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Inspirar Ex-morador de rua dirige bicicloteca pelas ruas do Centro de São Paulo PÁG. 10
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Ministério da Educação reconhece 112 cursos de Tecnólogos em 13 áreas
Diploma de Tecnólogo vale para fazer concursos públicos e pós-graduação
9Brasil ocupa 14º lugar em ranking de alunos em universidades dos EUA
Com défi cit de 20 mil profi ssionais, Brasil precisa de mais engenheiros
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www.mundoprime.com.br@mundoprimePrime Saber
26 de novembro a 2 dezembro de 2012 - Edição 15 - Especial TECNÓLOGO | Ano 1 - Distribuição dirigida, especializada e gratuita. Venda proibida.
Discriminados no passado, cursos ganhamcredibilidade e batem recorde de matrículasEles já foram confundi-dos com cursos procu-rados por aqueles que perderam a chance de se formar na hora certa. Mas isso é coisa do pas-
sado. Os Tecnólogos de-ram a volta por cima e hoje são cobiçados pelo mercado de trabalho. O resultado está nas salas de aula. Segundo o Censo PÁGs. 6 e 7
A VOLTA POR CIMA DOS TECNÓLOGOS
Escola para brasileiros no Japão poderão oferecer curso técnico em 2013
da Educação Superior, as matrículas saltaram de 69.797, em 2001, para 781.609, em 2010, um crescimento de mais de dez vezes.
Gerenciamento eAdministração são as áreascom mais matrículas
Especial
Da Redação
Os cursos supe-riores de Tecnologia formam profi ssionais para atender campos específi cos do merca-do de trabalho.
Seu formato, por-tanto, pode ser mais
compacto, com dura-ção em alguns casos menor que a de cur-sos de graduação tra-dicionais.
O Ministério da Educação divide em 13 áreas os 112 cur-sos reconhecidos.
Conheça-os.
O que é uma graduação Tecnológica?2
Modalidade forma profi ssionais para atender campos específi cos do mercado de trabalho
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26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
PioneiroO primeiro curso superior de Tecnologia foi de Construção Civil (Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação), em 1969.
Produção Cultural e Design• Comunicação Assistiva• Comunicação Institucional• Conservação e Restauro• Design de Interiores• Design de Moda• Design de Produto• Design Gráfi co• Fotografi a• Produção Audiovisual• Produção Cênica• Produção Cultural• Produção Fonográfi ca• Produção Multimídia• Produção Publicitária
Recursos Naturais• Agroecologia• Agronegócio• Aquicultura• Cafeicultura• Horticultura• Irrigação e Drenagem• Produção de Grãos• Produção Pesqueira• Rochas Ornamentais• Silvicultura
Segurança• Gestão de Segurança Privada• Segurança no Trabalho• Segurança no Trânsito• Segurança Pública• Serviços Penais
Gestão e Negócios• Comércio Exterior• Gestão Comercial• Gestão da Qualidade• Gestão de Cooperativas
Informação e Comunicação• Análise e Desenvolvimento de Sistemas• Banco de Dados• Geoprocessamento• Gestão da Tecnologia da Informação• Gestão de Telecomunicações• Jogos Digitais• Redes de Computadores• Redes de Telecomunicações• Segurança da Informação• Sistemas de Telecomunicações• Sistemas para Internet• Telemática
Infraestrutura• Agrimensura• Construção de Edifícios• Controle de Obras• Estradas• Gestão Portuária• Material de Construção• Obras Hidráulicas• Pilotagem Profi ssional de Aeronaves• Sistemas de Navegação Fluvial• Transporte Aéreo• Transporte Terrestre
Militar• Comunicações Aeronáuticas• Fotointeligência• Gerenciamento de Tráfego Aéreo• Gestão e Manutenção Aeronáutica• Meteorologia Aeronáutica• Sistemas de Armas
Ambiente e Saúde• Gestão Ambiental• Gestão Hospitalar• Oftálmica• Radiologia• Saneamento Ambiental• Sistemas Biomédicos
