outras atividades complementares devem ser estimuladas como estratégia didática para garantir a interação teoria-prática, tais como: monitoria, iniciação científica, apresentação de trabalhos em congressos e seminários, iniciação à docência, cursos e atividades de extensão.
28
VII.3. Elementos do Projeto Pedagógico do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Identificação do curso
O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas proposto tem por finalidade formar profissionais licenciados, capazes de transmitir conhecimentos aos estudantes de Ensino Fundamental e Médio, bem como gerar conhecimentos e tecnologias na área de Ciências Biológicas, além de outras mais que estiverem no escopo de suas competências.
O tempo necessário à formação do Licenciado em Ciências Biológicas é de 8 semestres letivos, com uma carga horária total de 3.465 horas para cumprimento de disciplinas obrigatórias, disciplinas optativas, estágio curricular supervisionado, trabalho de conclusão de curso e atividades complementares.
O quadro 3 apresenta a síntese das informações de identificação do curso proposto.
Quadro 4 – Síntese das informações de identificação do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas.
Denominação do curso Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Titulação conferida Licenciado em Ciências Biológicas Nível do curso Graduação Modalidade de curso Curso regular de Licenciatura
Duração do curso O tempo normal, mínimo e máximo do curso, seguirá conforme estabelecido no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação da UTFPR
Área de conhecimento Ciências Biológicas Habilitação e/ou ênfase e/ou núcleo formador
Licenciatura em Ciências Biológicas
Regime escolar O curso é presencial e funcionará em regime semestral, contendo pré-requisitos, sendo a matrícula realizada por disciplina
Processo seletivo A admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido pela UTFPR
Número de vagas O curso terá dois processos seletivos anuais, sendo um a cada semestre com 44 alunos, totalizando 88 vagas por ano
Turno de funcionamento Noturno Início do curso Primeiro semestre de 2014
Concepção do curso A Biologia é a ciência que estuda os seres vivos, a relação entre eles e o meio
ambiente, além dos processos e mecanismos que regulam a vida. Portanto, os profissionais formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante nas questões que envolvem o conhecimento da natureza.
O estudo das Ciências Biológicas deve possibilitar a compreensão de que a vida se organizou no decorrer do tempo, sob a ação de processos evolutivos, tendo resultado numa diversidade de formas sobre as quais continuam atuando as pressões seletivas. Esses organismos, incluindo os seres humanos, não estão isolados, ao contrário, constituem sistemas que estabelecem complexas relações de interdependência. O entendimento dessas interações envolve a compreensão das condições físicas do meio, do modo de vida e da organização funcional interna própria das diferentes espécies e sistemas biológicos. Contudo, particular atenção deve ser dispensada às relações estabelecidas pelos seres humanos, dada a sua
29
especificidade. Em tal abordagem, os conhecimentos biológicos não se dissociam dos sociais, políticos, econômicos e culturais.
Por meio da associação ensino, pesquisa e extensão, articulando às disciplinas as Atividades Práticas como Componente Curricular (APCCs), as Atividades Práticas Supervisionadas (APS), o estágio curricular supervisionado, as atividades complementares e o trabalho de conclusão de curso, os estudantes serão estimulados a entrar em contato com a realidade do meio de atuação profissional futura. A participação dos estudantes em projetos de pesquisa e extensão deverá ser norteada pela UTFPR, de forma a assegurar o papel social desta junto à comunidade onde a mesma está inserida.
A concepção da grade curricular está baseada no estabelecimento de pré-requisitos mínimos, na opção de disciplinas optativas e de atividades complementares de graduação, as quais oportunizarão aos alunos a busca de uma formação diferenciada, atendendo aos seus anseios individuais, dentro das possibilidades de formação e atribuição profissional legal, permitindo também atualização constante.
A realização de trabalhos em grupo, reunindo alunos, professores e inclusive funcionários, é aspecto fundamental à interdisciplinaridade, congregando áreas que tenham interesses comuns e que resultem na integração de conhecimentos. Para isso e por isso, é fundamental que cada docente tenha visão global sobre todas as áreas que compõem o curso, podendo com isso auxiliar os acadêmicos numa visão de entendimento do curso, como também direcionar os conteúdos por ele ministrados a essa visão e à continuidade do conhecimento. Justificativa, finalidades e objetivos do curso
O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas é um curso de graduação da área de Ciências Biológicas que tem por objetivo formar profissionais que detenham conhecimento na referida área, sendo denominados Biólogos. Dentre as atribuições profissionais do biólogo são incluídas a atuação no ensino, pesquisa e prestação de serviços à comunidade. No campo de ensino, o curso permite o desenvolvimento de habilidades para a formação de docentes capacitados para o ensino de Ciências (Ensino Fundamental) e Biologia (Ensino Médio). Ainda, de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 6684/79 o exercício da profissão de Biólogo é privativo dos portadores de diploma devidamente registrado, de bacharel ou licenciado em curso de História Natural, de Ciências Biológicas, em todas as suas especialidades ou de licenciamento em Ciências, com habilitação em Biologia, expedido por instituição brasileira oficialmente reconhecida.
