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PROJETO ENERGIA: FONTES, PRODUÇÃO E A IMPORTÂNCIA DE SUA ECONOMIA
José Daniel Soler GARVES; Laís de Souza TEIXEIRA; Ana Letícia Antonio VITAL; AparecidaBrunetti Arante de SOUZA; Beatriz Nunes HERREIRA; Gabriela Lozano OLIVERIO; ViníciusSantos dos REIS; e Ângela Coletto Morales ESCOLANO.
Faculdade de Engenharia – UNESP – Campus de Ilha Solteira.Eixo 01: Formação inicial de professores da educação básica
CAPES/PIBID/UNESPjosedaniel.garves@hotmail.com
1. Introdução
“Ao abraçarmos jovens e crianças, uma melhor perspectiva de eficiência no dia-a-dia se
torna mais plausível.”, relata Santos, et al (2012). Não há melhor maneira de se trabalhar a
conscientização da sociedade do que partindo de sua base, da geração ainda em formação e que
é mais suscetível à mudanças drásticas necessárias, medidas e atitudes que façam a diferença,
visando e garantindo o princípio da sustentabilidade: suprir as necessidades atuais sem
comprometer o futuro das próximas gerações.
“O avanço tecnológico que ocorreu nos últimos séculos se mostrou de extrema importância
para a sociedade moderna. Porém, junto com os benefícios, tornamo-nos dependentes da energia
elétrica para usufruir do resultado desse avanço e, mais do que isso, a utilizamos sem limites,
como se seu uso não tivesse nenhum efeito sobre o bem estar da sociedade e a qualidade do
meio ambiente.”, segundo Mata, et. al (2013).
Montoia, (2009, p.3), citado por Balthazar, Freitas e Caetano (2010), afirma: “a energia está
presente em todos os momentos na vida do ser humano. Acordado, precisa dela para todas as
atividades que realiza e até mesmo durante o sono continua consumindo energia: a geladeira não
para de gelar, algumas luzes
ficam acesas, os elevadores
sobem e descem e tudo continua
funcionando em nossa vida.”
Desta forma, a utilização da
energia elétrica cresce cada vez
mais, e os recursos naturais
necessários para sua produção
diminuem drasticamente,
oferecendo danos irreversíveis
ao meio ambiente.
Figura 1: Os países mais desenvolvidos são os que maisapresentam luzes. Fonte: NASA.
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Salientar e demonstrar os diversos tipos de geração de energia fez-se importante para
instigar os alunos a pensar nas possibilidades que podemos utilizar para tal, pois se pararmos
para analisar, a maior parte da geração de energia elétrica produzida no País é por meio de
Usinas Hidrelétricas (como podemos observar na “Figura 2”), devido à simplicidade do processo
se comparado às outras formas, seu baixo custo e a utilização da água dos rios (disponíveis em
alta quantidade). Entretanto, o país também possui potencial para outros tipos de produção de
energia elétrica, como por exemplo por meio de placas solares que captam a radiação solar
emitida pelo sol, ou mesmo a energia originada pela força do vento (eólica), transformando-as
posteriormente em energia elétrica.
Figura 2: Balanço energético brasileiro: oferta de energia elétrica por fonte. Fonte: EPE/MME 2015.
Outra abordagem realizada durante o projeto foi o questionamento sobre o incentivo para a
utilização da chamada “energia limpa”, muito citada atualmente e que traz a definição de um tipo
de geração de energia que vem de fontes renováveis e que, se desenvolvido com competência e
efetividade, não agride o meio ambiente, porém, são formas ainda pouco utilizadas e com alto
valor econômico, impossibilitando a “comercialização” em larga escala, se é que assim podemos
designar.
A problemática envolvida é relacionada ao processo de conscientização, pois a prática em
si de se conscientizar não depende apenas de nós, estudantes/pesquisadores/professores de
comentar a importância e relevância de agir com inteligência e responsabilidade, mas sim do
próprio indivíduo em aceitar a realidade e mudar seus ideais, transmitindo-os para todos em sua
volta.