Controle e Processos Industriais• Automação Industrial• Eletrônica Industrial• Eletrotécnica Industrial• Gestão da Produção Industrial• Manutenção de Aeronaves• Manutenção Industrial• Mecânica de Precisão• Mecatrônica Industrial• Processos Ambientais• Processos Metalúrgicos• Processos Químicos• Sistemas Elétricos
Apoio Escolar• Processos Escolares
Hospitalidade e Lazer• Eventos• Gastronomia• Gestão Desportiva e de Lazer• Gestão de Turismo• Hotelaria
Produção Industrial• Biocombustíveis• Construção Naval• Fabricação Mecânica• Papel e Celulose• Petróleo e Gás• Polímeros• Produção de Vestuário• Produção Gráfi ca• Produção Joalheira• Produção Moveleira• Produção Sucroalcooleira• Produção Têxtil
Produção Alimentícia• Agroindústria
• Alimentos• Laticínios• Processamento de Carnes• Produção de Cachaça• Viticultura e Enologia
• Gestão de Recursos Humanos• Gestão Financeira• Gestão Pública• Logística• Marketing• Negócios Imobiliários• Processos Gerenciais• Secretariado
26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
VestibularNo dia 9 de dezembro, acontece o vestibular para as Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo), que são gratuitas. Especial4
Diploma vale para concurso e pós
Da Redação
Assim como os egres-sos de cursos de Bacha-relado e Licenciatura, os Tecnólogos recebem diploma de graduação e podem se candidatar a concursos públicos e pri-vados de nível superior.
Também podem fazer cursos de Pós-gradua-çãoStricto Sensu (Mes-trado e Doutorado) e Lato Sensu (Especialização).
A garantia é da área de
Tecnólogos são 10% da oferta de graduação no país
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regulação da educação profi ssional do Ministé-rio da Educação, diante da dúvida, comum entre os graduandos, quanto à validade do documento.
Muitos estudantes optam inicialmente por essa modalidade de en-sino em razão da rapidez de ingresso na vida pro-fi ssional.
Voltados para a for-mação especializada e, consequentemente, para o mercado de trabalho,
os cursos superiores de tecnologia representam 10% da oferta de gradu-ação no país nos cursos presenciais e 25,3% nos cursos a distância, se-gundo o Censo da Edu-cação Superior, realizado
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anualmente pelo Institu-to Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os cursos Tecnoló-gicos existem no Bra-sil desde a década de 60. Nos últimos anos, a
Editora Mundo PrimeRua Heitor de Morais, 231 - PacaembuCEP 01237-000 - São Paulo - SP - F.:11 3078-2900Editora: Patrícia Trudes da Veiga - MTB 15.158Dpto. Comercial: Valter Pedrozocomercial@mundoprime.com.br Editor de arte: Magno Cavalcanti SantosAssistente de arte: Candido Ferreira
E X P E D I E N T EImpressão: Folha Gráfi caPrime Saber é uma publicação da Editora Mundo Prime (www.mundoprime.com.br). É proibida a reprodução de textos e fotos publica-das, mesmo citando a fonte, sem a expressa autor-ização assinada pelos diretores da publicação. Os ar-tigos e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
procura aumentou (leia texto nas págs. 6 e 7).
Matrículas por modalidadeFonte: Inep
Especial26 novembro a 2 de dezembro de 2012
726 novembro a 2 de dezembro de 2012
Especial6
MERCADO ESTÁ MAIS RECEPTIVO
CONFUSÃO GERA PRECONCEITO
Gerenciamento e Administração têm mais procuraMatrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
Em primeiroCom 11,95 candidatos/vaga, Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) foi o curso mais disputado no vestibular das Fatecs de São Paulo.
Em segundoCom 10,33 candidatos/vaga, fi cou Construção Civil, seguida de Automação Industrial (9,28), Comércio Exterior (9) e Gestão Financeira (8).