De acordo com o Parecer CNE/CES 1301/2001 a estrutura geral do curso, compreendendo disciplinas e demais atividades, pode ser variada, admitindo-se a organização em módulos ou em créditos, num sistema seriado ou não, anual, semestral ou misto, desde que os conhecimentos biológicos sejam distribuídos ao longo de todo o curso, devidamente interligados e estudados numa abordagem unificadora. Em conformidade com o Parecer supracitado, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está estruturado com base nos seguintes princípios:
• contemplar as exigências do perfil do profissional em Ciências Biológicas, levando em consideração a identificação de problemas e necessidades atuais e prospectivas da sociedade, assim como da legislação vigente;
• garantir uma sólida formação básica inter e multidisciplinar;
• privilegiar atividades obrigatórias de campo, laboratório e adequada instrumentação técnica;
30
• favorecer a flexibilidade curricular, de forma a contemplar interesses e necessidades específicas dos alunos;
• explicitar o tratamento metodológico no sentido de garantir o equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores;
• garantir um ensino problematizado e contextualizado, assegurando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
• proporcionar a formação de competência na produção do conhecimento com atividades que levem o aluno a: procurar, interpretar, analisar e selecionar informações; identificar problemas relevantes, realizar experimentos e projetos de pesquisa;
• considerar a evolução epistemológica dos modelos explicativos dos processos biológicos;
• estimular atividades que socializem o conhecimento produzido tanto pelo corpo docente como pelo discente;
• estimular outras atividades curriculares e extracurriculares de formação, como, por exemplo, iniciação científica, monografia, monitoria, atividades extensionistas, estágios, disciplinas optativas, programas especiais, atividades associativas e de representação e outras julgadas pertinentes; e
• considerar a implantação do currículo como experimental, devendo ser permanentemente avaliado, a fim de que possam ser feitas, no devido tempo, os ajustes que se fizerem necessários.
Competências e habilidades
Quanto às competências e habilidades, de acordo com o Parecer CNE/CES 1301/2001, de forma mais abrangente, o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas deve ser elaborado de maneira a propiciar ao Licenciado:
• pautar-se por princípios da ética democrática: responsabilidade social , dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade;
• reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero, etc. que se fundem inclusive em alegados pressupostos biológicos, posicionando-se diante delas de forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos coerentes e na bibliografia de referência;
• atuar em pesquisa básica e aplicada nas diferentes áreas das Ciências Biológicas, comprometendo-se com a divulgação dos resultados das pesquisas em veículos adequados para ampliar a difusão e ampliação do conhecimento;
• portar-se como educador, consciente de seu papel na formação de cidadãos, inclusive na perspectiva sócio-ambiental;
• utilizar o conhecimento sobre organização, gestão e financiamento de pesquisas e sobre a legislação e políticas públicas referentes à área;
• estabelecer relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade;
• aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e execução de processos e técnicas visando o desenvolvimento de projetos, perícias, consultorias, emissão de laudos, pareceres, etc. em diferentes contextos;
31
• utilizar os conhecimentos das Ciências Biológicas para compreender e transformar o contexto sócio-político e as relações nas quais está inserida a prática profissional, conhecendo a legislação pertinente;
• desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas de atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de trabalho em contínua transformação;
• orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e cultural, às culturas autóctones e à biodiversidade;
• atuar multi e interdisciplinarmente, interagindo com diferentes especialidades e diversos profissionais, de modo a estar preparado à contínua mudança do mundo produtivo;
• avaliar o impacto potencial ou real de novos conhecimentos/tecnologias/serviços e produtos resultantes da atividade profissional, considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos; e
• comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma postura de flexibilidade e disponibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções sindicais e corporativas inerentes ao exercício profissional.
