Post on 27-May-2015
Alda LaraLiteraturas de Língua
Portuguesa
ES/3 D. Afonso Henriques2009/2010
Angolahttp://www.youtube.com/watch?v=iRD73FDNToI&feature=PlayList&p=723D75C4BC7AE99B&playnext=1&playnext_from=PL&index=14
Literaturas da Língua Portuguesa
Este trabalho é realizado no
âmbito da disciplina de
Literaturas da Língua
Portuguesa, onde iremos
explorar, neste caso, a
Literatura Angolana.
A poetisa que iremos abordar
será Alda Lara, com o seu
poema “Prelúdio”.
Literatura
Angolana
Literatura Angolana
A literatura em Angola nasceu em 1975.
Construiu-se a partir da negação contra o complexo sistema de contradições da sociedade colonizada.
Traz muitas vezes, também realismo nas suas imagens do preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do sofrimento pela morte dos entes queridos e da exclusão social. Porém, essas imagens, são revestidas pela beleza que frequentemente nos passam as grandes obras artísticas.
A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colónia.
Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido.
Literatura Angolana
Literatura Angolana
O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial europeia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos.
Literatura Angolana
Assim, com essa
conturbada duplicidade, o
escritor africano, à medida
que se vai
consciencializando, vai
recorrendo aos seus
ancestrais, à infância, em
busca do eu, da sua geração,
de maneira harmoniosa, na
pátria mãe, Angola - África.
Alda Lara
Nome: Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque
Nascimento: Benguela, 9 de Junho de 1930
Falecimento: Cambambe, 30 de Janeiro de 1962
Era casada com o escritor Orlando Albuquerque
Muito nova veio para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu.
Frequentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, licenciando-se por esta última.
Alda Lara
Em Lisboa esteve ligada a algumas das actividades da Casa dos Estudantes do Império.
Declamadora, chamou a atenção para os poetas africanos.
Depois da sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira instituiu o Prémio Alda Lara para poesia. Orlando Albuquerque propôs-se editar-lhe postumamente toda a obra e nesse caminho reuniu e publicou um volume de poesias e um caderno de contos. Colaborou ainda em alguns jornais ou revistas, incluindo a Mensagem (CEI).
Alda Lara
Prelúdio
Prelúdio - definição
O prelúdio é o início.
Anuncia o que está por vir.
Tudo tem um princípio,
precisa de uma introdução.
Nenhuma obra nasce sem ser
anunciada. Uma música, um
filme, uma pintura, uma
poesia, ou até mesmo um
universo, nada disso foi
criado sem um prelúdio...
Pela estrada desce a noite Mãe-Negra, desce com ela.
Nem buganvílias vermelhas, nem vestidinhos de folhos, nem brincadeiras de guizos nas suas mãos apertadas...
Prelúdio
Só duas lágrimas grossas, em duas faces cansadas.
Mãe-Negra tem voz de vento, voz de silêncio batendo nas folhas do cajueiro...
Tem voz de noite, descendode mansinho, pela estrada.
Prelúdio... Que é feito desses meninos que gostava de embalar?Que é feito desses meninos que ela ajudou a criar? Quem ouve agora as histórias que costumava contar?...
Mãe-Negra não sabe nada. Mas ai de quem sabe tudo, como eu sei tudo, Mãe-Negra...
PrelúdioÉ que os meninos cresceram, e esqueceram as histórias que costumavas contar... Muitos partiram pra longe, quem sabe se hão-de voltar!...
Só tu ficaste esperando, mãos cruzadas no regaços, bem quieta bem calada…
É a tua a voz deste vento, desta saudade descendo de mansinho pela estrada...
Tema
Os temas deste texto poético é o amor à pátria e a Terra-
África.
“Pela estrada desce a noite/Mãe-Negra desce com ela.”
“que é feito desses meninos/que ela ajudou a criar?”
Pela estrada desce a noite
Mãe-Negra, desce com ela.
Nem buganvílias vermelhas,
nem vestidinhos de folhos,
nem brincadeiras de guizos
nas suas mãos apertadas...
Só duas lágrimas grossas,
em duas faces cansadas.
Mãe-Negra tem voz de vento,
voz de silêncio batendo nas folhas do cajueiro... Tem voz de noite,
descendode mansinho, pela
estrada.