“Usar energia de forma inteligente e eficiente é conseguir produzir mais com menor
quantidade desse insumo, mantendo a qualidade dos produtos e serviços e garantindo o conforto
e a segurança.” (SEBRAE, 2003). Logo, outro fator que remete-se ao tema e que influenciou para
a proposta do projeto de energia foi a capacidade abaixo da média no fornecimento de água para
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a população da região sudeste do país nos anos de 2014/2015, onde a cidade de São Paulo
vivenciou uma grave crise hídrica, com redução da disponibilidade e até mesmo rodízios quanto
ao seu fornecimento, o que ocorreu também em vários outros municípios do estado.
Entretanto, as consequências foram além das torneiras vazias. No município de Ilha
Solteira, por exemplo, onde temos a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, verificamos a redução do
nível do rio Paraná que abastece a usina, sendo necessária a redução na geração de energia, que
não afetou diretamente nossa cidade, mas serviu de alerta e um modo de aproveitar a delicada
situação para o desenvolvimento das primeiras ideias deste estudo.
Em relação a sala de aula, não é de hoje a queixa dos Professores quanto a falta de
interesse dos alunos, entretanto podemos inferir uma das causas para este desinteresse como
sendo a forma em que os conceitos são apresentados em aula, ou seja, uma aula puramente
teórica para a maioria dos alunos, se torna entediante. Especificamente neste projeto propusemos
atividades diferentes do que comumente os alunos tem durante as aulas, isto aparentemente
serviu como motivação para a participação e até questionamentos sobre o assunto.
A modalidade didática proposta serviu para análises, questionamentos e cobranças de
atitudes de conscientização em relação aos conteúdos temáticos abordados, necessitando-se de
raciocínio lógico, pois como as atividades exigiam respostas rápidas (apresentava tempo
delimitado para cada atividade), os alunos sentiram certa “pressão” e responsabilidade,
influenciando no comprometimento de cada aluno com seu respectivo grupo, pois no final de todo
o projeto o melhor grupo de cada turma receberia uma premiação simbólica, o que não deixa de
ser motivação, gerando competitividade também, é claro, mas de maneira a aumentar a
dedicação e alcançar às expectativas.
Portanto, o presente projeto foi desenvolvido para salientar o que muitas vezes acaba se
perdendo em meio a tantas teorias, com o objetivo de complementar o conteúdo apresentado no
Caderno do Professor e do Aluno do Currículo do Estado de São Paulo, com ênfase nos tipos de
geração de energia (renováveis e não-renováveis); nos processos que são realizados para tal; e,
contribuir para a apresentação dos motivos que podem levar os participantes, suas famílias, e
toda a comunidade a se questionarem sobre os padrões de consumo atuais, afim de que a luz no
fim do túnel não seja apenas a saída de um problema energético, mas sim o início de um
consumo sustentável de energia elétrica e de uma utilidade consciente dos recursos naturais.
2. Desenvolvimento
Segundo Pontes et al. (2008), “a ausência de Professores de Ciências na educação básica
acaba por prejudicar o desempenho dos alunos e tem influência direta sobre a motivação para se
estudar as disciplinas que a compõe, mesmo porque vivemos atualmente um momento em que
educação pode representar crescimento econômico ou estagnação de nosso país.” É aí que entra
os métodos diferenciados de ensino/aprendizagem.
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Motivação, caráter esse essencial para aprendizagem. Mas como garanti-la em alunos que
chegam na escola já desmotivados? Segundo Conde, Lima e Bay (2013), “É necessário que
discentes em estágio de formação conheçam e saibam como utilizar metodologias de ensino
alternativas para minimizar as dificuldades do ensino aprendizagem que irão encontrar na
docência, demonstrando a importância das aulas e metodologias de ensino na formação
profissional do docente, oportunizando aos alunos saírem do papel de meros espectadores, para
praticantes do conhecimento, pois sendo cidadãos ativos poderão romper as barreiras impostas
pelos muros da Escola e aplicar o conhecimento adquirido para seu benefício e de outros.”
