Post on 29-Jul-2020
PROCESSOS E EXPERIMENTAÇÕESEXPOSIÇÃO
Coletiva entre os jovens artistas do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal de Rondônia,
manifesta práticas artísticas que permeiam processos híbridos de criação discutindo a arte por meio da experimenta-
ção poética.
Essa exposição traz à tona a forma com presença por meio do processo criativo. Mas existem formas sem presença?
De acordo com o artista americano Ad Reinhardt (1991) a forma é aquela imbuída de “espírito, espírito das formas,
formas das formas? Forma das formas, formalismo, uniformidade? Uma forma? Ciclos de estilos, arcaico, clássico,
formas tardias? Formas rompidas, impressionismo, formas vazias? ”. Seria então, uma forma com presença aquela
que tem espírito? Que é preenchida de alguma maneira, mesmo que pelo vazio, pelo fim, pelo anacronismo?
PensandoPensando com o filósofo Didi-Huberman (2010), essa presença pode consistir em praticar uma nova abertura de
ponto de vista, capaz de nos fazer sentir uma presença real, tendo, então, potencial para permanecer o efeito de um
processo que se põe em conflito com a alteridade, com o que temos por verdade. A forma, nesse sentido, seria um en-
contro, um entrelaçamento que se alcança pela presença.
Podemos assim, abrir nossos olhos para experimentar o que não vemos de imediato, o que não mais veremos, por
permanecer o sentir além do ver, para experimentar o que não vemos com toda evidência, já que a obra não deflagra
todo o processo criativo que o artista mergulha. Talvez a beleza do olhar resida nesse momento dialético em que per-
mitimos nos perder ao ver algo que a princípio não reconhecemos, mas que ao adentrarmos, ele também nos olha. O
olhar atento nos convida possantemente a nos singularizar.
Singularizar para a professora Rosane Preciosa (2010), referência para os artistas dessa exposição, é “o contrário de
moldar-se de acordo com uma expectativa de subjetividade feita sob encomenda. Significa nela intervir”. Com isso,
somos motivados a sempre intervir em nosso olhar, não o deixando ser preso ao midiático, não buscando significado
fugaz para o que nos cerca. Assim, existir é expandir-se: “Cortado o laço umbilical, somos arremessados a um espa-
ço-tempo, um território de existência, onde encarnamos e com o qual vamos construindo sucessivas paisagens subje-
tivas”. Sejamos convidados a esse território.
Convidamos também os apreciadores a se deixarem se perder em um estado paciente e atento, pulsante a movimentar
uma importante elaboração interior. Por fim, somos convidados a nos relacionar com a exposição e criarmos nossa
própria experiência a partir do que podemos apreender pelo olhar e por aquilo que sentimos, pela singularidade das
formas, por suas presenças, cores e materialidades, e pela nossa singularidade enquanto participante.
Coordenação Geral: Pritama Morgado Brussolo | Equipe Curatorial: Marjoriê Figueiredo, Domitilla Navarro, Ismael
Barreto, Karina Ramos e Paulo Roberto | Coordenação de Arte-educação: Poliana Espíndola e Guilherme Ocampo.
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