Nos cursos em geral Nas instituições federais
Total Geral Gerenciamento e administraçãoProcessamento da informação Ciência da computação Marketing e publicidade Proteção ambiental (cursos gerais) Engenharia e pro� ssões de engenharia (cursos gerais) Hotelaria, restaurantes e serviços de alimentação Técnicas audiovisuais e produção de mídia Design e estilismo Serviços de beleza Outros Cursos
Fonte: Inep Fonte: Inep
781.609 343.723
66.66451.40047.99640.16630.32317.68616.08016.00214.694
136.875
100,044,0
8,56,66,15,13,92,32,12,01,9
17,5
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Área do Conhecimento Matrícula %
Total Geral Gerenciamento e administraçãoProcessamento da informação Engenharia e pro� ssões de engenharia (cursos gerais) Proteção ambiental (cursos gerais) Eletrônica e automaçãoProcessamento de alimentosProdução agrícola e pecuária Engenharia civil e de construçãoUso do computadorViagens, turismo e lazerOutros Cursos
63.84115.666
7.8174.9143.9813.9643.5373.0312.8252.2612.212
13.273
10024,712,3
7,76,36,25,64,84,53,63,5
20,9
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Área do Conhecimento Matrícula %
Da Redação
O Censo da Educação Superior 2010 do Inep con-� rma que os cursos Tec-nológicos estão em alta. As matrículas saltaram de 69.797, em 2001, para 781.609, em 2010, um crescimento de mais de dez vezes no período.
A proporção de matrí-culas nos cursos Tecnoló-gicos, quando comparada com as para Bacharelado e Licenciatura, passou de 2,3% para 12,3% nesse mesmo intervalo.
Em 2010, as matrículas nos cursos Tecnológicos foram, em sua maior par-te, na área de Gerencia-
Não há uma pesquisa na-cional que responda sobre a empregabilidade dos tec-nólogos, mas alguns núme-ros indicam que a aceitação tem sido grande nos últi-mos anos.
O especialista Fabiano Ca-xito fez uma pesquisa com 350 empresas para investi-gar a aceitação do Tecnólogo no mercado de trabalho.
Ela mostra que o setor mais receptivo aos Tecnó-logos é o de serviços, com 37,5%, seguido da indús-tria, com 21,4%.
De acordo com ele, exis-tem empresas em áreas es-pecí� cas que têm preferido contratar Tecnológos, como
mento e Administração. Com 44% da procura, ela abriga cinco vezes mais alunos que a segunda mais procurada, a de Proces-samento da informação, com 8,5%.
Na sequência, encon-tram‐se as áreas de Ciên-cia da computação, com 6,6%, Marketing e publi-cidade, com 6,1%, e Pro-teção ambiental (cursos gerais), com 5,1%.
Na avaliação do Inep, o crescimento dos cursos tecnológicos aponta no sentido de investimentos na educação profissional de nível superior, princi-palmente pela iniciativa privada, mas também pela
as técnicas, industriais e da construção civil.
“Além da formação rápi-da, que permite que o pro-� ssional entre mais rápido no mercado de trabalho, os cursos Tecnológicos são especialistas, ou seja, apro-fundam em assuntos espe-cí� cos, diferente dos bacha-relados, que são genéricos.”
Dados das Fatecs reve-lam que 92% dos formados estão empregados e 55% recebem entre três e oito salários mínimos ao mês.
Com o crescimento da procura e da oferta de cur-sos superiores de tecno-logia e com a mudança do per� l do aluno, o Brasil começa a se equiparar aos Estados Unidos e à Europa, onde os cursos superiores de duração mais curta representam mais de 50% dos alunos ma-triculados.
expansão das Ifes (Insti-tuições Federais de Edu-cação Tecnológica).
O número de matrículas nas Ifes em cursos Tecno-lógicos aumentou 481% de 2001 para 2010. Do to-tal de 63.481 matrículas em 2010, 47.439 foram nas instituições federais.
Nas Ifes, Gerenciamento e Administração também foram as áreas com maior procura, com 24,7% das matrículas, seguida de Processamento da infor-mação, com 12,3%.
Na sequência, � caram Engenharia e pro� s-sões de engenharia (cursos gerais), com 7,7%, Proteção am-
Por décadas a formação de nível superior era fei-ta pelos Bacharelados. E estabeleceu-se essa cultu-ra. Quando algum aluno comentava que era Tecnó-logo, muitos não sabiam o que era isso. Confundiam com cursos técnicos, de formação do Ensino Médio.
A confusão entre Tec-nólogos e cursos técnicos contribuiu para se criar um certo preconceito contra o pro� ssional formado nessa modalidade de graduação.
biental (cursos gerais), com 6,3%, Eletrônica e au-tomação, com 6,2%, e Pro-cessamento de alimentos, com 5,6%.
Matrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
Nos cursos em geral Nas instituições federais
expansão das Ifes (Insti-tuições Federais de Edu-
O número de matrículas nas Ifes em cursos Tecno-lógicos aumentou 481% de 2001 para 2010. Do to-tal de 63.481 matrículas em 2010, 47.439 foram nas instituições federais.
Nas Ifes, Gerenciamento e Administração também foram as áreas com maior procura, com 24,7% das matrículas, seguida de Processamento da infor-
Na sequência, � caram Engenharia e pro� s-sões de engenharia (cursos gerais), com 7,7%, Proteção am-
biental (cursos gerais), com 6,3%, Eletrônica e au-tomação, com 6,2%, e Pro-cessamento de alimentos, com 5,6%.
onde os cursos superiores de duração mais curta representam mais de 50% dos alunos ma-
contribuiu para se criar um certo preconceito contra o pro� ssional formado nessa modalidade de graduação.
Matrículas por Áreas do Conhecimento
CONFUSÃO GERA
Matrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
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Especial26 novembro a 2 de dezembro de 2012
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Especial6
MERCADO ESTÁ MAIS RECEPTIVO
CONFUSÃO GERA PRECONCEITO
Gerenciamento e Administração têm mais procuraMatrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
Em primeiroCom 11,95 candidatos/vaga, Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) foi o curso mais disputado no vestibular das Fatecs de São Paulo.
Em segundoCom 10,33 candidatos/vaga, fi cou Construção Civil, seguida de Automação Industrial (9,28), Comércio Exterior (9) e Gestão Financeira (8).
Nos cursos em geral Nas instituições federais
Total Geral Gerenciamento e administraçãoProcessamento da informação Ciência da computação Marketing e publicidade Proteção ambiental (cursos gerais) Engenharia e pro� ssões de engenharia (cursos gerais) Hotelaria, restaurantes e serviços de alimentação Técnicas audiovisuais e produção de mídia Design e estilismo Serviços de beleza Outros Cursos
Fonte: Inep Fonte: Inep
781.609 343.723
66.66451.40047.99640.16630.32317.68616.08016.00214.694
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8,56,66,15,13,92,32,12,01,9
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Área do Conhecimento Matrícula %
Total Geral Gerenciamento e administraçãoProcessamento da informação Engenharia e pro� ssões de engenharia (cursos gerais) Proteção ambiental (cursos gerais) Eletrônica e automaçãoProcessamento de alimentosProdução agrícola e pecuária Engenharia civil e de construçãoUso do computadorViagens, turismo e lazerOutros Cursos
63.84115.666
7.8174.9143.9813.9643.5373.0312.8252.2612.212
13.273
10024,712,3
7,76,36,25,64,84,53,63,5
20,9
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Área do Conhecimento Matrícula %
Da Redação
O Censo da Educação Superior 2010 do Inep con-� rma que os cursos Tec-nológicos estão em alta. As matrículas saltaram de 69.797, em 2001, para 781.609, em 2010, um crescimento de mais de dez vezes no período.
A proporção de matrí-culas nos cursos Tecnoló-gicos, quando comparada com as para Bacharelado e Licenciatura, passou de 2,3% para 12,3% nesse mesmo intervalo.
Em 2010, as matrículas nos cursos Tecnológicos foram, em sua maior par-te, na área de Gerencia-
Não há uma pesquisa na-cional que responda sobre a empregabilidade dos tec-nólogos, mas alguns núme-ros indicam que a aceitação tem sido grande nos últi-mos anos.
O especialista Fabiano Ca-xito fez uma pesquisa com 350 empresas para investi-gar a aceitação do Tecnólogo no mercado de trabalho.
Ela mostra que o setor mais receptivo aos Tecnó-logos é o de serviços, com 37,5%, seguido da indús-tria, com 21,4%.
De acordo com ele, exis-tem empresas em áreas es-pecí� cas que têm preferido contratar Tecnológos, como
mento e Administração. Com 44% da procura, ela abriga cinco vezes mais alunos que a segunda mais procurada, a de Proces-samento da informação, com 8,5%.
