Post on 26-Jul-2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
KARINE GOMES DE OMENA LISBOA
PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL
MACEIÓ- ALAGOAS
2018/2
KARINE GOMES DE OMENA LISBOA
PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL
Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado
como requisito final, do curso de Enfermagem do
Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da
professora Ma. Maria da Glória Freitas.
MACEIÓ- ALAGOAS
2018/2
KARINE GOMES DE OMENA LISBOA
PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL
Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado
como requisito final, do curso de Enfermagem do
Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da
professora Ma. Maria da Glória Freitas.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus e Nossa Senhora por momentos de
aprendizado, e sempre me concederem forças e ânimo para chegar ao término do
curso.
Agradeço minha mãe por passar dias, horas, noites e mais noites me
acompanhando em cada momento que pensei em desistir da pesquisa. Agradeço
todas as leituras e ajustes que ela fez em meu TCC para que ele saísse da maneira
que está. Agradeço ainda pelo fato dela nunca ter me deixado desistir, e me
impulsionar a pesquisar e manter o prazer de pesquisar sobre Chagas.
Agradeço aos meus amigos pela compreensão nos momentos de ausência e
sempre perguntarem como andava o TCC.
Agradeço a minha orientadora, Glória, por aceitar ser minha orientadora,
entender todos os meus momentos de desespero e sempre me mostrar onde estava
errada, guiando sempre pelo melhor caminho e finalmente chegar a conclusão.
Agradeço também o autor Luiz Tejon pelo livro maravilhoso Guerreiros não
nascem prontos, que no tempo de maior desesperança comecei a ler o livro e
pensar tudo de outra forma, permitindo assim ver todos os lados bons da vida e que
conseguiria superar as coisas.
“... Não tenhas medo. Enfrenta a vida de
frente. Olha para o que te vem pela frente.
Estejas sempre preparado para saltar na
vida. A vida será sempre algo igual ao que
fizemos hoje, o encontro das pedras com as
ondas do mar. “Salta filho, não fiques
parado.”
(José Luiz Tejon)
PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL
PREVALENCE OF CHAGAS DISEASE IN BRAZIL
Karine Gomes de Omena Lisboa Graduando em Enfermagem
karinegomesal@gmail.com
Maria da Glória Freitas Mestre em Ciências da Saúde.
mgfgloriaf@gmail.com
RESUMO
Introdução: Doença de Chagas é uma doença tropical que está entre as doenças negligenciadas do
mundo, na qual é considerada endêmica nas regiões em que a população apresenta baixa renda.
Objetivo: A presente pesquisa tem como como objetivo, analisar a prevalência de doença de Chagas
no Brasil, no período de 2012 a 2017.Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico
quantitativo de natureza exploratória, com coleta de dados realizada a partir de fontes primárias e
análise dos dados no Sistema de Informação de Agravos e de Notificação (SINAN-NET).
Resultados: A curva epidemiológica indicou que o maior percentual de casos ocorreu na região
Norte, seguida da região Nordeste, com predomínio no sexo masculino, na faixa etária compreendida
de 5 a 59 anos e como modo provável de contaminação por via oral Conclusão: Foi observado que
precisa de estudos aprofundados e ações de saúde pública com maior desempenho na busca de
novos casos em relação a doença de Chagas, uma vez que está entre as doenças negligenciadas.
PALAVRAS-CHAVE: Prevalência. Doença de chagas. Epidemiologia.
ABSTRACT Introduction: Chagas disease is a tropical disease that is among the neglected diseases of the world, in which it is considered endemic in regions where the population has low income.Objective: This study aims to analyze the prevalence of Chagas' disease in Brazil, from 2012 to 2017. Methodology: This is a quantitative epidemiological study of an exploratory nature, with data collection from sources and data analysis in the Aging and Notification Information System (SINAN-NET). Results: The epidemiological curve indicated that the highest percentage of cases occurred in the North region, followed by the Northeast region, with predominance in the male sex, in the age group comprised between 5 and 59 years of age and as a probable way of oral contamination. Conclusion: Which needs in-depth studies and public health actions with greater performance in the search for new cases in relation to Chagas disease, since it is among neglected diseases.
KEY WORDS: Prevalence. Chagas disease. Epidemiology.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
DC – Doença de Chagas..............................................................................................9
T. cruz i-Trypanossoma cruzi.....................................................................................10
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
Gráfico 1- Casos confirmados da doença de chagas por ano dos 1° sintoma(s)
segundo região de notificação de 2012 a 2017
....................................................................................................................................14
Gráfico 2- Casos confirmados por sexo e região de notificação de 2012 a 2017
............................................................................................................................. .......15
Gráfico 3- Casos confirmados por modo provável de infestação segundo região de
notificação de 2012 a 2017
....................................................................................................................................16
Tabela 1- Casos confirmados por faixa etária segundo Região de residência de 2012
a 2017
............................................................................................................................. .......17
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 11 2. METODOLOGIA 13 3. RESULTADOS 14 4. DISCUSSÃO 14 5. CONCLUSÃO 19 REFERÊNCIA 20
11
1 INTRODUÇÃO
A presente proposta de pesquisa abordou como objeto de estudo a doença
de Chagas e a intenção em realiza-la surgiu da hipótese de que este agravo vem
sendo subestimado e insuficientemente investigado entre os pesquisadores da área de
ciências da saúde e da coletividade.
Corrêa (2010, p. 1) relembra em sua dissertação de mestrado que:
A doença de Chagas (DC) foi descrita por Carlos Chagas em 1909 e é causada pelo Trypanossoma cruzi, um protozoário transmitido aos seres humanos por triatomíneos, principalmente o Triatoma infestans. A tripla descoberta de Chagas é considerada única na história da medicina e constitui um marco nas áreas da Ciência e Saúde brasileira.
Uma estimativa de 8 milhões de pessoas estão infectadas com
Trypanossoma cruzi em todo o mundo, principalmente na América Latina onde a Doença
de Chagas continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública, causando
incapacidade nos indivíduos infectados e mais de 10.000 mortes por ano (WHO,2018).
No Brasil, a principal via de transmissão é vetorial, por meio das fezes ou
urina do barbeiro, tal transmissão ocorre devido ao desequilíbrio ecológico ocasionado
pelo impacto ambiental que vem acontecendo em função do desenvolvimento sócio-
econômico (CORRÊA, 2010). O vetor pode ser encontrado em domicílios de zonas
rurais e urbana, porém maior intensidade ocorre em zonas rurais devido à prevalência
de casas de taipa, aumentando assim, a exposição da população ao contágio da
doença.
Outra forma de contágio é a transmissão oral, devido à ingestão de
alimentos contaminados, podendo citar sucos de frutas e a cana de açúcar, açaí. O
elevado consumo de caldo de cana nos grandes centros urbanos causa preocupação,
devido às condições precárias higiênico-sanitárias do local, aliadas à falta de
treinamento e conhecimento dos vendedores sobre manipulação de alimentos, podendo
representar riscos à saúde da população, devido ao fato dos alimentos poderem ser
facilmente contaminados por microrganismos (NOGUEIRA et al, 2006).
Em contrapartida existe um mecanismo de transmissão raro, porém
existente, é a forma vertical, também chamada de transplacentária, podendo transpassar
de mãe para filho na gestação ou na hora do parto. Já no mecanismo transfusional/
transplante, ocorre por meio de doação sanguínea ou transplante de doadores
infectados pelo agente etiológico.
9
Mais uma forma de contágio é a acidental, onde ocorre pelo contato da pele
ferida ou de mucosas com material contaminado pelo sangue de doentes, excretas de
triatomíneos e animais contaminados, igualmente ocorre também durante a manipulação
em laboratório. Ocorrendo em geral sem o uso adequado de equipamentos de proteção
individual (BRASIL, 2008)
Quanto ao ciclo vetorial da doença, o T.cruzi, quando eliminado pelas fezes
do barbeiro, apresenta forma alongada com presença de flagelo, responsável pela
locomoção, chamando-se de tripomastigota metacíclica, após o contato com o
hospedeiro definitivo, ocorre à infestação de células próximas ao local da picada. Dentro
da célula possuem forma amastigota onde multiplicam-se, sofrendo transformações e
tornam-se a forma inicial tripomastigota, onde se difundem na corrente sanguínea e
linfática (ARGOLO et al, 2008).
De modo geral a sintomatologia de fase aguda apresentada após a infecção,
é caracterizada por cefaleia, edema de face e febre prolongada. Devido a essa
sintomatologia pouco específica, o diagnóstico precoce torna–se difícil, sendo
comumente confundido por outras patologias. Na fase crônica da doença, o paciente
pode apresentar: megacólon, cardiomegalia e megaesôfago (ANVISA,2008; PINTO et
al,2004; DIAS et al, 2015).
Pesquisar os locais de moradia, forma de transmissão de Chagas no Brasil é
importante para conseguir solucionar o alto índice epidemiológico no país. Ao identificar
as características da população, é possível elaborar estratégias mais eficazes, capazes
de dialogar diretamente com o público alvo. Objetiva-se com este estudo, analisar a
prevalência da doença de Chagas no Brasil, no período compreendido entre 2012 a
2017. A ideia da pesquisa surgiu da seguinte pergunta: Qual a prevalência da doença
de Chagas no Brasil, no período de 2012 a 2017?
13
2 METODOLOGIA
Estudo epidemiológico quantitativo de natureza exploratória, com coleta de
dados realizada a partir de fontes primárias, no Sistema de Informação de Agravos e de
Notificação (SINAN-NET) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE).
Segundo o portal do Sinan-Net, o referido sistema, tem como propósito, colher, difundir e
disseminar dados gerados frequentemente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica
das três esferas de Governo, “por meio de uma rede informatizada, para apoiar o
processo de investigação e dar subsídios à análise das informações de vigilância
epidemiológica das doenças de notificação compulsória”. MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Sistema de Informação de Agravos e de Notificação (SINAN-NET). Disponível
em:http://portalsinan.saude.gov.br/sinan-net
No levantamento bibliográfico, buscou-se informações que comprovasse os
dados oferecidos pelo SINAN- Net, sendo dessa forma, os artigos pesquisados serviram
de apoio na discussão. Sendo as fontes confiáveis como: Scielo, Lilacs, Biblioteca
Virtual do Ministério da Saúde, e em livros pertencentes à biblioteca do Centro
Universitário Cesmac.
Os critérios de inclusão definidos para a busca de dados no Sinan-Net foram:
Dados publicados no período de 2012 a 2017, abrangência geográfica: Brasil, região de
notificação, ano de 1° sintoma da doença de Chagas, modo provável de infestação, faixa
etária e sexo.
Como critérios de exclusão na busca de dados foram: Dados que foram
publicados anteriores aos últimos 5 anos, casos não residentes no Brasil, critérios de
confirmação da doença, quadro evolutivo, escolaridade e raça.
Após a coleta e análise, os dados foram armazenados em uma planilha do
Excel®, onde posteriormente foram convertidos em gráficos e tabelas.
15
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No Brasil, o número reduzido de estudos sistemáticos, de base populacional,
dificulta a avaliação por estimativas da magnitude da doença de Chagas ao longo da
história. Em um período que vai até aproximadamente os anos 1950, a doença de
Chagas era reconhecida como endemia eminentemente rural, em áreas de elevada
vulnerabilidade social, predominando a transmissão vetorial. Com o processo de
industrialização do país, a doença foi sendo modelada a um novo contexto
epidemiológico urbano, potencializado pela migração interna no país de áreas rurais
para áreas urbanas e pelo crescimento das cidades (COURA,2009; DIAS,2015).
No gráfico 1, nota-se que o maior índice de casos confirmados da doença de
Chagas por região de residência no período de 2012 a 2017. Encontra-se na região
Norte, onde se observou que houve variação de valores no decorrer dos anos,
porém durante os anos em questão pode-se observar que maior número de casos
foi em 2016 com 350 casos confirmados.
Gráfico 1- Casos confirmados da doença de Chagas por ano dos 1° sintoma(s) segundo região de notificação de 2012 a 2017
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net,2018
Os casos de DC na região Norte pode se explicar devido aos índices
pluviométricos mais baixos e temperaturas mais altas. Também pode ser marcado
pela maior ocorrência de desflorestamento por meio das queimadas aumentando a
temperatura em determinadas regiões (SOUZA JÚNIOR et al, 2017).
15
Os índices de prevalência da DC podem ser explicados em parte pelo
imenso movimento migratório interno no país em direção aos grandes centros
urbanos (DRUMOND; MARCOPITO, 2006; COUTINHO, 2010).
No gráfico 2, observa-se maior índice de casos confirmados de doença de
Chagas na região Norte, com predominância no sexo masculino que apresenta 822
casos nesta região e como menor índice apresentam-se as regiões Sudeste, Sul,
Centro-Oeste.
Gráfico 2- Casos confirmados por sexo e região de notificação de 2012 a 2017
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN
Net,2018
Provavelmente os índices elevados descrito se deve a maior exposição e
contato com o meio ambiente por parte deste gênero, especialmente devido à
atividade ocupacional que lhe exigem adentrar e estabelecer moradia em regiões
que são habitat natural dos vetores da Doença de Chagas (LANA, 2005; TEXEIRA;
OLIVEIRA, 2015).
No gráfico 3, observa-se que o modo provável de infestação que predomina
é oral com 1.086 casos na região Norte.
16
Gráfico 3- Casos confirmados por modo provável de infestação segundo região de
notificação de 2012 a 2017
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN
Net,2018
Possivelmente a explicação deve-se ao açaí, que foi associado ao maior
número de casos de doença de Chagas na região Norte nos últimos anos seja pela
contaminação dos frutos ou própria polpa por meio de dejetos de animais
reservatórios ou de insetos vetores infectados das áreas endêmicas (PASSOS;
GUARALDO; ALVES, 2010; FERREIRA; BRANQUINHO; LEITE, 2014).
O açaí é o alimento diário para muitas pessoas da população do Norte e,
pelo preço acessível e alto valor nutricional, muitas vezes a única refeição do dia.
Nesta região a comercialização e consumo são realizados imediatamente após o
seu processamento, sem qualquer tratamento térmico (FERREIRA; BRANQUINHO;
LEITE, 2014).
A região Norte tem sido bastante procurada para o ecoturismo atraindo
pessoas de diversos países, onde muitos alimentos são apreciados, entre eles o
açaí. Desse modo, muitos turistas podem estar sendo expostos ao risco de
contraírem doença de Chagas contribuindo para o aumento do número de pessoas
contaminadas em países não endêmicos (FERREIRA; BRANQUINHO; LEITE,
2014).
17
Quanto ao aumento de casos de DC por transmissão vetorial pode ser
explicado pelo aumento da temperatura nos segundos semestres que pode estar
relacionado à dispersão dos vetores da doença, que se deslocam de seu ambiente
silvestre para o peridomicílio humano, aumentando as chances de transmissão
vetorial (SOUZA JÚNIOR et al, 2017).
A possível explicação para o número de casos apresentados na região
Nordeste pode ser devido ao início da atividade de voo curto destes insetos que
pode ser induzido por fatores ambientais ou antrópicos, tais como a elevação da
temperatura, escassez nutricional e stress reprodutivo, que podem estar relacionas
as queimadas e utilização de pesticidas na cultura de laranjas e ao funcionamento
das olarias (LEHANE et al., 1992; MELO et al., 2014).
Considerando o aspecto de criação de animais domésticos, vale ressaltar
que neste estudo foi classificada como uma prática comum, atuando como risco
importante para a contaminação, uma vez que a presença de animais domésticos
está associada à infestação peridomiciliar e altos índices de transmissão e infecção
por T. cruzi. (CARDOSO et al., 2017).
Na tabela 1, pode-se observar maior número de casos de doença de Chagas
na faixa etária de 5 a 59 anos.
Tabela 1- Casos confirmados por Faixa Etária segundo Região de residência de
2012 a 2017.
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net
15
18
Possivelmente a explicação para os índices de crianças de 5 a 9 anos é pelo
fato de que apanhadores de açaí são principalmente crianças e jovens, que têm a
habilidade de subir até o topo dos açaizeiros; são eles que detêm as condições
ideais para fazer a coleta dos frutos. O porte físico, o tamanho e o peso são algumas
das características necessárias para auxiliar um bom apanhador na coleta dos frutos
(FONTES; RIBEIRO,2012).
A provável explicação quanto à faixa etária é que, a maioria dos indivíduos
acometidos pela DC está em idade produtiva (18 a 59 anos), sugerindo a relação
entre as atividades laborais e os fatores de risco de transmissão da doença, ou seja,
a frequente exposição das populações rurais ao convívio com os vetores
contaminados com o patógeno, por meio da extração do açaí, da agricultura familiar,
entre outras atividades (SOUZA JÚNIOR et al, 2017).