Descrição da Mãe-Negra
Assunto
... Que é feito desses meninos
que gostava de embalar?
Que é feito desses meninos
que ela ajudou a criar? Quem ouve agora as
histórias que costumava
contar?...
Mãe-Negra não sabe nada.
Mas ai de quem sabe tudo,
como eu sei tudo Mãe-Negra...
Questiona-se sobre o porquê de a estarem a
abandonar
Assunto
É que os meninos cresceram, e esqueceram as histórias que costumavas contar... Muitos partiram pra longe, quem sabe se hão-de voltar!...
Só tu ficaste esperando, mãos cruzadas no regaços, bem quieta bem calada…
É a tua a voz deste vento, desta saudade descendo de mansinho pela estrada...
Resposta às questões anteriormente feitas. O que
é feito daqueles que partiram e a esperança que
Mãe-Negra tem do seu regresso.
Assunto
Mãe-Negra (“tu”)
Triste, melancólica, cansada
(“só duas lágrimas grossas,/
em duas faces cansadas”)
“tem voz de vento”, “voz de
silêncio”, “voz de noite”;
Tem esperança e saudade
de voltar a ver quem criou (”Só
tu ficaste esperando,/mãos
cruzadas nos regaços,/bem
quieta, bem calada.”)
Recursos estilísticos“Mãe-Negra desce com ela”
Personificação – atribui uma característica humana ao “tu”, a Mãe-Negra, para reforçar a ideia da terra África como um sitio com sentimentos reais
“Nem buganvílias vermelhas,/ nem vestidinhos de folhos,/ nem brincadeiras de guizos “
Anáfora – reforça a ideia de abandono em relação à Mãe-Negra
“Mãe-Negra tem voz de vento,/ voz de silêncio batendo/ nas folhas do cajueiro.../ Tem voz de noite, descendo/ de
mansinho, pela estrada.” Imagem personificada – conjunto de metáforas que atribuem
características humanas a Mãe-Negra e demonstram o estado de espírito desta por a terem abandonado
Recursos estilísticos“... Que é feito desses meninos/ que
gostava de embalar?/ Que é feito desses meninos/ que ela ajudou a
criar?/ Quem ouve agora as histórias/ que costumava contar?...
“ Interrogações retóricas – o eu
poético questiona-se acerca do paradeiro daqueles que Mãe-Negra criou e que partiram
“bem quieta, bem calada” Reiteração – estado de espírito de
Mãe-Negra ao ter sido abandonada por aqueles que criara e a forma como ela encara a saudade e esperança de um dia os voltar a ver
Análise formalEsta composição poética é constituída por nove
estrofes irregulares (2, 4, 2, 5, 6, 4, 6, 3, 3)
Possui uma métrica irregular e livre e uma rima pobre.
ReflexãoA disciplina de Línguas da Literatura Portuguesa, para além
da bagagem literária que nos oferece, também nos dá a conhecer melhor outros países, outras culturas e a descobrir grandes obras literárias dos países de língua lusófona.
O primeiro país que nos deu a conhecer foi Angola com toda a sua cultura e uma das suas poetisas Alda Lara.
Os temas bem presentes neste poema dela que analisamos foram o amor à pátria e Terra-África, ou seja, Alda Lara faz uma exaltação do seu país, descrevendo-o na perfeição.
Esperemos que esta disciplinas nos continue a presentear com benéficas experiências e com a leitura e análise de grandes obras literárias.
Questionário
Qual o significado de prelúdio?
a) Conclusão
b) Epílogo
c) Introdução
Quais os temas deste poema?
a) tempo ansioso e
inconformismo
b) Terra-África e
amor à pátria
c) fraternidade e
solidariedade
Quem é a Mãe-Natureza?
a) Terra-África,
Angola
b) Uma escrava
c) Mãe do sujeito
poético
Qual o estado de espírito do “tu”?
a) Tristeza e
melancolia
b) Esperança e
alegria
c) Nervosismo e
inconformismo
Bibliografia•http://pt.shvoong.com/social-sciences/political-science/1874922-passado-presente-na-literatura-angolana
/
•http://www.revista.agulha.nom.br/1alara.html
•http://poemasafricanos.blogspot.com/2008/09/alda-lara.html
•http://opreludio.blogspot.com/
Trabalho realizado
por:
Paula Leal Nº12 12ºH
&
Vanda Teixeira Nº17
12ºH