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CORUPÁ / SC
30/8/2013
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO
NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
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PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO
BATTISTELLA
AGOSTO - 2013
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EQUIPE TÉCNICA Reinaldo Langa (coordenador): Engenheiro Florestal pela UFPR (1990), Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFPR (2002), e Gestão Ambiental - UNERJ (2005), Diretor Executivo da RPPN Emilio F. Battistella (1999-2013), Diretor Executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (2006-2012), Diretor de Meio Ambiente da ASBR – Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais ( gestão 2012 a 2014), Conselheiro do CONSEMA-SC – Conselho Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina. Sócio da empresa Macro Visão Consultoria Ambiental Ltda. Ademir Reis: Possui graduação em Licenciatura Em Ciências Biológicas pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (1977), graduação em Licenciatura Em Filosofia pela Universidade de Passo Fundo (1976), mestrado em Botânica pela Universidade Federal do Paraná (1983) e doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atualmente é prof. titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Botânica Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: restauração, sucessão, conservacao, regeneracao natural e demografia. Irani dos Santos: possui graduação em Bacharel em Geografia e mestrado em Ciências do Solo pela UFPR e doutorado em Geografia pela UFSC. Possui mais de 20 anos de experiência em Hidrologia tendo trabalhado na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Companhia Paranaense de Energia (Copel) e Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), sendo atualmente professor adjunto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Neste período de atividade profissional participou de diversos estudos tendo produzido cerca de 60 relatórios técnicos e suas pesquisas geraram a publicação de mais de 70 artigos científicos, relacionados com os seguintes temas: processos hidrogeomofológicos, monitoramento hidroambiental, modelagem hidrológica e de transporte de sedimentos, e gestão de recursos hídricos. Mármonn Canestraro Nadolny: Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1984), Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1990), pós graduação em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (2010). Atualmente é consultor nas áreas de silvicultura, manejo florestal, meio ambiente e certificação florestal e sócio proprietário da Floresta Nova Ltda. Responde pela gestão ambiental e certificação florestal das empresas vinculadas à Global Forest Partners – GFP e Valor Florestal Ltda, incluindo a Mobasa Reflorestamento S/A. Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes: possui graduação em Engenharia Civil e mestrado em Engenharia Hidráulica pela Universidade Federal do Paraná (1990) e doutorado em Engenharia pelo Civil and Environmental Engineering Department da University of Toronto (Canadá - 2001). Professor Adjunto do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná. É Editor associado e revisor da Revista Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) e Revisor das Revistas da ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), Da Vinci (Unicenp-Curitiba) e Sanare (SANEPAR). Tem experiência nas áreas de Hidrologia, Hidráulica e Engenharia Sanitária, com ênfase em Qualidade do Ar, das Águas e do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade da água em rios, qualidade da água em redes de distribuição de água em regime transiente, gestão de recursos hídricos, recursos hídricos, poluição difusa e calibração de modelos de qualidade da água. Kurt Bourscheid: Formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2005 e mestre em Biologia Vegetal pela mesma universidade em 2008, trabalha desde então como consultor ambiental, sócio e responsável técnico da empresa Restauração Ambiental Sistêmica Ltda, atuando como taxonomista em estudos técnicos voltados a licenciamento ambiental e gerente de projetos de
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Nicholas Kaminski: Possui graduação em Bacharelado em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2005) e Especialização em Conservação da Natureza pela mesma instituição, além do Mestrado em Engenharia florestal pela Universidade Federal do Paraná (2011). Atualmente é aluno do Curso de Pós Graduação - Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná na área de concentração Conservação da Natureza. Fernando H. S. Marangon : é Bacharel em Geografia e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na sua área de formação, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos temas relacionados à bacia hidrográfica e seus processos hidrog Atualmente realiza trabalhos em pesquisa científica pelo Laboratório de Hidrogeomorfologia da Universidade Federal do Paraná, cursando o Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da mesma instituição. Gilson Bauer Schultz: é Bacharel e Licenciado em Geografia e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem experiência na sua área de formação, com ênfase em Hidrossedimentologia, atuando principalmente nos temas relacionados à produção e transporte de sedimentos em bacias hidrográficas e erosão em estradas florestais. Atualmente é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPR. Olivia Isfer Sobânia: Bióloga formada em bacharelado e licenciatura plena pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, é professora concursada pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná e desde 2011 atua como gestora de informações da Diretoria de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Superintendência de Desenvolvimento Educacional da SEED/Pr. E, desde 2009 se dedica também ao paisagismo, como consultora da Bambusa Paisagismo. Há 14 anos atua como pesquisadora, elaborando, propondo e desenvolvendo projetos relacionados à ecologia, ornitologia e educação ambiental, com total autonomia na execução de consultorias, relatórios técnicos e na elaboração de materiais didáticos. Profissional experiente em metodologias aplicadas à educação ambiental, formal e não-formal, realiza programas, capacitações, oficinas, palestras de sensibilização e percepção ambiental. Alexandre Murilo Correa: Alexandre Murilo Corrêa, Engenheiro Florestal formado pela Universidade do Contestado, Pós graduado em Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, trabalhando atualmente na Empresa Valor Florestal. Julis Oracio Felipe: Analista de Sistemas pela Faculdade de Processamento de Dados de Joinville, Bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Joinville, advogado, OAB-SC 16.153, pós graduado em Administração de Empresas pela Unc (Universidade do Contestado), conselheiro do CONSEMA/SC, do COMDEMA em Rio Negrinho, SC, coordenador na área jurídico-ambiental na MOBASA(Grupo GFP);
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Helena Regina Pereira: Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2003), especializada em auditora líder na NBR 14789 pela tsg, pós graduada em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (UFPR, 2008). Atualmente é coordenadora da certificação e qualidade da empresa Mobasa Reflorestamento S.A, responsável pela manutenção do selo FSC, avaliações de impacto ambiental e qualidade total.
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O Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – Emílio Fiorentino Battistella resultou do esforço de várias pessoas e entidades que, de alguma forma, atuam na conservação e preservação do patrimônio natural do nosso país. Teve também o apoio voluntário de colaboradores e interessados nas riquezas naturais da região, além do envolvimento da comunidade local, usufrutuária primeira dos benefícios ambientais ali existentes. O princípio norteador do presente plano foi o de congregar o conhecimento das riquezas e potencialidades da reserva e seu entorno, melhorar as condições de visitação, já tradicional, tornando-a mais segura, adequada e sustentável e garantir os benefícios da RPPN para as gerações futuras. A RPPN apresenta várias peculiaridades que valorizam e justificam sua conservação, em especial, a heterogeneidade ambiental ali encontrada, fruto das interações entre os meios bióticos e abióticos. Das espécies endêmicas e raras encontradas até a qualidade hídrica dos rios que cruzam a reserva, são muitas as características que merecem ser apreciadas e preservadas. Esperamos que este plano de manejo seja uma eficaz ferramenta de conservação e uso sustentável da RPPN- Emílio Fiorentino Battistella, possibilitando às gerações atual e futura usufruir de seus encantos, riquezas, valores e benefícios.
A Equipe
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Apresentação ................................................................................................................................ 6
Sumário ........................................................................................................................................ 7
Lista de FOTOS .............................................................................................................................. 9
Lista de FIGURAS ......................................................................................................................... 11
Lista de TABELAS ......................................................................................................................... 13
Lista de Siglas .............................................................................................................................. 14
1 Introdução ............................................................................................................................... 17
2 Informações Gerais .................................................................................................................. 19
2.1 Acesso ................................................................................................................................... 19
Acesso a RPPN Emílo Fiorentino Battistella ............................................................................. 20
2.2 Histórico de Criação e Aspectos Legais da RPPN .................................................................... 20
A História da descoberta das Cachoeiras ................................................................................. 20
2.3 Ficha Resumo ........................................................................................................................ 28
3 Diagnóstico .............................................................................................................................. 29
3.1.Caracterização da RPPN ........................................................................................................ 29
3.1.1 Clima .............................................................................................................................. 29
3.1.2 Hidrografia ..................................................................................................................... 31
Aspectos gerais ...................................................................................................................... 31
Características locais .............................................................................................................. 31
Hidrologia e qualidade da água .............................................................................................. 32
3.1.3 Relevo ............................................................................................................................ 38
Geomorfologia ....................................................................................................................... 39
3.1.4 Vegetação ...................................................................................................................... 42
Floresta Ombrófila Densa Submontana .................................................................................. 43
Floresta Ombrófila Densa Montana ........................................................................................ 46
Heterogeneidade ambiental da reserva .................................................................................. 47
3.1.5 Fauna ............................................................................................................................. 52
3.1.5.1 Avifauna ..................................................................................................................... 52
Floresta Ombrófila Densa Submontana ........................................................................... 54
Floresta Ombrófila Densa Climácica ................................................................................ 54
Floresta Ombrófila Densa Edáfica .................................................................................... 54
Escarpa hidrofítica ........................................................................................................... 55
3.1.5.2 Mastofauna ................................................................................................................ 62
3.1.6Visitação .......................................................................................................................... 67
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3.1.6.1 Histórico de Visitação ................................................................................................. 67
3.1.6.2 Educação Ambiental Formal e Não-formal .................................................................. 71
a) Educação Ambiental Formal ........................................................................................ 71
b) Educação Ambiental Não-formal ................................................................................. 74
3.1.6.3 Potencialidades e Atrativos Naturais ........................................................................... 75
a) Turismo de Observação de Flora e Contemplação da Natureza ................................... 76
b) Turismo de Observação de Aves .................................................................................. 77
c) Caminhadas e Trilhas Interpretativas ........................................................................... 78
d) Turismo Fotográfico .................................................................................................... 79
e) Turismo Científico ....................................................................................................... 80
3.1.6.4 Infra-estrutura Existente e Trilhas Autoguiadas e Interpretativas ................................ 80
3.1.6.5 Sazonalidade de Visitação e Perfil dos Visitantes ........................................................ 81
3.1.6.6 Atrativos Naturais e Turísticos da Região .................................................................... 83
3.1.7 Pesquisa e Monitoramento ............................................................................................ 84
Pesquisas realizadas ............................................................................................................... 86
Pesquisas em andamento ....................................................................................................... 88
Monitoramento ...................................................................................................................... 88
3.1.8 Atividades Desenvolvidas na RPPN ................................................................................. 89
Limpeza e manutenção das áreas comuns e instalações físicas ............................................... 90
Atividades desenvolvidas que envolvem sensibilização e educação ambiental ....................... 90
3.1.9 Sistema de Gestão .......................................................................................................... 90
3.1.10 Pessoal ......................................................................................................................... 91
3.1.11 Infra-estrtura ................................................................................................................ 92
3.1.12 Equipamentos e Serviços ............................................................................................ 103
3.1.13 Recursos Financeiros .................................................................................................. 104
3.1.14 Formas de Cooperação ............................................................................................... 104
Parcerias Informais ............................................................................................................... 104
3.2.Caracterização da Propriedade............................................................................................ 105
3.3 Caracterização da Área do Entorno ..................................................................................... 106
3.4. Possibilidade de Conectividade .......................................................................................... 108
3.5. Declaração de Significância ................................................................................................ 112
4 Planejamento ......................................................................................................................... 115
4.1 Objetivos de Manejo ........................................................................................................... 115
4.2 Zoneamento ........................................................................................................................ 116
Zona Administrativa: ............................................................................................................. 117
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Zona Silvestre: ....................................................................................................................... 117
Zona de Proteção .................................................................................................................. 118
Zona de Visitação .................................................................................................................. 118
Zona de Transição ................................................................................................................. 118
Zona de Recuperação ............................................................................................................ 119
4.3 Programas de Manejo ......................................................................................................... 120
Programa de Administração .................................................................................................. 120
Programa de Proteção e Fiscalização ..................................................................................... 120
Programa de Pesquisa ........................................................................................................... 121
Programa de Visitação e Monitoramento .............................................................................. 122
Programa de Sustentabilidade Econômica............................................................................. 125
Programa de Comunicação ................................................................................................... 126
5 Cronograma de Atividades ..................................................................................................... 127
6 Anexo ..................................................................................................................................... 129
Anexo 1 –LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS/FLORESTAIS DA RPPN EMILIO F. BATTISTELLA .......... 130
Anexo 2 – Lista das aves da RPPN Emílio Fiorentino Battistella .............................................. 141
Anexo 3 – Lista dos Mamíferos da RPPN Emílio Fiorentino Battistella ................................... 156
Mapa 1: Zoneamento ............................................................................................................ 162
Mapa 2: Uso e Ocupação do Solo .......................................................................................... 163
Mapa 3: Declividade .............................................................................................................. 164
Mapa 4: Elevação .................................................................................................................. 165
Mapa 5: Tipos de Florestas .................................................................................................... 166
Mapa 6: Heterogeneidade Ambiental.................................................................................... 167
7 Referencias Bibliográficas ....................................................................................................... 168
Foto 1 – 14ª Cachoeira ................................................................................................................ 17
Foto 2 - Vale do Rio Bruaca ......................................................................................................... 18
Foto 3 – Cachoeira do Suspiro ..................................................................................................... 21
Foto 4 – Cachoeira da Banheira ................................................................................................... 21
Foto 5 – Cachoeira dos Três Patamares ....................................................................................... 22
Foto 6- Cachoeira da Pousada do Café ........................................................................................ 22
Foto 7 – Cachoeira do Repouso ................................................................................................... 23
Foto 8 – Cachoeira do Remanso Grande ..................................................................................... 23
Foto 9- Cachoeira da Confluencia Foto 10 – Cachoeira da Confluêcia .. 24
Foto 11 – Cachoeira das Corredeiras ........................................................................................... 24
Foto 12 – Cachoeira do Tombo ................................................................................................... 25
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Foto 13 – Cachoeira do Palmito .................................................................................................. 25
Foto 14 – Cachoeira da Surpresa ................................................................................................. 26
Foto 15 Cachoeira do Boqueirão ................................................................................................. 26
Foto 16 – Cachoeira do Salto Grande Foto 17 – Cachoeira do Salto Grande ........................................................................................................................................ 27
Foto 18 AphelandralibonianaLindenexHook. (Acanthaceae) Planta característica das regiões úmidas da Floresta Ombrófila Densa submontana dentro da Reserva Emilio Battistella, Corupá, SC. (Foto A. Reis 2010). ............................................................................................................... 44
Foto 19 Detalhe da Floresta Ombrófila Densa Montana Edáfica na Reserva EmillioBattistella, Corupá, SC. Destaca-se nesta floresta um dossel descontinuo e uma grande densidade de taquaras dos gêneros Chusque e Merostachys (Foto A. Reis 2007). ............................................ 47
Foto 20- Planta de Colliguaia brasiliensis (Sarandi-de-leite) no rio das Bruacas, Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella (Foto A. Reis 2007) ....................................... 50
Foto 21- Detalhes das folhas e frutos de Colliguaia brasiliensis (Sarandi-de-leite) no rio das Bruacas, Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella.(Foto A. Reis 2007) ................................................................................................................................................... 50
Foto 22- Detalhe das folhas de Guneramanicata (urtigão), planta características de escarpas úmidas da Serra Geral e com uma pequena população dentro da Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella, Corupá, SC (Foto A. Reis 2010).......................................... 51
Foto 23 Saíra-sete-cores Tangara seledon ................................................................................... 56
Foto 24Formigueiro-assobiador Myrmeciza squammosa Foto 25 Corocochó Carpornis cucculata ................................................................................................... 56
Foto 26 juruviara (Vireo olivaceus) Foto 27 sabiá-norte-americano (Catharus fuscescens) ..............................................................................................57
Foto 28 Macuco Tinamus solitarius Foto 29 Gavião-pega-macaco Spizaetus tyrannus ............................................................................................58
Foto 30 Pixoxó Sporophila frontalis ............................................................................................. 58
Foto 31 Gracilinanus microtarsus (cuíquinha)...................................................................... 64
Foto 32 Cuniculus paca (paca) Foto 33 Mazama americana (veado) ................................. 65
Foto 34 Imagem de satélite da Reserva Particular do Patrimônio Natural Emílio Fiorentino Battistella (Google Earth, 2013). ................................................................................................. 68
Foto 35- Ponte, decks de madeira, placas e lixeiras ao longo da trilha. ........................................ 70
Foto 36- Passarela e deck, com placas de alerta e calçamento de pedras com corrimão. ............ 71
Foto 37 Trilha interpretativa a alunos-Ensino Fundamental Foto 38 Palestra Os 6 Elementos para alunos do Ensino Infantil ..................................................................................................... 72
Foto 39- Palestra Os 6 Elementos para alunos do Ensino infantil ................................................. 73
Foto 40 Sinalização na Trilha Interpretativa Passa Águas (Foto Olivia Isfer Sobania, 2013). ......... 75
Foto 41 Saíra-sete-cores (Tangara seledon) observada durante a Trilha Passa Águas (Foto Raphael Sobania, 2013). .............................................................................................................. 75
Foto 42 Guapuruvu (Schizolobium parahyba) destacando-se na vegetação às margens da trilha (Foto Olivia Isfer Sobania). .......................................................................................................... 77
Foto 43 Pixoxó (Sporophila frontalis), ave endêmica da Mata Atlântica, ocupa taquarais em regiões de encostas e montanhas. O estado de conservação da espécie é considerado ameaçado pela International Union for Conservation of Nature - IUCN na categoria vulnerável (WikiAves, 2013). Foto: Cal Martins, 2011. Local registro: Corupá/SC. .......................................................... 78
Foto 44 Mapa das trilhas da reserva com indicação de interditado para a Trilha do Araçá .......... 79
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Foto 45 Inflorescência fotografada na RPPN Emílio Fiorentino Battistella, Corupá/SC, no ano de 2008. (Foto: Olivia Isfer Sobania)................................................................................................. 79
Foto 46- Entrada com guarita, centro de visitantes, churrasqueiras com salão de eventos e sala de palestras ................................................................................................................................ 93
Foto 47 - Sala de Primeiros Socorros. Foto 48- Sala de Primeiros Socorros. ..................................................................................................................................... 94
Foto 49- Lixeiras seletivas no acesso ao espaço de educação ambiental, estruturado para aulas práticas. ...................................................................................................................................... 94
Foto 50 - Exemplo de pontes, passarelas, escadas e mirantes em madeira tratada no decorrer da trilha Passa Águas. ...................................................................................................................... 94
Foto 51 -Centro de visitantes – local utilizado para apresentação de informações ambientais da RPPN e da Mata Atlântica e educação ambiental – Possui 40 cadeiras escolares estofadas, tela de datashow, quadro branco e banheiros masculino e feminino...................................................... 95
Foto 52 Portaria: ponto de recepção do visitante e apresentação de ingresso; ........................... 95
Fotos 53, 54, 55 e 56 Galpão com churrasqueiras, mesas e banheiros – feminino e masculino (Banheiro, mictórios e chuveiros); ............................................................................................... 96
Foto 57 Lixeiras com identificação de recicláveis;........................................................................ 96
Foto 58 Foto 59 Pontos comerciais – quiosques para atendimento público – (lanchonete); ........ 97
Foto 60 Foto 61 Paredão de escalada – esportes radicais com diferentes graus de dificuldade ... 97
Foto 62 Placas – segurança, educativas, informativas – aplicadas no pátio, galpão, centro de visitantes e trilhas ....................................................................................................................... 97
Foto 63- Ponte de concreto e madeira na 14ª Cachoeira com grade lateral ................................ 98
Foto 64 - Ponte pencil ( em cabo de aço) na 4ª cachoeira, com grade lateral; ............................. 99
Foto 65 - Ponte pencil ( em cabo de aço) na 4ª cachoeiras, com grade lateral; ............................ 99
Foto 66 - Ponte fixa ( com uso de viga I - trilho de aço) na 12ª cachoeiras, com grade lateral;... 100
Foto 67 - Deck de descanso na 4ª cachoeira, com área de 18 m² e outro com 40 m²;................ 100
Foto 68 - 218,10 metros de deck com madeira de pinus certificado; ......................................... 100
Foto 69 Foto 70 Foto 71 Foto 72 - 632 metros de corrimão duplo, com madeira de pinus tratado; ................................................................................................................................................. 101
Fotos 73, 74, 75, 76 Alojamento disponibilizado para pesquisadores e acadêmicos em área externa à RPPN - cozinha, sala de estar, apartamentos e banheiros (Fotos: Langa. R) ............... 106
Foto 77 Nos arredores da reserva, produções de banana Foto 78 central de armazenamento de pencas ....................................................................................................... 107
Foto 79 e Foto 80 Uso e ocupação do solo a poucos quilômetros da RPPN Emílio Fiorentino Battistella. ................................................................................................................................. 108
Foto 81 Exemplar de Rã-de-cachoeira (Cycloramphus sp), bioindicadora de qualidade ambiental (Foto: Raphael Sobania, 2012). ................................................................................................. 113
Foto 82 Exemplar de Saíra-sapucaia (Tangara peruviana), espécie com registro para a RPPN E.F.B. (Foto: Olivia Isfer Sobania, 2001)............................................................................................... 113
Foto 83 - Pontos que demandam atenção, manutenção e intervenção periódicos. ................... 123
Foto 84 - Lixeiras instaladas na trilha e no mirante da Pousada do Café. ................................... 123
Figura 1 – Mapa Regional ............................................................................................................ 19
Figura 2 Médias mensais de precipitação e temperatura. ........................................................... 30
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Figura 3 Médias mensais de precipitação e umidade relativa do ar. ............................................ 30
Figura 4 Bacias hidrográficas na área de influencia da RPPN E. F. Battistella. .............................. 31
Figura 5 Médias mensais de deflúvio no rio Novo, na estação Corupá (82320000). ..................... 33
Figura 6 Curva de permanência do deflúvio no rio Novo, na estação Corupá (82320000). ........... 33
Figura 7 Localização da RPPN E. F. Battistella e dos pontos de medição de vazão na campanha de campo (Montante e Jusante). ..................................................................................................... 34
Figura 8 Perfil longitudinal do rio Novo no trecho com localização dos pontos de medição da qualidade da água. ...................................................................................................................... 34
Figura 9 Medição de PH na área de influência da RPPN E. F. Battistella ....................................... 36
Figura 10 Medição de Condutividade Elétrica na área de influência da RPPN E. F. Battistella ...... 37
Figura 11 Medição de O2 na área de influência da RPPN E. F. Battistella ..................................... 37
Figura 12 Medição de Nitrogênio total na área de influência da RPPN E. F. Battistella ................ 37
Figura 13 Medição de Fósforo total na área de influência da RPPN E. F. Battistella ..................... 38
Figura 14 Medição de Demanda Química de Oxigênio (DQO) na área de influência da RPPN E. F. Battistella .................................................................................................................................... 38
Figura 15– Mapa geológico da região em que se localiza a RPPN (IBGE, 2004). ........................... 39
Figura 16 Mapa geomorfológico da região da RPPN (IBGE, 2004) ................................................ 40
Figura 17 Mapa hipsométrico das bacias hidrográficas dos rios Novo e Bruaca ........................... 41
Figura 18 Modelo tridimensional da área da RPPN ...................................................................... 41
Figura 19 Perfil longitudinal dos rios da Bruaca e Novo. .............................................................. 42
Figura 20 Mapa de Tipo de Florestas ........................................................................................... 43
Figura 21 – Mapa de Heterogeneidade Ambiental ...................................................................... 48
Figura 22 Grafico: Guildas tróficas da avifauna ocorrente na RPPN Emílio Battistella .................. 61
Figura 23 Grafico: Sensibilidade à distúrbios da avifauna ocorrente na RPPN Emílio Battistella ... 61
Figura 24 Grafico - Meios de locomoção da Mastofauna citada para a RPPN Emílio Battistella ... 66
Figura 25 Logomarca do slogan Mostre suas Garras pela Natureza (Foto do acervo técnico RPPN E.F.B., 2012). ............................................................................................................................... 73
Figura 26 Grafico: Público envolvido no ano letivo de 2012 pelo programa de educação ambiental Relação do Homem com a Natureza ........................................................................................... 74
Figura 27 Registro de Pixoxó (Sporophila frontalis) no WikiAves, plataforma digital aceita pela Sociedade Brasileira de Ornitologia - SBO como ambiente virtual de registros ornitológicos (WikiAves, 2013). ........................................................................................................................ 80
Figura 28 Gráfico: Freqüência da visitação nos anos de 2010, 2011 e 2012. ................................ 81
Figura 29 Grafíco: Representação da procedência dos visitantes nos 3 últimos anos. ................. 82
Figura 30 Grafico: Número de visitantes procedentes dos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo nos 3 últimos anos............................................................................................................. 82
Figura 31 Gráfico Número de visitantes, nos 3 últimos anos, de acordo com a faixa etária. ........ 82
Figura 32 Pedra Fundamental do então Parque Ecológico Emílio Fiorentino Battistella, administrado na época pela prefeitura que o inaugurou como Parque Municipal. ...................... 83
Figura 33 Gráfico: Origem dos Visitantes ..................................................................................... 89
Figura 34- Croqui de localização da infra estrutura na área administrativa ................................. 93
Figura 35 Mapa das Trilhas da RPPN ........................................................................................... 98
Figura 36 Gráfico Distribuição da população do município de Corupá por sexo e grupos de idade - Gráfico Censo Demográfico IBGE 2010 (IBGE, 2013).................................................................. 106
Figura 37 - Unidades de Conservação localizadas na Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu (AMVALI, 2012). ....................................................................................................................................... 109
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
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Figura 38 - Imagem de satélite em escala de 1:8530 da BING TM, 2010, que demonstra a proximidade das áreas florestadas da RPPN Emílio Fiorentino Battistella (em azul) e da APA do Rio Vermelho Humboldt (em amarelo)...................................................................................... 110
Figura 39 Espécime de Puma (Puma concolor) em cativeiro (Foto: Raphael Sobania, 2009). ..... 114
Figura 40 Mapa de Zoneamento da RPPN ................................................................................. 116
Tabela 1 – Distancias dos Grandes Centros Urbanos mais próximos da RPPN.............................. 19
Tabela 2- Estações de monitoramento pluviométrico e climático. ............................................... 29
Tabela 3 Áreas das bacias na área de influência da RPPN E. F. Battistella .................................... 32
Tabela 4 Medições de vazão nos pontos Montante e Jusante ..................................................... 35
Tabela 5 Parâmetros medidos de qualidade da água................................................................... 36
Tabela 6 Limites estabelecidos na resolução 357/2005 para enquadramento de corpos hídricos na Classe1/Especial ..................................................................................................................... 36
Tabela 7 Tipologias vegetacionais da Reserva Particular do Patrimonio Natural Emilio Fiorentino Battistela, Corupá, SC, segundo a classificação de Veloso et al. 1991. ......................................... 43
Tabela 8 Lista das espécies ameaçadas de ocorrência ou provável ocorrência na RPPN Emílio Battistella. Ca – Registro em campo; Bi – Registro bibliográfico; CR- Criticamente Ameaçada; EN – Em Perigo; VU - Vulnerável ......................................................................................................... 59
Tabela 9 Lista das espécies ameaçadas de ocorrência ou provável ocorrência na RPPN Emílio Battistella. Ca – Registro em campo; Bi – Registro bibliográfico; CR- Criticamente Ameaçada; EN – Em Perigo; VU - Vulnerável ......................................................................................................... 65
Tabela 10 Quadro Resumo do Numero de alunos atendidos nos três últimos anos ..................... 85
Tabela 11 - Estruturas da trilha Passa Águas na RPPN Emílio F. Battistella ................................. 102
Tabela 12 - Infraestrutura das trilhas da RPPN .......................................................................... 102
Tabela 13 - Relação dos euipamentos da R.P.P.N. Emilio Fiorentino Battistella - 2102/13, para manutenção de suas infra estruturas ........................................................................................ 103
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MEDIDAS
ha Hectares
m metros
Km Kilometros
Km² Kilometros quadrados
mm milimetros
°C Graus Celsius
Nº número
INSTITUIÇÕES UC Unidade de Conservação
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação
MMA Ministério do Meio Ambiente
ICMBIO Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
SEMA Secretária Estadual do Meio Ambiente
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural
RPPN E F B Reserva Particular do Patrimônio Natural Emílio
Fiorentio Battistella
PEEFB Parque Estadual Emilio Fiorentino Battistella
ANA Agencia Nacional das Águas
CNPF Centro Nacional de Pesquisa de Florestas
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONSEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FATMA Fundação de Amparo à Tecnologia e Meio Ambiente
FSC Forest Sterwardship Council (Conselho de Manejo
Florestal)
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IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
UFPR Universidade Federal do Paraná
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
PMASC Policia Militar Ambiental de Santa Catarina
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
Epagri Empresa de pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de
Santa Catarina
CIRAM Centro de Informações de Recursos Ambientais e de
Hidrometeorologia de Santa Catarina
SUDERHSA Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento
Ambiental
APERC Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das
Cachoeiras
APREMAVI Associação de Preservação do Meio Ambiente e da
Vida
RBMA Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
CI Conservação Internacional
CNRPPN Confederação Nacional de Reservas de Particular do
Ptrimônio Natural
CRBO Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos
ICB Instituto de Ciências Biológicas
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
OMM Organização Meteorológica Mundial
SOSMA SOS Mata Atlântica
TNC The Nature Conservancy
WWF World Wide Fund for Nature
IUCN International Union for Conservation of Nature
GERAIS GPS Geographic Positioning System
ITR Imposto Territorial Rural
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NR Normas Regulamentadoras
NRR Normas Regulamentadoras Rurais
APP Área de Preservação Permanente
RL Reserva Legal
ONG Organização não Governamental
OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
SIG Sistema de Informações Geográficas
ADP Acoustic Doppler Profiler
FOD Floresta Ombrofila Densa
FOM Floresta Ombrofila Mista
ETE Estação de Tratamento
SC Santa Catarina
PR Paraná
RG Rio Grande do Sul
sp espécie
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A RPPN Emílio Fiorentino Battistella tem uma grande importância ecológica, pois está inserida em um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica de Santa Catarina, ecossistema brasileiro que apresenta hoje menos de 8,8% de sua área original, e tem recebido atenção de diversas entidades conservacionistas, e nos últimos anos, também da comunidade internacional. Apesar da grande riqueza representada pela biodiversidade deste ecossistema, a RPPN é procurada fundamentalmente pela existência de 14 cachoeiras de excepcional beleza, em que através de um percurso aproximadamente de 2.900m pela trilha denominada Passa Águas ao longo do Rio Novo onde é possível realizar a observação da fauna e flora com suas exuberantes árvores encontradas no local, bem como admirar a beleza cênica proporcionada pelas cachoeiras e piscinas naturais.
Foto 1 – 14ª Cachoeira
A RPPN na sua extensão tambem possui o Vale do Rio Bruaca com uma paisagem e formação do rio bastante distinta do Rio Novo. Marcado por corredeiras à jusante da cachoeira da Bruaca com 3,5 km de extensão com blocos de pedras de grande porte, e um significativo remanescente de canela preta (Ocotea catharinensis) em SC. O acesso ao rio da Bruaca à montante da cachoeira se dá através da propriedade da Mobasa, á partir dos plantios comerciais de Pinus spp, passando pela propriedade da empresa Weg - RF Florestal, em áreas também com plantios comerciais de Pinus spp. No rio da Bruaca, tanto à jusante quanto à montante não há trilhas estruturadas somente acessos eventuais.
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Foto 2 - Vale do Rio Bruaca
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2.1 Acesso
O Município de Corupá está distante à 123 Km de Blumenau, 140 Km de Curitiba, 210 Km de Florianópolis e 720 Km de Porto Alegre. Os acessos para as principais cidades vizinhas podem ser visualizados no croqui, que está exposto logo a baixo: Para quem vem de Porto Alegre, Florianópolis, Joinville e Curitiba, o acesso se dá primeiro pela BR-101, seguido pela BR-280 no trevo de Jaraguá do Sul até esta Cidade, onde seqüencialmente deve-se seguir pelo trevo que liga ao Município de Corupá / São Bento do Sul. Outra alternativa para quem sai de Curitiba e região é o deslocamento pela BR-116, sentido Curitiba / Porto Alegre, onde ao passar o Município de Mandirituba , pega-se a estrada que liga a BR-116 ao Município de São Bento do Sul, distando este de 35 Km da RPPN Emílio Fiorentino Battistella, Município de Corupá.
Figura 1 – Mapa Regional
Tabela 1 – Distancias dos Grandes Centros Urbanos mais próximos da RPPN
Cidade / Estado Distância da RPPN
Blumenau / SC 123Km
Chapéco / SC 565Km
Criciúma / SC 420Km
Curitiba / PR 140Km
Florianópolis / SC 210Km
Jaraguá do Sul / SC 18Km
Joaçaba / SC 400Km
Joinville / SC 86Km
Lages / SC 322Km
Porto Alegre / RS 720Km
Rio Negrinho / SC 58Km
São Bento do Sul / SC 46Km
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Acesso a RPPN Emílo Fiorentino Battistella O acesso a Corupá é feito pela BR-280, e para chegar a RPPN é necessário percorrer uma estrada de cascalho de 14 Km, a partir do trevo da cidade. Existem sinalizações indicando “Rota das Cachoeiras”, durante todo o percurso. A partir do Km 12 é possível visualizar a queda d’água que forma a 14ª cachoeira, a qual é denominada de Salto Grande , de onde o visitante terá o primeiro contato visual, que dará a idéia da grande beleza natural que ele estará conhecendo.
2.2 Histórico de Criação e Aspectos Legais da RPPN
A lei do Sistema Nacional de unidades de Conservação, lei 9.985/2.000, que regulamentou o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, também conhecida como lei do SNUC, possibilitou ao cidadão, à pessoa física ou jurídica sua participação efetiva na conservação ambiental, através da instituição de unidades de conservação do tipo Unidade de Conservação de Uso Sustentável, denominadas Reserva Particular do Patrimônio Natural, as conhecidas RPPN´s. As RPPN´s, como dito acima, são unidades de conservação privadas, instituídas pela lei e regulamentadas pelo decreto 5.746 de 5 de abril de 2.006. Esse importante decreto trata detalhadamente das atividades permitidas dentro desse tipo de unidade de conservação e, agrega-se ao decreto 4.340 de 22 de agosto de 2.002, que regula as atividades permitidas na unidade de conservação e no seu entorno, para que haja compatibilidade entre o manejo de um sistema protegido com a produção local, onde está inserida a unidade. A elaboração e a aprovação de um plano de manejo, mais do que o cumprimento de uma norma, auxiliam o empreendedor a participar adequadamente da manutenção de um meio ambiente equilibrado, essencial à promoção da qualidade de vida, conforme os ditames constitucionais, assistido por um roteiro técnico e científico adequado às melhores práticas ambientais. A empresa MOBASA Reflorestamento S.A, no ano de 1.989 transformou uma área de 41,5 ha da Mata Atlântica de sua Reserva Legal em Reserva Natural. No ano de 2002, foi transformada em RPPN, com o nome de RPPN Emilio Fiorentino Battistella, com área de 100,96 hectares – DOU-Portaria nº 53 de 18 de abril de 2002. Em 2010, esta reserva foi ampliada para 1.156,33 hectares – DOU-Portaria nº 50 de 8 de julho de 2010. O objetivo foi permitir o acesso à visitação pública, fornecendo oportunidades de recreação ao ar livre, pesquisa e educação ambiental, além de assegurar a proteção dos recursos naturais do local. No ano de 2012 a empresa Mobasa – Modo Battistella Reflorestamento S.A. foi adquirido pela empresa Rio Negrinho Participações S.A, mantendo seus ativos florestais e a RPPN.
