Post on 19-Nov-2018
Espaço: Ceará
(litoral e interior –
Serra da Ibiapaba)
Época: 1603-1604
1608 – Retorno de
Martim – Fundação
Prof. Roger
Capítulo I
Verdes mares bravios de minha terra
natal, onde canta a jandaia nas frondes da
carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida
esmeralda aos raios do sol nascente,
perlongando as alvas praias ensombradas de
coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai
docemente a vaga impetuosa, para que o barco
aventureiro manso resvale à flor das águas.
Prof. Roger
Capítulo II
Além, muito além daquela serra, que
ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha
os cabelos mais negros que a asa da graúna e
mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu
sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado.
Prof. Roger
(Continuação)
Mais rápida que a ema selvagem, a
morena virgem corria o sertão e as matas do
Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da
grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal
roçando alisava apenas a verde pelúcia que
vestia a terra com as primeiras águas.
Prof. Roger
Aspectos históricos:
Martim Soares Moreno
Poti – Antônio Felipe Camarão
Jacaúna (Chefe pitiguara)
Irapuã (Chefe tabajara)
1603 – Tentativa frustrada de colonização
empreendida por Pero Coelho
1608 – Princípio efetivo da colonização por
Martim Soares Moreno
Prof. Roger
Iracema Martim
Moacir Tabajara
(interior)
Araquém (Pajé)
Andira (Tio)
Caubi (Irmão)
Irapuã (Chefe)
Franceses
Pitiguara (litoral)
Poti (Amigo)
Jacaúna (Chefe)
Jatobá
Batuireté
Portugueses
Cão Japi
X
Capítulos importantes:
I – cronologicamente é o penúltimo: partida de
Martim, Moacir e o cão Japi.
II – início, apresentação de Iracema, Iracema e
Martim (índia e branco).
III – Martim é recebido na cabana de Araquém e
se apresenta.
IV – Martim quer partir e Iracema pede que ele
aguarde o retorno de seu irmão, Caubi.
V – Irapuã chega e prepara a guerra.
Prof. Roger
VI – Iracema leva Martim ao bosque sagrado e
prepara a bebida de Tupã. Martim bebe e sonha,
depois beija Iracema.
VII – Irapuã persegue Iracema e os dois discutem.
VIII – Caubi retorna. Iracema fica triste, pois
Martim vai partir.
IX – Caubi conduz Martim. Iracema acompanha,
despedindo-se com um beijo.
X – Irapuã e seus guerreiros cercam Martim e
Caubi. Iracema ouve o grito de guerra de seu
irmão. Ouve-se, então, a inúbia dos tabajaras e
Irapuã retorna a tribo (ardil de Iracema?).
XI – Irapuã vai à cabana de Araquém em busca de
Martim. O Pajé o faz ouvir a “voz de Tupã”.
XII – Poti aparece e Iracema vai ao encontro dele.
XIII – Iracema fala com Poti e Martim segue
protegido na cabana.
XIV – Irapuã e seus guerreiros excitam-se com
cauim. Iracema e Martim descem pela galeria e
vão falar com Poti.
XV – Os guerreiros passam a noite no bosque
sagrado. Martim (sob efeito do licor) e Iracema
ficam juntos.
XVI – Os guerreiros dormem. Iracema guia Martim e
Poti pela mata.
XVII – Iracema revela a Martim que não pode mais
voltar em virtude do que aconteceu. Seguem
fugindo, param para descansar e ficam juntos
novamente.
XVIII – Os tabajaras atacam. O cão Japi vai avisar
os pitiguaras, que vêm em socorro. Os pitiguaras
vencem.
XIX – Poti dá Japi a Martim.
XX – Iracema e Martim ficam três dias entre os
pitiguaras, mas a índia sofre entre os inimigos da
sua gente...
XXI – Ida para o Mocoripe. Mais três dias.
XXII – Batuireté: Gavião Branco (Martim) e
Narceja (Poti).
XXIII – Iracema anuncia que está grávida.
XXIV – Coatiabo: gente pintada
XXV – Irapuã alia-se aos franceses. Guerra.
XXVI – Martim e Poti vão para a guerra.
XXVII – Martim e Poti retornam vitoriosos. A
felicidade volta, mas Martim sente saudades...
XXVIII – Iracema está triste, pois sente que Martim
não é o mesmo.
XXIX – Nova guerra. Enquanto Martim e os
pitiguaras comemoram mais uma vitória, nasce
Moacir, filho de Iracema.
XXX – Caubi visita Iracema.
XXXI – Caubi parte.
XXXII – Martim e Poti retornam da guerra.
Iracema morre.
XXXIII – Quatro anos depois. Martim retorna da
Europa para dar início à colonização do Ceará
Observações finais:
Alencar Narrador comprometido sentimentalmente
Linguagem poética
Lenda de Iracema História do conflito entre o dever e a paixão
Mito do Bom Selvagem (Rousseau)
Iracema entrega a sua vida
Poti entrega a própria identidade
Influência de Chateaubriand - Atala
Prof. Roger