Perfil referente à modalidade
O perfil dos egressos de Licenciatura em Ciências Biológicas deverá ser o de um profissional com formação generalista, humanista, reflexiva, crítica, moral e ética, tendo adequada fundamentação teórica, que inclua o conhecimento da diversidade dos seres vivos, sua organização e funcionamento, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem.
De acordo com o Parecer CNE/CES nº 1301/2001, de 06/11/2001, e demais orientações regimentais, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está estruturado de forma a qualificar os seus graduados para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem relacionados ao Ensino Fundamental e Médio. Portanto, o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas foi organizado de modo a formar o egresso:
• generalista, crítico, ético e cidadão, com espírito de solidariedade;
• detentor de adequada fundamentação teórica, como base para uma ação competente, que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos, bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem;
• consciente da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em prol da conservação e manejo da biodiversidade, políticas de saúde, meio ambiente, biotecnologia, bioprospecção, biossegurança, na gestão ambiental, tanto nos aspectos técnico-científicos, quanto na formulação de políticas, e de se tornar agente transformador da realidade presente, na busca de melhoria da qualidade de vida;
• comprometido com os resultados de sua atuação, pautando sua conduta profissional por critérios humanísticos, compromisso com a cidadania e rigor científico, bem como por referenciais éticos legais;
• consciente de sua responsabilidade como educador, nos vários contextos de atuação profissional;
32
• apto a atuar multi e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do mercado de trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo; e
• preparado para desenvolver idéias inovadoras e ações estratégicas, capazes de ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação.
Matriz curricular do curso A matriz curricular para a proposta de curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
do Câmpus Santa Helena é apresentado a seguir. A carga horária proposta para o curso é de 3.465 horas, que permite a coexistência
entre aulas teóricas e práticas e a geração/aquisição necessária dos conhecimentos e habilidades para o licenciado egresso.
Pautados na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e na Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de Professores da Educação Básica, os critérios de organização da matriz curricular, bem como a alocação de tempos e espaços curriculares deverão se expressar nos seguintes eixos, em torno dos quais se articulam as dimensões a serem contempladas no desenvolvimento do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas:
• eixo articulador dos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;
• eixo articulador da interação e da comunicação, bem como do desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional;
• eixo articulador entre disciplinaridade e interdisciplinaridade;
• eixo articulador da formação comum com a formação específica;
• eixo articulador dos conhecimentos a serem ensinados e dos conhecimentos filosóficos, educacionais e pedagógicos que fundamentam a ação educativa;
• eixo articulador das dimensões teóricas e práticas.
• Ainda, de acordo com a Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002, a carga-horária para a organização curricular do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas deverá integralizar um mínimo de 2.800 (duas mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos componentes comuns:
• 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso.
• 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso.
• 1.800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural; e
• 200 (duzentas) horas para as outras formas de atividades complementares. A tabela 22 apresenta o núcleo de disciplinas básicas para o curso proposto.
Tabela 22 – Núcleo de conteúdos básicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Carga horária (aulas) Conteúdos Disciplinas
AT AP APCC APS TA
Anatomia Humana 34 36 15 5 90 Biologia Celular, Molecular e Biofísica 34 9 8 3 54
33
Biologia Celular 51 9 8 4 72
Biologia Molecular 51 11 6 4 72
Bioquímica 51 24 10 5 90
Fisiologia Humana 68 22 12 6 108
Genética de Populações e Evolução
64 0 4 4 72
Genética Geral e Humana
51 8 9 4 72
Histologia e Embriologia
68 22 12 6 108
Imunologia 32 0 2 2 36
Microbiologia Ambiental
51 9 8 4 72
Evolução
Parasitologia Humana 17 11 6 2 36
Biologia de Microrganismos
68 22 12 6 108
Botânica Econômica e Taxonômica 1
34 24 10 4 72
Botânica Econômica e Taxonômica 2
34 24 10 4 72
Botânica Fisiológica 68 24 10 6 108
Botânica Morfológica 51 22 12 5 90
Fisiologia Animal Comparada
51 11 6 4 72
Zoologia de Invertebrados Inferiores
51 24 10 5 90
Zoologia de Invertebrados Superiores
51 24 10 5 90
Diversidade Biológica
Zoologia de Vertebrados
34 22 12 4 72
Ecologia de Águas Continentais
51 9 8 4 72
Ecologia Geral 51 9 8 4 72
Educação Ambiental 47 0 21 4 72 Ecologia
Sistema de Gestão Ambiental
49 0 2 3 54
Bioestatística 32 0 2 2 36
Física Aplicada às Ciências Biológicas
34 11 6 3 54
Geologia e Pedologia 51 9 8 4 72
Introdução à Matemática
32 0 2 2 36
Paleontologia 32 0 2 2 36
Química Analítica 17 17 0 2 36
Fundamentos das Ciências Exatas e da Terra
Química Geral e Orgânica
51 9 8 4 72
Fundamentos Filosóficos e
Comunicação Oral e Escrita
30 0 4 2 36
34
Ética, Profissão e Cidadania
32 0 2 2 36
Filosofia Geral 34 0 0 2 36
Sociais
Metodologia da Pesquisa em Educação
30 0 4 2 36
Total (aulas) 1.587 422 269 134 2.412
Percentual 66% 17% 11% 6% 100%
CONVENÇÃO: AT - Atividade Teórica presencial; AP - Atividade Prática presencial, APCC – Atividade Prática como Componente Curricular, APS - Atividades Práticas Supervisionadas, TA – Carga horária total (aulas).