A História da descoberta das Cachoeiras
Apesar da grande beleza da vegetação, o aspecto mais notável da RPPN é o encachoeiramento do Rio Novo, que apresenta várias quedas devido à localização nas encostas da Serra do Mar. Sob um desnível de 500 metros encontram-se 14 cachoeiras, sendo que a do Salto Grande é a maior delas, com 125 metros. A existência das quedas faz com que o local seja conhecido na região como “Rota das Cachoeiras”. Até 1.989, época da criação da RPPN Emílio F. Battistella, somente eram conhecidas as três primeiras cachoeiras e o Salto Grande. Os moradores da região, porém, comentavam a existência de outras quedas no Rio Novo. Estimulados pela idéia de conhecer outras
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cachoeiras, formou-se um grupo de cinco homens, composto por Júlio Hupka ( em memória ), funcionário da Prefeitura de Corupá e responsável pela abertura da trilha para o Salto Grande; Waldomiro Silva, fotógrafo; Padre João Heidman, Srs. Juvenal Mokwa e Gervasio Zanghelini. No dia 26 de fevereiro de 1.990, o grupo percorreu durante muitas horas o trajeto do Rio Novo fazendo o registro das cachoeiras encontradas. Segundo o Sr. Mokwa (comunicação pessoal, 1.994) este também foi o dia do batismo das cachoeiras cujos nomes são relacionados a seguir:
1º. Cachoeira do Suspiro: pela admirável beleza que emociona a todos a que
visitam pela primeira vez
Foto 3 – Cachoeira do Suspiro
2º. Cachoeira da Banheira: por apresentar uma piscina natural.
Foto 4 – Cachoeira da Banheira
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3º. Cachoeiras dos Três Patamares: porque na verdade são três cachoeiras
seguidas, formando três patamares.
Foto 5 – Cachoeira dos Três Patamares
4º. Cachoeira da Pousada do Café: neste local o grupo de expedição parou para
tomar um lanche, devido à beleza do local.
Foto 6- Cachoeira da Pousada do Café
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23
5º. Cachoeira de Repouso: este local, devido a bela paisagem, foi escolhido pelo
grupo como local de descanso.
Foto 7 – Cachoeira do Repouso
6º. Cachoeira do Remanso Grande: pois ela tem uma piscina natural muito comprida e de águas tranqüilas.
Foto 8 – Cachoeira do Remanso Grande
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7° e 8°. Cachoeiras da Confluência: é o local de encontro de dois rios, ambos
com quedas.
Foto 9- Cachoeira da Confluencia Foto 10 – Cachoeira da Confluêcia
9º. Cachoeiras das Corredeiras: devido ao fato de vir numa longa e violenta corredeira.
Foto 11 – Cachoeira das Corredeiras
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10º. Cachoeira do Tombo: porque neste local o fotógrafo, ao se preparar para tirar
uma foto levou um “baita tombo”.
Foto 12 – Cachoeira do Tombo
11º. Cachoeira do Palmito: havia um palmito tombado dentro da água, que serviu de
alimento para o grupo.
Foto 13 – Cachoeira do Palmito
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12º. Cachoeira da Surpresa: o grupo neste local foi surpreendido com uma enorme e
linda cachoeira.
Foto 14 – Cachoeira da Surpresa
13°.Cachoeira do Boqueirão: porque as águas correm por uma garganta escavada
nas rochas, semelhante a uma calha.
Foto 15 Cachoeira do Boqueirão
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14º. Cachoeira Salto Grande: por ser a maior cachoeira da RPPN , com queda livre
de 125m , de notável beleza.
Foto 16 – Cachoeira do Salto Grande Foto 17 – Cachoeira do Salto Grande
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2.3 Ficha Resumo
Nome da RPPN Emílio Fiorentino Battistella
Nome dos Proprietários Mobasa Reflorestamento S.A
Nome dos Representantes Fernando Alberto Zamorano Sarrua e Mármonn Canestraro Nadolny
Nome do solicitante APERC – Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras
Nome do Representante da APERC
Reinaldo Langa
Telefone (47) 9105-0713
E-mail reinaldo.macrovisao@globo.com
Endereço da RPPN Estrada dos Correas, s/nº Bairro Rio Novo Alto – Corupá-SC
Endereço para correspondência BR-280 nº 4116, Bairro Industrial Sul CEP: 89295-000 – Rio Negrinho / SC
Telefone / Fax (47) 3646-3084 / (47) 9966-8779
e-mail / site / blog marmonn.nadolny@valorflorestal.com.br http://rotadascachoeirascorupa.blogspot.com.br/
Área da RPPN 1.156,33 ha
Área da Propriedade 1.518,35 ha
Principal Município de acesso Corupá - SC
Município e Estados abrangidos Jaraguá do Sul – SC, Joinville – SC, São Bento do Sul - SC
Data e nº do ato legal de criação Criação: Portaria nº 53 de 18 de abril de 2002-IBAMA. Área de 100,96 ha Ampliação: Portaria nº 50 de 8 de julho de 2010-ICMBio. Ampliação da área para 1.156,33 ha.
Marcos e referencias importantes nos limites e confrontantes
Biomas e Ecossistemas Mata Atlântica, FOD e FOM
Distancia dos Centros Urbanos mais próximos
BR- 101 =>Curitiba – 140Km =>Joinville – 86 Km =>Florianópolis – 210 Km BR- 280 =>Jaraguá do Sul – 18 Km =>São Bento do Sul 46Km
Meio principal de chegada a UC Via terrestre pela estrada Rio dos Correas
Atividades Ocorrentes Visitação as 14 cachoeiras com trilha, Educação Ambiental programada e Pesquisa de ave, fauna e flora
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3.1.Caracterização da RPPN
3.1.1 Clima A RPPN Emílio Fiorentino Battistella está localizada na região denominada Zona Agroecológica Litoral Norte (EPAGRI/CIRAM, 2006), cujo clima é classificado segundo Köeppen como Cfa, subtropical constantemente úmido, sem estação seca, com verão quente, com temperatura no mês mais quente superior a 22°C. Próximas à RPPN E. F. B. se localizam três estações pluviométricas com séries de precipitação superiores a 20 anos. Adicionalmente se encontra no município de Rio Negrinho uma estação climática, sendo que estas estão dispostas no Tabela 2 e foram utilizadas na caracterização da região.
Tabela 2- Estações de monitoramento pluviométrico e climático.
Código Nome Município Latitude Longitude Altitude
(m) Operador Tipo
02649013 Corupá (HANSA)
Corupá 26°15’09,36”S 49°10’23,88”O 200 EPAGRI Pluviométrica
02649064 Rio Novo Corupá 26°24’36,60”S 49°11’42,72”O 800 EPAGRI Pluviométrica 02649055 Corredeira Rio
Negrinho 26°25’09,84”S 49°34’23,16”O 750 SUDERHSA Pluviométrica
A862 Rio Negrinho
Rio Negrinho
26°14’54,60”S 49°34’50,16”O 869 INMET Climática
A precipitação total anual situa-se entre 1514 até 1884 mm nas três estações analisadas. Entretanto, com relação aos dias chuvosos, verifica-se que na medida em que as massas de ar adentram o continente, há significativas mudanças com relação às intensidades e distribuição das precipitações ao longo do ano. Neste caso, para as estações localizadas mais ao leste, no município de Corupá, os totais anuais de dias com chuva apresentam-se entre 107 e 116 dias. Já para a estação mais ao Oeste, localizada em Rio Negrinho, os totais anuais de dias chuvosos são entre 137 e 151. De maneira geral, a precipitação apresenta uma elevação na primavera e verão e durante o outono/inverno é mais reduzida, entretanto, não há uma época seca. De certa forma, as chuvas são bem distribuídas anualmente. Ademais verifica-se que as estações Corupá e Rio Novo apresentam tendências semelhantes de distribuição da precipitação ao longo do ano, ao passo que a estação Corredeira, localizada à Oeste das demais apresenta, de maneira geral, índices pluviométricos inferiores (Figura 2).
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Figura 2 Médias mensais de precipitação e temperatura.
A temperatura nesta região é em função da altitude do local no qual se efetua o monitoramento, e tal qual como verificado nas precipitações, apresenta uma elevação na primavera e verão e durante o outono/inverno reduzida. O mês de fevereiro apresenta a maior temperatura média, com 21°C, e Julho apresenta a menor média, com 10,6°C. A média anual acerca-se de 16°C, sendo que a média das máximas situa-se em 22,90 e a média das mínimas em 12,95°C. A ocorrência de geadas é presença marcante durante os meses de maio a julho, com ocorrências isoladas verificadas nos meses de agosto e setembro. Em média observam-se 8,5 geadas por ano na região. No que diz respeito a umidade do ar, verifica-se na Figura 3 que esta variável não apresenta sazonalidade ao longo do ano. Seus valores médios mensais situam-se entre 83% e 88% caracterizando a região por altas taxas de umidade relativa o ano todo (EPAGRI/CIRAM 2006).
Figura 3 Médias mensais de precipitação e umidade relativa do ar.
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3.1.2 Hidrografia
Aspectos gerais A RPPN Emílio Fiorentino Battistella está localizada na bacia hidrográfica do rio Itapocu, a qual possui uma área de drenagem de 3.160 km². O rio Itapocu é formado pela junção dos rios Vermelho e Novo, sendo que os rios Piraí e Pitanga estão entre os mais importantes afluentes da margem esquerda e direita, respectivamente (SANTA CATARINA, 2006). A bacia hidrográfica do rio Itapocu está inserida na região hidrográfica da Baixada Norte Catarinense. Este rio, juntamente com o rio Cubatão (Norte) são os principais canais de drenagem desta que é a menor região hidrográfica do estado de Santa Catarina. No caso do rio Itapocu, o rio Novo é um de seus mais importantes formadores. No que diz respeito à disponibilidade hídrica, o estudo da ANA (2005) aponta que a região apresenta possibilidade de estresse hídrico. Ao se comparar as vazões de estiagens com os diversos usos consuntivos da água da bacia do rio Itapocu nas proximidades da cidade de Jaraguá do Sul a situação é considerada preocupante. Quanto à qualidade da água, verifica-se que no médio curso do rio Itapocu que a poluição por agrotóxico é bastante expressiva, haja vista a grande lavoura de arroz irrigado presente nesta porção (ANA, 2005).
Características locais Na área da RPPN Emílio Fiorentino Battistella se encontram porções de três bacias hidrográficas formadoras do rio Novo. São elas as bacias do próprio rio Novo, do rio da Bruaca e alguns afluentes da margem esquerda do ribeirão dos Correias (Figura 4).
Figura 4 Bacias hidrográficas na área de influencia da RPPN E. F. Battistella.
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Nesta rede de drenagem destaca-se o rio da Bruaca com a maior área de drenagem. Entretanto, no interior da RPPN em questão, a bacia do rio Novo ocupa a maior área em proporção. A quantificação das áreas de drenagem a montante da RPPN E. F B. e seus valores totais até a confluência dos três canais encontra-se disposta na tabela 3
Tabela 3 Áreas das bacias na área de influência da RPPN E. F. Battistella
Sub-bacia Área de Drenagem (km²)
Área de drenagem a montante da RPPN (Km²)
Ribeirão das Correias
46,32 -
Rio da Bruaca 73,83 65,7
Rio Novo 43,9 23,8
Afluente Rio Novo - 4,3
Os rios presentes na área de influência da RPPN E. F. B. drenam ao ponto de confluência que delimita a maior área de drenagem delimitada na figura 4, a partir daí segue-se com o nome de rio Novo sendo afluente do rio Itapocu.
Hidrologia e qualidade da água A jusante da RPPN Emílio Fiorentino Battistella e localizada no rio Novo, encontra-se a estação fluviométrica denominada Corupá (código 82320000). Esta estação da Agência Nacional das Águas (ANA) possui uma área de drenagem de 182 km² e está em operação desde o ano de 1945. Por meio da análise dos dados desta estação é possível verificar que a altura do deflúvio médio mensal neste ponto apresenta variação menos significativa do que as precipitações incidentes na bacia (Figura 5). A altura do deflúvio refere-se ao escoamento total de uma bacia de drenagem na unidade de tempo considerada, dividido pela área da mesma (ANA, 2001). Na Figura 5 é possível observar um pequeno patamar entre as temporadas outono/inverno e primavera/verão sem, no entanto, reproduzir as variações mais intensas na disponibilidade das precipitações. O mês de maior altura de deflúvio médio é fevereiro, com aproximadamente 125 mm, enquanto que junho é o mês com a menor altura média de deflúvio desta estação com aproximadamente 80 mm. Ainda segundo os dados históricos desta estação, a altura do deflúvio médio anual neste ponto do rio Novo é de aproximadamente 1200 mm, chegando aos limites de 700 mm e 2000 mm em anos atípicos.
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Figura 5 Médias mensais de deflúvio no rio Novo, na estação Corupá (82320000).
A Figura 6 apresenta a curva de permanência da altura do deflúvio médio mensal no rio Novo, na estação Corupá. É possível observar que no local analisado, o rio Novo apresenta vazões altas concentradas em um período pequeno de tempo e um decaimento bastante regular das vazões ao longo tempo. Este comportamento é característico de bacias com baixa capacidade de armazenamento de água, tipicamente daquelas com predomínio de solos rasos, como é o caso da bacia hidrográfica do rio Novo.
Figura 6 Curva de permanência do deflúvio no rio Novo, na estação Corupá (82320000).
Para a caracterização da qualidade da água foi realizada uma campanha de campo em julho de 2003 para medições no rio Novo na área de influência da RPPN Emílio Fiorentino Battistella, na qual foi medida a vazão em dois pontos no rio Novo, denominados Montante e Jusante (Figura 7). Adicionalmente foram medidos parâmetros de qualidade da água do rio Novo nos pontos Montante e Jusante e em mais cinco cachoeiras localizadas no interior da Reserva (Figura 8). Os pontos de medição associados às cachoeiras da RPPN foram
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34
locados sempre imediatamente a jusante da queda, sendo que a correspondência entre estes pontos e as respectivas cachoeiras constam da Tabela 4.
Figura 7 Localização da RPPN E. F. Battistella e dos pontos de medição de vazão na campanha de campo (Montante e Jusante).
Figura 8 Perfil longitudinal do rio Novo no trecho com localização dos pontos de medição da qualidade da água.
As medições de vazão foram realizadas com um Acoustic Doppler Profiler (ADP) e os resultados constam da tabela4Erro! Fonte de referência não encontrada.. O ADP é um edidor de vazão hidroacústico similar ao sonar que tem como finalidade mensurar os perfis de velocidade da água numa seção vertical por meio do efeito doppler das ondas sonoras incidentes nas partículas presentes na água. Verificou-se nas medições realizadas um incremento de vazão de 40% entre os pontos de Jusante e deMontante. Este incremento está condizente com diferença de área de drenagem entre estes dois pontos. As áreas de drenagem nos pontos de Montante e de Jusante são de 25,13 km² e 43,61 km², respectivamente. Desta maneira, o incremento de área de drenagem é de 42%, sendo levementesuperior ao incremento de vazão. Ou seja,
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35
a produção de água na região da RPPN pode ser considerada proporcionalmente equivalente a produção de água na região da bacia localizada à montante. Destaca-se que esta diferença de 2% é inferior as incertezas associadas aos processos de medição e está associada a uma condição hidrológica específica de recessão de vazões relativa a data da medição, correspondendo a uma condição de aproximadamente 70% da curva de permanência.
Tabela 4 Medições de vazão nos pontos Montante e Jusante
Com relação à qualidade da água, verifica-se na tabela5 e nas Figuras 9 a 14 um comportamento similar entre as variáveis analisadas. De maneira geral os parâmetros medidos apresentaram algum incremento de melhoria na qualidade da água no sentido de jusante no interior da RPPN E. F. Battistella entre os pontos P1 e P6. Ou seja, a medida que o rio Novo atravessa a região da RPPN nota-se uma melhoria gradativa na qualidade da água, a qual pode ser associada a presença das cachoeiras e também as boas condições de preservação da área incremental. Com relação ao ponto P7, localizado a jusante e cerca de 2 km fora do perímetro da Reserva, verificaram-se algumas anomalias nos parâmetros de qualidade da água. De maneira geral, no ponto P7 verifica-se um decréscimo na qualidade da água para praticamente todos os parâmetros medidos. Esta deterioração da qualidade da águano P7, embora seja pouco significativa, pode ser considerada consistente pois é percebida pelo conjunto de parâmetros medidos e explicada pelo uso da terra na bacia incremental. O uso da terra na bacia incremental a jusante da RPPN é caracterizado pela presença de pequenas propriedades rurais, dedicadas ao cultivo de banana e à agricultura de subsistência.
Repetição Local
Montante Jusante
1 0,485 0,832
2 0,543 0,868
3 0,521 0,832
4 0,495 0,877
Média 0,511 m³/s 0,852 m³/s
Coef. Var. 5% 3%
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Tabela 5 Parâmetros medidos de qualidade da água
Pontos PH Cond. Elét.
(µs/m) O2 Diss. (mg/L)
Nitrogênio (mg/L)
Fósforo (µg/L)
DQO (mg/L)
Montante P1
6,96 16,94 8,51 0,54623 0,07032 13,26
Cachoeira 14 P2
8,03 17,66 9,40 0,53421 0,06453 10,43
Cachoeira 12 P3
7,81 17,80 9,61 0,55476 0,06345 11,8
Cachoeira 09 P4
8,07 17,85 9,71 0,52354 0,05845 12,1
Cachoeira 05 P5
7,48 17,95 9,64 0,54553 0,06534 12,46
Cachoeira 02 P6
8,13 18,23 9,71 0,49878 0,05898 10,87
Jusante P7
7,82 35,01 9,71 0,57846 0,07432 13,16
É possível observar, por meio databela 6, que o trecho do rio Novo analisado apresenta, segundo os parâmetros medidos, características de um corpo hídrico passível de enquadramento na classe especial segundo a Resolução CONAMA 357/2005 Art. 14. Estas características de classe especial indicam um rio de excelente qualidade. Entretanto, ressalta-se que para o devido enquadramento se faz necessário um monitoramento semestral dos parâmetros pré-estabelecidos pela entidade interessada.
Tabela 6 Limites estabelecidos na resolução 357/2005 para enquadramento de corpos hídricos na Classe1/Especial
PH Cond. Elét. (µs/m)
O2 Diss. (mg/L)
Nitrogênio (mg/L) Fósforo (µg/L)
DQO (mg/L)
Entre 6,0 e 9,0
Não estabelecido
Maior ou igual a 6,0
3,7mg/L, para pH ≤ 7,5 0,1 mg/L Não estabelecido 2,0 mg/L, para 7,5 < pH ≤ 8,0
1,0 mg/L, para 8,0 < pH ≤ 8,5
0,5 mg/L, para pH > 8,5
Fonte: Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA nº357, de 17 de março de 2005, Art. 14.
Figura 9 Medição de PH na área de influência da RPPN E. F. Battistella
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Figura 10 Medição de Condutividade Elétrica na área de influência da RPPN E. F. Battistella
Figura 11 Medição de O2 na área de influência da RPPN E. F. Battistella
Figura 12 Medição de Nitrogênio total na área de influência da RPPN E. F. Battistella
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Figura 13 Medição de Fósforo total na área de influência da RPPN E. F. Battistella
Figura 14 Medição de Demanda Química de Oxigênio (DQO) na área de influência da RPPN E. F. Battistella
3.1.3 Relevo
Segundo o levantamento geológico produzido por SANTA CATARINA (1986) a região nordeste do estado de Santa Catarina, onde se localiza a RPPN, compreende a dois setores distintos, sendo eles, o Escudo Atlântico e as áreas de Sedimentos Quaternários. O Setor Escudo Atlântico inclui os compartimentos geomorfológicos Serra do Mar e o Planalto Catarinense, sendo caracterizado pelo elemento tectônico Cráton Luis Alves, que contém as unidades lito estratigráficas Complexo Luis Alves e Suíte Intrusiva Serra do Mar. O Complexo Luis Alves contém rochas metamórficas da fácies granulito e da fácies anfibólio, epíodoto-anfibolito e xistos verdes. A Suíte Intrusiva Serra do Mar compreende corpos intrusivos compostos por biotita granitos, granitos cataclásticos e sienitos que transpassam o Complexo Luis Alves. O setor Sedimentos Quaternários inclui o compartimento Planície Costeira que contém a unidade litoestratigráfica de Coberturas Recentes. Esta unidade é formada por depósitos holocênicos marinhos, com sedimentos praiais e cordões litorâneos, por depósitos de idade pleistocênica de natureza marinha e eólica e por depósitos marinhos mistos, compostos por material detrítico inconsolidado de natureza mista.
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De acordo com o mapeamento geológico em escala 1:250.000 produzido por IBGE (2004) apresentado na Figura 15, a RPPN localiza-se na transição entre a Formação Mafra (CPm) e o Complexo Luís Alves (Ala).A Formação Mafra pertence ao Grupo Itararé e é formada por arenitos, diamictitos, argilitos, ritmitos e conglomerados formados em ambientes marinhos e continental. O Complexo Luís Alves é formado por gnaisses granulíticos ortoderivados de composição cálcio-alcalinas predominantemente básicas com porções restritas de formações ferríferas e paragnaisses indiferenciados.
Figura 15– Mapa geológico da região em que se localiza a RPPN (IBGE, 2004).
Geomorfologia De acordo com o mapeamento geomorfológico em escala 1:250.000 produzido por IBGE (2004) a RPPN localiza-se na transição entre as unidades geomorfológicasdenominadas Patamares e Platôs do Alto Rio Itajaí e Serras Cristalinas Litorâneas (Figura 16). Os patamares são unidades geomorfológicas formadas por relevos planos ou ondulados, elaboradas em diferentes classes de rochas, com superfícies intermediárias ou degraus entre áreas de relevos mais elevados e áreas topograficamente mais baixas. As serras constituem relevos acidentados, elaborados em rochas diversas, formando cristas e cumeadas ou as bordas escarpadas de planaltos (IBGE, 2009).
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Figura 16 Mapa geomorfológico da região da RPPN (IBGE, 2004)
Dentro da área da RPPN a unidade de Patamar compõe 43% da área e apresenta altitudes de 606 a 846 m. Esta unidade é composta por modelado de dissecação fluvial homogênea sem obedecer a controles estruturais e apresentando topos convexos. A unidade de Serra, presente em 57% da área da RPPN, apresenta altitudes entre 220 e 846 m. Nesta ocorrem formas com topos estreitos e alongados, com vales encaixados. A transição entre as unidades do patamar e de serra ocorre em um limite estrutural que caracteriza uma forma denominada borda de patamar que delimita a área de relevo plano e escarpado, que ocorre devido à mudança da litologia sedimentar para metamórfica. A transição entre unidades geomorfológicas e formações geológicas, juntamente com a ação erosiva dos canais principais dos rios Novo e Bruaca culminaram na formação de cachoeiras. A Figura 17 mostra o mapa hipsométrico das bacias hidrográficas dos rios Novo e Bruaca, ilustrando a grande variação altimétrica na região da RPPN. A Figura 18
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mostra um modelo tridimensional da área da RPPN com destaque para a localização das cacheiras dos rios Novo e Bruaca.
Figura 17 Mapa hipsométrico das bacias hidrográficas dos rios Novo e Bruaca
Figura 18 Modelo tridimensional da área da RPPN
Cachoeiras do rio Novo
Cachoeiras do rio da Bruaca
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Em relação à geomorfologia fluvial da RPPN, destaca-se a o perfil longitudinal dos dois principais rios que cortam a área da reserva. Os perfis mostram a relação entre altimetria e o comprimento de um determinado rio e permitem relacionar trechos a diferentes formas de relevo. O perfil típico, para muitos dos rios, tem forma parabólica, com concavidade voltada para cima, e declividades maiores em direção a nascente (CHRISTOFOLETTI, 1981). Os perfis dos principais rios que passam pela área da RPPN são representados na Figura 9. Nos dois rios ocorre uma mudança abrupta da tendência de declividade do canal que destaca as diferenças dos rios das nascentes em relevo plano e a transição para o relevo escarpado da borda do patamar com vales encaixados. Dentro da RPPN o desnível dos canais dos rios Novo e da Bruaca são respectivamente de 21 e 7 m, na porção plana, e 464 e 445 na porção escarpada.
Figura 19 Perfil longitudinal dos rios da Bruaca e Novo.
3.1.4 Vegetação
A RPPN apresenta uma variação altitudinal entre 250 e 850 metros o que permitiu que sua área apresentasse uma cobertura vegetacional do tipo Floresta Ombrófila Densa - FOD. Conforme a tabela 07, estas altitudes compõe uma heterogeneidade vertical das tipologias:
FOD sub montana (até 500 metros) e FOD montana ( 500 até 1500 metros a.n.)
Conforme a figura 20, devido a formação geológica distinta, a Floresta montana é nitidamente distinta em duas formações:
Montana Climacica- Floresta em clímax climático e Montana Edáfico - Floresta em clímax edáfico.
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Tabela 7 Tipologias vegetacionais da Reserva Particular do Patrimonio Natural Emilio Fiorentino Battistela, Corupá, SC, segundo a classificação de Veloso et al. 1991.
Figura 20 Mapa de Tipo de Florestas
Floresta Ombrófila Densa Submontana Dentro da RPPN esta tipologia vegetacional ocupa uma área de 445,90 hectares, formando um todo que compreende as partes mais baixa dentro das microbacias dos Rios Novo e da Bruaca. Considerando a geomorfologia desta área, de forma geral, distinguem-se duas formações vegetais distintas:
I. Floresta Baixo Montana de caráter higrófito - Abaixo dos 500 metros de altura,
a RPPN apresenta uma vegetação baixo-montana que se estabeleceu sobre uma
Tipologias Vegetacionais da Reserva Particular Emíllio Battistela – Corupá, SC
Tipologia Vegetacional Área (ha)
Floresta Montana Edáfica 528,64
Floresta Montana Climácica 122,39
Floresta Submontana 505,30
Total 1.156,33
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área com uma geomorfologia fortemente ondulada (entre 30 a 90º.).Ver Mapa de
declividades no anexo. A floresta estabelecida no fundo dos vales se caracteriza
por uma floresta de caráter climácico e edáfico, onde irão predominar as espécies
seletivas higrófitas. Na reserva, estas espécies edáficas mais distintas são:
a. Magnolia ovata(Baguaçu),
b. Chrysophyllum viride (aguaí),
c. Virola Bicuhyba (bicuiba)
Estas espécies formam o dossel destes fundos de vale. Dentro desta área se
destacam as populações de duas espécies raras para a esta tipologia:
a. pau-marfim (Balfourodendron riedelianum ) e
b. louro-pardo (Cordia trichotoma).
Estas duas espécies são típicas da Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai e aqui formam populações isoladas dentro da reserva. Considerando o valor econômico destas duas espécies, estas populações podem ser importantes para futuros programas de melhoramento genético destas espécies. Destaca-se ainda nesta comunidade florestal a figueira-gomeleira (Ficus gomelleira) espécie que tem distribuição geográfica desde o norte do Brasil até Santa Catarina no Vale do Rio Itajaí. Esta espécie em Santa Catarina é muito rara e até o momento foi registrada somente para a Reserva, em Itajaí e em Gaspar. Nos estratos inferiores se caracteriza uma vegetação de forte caráter higrófilo e esciófilo. Na reserva, uma das espécies marcantes desta zona higrófila é a Aphelandra liboniana (balsamo – foto 18) que cobre todas as áreas com solo úmido. Entre as pequenas árvores do subdossel, predominam as Psychotria nuda e P. suterela (casca-de-anta). Ao longo das margens dos rios da Bruaca e Novo a ocorrência de pequenas árvores de Guarea macrophylla (baga-de-morcego), Cabralea canjerana (canjerana) e Rudgea jasminoides (jasmim) caracterizam as plantas de forte caráter higrófilo e solos rasos, caracterizando as zonas de forte caráter edáfico.
Foto 18 – Aphelandra libonianaLindenexHook. (Acanthaceae) Planta característica das regiões úmidas da Floresta Ombrófila
Densa submontana dentro da Reserva Emilio Battistella, Corupá, SC. (Foto A. Reis 2010).
II. Floresta Submontana de caráter mesófito – É no meio das encostas, onde o solo
é mais profundo e com melhor drenagem que a vegetação expressa seu clímax
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climático, com a maior diversidade das áreas. Klein 1980 afirma que nestas meio
encostas é possível registrar a maior diversidade de espécies no Estado de Santa
Catarina, sendo que em seus estudos para o Vale do Itajaí, constatou uma
diversidade de espécies lenhosas entre 120 e 160 espécies distintas. Devido a esta
maior diversidade não se registra uma uniformidade de espécies dominantes nas
encostas da RPPN. É,nesta faixa de solos profundos que se registram as grandes
árvores:
a. Cabralea canjerana (canjerana),
b. Aspidosperma olivaceum (peroba),
c. Xylopia brasilensis (pindaiva)
d. Alchornea triplinervia (tanheiro),
e. Hyeronyma alchornioides(Licurana),
f. Platymiscium floribundum(jacarandá),
g. Vitex megapotanica (tarumã).
h. Cariniana estrellensis (iatobá),
i. Maclura tinctoria (tajuva),
j. Phytollaca dioica(maria mole)
E uma série de canelas que caracterizam o dossel destas áreas:
a. Cryptocarya mandioccana (canela-fogo)
b. Endlicheria paniculata (canela-frade)
c. Nectandra lanceolata(canela amarela)
d. Nectandra megapotanica (canela-ferrugem)
e. Nectandra membranácea (canela-sebo)
f. Ocotea catharinensis(canela-preta)
g. Ocotea odorífera (canela-sasssafras)
h. Ocotea puberula(canela-branca),
i. Ocotea teleiandra(canela-pimenta).
III. Floresta Submontana de caráter xérico - Nesta faixa de até 500 metros de altitude, ocorrem diversas encostas e na sua parte superior terminam em aclives fortes que vão até a formas abruptas, formando áreas com escarpas até com rochas expostas. A vegetação que cobrem estas áreas se caracteriza por uma forte adaptação edáfica de solos com rápida drenagem, rasos e que permite a implantação de uma vegetação muito específica. Estas áreas, devido à predominância de trilhas próximo das quedas de água, pontos turístico da reserva, não estão devidamente levantadas na sua composição florística. Sabe-se por levantamentos de outras áreas com esta natureza, que nelas devem predominar plantas dos gêneros:
a. Ilex spp. (caúnas), b. Myrsine spp. (capororocas), c. taquaras (Merostachys spp. e Chusquea spp.).
Estas áreas necessitam serem bem mais estudadas nesta reserva, podendo, devido as suas peculiaridades, apresentarem plantas raras e de grande interesse de conservação.
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Floresta Ombrófila Densa Montana Acima dos 500 metros de altura, a RPPN apresenta uma vegetação montana que se estabeleceu sobre uma área com uma geomorfologia mais suave, formando uma, dentro das classes de declividade entre 0 a 30º(Ver Mapa de declividades em anexo). Nestas áreas se implantou dois tipos distintos de florestas, estando as mesmas associadas ao tipo de solo destas áreas. Para facilitar esta divisão estamos chamando estas florestas de montana edáfica e Montana climática.
I. Floresta Ombrófila Densa Montana Edáfica - Esta comunidade florestal está
associada a solos rasos, geralmente encharcados durante todo o ano, o que
restringiu a colonização destas áreas com espécies de forte caráter edáfico numa
série sucessional hidrófita. Nestas áreas, as espécies dominantes do dossel são:
a. Coqueiros gerivás (Syagrus romanzoffianum),
b. Sangueiros( Croton celtidifolius e C. urucurana), e
c. Árvores esparsas de Podocarpus sellowii (Pinheiro-bravo),
d. Cedrella fissilis (cedro), Ocotea odorífera (canela-sassafras),
e. Cryptocaria aschersoniana (canela-fogo).
Os espaços abertos entre o dossel descontinuo formado pelas árvores acima
citadas, é formado por densos taquarais de Merostachys multiramea (taquara-
poca) e Chusque ramosíssima (cará), formando uma associação popularmente
chamada de “faxinal”e que na tradição antiga, em grande pare dos Estados de
Santa Catarina e Paraná, eram utilizados para o pastoreiro, em áreas comunais,
no período de inverno. Sob as árvores de dossel, ainda se formam extratos
arbóreas de árvores menores:
a. Ilex paraguariensis (erva-mate),
b. Inga sessilis (ingá-macaco),
c. Psychotrias spp (casca de anta).
As plantas de maior destaque neste subdossel são:
a. xaxins-bugios (Dicksonia selloviana), espécie que no passado teve um
grande interesse econômico para a exploração de suas fibras e hoje é uma
espécie ameaçada de extinção a nível nacional. Esta floresta dentro da
micro-bacia do rio das Bruaca é bem mais conservada, náo apresentando
sinais se haver explorações seletivas no passado. A floresta edáfica situada
na microbacia do Rio Novo, tem sinais de exploração seletiva das canelas,
cedros e xaxins e por isso apresentam um dossel bem mais esparso e uma
cobertura de taquara bem mais intensa.
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Foto 19 - Detalhe da Floresta Ombrófila Densa Montana Edáfica na Reserva EmillioBattistella, Corupá, SC. Destaca-se nesta floresta um dossel descontinuo e uma grande densidade de taquaras dos gêneros Chusque e Merostachys (Foto A. Reis 2007).
II. Floresta Ombrófila Densa Montana climácica - Esta comunidade florestal está
associada a solos profundos, com ótima drenagem, o que favoreceu a implantação
de uma comunidade florestal complexa que caracteriza o clima tropical e que
atingiu seu clímax climático na sua série sucessional. Esta área representa o lado
direito do Rio das Bruca (Ver mapa em anexo). Nesta área, a espécie dominante
do dossel é a canela-preta (Ocotea catharinensis) que forma quase um dossel
contínuo sobre esta área. Esta espécie está na lista das espécies ameaçadas de
extinção e, segundo dissertação de Tarazi (2006), esta é uma das populações mais
significativas do Estado de Santa Catarina, apresentando maior densidade de
indivíduos e uma grande variabilidade genética, merecendo todo o esforço possível
para a sua conservação. Nesta comunidade o dossel ainda apresenta indivíduos
esparsos de
a. Cedrella fissilis (cedro),
b. Ocotea odorífera (canela-sassafras),
c. Vantanea compacta (garaparim),
d. Pseudobombax grandiflorus (embiruçu) entre outras.
Nos estrados inferiordescata-se a grande densidade do xaxim-de-pelinhos-
amarelos (Cyathea delgadii) e o xaxim-de-pelinhos-marrons (C. vestita). O solo
é coberto em quase toda a sua extensão pelo caeté-banana (Heliconia farinosa)
e pelo caeté-duro (Calathea monophylla).
Heterogeneidade ambiental da reserva A RPPN caracteriza-se pelo fato de apresentar uma grande variação altitudinal e horizontal, apresenta uma grande variação de ambientes, ou seja, uma grande heterogeneidade ambiental. De fato, diversos trabalhos relacionam variação ambiental com mudanças na composição de espécies dentro das comunidades, indicando que uma maior variedade de habitats e de condições ambientais promovem maior variação na composição de espécies (McIntyreet al., 2001; Buckley&Jetz, 2008; Jankowski et al., 2009. A heterogeneidade é criada devido à união de fatores abióticos (propriedades físicas do solo, microtopografia e microclimas) efatores bióticos (formas de interações da biodiversidade), bem como fatores sociais, onde a ação do homem também intervém no processo. As diferentes fontes de heterogeneidade interagem para produzir processos
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dinâmicos correlacionando positivamente à heterogeneidade ambiental e à formaçãode novos nichos ecológicos (Stewart et al. 1999). Entendemos ser de fundamental importância, dentro de um plano de manejo, ser apontadas as heterogeneidades ambientais dentro de uma unidade de conservação, apontando locais específicos onde populações da flora e da fauna podem ter seus ambientes mais propícios para processos de recrutamento e colonização. Considerando que a flora seja um bom indicador da heterogeneidade ambiental, através de suas interações com a geomorfologia, tipos de solo, variações altitudinais e condições microclimáticas, optamos por fazer uma classificação destas heterogeneidades deste conjunto de características, dentro da RPPN. A apresentação de ambientes distintos é uma forma de mostrar a riqueza de ambientes desta RPPN e, ao mesmo tempo, indicar locais específicos para futuros estudos da flora e da fauna, buscando maiores especificidades, uma vez que este plano tem o objetivo de apenas indicar os ambientes dentro de sua forma macro, apontando alguns marcadores de vegetação, que por sua vez, estão relacionados com a formação de uma heterogeneidade ambiental correlacionada com a diversidade de nichos ecológicos.
Figura 21 – Mapa de Heterogeneidade Ambiental
I. Floresta Submontana – Este ambiente apresenta as maiores diversidade de
ambientes quanto às declividades. Esta área apresenta uma geomorfologia
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própria, com encostas muito longas e íngremes que apresentam uma grande
variação de profundidades de solo. Devido a esta grande declividade, a RPPN
tem a sua atração turística principal, uma vez que os dois rios (Bruaca e Novo) se
jogam nestas encostas de forma a formar muitos saltos dágua, de rara beleza.
Junto com esta beleza, apresentam uma diversidade de áreas lóticas e lênticas
que oferecem uma gama de ambientes distintos para as devidas adaptações da
Flora e fauna.
A flora, por sua vez, também oferece uma vegetação junto aos saltos que ainda
necessita ser bem levantada, dispondo-se de equipamentos apropriados para a
sua coleta com segurança. O mapa de declividades, em anexo, caracteriza este
contexto, mostrando o trabalho realizado pela rios locais no desenho de uma
paisagem de grande heterogeneidade. Esta área apresenta as maiores
declividades da área, variando entre 30 e 90º. A hidrologia da reserva também
caracteriza este fenômeno histórico na formação de nascentes do Vale do Rio
Itapocu.
II. Floresta montana - Esta vegetação se implantou sobre uma área com
declividades baixas, variando entre 0 a 30º. Com uma geomorfologia de colinas
suaves e vales aplainados. No entando o solo tem grande variação,
principalmente no que se refere ao lado direito (solos profundos) e ao esquerdo
(solos rasos) do rio da Bruaca. Isto sugere que este rio está implantado sobre uma
possível variação geológica que dividiu esta duas porções bem nítidas deste vale.
Devido a esta variação, os dois lados tem vegetação táo nítida (edáfica e
climácica), como foi abordado anteriormente.
III. Floresta Ciliar com espécies reófitas - Na parte superior do Rio das Bruacas,
separando a floresta climácica e a edáfica, este rio apresenta um leito rochoso e
com aclive suave (5º.) o que propiciou a formação de uma vegetação reofila
característica, com arbustos adaptados a uma grande variação do leito do mesmo
(reófita – planta com caules e ramos rijos, mas flexíveis, adaptados a resistirem
às correntezas das águas durante os períodos das enchentes). Destaca-se nesta
vegetação uma população do Sarandi-de-leite (Colliguaja brasiliensis), espécie
que tem registro de ocorrência para Santa Catarina somente nesta localidade e
no rio Irani (Faxinal dos Guedes, desfiladeiro do rio Irani, 12 km ao sudeste de
Faxinal dos Guedes, margem do rio, 500-600 metros, coletada por L.B.Smith& R.
Reitz 12.906 (24.10.1964), atualmente depositada nos herbários HBR, NY, R,
US). Pela raridadedesta planta, a mesma foi indicada para compor a lista das
espécies ameaçadas de extinção de Santa Catarina, lista esta que está,
atualmente, tramitando no Conselho de Meio Ambiente – CONSEMA, SC. Sobre
este trecho do rio foi observado grandes colônias de Potamogetonaceae. Este
trecho do rio merece mais estudos, caracterizando melhor sua vegetação reófila,
sua fauna e sua hidrologia.
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Foto 20- Planta de Colliguaia brasiliensis (Sarandi-de-leite) no rio das Bruacas, Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella (Foto A. Reis 2007)
Foto 21- Detalhes das folhas e frutos de Colliguaia brasiliensis (Sarandi-de-leite) no rio das Bruacas, Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella.(Foto A. Reis 2007)
IV. Escarpas hidrofíticas – Junto das duas grandes quedas de água da RPPN (14ª.
no rio Novo e Cachoeira da Bruaca) formaram-se duas áreas com paredões
abruptos que sofre influencia direta da pluma dágua dos saltos. Devido a esta
umidade constante, estes paredões são cobertos por uma vegetação
caracteristicamente higrófila. Destaca-se nessas escarpas uma Poaceae e uma
Plantaginaceae (ainda não coletadas devido à dificuldade de achá-las em seus
períodos reprodutivos) que possivelmente sejam plantas muito raras, uma vez que
não são conhecidas para outros ambientes com características semelhantes no
Estado de Santa Catarina. Nestes paredões também ocorre de forma disjunta,
uma população de Gunera manicata (esta planta é comum nas escarpas da serra
do Mar, principalmente no Parque Nacional da Serra Geral).
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Foto 22- Detalhe das folhas de Guneramanicata (urtigão), planta características de escarpas úmidas da Serra Geral e com uma pequena população dentro da Reserva Particular do Patrimoni Natural Emillio Fiorentino Battistella, Corupá, SC (Foto A. Reis 2010).
V. Escarpas xerofíticas–As escarpas geralmente são formadas pela erosão
diferencial de rochas sedimentares ou pelo movimento vertical da crosta terrestre
ao longo de uma falha geológica. As escarpas dentro da RPPN, possivelmente
sejam formadas por processos erosivos, no entanto, estudos geológicos locais
podem discriminar melhor estas áreas. Nestas escarpas, as condições
pedológicas e microclimáticas (estresse hídrico, insolação e temperaturas
elevadas) bem diferenciadas das do seu entorno. As plantas que colonizam
esses habitats rochosos apresentam adaptações à falta de água e ao substrato
pouco desenvolvido, mesmo naqueles situados no domínio de climas úmidos,
como no caso da região da reserva de Corupá. Estas escarpas ainda não foram
objeto de estudos específicos, mas espera-se que sobre estes paredões sejam
detectados uma grande variação da flora liquenica, associada a outras plantas
adaptadas a esta quase completa ausência de solo. Devem predominar nestas
áreas as famílias Poaceae, Cyperaceae, Eriocaulaceae, Bromeliaceae,
Cactaceae, Orchidaceae, Gesneriaceae e varias famílias de Pteridófitas.
3.1.5 Fauna A Floresta Atlântica é considerada um importante centro de endemismos, estando entre as cinco regiões que apresentam os maiores índices de endemismo de plantas vasculares e vertebrados (exceto peixes) (MMA, 2000; Silveira et al., 2003). Porém, a despeito da sua importância para a conservação de diversas espécies, este ecossistema vem sofrendo intensa destruição por toda a faixa de ocorrência, resultando na redução a 8% da sua cobertura original, estando incluída entre os 25 hotspots mundiais, como uma das regiões mais ricas e ameaçadas do planeta (MMA, 2000). O estudo da dinâmica temporal ou sazonalidade de um ecossistema, com o conhecimento das flutuações das populações ali ocorrentes, fornece informações e uma base sobre sua dinâmica (Primack, 1993; Morrison et al., 1998). Em especial, as aves possuem um excelente papel como indicadoras destes processos. O monitoramento de populações de aves fornece dados para que se possa estimar a sua viabilidade em longo prazo e a qualidade ambiental de áreas a serem conservadas (Rodrigues et al, 2000), bem como, diferentes modificações ambientais de origem natural ou antrópica e possíveis resultados das recentes mudanças climáticas globais (Crick e Baillie, 1996; Crick et al., 1997; Davies et al., 1998; McCleery e Perrins, 1998). Um bom entendimento das relações biológicas das espécies com o seu ambiente e o status de suas populações são de extrema importância para sua proteção e manejo, assim como para a conservação dos ecossistemas. (Primack, 1993; Morrison et al., 1998). A criação e implantação de Unidades de Conservação exercem papel fundamental neste processo, ao possibilitar a manutenção da diversidade biológica e continuidade dos processos evolutivos naturais, assim como a realização de estudos que identifiquem os impactos causados às aves e proponham maneiras de amenizá-los (Laps et al., 2003). No Brasil, os instrumentos ideais para isso são as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, já que garantem a permanência do status de proteção.
3.1.5.1 Avifauna Durante os anos de 2009 a 2013 foram realizadas incursões a RPPN E.F.B., a fim de se realizar um inventário da avifauna local. Através da técnica ornitológica tradicional (observação das aves com o auxílio de binóculos e identificação das espécies através de sua vocalização), foi confeccionada uma lista das espécies ocorrentes na Reserva. As amostragens foram semestrais, sendo realizadas ao longo de dois dias, totalizando 160 horas de observação. Optou-se por amostrar diversos ambientes, os quais englobaram todo o intervalo altitudinal existente na RPPN, bem como as áreas adjacentes do rio Bruaca e trechos limítrofes na fazenda Rio Novo. Complementar a esta metodologia, foi realizado inventário bibliográfico, através de consulta a um trabalho de longa duração realizado em área próxima à RPPN (Kaminski, 2011) e ao site www.wikiaves.com.br, a fim de se complementar a listagem realizada em campo. Diante dos dados se apresentou a riqueza de espécies, discussão sobre espécies ameaçadas, endêmicas, cinegéticas, guildas tróficas mais representativas e sensibilidade à distúrbios ambientais (adaptado de Stotz et al., 1996). O enquadramento taxonômico seguiu o proposto por CBRO (2011). Considerando o esforço amostral empregado em campo e os registros em bibliografia, foram registradas 335 espécies de aves, pertencentes a 22 ordens e 61 famílias. Do total apresentado, 285 (85,07%) foram amostradas durante as incursões realizadas na área da RPPN e suas adjacências. As demais foram contabilizadas através das bibliografias disponíveis sobre a avifauna da região. Considerando apenas os táxons aferidos em campo, os quais se tem plena certeza de sua ocorrência na RPPN, pode se considerar
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que a Reserva abriga 47,81% dos 596 táxons conhecidos para o estado de Santa Catarina (Rosário, 1996) A composição da ornitofauna encontrada na RPPN E.F.B. e adjacências é decorrente da grande variação altitudinal englobada por toda a área da reserva. Nos ambientes amostrados, pode se verificar a existência de elementos da avifauna característicos dos ambientes de altitudes menores (p.ex: Myrmotherula unicolor, Cantorchilus longirostris, Phaeothlyps rivularis), quanto de áreas elevadas e associadas a maiores altitudes (p.ex: Trogon rufus, Mackenziaena leachii, Drimophyla rubricollis, Hemitriccus obsoletus). Toda esta variação faz com que a avifauna seja rica e diversificada. Do total de espécies contabilizado, os Não-Passeriformes estão compostos por 137 espécies, correspondendo a 40,89% do total registrado. Os representantes da ordem Passeriformes, por sua vez, somam 198 espécies, o que corresponde a 59,10% do total. Entre os Não-Passeriformes, as famílias mais representativas foram Accipitridae (n=15), Trochilidae (n=14); Columbidae (n=11), Psittacidae e Picidae (n=10) e Strigidae (n=8). Dentre os Passeriformes, as famílias mais representativas foram Tyrannidae (n=34), Thraupidae (n=25), Furnariidae (n=20), Thamnophilidae (n=18) e Emberizidae (n=17). Apresentando-se como família mais diversificada no hemisfério ocidental (Sick, 1997; Sigrist, 2008), conforme esperado, Tyrannidae se apresentou com maior riqueza de espécies. Adaptados aos mais diversificados ambientes, apresentam tanto espécies exclusivas de áreas com cobertura vegetal menos pronunciada, estando presente em capoeiras, quanto algumas exclusivamente florestais. A família Thraupidae é uma das mais representativas nas florestas tropicais brasileiras (Sick, 1997; Sigrist, 2008). Seus hábitos e diversidade de nichos ocupada pelas espécies pertencentes a este grupo faz com que estas ocorram em elevada abundância e riqueza na floresta atlântica. A grande quantidade de nichos explorada também é responsável pelo montante de representantes da família Throchilidae. Os Furnariidae acabam por explorar uma gama de habitats, sendo reconhecidos três tipos ecológicos principais (Sick, 1997). Tais variações destes ambientes estão presentes nas áreas da FSA, fato este que coloca esta família como a segunda mais abundante no quesito riqueza de espécies. Embora a maioria das espécies encontradas esteja restrita a ambientes de caráter florestal e trechos de mata mais adensados (Cranioleuca obsoleta, Cranioleuca pallida, Synallaxis cinerascens, Clibanornis dendrocolaptoides, Anabacerthia amaurotis, Syndactyla rufosuperciliata, Philydor rufum, Cichlocolaptes leucophrus, Lochmias nematura, Heliobletus contaminatus, Xenops minutus), há outro grupo o qual habita preferencialmente paisagens abertas e capoeiras (Furnarius rufus, Leptasthenura striolata, Synallaxis ruficapilla, Synallaxis spixi), bem como espécies características de brejos e áreas úmidas (Certhiaxis cinnamomeus). Como a segunda família mais numerosa na região neotropical (CBRO, 2011), Thamnophilidae representa uma parcela significativa da avifauna da Floresta Atlântica, especialmente nos sub-bosques, habitat preferencial dos representantes deste grupo (Sick, 1997). Apresentam altas taxas de endemismo na Floresta Atlântica e por tal motivo apresentaram elevada representatividade. O montante de representantes da família Picidae (n=10) encontrados representam quase a totalidade das 13 espécies descritas para Santa Catarina por Rosário (1996). O Brasil é o país do mundo mais rico em representantes da família Psittacidae (Sick, 1997). Para o estado de Santa Catarina são reconhecidas 16 espécies (Rosário, 1996), sendo que destas, dez destas foram aferidas nas áreas da RPPN, incluindo táxons ameaçados, como a maracanã (Primolius maracana) e o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea). Accipitridae e Strigidae são famílias exclusivamente rapinantes, exercendo papel fundamental no ecossistema, por se tratarem de grupos exclusivamente carnívoros.
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Foram representados tanto por espécies florestais de grande porte (spizaetus tyrannus – Accipitridae; Pulsatrix koeniswaldiana – Strigidae), quanto por táxons comuns (Rupornis magnirostris – Accipitridae; Megascops choliba – Strigidae). A ampla variedade de nichos utilizados para forrageamento e de presas preferenciais também influi diretamente na diversidade de ambas as famílias. Ao considerarmos os aspectos vegetacionais ocorrentes na RPPN e que compõem o zoneamento local, podemos identificar quatro áreas de interesse para conservação da avifauna local. Cada uma destas áreas possui uma diversificação quanto à estrutura e composição da vegetação, fator que afeta diretamente na utilização destes locais pelas aves.
Floresta Ombrófila Densa Submontana Esta tipologia vegetacional ocupa boa parte das áreas da RPPN, sendo responsável pela manutenção e ocorrência de grande parte da avifauna local. Por se tratar de uma vegetação que ocupa uma altitude intermediária e promove a existência de ampla diversidade vegetal, os elementos da avifauna são diversos. Dentre as aves mais características desta tipologia vegetacional podemos citar:
a. Ortalis guttata, b. Glaucis hirsutus, c. Trogon viridis, d. Pteroglossus bailloni, e. Myrmeciza squamosa, f. Myrmotherula gularis, g. M. unicolor, h. Cantorchilus longirostris, i. Orthogonis choricterus, j. Tangara seledon, k. T. cyanocephala, l. T. cyanoptera, m. T. ornata, n. Hemithraupis ruficapilla, o. Habia rubica, p. Phaeothlyps rivularis e q. Euphonia pectoralis.
Floresta Ombrófila Densa Climácica Esta porção de vegetação é caracterizada pela presença de elementos arbóreos climácicos, caracterizados pela presença de diversas Lauraceae e outras espécies arbóreas de grande porte que apresentam grandes frutos e diásporos maiores para sua dispersão. Neste local é possível encontrar grandes frugívoros, como
a. Procnias nudicollis e b. Pyroderus scutatus.
Carpornis cucculatus pode ser encontrado apenas nestes locais, o qual também é habitat preferencial de Piprites pileatus, que provavelmente ocorre localmente.
Floresta Ombrófila Densa Edáfica A presença de extensos taquarais é o elemento marcante neste tipo de vegetação. Taquarais são microhábitats particulares, dentro dos ecossistemas florestais, cuja dinâmica afeta a sobrevivência de aves e outros animais (Olmos et al. 1993; Olmos, 1996; Jaksic e Lima, 2003) não apenas durante o período de frutificação, mas também pelo fato de tais agrupamentos fornecem abrigo e, principalmente, presas em potencial para aves
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insetívoras (Olmos, 1996; Kratter, 1997; Silveira, 1999; Reid et al., 2004; Vasconcelos et al., 2005). Dentro deste contexto podemos citar:
a. Anabacerthia amaurotis , b. Clibanornis dendrocolaptoides, c. Campylorhamphus falcularius, d. Batara cinerea, e. Mackenzianena leachii, f. Mackenzianena severa, g. Biatas nigropectus, h. Drymophila ferruginea, i. Drymophila rubricollis , j. Drymophila malura, k. Drymophila ochropyga, l. Hemitriccus diops, m. Hemitriccus obsoletus e n. Psilorhamphus guttatus.
O florescimento e posterior frutificação das taquaras são responsáveis por eventos que envolvem o acréscimo de certas populações de animais como os roedores, ocasionando fenômenos conhecidos popularmente por “ratadas” (Pereira, 1941; Giovannoni et al., 1946; Zotz, 1985; Kubiaki et al., 2007, Galiano et al., 2007), assim como o aparecimento de elementos da avifauna, que embora ocorrentes localmente, acabam por se agrupar de maneira maciça em busca deste recurso, caso de Sporophila frontalis, S. falcirostris e Haplospiza unicolor (Sick, 1997; Sigrist, 2006).
Escarpa hidrofítica A vegetação ocorrente nos ambientes sob influência das quedas d’água são o local preferencial para nidificação dos andorinhões
a. Cypseloides senex, b. Streptoprocne zonaris, c. Chaetura meriddionalis e d. C. cinereiventris.
Os apodidae acabam por possuir uma preferência pela utilização dos paredões e pelas quedas d’água para nidificação e repouso, especialmente C. senex (Sick, 1997).
Espécies endêmicas
Segundo Cracraft (1985), há duas áreas de endemismo de aves ocorrentes no sul do Brasil: “área de endemismo da Serra do Mar” e “área de endemismo do Paraná”, sendo esta segunda, sem a presença de táxons exclusivos desta província, envolvendo apenas espécies preferencialmente ocorrentes na floresta com Araucária, tipologia vegetacional envolvida neste centro de endemismo. Em relação aos endemismos, de todas as espécies verificadas durante o estudo, 30 possuem ocorrência restrita ao Brasil. Este elevado número de espécies endêmicas está diretamente relacionado à existência do grande centro de endemismo (Cracraft, 1985), denominado “Serra do mar Center”, o qual se distribui ao longo da costa brasileira nos domínios da Floresta Ombrófila Densa, onde está localizado o sítio amostral. Dentre algumas destas espécies podemos citar: Brotogeris tirica, Malacoptila striata, Myrmotherula gularis, Drymophila ferruginea, Drymophila ochropyga, Myrmeciza squamosa, Eleoscytalopus indigoticus, Chamaeza ruficauda, Cranioleuca pallida,
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Cichlocolaptes leucophrus, Hemitriccus orbitatus, Attila rufus, Carpornis cucullata, Orthogonys chloricterus, Thraupis cyanoptera, Thraupis ornata e Tangara peruviana. A presença de Dryocopus galeatus, Clibanornis dendrocolaptoides, Lepthastenura setaria, L. striolata e Amazona vinacea refletem a inserção da área da RPPN também na área de endemismo do “Paraná Center” (Cracraft, 1985), ou mais especificamente na “província da Mata de Araucária”, conforme proposto por Straube e DiGiácomo (2008). Estes mesmos autores enfatizaram que alguns táxons são conhecidos como preferencialmente ocorrentes nos planaltos de maior altitude no sul do Brasil, como Strix hylophila, Stephanoxis lalandi, Picumnus nebuosus, Mackenziaena leachii, Drymophila rubricollis, Lepthastenura setaria, Cranioleuca obsoleta, Poospiza cabanisi e Saltator maxillosus, todos ocorrentes nas áreas da RPPN. As espécies endêmicas do território brasileiro estão assinaladas no anexo 2.
Foto 23 Saíra-sete-cores Tangara seledon
Foto 24Formigueiro-assobiador Myrmeciza squammosa Foto 25 Corocochó Carpornis cucculata
Espécies migratórias
Foram encontradas quatro espécies de migrantes neárticas ou setentrionais: o maçarico-solitário (Tringa solitaria), o falcão-peregrino (Falco peregrinus), o juruviara (Vireo olivaceus) e o sabiá-norte-americano (Catharus fuscescens) espécies que reproduzem no hemisfério norte e regularmente migram fora do período reprodutivo para o sul, chegando
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ao Brasil por meio da América central até a Amazônia e só então se distribuindo pelo país (Sick, 1997; Sick, 1983). O registro de Catharus fuscescens se refere ao primeiro realizado para o Sul do Brasil, em área similar a encontrada na RPPN em uma tipologia vegetacional totalmente distinta das áreas mais austrais de ocorrência conhecidas anteriormente (Kaminski, 2011). As condições climáticas impostas na região sul do Brasil afetam diretamente a ocorrência das espécies nos meses mais frios, resultando no deslocamento de diversas espécies de aves de maneira mais pronunciada. Algumas espécies se deslocam para áreas mais próximas da linha do Equador, a fim de fugir de baixas temperaturas, ocorrendo geralmente durante o período compreendido entre setembro e março. Dentro deste grupo, foram evidenciados na sua maioria, membros da família Tyrannidae (Myiopagis caniceps, Elaenia flavogaster, E. parvirostris, E. mesoleuca, E. obscura, Myiophobus fasciatus, Lathrotriccus euleri, Contopus cinereus, Legatus leucophaius, Myiozetetes similis, Myiodynastes maculatus, Megarynchus pitangua, Empidonomus varius, Tyrannus melancholicus, T. savana, Myiarchus swainsoni, M. ferox, M. tyrannulus, Attila phoenicurus), os quais são notoriamente os elementos mais fortemente associados a tais deslocamentos. Unem-se a estes, o Acciptridae Elanoides forficatus, os Tytiridae Pachyramphus polychopterus, Pachyramphus validus, Pachyramphus viridis, algumas andorinhas, como Progne tapera, Progne chalybea, Tachycineta leucorrhoa, e o Turdidae Turdus subalaris, o qual apresentou registros pontuais em anos consecutivos. Também foram registraram quatro espécies que vem sendo associadas a sementes de gramíneas dos gêneros Chusquea e Merostachys: a cigarrinha-bambu (Haplospiza unicolor), a pararu-azul (Claravis pretiosa), o pixoxó (Sporophila frontalis) e a cigarrinha (Sporophila falcirostris). Segundo Alves (2007), a maioria dos deslocamentos regionais são ainda pouco entendidos e conhecidos no Brasil necessitando ainda de intensos estudos. As espécies migratórias locais ou setentrionais estão assinaladas no anexo 2.
Foto 26 juruviara (Vireo olivaceus) Foto 27 sabiá-norte-americano (Catharus fuscescens)
Espécies cinegéticas
Do total de espécies, 29 podem ser consideradas com importância cinegética. Estas são representantes das famílias Tinamidae, Anatidae, Cracidae, Odonthophoridae, Rallidae e Columbidae. A maioria das espécies foram registradas poucas vezes e aparentemente
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ocorrem em baixa abundância na RPPN (com exceção de Columbidae). As espécies cinegéticas estão assinaladas no anexo 1. A raridade de alguns Tinamidae pode estar recionada a possibilidade de forte pressão de caça na região. O exemplo mais pronunciado é o do macuco (Tinamus solitarius), uma das aves mais caçadas por populações humanas, sendo extinta em diversos pontos de sua área de distribuição original. A jacutinga (Aburria jacutinga), apesar de ser um elemento característico da Floresta Ombrófila Densa no sul do Brasil, não foi encontrada e segundo relatos de moradores locais mais antigos, sempre foi muito rara, provavelmente sendo extinta da região. Espécies Ameaçadas
Foram registradas em campo oito espécies em algum grau de ameaça na lista vermelha do estado de Santa Catarina: Primolius maracana (Criticamente Ameaçada); Crypturellus noctivagus, Myiobius barbatus e Tangara peruviana (Em Perigo); Tinamus solitarius, Spizaetus tyrannus, Saltator fuliginosus e Sporophila frontalis (Vulnerável). Outras 11 espécies ameaçadas amostradas através de inventário bibliográfico também podem ser consideradas para a região de estudo: Accipiter poliogaster e Sporophila angolensis (Criticamente Ameaçadas); Amazona vinacea, Pyroderus scutatus, Hemitriccus diops, Piprites pileatus e Sporophila falcirostris (Em perigo); Amadonastur lacernulatus, Asio flammeus, Dryocopus galeatus e Biatas nigropectus (Vulnerável). Se considerarmos a lista vermelha nacional proposta pelo IBAMA (2008), são relacionados apenas sete táxons em algum grau de ameaça. Devido á disparidade nos critérios quando aplicados em nível nacional e estadual, há uma maior confiabilidade na listagem estadual sobre o real status de conservação das aves localmente.
Foto 28 Macuco Tinamus solitarius Foto 29 Gavião-pega-macaco Spizaetus tyrannus
Foto 30 Pixoxó Sporophila frontalis
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Tabela 8 Lista das espécies ameaçadas de ocorrência ou provável ocorrência na RPPN Emílio Battistella. Ca – Registro em campo; Bi – Registro bibliográfico; CR- Criticamente Ameaçada; EN – Em Perigo; VU - Vulnerável
Espécie Registro Status SC (CONSEMA, 2011)
Status Brasil (IBAMA, 2008)
Accipiter poliogaster Bi CR -
Primolius maracana Ca, Bi CR -
Sporophila angolensis Bi CR -
Crypturellus noctivagus Ca, Bi EN -
Amazona vinacea Bi EN VU
Myiobius barbatus Ca EN -
Hemitriccus diops Bi EN -
Pyroderus scutatus Bi EN -
Piprites pileatus Bi EN VU
Tangara peruviana Ca EN -
Sporophila falcirostris Bi EN VU
Tinamus solitarius Ca VU -
Amadonastur lacernulatus Bi VU VU
Spizaetus tyrannus Ca VU -
Asio flammeus Bi VU -
Dryocopus galeatus Bi VU VU
Biatas nigropectus Bi VU VU
Saltator fuliginosus Ca, Bi VU -
Sporophila frontalis Ca, Bi VU VU
A seguir seguem considerações sobre algumas espécies ameaçadas ocorrentes na RPPN Accipiter poliogaster (Tauató-pintado) - Apesar de constar na lista vermelha do Estado do Paraná (Straube et al., 2004) como “Deficiente em Dados”, são citados apenas seis registros desta espécie para o Estado do Paraná; quatro no domínio da Floresta Ombrófila Mista, a espécie é enquadrada como “Criticamente em Perigo” para o Estado do Rio Grande do Sul (Bencke et al. 2003). Para Santa Catarina, é citado por Rosário (1996) através de bibliografias de cunho genérico, sem indicação precisa de localidade. Reichholf (1974) menciona a espécie neste estado em 1970, porém, sem fornecer as localidades. Rupp et al. (2008) também citam a espécie para o Estado, porém a falta de documentação e o registro dúbio de outra espécie neste trabalho comprometem de certa forma os dados apresentados. Os registros desta espécie para a região estão compilados em Kaminski e Tres (2011) e se tratam de três avistamentos (sendo um deles de um exemplar empreendendo caça) e um registro fotográfico em meio a plantio de Pinus taeda, sendo este o primeiro registro documentado da espécie para Santa Catarina. Spizaetus tyrannus (Gavião-pega-macaco) – Assim como os demais gaviões de grande porte florestais, esta espécie sofre com o desmatamento e conseqüente perda de itens
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alimentares e locais para nidificação. Na RPPN, foi visualizado diversas vezes, pairando sobre a floresta. Primolius maracana (maracanã) – Anteriormente citada por Rosário (1996) pelos exemplares depositados em museu, a espécie foi colocada como provavelmente extinta no estado (Nunes, 2003). Os registros realizados na RPPN são referentes a bandos que variam de 2 a 4 indivíduos, sempre nos meses de inverno. Cabe ressaltar a disparidade no status de conservação da espécie nas diferentes listagens apresentadas, sendo que nas listas estaduais, a mesma se encontra como “Em Perigo” (PR) e “Regionalmente Extinta” (RS). Por outro lado, a mesma nem sequer consta na lista nacional e é tida apenas como quase ameaçada em nível mundial. Dryocopus galeatus (pica-pau-de-cara-canela) – Espécie tida como rara em toda sua área de distribuição. Rosário (1996) apresenta apenas registros museológicos antigos. Recentemente foi descrito no estado para a região do vale do Itajaí (Santos, 2008). Os registros foram realizados no município adjacente de Rio Negrinho no mês de agosto e dezembro de 2009. A associação da espécie com os taquarais é previamente sugerida por Willis, 1989 e Collar et al., 1992. Del Hoyo et al. (2002) cita a utilização de tal ambiente como apenas uma casualidade. Pyroderus scutatus (pavó) - Frugívoro especialista possui preferência por habitats florestais bem conservados, os quais possuam uma sazonalidade na frutificação para sua alimentação, embora já tenha sido encontrada em grandes áreas urbanas. Sporophila frontalis (pixoxó) – Como espécie restrita ao intervalo altitudinal da planície litorânea as cotas mais elevadas da serra do mar, é mencionada por Andriguetto et al. (1998) como possivelmente extinto em diversas localidades de Santa Catarina, devido à grande pressão de captura para cativeiro. Rosário (1996), cita a espécie para apenas três localidades. A espécie foi vista em trechos dominados por taquaras (Chusquea aff. Meyeriana). O mesmo evento ocorreu para Sporophila falcirostris.
Guildas Tróficas
As guildas tróficas para o total de espécies refletem a disponibilidade de recursos mais abundante. Os insetívoros perfazem 41,49% das espécies encontradas, seguido pelos onívoros (20%), frugívoros (9,85%), granívoros (9,55%) e carnívoros (8,95%). Na floresta atlântica, as guildas de insetívoros e onívoros tendem a perfazer grande parte da avifauna (Willis, 1979). Há um destaque para os frugívoros, os quais são um dos grupos, senão o mais atingido pelas extinções em áreas que sofrem fragmentação. Pelo fato dos frutos serem altamente variáveis no tempo e no espaço, estas espécies necessitam de extensas áreas de vida, de acordo com a disponibilidade dos recursos (Terborgh, 1986; Loiselle e Blake, 1992; Galetti e Pizo, 1996). O grande número de aves frugívoras encontrado (especialmente os Cotingidae) remete o grau de conservação das áreas existentes na RPPN e denotam a importância do local para manutenção deste grupo.
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Figura 22 Grafico: Guildas tróficas da avifauna ocorrente na RPPN Emílio Battistella
Os carnívoros representaram valores consideráveis. A presença de rapinantes de grande porte e que utilizam os ambientes florestais para busca de recursos alimentares e nidificação (Spizaetus tyrannus, Pseudastur polionotus, Accipiter poliogaster) também norteiam a indicação dos patamares de conservação e estrutura das áreas florestadas da RPPN.
Sensibilidade à Distúrbios
Do total de espécies apresentado, 196 (58,50%) apresentam baixa sensibilidade à perturbação ambiental. Na sua maioria, tratam-se de táxons com ampla distribuição e que são encontrados mesmo em ambientes periantrópicos.
Figura 23 Grafico: Sensibilidade à distúrbios da avifauna ocorrente na RPPN Emílio Battistella
Espécies com média sensitividade perfazem 113 espécies (33,73%), ao passo que as que possuem alta sensitividade são representadas por 25 taxons (7,46%). Algumas espécies enquadradas como altamente sensíveis à perturbação ambiental merecem destaques e considerações: Biatas nigropectus, Sporophila falcirostris e S. frontalis são diretamente associados a presença de um único ambiente e/ou recurso: os taquarais. Além disto, possuem uma
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Guildas Tróficas
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Baixa
Média
Alta
Sensibilidade à Distúrbios
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raridade natural ao longo de sua área de ocorrência. S. falcirostris e S. frontalis também sofrem diretamente pela captura para cativeiro, devendo estar enquadrados dentro desta categoria. Insetívoros terrestres (Grallaria varia, Chamaeza campanisona, C. meruloides) são cosiderados por diversos autores como indicadores ambientais (Aleixo, 2001; Aleixo e Vielliard, 1995; Soares e Anjos, 1999; Willis, 1979), por desaparecerem mesmo de áreas que sofrem corte seletivo da vegetação. Da mesma maneira, cinco espécies de gaviões são listadas como possuindo alta sensitividade, devido á maior seletividade de ambientes destes táxons para sua manutenção. Tinamus solitarius sofre grande pressão de caça e captura para cativeiro, tendo suas populações severamente impactadas ao longo de sua área de distribuição.
Considerações finais
A RPPN Emílio Battistella resguarda elementos importantes da avifauna local, possuindo papel de proteção integral de diversas espécies de Aves ameaçadas e endêmicas da Floresta Ombrófila Densa. A presença de alguns táxons de interesse devem ser melhor investigadas, bem como a pesquisa deve ser incentivada, buscando um melhor entendimento da comunidade de aves ocorrente na região.
3.1.5.2 Mastofauna Santa Catarina é um dos estados brasileiros menos conhecidos quanto à sua mastofauna (Avila-Pires, 1999). Isto é particularmente verdadeiro para os mamíferos terrestres, sobre os quais têm sido publicados trabalhos somente nos últimos anos. Estes trabalhos, restritos à região litorânea catarinense, se constituem na maioria de breves inventários em municípios. Dentre os poucos, podemos citar Cherem e Perez (1996); Wallauer et al., (2000); Graipel et al., 1997, 2001). Os trabalhos mais abrangentes quanto ao número de ordens de mamíferos do estado são os de Azevedo et al. (1982) e Cimardi (1996). O primeiro relacionou as espécies presentes em museus do estado, mas a identificação de pelo menos alguns exemplares é duvidosa e não se conhece a procedência de muitos por não ter sido registrada pelos museus. Cimardi (1996) apresentou uma grande quantidade de dados sobre os mamíferos catarinenses. Cherem et al. (2004) realizaram uma revisão da mastofauna ocorrente no estado de Santa Catarina, gerando uma base de dados confiável sobre as espécies que ocorrem no estado. Durante os anos de 2009 a 2013 foram realizadas incursões a RPPN Emílio Battistella, a fim de se realizar um inventário da mastofauna local. Foram realizadas incursões dentos da área da RPPN e suas adjacências, a fim de se evidenciar a presença de mamíferos de médio e grande porte, e eventualmente, os de pequeno porte (morcegos, pequenos roedores e marsupiais). Para isto, as estradas e trilhas de acesso, bem como as margens do rio Novo foram percorridas a pé, a fim de se procurar vestígios diretos (contato visual e auditivo) e indiretos (rastros de pegadas, fezes e outras marcas) deixados pelos animais. No período noturno, quando a mastofauna está mais ativa, incursões foram realizadas a fim de se visualizar eventuais indivíduos em deslocamento. Para complementar os dados, foram utilizadas três cameras-trap instaladas no interior da floresta para captura de imagens de elementos da mastofauna, além de entrevistas com os moradores e levantamento bibliográfico (Nicola, 2009; Cherem et al, 2004). Exemplares atropelados em áreas próximas também foram considerados. Cabe aqui ressaltar que o estudo de mamíferos com base em vestígios muitas vezes não permite a identificação a nível específico, sendo que na maioria das vezes os indivíduos foram identificados até gênero. Diante dos dados se apresentou a riqueza de espécies, discussão sobre espécies
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ameaçadas, endêmicas, cinegéticas, e método de locomoção (adaptado de Paglia et al., 2012) . O enquadramento taxonômico seguiu o proposto por Reis et al., (2006).
Considerando o esforço amostral empregado em campo e os registros em bibliografia, foram registradas 97 espécies de mamíferos, pertencentes a 9 ordens e 25 famílias. Do total apresentado, apenas 44 (43,13%) foram amostradas durante as incursões realizadas na área da RPPN e suas adjacências. As demais foram contabilizadas através das bibliografias disponíveis sobre a mastofauna da região. Considerando apenas os táxons aferidos em campo, os quais se tem plena certeza de sua ocorrência na RPPN, pode se considerar que a Reserva abriga 28,94% dos 152 táxons conhecidos para o estado de Santa Catarina (Cherem et al., 2004).
Dentre os táxons aferidos em campo, Carnivora foi a ordem que pode se considerar como melhor amostrada. Das 13 espécies ocorrentes, 11 foram aferidas através de seus vestígios ou pelas cameras-trap. Excluem-se apenas os registros de Panthera onca e Speothos venaticus, espécies muito raras, criticamente ameaçadas e que ocorrem em baixíssimas densidades. A ocorrência de ambas as espécies não pode ser confirmada, porém não é descartada, segundo o inventário bibliográfico.
Alguns representantes desta ordem, como Cerdocyon thous – Canidae e Procyon cancrivorus – Procionidae podem ser considerados comuns na região, sendo aferidos em todas as amostragens por contato visual, rastros ou pelas cameras-trap instaladas no interior da floresta.
Apenas duas espécies de primatas ocorreram na reserva e representam o total esperado para a região (Cimardi, 1996; Cherem et al., 2004). Cebus nigritus e Alouatta guariba são relativamente comuns nos locais amostrados. Primatas possuem papel fundamental na frugivoria e dispersão de sementes de diversas espécies, especialmente de espécies vegetais climácicas (Van der Pijl, 1997).
Em se tratando de pequenos mamíferos (Rodentia, Chiroptera e Didelphimorpha), observa-se que boa parte das espécies não foi aferida em campo. Marsupiais e pequenos roedores formam o grupo ecológico mais diversificado de mamíferos das florestas Neotropicais, com mais de 190 espécies atualmente reconhecidas para o Brasil e cerca de 92 espécies na Mata Atlântica (Fonseca et al. 1996). Porém, o estudo de pequenos mamíferos demanda a utilização de metodologias e esforço amostral diferenciado, o qual envolve a captura dos indivíduos e muitas vezes a necessidade de coleta dos mesmos para sua correta identificação (Becker e Dalponte, 1996). Por tal motivo, a maioria das espécies foi adicionada à listagem devido à sua citação em bibliografia.
Chiroptera obteve elevada riqueza (n=34); porém apenas duas espécies tiveram confirmação de sua ocorrência localmente. Isto denota a necessidade de se ampliar a investigação sobre o real status de ocorrência desta ordem na RPPN.
O mesmo deve ser realizado para os Rodentia pertencentes as famílias Muridae, Erithizontidae, Caviidae e Echimidae, que juntas totalizam 20 das 25 espécies de Rodentia esperadas para a RPPN. Poucos membros desta ordem puderam ser identificados pelas suas pegadas e visualização direta. É o caso de Nectomys squamipes, o qual ocupa trechos em beiras de rios e córregos.
Cuniculus paca foi registrada através de vestígios e da captura de uma imagem por uma das câmeras-trap instaladas. Fator semelhante ocorreu para Dasyprocta azarae. Ambas as espécies estão associadas a cursos d’água e ambientes densos no sub-bosque da floresta (Oliveira e Bonvicino, 2006).
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Rastros também puderam identificar outros mamíferos de grande porte, como Tapirus terrestris, Procyon cancrivorus, Nasua nasua, Eira Barbara e Tamandua tetradactyla. Segundo Becker e Dalponte (1991), a identificação de rastros e fezes são a maneira mais fácil para se detectar a ocorrência de grandes mamíferos em campo.
A visualização direta permitiu a identificação de duas espécies de Cervidae. Mazama americana e M. guazoubira são duas espécies muito parecidas entre si, sendo que a identificação em nível específico através de rastros é impossível. Ambas as espécies foram visualizados nas áreas de entorno da RPPN, na porção de altitude mais elevada, nas adjacências da fazenda rio Novo, fator que permitiu distinguir as espécies.
Espécies endêmicas
Apenas duas espécies apresentam-se como endêmicas do Brasil (segundo Paglia et al., (2012): Gracilinanus microtarsus e Cavia fulgida.
G. microtarsus é um pequeno marsupial ocorrente na região sul e sudeste do Brasil e que costuma explorar o dossel, sub-bosque e o solo de áreas florestais,mas possuindo uma preferência significativa pelo estrato arbóreo (Rossi et al., 2006).
Cavia fulgida ocorre dos estados de Minas gerais à Santa Catarina, estando associado a ambientes palustres, assim como os demais representantes do gênero (Oliveira e Bonvicino, 2006).
Foto 31 Gracilinanus microtarsus (cuíquinha)
Espécies ameaçadas
Das espécies aferidas em campo, oito se encontram sob algum grau de ameaça no estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011): Tayassu pecari (Criticamente ameaçado); Leopardus pardalis, Tapirus terrestris, Mazama americana (Em perigo); Alouatta clamitans, Puma concolor, Pecari tajacu e Cuniculus paca (Vulnerável).
Outras nove espécies que foram aferidas apenas através de inventário bibliográfico também constam em algum grau de ameaça: Frutipterus horrens, Histotius aleinus, Speothus venaticus e Panthera onca (Criticamente Ameaçado); Diphylla eucaudata (Em perigo); Chironectes minimus, Lutreolina crassicaudata, Metachirus nudicaudatus, Nyctinomops macrotis (Vulnerável).
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Foto 32 Cuniculus paca (paca) Foto 33 Mazama americana (veado)
Tabela 9 Lista das espécies ameaçadas de ocorrência ou provável ocorrência na RPPN Emílio Battistella. Ca – Registro em campo; Bi – Registro bibliográfico; CR- Criticamente Ameaçada; EN – Em Perigo; VU - Vulnerável
Espécie Registro Status SC (CONSEMA,
2011)
Status Brasil (IBAMA, 2008)
Tayassu pecari Ca,Bi CR -
Frutipterus horrens Bi CR -
Histotius aleinus Bi CR -
Speothus venaticus Bi CR VU
Panthera onca Bi CR VU
Leopardus pardalis Ca, Bi EN VU
Tapirus terrestris Ca, Bi EN -
Mazama americana Ca, Bi EN -
Diphylla eucaudata Bi EN -
Alouatta clamitans Ca, Bi VU -
Puma concolor Ca, Bi VU -
Pecari tajacu Ca, Bi VU -
Cuniculus paca Ca, Bi VU -
Chironectes minimus Bi VU -
Lutreolina crassicaudata Bi VU -
Metachirus nudicaudatus Bi VU -
Nyctinomops macrotis Bi VU -
Leopardus tigrinus Ca, Bi - VU
Leopardus wiedii Ca, Bi - VU
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Se considerarmos a lista vermelha nacional proposta pelo IBAMA (2008), são relacionados apenas cinco táxons em algum grau de ameaça. Devido á disparidade nos critérios quando aplicados em nível nacional e estadual, há uma maior confiabilidade na listagem estadual sobre o real status de conservação dos mamíferos localmente.
Meios de locomoção
Os principais meios de locomoção das espécies inventariada é o terrestre (n=33) e voador (n=34). O meio de locomoção terrestre é o mais comum entre mamíferos de médio e grande porte. O grande numero de táxons com meio de locomoção voador é exclusivo do montante de Chiroptera citado em literatura para a região.
Figura 24 Grafico - Meios de locomoção da Mastofauna citada para a RPPN Emílio Battistella
Hábitos de locomoção fossorial são relacionados a alguns Rodentia e Didelphimorpha. Estes tiveram grande representatividade, sendo compostos por 12 espécies. Destaque para os gêneros Monodelphis, Oxymycteris e Thaptomys, visivelmente adaptados morfologicamente para tal meio de locomoção (Reis et al., 2006).
Locomoção por meio arbóreo foi exclusivo para as duas espécies de Primatas (Alouatta guariba e Cebus nigritus), bem como para duas espécies de Didelphidae (Gracilinanus microtarsus e Caluromys philander). O mesmo ocorreu para Sciurus aestuans e Kannabateomys amblyonyx (Rodentia). S. aestuans é comumente visualizado na RPPN alimentando-se de sementes de palmito (Euterpe edulis) e jerivás (Syagrus romanzofiannum), enquanto forrageia na copa das árvores. K. amblyonyx possui associação com taquaras, sendo este o ambiente preferido da espécie (Oliveira e Bonvicino, 2006).
Hábito semi-fossorial foi exclusivo para os Xenarthra. Já o escansorial, foi verificado para três espécies (Didelphis albiventris, D. aurita e Sphiggurus villosus), todads adaptadas para escalar em árvores, aumentando o número de nichos disponíveis para forrageamento.
Espécies cinegéticas
Do total de espécies, vinte podem ser considerados com potencial cinegético. Na sua grande maioria, tratam-se de táxons de grande porte. Destaque para os Xenarthra,
34
34
12
4
3 55 Terrestre
Voador
Fossorial
Semi-Fossorial
Escansorial
Aquático
Arborícola
Meios de Locomoção
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Artiodactyla e Perissodactyla, com todas as espécies sendo caçadas por populações locais para alimentação. Dentre os Didelphimorpha, D. albiventris, D. aurita, Metachirus nudicaudatus e Philander opossum também são utilizados para alimentação, segundo entrevistas. Os relatos dos moradores também indicam que apenas um Carnivora é amplamente caçado no local: Nasua nasua. Embora não sejam utilizados para alimentação, as ordens Carnivora e Primates são caçados localmente por trazerem prejuízos a culturas e criações. Também são visados para utilização de sua pelagem. Na região neotropical, grandes primatas, antas e grandes carnívoros são particularmente vulneráveis à extinção por sobrecaça, devido a suas baixas taxas intrínsecas de crescimento natural, alta longevidade, longo tempo de geração e baixas densidades demográficas (Bodmer et al. 1997, Cardillo et al. 2004).
Considerações finais a respeito da fauna
A RPPN Emílio Fiorentino Battistella resguarda elementos importantes da mastofauna local, possuindo papel de proteção integral de diversas espécies de Mamíferos ameaçados na Floresta Ombrófila Densa. A presença de alguns táxons de interesse devem ser melhor investigadas, bem como a pesquisa deve ser incentivada, buscando um melhor entendimento da comunidade de mamíferos ocorrente na região.
3.1.6Visitação
3.1.6.1 Histórico de Visitação De grande beleza cênica, a RPPN EFB sempre foi muito procurada para visitação, mesmo antes da criação de um Parque Ecológico na área, em 1989. Naquela época, ainda configurando reserva legal de 41,5 ha de propriedade da MOBASA - Modo Battistella de Reflorestamento S/A, as trilhas eram bastante rudimentares e permitiam chegar apenas até a 3ª cachoeira. Por abrigar recursos naturais de relevância conservacionista e atrativos de apelo turístico, no ano de 1989 a MOBASA transformou a então reserva legal em parque ecológico - o Parque Ecológico Emílio Fiorentino Battistella (P.E.E.F.B.), com o objetivo de permitir o uso público e fornecer oportunidades de recreação ao ar livre, pesquisa científica e educação ambiental. Para tanto, a empresa firmou contrato sob regime de comodato com a Prefeitura de Corupá, Santa Catarina, que passou a se responsabilizar pela administração do parque (MAGRO, 1995). Em 1990, com o reconhecimento de todas as 14 cachoeiras que se encontram no local e definição das trilhas de acesso às mesmas, a área tornou-se conhecida popularmente como Rota das Cachoeiras. A entrada era gratuita e o uso de trilhas e espaços comuns muito procurados, principalmente em feriados e meses de verão. Deste modo, em 1995 se fez necessário a elaboração do Plano de Uso Público do P.E.E.F.B., tendo em vista a fragilidade dos ecossistemas em meio a Floresta Ombrófila Densa. Os estudos permitiram traçar o perfil dos visitantes e as diretrizes para os programas de interpretação, educação ambiental e pesquisa científica, bem como investimentos de infra-estrutura nas zonas de uso intensivo e extensivo estabelecidas na época. O Termo de Comodato com a Prefeitura de Corupá encerrou-se em 1999, porém, na cultura regional popular, continua como um parque municipal. No mesmo ano, a administração foi transferida à Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras para a implementação do Plano de Uso Público. Entre os muitos momentos históricos, 2 podem ser considerados como marcos.
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1. 2002: Ampliação da área protegida de 41,50 ha para 100,96 ha e alteração da categoria de unidade de conservação de Parque Ecológico para Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Emílio Fiorentino Battistella. Portaria 53 - DOU 75 - 19/04/2002 - seção/pg. 1/139 (ICMBio, 2010).
2. 2010: Nova ampliação, porém muito mais significativa. A RPPN passa a configurar a 3ª maior unidade de conservação da Bacia do Itapocu, Estado de Santa Catarina (com exceção das Áreas de Proteção Ambiental - APA), totalizando 1.156,33 ha (foto 34). Portaria 50 - DOU 132 - 13/07/2010 - seção/pg. 1-98 (ICMBio, 2010).
Foto 34 Imagem de satélite da Reserva Particular do Patrimônio Natural Emílio Fiorentino Battistella (Google Earth, 2013).
Desde que a Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras assumiu a gestão da RPPN, a entrada passou a ser cobrada e monitorada. Muitas melhorias de infra-estrutura também foram realizadas, tais como: construção de guarita, centro de visitantes, sanitários feminino e masculino, sala de primeiros socorros, placas de sinalização e interpretação, espaço destinado a educação ambiental, delimitação e estruturação das Trilhas Passa Águas e Araçá, construção de pontes suspensas, passarelas e mirantes para a contemplação das cachoeiras (ver item 1.6.4 do presente documento). Além da gestora, a unidade de conservação conta com o apoio de funcionários e prestadores de serviços. Atualmente a visitação é aberta ao público em geral e a grupos de interesse específico (alunos de graduação e pós graduação, pesquisadores, profissionais da área e outros interessados), além de alunos de escolas participantes do programa de educação ambiental. No caso dos programas de visitação por alunos e de educação ambiental, as atividades desenvolvidas são descritas nos itens adiante. Para o público em geral, a visitação da reserva é feita a partir da aquisição de ingressos em locais de venda credenciados em pontos localizados no acesso à reserva, e os ingressos são apresentados na portaria da reserva. Junto à apresentação do ingresso na entrada o visitante precisa entregar preenchido o Termo de Responsabilidade, onde um dos visitantes do grupo fica responsável pelos atos ilegais dele e dos demais acompanhantes, que possam ocorrer contra o patrimônio ou o meio ambiente da reserva. As informações que fazem parte do responsável no termo de responsabilidade são: Nome, RG, CPF, Endereço, fone, e-mail, e para os acompanhantes nome, e RG/CPF e assinatura. No momento da entrega do ingresso e termo de responsabilidade, os visitantes recebem um folder da reserva e o manual de segurança com orientações de acessos ás cachoeiras
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e uso da trilha com suas sinalizações de distância na trilha, atividades proibidas, áreas de risco, pontos de proibição de banho, horário de saída, entre outros e informações de estacionamento, churrasqueiras, banheiros, centro de visitante e das fauna e flora. Na chegada à reserva o visitante recebe verbalmente informações de estacionamento, banheiros/chuveiros, tempo de percurso e informações da trilha. No centro de visitantes é apresentado um filme sobre a reserva contendo imagens aéreas mostrando todas as cachoeiras e descrevendo os principais atributos da Mata Atlântica na área. São apresentados também imagens de flora, fauna, cachoeiras e outros atributos que ocorrem e são registrados anualmente na reserva (fotos arquivo RPPN) de forma automática em TV de plasma. Normas de segurança
A reserva desenvolveu e entrega a cada visitante na sua chegada um manual de segurança, o qual apresenta o mapa da trilha, os riscos e cuidados que o visitante deve ter durante sua caminhada na trilha e nos pontos de maior risco. Folder informativo Para apresentar de maneira formal a reserva, foi desenvolvido um folder onde consta informações da propriedade, dos atos de criação da RPPN, , recomendações para caminhada (roupas e calçado adequados, o que levar, onde depositar os resíduos (lixos), e outros), preço e local de aquisição de ingresso, horários de funcionamento, cuidados com segurança e um canhoto para preenchimento do banco de dados para informações estatísticas da reserva e distancias dos principais centros urbanos, e os contatos com a reserva (fone, Email, meios sociais, outros)
Número de Visitantes Aberta à visitação todos os dias, é nos finais de semana e em período de férias que o ingresso de pessoas se torna mais intenso. Como a visitação é sazonal, nos meses de maior procura, novembro a fevereiro, o horário de atendimento é das 7:30 às 17:00, sendo que somente até às 15:30h é permito iniciar a trilha. Na baixa temporada, de março a outubro, o funcionamento permanece igual, mas após às 15:00 não é mais permitido o início da caminhada. Distribuição de visitação na Rota das Cachoeiras nos últimos 6 anos
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
26,41% 16,36% 7,23% 3,89% 2,96% 1,88% 2,14% 2,87% 4,27% 5,81% 11,47% 14,70%
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Distribuição de visitação diária da Rota das Cachoeiras no último ano
Dia da Semana Resumo dez 2014/15 Média nº
visitante/dia Qdade %
Segunda-feira 1.608 9,1% 31
Terça-feira 919 5,2% 18
Quarta-feira 478 2,7% 9
Quinta-feira 852 4,8% 16
Sexta-feira 1.451 8,2% 27
Sábado 4.719 26,6% 91
Domingo 7.690 43,4% 148
TOTAL 17.717 100%
O registro do maior número de visitantes em um dia foi de 832 pessoas, mas as infra estruturas instaladas e a implantação de melhorias na trilha (decks de madeira, decks de pedra, corrimões, grades de proteção tipo guarda corpo, pontes, e outros) e na zona de administração (recepção, estacionamento, centro de visitantes, banheiros, churrasqueiras e outros) darão suporte a até 1.200 pessoas por dia, minimizando danos de impacto da caminhada na trilha. O principal fator limitante à visitação nas trilhas é a segurança, à qual é dada prioridade. As manutenções e melhorias nas condições da trilha são constantes, tanto em termos de segurança como de acessibilidade ao público frequentador. A melhorias na trilha podem incluir, futuramente, acesso a cadeirantes e facilidades para pessoas de mais idade, em parte da trilha. Em situações que possam apresentar riscos aos visitantes, tais como alta precipitação e alta vazão por exemplo, pode ocorrer o fechamento temporário da trilha. Durante o período de maior procura, o atendimento ao público, a limpeza e a manutenção das instalações físicas demandam constante atenção.
Foto 35- Ponte, decks de madeira, placas e lixeiras ao longo da trilha.
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Foto 36- Passarela e deck, com placas de alerta e calçamento de pedras com corrimão.
O impacto da visitação, que em períodos de alta temporada é mais significativo, é manejado através das seguintes medidas:
a) Orientação aos visitantes para evitar danos ambientais no ecossistema local, tais como jogar lixo, coletar plantas, alimentar ou maltratar animais nativos, abrir novas trilhas ou atalhos e poluir a água;
b) Preenchimento e assinatura do termo de responsabilidade compartilhada (reserva x visitante) o qual o visitante preenche com seus dados e entrega assinado já na entrada;
c) Distribuição de lixeiras ao longo da trilha; d) Existência de placas orientativas e informativas ao longo da trilha; e) Abordagem dos visitantes com comportamento que possa gerar danos ao ambiente
e riscos à segurança, pelos funcionários da RPPN; f) Coleta frequente do lixo depositado nas lixeiras ou eventualmente encontrados na
tilha e áreas de uso público; g) Delimitação clara da trilha e constante manutenção da mesma, dando condições
dos visitantes percorrerem o trecho sem necessidade de atalhos ou desvios não autorizados;
h) Instalação de passarelas, decks, corrimões, caçcamento de pedra e degraus em locais ambientalmente mais sensíveis ou que apresentam maior risco a segurança dos visitantes, evitando ou reduzindo erosão do solo, destruição da vegetação e riscos à segurança;
i) Existência de sanitários adequados para uso do público visitante; j) Manutenção constante das estruturas de apoio à visitação, tais como lixeiras,
sanitários, centro de visitantes, acessos, estacionamento, entre outros.
3.1.6.2 Educação Ambiental Formal e Não-formal
a) Educação Ambiental Formal Segundo a Lei 9.795 de 1999, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem
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de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A institucionalização deste processo em unidades de ensino e a participação de educandos em práticas educativas integradas qualificam, neste caso, a educação ambiental formal (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2005). Entre as atividades mais representativas realizadas na unidade de conservação, destaca-se o programa de educação ambiental “Relação do Homem com a Natureza”, desenvolvido entre os anos de 1997 e 2012, que nasceu de uma parceria entre a MOBASA e a Associação Rota das Cachoeiras com as Secretarias Municipais de Educação e de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Corupá e com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Joinville. Com o objetivo de “Promover aulas de educação ambiental para alunos da educação básica, buscando sua compreensão acerca da importância e dependência da sua relação com a natureza” (SME et al., 2012), eram propostas anualmente 3 oficinas de percepção e sensibilização ambiental, elaboradas e organizadas em janeiro e fevereiro de cada ano para realização entre os meses de março a novembro. A logística necessária para sua implementação contava com os esforços de todos os parceiros, que assumiam funções específicas. Os administradores da RPPN providenciavam infra-estrutura, lanche e monitores ambientais; a prefeitura transporte dos participantes; as Secretarias de Educação e de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente colaboradores e o Batalhão da Policia Ambiental de Joinville palestrantes. Por se tratar de educação ambiental formal, os cronogramas respeitavam o calendário escolar e eram construídos em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação, que se responsabilizava pelas diretrizes pedagógicas junto ao corpo docente das escolas atendidas. Destinadas a faixas etárias bastante abrangentes, o público era composto por alunos do Ensino Infantil (com idades entre 3 e 5 anos), dos Ensinos Fundamental (cursando os 4º’s e 7º’s anos) e Médio (2º’s anos), da Educação para Jovens e Adultos (CEJAC) e por professores, que participavam de capacitações. As práticas se diferenciavam em Trilha Ecológica (foto 35), palestra Os 6 Elementos (foto 36) e dinâmicas de Sensibilização Ambiental. Aconteciam 3 vezes ao mês, nos períodos da manhã e tarde, sendo que cada oficina tinha duração aproximada de 45 minutos e capacidade para atender no máximo 20 pessoas. Os participantes eram conduzidos de uma a uma, como num pequeno circuito.
Foto 37 Trilha interpretativa a alunos-Ensino Fundamental Foto 38 Palestra Os 6 Elementos para alunos do Ensino Infantil
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Figura 25 Logomarca do slogan Mostre suas Garras pela Natureza (Foto do acervo técnico RPPN E.F.B., 2012).
Para proporcionar a continuidade do trabalho realizado e a atuação do educando como agente participativo e multiplicador, os professores eram orientados a promover na escola a retomada dos conteúdos e a confecção de produtos como desenhos, poemas, teatros e exposições (foto 37) para apresentação à comunidade escolar e, por vezes, participação em concursos e premiações viabilizados pela Associação. A partir de critérios pré-estabelecidos e com o slogan “Mostre suas Garras pela Natureza” (figura 25), os concursos buscavam pela valorização da sensibilização e educação ambiental.
Foto 39- Palestra Os 6 Elementos para alunos do Ensino infantil
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Figura 26 Grafico: Público envolvido no ano letivo de 2012 pelo programa de educação ambiental Relação do Homem com a Natureza
Em 2012 foram atendidos pelo “Relação do Homem com a Natureza” 737 alunos das redes municipal e estadual de educação de Corupá, o correspondente a aproximadamente 90% dos educandos do município (SME et all, 2012). Destes, 260 estavam matriculados no Ensino Infantil, 355 cursando o Ensino Fundamental, 97 o Ensino Médio e 25 a Educação para Jovens e Adultos (BONSTRUP, 2012), conforme pode ser observado no Gráfico da figura 26. Em 2013 as atividades de educação ambiental formal na RPPN Emílio Fiorentino Battistella encontram-se temporariamente suspensas para que novos objetivos e metas venham a ser estabelecidos. Uma releitura se faz necessária, pois durante os 16 anos do Relação do Homem com a Natureza, a programação se manteve praticamente a mesma. Com espírito de renovação, estuda-se a possibilidade de alterar o nome do programa e dos instrumentos para enriquecer o processo ensino-aprendizagem e facilitar o entendimento sobre questões relacionadas à cidadania, responsabilidade social e ambiental. Novas parcerias devem ser firmadas e a logística reorganizada. Como sugestão de nome, o slogan que durante tantos anos foi bem empregado “Mostre suas Garras pela Natureza” e como objetivo geral o “desenvolvimento de vivências sensoriais” e não apenas a “promoção a aulas de educação ambiental”, como vinha acontecendo. O desenvolvimento dos instrumentos que viabilizem a percepção ambiental é bastante relevante, pois as vivências sensoriais são capazes de estimular sentimentos únicos, ampliando a compreensão sobre a vida e os fenômenos que a envolvem, maximizando outras memórias, como a auditiva, olfativa e tátil e promovendo importantes reflexões sobre conservação da natureza e qualidade de vida. Por meio da percepção ambiental e ao longo de sua implementação, haverá a possibilidade de ampliar de forma inclusiva os objetivos específicos da educação ambiental formal na reserva.
b) Educação Ambiental Não-formal
Conforme a Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente (Portal Educação, 2012). Desde a criação da RPPN Emílio Fiorentino Battistella inúmeras palestras, aulas de campo e capacitações foram realizadas em seu perímetro, sempre buscando sensibilizar sobre o papel das áreas naturais protegidas para manutenção dos ecossistemas e de
35%
48%
13%4%
Ensino Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Educação Jovens e Adultos
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seus nichos ecológicos. Aberta desde 1989, muitas palestras e aulas foram ministradas por professores universitários, que viam na floresta excelente oportunidade para observações, considerações e investigações e a utilizavam como banco de dados e extraordinário laboratório físico-químico e biológico. Ao contrário da educação ambiental formal, a educação ambiental não-formal acontece de modo esporádico e sem um compromisso claro em realiza-lá. Porém, ao assumir que a interpretação ambiental facilita a conexão entre as pessoas e seus ambientes, pode-se considerar que, mesmo muito incipiente, as sinalizações na Trilha Passa Águas são uma forma de sensibilizar os visitantes que a percorrem (foto 38).
Foto 40 Sinalização na Trilha Interpretativa Passa Águas (Foto Olivia Isfer Sobania, 2013).
3.1.6.3 Potencialidades e Atrativos Naturais
A zona de uso extensivo, que compreende os locais destinados a visitação (MAGRO, 1995), chama atenção num primeiro momento pelo encachoeiramento em vários pontos do Rio Novo, que nasce à montante da RPPN E.F.B. e segue seu curso pelas planícies de Corupá. Porém, com um pouco mais de sensibilidade, ao percorrer os 2.900m da Trilha Passa Águas é possível perceber cenários belíssimos em meio à Floresta Atlântica, que evidenciam a enorme diversidade de vida, formas e cores que ali podem ser observadas foto 39.
Foto 41 Saíra-sete-cores (Tangara seledon) observada durante a Trilha Passa Águas (Foto Raphael Sobania, 2013).
Não há dúvidas do potencial ecoturístico que a RPPN possui, mas, muito da energia ainda é dispensada a contemplação das 14 cachoeiras e ao uso das áreas comuns, principalmente as churrasqueiras. Neste sentido, pretende-se aqui ampliar as possibilidades que podem ser desenvolvidas na reserva, sugerindo outros atrativos que
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vão além do usual e buscam maior envolvimento sentimental e respeito aos recursos naturais por parte dos que a visitam. Muito do sentimento de admiração à natureza pode ser proporcionado por diferentes segmentos do ecoturismo1, que no Brasil surge a partir do movimento ambientalista, quando os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis alcançam a atividade turística. No decorrer dos anos, o ecoturismo vem se desenvolvendo e ganhando forças em meio à discussão de um modelo de turismo mais responsável, o contato com ambientes naturais, pela realização de práticas que possam proporcionar a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Caracteriza-se pela relação com a natureza, seja com a fauna, a flora, as formações rochosas, as paisagens, os espetáculos naturais extraordinários, e até mesmo vários deles ou todos ao mesmo tempo. O turista que o pratica pode realizar uma trilha buscando conhecer a flora e ao mesmo tempo observar animais que encontra pelo caminho, apreciar as paisagens naturais e aprofundar seus conhecimentos sobre a região como um todo por meio da interpretação ambiental (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010). Assim, o Ministério do Turismo (2010) a partir de estudos e relatórios técnicos, sugere uma série de segmentos, entre os quais, destacam-se o turismo de observação de flora, turismo de observação de aves, turismo de observação de formações geológicas, caminhadas, trilhas interpretativas e turismo fotográfico.
a) Turismo de Observação de Flora e Contemplação da Natureza Segundo o caderno de Ecoturismo do Ministério do Turismo (2010), esta modalidade permite compreender a diversidade dos elementos da flora, sua forma de distribuição e as paisagens que compõem um bioma, devendo estar associada às possibilidades de interação com a fauna silvestre existente na localidade e região. Com altitudes variando entre 260 metros e 800 metros sob o nível do mar, as formações florestais no perímetro da RPPN são típicas de Floresta Ombrófila Densa Submontana que, a partir de limites altitudinais muito subjetivos, entre os 400 e 600 metros, passa a compor a Floresta Ombrófila Densa Montana. A variação altitudinal e à combinação de fatores ambientais favoráveis, como solos com maior capacidade de suporte físico e nutricional, temperaturas elevadas e precipitação bem distribuída ao longo do ano, possibilitam o desenvolvimento de comunidades arbóreas densas e de grande porte, associadas a estratos herbáceos terrícolas e epifíticos extremamente diversos e abundantes (SEMA, 2005).
1 Ecoturismo: segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010).
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A grande diversidade florística e, consequentemente, faunística dessas composições vegetacionais, maximizam o potencial do turismo de observação de flora e de contemplação da natureza.
Foto 42 Guapuruvu (Schizolobium parahyba) destacando-se na vegetação às margens da trilha (Foto Olivia Isfer Sobania).
b) Turismo de Observação de Aves Considerado o segmento do turismo que mais cresce a cada ano no mundo, o ecoturismo possui diversas modalidades, sempre associadas ao lazer em meio natural que, quando bem estruturadas, dificilmente resultam em degradação do ambiente visitado ou de suas populações nativas. Modalidade muito próspera em regiões de grande diversidade ornitológica, o turismo de observação de aves é bastante popular em países como Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Canadá, Japão e Alemanha (PIVATTO e SABINO, 2007). Em 2001, nos EUA, contabilizou-se 46 milhões de birders que contribuírem com 13 bilhões de dólares em impostos federais, 32 bilhões de dólares na compra de equipamentos e geração de mais de 863 mil empregos em território americano (PULLIS LA ROUCHE, 2006). Apenas a American Birding Association - ABA conta com milhões de associados que viagem para diferentes localidades no mundo à procura de espécies de aves endêmicas, raras e ameaçadas de extinção, gerando renda para comunidades tradicionais e contribuindo diretamente para a conservação da natureza (Raphael Sobania com. pess., 2013). O Turismo de Observação de Aves no Brasil ainda é incipiente, mas vem expandindo de modo expressivo nos últimos anos. No início era bastante específico, atraindo apenas biólogos e ornitólogos, hoje, pessoas de diferentes formações vem realizando tal atividade. Segundo relatos de Raphael Sobania (2013) muitos roteiros estão extrapolando as regiões norte e sudeste brasileiras, onde a Observação de Aves é mais reconhecida, e se tornando populares na região sul, principalmente na Floresta Ombrófila Densa e em seus ecossistemas associados. Este fluxo de observadores de aves tem aumentado os esforços em campo dos guias e contribuído, inclusive, para registros inéditos em cidades, estados e países. Contando com ambientes para a ocorrência de muitas espécies de interesse conservacionista, como o Macuco (Tinamus solitarius), o Gavião-pega-macaco (Spizaetus
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tyrannus), a Sabiá-cica (Triclaria malachitacea), a Saíra-sapucaia (Tangara peruviana) e o Pixoxó (Sporophila frontalis) foto 41, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Emílio Fiorentino Battistella possui grande potencial avifaunístico e, conseqüentemente, para o Turismo de Observação de Aves.
Foto 43 Pixoxó (Sporophila frontalis), ave endêmica da Mata Atlântica, ocupa taquarais em regiões de encostas e montanhas. O estado de conservação da espécie é considerado ameaçado pela International Union for Conservation of Nature - IUCN na categoria vulnerável (WikiAves, 2013). Foto: Cal Martins, 2011. Local registro: Corupá/SC.
“Observar aves, hobby antigo que cosmeça a ganhar cada vez mais adeptos no Brasil, também não se limita a identificar o que se está vendo. É aprender, viajar, conhecer pessoas, exercitar-se, trocar experiências e viver estórias. É manter a mente curiosa e viva, e assim envelhecer bem, como atestam milhões de aficionados. Observar - assim como fotografar - aves é um passatempo que flerta tanto com a arte quanto com a ciência e a conservação da natureza”. Fabio Olmos (2013) apud Straube; Deconto; Vallejos (2013, p.9).
c) Caminhadas e Trilhas Interpretativas As caminhadas são percursos a pé e em itinerários predefinidos que, em ritmos menos acelerados e associadas a interpretação ambiental passam a protagonizar um segmento do ecoturismo. Na RPPN são usualmente realizadas com o objetivo de contemplação e não de turismo de aventura e possuem enorme potencial. Para atender a visitação, a zona de uso extensivo foi estruturada com 2 trilhas interpretativas, a Passa Águas e a Araçá, que formavam um circuito com aproximadamente 5.500 metros de extensão, ida e volta. Porém, a Araçá foi fechada devido a movimentação de solo e desmoronamentos em seu trajeto, decorrentes de fortes chuvas que ocorreram na região no final de 2012. Após análises técnicas relacionadas à segurança e custo/benefício para sua reestruturação, a reabertura da mesma foi desconsiderada (foto 42).
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Foto 44 Mapa das trilhas da reserva com indicação de interditado para a Trilha do Araçá
A Passa Águas (em azul no mapa) permite acessar as 14 cachoeiras (da Suspiro ao Salto Grande) e tem 2.900 metros de extensão com diferentes graus de dificuldades - de leve e moderado à intenso. O piso se diversifica ao longo do percurso, desde serrapilheira até passarelas em madeira tratada e pontes suspensas, e as placas de sinalização indicam todo o caminho. Mesmo bem definida, àqueles que a percorrem devem sempre estar atentos, ter bom condicionamento físico e fazer uso de calçados e vestimentas apropriados, como em qualquer outra atividade em áreas naturais.
d) Turismo Fotográfico A RPPN Emílio Fiorentino Battistella oferece múltiplas possibilidades para os mais diversos segmentos da fotografia, como o artístico, informativo, publicitário, científico e tecnológico. Para praticamente todos eles a natureza se destaca como cenário ou como objeto de interesse. Segundo Gomes (1996) apud Santos e Santos (2007), a fotografia e seus processamentos de imagens são uma maneira de ver, descobrir e questionar o passado e fotografar é uma forma de expressão, congelamento de uma situação que tem seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual foto 43.
Foto 45 Inflorescência fotografada na RPPN Emílio Fiorentino Battistella, Corupá/SC, no ano de 2008. (Foto: Olivia Isfer Sobania).
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Com cada vez mais adeptos em todo o mundo, o turismo fotográfico é praticado por amadores e profissionais que planejam roteiros em busca de imagens novas e inusitadas por meio de uma leitura muito pessoal do que se vê, gerando renda e promovendo o desenvolvimento turístico aos locais visitados. Reconhecida por suas belezas, a reserva já recebeu vários fotógrafos profissionais e foi palco do concurso fotográfico “Paisagens da Mata Atlântica na RPPN Emílio Fiorentino Battistella”, promovido pela Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras e que teve como intuito estimular o olhar, a percepção e a a sensibilidade de quem fotografa.
e) Turismo Científico O Turismo científico é uma sub-dimensão do Turismo Cultural e tem como interesse a realização de pesquisa científica in loco. Normalmente realizado por pesquisadores sozinhos ou em pequenos grupos, propicia analisar a realidade sem que haja alteração ou comportamento predatório para com o objeto de estudo (ANDRADE, 1976). Segundo definição proposta em artigo pela Ciência e Turismo (2008) "é a visitação de um destino com o objetivo de realizar observações e coletar dados válidos passíveis de utilização em atividades e trabalhos com rigor científico, podendo estes serem publicados pelo próprio turista ou por pesquisadores" (Figura 27). Quando o registro fotográfico de uma espécie tem conotação artística, há possibilidade de conciliar o turismo fotográfico ao científico.
Figura 27 Registro de Pixoxó (Sporophila frontalis) no WikiAves, plataforma digital aceita pela Sociedade Brasileira de Ornitologia - SBO como ambiente virtual de registros ornitológicos (WikiAves, 2013).
