Post on 10-Nov-2018
Por uma economia (super)verde e (ancestralmente)inclusiva na Amazônia:
inovação e tradicionalismo na perspectiva do de senvolvimento sustentável
Francisco de Assis Costa Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
(GPDadesaNAEA)
Conferência Internacional LALICS 2013 “Sistemas Nacionais de Inovação e Políticas de CTI para um Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável”
11 e 12 de Novembro, 2013 - Rio de Janeiro, Brasil
Percepções da dinâmica rural na Amazônia:
• Primeira metade dos anos 2000 (teses do Banco Mundial): Trade-off entre economia e base natural (nas duas direções: atividades rentáveis são destrutivas e atividades preservadoras geram pobrezas);
• Depois de 2008, a “economia verde” propõe reorientação das rotas destrutivas – nada dizem sobre as rotas virtuosas.
O artigo indica possibilidades de superar trade-offs entre crescimento econômico,
qualidade ambiental e inclusão social
A dimensão rural é baseada em duas formas de produção e seis bem diferentes trajetórias
tecnológicas, com atributos marcantes para o desenvolvimento:
Trajetórias/
Características
Trajetórias
Valores
Absolutos
em
1995
Sistemas camponeses que convergem
para:
Sistemas patronais que convergem
para:
Pecuária
de Leite e
perma-
nentes
(T1)
Sistemas
agroflo-
restais
(T2)
Pecuária
de corte
(T3)
Pecuária
de Corte
(T4)
Plantation
s
(T5)
Silvicul-
tura
(T6)
Número Estabelecimentos 171.292 130.593 109.405 27.831 4.444 3 443.568
Tamanho médio 54,47 23,04 62,23 1.196,00 472,62 413.681,7 125,74
VBP (R$1.000.000) 27% 21% 19% 25% 6% 2% 100%
Pessoal Ocupado 38,2% 26,6% 22,7% 10,5% 1,7% 0,2% 100%
Total de Terras Apropriadas 16,7% 5,4% 12,2% 59,7% 3,8% 2,2% 100%
Total de áreas degradadas 10,2% 3,5% 14,3% 70,4% 1,6% 0,0% 100%
Índice de Densidade
Institucional - IDR 1 0,73 0,38 0,67 1,63 2,67 0,83
Emissão líquida de CO2 11,8% 2,6% 12,5% 70,5% 2,6% 0,0% 100%
Crescimento da renda líquida
– 1995 e 2006 2,5% a.a. 7,9% a.a. 7,8% a.a. 8,4% a.a. 7,2% a.a. -11,0% a.a. 6,4% a.a.
Taxa de crescimento do
VBPR - 1995 e 2006 5% a.a 12% a.a. 7,0%a.a. 5,1%a.a. 2,5% a.a. -2,9% 5%
Incorporação de terras 13% 8% 7% 64% 5% 2% 100%
Concorrência entre as trajetórias:
Evolução do “Índice de Prevalência”
0
5.000.000.000
10.000.000.000
15.000.000.000
20.000.000.000
25.000.000.000
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
R$ (
Const
ante
de
2011)
Crescimento do VBP total a 5% ao ano
Camponêsa T1 (3,5% a.a.) Camponêsa T2 (6,3% a.a.) Camponêsa T3 (4% a.a.) Patronal T4 (4,9% a.a.)
Patronal T5 (3,4% a.a.) Patronal T6 (1,4% a.a.) Patronal T7 (13,4%)
Confronto das estruturas relativas do VBPR, baseadas nas trajetórias
tecnológicas do setor rural na Região Norte, resultantes dos dados
definitivos do Censo Agropecuário de 2006 e das estimativas
29%26%25%
18%
24%
28%
18%16%15%
26%
20%17%
5%5%5%2%3%
1% 2%5%
9%
0%
10%
20%
30%
Cam
po
nêsaT
1
Cam
po
nêsaT
2
Cam
po
nêsaT
3
Patro
nalT
4
Patro
nalT
5
Patro
nalT
6
Patro
nalT
7
1995 2006 2011
A pobreza é estrutural e regionalmente definida
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
Est
ab
ele
cim
en
tos
T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3
Trajetórias em 1995
Não Pobres Pobres Extrema Pobreza
Condição reprodutiva dos camponeses na Amazônia (Número de estabelecimentos-domicílios)
A pobreza é estrutural e regionalmente definida e se move com o tempo:
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3
1995 2006
Não pobres Pobres Pobreza extrema
Situação dos estabelecimentos camponeses (±400.000) na Amazônia Brasileira
A pobreza é estrutural e regionalmente definida e se move com o tempo como
resultado de:
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3
1995 2006
Não pobres Pobres Pobreza Extrema
Dinâmica econômica + políticas mal concebidas
Situação dos estabelecimentos camponeses (±400.000) na Amazônia Brasileira
A pobreza é estrutural e regionalmente definida e se move com o tempo como
resultado de:
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
T1 T2 T3 T1 T2 T3 T1 T2 T3
1995 2006
Não pobres Pobres Extrema Pobreza
Situação dos estabelecimentos camponeses (±400.000) na Amazônia Brasileira
Dinâmica econômica + políticas mal concebidas
Dinâmica econômica + falta de política
Proxy da política de desenvolvimento: “Índice de Densidade Institucional Medido a Partir do
Crédito”
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
Índ
ice
de
Pre
val
ênci
a
B - Trajetórias Camponesas
Trajetória-Camponêsa.T1
Trajetória-Camponêsa.T2
Trajetória-Camponêsa.T3
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Índic
e de
Pre
val
ênci
a
C - Trajetórias Patronais
Trajetória-Patronal.T5 Trajetória-Patronal.T6
Trajetória-Patronal.T4 Trajetória-Patronal.T7
Percepções da dinâmica rural na Amazônia:
• Política capaz de corresponder às necessidades das trajetórias;
• O fortalecimento da T2 parece um caminho para uma economia (super)verde e (ancestralmente)inclusiva.
• Isso exige tratar os fundamentos de conhecimento e (estabelecer, pois, um sistema regional de inovação) por prisma bem distinto da perspectiva usual de C&T.