19
5 CONCLUSÃO
A realização deste estudo permitiu concluir que a doença de Chagas é um
importante problema de Saúde Pública, e por ser uma das patologias classificadas como
doenças negligenciadas, o poder público não tem traçado políticas para controlar a
referida patologia.
A aplicação dos métodos que controlam eficientemente as vias de
transmissão mais comuns tende a reduzir drasticamente a incidência de novos casos.
Assim como a realização frequente de desinfestação nas moradias, bem como a
substituição de casas construidas com “barro e madeira”, para casas de alvenaria.
A importância de ações preventivas em unidades básicas de saúde implica
medidas efetivas que enaltece a participação da comunidade e profissional de
enfermagem, contribuindo na amplificação do conhecimento sociocultural das pessoas e
maior abrangência no controle e prevenção da doença. Salientando-se que as ações
devem ser realizadas em locais de índices epidemiológicos elevados, para estabelecer e
traçar estratégias.
A busca ativa abrange de maneira significativa a comunidade na intenção de
fazer levantamento de grupos familiares que possivelmente não tenham conhecimento
que apresentam a doença.
Desta forma conclui-se que, precisa-se de estudos aprofundados e ações de
saúde pública com maior desempenho na busca de novos casos em relação a doença
de Chagas, uma vez que está entre as doenças negligenciadas.
20
REFERÊNCIAS
ARGOLO, Ana Maria et al. Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. In:
Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. Fundação Oswaldo Cruz.
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, 2008.
BRASIL. Caderno de atenção Básica. VIGILÂNCIA EM SAÚDE: Zoonose. Brasília,2009.
CARDOSO, Elline Jahne de Souza et al. Perfil epidemiológico dos portadores de
doença de chagas: dos indicadores de risco ao processo de enfrentamento da
doença. Arq. Ciênc. Saúde. 2017.
CORRÊA, Valeria Rita. AVALIAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DA CARDIOPATIA
CHAGÁSICA EM PACIENTES ATENDIDOS EM ARAGUAÍNA–TOCANTINS. Tese de
Doutorado. Universidade De São Paulo, São Paulo, 2010.
COUTINHO, Carolina Fausto de Souza. Fatores associados ao risco para doença de
Chagas em área rural do Município de Russas - Ceará, Brasil: abordagem espacial.
2010.
DIAS, João Carlos Pinto et al. II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas 2015,
Brasília, 2016.
FERREIRA, Renata Trotta Barroso; BRANQUINHO, Maria Regina; LEITE, Paola
Cardarelli. Transmissão oral da doença de Chagas pelo consumo de açaí: um
desafio para a Vigilância Sanitária. Vigilância Sanitária em Debate, Rio de
Janeiro,2014.
FONTES, Edilza; RIBEIRO, Fabrício. Os trabalhadores do açaí na Amazônia:
cotidiano, natureza, memória e cultura. Pará,2012.
MARTINS-MELO, F.R.; LIMA, M.S.; RAMOS JR.; A.N.; ALENCAR, C.H.; HEUKELBACH,
J. Prevalence of Chagas disease in pregnant women and congenital transmission of
Trypanosomacruzi in Brazil: a systematic review and meta-analysis. Tropical Medicine
and International, 2014.
MELO,Claudia Moura et al. Doença de Chagas infantil em área rural do Nordeste
brasileiro: risco de transmissão e reflexões sociais. Interfaces Científicas - Humanas
e Sociais. Aracaju, 2014.
21
NOGUEIRA, Fabiana Andrea Gobbo et al. Análise das condições do comércio de
caldo de cana em vias públicas de municípios paulistas. Segurança Alimentar e
Nutricional, v. 13, n. 2, p. 7, 2006.
OLIVEIRA, Dayse Anne Dutra. Autocuidado de pacientes com doença de chagas: um
enfoque educativo. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 13, n. 2, p. 97-102,
2010.
SOUSA JUNIOR, Alcinês da Silva et al. Análise espaço-temporal da doença de
Chagas e seus fatores de risco ambientais e demográficos no município de
Barcarena, Pará, Brasil. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 20, n. 4, p. 742-755, dez.
2017.
WHO - World Health Organization. (2018). Investing to overcome the global impact of
negleted tropical diseases. Disponível em:
<http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/152781/1/9789241564861_eng.pdf>Acesso em
19 ago,2018.