Para tanto, o trabalho foi desenvolvido em todas as classes de oitavo ano de uma Escola
Estadual de Ensino Fundamental Ciclo II (cerca de 120 alunos) parceira do PIBID de Ciências
Biológicas, localizada no município de Ilha Solteira – SP, e contou com 4 encontros ao longo de
seu desenvolvimento, descritos a seguir:
Inicialmente foi apresentada uma aula teórica complementar ao conteúdo do Caderno do
Aluno e do Professor do Estado de São Paulo, que continha os seguintes temas gerais: “Principais
fontes de geração de energia”; “Como a eletricidade chega às nossas casas?”; “Uso da
eletricidade no cotidiano”; “Aparelhos e suas médias de consumo de energia”; e “A importância de
economizar.”, conceitos que deram ênfase como já citado anteriormente na introdução deste
trabalho, nos diversos tipos de geração de energia existentes (solar, eólica, termelétrica, nuclear,
hídrica), e delimitando energias renováveis e não-renováveis. Em conjunto com a aula aplicada
pelos bolsistas do PIBID, contamos com a ajuda de um graduando* do Curso de Física também
da UNESP de Ilha Solteira (SP), para uma demonstração experimental (abordagem introdutória
prática) sobre quais os constituintes necessários para o processo inicial/básico da transformação
da energia mecânica resultando na energia elétrica, seu armazenamento e transmissão até sua
utilidade no dia-a-dia em nossas casas. O intuito dessa aula teórica foi auxiliar na formação dos
alunos e também ressaltar a importância de se conscientizar sobre o uso adequado da energia, já
que nos dias atuais a preocupação com o meio ambiente, em especial os recursos naturais, tem
crescido. Fator esse que acaba influenciando nos tipos de geração de energia elétrica e na
maneira como devemos enxergar essa complexa situação.
Contudo, se analisarmos o contexto geral desse primeiro encontro notamos alguns pontos
negativos, como por exemplo, a dificuldade no controle da turma, conversas paralelas desviando a
atenção dos alunos que estavam prestando atenção e dificultando o prosseguimento da aula para
os bolsistas PIBID, e também em alguns momentos, a não participação. Porém, por outro lado,
pontos positivos inibiram esses fatores. A participação e a relação dos exemplos citados em aula
com o cotidiano dos alunos foram pontos essenciais para o desenrolar do conteúdo, o que
favoreceu questionamentos e a incorporação de significados para a construção do conhecimento;
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Em seguida (já na próxima aula), foi realizado o preenchimento das atividades do Caderno
do Aluno, que contou com o suporte teórico apresentado durante a aula, com as explicações da
demonstração experimental, e com o auxílio do Professor responsável pela sala e dos bolsistas
PIBID responsáveis por cada turma envolvida, sanando todas as dúvidas que surgiram com vistas
em oferecer as informações necessárias para a realização da próxima atividade. O encontro foi
repleto de dúvidas nas quais estavam relacionadas ao mesmo conteúdo abordado na aula
anterior, porém, de forma mais teórica e com atividades que deveriam estimular o raciocínio dos
alunos, o que de certa forma exigiu aspectos mais detalhados e específicos, mas nada impossível
de ser trabalhado. Outro quesito importante e que ficou nítido durante as resoluções, foram as
dificuldades nas interpretações das perguntas e textos, o que demonstra a falta do hábito de
leitura e suas consequências no comprometimento estudantil;
No terceiro encontro, como forma de avaliar os conhecimentos adquiridos e abordar todo o
conteúdo visto de forma lúdica e dinâmica, com atividades que instigam o pensamento e
demonstrem a importância do trabalho em equipe, cada sala participante do projeto se subdividiu
em grupos de três alunos para a realização de uma gincana com as seguintes atividades e seus
respectivos resultados:
Caça-palavras: um típico jogo formulado para exercitar a mente, contendo novecentas
letras dispersas em um quadro, onde os alunos tinham o objetivo de encontrar as dezenove
palavras fornecidas (relacionadas com o tema) e que estavam “escondidas” neste quadro,
dispostas de forma horizontal e vertical. Analisando a atividade de forma geral, o nível de
dificuldade apresentado por todos os grupos foi baixo, uma vez que a menor pontuação obtida foi
11 palavras, do total de 19. Podendo então destacar que dos 31 grupos, 21 obtiveram a “nota
máxima”, ou seja, 67% dos alunos;
Complete o texto: a atividade tinha como objetivo utilizar o conteúdo prévio dos alunos e
também o ministrado na aula teórica para o complemento de um texto que continham lacunas,
onde por meio de informações presentes no texto, os alunos conseguissem preenchê-las. Assim
como no caça-palavras, foi possível comparar o resultado entre os grupos nas diferentes classes
participantes, sendo assim temos como resultado geral que 77,44% dos grupos acertaram mais
da metade das palavras, num total de 16 lacunas a serem preenchidas, enquanto 22,56%
acertaram menos da metade;
O que é o que é: charadas para adivinhação, sendo expostas de forma figurada para
dificultar sua descoberta. Seu objetivo foi criar a necessidade de associações ao pensamento
lógico envolvendo os temas abordados nos encontros anteriores para sua resolução. Por meio da
pontuação dos alunos na atividade em questão, foi possível concluir que os grupos não
apresentaram dificuldades para resolver a atividade, pois observou-se que 61,32% dos grupos
obteve “nota máxima” (5 acertos); 9,67% acertaram 4 charadas, sendo a mesma proporção para 3
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acertos; 3,22% com 2 acertos; e 16,12% dos grupos acertando apenas uma resposta. Uma
curiosidade que podemos citar foi que em todas as turmas pelo menos um grupo acertou apenas
uma questão.
Palavras cruzadas: como objetivo da proposta didática, os alunos deveriam contextualizar
os enunciados da aula teórica relacionando as palavras em disposições verticais ou horizontais e
preenchidas perfeitamente nos espaços destinados a cada uma. Englobando o resultado geral,
87,9% dos grupos acertaram mais da metade das respostas, podendo-se concluir que não houve
grandes dificuldades para a realização da atividade;
Relacione palavras e figuras: relacionar as colunas “tipos de produção de energia” com as
respectivas “imagens dos recursos naturais” utilizados para tal, e os “processos necessários” para
que ocorra a geração de energia foi o objetivo proposto, desta forma, pode-se integrar a parte
conceitual com a parte prática dos exemplos de produção citados. Como vários grupos de várias
turmas obtiveram nota máxima e mínima nesta atividade, não obteve-se apenas um grupo com
maior ou menor nota geral dentre todos. Assim, foi evidenciado uma boa compreensão da
atividade em todas as turmas, porém na contabilização das respostas, o desempenho foi
considerado médio, apresentando 51,64% dos grupos acertando mais da metade, e 48,36%
acertando menos da metade das respostas.
É importante frisar que para cada uma das atividades havia um tempo máximo para sua
resolução, pois tratava-se de uma gincana, onde os melhores grupos de cada classe seriam
premiados, sendo que a correção de todas as atividades foi realizada em um mesmo momento
(ainda no terceiro encontro) e a partir do número total de acertos em relação ao número total de
alternativas por grupo, abordando cada atividade separadamente.
Trabalhar os conteúdos do Estado de forma a integrar os alunos com seu cotidiano pode
ser complicado, especialmente devido aos métodos teóricos utilizados usualmente. Porém, ao
criar métodos alternativos de se trabalhar esses conteúdos, podemos notar sua eficiência. Muitas
vezes quando nos deparamos com novas experiências, somos capazes de discernir entre sua
aceitação e em seguida, participação, ou então a negação para a prática desconhecida.