A tabela 23 apresenta o núcleo de conteúdos específicos para o curso proposto.
Tabela 23 – Núcleo de conteúdos específicos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Carga horária (aulas) Conteúdos Disciplinas
AT AP APCC APS TA
Optativa 1 34 11 6 3 54 Área de Meio Ambiente Optativa 2 34 11 6 3 54
Saúde e Higiene 68 0 17 5 90 Área de Saúde
Optativa 3 34 11 6 3 54
Optativa 4 34 11 6 3 54
Optativa 5 34 11 6 3 54 Área de Biotecnologia Cultura de Células e
Tecidos Vegetais 32 0 2 2 36
Organização do Trabalho Pedagógico e Gestão Escolar
30 0 4 2 36
Psicologia da Educação
51 0 0 3 54
Teoria e Prática do Ensino de Ciências e Biologia 1
68 0 17 5 90
Políticas Educacionais 34 0 0 2 36
Optativa 5 34 0 0 2 36 Teoria e Prática do Ensino de Ciências e Biologia 2
68 0 17 5 90
Didática Geral 24 0 10 2 36
Libras 1 34 0 0 2 36
Libras 2 10 24 0 2 36
Educação
História da Educação 34 0 0 2 36
Total (aulas) 657 79 97 49 882
Percentual 74% 9% 11% 6% 100%
A tabela 24 apresenta o núcleo de atividades integradoras para o curso proposto.
Tabela 24 – Núcleo de Atividades Integradoras do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Carga horária (aulas) Conteúdos Disciplinas AT AP APCC APS TA
35
Trabalho de Conclusão do Curso 1
51 0 17 4 72 Trabalho de Conclusão do Curso Trabalho de Conclusão do
Curso 2 51 0 17 4 72
Total (aulas) 102 0 34 8 144
Percentual 71% 0% 24% 6% 100%
Estágio em Ciências 1 100 horas Estágio em Ciências 2 100 horas
Estágio em Biologia 1 100 horas Estagio Curricular Supervisionado
Estágio em Biologia 2 100 horas
Atividades Complementares Atividades Complementares 200 horas
A tabela 25 apresenta a totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdo do
curso proposto.
Tabela 25 – Totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Carga horária (aulas) Conteúdos
AT AP APCC APS TA
Núcleo de Conteúdos Básicos 1.587 422 269 134 2.412
Núcleo de Conteúdos Específicos 657 79 97 49 882
Núcleo de Atividades Integradoras 102 0 34 8 144 Total (aulas) 2.346 501 400 191 3.438
Total (horas) 2.865
A tabela 26 apresenta a totalização de cargas horárias das Atividades Complementares e Estágios Curriculares Supervisionados do curso proposto.
Tabela 26 – Carga horária das Atividades Complementares e dos Estágios Curriculares Supervisionados.
Conteúdos Carga horária (horas)
Atividades Complementares 200
Estágio Curricular Supervisionado em Ciências 200 Estágio Curricular Supervisionado em Biologia 200
Total 600
A tabela 27 apresenta a totalização de cargas horárias dos núcleos de conteúdo do
curso proposto.
Tabela 27 – Carga horária total do curso.
Conteúdos Carga horária (horas)
Carga horária total das disciplinas 2.865
Atividades Complementares 200 Estágios Curriculares Supervisionados 400
Total 3.465
36
Anexo 1 – Cópia digitalizada do Ofício da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI)