Post on 10-Nov-2018
CNEG 2014
Produção Sustentável prof. Rogerio Valle
Sustentabilidade: uma exigência da Modernidade Avançada
• revoltas estudantis 1968
• Clube de Roma
• “Declaração sobre o Meio Ambiente Humano” (Estocolmo, 1972)
Década de 70
• Relatório Brundtland (CMMAD/ONU, 1987): suprir as necessidades da geração presente, sem afetar a capacidade das gerações futuras de suprir as suas.
Década de 80
• Rio 92 (UNCED): Carta da Terra, Agenda 21
• ISO 14000 Década de 90
• Rio+10 (Johannesburg, 2002)
• SA 8000, ISO 19011 Década 2000
Evolução da questão ambiental
nas últimas décadas
Por que houve tal evolução?
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Acesso às decisões políticas
• Sufrágio universal
• Democracia representativa
Acesso à cultura das elites
• Escola pública
• A mídia e a cultura de massas
Acesso aos bens de consumo das elites
• O Fordismo e a produção em massa
Lucidez histórica: as promessas da
Modernidade às massas
agricultura
indústria
serviços
■ Séc. XIX: explode a produtividade
no setor agrícola
› EUA: no século XVIII, 90% da
população no setor agrícola; hoje,
só 3%, com grandes excedentes!
› Brasil 1970: 18,8% na agricultura;
2007: 8,9%.
■ Séc. XX: explosão da
produtividade industrial
■ Séc. XXI: serviços: educação,
saúde, turismo, etc.
A racionalização do trabalho cumpre a terceira promessa da
Modernidade
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As consequências insustentáveis da racionalização do trabalho
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Uma ênfase para o futuro próximo:
produção sustentável no mar
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Acesso às decisões políticas
• Sufrágio universal
• Democracia representativa
Acesso à cultura das elites
• Escola pública
• A mídia e a cultura de massas
Acesso aos bens de consumo das elites
• O Fordismo e a produção em massa
É possível cumprir simultaneamente as
velhas e as novas promessas da
Modernidade?
Brasil: como alcançar a Modernidade Avançada?
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racionalização da agricultura: Embrapa
racionalização da indústria: habitação, saneamento
racionalização dos serviços: INSS, bancos, aviação, educação
Como o Mundo da Produção reage a esta exigência externa?
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F.W. Taylor (1856-1915)
• estudo científico de cada tarefa a ser executada;
• seleção científica dos trabalhadores;
• instrução e treinamento científico;
• incentivo através de elevações salariais (possíveis devido à maior produtividade obtida);
• constante cooperação entre direção e trabalhadores.
H. Ford (1863-1947)
• linha de montagem
• trabalhador especializado
• peças intercambiáveis
• verticalização
• círculo virtuoso entre salários elevados e produção de massa
A primeira geração de
racionalização do trabalho
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■ Psicossociologia
› O grupo de Harvard (Elton Mayo) e os
experimentos na fábrica de Hawthorne
› Mary Parker Follet e Chester Barnard
■ Teoria Comportamental
› Maslow
› Simon
› Argyris
› McGregor
› Likert
A segunda geração de
racionalização do trabalho
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H. Simon 1916-2001
Relações industriais avançadas
A fábrica como
sistema aberto
A pesquisa participante
Os grupos semi-
autônomos
Flexibilidade
O vanguardismo da Escola
Sociotécnica
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■ A herança das duas primeiras gerações
■ Evolução do controle da qualidade:
1. Controle da Qualidade pelo supervisor
2. Controle da Qualidade por inspeção; depois,
Controle Estatístico de Processos (qualidade
dentro de um sistema fechado)
3. Total Quality Control (Feigenbaum) lançado por
Juran como ferramenta gerencial
■ O ciclo PDCA e o kaizen
■ Relações dentro da cadeia produtiva
A terceira geração de racionalização
do trabalho
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Taylorismo e Fordismo
• 1ª geração
Escola das Relações Humanas
• 2ª geração
Modelo japonês
• 3ª geração
• 4ª geração
As gerações da racionalização do
trabalho
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■ A tese da intelectualização da produção
› Robert Blauner, Serge Mallet, Joan Woodward:
nova classe operária
› H. Kern e M. Schumann: novos conceitos de
produção
■ Piore e Sabel: a especialização flexível
■ Escola da Regulação: pós-fordismos neotaylorista,
californiano e kalmariano
■ A Reengenharia
As primeiras expressões do
pós-fordismo
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A Modernidade Fluida
(Bauman)
Produção Fluida
Gestão de Processos
A quarta geração nos anos 90
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Desverticalização
• terceirização
• gestão da cadeia de suprimentos
Novos métodos de PCP para acompanhar a desverticalização
• Fluxos descontínuos: ERP
• Fluxos contínuos: Toyotismo (JIT)
A quarta geração nos anos 90: a
produção fluida
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Mais consequências insustentáveis
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Campanha contra a Nike
Como corrigir a quarta geração?
Materiais
Energia
Pessoas
Informações
Produtos
Impactos sociais
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Pessoas
ProcessamentoImpactos ambientais
Informações
RECURSOS DE TRANSFORMAÇÃO
EXISTENTES OU ENTRANTES
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O1. A visão de processos deve incluir
as saídas indesejadas
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O ciclo de vida de um
produto não é outra
coisa senão o
conjunto dos
processos de
transformação de
materiais e de
energia ao longo de
todas as fases de um
bem, serviço ou
evento.
A Gestão do Ciclo de Vida
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Ferramenta: Avaliação do Ciclo de
Vida
ACV de fluidos de perfuração utilizando o software Umberto®
TÉCNICA QUE AVALIA O DESEMPENHO AMBIENTAL DE PRODUTOS,
DESDE A OBTENÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS ATÉ A
DISPOSIÇÃO FINAL (TODOS OS ELOS DA CADEIA PRODUTIVA).
2. A Sustentabilidade deve
considerar o triple bottom-line
Ferramenta: abordagem multicritério
Avaliação do Ciclo de Vida
Custeio Ciclo de
Vida
ACV Social
ASCV
Métodos ELECTRE Dashboards
Análise triple bottom line da indústria de
petróleo & gás com a aplicação do Electre III (JOURNAL OF CLEANER PRODUCTION)
ECONÔMICOS AMBIENTAIS SOCIAIS
EC1– total
production
(Thousand barrels
of oil / day)
EC8 -
Development and
impact of
investments in
infrastructure and
services
(Qualitative
Weight)
EN3 - Direct energy consumption discriminated by primary
energy source (Terajoules/Barrels/year).
EN8 - Total water withdrawal by source (Thousands m3/Mil
barrels/year).
EN16 - Total direct emissions of greenhouse gases per
weight. (Millions of Tons/Thousand barrels/year)
EN50 - Total indirect emissions of greenhouse gases per
weight. (Millions of Tons/Thousand barrels/year)
EN20 - SOx, by type and weight (Tons/thousand barrels/year)
EN60 - NOx, by type and weight (Tons/thousand barrels/year)
EN21 - Total water discharge by quality and destination.
(Thousands m3/thousand barrels/ year)
EN22 – Waste total weight (Tons/thousand barrels/year)
EN23 - Total volume of significant spills (m3/thousand
barrels/year).
EN30- Total investments and expenditures in environmental
protection by type(Thousands of Dollars/Thousand
barrels/year)
LA1 - Total workforce by
employment type,
employment contract and
region (thousand
Employees)
LA7 - Rates of work-
related deaths ((A) /
Employees)
LA70 - Rates of work-
related occupational
illnesses by region (Rate /
Million H. h)
Foram usados 15 critérios do GRI (2
econômicos,10 ambientais e 3 sociais)
Obteve-se o ordenamento final das alternativas
(empresas), ao longo dos cinco anos.
Legenda: E1 – Petrobrás E2 – BP E3 – Exxon E4 – Shell E5 - Chevron
Resultados
3. A interlocução organizações-stakeholders
e o conhecimento que ela produz: um eco
velado das lições de Michel Foucault
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Informações
provenientes de
fornecedores de
recursos a serem
transformados
Informações
em feedback dos
clientes e dos
consumidores
Info
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A agregação de valor
informacional por atores
externos
■ Governança da Sustentabilidade:
› conjunto de regras e de instâncias que permitem
um controle público e transparente das
organizações estatais e de mercado;
› associa rede, governança e stakeholders;
› alinha estratégias triple bottom-line e expectativas
dos stakeholders, usando indicadores de
sustentabilidade para orientar a maneira como as
responsabilidades são atribuídas e cumpridas nas
organizações públicas e privadas
A governança das redes de
produção
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■ Procedimentos para tomada de decisão
multicritério envolvendo múltiplos participantes:
› Negociação
› Votação
› Busca de consenso
Ferramenta: Group Decision and
Negotiation
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Conclusão
China • Mercados industriais
Índia • Mercados de serviços
Brasil
• Fornecedor de recursos naturais
• Fornecedor de alimentos
Risco para o Brasil: tendência a
uma perversa divisão internacional
do trabalho
Cadeia de Valor da Logística Reversa Logística Reversa Processo a Processo, Ed. Atlas
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Rússia, Índia, China: dificuldades de grande monta na questão da sustentabilidade Brasil: relativamente menos competitivo nos cinco primeiros fatores Sustentabilidade como grande oportunidade!
Fatores de competitividade
■ Produtividade
■ Qualidade
■ Flexibilidade
■ Inovação tecnológica
■ Cadeia logística
■ Gestão da
sustentabilidade
Posição dentro do BRIC
Alternativa para a indústria e o serviços no Brasil: sustentabilidade
como vantagem competitiva
Ferramenta: processo de
desenvolvimento de produtos
sustentáveis
AVALIAÇÃO
DO CICLO
DE VIDA
(LCA)
CUSTEIO
DO CICLO
DE VIDA
(LCC)
AVALIAÇÃO
SOCIAL DO
CICLO DE
VIDA
(SLCA)
AMBIENTAL ECONÔMICO SOCIAL
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE
PRODUTOS (PDP)
GESTÃO DO CICLO DE VIDA (LCM)
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Ex.: PDP Biotecnologias Marinhas
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