Na sequência, encon-tram‐se as áreas de Ciên-cia da computação, com 6,6%, Marketing e publi-cidade, com 6,1%, e Pro-teção ambiental (cursos gerais), com 5,1%.
Na avaliação do Inep, o crescimento dos cursos tecnológicos aponta no sentido de investimentos na educação profissional de nível superior, princi-palmente pela iniciativa privada, mas também pela
as técnicas, industriais e da construção civil.
“Além da formação rápi-da, que permite que o pro-� ssional entre mais rápido no mercado de trabalho, os cursos Tecnológicos são especialistas, ou seja, apro-fundam em assuntos espe-cí� cos, diferente dos bacha-relados, que são genéricos.”
Dados das Fatecs reve-lam que 92% dos formados estão empregados e 55% recebem entre três e oito salários mínimos ao mês.
Com o crescimento da procura e da oferta de cur-sos superiores de tecno-logia e com a mudança do per� l do aluno, o Brasil começa a se equiparar aos Estados Unidos e à Europa, onde os cursos superiores de duração mais curta representam mais de 50% dos alunos ma-triculados.
expansão das Ifes (Insti-tuições Federais de Edu-cação Tecnológica).
O número de matrículas nas Ifes em cursos Tecno-lógicos aumentou 481% de 2001 para 2010. Do to-tal de 63.481 matrículas em 2010, 47.439 foram nas instituições federais.
Nas Ifes, Gerenciamento e Administração também foram as áreas com maior procura, com 24,7% das matrículas, seguida de Processamento da infor-mação, com 12,3%.
Na sequência, � caram Engenharia e pro� s-sões de engenharia (cursos gerais), com 7,7%, Proteção am-
Por décadas a formação de nível superior era fei-ta pelos Bacharelados. E estabeleceu-se essa cultu-ra. Quando algum aluno comentava que era Tecnó-logo, muitos não sabiam o que era isso. Confundiam com cursos técnicos, de formação do Ensino Médio.
A confusão entre Tec-nólogos e cursos técnicos contribuiu para se criar um certo preconceito contra o pro� ssional formado nessa modalidade de graduação.
biental (cursos gerais), com 6,3%, Eletrônica e au-tomação, com 6,2%, e Pro-cessamento de alimentos, com 5,6%.
Matrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
Nos cursos em geral Nas instituições federais
expansão das Ifes (Insti-tuições Federais de Edu-
O número de matrículas nas Ifes em cursos Tecno-lógicos aumentou 481% de 2001 para 2010. Do to-tal de 63.481 matrículas em 2010, 47.439 foram nas instituições federais.
Nas Ifes, Gerenciamento e Administração também foram as áreas com maior procura, com 24,7% das matrículas, seguida de Processamento da infor-
Na sequência, � caram Engenharia e pro� s-sões de engenharia (cursos gerais), com 7,7%, Proteção am-
biental (cursos gerais), com 6,3%, Eletrônica e au-tomação, com 6,2%, e Pro-cessamento de alimentos, com 5,6%.
onde os cursos superiores de duração mais curta representam mais de 50% dos alunos ma-
contribuiu para se criar um certo preconceito contra o pro� ssional formado nessa modalidade de graduação.
Matrículas por Áreas do Conhecimento
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Matrículas em cursos Tecnológicos crescem mais de dez vezes de 2001 a 2010, período do último censo
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Estar à frente26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
8 Em 2º lugarNa USP, Medicina volta a ser o curso mais concorrido no vestibular, ultrapassando Engenharia Civil de São Carlos, líder de 2011.