O turismo científico, mesmo que em caráter pedagógico, já foi motivo de aulas e saídas de campo na unidade de conservação e, a partir de uma proposta de comunicação e marketing direcionados, podem vir a acontecer com maior freqüência.
3.1.6.4 Infra-estrutura Existente e Trilhas Autoguiadas e Interpretativas Em 1995, com a elaboração do Plano de Uso Público do então Parque Ecológico Emílio Fiorentino Battistella, foram estabelecidas diretrizes para melhorar as instalações físicas
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na zona de uso extensivo e os serviços a serem prestados. Sendo assim, a partir de 1999 uma série de benfeitorias passaram a ser realizadas ao longo dos anos, a partir de metas anuais financiadas com recursos próprios, provenientes da visitação, e por investimentos realizados pela mantenedora, a MOBASA. A descrição da infra-estrutura existente encontra-se detalhada no ítem 3.1.11.
3.1.6.5 Sazonalidade de Visitação e Perfil dos Visitantes
A sazonalidade de visitação e o perfil do público foram obtidos por meio de consultas aos inventários e balanços anuais realizados pela Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras, que utiliza como fonte de dados a Relação de Visitantes, disponível para preenchimento no Centro de Visitantes. Os dados avaliados referem-se aos anos de 2010, 2011 e 2012, conforme pode ser observado no Gráfico da figura 28.
Figura 28 Gráfico: Freqüência da visitação nos anos de 2010, 2011 e 2012.
As variações mensais permitiram que as médias anuais, mesmo com as fortes chuvas que afetaram todo o Estado de Santa Catarina nos últimos 3 anos, fossem consideradas boas. De acordo com os dados obtidos, em apenas 2 meses não foram registrados visitantes na reserva: junho de 2010 e março de 2011, o que, provavelmente, esta relacionado aos altos índices pluviométricos registrados nos anos em questão. Somente em janeiro de 2010 o Estado decretou situação de emergência em 21 cidades (Folha de São Paulo, 2010) e, em setembro 2011 foram 59 cidades atingidas em 2 dias de chuvas intermitentes, período em que 480 mil pessoas foram afetadas e 14 cidades foram consideradas em situação de emergência (uol Noticias Cotidiano, 2011). Entre 2010 e 2012 visitaram a reserva pessoas de várias regiões do Brasil e, em menor escala, de outros países. Dos estrangeiros, 3 países se destacaram: Alemanha, possivelmente por influência da forte colonização alemã no município de Corupá, Estados Unidos e Argentina (figura 29). Entre os brasileiros, os estados com maior representatividade foram Santa Catarina, Paraná e São Paulo, respectivamente (figura 30).
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Figura 29 Grafíco: Representação da procedência dos visitantes nos 3 últimos anos.
Figura 30 Grafico: Número de visitantes procedentes dos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo nos 3 últimos anos.
Muito procurado por jovens com faixa etária entre 21 a 30 anos para lazer e recreação (Figura 31), a RPPN é um destino com sazonalidade de visitação bem marcante, os picos coincidem com os meses mais quentes e o período de férias escolares, principalmente os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.
Figura 31 Gráfico Número de visitantes, nos 3 últimos anos, de acordo com a faixa etária.
O uso público na RPPN vem mudando em relação ao passado, mas o conceito de parque municipal ainda é muito forte para os moradores da região que o utilizavam como destino de final de semana para encontrar amigos e familiares, fazer churrasco, banhar-se no rio
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e cachoeiras. Durante os primeiros 10 anos (1989-1999), época em que a administração era de responsabilidade da prefeitura de Corupá, a área era tratada como um parque municipal aberto gratuitamente ao público e não era mantida seguindo os critérios propostos à categoria de Parque Ecológico (Parque Ecológico Emílio Fiorentino Battistella), como inicialmente proposto pela proprietária (figura 32)
Figura 32 Pedra Fundamental do então Parque Ecológico Emílio Fiorentino Battistella, administrado na época pela prefeitura que o inaugurou como Parque Municipal.
Contudo, devido às características geográficas e ambientais hoje protegidas pela Reserva Particular do Patrimônio Natural Emílio Fiorentino Battistella, esse uso não corresponde ao turismo responsável que a área demanda. A cobrança da taxa de entrada (prevista nas diretrizes do Plano de Uso Público, 1995) foi um primeiro passo para um novo conceito de visitação e que permite aplicar os recursos em melhorias para a própria reserva.
3.1.6.6 Atrativos Naturais e Turísticos da Região Situada sobre a Bacia Hidrográfica do rio Itapocu, Corupá apresenta grande potencial como pólo turístico não só pelas belezas naturais que possui, mas também pela cultura, arquitetura e pela crescente produção comercial de plantas ornamentais. Além dos rios que cortam a cidade, dos 67 encachoeiramentos, entre eles os da RPPN Emílio Fiorentino Battisttela, das grutas, como a Gruta da Santa no Vale dos Correias, e de trilhas nos Morros do Boi (com 950 m s.n.m), do Garrafão e da Igreja, o município conta com atrativos culturais como o Seminário Sagrado Coração de Jesus. Inaugurado em 1932 e construído em estilo gótico romano, o Seminário abriga desde 1934 o Museu de História Natural Ir Luiz Gartner, com coleções de objetos indígenas, arte sacra e aproximadamente 1.500 exemplares de animais taxidermizados. No centro da cidade, outros monumentos religiosos chamam a atenção, entre eles a Igreja Evangélica Luterana e a Igreja Matriz São José, bem como as casas em estilo alemão, italiano e polonês. Para botânicos, admiradores e profissionais que trabalham com plantas ornamentais, há vários locais para visitação: o Vitória Régia Gigante, Flora Hansa Ltda, Floricultura Mahnke, Alvim Seidel Orquidário Catarinense e Floricultura Chácara Bom Retiro. Festividades e eventos em calendário movimentam a cidade nos meses de maio, julho e novembro, como o Bananafest, o BananaLama e a Fecaplant - Feira de Plantas Ornamentais; artesanatos, produtos coloniais e alambiques são encontrados facilmente e também fazem parte do roteiro cultural. Para atender a demanda turística, o município possui 3 hotéis, 3 pousadas, 5 camping’s, restaurantes e lanchonetes, mas, atualmente os serviços turísticos são operados por uma
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única empresa. Para incentivar tal atividade e implementar ações que estimulem o turismo local, a Secretaria da Indústria, Comércio, Turismo, Esporte e Lazer de Corupá desenvolve estudo sobre o potencial turístico da cidade, que conquistou o título de “Capital Catarinense da Banana e das Plantas Ornamentais”.
3.1.7 Pesquisa e Monitoramento Na RPPN Emilio Fiorentino Battistella são realizadas pesquisas de caráter científico, demonstrando sua importância na produção técnica, visando sempre o estudo da biodiversidade e ações de conservação ambiental. A RPPN representa para instituições de ensino, pesquisa e extensão de toda região de abrangência uma referência em área de estudo. Caracteriza-se como um laboratório natural de biodiversidade genética, fauna, flora e de diferentes nichos ecológicos e ecossistemas. Muitas são as instituições de ensino médio e superior que utilizam a RPPN para realização de suas atividades de ensino, em graduação e pós-graduação em diferentes cursos. O objetivo é ampliar cada vez mais estas parcerias, para cumprir com seus propósitos de contribuir com o ensino e pesquisa. As pesquisas envolvendo a fauna são realizadas através de observações em campo, identificação da vocalização e identificação de rastros, pegadas, penas, fezes e outros indicadores, sem envolver coleta, abate ou apreensão de animais. Por este motivo não há necessidade de autorização pelo SISBIO para estas atividades científicas. Todo o material produzido a partir das pesquisas na RPPN são mantidos em acervo digital e eventualmente físico na própria reserva, servindo como fonte de consulta e arquivo científico. Na sequência são apresentadas as principais instituições, suas origens e a quantidade de alunos que visitaram a RPPN nos últimos três anos: Relação das Instituições em 2010
Campus Universitário Bezerra de Menezes Faculdades Integradas Espirita, Licenciatura Plena em Biologia, Curitiba-PR,
(44alunos); CETISA - Centro Educacional Timbó S/A, Ensino médio, Timbó-SC, (29 alunos); Univesidade da região de Joinville – Univille, Biologia Marinha, São Francsco do
Sul-SC, (24 alunos); Comando do Exército do Batalhão de Joinville, Treinamento tático, Joinville-SC, (35
participantes); PUC-PR - Pontificia Universidade Católica do Paraná, Educação Física, Curitiba-
PR, (115 alunos); Projeto Integração - Conhecendo a Empresa - Ciclo do Pinus, Rio Negrinho-SC, (9
participantes); CONSEMA - Coselho Estadual do Meio Ambiente, Reunião do Conselho,
Florianópolis-SC, (45 conselheiros); Battistella Florestal - Visita Técnica Externa, UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Rio Negro-PR, (15 alunos); UFSC-Universidade Federal de SC, Geologia Aplicada a Engenharia Sanitária
Ambiental, (70 alunos); Secretaria de Educação de Pien-PR, Professores Municipio Piên-PR, Piên-PR, (20
participantes); UFPR, Engenharia Florestal - Calouros, Curitiba-PR, (27 alunos);
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ESALQ-Piracicaba, Engenharia Florestal - Formandos, ESALQ - Piracicaba-SP, (22 alunos);
Escola Almirante Barroso Pomerode, Ensino médio, Pomerode-SC, (50 alunos); Colégio Francisco Eberhardt, Ensino médio, Joinville-SC, (58 alunos); UNC Canoinhas, Engenharia Florestal, Canoinhas-SC, (27 alunos); UDESC - São Bento do Sul, Engenharia Mecanica, São Bento do Sul-SC, (22
alunos); Policia Ambiental de Canoinhas, Protetor Ambiental Mirim - 2010, Canoinhas-SC, (55 alunos).
Relação das Instituições em 2011
Campus Universitário Bezerra de Menezes – Faculdades Integradas Espírita, Licenciatura Plena em Biologia, Curitiba-PR (20 alunos);
Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari, Técnico em sistemas de Informação Concomitante, Araquari-SC (34 alunos);
Fundação Assistência Social de Schoereder, Escola Luiz Delfino-Schoereder-SC (39 alunos); UFSC - Biologia, Botânica de campo, Florianópolis-SC (30 alunos); FURB - ENG. Florestal, Botânica de campo,Práticas Integradas 1, Blumenau (48
alunos); UFSC - Biologia, Botânica de campo, Florianópolis-SC ( 42 alunos); UNIVALI, Mini Curso Botânica de campo, Itajaí-SC (18 alunos); UFPR - Engenharia Florestal, Introdução a Engenharia Florestal, Curitiba-PR (32
alunos); Colégio Florestal de Irati, Técnico Florestal, Irati-PR (27 alunos); FURB, Engenharia florestal, Blumenau (56 alunos); UFSC - Pós graduação, Mini Curso Botânica de campo, Florianópolis-SC (16
alunos); EEB Marli Maria de Souza, Ensino médio, Joinvillle-SC (120 alunos). Relação das Instituições em 2012
PUC-PR, Biologia, Curitiba-PR, (43 alunos); E.E.B.Abdon Batista -Inovador, Ensino médio, Jaraguá do Sul-SC, (31 alunos); UFPR, Engenharia Florestal, Curitiba-PR, (29 alunos); Instituto Federal de Santa Catarina, Técnico Ambiental, Araquari-SC, ( 160 alunos); E.E.B.Luis Delfino -Inovador, Ensino médio, Blumenau-SC, (80 alunos); Projeto Pescar, Rio Negrinho-SC, (19 alunos); Policia Ambiental Canoinhas, Protetores Ambientais Mirins, Canoinhas-SC, (30
alunos); Faculdade Jangada, Educação Fisica, Jaraguá do Sul-SC, (16 alunos).
ANO Nº DE ALUNOS PÚBLICO ATENDIDO
2.009 213 Universidades
2.010 667 Ensino médio e Universidades
2.011 482 Ensino médio e Universidades
2.012 408 Ensino médio e Universidades
TOTAL 1.770
Tabela 10 Quadro Resumo do Numero de alunos atendidos nos três últimos anos
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Pesquisas realizadas
CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL DA RESERVA EMÍLIO
FIORENTINO BATTISTELLA MUNICÍPIO DE CORUPÁ/SC - Curitiba/PR Outubro-
2002, realizado por Alexander Accioly*, Charles Kupitzki*, * Acadêmicos do Curso
de Engenharia Florestal da UFPR e Carlos Vellozo Roderjan** ** Professor do
Depto. de Ciências Florestais da UFPR, Orientador.
A Serra do Mar em Santa Catarina se configura como uma barreira geográfica natural que separa a costa litorânea atlântica dos planaltos interiorizados, de forma semelhante ao que acontece em outros estados das regiões Sul e Sudeste brasileiras. Um desnível altimétrico superior a 800 m resulta em modificações ambientais significativas, refletindo variações expressivas sobre a vegetação. É neste contexto que está localizada a Reserva Emílio Fiorentino Battistella, uma área de aproximadamente 100 hectares, de propriedade da empresa "MOBASA – Modo Battistella Reflorestamento S\A", dotada de atributos notáveis não só em termos vegetacionais, mas também de uma quantidade expressiva de quedas d'água, de relevante beleza cênica. No sentido de melhor conhecer a riqueza vegetal da área, este projeto objetiva a caracterização da vegetação e o levantamento florístico das diferentes comunidades existentes.
MARCAÇÃO DE MATRIZES, CURITIBA - AGOSTO / 2006 LABORATÓRIO DE
MELHORAMENTO FLORESTAL – UFPR, realizado por: Claudia Yoshida,
Jaqueline Heimann, Kauê Vargas, Rafael Cândido, Acadêmicos do Curso de
Engenharia Florestal da UFPR e Antonio R. Higa ** Professor do Depto. de
Melhoramento Florestal da UFPR, Orientador.
Objetivo: Conhecer e selecionar árvores matrizes para implantação de um pomar de sementes de árvores nativas. Avaliar o desenvolvimento das espécies marcadas na vegetação natural, para juntamente com a literatura observar a melhor forma de adaptação das espécies para o estabelecimento do pomar de sementes. Coleta de sementes e implantação do pomar.
Nova descoberta botânica na Reserva Emilio Battistella, feita por Ademir
Reis, Prof. Universidade Federal de Santa Catarina e Diretor Científico do
Herbário Barbosa Rodrigues
A Reserva Particular do Patrimônio Natural Emilio Battistella, localizada em Corupá, em uma zona de transição entre a Floresta Ombrófila Densa (litorânea) e Mista (de Araucária) ganha cada vez mais importância na conservação da Mata Atlântica catarinense. Através de cursos realizados semestralmente, alunos de pós-graduação em Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina, estudam as potencialidades desta reserva e, em cada um destes eventos, detectam novas preciosidades nesta região. Em novembro de 2007, um curso de botânica de campo, oferecido pelo Prof. Ademir Reis para o cursos de Pós-graduação da UFSC, alunos e professores detectaram uma planta muito rara na reserva. Cientificamente a planta é denominada de Colliguaja brasiliensis e, popularmente, apesar de ser muito pouco conhecida, chamada de sarandi-de-leite. O
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Herbário Barbosa Rodrigues de Itajaí, que vem coletando e estudando as plantas de Santa Catarina, registrou esta planta apenas uma vez no Município de Faxinal dos Guedes, nas margens do rio Irani, no ano de 1964, coleta feita pelos botânicos, Padre Raulino Reitz e o americano Lymann Smith. No Paraná, também há apenas um registro na margem do rio Capivari, feito pelo famoso botânico paranaense, Gert Hatschbach em 1959. Este arbusto faz parte de um grupo de plantas denominado reófitas, ou seja, plantas que vivem em locais de corredeiras de rios. Esta planta foi localizada no alto do Rio Bruaca, um pouco acima do grande salto também com este nome, onde este rio forma um grande espraiado, com lindas corredeiras e remansos, compondo um conjunto de rara beleza cênica para os visitantes que lá conseguem chegar. As mais complexas e intrigadas interrogações é a de como esta planta consegue se manter viva em pequenas e isoladas populações no sul do Brasil? Como ocorreu sua colonização através de rios que hoje não tem qualquer forma de ligação, uma vez que a planta se dispersa pela água e, aparentemente, seus frutos e sementes não oferecem atração para os animais? Mas a preocupação maior é quanto à conservação desta e das demais plantas reófitas e seus animais associados, uma vez que os ambientes de corredeiras nos rios hoje são os mais procurados para a construção das hidrelétricas. Estes ambientes desaparecem rapidamente, mesmo antes que seja estudada, a biodiversidade que vive exclusivamente como reófila (amiga das corredeiras). Em Santa Catarina várias plantas já tiveram suas principais populações extintas ou ameaçadas por hidrelétricas construídas ou planejadas (ex. Raulinoa echinata, Dalechampia riparia, Dyckia ibiramensis, Dyckia brevifolia – Rio Itajaí: Dyckia distachya, Collaea sp. nov., na bacia do Rio Uruguai). Seria agora Colliguaja brasiliensis uma próxima se o Rio Bruaca for transformado em um lago para produzir energia elétrica? Este é um impasse dentro de uma sociedade que cresce e cada vez mais necessita de energia para manter seu consumismo e que parece, não querer discutir e assumir os problemas advindos deste crescimento. O governo catarinense vem propalando que irá realizar seu Inventário Florístico Florestal, onde uma das principais propostas seria a localização das plantas ameaçadas de extinção, evitando que novos empreendimentos (elétricos ou não) viessem a comprometê-las. Este inventário vem sendo adiado e desviado para outros interesses e a conservação da Mata Atlântica continua linda e bela em complexas leis inexeqüíveis.
AÇÕES DE MARKETING PARA A RPPN EMILIO FIORENTINO BATTISTELLA –
ROTA DAS CACHOEIRAS, CORUPÁ – SC - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE
JARAGUÁ DO SUL – UNERJ, PRÓ-REITORA ACADÊMICA, CURSO DE
ADMINISTRAÇÃO, PROGRAMA DE ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO, ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA,
PRISCILA APARECIDA DIAS:
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração do Centro Universitário de Jaraguá do Sul – UNERJ na área de concentração de Administração Mercadológica como requisito parcial à obtenção de título de Bacharel, Prof. Orientador: Esp. Marco Antonio Murara, Prof. Responsável de Estágio: MSc. Gelásio Carlini; JARAGUÁ DO SUL, JUNHO/2010 O marketing é essencial para o sucesso de toda organização, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos, nacional ou global. A função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar com clientes. Entender, criar, comunicar e
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proporcionar ao cliente valor e satisfação constitui a essência do pensamento e da prática do marketing moderno. Levando em consideração que o turismo é uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo, estas organizações passam a necessitar que suas atividades sejam dirigidas por um eficiente gerenciamento mercadológico, com o objetivo de se manterem competitivas junto as várias opções turísticas existentes. O presente trabalho foi realizado na RPPN Emilio Fiorentino Battistella – Rota das Cachoeiras, Corupá – SC, tendo como objetivo principal propor ações de marketing, visando a competitividade turística da Reserva. Para o embasamento teórico, buscaram-se conceitos e opiniões de diversos autores como: Chiavenato, Costa, Kotler, Las Casas, Malhotra, Mattar, Samara, Vaz, entre outros. O método de coleta de dados utilizado foi por meio de entrevistas e questionários, tendo como objetivos obter informações relacionadas a Reserva e também do contexto turístico do município de Corupá, identificar o perfil e o grau de satisfação dos turistas que visitam a Reserva, verificar a situação atual da reserva em relação ao seu ambiente interno e externo, e finalmente, apresentar ações de marketing através das informações obtidas, que possibilitem a atração de novos turistas e a satisfação no atendimento dos mesmos. Todos os objetivos foram alcançados e com isso, foi possível apresentar as ações de marketing que podem dar inicio ao desenvolvimento turístico da Reserva e assim, puderam tornar consideráveis os resultados deste trabalho.
Pesquisas em andamento
Levantamento da fauna de quiropteros (Chiroptera, Mammalia) da RPPN
Emilio F. Battistella, Municipio de Corupá-SC ( anexo 1 ) - FURB - Departamento
de Biologia
O presente projeto visa conhecer o conjunto taxonômico de morcegos da RPPN Emilio Fiorentino Battistella, bem como analisar fatores como reprodução, horário de atividade, alimentação e dinâmica populacional das espécies encontradas. Serão efetuadas, mensalmente, três noites de coletas em duas áreas distintas. Cada animal coletado será acondicionado em sacos de pano durante uma hora para defecar. Posteriormente serão retiradas do exemplar informações sobre seu peso, tamanho, idade e estado reprodutivo, sendo que o indivíduo receberá um colar com uma anilha numerada. As fezes contidas nos sacos de pano serão acondicionadas em envelopes de papel e levadas ao laboratório onde as sementes serão retiradas e lavadas para posterior identificação. Teremos ao final do trabalho condições de discutir a estrutura da comunidade dos morcegos nas áreas coletadas. O projeto tem como objetivo geral obter uma lista das espécies de morcegos ocorrentes da RPPN Emilio Fiorentino Battistella, Município de Corupá - SC e dados sobre sua biologia. Objetivos específicos:
Análise da diversidade de morcegos da RPPN Emilio Fiorentino Battistella, Município de Corupá - SC e arredores;
Verificação da dinâmica populacional dos animais na área; Verificação da existência de um padrão nas primeiras seis horas de atividade das
espécies no local; Verificação do período reprodutivo das espécies mais comuns; Verificação dos recursos alimentares utilizados pelos morcegos coletados.
Monitoramento
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A RPPN estabeleceu quatro métodos de monitoramentos para avaliar a efetividade das medidas empregadas para manter ou melhorar os atributos identificando e/ou reduzindo ameaças. MONITORAMENTO DA AVIFAUNA A RPPN possui na equipe de sua gestão uma bióloga que através de material fotográfico está realizando um levantamento da ave fauna para avaliar a biodiversidade e a presença de espécies ameaçadas de extinção.
MONITORAMENTO DA INFRA ESTRUTURA
Os monitores florestais realizam uma inspeção semanal da qualidade da trilha, usada pelos visitantes e registram em relatório as ocorrências de infra-estrutura. Estas ocorrências são encaminhadas ao departamento de patrimonial que programa as melhorias a serem realizadas. MONITORAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Semanalmente a RPPN recebe uma escola de Corupá / SC juntamente com a equipe da Secretaria de Educação e a Policia Ambiental de Joinvile / SC. Para avaliar a qualidade e percepção ambiental é realizada uma pesquisa de satisfação por escola. MONITORAMENTO DOS VISITANTES Todos os visitantes da RPPN tem acesso para responder voluntariamente uma pesquisa de satisfação que compõem uma serie de indicadores que facilitam perceber o perfil de nossos visitantes e o marketing da RPPN.
Figura 33 Gráfico: Origem dos Visitantes
3.1.8 Atividades Desenvolvidas na RPPN
O procedimento atual de trabalho dos funcionários envolve basicamente atendimento ao público, limpeza e manutenção das áreas comuns e instalações físicas. O atendimento ao público é constante e se inicia já na entrada da reserva. Ao recepcionar, o funcionário recebe o ticket de entrada2 e o orienta sobre possíveis riscos durante a
2 O Ticket de entrada é vendido em 2 pontos comerciais externos à unidade. Estes postos de vendas pertencem a famílias da
comunidade de entorno, que recebem um percentual de 10% sobre o valor total arrecadado; os 90% restantes são revertidos em benfeitorias para a RPPN Emílio Fiorentino Battistella. A manutenção dos postos é importante, pois além de gerar renda direta e indiretamente para a comunidade, incentiva maior vínculo com a unidade de conservação.
Santa Catarina
Paraná
São Paulo
Rio Grande doSul
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caminhada e procedimentos básicos de segurança. Entrega sacolas plásticas para acomodação de lixo e indica uma vaga no estacionamento. O estacionamento não tem custo adicional e, àqueles que quiserem aproveitar o espaço, podem fazer uso de uma das 6 churrasqueiras disponíveis no refeitório. Tanto o uso das churrasqueiras quanto dos demais espaços de uso público são regidos pelo Regimento Interno de Uso da Área, que fica exposto permanentemente em local próximo ao Centro de Visitantes - respeito, cooperação, ordem e limpeza são comportamentos obrigatórios. Ao retornar da trilha, há opção de se preencher um formulário de visitação com dados básicos: data, nome, idade, origem e campo para indicar como soube da reserva. A partir destas informações, a administradora da reserva mantém um balanço sobre sazonalidade de visitação, número de ingressos dia e locais de origem dos turistas. Orientados à prestar atendimento e conforme o caso, os primeiros socorros, os funcionários acompanham o tempo de permanência dos visitantes nas trilhas e, ao perceberem situações de ameaça ou risco, buscam intervir sempre com muita cautela e zelo. Em casos de acidentes sem gravidade as vítimas são trazidas para a sala de primeiros socorros para possíveis curativos, mas em situações consideradas graves, o Corpo de Bombeiros de Corupá é acionado para executar o resgate.
Limpeza e manutenção das áreas comuns e instalações físicas A limpeza é efetuada diariamente em todos os locais destinados a visitação e a trilha Passa Águas vistoriada 2 a 3 vezes por semana para recolhimento de lixo, manutenções e intervenções que se fizerem necessárias. Entre os serviços mais comuns, restauração da estrutura dos corrimãos, com substituição de palanques e de peças deterioradas; revitalização do piso das trilhas, com delimitação e drenagem em trechos suscetíveis a pisoteio, acúmulo de água e/ou erosão; limpeza de tábuas em pontes e decks (para evitar proliferação de musgos e fungos) e colocação/troca de fitas antiaderentes em passarelas de madeira. A movimentação dos funcionários pela Passa Águas tem também o intuito de coibir a presença de possíveis caçadores e/ou palmiteiros, mesmo que não se tenha registro da presença dos mesmos na zona de uso extensivo.
Atividades desenvolvidas que envolvem sensibilização e educação ambiental
Atualmente a sensibilização ambiental ocorre de forma tímida, por meio de conversas isoladas e pontuais com algumas pessoas que demonstram interesse em ambiência e suas vertentes. A educação ambiental formal, realizada entre 1997 e 2012, passa por reorganização conceitual e logística e, deve voltar a ser desenvolvida com o início do ano letivo de 2014, conforme abordado no item 1.8.2.1.
3.1.9 Sistema de Gestão
A administração e o gerenciamento da área são realizados pela Mobasa Reflorestamento, através da Associação de Preservação e Ecoturismo “Rota das Cachoeiras”. A Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras foi criada com a finalidade de zelar pelo patrimônio ambiental da região do Rio Correias – Fundos do Rio Novo, em Corupá, Santa Catarina, e desde a sua fundação tem sido a comodatária da área denominada RPPN Emílio Fiorentino Battistella, constituída como RPPN pela portaria IBAMA número 53/2.002. A Associação, entidade do 3º setor, sem fins lucrativos, conta com diversos conselhos, com a participação da comunidade local e autoridades dos mais diversos segmentos, além da participação da empresa proprietária da área, a empresa Mobasa Reflorestamento S/A.
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A Associação conta então com a Assembléia Geral, órgão máximo da entidade, com o Conselho Orientador Técnico, Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Conselho Curador, cada qual com a sua competência definida em seu estatuto e com reuniões periódicas definidoras de rumos da entidade. A participação comunitária é vista com uma das grandes forças dessa unidade de conservação, pois além de submeter às ações dentro da RPPN a um diálogo salutar, capacita a comunidade para operar outras áreas de preservação locais. Conselho Curador (COC) O Conselho Curador (COC), composto de 7 (sete) membros efetivos todos associados e natos, é assim constituído:
Um representante do Poder Executivo Municipal de Corupá; Um representante do Poder Legislativo Municipal de Corupá; Um representante da Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente e
Desenvolvimento do Turismo, do Município de Corupá; Um representante da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de
Corupá- ACIAC; Dois representantes da Mobasa Reflorestamento S.A.; Um representante da comunidade que abriga os moradores da localidade de
Rio Novo e áreas das nascentes e cursos do Rio Novo. Conselho Diretor (CDR) O Conselho Diretor, órgão executivo da Associação, é composto do Diretor Executivo, de um 1º Secretário, um 2º Secretário , um 1º Tesoureiro e um 2º Tesoureiro. Conselho Orientador Técnico (COT)
O Conselho Orientador Técnico, composto de 7 (sete) membros efetivos todos associados e natos, é assim constituído:
Dois representantes da Mobasa Reflorestamento S.A.; Dois representantes da Prefeitura Municipal de Corupá; Um representante do Órgão de Defesa Ambiental, homologado pelo Conselho
Curador; Dois representantes nomeado por universidades/institutos da região (Sul);
Conselho Fiscal (CFS)
O Conselho Fiscal é formado por três titulares, e igual número de suplentes eleitos pela assembléia geral dos associados.
3.1.10 Pessoal A administração da RPPN Emilio F. Battistella é realizada pela APERC – Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras, que contratou a empresa especializada em serviços ambientais, Macro Visão Consultoria Ambiental. A RPPN Emilio F. Battistella não possui funcionários próprios, sendo que as atividades de administração e manutenção são realizadas através da empresa contratada, que possui uma equipe composta por um engenheiro florestal, um biólogo e dois monitores ambientais, e que residem na localidade. Esporadicamente, em períodos de maior atividade, é realizado o deslocamento de funcionários da Mobasa Reflorestamento para atendimento de casos especiais. Existe a possibilidade de se obter, através de parcerias, como da Mobasa, funcionários terceirizados para realização de atividades de manutenção e fiscalização da RPPN.
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3.1.11 Infra-estrtura A RPPN Emilio F. Battistella mantém em sua sede uma infra-estrutura de administração e para atendimento público, que contemplam:
01 guarita na entrada do estacionamento destinada a recepção dos visitantes (foto 44);
Estacionamento com capacidade para aproximados 80 veículos, incluindo ônibus de turismo;
06 churrasqueiras cobertas (foto 45), mesas e 02 banheiros, 01 feminino e outro masculino. Ambos contam com 02 boxes com chuveiros;
01 paredão de escalada, ainda inativo, mas apto para uso a partir de um procedimento de concessão a ser adotado;
01 centro de Visitantes, denominado Anfiteatro de Educação Ambiental Júlio Hupka (foto 46), com: sala de apresentação de palestras e audiovisual equipada (foto 47), 01 sanitário feminino e outro masculino, 01 sala para amostra de peças taxidermizadas e conservadas e 01 bancada com espaço para venda de souvenirs e publicações;
01 sala de primeiros socorros equipada com itens básicos para prestação de ajuda imediata a uma pessoa ferida até à chegada de atendimento profissional. Conta também com 01 maca de transporte e 01 mesa para exames (foto 48);
Placas de sinalização e de interpretação ambiental, confeccionadas em madeira e placas de alumínio e ferro, em toda zona de uso extensivo da RPPN;
01 quiosque, entre a 1ª e a 2ª cachoeiras, destinado a atividades de Sensibilização e Educação Ambiental (foto 49);
02 trilhas interpretativas principais, chamadas de Trilha Passa Águas, atualmente em uso, e Trilha do Araçá, que encontra-se desativada;
03 pontes pênsil no decorrer da Trilha Passa Águas, com telas laterais e corrimão (foto 50). Passarelas, escadas e mirantes em madeira tratada no percurso da trilha principal e dos acessos às cachoeiras (fotos 51, 52 e 53);
Lixeiras seletivas nas áreas comuns e lixeiras individuais nos pontos de maior movimento na trilha e em seus acessos.
Depósito de materiais de manutenção – guarda de ferramentas;
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Figura 34- Croqui de localização da infra estrutura na área administrativa
Foto 46- Entrada com guarita, centro de visitantes, churrasqueiras com salão de eventos e sala de palestras
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Foto 47 - Sala de Primeiros Socorros. Foto 48- Sala de Primeiros Socorros.
Foto 49- Lixeiras seletivas no acesso ao espaço de educação ambiental, estruturado para aulas práticas.
Foto 50 - Exemplo de pontes, passarelas, escadas e mirantes em madeira tratada no decorrer da trilha Passa Águas.
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Foto 52 Portaria: ponto de recepção do visitante e apresentação de ingresso;
Foto 51 -Centro de visitantes – local utilizado para apresentação de informações ambientais da RPPN e da Mata Atlântica e educação ambiental – Possui 40 cadeiras escolares estofadas, tela de datashow, quadro branco e banheiros masculino e feminino
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Fotos 53, 54, 55 e 56 Galpão com churrasqueiras, mesas e banheiros – feminino e masculino (Banheiro, mictórios e chuveiros);
Foto 57 Lixeiras com identificação de recicláveis;
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Foto 58 Foto 59 Pontos comerciais – quiosques para atendimento público – (lanchonete);
Foto 60 Foto 61 Paredão de escalada – esportes radicais com diferentes graus de dificuldade
Foto 62 Placas – segurança, educativas, informativas – aplicadas no pátio, galpão, centro de visitantes e trilhas
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Infra estrutura de trilhas
A RPPN possui duas trilhas para visitação, sendo que a trilha do Araça está interditada devido a um desastre natural ocorrido em 2010, com o deslizamento da encosta, e deverá ficar assim por longo período, pois não oferece segurança aos visitantes.
Figura 35 Mapa das Trilhas da RPPN
A trilha de acesso às 14 cachoeiras conhecida como Passa Águas tem extensão de 2.950 metros e conta com a infra-estrutura de pontes, decks e corrimões construídos em madeira de pinus certificada e decks de pedra natural da própria reserva, para dar segurança ao visitante a ao ambiente. Essa trilha da acesso às cachoeiras, e em seu trajeto os visitantes podem contemplar as cachoeiras do Rio Novo. As infra-estruturas nela existentes contemplam:
Foto 63- Ponte de concreto e madeira na 14ª Cachoeira com grade lateral
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Foto 64 - Ponte pencil ( em cabo de aço) na 4ª cachoeira, com grade lateral;
Foto 65 - Ponte pencil ( em cabo de aço) na 4ª cachoeiras, com grade lateral;
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Foto 66 - Ponte fixa ( com uso de viga I - trilho de aço) na 12ª cachoeiras, com grade lateral;
Foto 67 - Deck de descanso na 4ª cachoeira, com área de 18 m² e outro com 40 m²;
Foto 68 - 218,10 metros de deck com madeira de pinus certificado;
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Foto 69 Foto 70 Foto 71 Foto 72 - 632 metros de corrimão duplo, com madeira de pinus tratado;
Placas educativas; Placas orientativas; Placas de segurança; Pontos de coleta de resíduos com indicação de categoria de resíduo.
Na tabela 11 são apresentadas as extensões das travessias sobre o Rio Novo, que fazem parte da trilha Passa Águas, sendo a ponte da 1ª e da 4ª cachoeiras construidas em cabos de aço e madeira, e as pontes da 12ª e 14 ª cachoeiras, construídas em estruturas de aço tipo viga I, associadas à cobertura de piso em madeira de Pinus tratada e certificada.
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Tabela 11 - Estruturas da trilha Passa Águas na RPPN Emílio F. Battistella
PONTO Comprimento (m) Largura Altura
Ponte 1ª Cachoeira 23,00 1,00m 3,50m
Ponte 4ª Cachoeira 23,00 0,85m 3,00m
Ponte 12ª Cachoeira 18,20 1,20m 2,70m
Ponte 14ª Cachoeira 19,70 1,10m 2,20m
SOMA 83,90
Tabela 12 - Infraestrutura das trilhas da RPPN
ESTRUTURAS DA RPPN EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
PONTO Corrimão (m)
Deck com Corrimão
(m)
Deck (m) Deck P Deck G
1ª a 4ª 632 9
4ª 18m² 40m²
5ª 7 87
6ª 2
7ª e 8ª 32
9ª 24,7 6
10ª 11,2 4,8m²
12ª 31,5
14ª 7,7
SOMA 632 95,2 122,9
Manutenções de infra estruturas já existentes Em caso de ocorrências climáticas que tragam danos às infra estruturas já existentes na trilha, tais como quedas de árvores, de barreiras, enxurradas e deslizamentos de encosta e nps casos de uso indevido pelos visitantes ocasionando danos de quebras nos materiais aplicados, serão realizadas manutenções de recuperação das infra estruturas e limpeza da trilha com utilização das ferramentas necessárias para garantir a segurança dos visitantes. Essas ações sempre são tratadas em caráter de emergência Em caso de quedas de árvores sobre a trilha, as mesmas podem ser aproveitadas para construção de bancos para descanso ou, em condições que fiquem sobre a trilha sem oferecer risco ao visitante, são tratados como novos atributos naturais na mesma. O conjunto das infra estruturas de piso em pedras, deck’s de madeira, pontes de cabos de aço e pontes com uso de vigas de aço com deck’s em madeira também tem o propósito de permitir e facilitar a tomada de fotos pelos visitantes, minimizando riscos de segurança e evitando danos ambientais fora da trilha.
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Ampliação da infra estrutura e novas instalações
Novas alternativas de recreação estão sendo planejadas tais como atividades de árvorismo associada a tirolesa sobre cachoeira, paredão de escalada em rocha e decks para acesso de cadeirantes e idosos até a 1ª cachoeira. As novas obras serão objeto de projetos a serem apresentados ao ICMBio para aprovação e sua execução se dará após esta anuência.
3.1.12 Equipamentos e Serviços
Tabela 13 - Relação dos euipamentos da R.P.P.N. Emilio Fiorentino Battistella - 2102/13, para manutenção de suas infra estruturas
Itens Unidades
Cordas para escalada no paredão com 30 metros 3
Cadeiras de escalada 5
Cadeiras plasticas encaixaveis - tipo barco (operador) 3
Jogo de agarras com 80 peças 1
Mosquetão 8
Freios 8
Luvas 4
Capacete para atividades de escalada 4
Corda escalada para resgate de alto risco ( 120 metros) 1
Cadeirinha de escalada para resgate 1
Maca especial de resgate para alto risco 1
Mosquetão 6
Freios 6
Luvas 2
Balcão de exposição/guarda souveniers 1
Cadeiras escolares almofadadas 42
Quadro branco 1
Tela para apresentação slides 1
Televisão 1
Video 1
Armadilhas fotograficas 2
Câmara Fotografica 1
Cadeiras giratórias de escritório 2
Rádios comunicadores internos 2
Foice 3
Facão 2
Serrote com cabo extensivo (6 metros) 1
Pá 3
Alavanca 1
Marretas 2
Rastelo 4
Geladeira 2
Fogão á gás 1
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Lava jato 1
Diversos (martelo, jogo de chanes de fenda, rosca) Diversos
Serra tico tico 1
3.1.13 Recursos Financeiros
A manutenção da RPPN é feita através de recursos oriundos da venda de ingressos e da participação da empresa proprietário-Mobasa, em forma de material ou de serviços específicos. Casos específicos de apoio são obtidos através da elaboração e aprovação de projetos via órgãos públicos, organizações não-governamentais (ONGs) e instituições particulares. O custo médio anual está em torno de R$ 270 a R$ 300 mil/ano, entre mão de obra e materiais de manutenção. Novas obras de infra-estrutura estão fora desse valor.
3.1.14 Formas de Cooperação Alcançar os objetivos propostos em uma RPPN somente é possível através do estabelecimento e manutenção de parcerias. Em vista disso, a RPPN Emilio F. Battistella mantém parcerias informais, com instituições de ensino e pesquisas que assumem o compromisso com a conservação da natureza, somando esforços e viabilizando a gestão.
Parcerias Informais Herbário Barbosa Rodrigues Esta instituição nos acompanha e apóia desde os primeiros passos dados em busca do reconhecimento e da criação e consolidação desta UC. Foram várias as ações e encaminhamentos em favor da RPPN, sendo que através desta parceria, avanços ocorreram em favor da conservação da natureza em nossa região. RPPN Catarinense
Vem contribuindo significativamente na busca de conhecimento e divulgação dos trabalhos e pesquisas desenvolvidos na conservação do meio ambiente de Santa Catarina Batalhão Ambiental da Brigada Militar (Joinville-SC) Instituição pública Estadual que há mais tempo atua em parceria com a RPPN Emilio F. Battistella. O apoio no monitoramento, fiscalização da UC e seu entorno e a parceria na realização de atividades de educação ambiental contribuem de forma significativa no reconhecimento da RPPN junto à sociedade de Corupá, região e estado de Santa Catarina. Ministério Público Estadual (MP) Através do Centro Especializado em Meio Ambiente de Justiça Especializada o MP vem acompanhando e apoiando a RPPN em todos os seus riscos. A especial atenção dispensada, consolida e fortalece a RPPN junto às diversas instituições públicas e privadas bem como as ONGs e a comunidade em geral. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) O apoio institucional do IBAMA em parceria com a RPPN contribui no processo de reconhecimento da área como UC, no esforço de conservação e no fortalecimento das áreas protegidas da região do Planalto Norte de Santa Catarina. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
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Instituição sediada em Florianópolis, que vem apoiando as ações, eventos e atividades desenvolvidas pela UC no contexto regional. Sua participação, junto a RPPN, na rede da Associação Catarinense de RPPN´s, vem contribuindo no conhecimento no na divulgação das RPPNs como alternativa de conservação da natureza bem como na valorização das áreas naturais protegidas. Fundação SOS Mata Atlântica (SOSMA) Esta instituição juntamente com a Conservação Internacional (CI) e The Nature Conservancy (TNC), vem apoiando a elaboração do Plano de Manejo da RPPN Emilio F. Battistella, através do programa de incentivo às RPPNs da Mata Atlântica, projeto aprovado em seu X edital. Corpo de Bombeiros da Brigada Militar
Instituição que vem ao longo dos anos, sempre que solicitado realizando o atendimento de primeiros socorros aos visitantes da reserva quando em situações especiais de resgate, desempenhando assim papel fundamental na proteção das pessoas. UFPR _ Universidade Federal do Paraná
A UFPR mantém participação na reserva através de visitas técnicas com alunos da graduação do curso de engenharia florestal nas disciplinas voltadas às áreas de conservação e com o curso de geografia com aulas de campo da pós graduação e pesquisas. Prefeitura Municipal de Corupá O poder público de Corupá, tanto através do executivo como do legislativo tem participação direta nos conselhos da associação rota das cachoeiras. A prefeitura mantém apoio logístico de transporte escolar para o programa de educação ambiental, organizando os trâmites de liberação, deslocamento/viagem dos alunos até a reserva através da secretaria de educação. A infraestrutura de estradas, pontes e sinalizações do percurso para se chegar até a reserva é mantido pela prefeitura. Esta em inicio no Município um plano de turismo, que contempla todos os atributos locais e regionais num roteiro turistico, onde a RPPN é considerada um dos principais atributos e terá suas divulgações através do site do Municipio.
3.2.Caracterização da Propriedade
A propriedade onde está inserida a RPPN, já caracterizada nos itens anteriores (diagnóstico) possui também alojamento de apoio a pesquisadores em área externa à reserva, para atendimento de pesquisadores, estudantes, estagiários e guarda parque. Possui uma estrutura com estacionamento, banheiros, cozinha, lavanderia (Foto 73, 74, 75 e 76), com capacidade para atender até 40 pessoas (Beliches, colchões, materiais de cozinha).
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Fotos 73, 74, 75, 76 Alojamento disponibilizado para pesquisadores e acadêmicos em área externa à RPPN - cozinha, sala de estar, apartamentos e banheiros (Fotos: Langa. R)
3.3 Caracterização da Área do Entorno
Fundada em 1897, Corupá, cujo nome de origem indígena significa “paradeiro de seixos”, foi colonizada por imigrantes italianos, austríacos, suíços e, principalmente por alemães que influenciaram a cultura e arquitetura local. Com crescimento populacional pouco expansivo, sua população residente em 2010, segundo Censo Demográfico do IBGE (figura 35), era de 13.852 habitantes, dos quais 6.850 eram mulheres e 7.002 homens.
Figura 36 Gráfico Distribuição da população do município de Corupá por sexo e grupos de idade - Gráfico Censo Demográfico IBGE 2010 (IBGE, 2013).
Com 402,789 km2 de espaço territorial, a população do município se distribui em áreas urbanas, 77% dos habitantes, e rurais, 23%, fator que pode ter influenciado o acesso a educação, pois 89,27% da população residente é alfabetizada. A educação pública ofertada é considerada boa e o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica - IDEB, elevado. Em 2011, o IDEB do município (que é calculado a partir do fluxo de aprovação e aprendizado) ficou 24% acima da meta estabelecida pelo Ministério da Educação para o referido ano, com nota equivalente a 6,3 numa escala de 0 a 10 (Portal IDEB, 2013).
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Dos 1.830 alunos matriculados e cursando os Ensinos Infantil e Fundamental da rede municipal de educação, 320 estão matriculados em 03 Centros de Educação Infantil e 1.510 em 03 Escolas Municipais de Ensino Básico. As Escolas Estaduais são 02 e atendem 1.370 alunos que cursam o Ensino Fundamental e Médio (Secretaria de Educação de Corupá com pess., 2013). A saúde conta com 6 estabelecimentos para atendimento a população (IBGE, 2013) e a economia vem se destacando no turismo, na produção de plantas ornamentais e, principalmente, na indústria (Secretaria de Indústria, Comércio, Esporte, Lazer e Turismo de Corupá, com pess., 2013). O turismo cresce e se fortalece com roteiros em áreas naturais devido a geografia local, a exemplo da RPPN Emílio Fiorentino Battistella, e conta com eventos previstos no calendário municipal, entre eles, 3 se destacam: BananaFest, evento que movimenta a produção e comércio locais; BananaLama, somente no ano de 2012 recebeu 50.000 pessoas em 4 dias de evento, sendo que a expectativa para 2013, ano da 10ª edição, é a de receber 60.000; FECAPLANT - Feira Catarinense de Flores e Plantas Ornamentais, que ocorre no município a cada 2 anos e em maio de 2013 o público foi em torno de 16.500 pessoas em apenas 3 dias de exposição.
Nos outros segmentos da economia, a produção de plantas ornamentais e a indústria vem ganhando cada vez mais espaço. Conhecida como a capital catarinense da banana, a indústria têxtil, moveleira e metalmecânica contribuem com 70% da economia local, sendo que outros 18% são resultados do comércio e da prestação de serviços e 12% é que advém da bananicultura e agricultura familiar (Diário Catarinense, 2012). A bananicultura é organizada e representada pela Associação dos Bananicultores de Corupá - ASBANCO. Com cerca de 500 associados ativos em 2012, a ASBANCO entre outras atividades promove a integração e certificação das produções, que se estendem por grande parte da área rural do município, como ocorre no entorno da RPPN (foto 84 e 85).
Foto 77 Nos arredores da reserva, produções de banana Foto 78 central de armazenamento de pencas
para a posterior distribuição
Em todo a área rural do município, inclusive nas imediações da RPPN, há grande concentração de bananais que, durante o processo produtivo recebem muito fertilizantes, sobretudo nitratos. Os nitratos, por serem altamente solúveis em água, acabam sendo lixiviados pelo solo e contaminando rios e lençóis freáticos (WOEHL; WOEHL; KAMCHEN, 2006). À noroeste da reserva, uma pedreira para extração de saibro no rio Mandioca
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também gera impactos locais com a contaminação do rio, degradação e erosão de suas margens (fotos 79 e 80). Reflorestamentos de pinus e eucaliptos, muito comuns, não só alteram a paisagem como a qualidade do solo, da água e a dinâmica das relações intra e inter-específicas, mas, quando implementados e manejados de modo adequado, podem ter os impactos ambientais minimizados (SILVA, 2001).
Foto 79 e Foto 80 Uso e ocupação do solo a poucos quilômetros da RPPN Emílio Fiorentino Battistella.
A vizinhança confrontante da RPPN Emílio Fiorentino Battistella é composta por 22 propriedades, conforme no anexo Mapa 2 de Uso e Ocupação do Solo, das quais 2 localizam-se à oeste da RPPN e referem-se as áreas de reflorestamento, as demais são de famílias residentes que se dedicam quase que exclusivamente à bananicultura. As casas, em sua grande maioria, ficam muito próximas à estrada de chão que dá acesso à reserva e, nos meses de maior visitação na RPPN E.F.B., são, de certo modo, afetados pela poeira dispersada pela movimentação de veículos que acessa a reserva e passa por residências e plantações.
3.4. Possibilidade de Conectividade Com 1.156,33 ha, a RPPN Emílio Fiorentino Battistellaencontra-se inserida numa região em que a preocupação com a qualidade dos recursos hídricos frente ao uso e ocupação do solo impulsionou a criação de diferentes categorias de áreas protegidas, como APA - Área de Proteção Ambiental3, EE - Estação Ecológica4, RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural e PNM – Parque Natural Municipal, comopode ser observado na imagem da bacia hidrográfica do rio Itapocu abaixo (Figura 36). Ao todo, na Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu são 03 APA’s, 01 Estação Ecológica, 04 RPPNs (incluindo a RPPN E.F.B) e 01 Parque Natural Municipal, que somam pouco mais de 79.954 ha, como segue:
- APA do Rio Vermelho/Humbold, município de São Bento do Sul: foi criada através da Lei Municipal 246/1998, abrangendo área de 23.000ha.
3Área de Proteção Ambiental: área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos naturais, estéticos e culturais importantes para a qualidade de vida e o bem estar das populações (SNUC, 2011). 4 Estação ecológica: unidade de conservação de proteção integral e tem como objetivo a preservação da natureza e a realizaçã o de pesquisas científicas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional e a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável.
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- APA Alto Rio Turvo, município de Campo Alegre: criada através da Lei Municipal 2347/1998, faz divisa com São Bento do Sul e Jaraguá do Sul e possui 7.000 ha, mas, mesmo sendo área destinada ao uso sustentável, sofre com a ação de mineradoras que exploram o caulim encontrada em seu sub-solopara a fabricação de louças e isolantes elétricos, entre outros.
Figura 37 - Unidades de Conservação localizadas na Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu (AMVALI, 2012).
- APA da Serra da Dona Francisca, Joinville:instituída pelo Decreto Municipal
8055/1997, possui40.177,71 ha e abrange 35% da área total do município em sua porção oeste, englobando a região das encostas da Serra do Mar e Planalto Ocidental além dos mananciais dos rios Cubatão e Piraí, os quais constituem as principais fontes de abastecimento público de Joinville.
- Estação Ecológica Bracinho,localizada na região oeste do município de Joinville: possui aproximadamente 4600 ha e abrange parte do município de Schroeder. Em seu perímetro,relevo acidentado e nascentes dos rios Bracinho e Piraí.
-RPPN Fazenda Caetezal, Joinville: criada pela Portaria 168 – DOU 219 de 16/11/2001, possui 4.613,80 ha.
- RPPN Reserva de Fontes e Verdes, nos municípios de Jaraguá do Sul e Rio dos Cedros: foi criada pelo decreto Estadual 3755/2010, com 130,47 ha.
- RPPN Rã Bugiu, Guaramirim: criada pela Portaria 02 – DOU 24 de 06/02/2008, possui 4,75 ha.
- Parque Natural Municipal Caminho do Peabiru, município de Barra Velha próximo à área central da cidade e ao Rio Itapocu: foicriado pelo Decreto Municipal 428/2007 e apresenta 428 ha.
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Outras Áreas de Proteção Ambiental e Permanente nas proximidades da reserva também foram criadas a fim de garantir a manutenção e conservação dos recursos naturais, principalmente sob a área de influência da Bacia Hidrográfica do Rio dos Bugres:
- APA dos Campos do Quiriri, Campo Alegre: criada através da Lei Municipal 2.348/1998, contempla em seus 1.400 ha campos de altitude, atingindo em seu ponto mais alto 1500 metros, de onde se consegue avistar o litoral. Nesta APA encontra-se a nascente do Rio Negro, que separa os Estados de Santa Catarina e Paraná, e as nascentes e vertentes do Rio Cubatão, que abastece a cidade de Joinville.
- APA da Bacia Hidrográfica do Rio dos Bugres, município de Rio Negrinho: criada através da Lei Municipal 1.093/1998 para garantir o uso ambientalmente correto de seus 8.000ha, é ocupada basicamente por fazendas de gado e de agricultura.
- APA da Represa do Alto Rio Preto, Rio Negrinho: criada através da Lei Municipal 1.095/1998, possui 16.000 ha.
Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal: - Fazenda Rio Novo, municípios de Rio Negrinho e Corupá: de propriedade da
MOBASA Reflorestamento S/A, faz divisa com a RPPN Emílio Fiorentino Battistella e possui 464,36 ha de APP.
- Fazenda Bruacas, município de Corupá: pertencente a WEG Indústrias S/A,também faz divisa com a reserva e possui aproximadamente 422 ha de APP e Reserva Legal.
Com a somatória de áreas protegidas na região em que se encontra a RPPN, não se pode descartar a possibilidade de conectividade entre elas, principalmente se considerado o fato de algumas áreas florestadas estarem relativamente perto uma da outra, como ocorre entre a RPPN Emílio Fiorentino Battistella e a porção sudoeste da APA do Rio Vermelho (Figura 37).
Figura 38 - Imagem de satélite em escala de 1:8530 da BING TM, 2010, que demonstra a proximidade das áreas florestadas da RPPN Emílio Fiorentino Battistella (em azul) e da APA do Rio Vermelho Humboldt (em amarelo).
Entretanto, a pouca distância não é o único fator a ser considerado quando se tratade conectividade e, consequentemente, de deriva genética5 entre fragmentos florestais.
5Deriva Genética:é a variação do fundo genético existente nas populações, que se encontra em harmonia com a seleção natural e é resultante do acaso. Este é um processo estocástico (aleatório), que desempenha seu papel sobre as populações, levando à modificação alélica (gene pool) desta
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As pesquisas em fragmentação florestal, em sua grande maioria, se baseiam principalmente nas teorias sobre biogeografia de ilhas6 e de metapopulações7. Definida como uma separação ou desligamento não natural de áreas amplas em frações espacialmente segregadas, a fragmentação florestal promove a redução dos tipos de habitat e sua divisão remanescente em unidades menores e isoladas (Forero-Medina, G.; Vieira, M.V., 2007). A diminuição no tamanho dos fragmentos e o seu isolamento em forma de ilhas desencadeiam alguns processos ecológicos e genéticos populacionais com consequências potencialmente desastrosas. Do ponto de vista genético, isso leva a redução no número efetivo de indivíduos da população, reduz a densidade de indivíduos reprodutivos, aumenta a distância entre co-específicos reprodutivos e, com isso, aumenta a taxa de autofecundação e o risco de perda de alelos em decorrência da homozigose e da deriva genética. O resultado deste processo é conhecido como erosão genética, caracterizado pela perda de alelos e, consequentemente, da variabilidadegenética e da capacidade das espécies de reagir às múltiplas pressões ambientais para sobreviver e continuar gerando descendentes viáveis (Shimizu, J.Y., 2007). Entre as espécies animais, a capacidade de perceber um habitat à distância é um dos mecanismos comportamentais determinantes no sucesso de dispersão. A capacidade perceptual é definida como a distância máxima na qual um elemento da paisagem pode ser percebido ou detectado por um animal, a qual determina a facilidade de localizar fragmentos de habitat e o tempo de procura em uma matriz que pode ser desfavorável. A capacidade perceptual é um determinante importante da conectividade funcional da paisagem e a sensibilidade de uma espécie à fragmentação será, também, uma função da sua capacidade perceptual (Forero-Medina, G.; Vieira, M.V., 2007). Não menos necessário, Deste modo, considerando a complexidade que envolve a possibilidade ou não de conectividade entre áreas naturais com a devida dispersão gamética e manutenção gênica, propõe-se por meio deste documento, aos interessados, entusiastas, pesquisadores e ambientalistas, a reflexão sobre a formação de mosaicos de áreas protegidas.
Os mosaicos de áreas protegidas são definidos como conjunto(s) de unidades de conservação ou outras áreas protegidas públicas ou privadas, localizadas próximas, justapostas ou sobrepostas entre si. Têm como principal objetivo promover a gestão integrada e participativa de suas áreas protegidas componentes, respeitadas as diferentes categorias de manejo e objetivos de conservação. Trata-se, portanto, de instrumento de gestão ambiental com forte viés de planejamento territorial, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional.
Lei Federal 9.985/2000, Decreto 4340/2002.
e a predominância de determinadas características na população. Embora este seja um mecanismo de evolução, não produz adaptação. Todas as populações sofrem deriva genética; contudo, quanto menor for a população, mais rápido e drástico é o efeito da deriva genética. Este efeito pode ser um problema para as espécies que se encontram em extinção, por possuírem populações pequenas (Fonte: www.infoescola.com) 6 Teoria da biogeografia de ilhas: estuda a influência do tamanho do fragmento de habitat e do seu isolamento nas populações. Com base nessa teoria,
ilhas pequenas tendem a conter menos espécies que ilhas grandes, apresentando taxas de extinção mais elevadas. Ilhas próximas de uma fonte de
colonizadores podem ser capazes de abrigar um número maior de espécies devido às taxas mais altas de imigração(Forero-Medina, G.; Vieira, M.V.,
2007). 7 Teoria de Metapopulações: se baseia na conectividade e intercâmbio entre populações espacialmente distribuídas. Conceitua metapopulação como
a série de populações de organismos co-específicos (populações vizinhas), existindo ao mesmo tempo e ocupando, cada uma, áreas diferentes.
Algumas dessas populações estariam em declínio, extinguindo-se temporariamente no local, enquanto outras aumentariam
demograficamenterealimentando as primeiras(Forero-Medina, G.; Vieira, M.V., 2007).
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Ressalta-se ainda que iniciativas para a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural, como a que levou a implementaçãoda RPPN Emílio Fiorentino Battistella,configuram no cenário brasileiro como estratégias fundamentais para a implantação dos Corredores ecológicos ou Corredores de Biodiversidade, particularmente em biomas como a Mata Atlântica, onde a maior quantidade da vegetação nativa remanescente está em imóveis rurais privados (WWF, 2008). As RPPNs podem se sobrepor às APAs, como ocorre com a RPPN Caetezal, em Joinville, com 4.613,80 ha, e assim, garantir maior proteção aos recursos naturais e ao patrimônio genético.
3.5. Declaração de Significância
Inserida na região hidrográfica da Baixada do Norte Catarinense, juntamente com as bacias hidrográficas do complexo da baía da Babitonga, a bacia hidrográfica do rio Itapocu é considerada a maior e mais importante da porção norte do Estado de Santa Catarina (WOEHL; WOEHL; KAMCHEN, 2006). Com 3.160 km2, abrange população estimada em 500 mil habitantes e contempla integralmente 5 municípios, Araquari, Corupá, Jaraguá do Sul, Schroeder e Guaramirim; e parcialmente 07, Barra Velha, Massaranduba, São João do Itaperiú, São Bento do Sul, Campo Alegre, Joinville e Blumenau (AMVALI, 2013). Na bacia hidrográfica do rio Itapocu ocorrem 2 tipos de rios, os que nascem na Serra do Mar e àqueles originados na planície, sendo que o rio que lhe dá o nome, rio Itapocu, se forma no município de Corupá a partir da junção do rio Humboldt com o rio Novo, desaguando no oceano Atlântico nas proximidades do município de Barra Velha (AMVALI, 2013). O relevo acidentado e a densa floresta que cobria a bacia antes da colonização foram fatores determinantes para a ocupação humana ao longo dos rios (WOEHL; WOEHL; KAMCHEN, 2006). Com 116 km de extensão, o rio Itapocu sofre fortes perturbações antrópicas até chegar no Atlântico, entre as mais impactantes o abastecimento urbano, a diluição de esgoto em suas águas, atividades industriais, a agroindústria, irrigação e mineração, que são agravadas pela especulação imobiliária e necessidade de expansão da produção (MEYER et all, 2011). Devido a significância de todo a bacia do rio Itapocu para os abastecimentos público e industrial da região, muitos foram os estudos e iniciativas para equacionar e encontrar soluções de forma participativa com o intuito de minimizar as pressões sobre seus recursos hídricos e ecossistemas associados (AMVALI, 2013). Segundo Leila Meyer et all. (2011), para assegurar a proteção de seus remanescentes florestais e viabilizar a manutenção de teias alimentares, minimizando a simplificação da biodiversidade, devem ser implementadas novas unidades de conservação e corredores ecológicos. De encontro com esta demanda, a RPPN Emílio Fiorentino Battistella protege inúmeros encachoeiramentos do rio Novo em seus 1.156,33 ha. Localizada no município de Corupá, é considerada a 3ª maior unidade de conservação de toda bacia hidrográfica do rio Itapocu (com exceção das Áreas de Proteção Ambiental - APAs) e compreende porções de Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana em estágios avançados de sucessão vegetacional, onde há ocorrência de biodindicadores8.
8 Bioindicadores: são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de
uma determinada condição ambiental. Os bioindicadores são importantes para correlacionar com um determinado fator antrópico ou um fator natural
com potencial impactante, representando importante ferramenta na avaliação da integridade ecológica (condição de “saúde” de uma área, definida
pela comparação da estrutura e função de uma comunidade biológica entre uma área impactada e áreas de referência). Os bioindicadores mais
utilizados são aqueles capazes de diferenciar entre oscilações naturais (p.ex. mudanças fenológicas, ciclos sazonais de chuva e seca) e estresses
antrópicos (UFMG / Laboratório de Ecologia de Bentos. Biodindicadores de Qualidade de Água. Disponível em:
<http://www.icb.ufmg.br/labs/benthos>. Acessado em: 15 de junho de 2013).
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Dentre as espécies mais sensíveis que encontram refúgio na reserva, anfíbios do gênero Cycloramphus (foto 88), popularmente conhecidos como Rãs-de-cachoeira. Endêmicas da Serra do Mar e indicadoras de qualidade ambiental, já desapareceram de muitos rios e riachos da bacia do rio Itapocu, tendo em vista a grande fragilidade que apresentam a menor presença de contaminantes químicos na água (WOEHL; WOEHL; KAMCHEN, 2006).
Foto 81 Exemplar de Rã-de-cachoeira (Cycloramphus sp), bioindicadora de qualidade ambiental (Foto: Raphael Sobania, 2012).
Em relação à ornitofauna, segundo artigo publicado por Marini e Garcia (2005) a Mata Atlântica aparece como o bioma mais crítico para a conservação de aves no país, apresentando 75,6% das espécies ameaçadas e endêmicas do Brasil e, de acordo com a classificação proposta pela BirdLife Intenational em 2003, muitas EBA’S (Endemic Bird Areas). Neste sentido, quatro regiões da Mata Atlântica são prioritárias: os planaltos do sul, as montanhas do sudeste, as baixadas do litoral sudeste, as baixadas do litoral nordeste e a encosta atlântica. Conforme levantamento de avifauna realizado na reserva, das 335 espécies registradas 8 configuram na Lista Vermelha do Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011) por estarem sujeitas a algum grau de ameaça. Destas, a Arara-maracanã (Primolius maracana) consta como criticamente ameaçada e o Jaó-do-sul (Crypturellus noctivagos), o Assanhadinho (Myiobius barbatus) e a Saíra-sapucaia (Tangara peruviana), foto 89, em perigo. Vulneráveis e interessantes sob o aspecto conservacionista, o Macuco (Tinamus solitarius), o Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), o Pixoxó (Sporophila frontalis).
Foto 82 Exemplar de Saíra-sapucaia (Tangara peruviana), espécie com registro para a RPPN E.F.B. (Foto: Olivia Isfer Sobania, 2001).
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Os mamíferos inventariados na RPPN corresponderam a 28,94% dos táxons para Santa Catarina, o equivalente a 97 espécies. Das registradas in loco, 8 aparecem na lista do CONSEMA (2011) sob algum grau de vulnerabilidade, são elas: Queixada (Tayassu pecari) - tido como criticamente ameaçado; a Jaguatirica (Leopardus pardalis), Anta (Tapirus terrestris) e o Veado-mateiro (Mazama americana) atualmente com o status em perigo; o Bugio (Alouatta clamitans), o Puma (Puma concolor) figura 38, Caititu (Pecari tajacu) e a Paca (Ciniculus paca) vulneráveis.
Figura 39 Espécime de Puma (Puma concolor) em cativeiro (Foto: Raphael Sobania, 2009).
Os registros de espécies ameaçadas e endêmicas denotam a qualidade ambiental e a relevância dos ecossistemas protegidos pela RPPN Emílio Fiorentino Battistella, em seus 1.156,33 ha, para a manutenção de composições e relações ecológicas significativas.
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4.1 Objetivos de Manejo
A MOBASA tem os seguintes OBJETIVOS para a RPPN Emílio Fiorentino Battistella:
1. Preservar uma amostra da Floresta Atlântica, mantendo sua biodiversidade;
2. Proteger um local com paisagens de beleza cênica singular;
3. Manter a qualidade da água da microbacia do Rio Novo;
4. Incentivar as atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento de caráter ambiental;
5. Fornecer condições para que o visitante tenha uma experiência recreacional e educativa de alta qualidade, voltada para o ambiente natural;
6. Estimular o desenvolvimento econômico regional através do turismo e da oferta de bens e serviços pelos estabelecimentos comerciais locais;
7. Celebrar convênios ou contratos e articular-se pela forma conveniente, com órgãos ou entidades, públicas ou privadas no sentido de conservação de meio ambiente e assegurar reprodução de espécies em extinção da fauna e da flora da região, e em caráter excepcional, com finalidade científica no âmbito nacional;
8. Promover a educação ambiental em parceria com as escolas do município e das cidades vizinhas, mantendo em sua sede recursos que auxiliem o aprendizado de maneira a conscientizar a população local e os visitantes, da importância que representa a preservação dos recursos naturais;
9. Catalogar espécies da fauna e flora locais analisando suas
interações.
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4.2 Zoneamento
Figura 40 Mapa de Zoneamento da RPPN
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Zona Administrativa: A Zona Administrativa se caracteriza pelo ponto de recepção dos visitantes que inicia na portaria da reserva que possui uma guarita de recepção com portão e uso de cone de sinalização para parada do visitante em sua chegada. Nesse ponto o visitante apresenta e entrega seu ingresso e termo de responsabilidade com suas informações de nome, RG, CPF, endereço, endereços eletrônicos, e fones de contato, sendo nesse termo adicionados os nomes de acompanhantes com RG e com assinatura. Nesta zona estão a guarita de recepção, o estacionamento com vagas normais e de deficientes/idosos, o centro de visitantes (banners/placas com informações de flora, fauna, Mapa de Unidades de Conservação no Brasil – ICMBio, outros), placa de normas de uso – direitos e deveres, escritório da administração da reserva, sala de souveniers, salão de reuniões (40 lugares), lanchonete, banheiros com sanitários e chuveiros (masculino e feminino), tanques para lavação de tênis no retorno da trilha, placas de indicação da trilha, refeitório de funcionários, galpão com churrasqueiras e mesas/bancos, almoxarifado de materiais de manutenção e equipamentos de trabalho, paredão de escalada, e cerca de divisa da propriedade. Normas
1- Liberação de entrada somente com apresentação de ingresso e termo de
responsabilidade preenchido;
2- Não permitir entrada de animais de estimação/domésticos;
3- Acesso com velocidade reduzida;
4- Distribuição de lixeiras e coleta dos resíduos;
5- Manutenção de banheiros e chuveiros com higienização diária;
6- Limpeza de grelhas;
7- Manutenção de sinalização no estacionamento;
8- Não permitir venda de bebidas alcoólicas na reserva.
9- Manutenção de ambientes de visitação limpos e organizados;
10- Prestar atendimento de primeiros socorros a visitante que sofrer algum tipo de
lesão na reserva.
Zona Silvestre: Para compor esta região foi escolhida a principal área que compõem a queda da Bruaca e suas escarpas hidrofiticas. Esta é uma das poucas áreas do parque que náo apresenta vestígios de alterações antrópicas e reúne um conjunto de características bióticas e abióticas de singulares caracteristicas: paredões abruptos, grande movimentação hídrica, uma vegetação intacta e possivelmente uma fauna muito adaptada a este conjunto de caracteres. Esta Zona representa 7,9% da RPPN. Normas
1- Visitas somente com acompanhamento de representante da reserva;
2- Trilhas abertas somente para acesso de pesquisadores;
3- Implantar sinalização de proibição de caça e pesca;
4- Elaborar parceria com policia ambiental para fiscalização segura;
5- Captura e Coleta de animais em pesquisa somente com autorização de órgão
competente.
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Zona de Proteção Compreende a diversidade de ambientes da Reserva, envolvendo um remanescente da Floresta Ombrófila Densa com as variações de baixo-montana, montana edáfica, montana climatica, vegetação reofitica, escarpas xerofíticas e escarpas hidrofiticas. Esta Zona representa 71,30% da RPPN. Normas
1- Visitas somente com acompanhamento de representante da reserva;
2- Trilhas abertas somente para acesso de pesquisadores;
3- Implantar sinalização de proibição de acesso;
4- Implantar sinalização de proibição de caça e pesca;
5- Elaborar parceria com policia ambiental para fiscalização segura;
6- Captura e Coleta de animais em pesquisa somente com autorização de órgão
competente.
Zona de Visitação Localizada ao longo da trilha das cachoeiras do Rio Novo, compreende a área e seu entorno destinado a visitação. A visitação das cachoeiras do Rio Novo é uma característica histórica do local e vem ocorrendo antes mesmo da transformação da propriedade em RPPN. Portanto o uso desta área já esta pré estabelecido historicamente. Esta Zona representa 9,9% da RPPN. Normas
1- Manter as trilhas limpas e seguras;
2- Manter as infra estruturas em bom estado de conservação garantindo a segurança
do visitante;
3- Manter sinalização educativas, informativas e de segurança;
4- Realizar manutenção periódica da trilha;
5- Realizar manutenção periódica das áreas de uso publico (sanitários, banheiros,
centro de visitantes, churrasqueiras, outros);
6- Implantar sinalização de proibição de caça e pesca;
7- Elaborar parceria com policia ambiental para fiscalização segura;
8- Elaborar e distribuir material informativo e de segurança (folders, manual de
segurança, outros).
Zona de Transição Em todo o perimetro da RPPN foi estabelecido uma área de transição a fim de resguardar a mesma das interferencias das atividades economicas que delimitam a propriedade. Esta Zona representa 9,5% da RPPN. Normas
1- Visitas somente com acompanhamento de representante da reserva;
2- Trilhas abertas somente para acesso de pesquisadores;
3- Implantar sinalização de proibição de caça e pesca;
4- Implantar sinalização de proibição de acesso;
5- Elaborar parceria com policia ambiental para fiscalização segura;
6- Captura e Coleta de animais em pesquisa somente com autorização de órgão
competente.
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Zona de Recuperação O vale da microbacia do Rio do Rela foi no passado uma região intensamente explorada para a retirada de madeira, lenha, moirões e em grande parte transformada em áreas de agricultura, pastagens e moradias. Atualmente ainda existe o trecho de uma antiga estrada que ligava a parte da Comunidade do Rio Novo com o planalto norte catarinense. Ao longo desta estrada a vegetação é de caráter florestal secundário com predominância de inviduos de Alchorneatriplinervea e quase total ausência de epífitas em seus troncos e ramos. Esta estrada necessita de um constante processo de vigilância pois ainda é utilizada por caçadores e palmiteiros, caracterizando-se como um dos pontos mais frágeis da reserva quanto a sua conservação. O processo de recuperação local necessitará de um trabalho lento e demorado envolvendo as comunidades locais para com o respeito desta área da reserva. Considerando as áreas vizinhas com florestas bem conservadas, o processo de recuperação da biota desta área deverá ser passivo com monitoramentos periódicos do processo de regeneração natural e de colonização da fauna nesta área. Externamente haverá necessidade de um processo de educação ambiental dentro do município de Corupá, para a proteção da flora e fauna da reserva. Esta Zona representa 1,23% da RPPN. Normas
1- Visitas somente com acompanhamento de representante da reserva;
2- Trilhas abertas somente para acesso de pesquisadores;
3- Elaborar parcerias para pesquisas de monitoramente das áreas em recuperação;
Normas Gerais da UC
1- Não é permitida a introdução de espécies vegetais exóticas (invasoras) no interior
da UC, e como medidas de prevenção, será realizado um controle sistemático com a retirada das espécies presentes ou que venham a se propagar no interior da UC
2- Proibida a manutenção de animais silvestres nativos em cativeiro no interior da UC
3- Os resíduos sólidos produzidos na UC deverão ser recolhidos e destinados a um ponto de coleta devidamente autorizado pela prefeitura
4- Atividades de educação e interpretação ambiental e eventos serão organizados através de agendamento prévio com o gestor da unidade
5- É proibido o ingresso e a permanência na UC de pessoas portando qualquer tipo de arma, materiais ou instrumentos destinados ao corte, caça, pesca ou similares
Normas de Segurança
Observar as Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação (MMA, 2006), e as orientações, baseadas na conduta consciente em ambientes naturais.
1- Planejamento é fundamental – faça sua caminhada de forma segura 2- Você é responsável por sua segurança 3- Cuide das trilhas – não danifique o que lhe protege
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4- Traga seu lixo de volta, ou deposite nas lixeiras disponíveis na trilha 5- Não faça fogueiras – isto causa grandes prejuízos à natureza 6- Respeite os animais e as plantas – você está no ambiente deles 7- Seja cortês com outros visitantes
4.3 Programas de Manejo
Programa de Administração
1. Estabelecer uma ferramenta de gestão: escolher uma ferramenta de gestão para Planejar, Executar, Avaliar e Mellorar o sistema de gerenciamento da RPPN. 2. Capacitação dos funcionários: Periódicamente os funcionários deverão participar de cursos de capacitação e reciclagens, voltados aos serviços a serem desenvolvidos em áreas naturais protegidas. Entre as reciclagens, o de primeiros socorros em áreas naturais. 3. Disponibilização de estágios voluntários: Para contribuir com a logística e organização técnica e pessoal da reserva, pesquisas de caráter científico e promover experiências profissionais importantes para alunos da graduação, sugere-se a abertura de estágios temporários e voluntários viabilizados por setor de recursos humanos. 4. Pórtico de Entrada: Instalação de um pórtico na entrada da propriedade onde se localiza a RPPN, que deverá ser construído de material rústico, preferencialmente com toros de eucalipto tratado para dar mais resistência e durabilidade à estrutura. Neste pórtico deverão constar as principais informações da RPPN como nome, registro, normas de segurança, tempo de funcionamento, entre outros. 5. Bancos de Descanso:Instalação de bancos próximos ao pátio de estacionamento, e em pontos a diferentes distâncias nas trilhas de caminhada com uso de material rústico, preferencialmente de toras de eucalipto que são razoavelmente duráveis. Servirão como local de descanso e contemplação da natureza, como um dos pontos de parada do percurso da trilha. 6. Pontes de travessia: Realizar a manutenção das obras de pontes pencil e fixa na trilha Passa Águas garantido sempre a segurança do visitante que pratica a caminhada na trilha. 7. Tirolesa: A tirolesa é uma atividade esportiva de aventura, que permite o deslocamento entre dois pontos através de roldanas, sustentadas por cabos de aço, e deverá ser implementada na descida da primeira cachoeira, contemplando com outras infra estruturas de pontes e decks, para garantir a segurança dos praticantes. Esta atividade poderá contribuir como atrativo para a visitação na RPPN, e fontes de recursos para manutenção e sustentabilidade econômica da reserva. 8. Realizar constante manutenção na zona de visitação, em especial na trilha e seus equipamentos e instalações, bem como instalar placas, corrimões e estruturas de segurança sempre que necessário, inclusive retirada de terra de desbarrancamento, árvores caídas e outros impecilhos.
Programa de Proteção e Fiscalização
Proteger a RPPN, através de rondas de fiscalização periódica, sempre que possível, para manutenção dos processos ecológicos firmando parceria e oferecendo apoio logísitico com a Policia Militar Ambiental de SC.
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121
A fiscalização e a freqüência de rondas ficam sob responsabilidade da equipe de vigilância da empresa proprietária da área (Mobasa) e da Policia Militar Ambiental de SC, guarnição de Joinville. Por estar próximo de regiões urbanizadas, a RPPN tem a vantagem de contar o apoio do Corpo de Bombeiros, com o acesso rápido aos hospitais e postos de saúde e possui um aparato básico para primeiros socorros, em caso de acidentes leves.
Programa de Pesquisa
1. Estagios de Carater Cientifico: voltados a diferentes cursos de graduação das
ciências naturais, da saúde e humanas, como Biologia, Engenharia Florestal, Educação Física, Geografia, Geologia, Pedagogia, Turismo, entre outros, contariam com contra-partidas da RPPN Emílio Fiorentino Battisttela - acomodação durante período do estágio, avaliação e certificação, na qual seria descrito o cronograma específico das atividades e carga horária cumprida.
2. Incentivar a realização de pesquisas e monitoramentos que buscam conhecer a
biodiversidade local através da compreensão dos processos ecológicos. Algumas linhas de pesquisa de interesse para serem desenvolvidas na RPPN Emilio F. Battsitella estão associadas a diferentes potencialidades para a realização de pesquisas, como:
a) espécies endêmicas; b) espécies riófitas; c) espécies de relação com habitat de cachoeiras; d) fragmentação de habitats; e) restauração ambiental de áreas alteradas; f) identificação de espécies de roedores de pequeno e médio porte; g) estimativas de riqueza de espécies dos diferentes grupos de vertebrados para
análise da biodiversidade; h) macro e micro invertebrados aquáticos como indicadores ambientais da qualidade
da água; i) entomofauna aquática e terrestre; j) insetos como indicadores ambientais e participantes da base da cadeia alimentar; k) fungos; l) interações animal-planta; classificação de espécies de bromeliáceas; m) relação de importância de espécies chaves no aspecto da conservação ( ex.:
figueira e suas interações), n) Alguns grupos de insetos, dentre os quais, borboletas e formigas, são
especialmente úteis no monitoramento ambiental A identificação de espécies ameaçadas de extinção na RPPN Emilio F. Battistella requer estudos mais aprofundados para compreensão dos processos ecológicos, análise da situação destas populações e o grau de fidelidade à área, principalmente espécies que se encontram na categoria em perigo como é caso da paca (Cuniculus paca) , da Anta (Tapyrus terrestris) e do puma (Puma concolor).
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
122
Programa de Visitação e Monitoramento Um modelo de gestão para monitoramento e manejo do impacto da visitação muito vem sendo discutido por especialistas e autoridades em ecoturismo e turismo sustentável9. Para tanto, é preciso dispor de um conjunto de medidas planejadas, organizadas e gerenciadas de forma sistêmica, capazes de promover a conservação, recuperação, preservação e o manejo em sintonia com as demais atividades desenvolvidas na área protegida (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010). Alguns aspectos de desgastes ambientais relacionados com as atividades ecoturísticas são muito subjetivos e o simples controle do número de visitantes nem sempre é a melhor forma para garantir a conservação dos recursos, pois, o fato de determinar um limite pode não ser suficiente para garantir uma visita responsável e impedir impactos indesejáveis ao meio visitado (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2006). Deste modo, o programa de monitoramento e manejo do impacto de visitação visa corroborar e enriquecer com os procedimentos já adotados e desenvolvidos na RPPN. As ferramentas de monitoramento e manejo na reserva são consideradas funcionais, mas precisam de maior rigorosidade para assegurar uma série de questões relacionadas à segurança do turista, ao impacto, pisoteio e pressão sob áreas de bordas das trilhas, conservação e manutenção das instalações físicas, bem como dos recursos naturais. Para aprimorar o programa de monitoramento e manejo do impacto de visitação, sugere-se: 1. Recepção - o monitor que recepcionará os visitantes na entrada da reserva deverá:
- Orientar sobre horários, limpeza, procedimentos para uso das churrasqueiras e para realizar a caminhada. Neste caso, informar sobre a obrigatoriedade de ir ao Centro de Visitantes;
2. Centro de Visitantes - o monitor que recepcionará o público deverá: Estar equipado com rádio comunicador; Fazer o controle rigoroso das entradas na área de visitação; Entregar ficha individual para preenchimento e apresentar vídeo sobre o histórico e
características da reserva (com duração média de 10 minutos); Liberar a entrada para a Trilha.
3. Postos de controle – 2 postos de controle instalados após a 1ª cachoeira (Suspiro) e que deverão funcionar nos meses de grande movimento - de novembro a fevereiro: 1º posto de controle: no espaço destinado a Educação Ambiental, um monitor
(devidamente equipado com rádio comunicador), deverá apresentar rapidamente ao grupo as características da trilha, grau de dificuldade entre os diferentes pontos de parada, cuidados básicos com segurança e agir caso haja presença de animais venenosos e /ou peçonhentos na trilha. Também, neste posto, àqueles que estiverem calçando chinelos ou vestimentas inadequadas serão impedidos de prosseguirem pela trilha, como critério de segurança. 2º posto de controle: este, indicado como base de apoio apenas para os dias de
grande movimento, deverá ser estabelecido no mirante da 4ª cachoeira (Pousada do Café, foto 93). O monitor, equipado com rádio comunicador deverá controlar o número de visitantes que continuam a percorrer a trilha até o salto Grande (14ª cachoeira), prestar orientações e atendimento ao público.
9 Turismo Sustentável é o que relaciona as necessidades dos turistas e das regiões receptoras, protegendo e fortalecendo
oportunidades para o futuro. Contempla a gestão dos recursos econômicos, sociais e necessidades estéticas, mantendo a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de suporte à vida (Organização Mundial do Turismo - OMT. Código Mundial de Ética do Turismo. Santiago do Chile: OMT, 1999).
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123
4. Intervenções - em pontos específicos da trilha. Com maior rigidez no controle de visitação, será possível sinalizar e equipar e, se for o caso, interditar, pontos suscetíveis a erosão, movimentação de terra, deslizamentos ou que indiquem qualquer risco à integridade da vida (foto 83).
5. Padronização de lixeiras no decorrer da trilha. Utilizar lixeiras padronizadas, em cores pouco destoantes do ambiente, para minimizar o impacto visual (foto 84) e estimular o hábito de reservar o lixo produzido para descarte apenas em locais apropriados e de fácil coleta.
6. Mapa Interpretativo
No início da trilha, instalado antes do 1º posto de controle (no espaço destinado a Educação Ambiental), apresentar mapa de localização e situacional, a fim de atender a Norma Técnica ABNT NBR 15286 - que dispõe sobre informações preliminares que devem ser repassadas aos clientes antes da contratação dos serviços, ou nesse caso, de se iniciar uma caminhada (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2010). No mapa, localizar as trilhas e cachoeiras na RPPN e situar o visitante sobre o grau ou nível relativo de dificuldade para chegar em cada umas das 14 cachoeiras. Para tanto, alguns parâmetros básicos deverão ser considerados:
Foto 83 - Pontos que demandam atenção, manutenção e intervenção periódicos.
Foto 84 - Lixeiras instaladas na trilha e no mirante da Pousada do Café.
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Tempo estimado do percurso; Declividade e características do relevo; Distância do trajeto e altitude; Conservação da trilha; Existência de sinalização, mapas ou roteiros.
A mensuração poderá ser feita mediante análise em escala numérica, mas os resultados devem ser produtos de estudos específicos na área. A partir dos mesmos, haverá possibilidade de elaborar e substituir o mapa que hoje figura no início da trilha Passa Águas
7. Sinalizar pontos perigosos nas trilhas, estabelecendo limites de segurança. 8. Instituir protocolo de segurança a ser utilizado pelos gestores e funcionários da
reserva.
Segundo relatório diagnóstico do Ministério do Turismo (2005) para regulamentação, normatização e certificação em turismo de aventura, a diferenciação de perigo e risco é importante para a discussão da segurança no turismo, isto porque nem sempre se concentram as maiores incidências de acidentes nas modalidades em que aparentemente há mais perigos. E, de acordo com o relatório supracitado, para que se possa planejar, deve-se compreender os seguintes conceitos: Acidente: evento não-planejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou perda; Incidente: evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a um acidente; Identificação de perigos: processo de reconhecimento que um perigo existe e de definição de suas características; Avaliação de riscos: processo global de estimar a magnitude dos riscos e decidir se um risco é ou não aceitável; Segurança: isenção de riscos inaceitáveis de danos.
A caminhada, mesmo que na reserva não seja tratada como turismo de aventura, foi a atividade em área natural com maior número de vítimas fatais entre os anos de 1993 e 2005 no Brasil (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2005). Foram 17 vítimas fatais e 202 vítimas não-fatais contra, p. ex., 1 vítima fatal e 10 não-fatais praticando Rafting no mesmo período. Mesmo havendo um regimento interno para a RPPN e cobertura por seguro de vida aos visitantes que adquirem o ticket de entrada, ações efetivas para evitar riscos são fundamentais. Assim, além dos procedimentos de manejo e controle de visitação (item 1.8.6), deve-se procurar orientação e consultoria de profissionais especializados e habilitados em normas de segurança para atividades em áreas naturais para efetiva implementação de um Protocolo de Segurança para a Reserva Emílio Fiorentino Battistella. Para o protocolo de segurança, deve-se observar algumas Normas Técnicas Publicadas: ABNT NBR 15331: Turismo de Aventura - Sistema de gestão da segurança -
Requisitos: o Especifica requisitos para um sistema de gestão da segurança e aplicação
de processos de melhoria contínua visando promover a preatica de atividades de aventura de forma segura;
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ABNT NBR 15505-1: Turismo com atividades de caminhada - Parte 1: requisitos para produto.
o Estabelece os requisitos para os produtos de turismo com atividades de caminhada que não envolvam pernoite, relativos à segurança dos clientes e condutores;
ABNT NBR 15505-2: Turismo com atividades de caminhada - Parte 2: classificação de percursos.
o Estabelece os critérios referentes à classificação de percursos utilizados em caminhadas sem pernoite quanto às suas características e severidade.
9. Estudar a viabilização do Turismo Acessível
Pouco provável para implementação na totalidade da zona de uso extensivo da reserva, o turismo acessível pode ser objeto de estudo para o médio e longo prazos e servir como um incentivo à acessibilidade, promovendo a integração daqueles com deficiência permanente ou com mobilidade reduzida, ou seja, idosos, crianças, gestantes, obesos em diferentes graus ou temporariamente imobilizados.
O processo de inclusão social acontece quando a sociedade é ajudada a modificar seus sistemas de lazer e turismo para que todas as pessoas, com ou sem deficiência, possam participar juntas e ativamente de suas atividades nos mesmos locais, desfrutando momentos de lazer em ambientes comuns.
Sassaki (2003) apud MINISTÉRIO DO TURISMO (2009, 10p.)
Não há como sugerir o turismo acessível sem que ocorram investimentos de infra-estrutura nos parâmetros das instruções normativas da ABNT NBR 905010. Por isso, um estudo de viabilidade é fundamental, mesmo que na reserva só haja possibilidade de implementação até à 1ª cachoeira - Suspiro e ao Centro de Educação Ambiental, onde seria necessário construir passarela com piso tátil, guarda-corpo e demais adequações. Os banheiros feminino e masculino também teriam que ser adaptados. Neste contexto, o estudo de viabilidade sócio-econômica é fundamental, até mesmo para o planejamento de atividades pedagógicas inclusivas, como a atividade de percepção ambiental Floresta dos Sentidos, onde tato, olfato e audição podem ser explorados, maximizando a interação e vivência em áreas naturais.
Programa de Sustentabilidade Econômica Tratando de sustentabilidade econômica, a RPPN – Emílio Fiorentino Battistella, através da Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras, entende que uma Unidade de Conservação deve manter-se através das atividades desenvolvidas internamente, mediante a possibilidade de uso instituída em lei. Para tanto, adotou a política de pagamento de ingressos pelos visitantes, em virtude de que são necessárias manutenções nas trilhas, obras de segurança e vigilância patrimonial e estudos ambientais contínuos aproveitando cientificamente a exuberância da floresta e fauna locais. Além da cobrança de ingressos a RPPN – Emílio Fiorentino Battistella e a Associação de Preservação e Ecoturismo Rota das Cachoeiras criaram, no estacionamento, um paredão de escalada, para diversão dos visitantes, e construíram quiosques para locação para os
10 A ABNT NBR 9050/2004. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
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moradores locais venderem produtos artesanais, apostando no empreendedorismo da população do entorno.
Programa de Comunicação
1. Instalação de Internet: a RPPN está inserida em uma área rural entre encostas o que dificulta a acessibilidade aos meios de comunicação. Este programa irá estabelecer um contato com as diversas operadoras de telefonia e internet para viabilizar um projeto de inserção digital da RPPN.
2. Aquisição de Radio transmissor: Para facilitar e melhorar a RPPN pretende-se
estabelecer nos pontos de controle do programa de visitação (item XX) radios transmissores afim de aprimorar a comunicação interna e apoiar a comunicação em situaçãoes de emergencia.
3. Video Institucional: A RPPN já possui um video institucional, porem este não contempla recomendações de uso da trilha e suas dificuldades. Para atender o programa de visitação se faz necessario uma nova filmagem para contemplar todas as recomendações aos visitantes e tambem apresentar o presente documento do Plano de Manejo.
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ADMINISTRAÇÃO
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PA 1
PA 2
PA 3
PA 4
PA 5
PA 6
PA 7
LEGENDA
PA - PROGRAMA DE ADMINISTRAÇÃO
PROTEÇÃO
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PP 1
PP 2
LEGENDA
PP - PROGRAMA DE PROTEÇÃO
PESQUISA
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PE 1
PE 2
LEGENDA
PE - PROGRAMA DE PESQUISA
VISITAÇÃO
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PV 1
PV 2
PV 3
PV 4
PV 5
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128
PV 6
PV 7
PV 8
PV 9
LEGENDA
PV - PROGRAMA DE VISITAÇÃO
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PS 1 LEGENDA
PS - PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE
COMUNICAÇÃO
Programa Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
1º Semestre
2º Semestre
PC 1
PC 2
PC 3 LEGENDA
PC - PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO
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Anexo 1 –LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS/FLORESTAIS DA RPPN EMILIO F. BATTISTELLA Habitat
observado
Família Nome Cientifico Sinônimo do
nome científico
Nome Popular Forma
de vida
Distribição Filotaxia tipo Polinização Dispersão Altitude
beira de rio -
floresta
ACAN Aphelandra chamissoniana Nees bálsamo-de-chamisso ER FOD O S ornito anemo 700
floresta ACAN Hygrophila sp. VER FOD O S entomo anemo 300-700
floresta ACAN Justicia carnea Lindl. Jacobinia carnea
floresta ACAN Mendoncia velloziana Mart. Jacobinia
velloziana
ACAN Ruellia sp.
floresta AMAR Hippeastrum sp. açucena EPI fod A S anemo zoo 750-
1000
floresta ANAC Tapirira guianensis Aublet. Cupiuva ARV FOD A C
floresta ANNO Annona cacans R. E. Fries araticum cagão ARV FOD A S cantaro zoo 350
floresta ANNO Annona neosericea H. Rainer FB, MA Annona sericea R.
E. Fries
araticum ARV FOD A S cantaro zoo 350
floresta ANNO Annona rugulosa (Schltdl.) H. Rainer Rollinia rugulosa
Schlecht. corticeira ARV FODMED A S zoo zoo
ANNO Rollinia sp.
floresta ANNO Xylopia brasilensis Spr. pindaíva ARV FOD A S cantaro ornito 250
floresta APOC Aspidosperma olivaceum M. Arg. peróba-branca ARV FOD A S entomo anemo
APOC Aspidosperma polyneurum
floresta APOC Aspidosperma ramiflorum M. Arg. pequiá ARV FOD A S faleno anemo 300
clareira APOC Tabernaemontana catharinensis DC. Prodr. Jasmim-leiteiro ARB FOD O S faleno ornito 0-300
beira do rio AQUI Ilex paraguariensis St.Hill erva-mate ARV FODMED A S melito ornito 700
beira do rio AQUI Ilex theezans Mart. caúna ARV FODMED A S melito ornito 700
floresta ARAC Asterostigma reticulatum E.G. Gonç. Cipó liaça LL-EPI FOD A S cantaro zoo 0-700
floresta ARAC Anthurium coriaceum anturio LIA FOD A S Entomo ? 300
floresta ARAC Anthurium sellowianum Kunth. anturio EPI FOD A S cantaro zoo 300
floresta ARAC Heteropsis rigidifolia Engl. cipó-tiriríca, cipó-liaça LE-EP-
LE
FOD A S entomo ornito 250
aquática ARAC Lemna cf. valdiviana Phil. lentilha-da-água ER FODM S hidro hidro
floresta ARAC Philodendron cordatum (Vel.) Kunth cipó imbé LIA FOD A S zoo zoo 50-700
floresta ARAC Philodendron imbe Schott. cipó imbé SEP FOD A S zoo zoo 30-700
Cascata ARAL Hydrocotyle sp ERV ? A ? ? 900
floresta ARAL Schefflera angustissima pau-mandioca ARV FOD A C melito ornito
beira-de-rio ARAL Hydrocotyle quinqueloba Ruiz & Pav. cairuçu-dos-pinhais ERV FODM A S entomo auto
floresta ARAU Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze pinheiro ARV FOM A S anemo zoo 40-
(1300)
faxinal AREC
(PALM)
Bactris setosa Drude. tucum ARB FOD A C melito zoo 700
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
131
floresta AREC (PALM)
Euterpe edulis Mart. palmiteiro, juçara ARB FODM A C melito zoo
floresta AREC (PALM)
Geonoma gamiova Barbosa Rodrigues gamiova ARB FOD A C melito zoo 700
faxinal AREC (PALM)
Geonoma schottiana Martius guaricana, palmeira-do-brejo
ARB FOD A C melito zoo 700
floresta-faxinal AREC
(PALM)
Syagrus romanzonffiana (Cham.) Glass. gerivá ARV FODM A C melito zoo 700
floresta ARIS Aristholochia cf. triangulares cipó-mil-homens LIA FODED A S entomo anemo
clareira ASTE
(COMP)
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. macela ER FODM A S entomo anemo
borda ASTE Cyrtocymura scorpioides (Lam.) H.Rob. erva-são simão ERV FOD A S Entomo anemo 40
floresta ASTE
(COMP)
Mikania cf. glomerata guaco LIA FOD O S melito anemo 200
floresta ASTE (COMP)
Mikania cordifolia (L.f,) Willd guaco LIA FOM O S melito anemo 200
Floresta ASTE (COMP)
Mikania hirsutissima De Candolle guaco LIA FOMD O S melito anemo 100
floresta ASTE (COMP)
Mikania sp. guaco LIA FOD O S melito anemo 200
floresta/campo ASTE
(COMP)
Mikania ternata (Vellozo) Robinson guaco LIA FOMFOD O C melito anemo 100-
1000
floresta ASTE
(COMP)
Mikania vitifolia guaco LIA FOD O S melito anemo 100
floresta - borda
ASTE (COMP)
Vernonia discolor (Spr.) Less. vassorão-preto ARV FOMFX A S anemo anemo 700
borda ASTE (COMP)
Vernonia sp. vassorão ARV A S anemo anemo 700
clareira BEGO Begonia geniculata Vell. begonia-de-baraço LIA FOD A S entomo anemo 200-700
floresta BEGO Begonia sp. 1 begonia ER FOD A S zoo anemo 250
floresta BEGO Begonia sp. 2 begonia RU FOD A S zoo anemo
floresta BEGO Begonia sp. 3 begonia EPI FOD A S zoo anemo
floresta BEGO Begonia sp. 4 begonia ERV FOD A S zoo anemo
floresta-faxinal BIGN Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos ipê-da-várzea ARV FOD O C zoo anemo 700
floresta BIGN Jacaranda micrantha Chamisso caroba ARV FODED O C melito anemo
floresta BIGN Jacaranda puberula Cham. caroba, carobinha ARV FODM O C zoo anemo 30
floresta BIGN Macfadiena unguiscati unha-de-gato LIA FOD O C entomo anemo 100
floresta BIGN Pithecoctenium echinatum (Jacq.) pente-de-macaco LIA FOD O C ? anemo 700
borda BIGN Pyrotsegia venusta (Ker-gawl.) Miers cipó-de-são-joão LIA FOMFOD O C ? ?
beira do rio BIGN Tabebuia aff. chrysotricha (Mart. ex. Dc.) Standl. pau-mandioca ARV FODFX A C melito anemo 700
floresta BORA Cordia monosperma (Jacq.) R. & S. Balieira ARB FOD A melito anemo 100 -
500
floresta BORA Cordia sellowiana Cham louro-mole Arvoreta FOD A S 500
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
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floresta BORA Cordia trichotoma (Vell.) Arrab louro-pardo ARV FODM A S faleno anemo
BORA Heliotropium sp.
floresta BROM Aechmea blumenavii Reitz Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Aechmea caudata Lindman Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Aechmea gamosepala Wittmack Gravatá EPI FOD A S zoo zoo 700
floresta BROM Aechmea kertesziae Reitz Gravatá EPI FOD A S zoo zoo 700
floresta BROM Aechmea nudicaulis (Linnaeus) Griesebach Gravatá EPI FODMED A S zoo zoo 200
floresta BROM Aechmea ornata (Gaud.) Baker Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Aechmea pectinata Baker Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 300
floresta BROM Bilbergia amoena (Loddiges) Lindley Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Bilbergia distachia (Vellozo) Mez Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Bilbergia nutans H. Wendland ex Regel Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200-700
floresta BROM Bilbergia zebrina (Herbert) Lindley Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Catopsis sessiliflora (Ruiz et Pavon) Mez Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 0-500
floresta BROM Edmundoa lindenii (Regel) Leme Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Nidularium amazonicum (Baker) Linden & E. Morren ex Lindm. Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200
floresta BROM Nidularium innocentii Lem. Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200-700
floresta BROM Nidularium procerum Lindman Gravatá EPI FOD A S zoo ornito 200-700
floresta BROM Tillandsia gardneri Lindley Cravo-do-mato-de-Gardner
EPI FOD A S zoo anemo 200
floresta BROM Tillandsia mallemonti Glaziou ex Mez Cravo-do-mato-de-Mallemont
EPI FOD A S zoo anemo 200
floresta BROM Tillandsia tenuifolia Linnaeus Cravo-do-mato EPI FOD A S zoo anemo 700
floresta BROM Tillandsia usneoides barba-de-pau EPI FOD A S zoo anemo 300
floresta BROM Vriesea altodaserrae Smith Gravatá EPI FODFX A S zoo anemo 700
floresta BROM Vriesea atra Mez Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 700
floresta BROM Vriesea carinata Wawra Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 200-700
floresta BROM Vriesea ensiformis (Vellozo) Beer Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 200-700
floresta BROM Vriesea erythrodactylon E. Morren ex Mez Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 600
floresta BROM Vriesea flammea Smith Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 0-700
floresta BROM Vriesea gigantea Gaud. Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 200-700
floresta BROM Vriesea guttata Linden & André Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 700
floresta BROM Vriesea incurvata Gaud. Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 200-700
floresta BROM Vriesea platynema Gaud. Gravatá EPI FODM A S zoo anemo 700
floresta BROM Vriesea vagans (Smith) Smith Gravatá EPI FOD A S zoo anemo 200-700
floresta BROM Wittrockia superba Lindman Gravatá ERV FOD A S zoo ornito 200
beira de rio BURS Protium kleinii Guatr. insenso, almecega ARV FOD A C entomo zoo 700
floresta CACT Pereskia aculeata Miller ora-pro-nóbis ARB-LL FODED A S entomo zoo
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
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floresta - beira do rio
CACT Rhipsalis sp. 01 cola-de-rato EP FOD A S entomo zoo
floresta - beira do rio
CACT Rhipsalis sp. 02 cola-de-rato EP FOD A S entomo zoo
floresta - beira do rio
CACT Rhipsalis sp. 03 cola-de-rato EP FOD A S entomo zoo 3
floresta CANE GENERO NOVO Capsicodendron
sp. nov.
pau-para-tudo ARV FOD A S entomo zoo
clareira,
floresta
CANNA Trema micrantha (L.)Blume pau-pólvora, grindiuva ARV FOD A S entomo zoo 200
floresta CARI Jacaratia spinosa Aubl. jaracatiá ARV FOD A S entomo zoo 50-600
floresta CICL Asplundia polymera Harl. Bombonaça LIA FOD 200-700
floresta CLUS Clusia criuva Cambees. mangue-formiga EPI-ARB FOD O S melito ornito
floresta CLUS Garcinia gardneriana (Planch. et Triana) Zappi bacupari ARV FOD O S melito ornito 200-
700m
floresta COMME Dichorisandra thyrsiflora Mikan ERV FOM A S 100 - 400
floresta COMME Commelina sp trapoeraba ERV FOD A S zoo ? 400
floresta CRHY Hyrtella hebeclada Martius pau-cinzeiro ARV FOM A S ? ? ?
beira do rio CUCU Wilbrangia ebracteata Cogn. tajuja LE FOD A S zoo zoo 300-600
beira do rio CUNO Lamanonia speciosa (Camb.) L. B. Smith guapere ARV FODM O C entomo anemo 700
floresta CUNO Weinmannia humilis Eng. gramimunha-miúda ARV FX O C entomo anemo 700
floresta CYAT Cyathea delgadii Sternb. xaxim-duro ARV FOD A C 30-700
beira do rio CYAT Cyathea vestita Mart. xaxim-vestido ARV FODM A C anemo 700
beira do rio CYPE Cyperus sp. tiriríca ERV A S
Floresta CYPE Scleria sp. ciperaceae do mato ERV
floresta DICK Dicksonia sellowiana (Presl.) Hook. xaxim ARV FOMFX A C anemo 700
floresta DiOS Dioscorea polygonoides. cará LIA FOMFX
floresta ELAE Sloanea guianensis (Aubl.) Benth laranjeira-do-mato,
ouriço
ARV FOD A S zoo zoo
rupícola ERIO Actinocephallus sp. sempre-viva ERV FODMFX A S anemo anemo
Floresta EUPH Alchornea glandulosa Poepp & Endl. tanheiro-bicha ARV FOM A S anemo Zoo 700
floresta-
clareira
EUPH Alchornea triplinervia (Spr.) M. Arg. tanheiro ARV FOD A S anemo zoo
beira-de-rio EUPH Coliguaja brasiliensis Klotzsh ex Bailon sarandi ARB FOM A/o S anemo anemo 700
faxinal EUPH Croton celtidifolius Baillon sangue-de-dragao ARV FODMX A S melito auto 700
floresta EUPH Hyeronyma alchornioides Freire Alemão licurana ARV FOD A S melito ornito
beira-de-rio EUPH Sapium glandulosum (Vell.) Pax pau-leiteiro, pela-cavalo ARV. FOM A S zoo zoo 100-600
EUPH Tetrorchidium rubrivenium Poepp canemoçu ARV
FABA -
CAES
Bauhinia affinis Vogel
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floresta FABA - CAES
Bauhinia microstachya (Raddi) escada-de-macaco LE FODMED A S entomo auto
FABA - CAES
Senna neglecta (Vogel) H. S. Irwin & Barneby
floresta FABA - FABO
Andira fraxinifolia Benth angelim-amargo ARV FO M A C entomo zoo 200
floresta FABA -
FABO
Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme timbó ARV FOD A C melito auto 700
beira estrada FABA -
FABO
Desmodium incanum DC. pega-pega ERV FODMEDFX A C zoo epi 0-700
beira do rio FABA - FABO
Erythrina falcata Benth. cortiçeira-da-serra ARV FODMED A S ornito auto 350
floresta FABA - FABO
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. rabo-de-bugio ARV FOD A C ento anemo
floresta FABA - FABO
Machaerium nictitans (Vellozo) Bentham jacarandá-ferro ARV FOM A C eno anemo 100
floresta FABA - FABO
Mucuna urens olho-de-boi ARV
florest FABA -
FABO
Myrocarpus frondosus FR. Allem. cabriuna ARV FOMFED A C entomo anemo 50-700
floresta FABA -
FABO
Ormosia arborea (Vell.) Harms. olho-de-cabra, baga-de-
santo-inácio
arv FOD A S melito zoo-
mimecoria
250
floresta FABA - FABO
Platymiscium floribundum Vogel jacarandá arv FOD A C melito anemo
floresta FABA - FABO
Pterocarpus rohrii Vagl. sangueiiro ARB FOD A C melito anemo 500-700
floresta FABA - MIMO
Abarema langsdorfii (Benth.) Barneby & J.W. Grimes
Pithecelobium langsdorfii
Bentham
pau-gambá ARV FOD A C melito auto 500
borda FABA - MIMO
Calliandra selloi (Spreng.) J.F. Macbr. topete-de-cardeal ARB FOD A C zoo auto 40
floresta FABA - MIMO
Inga marginata Willd. inga-feijão ARV FOD A C melito zoo 100-500
beira de rio FABA - MIMO
Inga sessilis (Vell.) Mart. inga-banana ARV FOD A C entomo zoo 700
beira-de-rio FABA -
MIMO
Inga uruguensis Hook. et Arn. inga-banana ARV FOD A C melito zoo 700
beira de rio FABA - MIMO
Mimosa scabrella Benth. bracatinga ARV FOMFX A C melito auto 700
floresta FABA- MIMO
Acacia nitidifolia Spegazzini Espinilho ARV FOM A melito anemo 300
borda FABA-FABO
Dalbergia frutescens rabo-de-bugio LIA FOM A C ? ? ?
floresta FABA-FABO
Machaerium stipitatum Vogel farinha-seca ARV FOMD A C ? ? 100-400
floresta FABA-
MIMO
Piptadenia gonoacantha pau-jacaré ARV FOM A C melito auto 100
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floresta GESN Codonanthe sp. EPI FOD A S ornito auto
floresta GESN Sinningia sp. rainha-do-abismo EPI FOD A S ornito auto
rupícola GUNN Gunnera manicata Lind. urtigão-da-serra, begônia-gigante
ER FODMEDFX A S zoo auto
floresta HELI Heliconia farinosa Raddi caité-banana ERV FOD A S zoo zoo 40-700
faxinal HYME Trichomanes sp. samanbaia-himen ER FODFOM A S ? ? 700
floresta VERB Vitex megapotanica (Spreng.) Mold. tarumã ARV FODMED O C entomo zoo 700
floresta LAUR Aiouea saligna Meissn. canela-cebo, canela-anhoiba
ARV FOD A S cantaro ornito
floresta LAUR Cryptocarya aschersoniana Mez. canela-fogo ARV FODM A S cantaro ornito 700
floesta LAUR Cryptocarya mandioccana Meisn. Cryptocarya moschata Ness et
Martius ex Nees Canela-fogo ,nós moscada
canela-fogo ,nóz moscada brasleira
ARV FODM A S cantaro ornito 200-700
floresta LAUR Endlicheria paniculata (Spr.) Macbr canela-frade ARV FODFOM A S cantaro zoo 200-700
floresta LAUR Nectandra lanceolata Nees canela-amarela ARV FODFOM A S melito zoo 40-700
floresta LAUR Nectandra megapotanica (Spreng.) Mez. canela-amarela, canela imbuia
ARV FODMED A S entomo ornito 700
floresta LAUR Nectandra menbranacea (SW) Griseb. canela ARV FOM A S cantaro zoo 100-700
floresta LAUR Ocotea catharinensis Mez. canela-preta ARV FOD A S cantaro ornito 700
floresta - faxinal
LAUR Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer canela-sassafrás ARV FODM A S cantaro zoo 700
floresta LAUR Ocotea puberula (Nees et Mart.) Nees canela-sebo ARV FODM A S cantaro ornito
floresta LAUR Ocotea teleiandra (Meissn.) Mez. canela ARV FOD A S cantaro ornito 700
floresta LECY Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze jequitibá ARV FOD A S zoo zoo
floresta LYCO Huperzia sp. pinheirinho EPI FODFX A S anemo
faxinal LYCO Lycopodiella cernua (L.) Pic. Serm. pinheirinho ERV FOD A S 700
clareira MAGN Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng. Talauma ovata
Saint Hilaire baguaçú ARV FOD A S quiropto ornito
floresta MARA Calathea sp. caité ERV FOD A S zoo zoo 700
borda MALP Banisteriopsis metalicolor cipó-dourado LIA FOD O S ? ? 700
floresta MALP Byrsonima ligustrifolia Juss pessegueiro-do-mato ARV FOD O S zoo zoo 50-700
floresta MALV (BOMB)
Pseudobombax grandiflorus (Cav.) A. Robyns imbiruçu ARV FOD A C quiropto anemo 300
floresta MALV
(BOMB)
Spirotheca rivieri (Dcne.) Ulbr. mata-pau-de-espinho ARV FOD A C ornito anemo
floresta MARC Marcgravia polyntha Delp. hera-das-ávores LIA FOM A S ? ? 300
floresta MELA Leandra dasytricha (A. Gray.) Cogne. pixirica ARV FOD O S melito zoo
floresta MELA Leandra sp. 1 pixirica ARB FOD O S melito zoo
floresta MELA Leandra sp. 2 pixirica ARB FOD O S melito zoo
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Floresta MELA Miconia cabuçu Hoehne Pixiricão ARB FOD o S melito zoo
floresta MELA Miconia cinammomifolia NAUD. jacatirão-açu ARV FOM O S ? ZOO
floresta MELA Miconia cinneracens Miq. pixirico, palanqueiro ARV FOD O S zoo zoo 300
floresta MELA Miconia pusiliflora (DC.) Naudin pixirico ARV FOD O S zoo zoo 700
floresta MELA Mouriri chamissoana Cogn. ARV FOD O S zoo zoo 700
floresta MELA Ossaea sp. ARB FOD O S zoo zoo 700
floresta MELA Salpinga margaritacea ERV FOD O S zoo zoo 400
floresta MELA Tibouchina reitzii Brade ARB FOD O S zoo anemo 700
floresta MELI Cabralea canjerana (Vell.) Mart. canjerana ARV FODED A C entomo ornito 200-
700m
floresta MELI Cedrela fissilis Vell. cedro ARV FODMED A C melito-faleno anemo 250-700
floresta MELI Guarea macrophylla Vahl. catiguá, baga-de-morcego
ARV FODED A C melito quiroptero 300
floresta MELI Trichilia clausseni C. DC. catiguá ARV FODMEFX A C melito ornito
floresta MENI Abuta selloana (Benth) Eichi abuta LIA FOM A S entomo zoo 200
floresta MONI Mollinedia triflora (Spreng.) Tul. pimenteira, pau-de-espeto
ARV FODM O S ento zoo 700
floresta MONI Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins pimenteira ARV FOD O S ento zoo 700
flore MORA Dorstenia carautae C.C. Berg Capiá ERV FOM A ento zoo 500
floresta MORA Ficus insipida Willdenow Figueira-branca EP-SE-CO-ARV
FOD A S quiroptero 50-500
floresta MORA Ficus gomelleira Kunth & CDBouché Figueira-gamaleira EP-SE-CO-ARV
FOD A S entomo quiroptero 50-501
MORA Ficus cestrifolia Schott ex Spreng. Ficus organesis
Miq (Miquel) Figueira-da-folha-miuda EP-SE-
CO-ARV
floresta MORA Ficus sp. figueira EP-SE-
CO-ARV
FOD A S entomo quiroptero 250-650
floresta MORA Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. tajuva ARV FOD A S ornito quiroptero
faxinal MORA Sorocea bonplandii (Baill.) Burg. Lanj. & Boer falsa-espinheira-santa,
cincho
ARV FODEDFX A S anemo ornito 700
floresta MYRI Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. bicuíba ARV FOD A S melito ornito 250-600
floresta MYRS Ardisia guianensis (Aubl.) Mez. ARB FOD A S ento zoo 400-700
floresta MYRS Myrsine coriaceae Mart. ex. A. DC. capororoca ARV FODM A S entomo zoo
floresta MYRS Myrsine membranacea capororocão ARV FOM A S entomo zoo 200 -
600
floresta MYRS Myrsine umbellata Mart. capororocão ARV FOD A S anemo zoo 600
floresta MYRT Campomanesia guaviroba (DC) Kiaerskou guabiroba ARV fom O entomo zoo 200 - 600
floresta MYRT Campomanesia reitziana D. Legrand guabiroba ARV FOM O S entomo zoo 400
faxinal MYRT Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg guabiroba ARV FOM O S entomo zoo 700
floresta MYRT Campomanesia xanthocarpa Berg guabiroba ARV FODMED O S meli ornito 300
faxinal MYRT Myrcia splendens guamirim, garrafinha ARV FODFOM O S meli zoo 700
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floresta MYRT Eugenia multicostata D.Legrand carambolinha ARV FOD O S meli zoo 500
floresta MYRT Eugenia myrcianthes Nied. Plinia edulis (Vell.)
