Post on 19-Sep-2018
PESQUISA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA
- CRECHE -
• Realização: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
• Parceria: IBOPE Inteligência
• Objetivo: Mapear necessidades e interesses das
famílias em relação ao atendimento em
educação de crianças de 0 a 3 anos no Brasil
• Etapa Qualitativa prévia
• Etapa Quantitativa: questões objetivas sobre
dia a dia das crianças e de seus responsáveis
QUEM, QUANDO e ONDE?
Pensando que há uma reunião na creche / escolinha, normalmente quem irá comparecer? Quem decide onde e com quem essa criança de 0-3 deve ficar quando a mãe não pode cuidar dela? No momento de se alimentar fora de casa, normalmente quem decide o que a criança irá comer? Durante a noite, se a criança acorda quem normalmente cuida da criança? Se a criança precisa ir no posto de saúde, quem leva a criança?
Considerado responsável, se “sim” em pelo menos 3 desses itens
• Mães adolescentes com menos de 18 anos não fizeram parte da amostra do estudo
• Cada adulto entrevistado respondeu por apenas uma criança entre 0 e 3 anos
• O termo “creche” refere-se a estabelecimentos que oferecem atendimento educacional pago ou gratuito (creches públicas, conveniadas, confessionais, comunitárias e filantrópicas)
Responsáveis pelas crianças de 0 a 3 anos Quem são?
• 89% são as mães da criança; em 5% o pai é o responsável; em 5% o responsável não é um
dos pais (avó, tia, outros)
• Idade: 29% entre 18 a 24 anos e 49% entre 25 a 34 anos ;
• 46% responderam sobre seu primeiro filho;
• 31% são donas de casa; 49% têm atividade econômica (formal ou informal); 5% estão de
licença e 13% estão desempregados;
• A cada 10 responsáveis: 1 concluiu no máximo 5 anos de estudo, 2 têm entre 6 e 9 anos de
escolaridade, 5 chegaram ou completaram o Ensino Médio e 2 chegaram ou concluíram o
Ensino Superior
• 10% estão estudando atualmente;
• 75% moram com companheiro, quase sempre o pai da criança;
• 59% moram em domicílios com 3 a 4 moradores ou acima de 4 moradores (38%);
• 15% dos domicílios também têm uma ou mais crianças de 4 a 5 anos, 26% de 6 a 10
anos e 11% de 11 a 12 anos;
• Apenas 66% das crianças-referência de 2 a 3 anos tem seu pai morando no mesmo
domicílio
• 38% declaram estar em algum programa de complementação de renda
6
•33% das crianças frequentam creches / escolinhas.
» aproximadamente 20% utilizam serviços gratuitos (creches públicas, conveniadas, confessionais, comunitárias ou filantrópicas)
» 14% frequentam creches pagas
•12% das crianças vão para a casa de alguém durante o dia (sendo que 7% frequenta a creche e vai para a casa de
alguém)
•57% das crianças ficam em casa
[VALOR]% pagas [VALOR]
% gratuitas
[VALOR]% tempo integral
[VALOR]% tempo
parcial
•Das crianças que frequentam a creche, 51% em período integral e
49% em tempo parcial
QUATRO BRASIS
• Famílias com renda inferior a 5 s.m.
» nas Capitais e seu entorno
» em contextos urbanos do Interior
» na zona Rural
• Famílias com renda
superior a 5 s.m., vivendo
em qualquer contexto
ana
68% moram com os pais (vs 75% no total)
cerca de 700.00 crianças não convivem cotidianamente com a figura paterna
• As famílias são mais numerosas, com 5 pessoas em média
• 49% participam de programas de complementação de renda (vs 38%
do total)
• 83% dos chefes de família são do sexo masculino (vs 69%
do total)
• 79% têm renda familiar até 2 s.m. (vs 47% no total)
• 44% participam de programas de complementação de renda (vs 38% do total)
• % dos domicílios têm
apenas 2 moradores (vs 4% do total)
• 45% dos chefes de
família são mulheres. (vs 31% no total)
• 82% das crianças
moram com o pai (vs 75% do total)
• Um terço das crianças de 0 a 3 anos frequenta uma creche / escolinha
– cerca de 3,2 milhões de crianças, sendo 2,1 milhões de domicílios com renda familiar de até 5SM.
Onde a criança fica durante o dia
33%
12%
57%
14% 13%
74%
42%
13%
48%
63%
11%
29%
Frequenta creche Vai para a casa de alguémque cuida dela, sem você
junto
Fica em casa
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
7% das crianças
frequentam a creche e também a casa de
alguém
Total
Criança de 0 a 1 ano
Criança de +1 a 2 anos
Criança de +2 a 3 anos
14
34% 25% 24%
11% 3% 2% 1%
Ainda no útero/ventre/ barriga da
mãe
Assim que nasce A partir dos 6meses
A partir de 1 ano A partir de 2 anos A partir de 3 anos A partir de 6 anos
Percepções sobre o desenvolvimento das crianças (0 a 3 anos)
Quanto maior a escolaridade do responsável, maior sua percepção que o desenvolvimento da criança começa mais cedo, no caso,
ainda no útero (51% - ensino superior).