Da Redação
O Brasil forma por ano cerca de 40 mil engenhei-ros, segundo dados da Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetu-ra e Agronomia), porém o défi cit chega a 20 mil.Esse cenário é o avesso
do que acontece em países como a China, onde, anual-mente, são graduados 650 mil novos engenheiros; a Índia, com 220 mil; e a Rússia, com 190 mil, todos mercados em ascensão.Rafael Lucchesi, diretor-
-geral do Senai (Serviço Nacional de Aprendiza-gem) e diretor de educa-ção e tecnologia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afi rma que a média de engenheiros de um país tem um papel importante para a taxa de inovação e defende um olhar mais empreendedor na formação desses pro-fi ssionais.Ele diz que é preciso re-
pensar o modelo educa-cional, que ainda carrega uma formação academi-cista, e aproximar os alu-nos do chão de fábrica das empresas.“Precisamos contaminar
as escolas com atitudes empreendedoras voltadas para o mundo do trabalho e ter uma universidade que se liberte um pouco da torre de marfi m.”Para levar a agenda de
inovação às empresas bra-sileiras, o Senai e o MIT (Massachusetts Institu-
Brasil precisa de mais engenheirosDéfi cit de profi ssionais chega a 20 mil e compromete inovação, diz diretor do Senai
teof Technology) estão criando 23 institutos de inovação e 62 centros de tecnologia.Ainda em processo de
montagem, serão aliados das empresas no desen-volvimento de produtos, processos, pesquisa apli-cada, solução de proble-mas e antecipação de ten-dências tecnológicas.Lucchesi, que também é
professor da Universidade Estadual da Bahia e ex-se-cretário de Estado de Ci-ência, Tecnologia e Inova-ção do Governo do Estado da Bahia, será um dos palestrantes na segunda edição do TEDxUnisinos Inovação na Educação, que ocorre dia 29/11, em Porto Alegre.
Leia trechos da entrevista.
As escolas de engenha-ria estão preparadas para tornar os profi s-sionais mais empreen-dedores?
Não. Estão distantes do mundo real, presos. No início do século 20, houve uma revolução do ensino da medicina, onde se criou nos Estados Unidos a fi -gura do hospital-escola. É preciso pensar em algo semelhante às escolas de engenharia.No Brasil, por exemplo,
uma universidade está pensando em avançar nessa direção é o ITA (Ins-tituto de Tecnologia Ae-ronáutica). É necessário
aproximar o que é visto nas grades curriculares da escola de engenharia com o que acontece no chão de fábrica das empresas. Ter maior capacidade e im-permeabilidade entre um universo e outro.Uma discussão interes-
sante é do Protocolo de Bolonha [documento assi-nado em 1999 por minis-tros de Educação de 29 pa-íses europeus que unifi cou as universidades da Comu-nidade Europeia quanto à sua estrutura e duração de seus cursos] que redu-ziu bastante o número de especializações em enge-nharia. O modelo de espe-cializações fi cou para trás. O engenheiro universal é extremamente bom.
No Brasil, quais exem-plos você apontaria como inspiradores para a formação em enge-nharia?
Além do ITA, há também o Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) [Centro privado de inovação que utiliza enge-nharia avançada em Tecno-logias da Informação e Co-municação para solucionar problemas complexos para empresas e indústrias de di-versos setores, como teleco-municações, eletroeletrôni-cos, automação comercial, fi nanceira, mídia, energia, saúde e agronegócios].
Com informações do Porvir (www.porvir.org.br)
Em parceria com o MIT, serão criados 62 centros de tecnologia e 23 institutos de inovação
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Em parceria com o MIT, serão criados 62 centros de tecnologia e 23 institutos de inovação
Estar à frenteBrasil tem mais universitários nos EUA
26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
9
Da Redação
O Brasil ocupa o 14º lugar dentre os países com maior número de alunos estudando em universidades nos Esta-dos Unidos: 9.029.
O relatório Open Do-ors mostra que o núme-ro de estudantes estran-geiros em faculdades e universidades norte-
-americanas aumentou 6%, atingido um recorde de 764.495 alunos, no
Relatório eleva país para 14º lugar no ranking, com 9.029 alunosperíodo de 2011 e 2012.
O embaixador dos EUA no Brasil, Th omas Shannon, disse que há um esforço conjunto en-tre os dois países para aumentar o número de estudantes do Brasil em instituições de ensino superior dos EUA, por intermédio, do Programa Ciência sem Fronteiras.
“Já temos mais de 2.000 alunos brasileiros estudando em mais de 200 universidades nos Es-
AplicativoTodas as informações necessárias para quem quer cursar universidades norte-americanas estão em www.estudarnoseua.com.br.
tados Unidos no Progra-ma Ciência sem Frontei-ras.Vamos trabalhar para receber 60 mil, 100 mil.”