Como a gincana foi realizada em grupos e ainda contou com o quesito competitividade,
situações curiosas foram notadas, podendo-se destacar: a não participação de um integrante de
um grupo levou aos outros constituintes do mesmo a chamar sua atenção e solicitar ajuda, a fim
de maior rapidez para responder as questões; já em outra classe, outro grupo (desinteressado a
princípio) apresentou dificuldade para manter o foco nas próprias atividades, incomodando outros
grupos. Contudo, como todos os outros alunos estavam ativamente participando da gincana e
mais interessados em responde-la do que desviar o foco, o “grupo problema” logo desistiu de
atrapalhar os outros, assim, aceitando a proposta dos bolsistas PIBID de iniciar sua participação
na gincana; outro fato extremamente curioso foi a intensa preocupação dos grupos com os outros
“adversários”, já que o tempo de realização das atividades era um fator essencial para a primeira
colocação, juntamente com as respostas consideradas corretas. Algumas vezes este fato chegou
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a atrapalhar o próprio desenvolvimento do grupo, mas com a orientação aos alunos de se
preocupar apenas com suas atividades e seguir com o objetivo principal, a participação se deu de
forma divertida e totalmente colaborativa.
O quarto e último encontro foi realizado para encerrar o Projeto de Energia, e serviu
também como forma de agradecimento aos Professores responsáveis e a Escola parceira.
Contudo, preparamos então uma premiação simbólica para o melhor grupo de cada turma
(chocolate), como forma de parabenizar o empenho e agradecer a cooperação, dedicação e total
participação dos alunos durante todo o projeto, demonstrando que quanto maior o empenho e
realização das propostas das atividades, melhor será a aprendizagem, merecendo a devida
valorização. Cabe destacar que todos os alunos das salas ganharam doces como prêmio de
consolação.
Figura 3: Atividades desenvolvidas ao longo do projeto.
3. Considerações Finais
Por que? Como? E qual a vantagem de se trabalhar desta forma?
Durante o processo inicial de criação, poderíamos então escolher dois caminhos: o
primeiro, aceitar as metodologias que não visam a aprendizagem significativa, trabalhando apenas
métodos teóricos e pouco contextualizados; ou então, a segunda opção (e a escolhida), inovar na
criação de atividades lúdicas e que incentivem o trabalho em equipe, a motivação/dedicação de
cada um, e a contextualização dos conteúdos didáticos com o dia-a-dia.
Em reuniões com os organizadores das Escolas para planejamento, nas de pais e mestres,
durante as aulas e até em trabalhos como este, sempre notamos reclamações sobre a não-
participação dos alunos, indisciplina e fatores que atrapalham o Professor no andamento do
conteúdo. Trabalhando neste projeto, podemos notar, que por mais teórico que tenha sido, houve
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participação positiva dos alunos. Estando dentro das recomendações do Estado, o conteúdo
apresentado não foi diferente do que seria abordado, porém, o modelo de aplicação inovou.
Tivemos 3 encontros com atividades desenvolvidas, dentre os dois primeiros (aula teórica
e preenchimento do Caderno do Aluno fornecido pelo Estado de São Paulo), uma abordagem
pouco mais teórica, porém, utilizando métodos ditos como tecnológicos (projetor multimídia,
apresentações dinâmicas contendo imagens explicativas e vídeos) que pouco são utilizados nas
aulas comumente ministradas, mas que são capazes de prender a atenção e instigar
questionamentos.
Já durante o terceiro encontro (gincana), esta atividade assim como qualquer outra deste
tipo, pode até ser criticada por alguns no sentido de não apresentar o sistema padrão utilizado nas
Escolas e também por incentivar o lado competitivo, porém, nos dias atuais, a natureza
competitiva exercida na sociedade está por todo lado e não podemos simplesmente ignorá-la.