Quando a criança começa a aprender
16
Percepções sobre o desenvolvimento das crianças (0 a 3 anos)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Levar ao pediatra regularmente/ Dar vacinasrecomendadas
Amamentar Ter cuidado com a alimentação Receber atenção dos adultos Ter bons exemplos dos pais Receber carinho, afeto Brincar / Passear Viver em um ambienteadequado
Ter uma rotina Estabelecer limites, ter regrasclaras sobre o que pode ou não
pode fazer.
Conversar com a criança
Total Capital/periferia Interior Urbano > 5 SM Rural
Levar ao pediatra
regularmente Amamentar
Ter cuidado com a
alimentação
Receber atenção dos
adultos
Ter bons exemplos dos
pais
Receber carinho, afeto
Brincar/ Passear
Viver em um ambiente adequado
Ter uma rotina
Estabelecer limites
Conversar com
a criança
*Resultados apresentados acima de 10% no total
Fatores mais importantes para o desenvolvimento
17
Atitudes que mais estimulam aprendizagens (0 a 3 anos)
70
47
38
32
30
24
15
15
11
11
6
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Ter muito carinho e estímulos.
Respeitar o tempo da criança
Ter contato com letras, palavras e números
Assistir desenho na televisão.
Ficar próxima de adultos para aprender com eles a falar.
Estimular para que se alimente sozinha
Ser colocada em um andador para logo aprender a andar.
Ir o quanto antes para a creche para aprender com as professoras.
Oferecer, todos os dias, o máximo de atividades
Não ficar muito no colo, ficar no berço mesmo que chore.
Ficar protegido do contato com outras crianças e lugares públicospara não ficar doente.
TOTAL > 5 SM Rural Interior Urbano Capital e entorno
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
18
42% entre os
que deixam a
criança na
casa de
alguém
A creche é a melhor alternativa para a criança se
desenvolver
A melhor alternativa para a criança se desenvolver é
ficar na sua casa
21% 09% 24% 12% 34%
46% 33%
A creche deve ser a principal responsável pela
aprendizagem da criança
A família deve ser a principal responsável pela
aprendizagem da criança
20% 13% 54% 05% 07%
12% 68%
Percepções sobre o desenvolvimento das crianças (0 a 3 anos)
19
UM OLHAR SOBRE A QUALIDADE
Famílias mais escolarizadas têm percepções mais favoráveis e também mais críticas
Como atender ao direito de quem mais
precisa?
•Flexibilidade na medida certa
•O caminho da intersetorialidade
CRECHE E VIDA PRODUTIVA DOS PAIS
Empregabilidade em trabalhos de local fixo ou em casa, de acordo com a obtenção de vaga na creche
Creche para quê? • Primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da criança.
» Ciência comprova: assegurar condições adequadas ao desenvolvimento nos primeiros anos de vida é mais eficaz e gera menos custos do que tentar reverter ou minimizar os efeitos ou problemas mais tarde.
• Estabelecimentos de educação infantil: aliados da família no cuidado e educação nos primeiros anos de vida.
» Trabalho complementar ao da família e da comunidade na promoção do desenvolvimento da criança.
• Especialistas: associam experiência educativa no espaço coletivo da creche com o cuidado zeloso, o bem-estar físico e emocional
» Importância das interações, das relações interpessoais para favorecer aprendizagens.
» Estímulos, vivências e aprendizagens da creche podem proporcionar ganhos cognitivos e aprimoramento de habilidades futuras mais complexas.
Articulação entre família e creche: diferentes papéis e contextos a serem partilhados com as crianças fazendo convergir suas especificidades.
33
Creche para quem? • Meta PNE: atender a, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até 2024.
• Pnad 2015: 25,6% das 10,3 milhões de crianças do 0 a 3 anos estavam matriculadas em estabelecimentos gratuitos e pagos.
• É função dos gestores públicos e dos formuladores de políticas analisarem os obstáculos que se colocam entre as famílias e o seu direito constitucional de matricular os filhos na educação infantil e buscar soluções.
• O debate deve abranger a questão da equidade.
» Pnad 2015: há grande desigualdade no acesso à creche, regional e econômica.
» Acesso para os 20% mais pobres: 21%, para os 20% mais ricos é de 53%.
» A desigualdade aumentou nos últimos cinco anos (a diferença passou de 26 para 32 pontos percentuais entre 2009 e 2015)
Necessidade de políticas afirmativas de educação infantil para as populações mais pobres.
34