Em abril, a presidenta Dilma Rousseff foi aos Estados Unidos e a dis-cussão sobre o Programa Ciência sem Fronteiras ocupou parte das reuni-ões. A proposta do go-verno é enviar 100 mil pesquisadores, em qua-tro anos, para diversos países, sendo 20 mil só para os Estados Unidos.
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Inspirar26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
10 Doação“Cada real vale muito” é a campanha do GRAACC para arrecadar fundos e tratar mais crianças com câncer: 0500 100 0001.
Por Edson Valente
Foi em uma vitrine que Robson César Correia de Mendonça se deparou com a maior dor de sua vida. Vagando pelas ruas de São Paulo, deteve-se por um momento em frente a uma loja para assistir na TV ao noticiário que falava de um acidente, na estrada para Juazeiro do Norte (CE). Uma família gaúcha dizimada. A sua.
Dois anos antes, ele dei-xara em sua cidade natal, Alegrete (RS), onde era pecuarista, para tentar construir uma história na metrópole paulista. A mu-lher e os dois filhos -um casal- viriam depois. Logo que desembarcou no Ter-
minal Rodoviário do Tietê, há 12 anos, Robson, então com 50 anos de idade, diz ter sido vítima de um se-questro.
Destituído de qualquer pertence, passou a peram-bular pelo centro da cidade e a dormir na praça da Sé. Foi levado para um albergue em Santo Amaro, na zona sul, do qual retornou para a região da praça da Repúbli-ca para vender picolés.
Para fugir da “loucura total” e da droga e em bus-ca de alguma dignidade para os moradores de rua, que via serem tratados “como bichos”, conta que se apegou à leitura.
Marcou-o especialmen-te o livro “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell,
que encontrou em uma minibiblioteca de um al-bergue no Brás. O título da obra chamou a sua aten-ção. “Comecei a pensar que, se os animais são ca-pazes de mudar suas vidas, por que nós, que somos animais racionais, não po-demos mudar?”
A comunhão com as le-tras se dava principalmen-te na biblioteca Mário de Andrade, na região cen-tral. Assíduo frequentador da instituição e sabido por seu caráter engajado por ser fundador do Movi-mento de Pessoas em Situ-ação de Rua, foi convidado para plantar uma árvore nos jardins do lugar.
Nesse dia, sua trajetória se cruzou com a do em-
preendedor Lincoln Paiva, dono de uma consultoria voltada para projetos de mobilidade urbana. Ele enxergou,no desejo de Robson de “contaminar” outros moradores de rua com a literatura, a possibi-lidade de desenvolver uma ação social.
A partir do conceito de biblioteca itinerante, foi desenhado e construído um triciclo com um baú acoplado, com capacida-de para 300 volumes. O objetivo era emprestá--los a qualquer pessoa -e não só a quem vivesse nas ruas- que se interes-sasse em lê-los, sem bu-rocracia e sem que pre-cisassem ser devolvidos. Robson seria o condutor
do veículo e do projeto.O projeto atraiu empre-
sas que financiaram um modelo elétrico, com aces-so à internet e placa solar. No último ano, foram em-prestados 107 mil livros, 60% deles para pessoas em situação de rua, 20% para estudantes e 20% para a população em geral.
Há quatro anos Robson mora em uma pensão. Luta por sua causa e contra um câncer que levou boa parte de um de seus pulmões.
Em defesa da ideia de que morador de rua não é bicho, Robson fez sua própria revolução -uma espécie de vitrine para que outras vidas enxerguem novas chances de dizimar suas dores.
Uma bicicloteca pelas ruas de São PauloEx-morador de rua dirige triciclo que empresta livros a pessoas em situação de risco
FOTO
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LATA
Consumir26 de novembro a 2 de dezembro de 2012
11...a 2012Neste ano, foram estendidas para as zonas norte, leste e centro, incluindo a av. Paulista, funcionam das 7h às 16h e recebem até 120 mil ciclistas
Estudar na Rio Branco é assim: não é fácil. Mais do que simplesmente aprender, você terá que aprender a pensar, a questionar, a se questionar. Decida o que você quer ser e o que espera de uma faculdade.
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