Diante do exposto, analisando todo o contexto do projeto, podemos concluir que:
A total participação e integração dos alunos constituintes dos grupos durante o
desenvolvimento das atividades, com os bolsistas PIBID e os Professores da Escola parceira foi
notável;
O principal ponto positivo durante os métodos de aplicação dos conteúdos esteve
relacionado a participação dos alunos como algo natural, de forma a não se tornar algo cansativo
e passível de desinteresse, sendo a avaliação construída aos poucos e sem a “pressão” que é
exercida atualmente;
Como citado anteriormente, a dificuldade dos alunos na compreensão de leitura é notável,
fator esse que acaba influenciando em qualquer atividade diferenciada e que necessite de
compreensão. Talvez, o modelo escolar necessite (a curto e longo prazo) de uma reformulação,
desde a elaboração dos currículos, perpassando pelos planos de aula e por fim, nos tipos de
avaliação;
O conteúdo visto poderia ser extremamente entediante se trabalhado de outra forma, ou
seja, exemplos práticos, situações que levam os alunos ao pensamento lógico, atuação em
conjunto e interações entre as opiniões de cada integrante, e ainda, estabelecer relações entre o
novo conhecimento e o pré-existente, garantiu confiança e fez da aprendizagem, significativa.
4. Referências Bibliográficas
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MATA, Amanda Rodrigues da et al. Sistema de Gestão Ambiental: Energia. Alfenas (MG), 2013.Disponível em: <http://www.unifal-
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mg.edu.br/sustentabilidade/sites/default/files/anexos/Energia_relatório_0.pdf>. Acesso em: 23 dez.2015.
BALTHAZAR, Ingrid Fiuza; FREITAS, Julyana Rangel; CAETANO, Márcia. Energia elétrica:reduzindo o desperdício através da conscientização. Revista de Divulgação do ProjetoUniversidade Petrobras e If Fluminense, Campos dos Goytacazes (RJ), v. 1, p.233-236, 2010.Disponível em:<http://essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/BolsistaDeValor/article/viewFile/1824/1002>. Acessoem: 23 dez. 2015.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Balanço Energético Nacional. Rio de Janeiro:Ministério de Minas e Energia (MME), 2015. 292 p. Disponível em:<https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2015.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2015.
SEBRAE (Brasil). Uso inteligente de Energia: Sensibilização e Conscientização: Saiba comoreduzir custos com energia elétrica e aumentar a competitividade de sua empresa. Cuiabá (MT):2003. Vol. 5. 20 p. Disponível em:<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/D0BD6F31267C4FCE03256FD30067EC20/$File/NT000313F6.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2015.
PONTES, Altem Nascimento et al. O Ensino de Química no Nível Médio: Um Olhar a Respeito daMotivação. In: XIV ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 2008, Curitiba (PR).Belém (PA): Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Sociais e Educação, 2008.Disponível em: <http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0428-1.pdf>. Acessoem: 23 dez. 2015.
CONDE, Thassiane Telles; LIMA, Márcia Mendes de; BAY, Márcia. Utilização de metodologiasalternativas na formação dos Professores de Biologia no IFRO – Campus Ariquemes. RevistaLabirinto, Ariquemes (RO), p.139-147, jun. 2013. Disponível em:<http://www.periodicos.unir.br/index.php/LABIRINTO/article/view/907/1069>. Acesso em: 23 dez.2015.
5. Agradecimentos
Ao graduando* do Curso de Licenciatura em Física Joeder Aparecido da Silva Flores, pela
disponibilidade e auxílio na demonstração prática aos alunos, sua contribuição foi essencial;
A Escola Estadual Arno Hausser pela parceria e colaboração no desenvolvimento de
nossos projetos, contribuindo não só para a formação de seus alunos, mas também para nossa
formação na Iniciação à Docência;
À Professora Supervisora do Projeto PIBID, Vera Lucia Rodrigues de Moraes e à
Professora colaboradora, Elaine Domingos, por acreditar em nossos projetos e oferecer o
suporte necessário.