Sobral araçazeiro, cambuci,
pau-mulato ARV FOD O S melito zoo 700
floresta-borda MYRT Eugenia uniflora Linnaeus pitanga ARV FODM O S entomo zoo
floresta MYRT Marlierea tomentosa Camb. baga-de-pombo, garapuruna
ARB FOD O S melito ornito 350
estrada MYRT Plinia glomerata grumixama ARV cultivo O S entomo zoo
floresta NYCT Guapira opposita (Vell.) Reitz maria-mole ARV FOD O S entomo zoo 300
floresta ONAG Fuchsia regia (Vand.) Mun. brinco-de-princesa LL FODM O S ornito ornito 700
floresta ORCH Amblostoma tridactylum (Ldl.) Rchb. F. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Amblostoma tridactylum (Ldl.) Rchb. F. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Bifrenaria harrisoniae (Hook.) Rchb. f. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Bulbophyllum glutinosum (Rodr.) Cogn Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Campylocentrum pauloense Hoehne & Schltr. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Cirrhaea dependens Reichb. F. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Cyrtopodium palmifrons Rchb.f. & Warm. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo 40
floresta ORCH Dichaea pendula (Aubl.) Cogn. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Encylia fausta Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Epidendrum latilabre Lindl. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
rupestre ORCH Epidendrum mosenii Rchb. F. Orquídea ERV FOD A S entomo anemo
clareira ORCH Epidendrum ramosum Jacq. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Gomesa recurva Lodd. Orquídea EPI FODM A S entomo anemo
floresta ORCH Gongora bufonia Lindl. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Huntleya meleagris Lindl. Orquídea epi FOD A S zoo anemo 50-700
floresta ORCH Isochillus brasiliense Schltr. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
rupestre ORCH Maxillaria marginata Fenzl. Orquídea ERV FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Maxillaria picta Hook. Orquídea EPI FODM A S entomo anemo
floresta ORCH Oncidium flexuosum Sims. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Oncidium longipes Lindl. Orquídea EPI FODM A S entomo anemo
floresta ORCH Oncidium pulvinatum Lindl. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Oncidium varicosum Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Ornithophora radicans (Lindl. & Rchb. F.) Garay & Pabst Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Pleurothallis ssp. Orquídea EPI FODM A S entomo anemo
floresta ORCH Prescottia sp. Orquídea ERV FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Pseudoeurystelys sp. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
floresta ORCH Rodrigueziella gomesoides (Rodr.) Pabst Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
clareira ORCH Vanilla edwallii Hoehne orquídea-baunilha LIA FOD A S entomo zoo
floresta ORCH Xylobium squalens (Lindl.) Lindl. Orquídea EPI FOD A S entomo anemo
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floresta OXAL Oxalis bisecta Norlind. azedinha, trevo RUPI FOD A C entomo anemo 500
floresta PASS Passiflora capsularis L. maracujá-branco-miúda LIA FOM A S Entomo anemo
floresta PASS Passiflora eichleriana Mast. maracujá-de-cobra LE FOD A S quiropto zoo 400
floresta PHYT Phytollaca dioica L. umbuzeiro ARV FODMED A S melito ornito
floresta PIPE Ottonia propinqua Kunth jaguarandi ARB FOM A melito quiroptero 300
PIPE Peperomia sp.
floresta PIPE Piper arboreum(Trel ) Yunck jaborandi ARB FOD A anemo quiroptero 100 -
300
floresta PIPE Piper cernuum Vell. pariparoba, pau-de-junta ERV FOD A S anemo quiroptero 300
Floresta PIPE Piper cf. aduncum (gaudichaudianum) Kunth paripaioba ARB FOM A anemo quiroptero 100 - 400
PIPE Piper umbellata pariparoba, pau-de-junta ERV
rupestre PLANT Plantago sp. tansagem ERV FOD A S entomo anemo
floresta POAC Guadua trinii (Nees.) Nees. ex Rupr. Bambusa tagoara
Nees; Bambusa
trinii Nees
taquaroçu ARV FOD A S anemo anemo 350-…
floresta POAC Chusquea ramosissima Lindm. cará, taquararembó ARV FOD A S anemo anemo 700
floresta POAC Merostachys multiramea Hacked taquara-lisa ARV FODMEDFX A S anemo anemo 700
rupícola POAC Panicum sp. capim-da-cachoeira ERV FOD A S anemo anemo
beira de rio PODO Podocarpus lambertii Klotz. pinheiro-bravo ARV FODM A S anemo zoo 700
faxinal PODO Podocarpus sellowii Klotz. pinheiro-bravo ARV FOD A S anemo zoo 700
PODOS Podostemom spp.
floresta POLY Coccoloba warmigii Meissn racha-ligeiro ARV. FOD A S zoo anemo 250-700
POLYGA Polygala brasiliensis
floresta PROT Roupala montana var. brasiliensis Kl. carvalho-brasileiro ARV FODM A C-S zoo anemo
rupícola PTER Adiantum cuneatum Langsd. & Fisch avenca ERV FOMED A C anemo
floresta QUII Quiina glaziovii Engl. juvarana, catuteiro-vermelho
ARV FOD O S entomo zoo
floresta ROSA Prunus subcoriacea pessegueiro-do-mato ARV FODM A S melito zoo
floresta RUBI Bathysa australis (A. St. Hil.) K. Schum. Macuqueiro ARV FOD O S melito anemo 200-700
floresta RUBI Cooccosepsylum hasslerianm Chodat piririca erv FOD O S entomo zoo 200-900
faxinal RUBI cf. Guettarda uruguensis Cham. & Schltdl. sarandi ARB FOD O S zoo zoo 700
floresta RUBI Hoffmannia peckii K. Schum. aguadeira-de-banhado ARB FOD O S entomo zoo 350
floresta RUBI Mannetia luteo-rubra((Vellozo) Bentham coral LIA FOD
floresta RUBI Posoqueria latifolia (Rudge.) R. & S. baga-de-macaco ARV FOD O S faleno mamo
floresta RUBI Psychotria astrelantha Wernham cataia, casca-de-anta ARB FOD O S entomo zoo
Floresa RUBI Psychotria leiocarpa Chamisso e schlechtendal Grandiuva de anta ARB FOD O S Entomo zoo 200-700
floresta RUBI Psychotria suterella M. Arg. grandiúva-d'anta ARB FODMED O S entomo zoo 700
floresta RUBI Psychotria vellozianav Bentham erva-de-rato-de-folhas-finas
arb FOD O S entomo zoo 200-700
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Floresta RUBI Rudgea sp. café do mato ARB FOD O S faleno zoo 200-700
Floresta RUBI Rudgea jasminoies (Chamisso) café do mato ARB FOD O S faleno zoo 200-700
floresta RUBI Tocoyena sellowianaCham. & schlecht) K. Schum. falso-jenipapo ARV FOM O S entomo zoo 400
floresta RUTA Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engler. pau-marfim ARV FODED A C melito anemo 250
floresta RUTA Esenbeckia grandiflora Mart. pau-de-cutia ARV FOM A S entomo anemo 100-800
clareira RUTA Zanthoxylum cf. rhoifolia Lam. mamica-de-cadela ARV FODMED A C entomo auto 250
borda SALI
(FLAC)
Banara parvifolia (A.Gray)Bentham Cabroé-mirim ARB FODMED A S melito zoo 200-700
floresta SALI (FLAC)
Casearia decandraJaqc. guaçatonga ARV FODMED A entomo ornito 100-800
floresta SALI (FLAC)
Casearia sylvestris Sw. chá-de-bugre ARV FODMED A S mosca ornito
beira-de-rio SAPI Allophylus edulis (St. Hil.) Radlk. chal-chal ARV FODMED A C melito zoo
floresta SAPI Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. vacum ARV FOD A C entomo zoo 40-200
floresta SAPI Cupania vernalis Camb. camboatá-vermelho, miguel pintado
ARV FODMED A C entomo ornito 100-800
floresta SAPI Matayba guianensis Albl. camboatá-branco ARV FOD A C entomo ornito 350-700
floresta SAPO Chrysophyllum inornatumCronq. Chrysophyllum dusenii Cronq.
aguaí ARV FOD A S entomo zoo 300
beira de rio -
floresta
SAPO Chrysophyllum viride Mart. & Eichl. ex. Miq. aguaí ARV FODFX A S entomo zoo 250-700
beira de rio SAPO Pouteria venosa (Mart.) Baehni guacá-leite ARV FOD A S entomo zoo 350
floresta -
faxinal
SELA Selaginella sp. selaginela ERV
floresta PICR Picramnia parvifolia Engler. pau-amargo, cedrinho ARB FODM A C entomo ornito 250
floresta SMIL Smilax sp. japecanga LL FOD A S entomo zoo
floresta SOLA Brunfelsia pauciflora (Smith) Downs manacá, primavera ARB FODFOM A S entomo auto 50-400
floresta SOLA Capsicum flexuosum Sendtn. pimentinha-branca ARB FOD A S entomo zoo 40-400
floresta SOLA Capsicum cf. mirabile Mart. Ex Sendtn. pimenta-braba ARB FOD A S melito ornito
floresta SOLA Capsicum tomentosum (Sendtn.) O. Kuntz. pimenta-braba-peluda ARB FOD A S melito ornito
floresta SOLA Solanum capsicum ARB FOD A
floresta SOLA Solanum inaequale Vell. canema ARV FOD A S melito quiroptero 400
clareira SOLA Solanum mauritianum Scop. fumo-bravo ARB FODMED A S melito zoo
floresta SOLA Solanum reitzii L. B. Sm. & Downs canema ARV FOD A S melito quiroptero 400
floresta STYR Styrax leprosus Hook. & Arn. carne-de-vaca ARV FOD A S melito zoo 700
SOLA Solanum sp. ARB A S melito zoo 250
floresta URTI Hoffmannia peckii K. Schum. urtigão ARB. FOD O S melito zoo 250
clareira URTI Cecropia glaziovi Snethlage embauba ARV FOD A S entomo zoo
floresta URTI Coussapoa shottii Miq. fgueira-mata-pau ARV FOD A S anemo zoo 50-700
borda VERB Citharexylum mirianthum Cham. tucaneira ARV FOD O S entomo ornito
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beira-de-rio VERB Lantana camara L. lantana ARB FOD O S entomo zoo 700
floresta VIT Cissus sicyoides L. uva-do-mato LIA FOMED A S entomo ornito 50 - 700
floresta VITT Vittaria lineata (L.) Sm. - EPI FOD
beira de rio WINT Drymis brasiliensis Miers. casca-de-anta ARV FODMED A S entomo zoo 700
LEGENDA Forma de vida: erva (ERV), arbusto (ARB), árvore (ARV), liana herbácea (LE), liana lenhosa (LL), epífita (EPI), semi-epífito (SEP), parasita (PAR) e semi-parasita (SPA). Distribuição: Floresta Ombrófila Densa (FOD), Floresta Ombrófila Mista (FOM), Floresta Estacional Decidual (FED), Faxinal (FX), Floresta Ombrófila Densa e Mista (FODM), Floresta Ombrófila Densa e Estacional Decidual (FODED), Floresta Ombrófila Densa e Faxinal (FODFX), Floresta Ombrófila Mista e Faxinal (FOMFX), Floresta Ombrófila Densa, Mista e Estacional Decidual (FODMED) Floresta Ombrófila Densa, Mista e Faxinal (FODMFX), Floresta Ombrófila Densa, Estacional e Faxinal (FODEDFX), Floresta Ombrófila Densa, Mista, Estacional Decidual e Faxinal (FODMEDFX) Filotaxia: alterna (A) e oposta (O) Tipo de folha: simples (S) e composta (C)
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Anexo 2 – Lista das aves da RPPN Emílio Fiorentino Battistella
Nome do Táxon Nome em Português Status Registro em campo
Bibliografia Sensitividade Guilda
Tinamidae Gray, 1840
Tinamus solitarius (Vieillot, 1819) c macuco R x x A on
Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) c inhambuguaçu R x x B on
Crypturellus noctivagus (Wied, 1820) c jaó-do-sul R, E x x M on
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) c inhambu-chororó R x x B on
Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) c inhambu-chintã R x B on
Anseriformes Linnaeus, 1758
Anatidae Leach, 1820
Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) c marreca-caneleira R x B he
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) c irerê R x B he
Cairina moschata (Linnaeus, 1758) c pato-do-mato R x M he
Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) c pé-vermelho R x x B he
Galliformes Linnaeus, 1758
Cracidae Rafinesque, 1815
Ortalis guttata (Spix, 1825) c aracuã R x M fr
Penelope obscura Temminck, 1815 c jacuaçu R x x M fr
Odontophoridae Gould, 1844
Odontophorus capueira (Spix, 1825) c uru R x x A in
Podicipediformes Fürbringer, 1888
Podicipedidae Bonaparte, 1831
Podilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) mergulhão-caçador R x x M pi
Suliformes Sharpe, 1891
Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849
Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá R x B pi
Anhingidae Reichenbach, 1849
Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga R x x B pi
Pelecaniformes Sharpe, 1891
Ardeidae Leach, 1820
Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu R x x B pi
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
142
Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho R x x B pi
Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira R x x B in
Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura R x x B pi
Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande R x x B pi
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira R x x B in
Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena
R x x B pi
Threskiornithidae Poche, 1904
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca R x x B in
Cathartiformes Seebohm, 1890
Cathartidae Lafresnaye, 1839
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha
R x x B nc
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta
R x x B nc
Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei R x M nc
Accipitriformes Bonaparte, 1831
Accipitridae Vigors, 1824
Leptodon cayanensis (Latham, 1790) gavião-de-cabeça-cinza
R x M ca
Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura R x x M in
Elanus leucurus (Vieillot, 1818) gavião-peneira R x x B ca
Harpagus diodon (Temminck, 1823) gavião-bombachinha R x A ca
Accipiter poliogaster (Temminck, 1824) tauató-pintado R x A ca
Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo R x x M ca
Accipiter bicolor (Vieillot, 1817) gavião-bombachinha-grande
R x M ca
Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo R x B ca
Amadonastur lacernulatus (Temminck, 1827) gavião-pombo-pequeno
R, E x A ca
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó R x x B ca
Parabuteo leucorrhous (Quoy & Gaimard, 1824) gavião-de-sobre-branco
R x x M ca
Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco
R x M ca
Pseudastur polionotus (Kaup, 1847) gavião-pombo-grande R x x A ca
Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco R x x M ca
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
143
Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato R x x A ca
Falconiformes Bonaparte, 1831
Falconidae Leach, 1820
Caracara plancus (Miller, 1777) caracará R x x B on
Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro R x x B ca
Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã R x B ca
Micrastur ruficollis (Vieillot, 1817) falcão-caburé R x x M ca
Micrastur semitorquatus (Vieillot, 1817) falcão-relógio R x x M ca
Falco sparverius Linnaeus, 1758 quiriquiri R x x B ca
Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira R x x B ca
Falco peregrinus Tunstall, 1771 falcão-peregrino VN x M ca
Gruiformes Bonaparte, 1854
Rallidae Rafinesque, 1815
Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) c saracura-três-potes R x A on
Aramides saracura (Spix, 1825) c saracura-do-mato R x x B on
Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) c sanã-parda R x B on
Porzana albicollis (Vieillot, 1819) c sanã-carijó R x x M on
Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) c saracura-sanã R x M on
Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) c frango-d'água-comum R x x B on
Charadriiformes Huxley, 1867
Charadriidae Leach, 1820
Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero R x x B in
Scolopacidae Rafinesque, 1815
Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário VN x B fi
Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854
Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã R x x B in
Columbiformes Latham, 1790
Columbidae Leach, 1820
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) c rolinha-roxa R x x B gr
Columbina squammata (Lesson, 1831) c fogo-apagou R x B gr
Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) c pararu-azul R x x B gr
Columba livia Gmelin, 1789 c pombo-doméstico R x B gr
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) c pombão R x x M gr
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
144
Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) c pomba-galega R x M gr
Patagioenas plumbea (Vieillot, 1818) c pomba-amargosa R x A gr
Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) c pomba-de-bando R x x B gr
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 c juriti-pupu R x x B gr
Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) c juriti-gemedeira R x x M gr
Geotrygon montana (Linnaeus, 1758) c pariri R x x M gr
Psittaciformes Wagler, 1830
Psittacidae Rafinesque, 1815
Primolius maracana (Vieillot, 1816) maracanã-verdadeira R x x M fr
Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã R x B fr
Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) tiriba-de-testa-vermelha
R x x M fr
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim R x x B fr
Brotogeris tirica (Gmelin, 1788) periquito-rico R, E x B fr
Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) cuiú-cuiú R x x M fr
Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde R x x M fr
Amazona vinacea (Kuhl, 1820) papagaio-de-peito-roxo
R x x M fr
Triclaria malachitacea (Spix, 1824) sabiá-cica R, E x M fr
Cuculiformes Wagler, 1830
Cuculidae Leach, 1820
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato R x x B in
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto R x x B on
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco R x x B on
Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci R x x B in
Strigiformes Wagler, 1830
Tytonidae Mathews, 1912
Tyto alba (Scopoli, 1769) coruja-da-igreja R x x B ca
Strigidae Leach, 1820
Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato R x x B ca
Megascops sanctaecatarinae (Salvin, 1897) corujinha-do-sul R x M ca
Pulsatrix koeniswaldiana (Bertoni & Bertoni, 1901)
murucututu-de-barriga-amarela
R x x M ca
Strix hylophila Temminck, 1825 coruja-listrada R x x B ca
Glaucidium minutissimum (Wied, 1830) caburé-miudinho R x M ca
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
145
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira R x x M in
Aegolius harrisii (Cassin, 1849) caburé-acanelado R x A ca
Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda R x x B ca
Asio flammeus (Pontoppidan, 1763) mocho-dos-banhados R x M ca
Caprimulgiformes Ridgway, 1881
Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua R x x B in
Caprimulgidae Vigors, 1825
Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju R x x M in
Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau R x x B in
Hydropsalis parvula (Gould, 1837) bacurau-chintã R x B in
Hydropsalis forcipata (Nitzsch, 1840) bacurau-tesoura-gigante
R x B in
Apodiformes Peters, 1940
Apodidae Olphe-Galliard, 1887
Cypseloides senex (Temminck, 1826) taperuçu-velho R x x M in
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-branca
R x x B in
Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-cinzento
R x x M in
Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal
R x x B in
Trochilidae Vigors, 1825
Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto
R x B ne
Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) rabo-branco-acanelado
R x B ne
Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) rabo-branco-de-garganta-rajada
R x x B ne
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura R x x B ne
Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto R x M ne
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta
R x B ne
Stephanoxis lalandi (Vieillot, 1818) beija-flor-de-topete R x x M ne
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho
R x x B ne
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
146
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-violeta
R x x M ne
Leucochloris albicollis (Vieillot, 1818) beija-flor-de-papo-branco
R x x B ne
Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-branca
R x x B ne
Amazilia lactea (Lesson, 1832) beija-flor-de-peito-azul
R x x B ne
Clytolaema rubricauda (Boddaert, 1783) beija-flor-rubi R, E x x M ne
Calliphlox amethystina (Boddaert, 1783) estrelinha-ametista R x x B ne
Trogoniformes A. O. U., 1886
Trogonidae Lesson, 1828
Trogon viridis Linnaeus, 1766 surucuá-grande-de-barriga-amarela
R x M on
Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado R x x M on
Trogon rufus Gmelin, 1788 surucuá-de-barriga-amarela
R x x M on
Coraciiformes Forbes, 1844
Alcedinidae Rafinesque, 1815
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande
R x x B pi
Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde
R x x B pi
Chloroceryle aenea (Pallas, 1764) martinho R x M pi
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno
R x x B pi
Momotidae Gray, 1840
Baryphthengus ruficapillus (Vieillot, 1818) juruva-verde R x x B on
Galbuliformes Fürbringer, 1888
Bucconidae Horsfield, 1821
Nystalus chacuru (Vieillot, 1816) joão-bobo R x x M on
Malacoptila striata (Spix, 1824) barbudo-rajado R, E x M on
Piciformes Meyer & Wolf, 1810
Ramphastidae Vigors, 1825
Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 tucano-de-bico-verde R x x B on
Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819) araçari-banana R x x M on
Picidae Leach, 1820
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
147
Picumnus temminckii Lafresnaye, 1845 pica-pau-anão-de-coleira
R x x B in
Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco R x x B in
Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818) benedito-de-testa-amarela
R x x B in
Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827) picapauzinho-verde-carijó
R x x B in
Piculus aurulentus (Temminck, 1821) pica-pau-dourado R x x M in
Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado
R x x B in
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo R x x B in
Dryocopus galeatus (Temminck, 1822) pica-pau-de-cara-canela
R x A in
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca
R x x B in
Campephilus robustus (Lichtenstein, 1818) pica-pau-rei R x A in
Passeriformes Linnaeus, 1758
Thamnophilidae Swainson, 1824
Myrmeciza squamosa Pelzeln, 1868 papa-formiga-de-grota
R, E x x B in
Myrmotherula gularis (Spix, 1825) choquinha-de-garganta-pintada
R, E x x B in
Myrmotherula unicolor (Ménétriès, 1835) choquinha-cinzenta R, E x x M in
Dysithamnus stictothorax (Temminck, 1823) choquinha-de-peito-pintado
R, E x M in
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) choquinha-lisa R x x M in
Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822)
chorozinho-de-asa-vermelha
R x x M in
Thamnophilus ruficapillus Vieillot, 1816 choca-de-chapéu-vermelho
R x x B in
Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata R x x B in
Hypoedaleus guttatus (Vieillot, 1816) chocão-carijó R x x M in
Batara cinerea (Vieillot, 1819) matracão R x x M in
Mackenziaena leachii (Such, 1825) borralhara-assobiadora
R x x B in
Mackenziaena severa (Lichtenstein, 1823) borralhara R x x B in
Biatas nigropectus (Lafresnaye, 1850) papo-branco R x A in
Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) papa-taoca-do-sul R x x M in
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
148
Drymophila ferruginea (Temminck, 1822) trovoada R, E x M in
Drymophila rubricollis (Bertoni, 1901) trovoada-de-bertoni R x x M in
Drymophila ochropyga (Hellmayr, 1906) choquinha-de-dorso-vermelho
R, E x M in
Drymophila malura (Temminck, 1825) choquinha-carijó R x x B in
Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873
Conopophaga lineata (Wied, 1831) chupa-dente R x x A in
Grallariidae Sclater & Salvin, 1873
Grallaria varia (Boddaert, 1783) tovacuçu R x x A in
Hylopezus nattereri (Pinto, 1937) pinto-do-mato R x x M in
Rhinocryptidae Wetmore, 1930 (1837)
Eleoscytalopus indigoticus (Wied, 1831) macuquinho R, E x x B in
Scytalopus speluncae (Ménétriès, 1835) tapaculo-preto R, E x B in
Psilorhamphus guttatus (Ménétriès, 1835) tapaculo-pintado R x M in
Formicariidae Gray, 1840
Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1823) tovaca-campainha R x x A in
Chamaeza ruficauda (Cabanis & Heine, 1859) tovaca-de-rabo-vermelho
R x A in
Scleruridae Swainson, 1827
Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835) vira-folha R x x A in
Dendrocolaptidae Gray, 1840
Dendrocincla turdina (Lichtenstein, 1820) arapaçu-liso R x M in
Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde R x x M in
Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado R x x A in
Campylorhamphus falcularius (Vieillot, 1822) arapaçu-de-bico-torto R x x A in
Lepidocolaptes falcinellus (Cabanis & Heine, 1859)
arapaçu-escamado-do-sul
R x x M in
Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 arapaçu-grande R x x M in
Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) arapaçu-de-garganta-branca
R x x M in
Furnariidae Gray, 1840
Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo R x M in
Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó R x M in
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro R x x B in
Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) joão-porca R x x M in
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149
Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) barranqueiro-de-olho-branco
R x B in
Philydor atricapillus (Wied, 1821) limpa-folha-coroado R x M in
Philydor rufum (Vieillot, 1818) limpa-folha-de-testa-baia
R x x B in
Heliobletus contaminatus Berlepsch, 1885 trepadorzinho R x x M in
Anabacerthia amaurotis (Temminck, 1823) limpa-folha-miúdo R x x M in
Syndactyla rufosuperciliata (Lafresnaye, 1832) trepador-quiete R x x M in
Cichlocolaptes leucophrus (Jardine & Selby, 1830)
trepador-sobrancelha R, E x x M in
Leptasthenura striolata (Pelzeln, 1856) grimpeirinho R, E x M in
Leptasthenura setaria (Temminck, 1824) grimpeiro R x B in
Clibanornis dendrocolaptoides (Pelzeln, 1859) cisqueiro R x x M in
Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié R x x M in
Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 pichororé R x x B in
Synallaxis cinerascens Temminck, 1823 pi-puí R x x B in
Synallaxis spixi Sclater, 1856 joão-teneném R x x B in
Cranioleuca obsoleta (Reichenbach, 1853) arredio-oliváceo R x x B in
Cranioleuca pallida (Wied, 1831) arredio-pálido R, E x x B in
Pipridae Rafinesque, 1815
Ilicura militaris (Shaw & Nodder, 1809) tangarazinho R, E x x M fr
Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) tangará R x x M fr
Tityridae Gray, 1840
Oxyruncus cristatus Swainson, 1821 araponga-do-horto R x x M in
Myiobius barbatus (Gmelin, 1789) assanhadinho R x A in
Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) flautim R x x M on
Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-bochecha-parda
R x M on
Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-preto
R x M on
Pachyramphus viridis (Vieillot, 1816) caneleiro-verde R x M in
Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby, 1827)
caneleiro R x M in
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto R x x B in
Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-preto
R x M in
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150
Cotingidae Bonaparte, 1849
Procnias nudicollis (Vieillot, 1817) araponga R x x M fr
Pyroderus scutatus (Shaw, 1792) pavó R x M fr
Carpornis cucullata (Swainson, 1821) corocochó R, E x x M fr
Incertae sedis
Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 patinho R x x M in
Piprites pileata (Temminck, 1822) caneleirinho-de-chapéu-preto
R x A fr
Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907
Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 abre-asa-de-cabeça-cinza
R x x B in
Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo R x x M in
Phylloscartes ventralis (Temminck, 1824) borboletinha-do-mato R x x B in
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta
R x x M in
Todirostrum poliocephalum (Wied, 1831) teque-teque R, E x B in
Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) miudinho R x x B in
Hemitriccus diops (Temminck, 1822) olho-falso R x x M in
Hemitriccus obsoletus (Miranda-Ribeiro, 1906) catraca R x x M in
Tyrannidae Vigors, 1825
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha R x x B in
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela
R x x B on
Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-curto
R x x B on
Elaenia mesoleuca (Deppe, 1830) tuque R x x B on
Elaenia obscura (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)
tucão R x x M on
Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta R x x M in
Phyllomyias virescens (Temminck, 1824) piolhinho-verdoso R x x M in
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho R x x B in
Serpophaga nigricans (Vieillot, 1817) joão-pobre R x x B in
Serpophaga subcristata (Vieillot, 1817) alegrinho R x x B in
Attila phoenicurus Pelzeln, 1868 capitão-castanho R x x B on
Attila rufus (Vieillot, 1819) capitão-de-saíra R, E x x B on
Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata R x x B on
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151
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré R x x B in
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira R x x B in
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador R x M in
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi R x x B on
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro R x x B in
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado R x x B on
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei R x x B on
Myiozetetes similis (Spix, 1825) bentevizinho-de-penacho-vermelho
R x x B in
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri R x x B on
Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha R x x B in
Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica R x x B in
Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha R x x B in
Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe R x x B in
Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) príncipe R x B in
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu R x x B in
Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado R x x M in
Contopus cinereus (Spix, 1825) papa-moscas-cinzento
R x x B in
Knipolegus cyanirostris (Vieillot, 1818) maria-preta-de-bico-azulado
R x x B in
Knipolegus lophotes Boie, 1828 maria-preta-de-penacho
R x B in
Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) primavera R x x B in
Muscipipra vetula (Lichtenstein, 1823) tesoura-cinzenta R x x B in
Vireonidae Swainson, 1837
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari R x x B on
Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) juruviara R x x B on
Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 verdinho-coroado R x x M on
Corvidae Leach, 1820
Cyanocorax caeruleus (Vieillot, 1818) gralha-azul R x x B on
Cyanocorax chrysops (Vieillot, 1818) gralha-picaça R x x B on
Hirundinidae Rafinesque, 1815
Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-casa
R x x B in
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
152
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora R x x B in
Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo R x x B in
Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-grande
R x x B in
Troglodytidae Swainson, 1831
Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra R x x B in
Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) garrinchão-de-bico-grande
R, E x B in
Polioptilidae Baird, 1858
Ramphocaenus melanurus Vieillot, 1819 bico-assovelado R x B in
Turdidae Rafinesque, 1815
Catharus fuscescens (Stephens, 1817) sabiá-norte-americano
VN x A on
Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una R x x M fr
Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira R x x B on
Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco R x B on
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca R x x B on
Turdus subalaris (Seebohm, 1887) sabiá-ferreiro R x x B fr
Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira R x x M on
Mimidae Bonaparte, 1853
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo R x x B on
Coerebidae d'Orbigny & Lafresnaye, 1838
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica R x x B on
Thraupidae Cabanis, 1847
Saltator fuliginosus (Daudin, 1800) pimentão R x x B on
Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 trinca-ferro-verdadeiro
R x x B on
Saltator maxillosus Cabanis, 1851 bico-grosso R x x B on
Orchesticus abeillei (Lesson, 1839) sanhaçu-pardo R, E x M on
Orthogonys chloricterus (Vieillot, 1819) catirumbava R, E x x B on
Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)
saí-canário R x B on
Pyrrhocoma ruficeps (Strickland, 1844) cabecinha-castanha R x x B on
Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) tiê-preto R x x B on
Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei R x B gr
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
153
Lanio melanops (Vieillot, 1818) tiê-de-topete R x x M on
Tangara seledon (Statius Muller, 1776) saíra-sete-cores R x x B fr
Tangara cyanocephala (Statius Muller, 1776) saíra-militar R x x M fr
Tangara desmaresti (Vieillot, 1819) saíra-lagarta R, E x x M fr
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento R x x B on
Tangara cyanoptera (Vieillot, 1817) sanhaçu-de-encontro-azul
R, E x x B fr
Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro R x x B on
Tangara ornata (Sparrman, 1789) sanhaçu-de-encontro-amarelo
R, E x x B fr
Tangara peruviana (Desmarest, 1806) saíra-sapucaia R, E x x M fr
Tangara preciosa (Cabanis, 1850) saíra-preciosa R x x B fr
Stephanophorus diadematus (Temminck, 1823) sanhaçu-frade R x x B on
Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) saíra-viúva R x x B fr
Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha R x x B fr
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul R x x B fr
Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) saíra-ferrugem R, E x B fr
Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) figuinha-de-rabo-castanho
R x x B on
Emberizidae Vigors, 1825
Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico R x x B gr
Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) tico-tico-do-campo R x x B gr
Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 cigarra-bambu R x x B gr
Donacospiza albifrons (Vieillot, 1817) tico-tico-do-banhado R x x M in
Poospiza thoracica (Nordmann, 1835) peito-pinhão R, E x x B gr
Poospiza nigrorufa (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)
quem-te-vestiu R x x B gr
Poospiza cabanisi Bonaparte, 1850 tico-tico-da-taquara R x x B gr
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro
R x x B gr
Sicalis luteola (Sparrman, 1789) tipio R x x B gr
Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) canário-do-campo R x x B in
Embernagra platensis (Gmelin, 1789) sabiá-do-banhado R x x B in
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu R x x B gr
Sporophila frontalis (Verreaux, 1869) pixoxó R x x A gr
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
154
Sporophila falcirostris (Temminck, 1820) cigarra-verdadeira R x A gr
Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho R x x B gr
Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) curió R x B gr
Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-do-coqueiro R x x M gr
Cardinalidae Ridgway, 1901
Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso R x B on
Cyanoloxia brissonii (Lichtenstein, 1823) azulão R x x M gr
Cyanoloxia glaucocaerulea (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)
azulinho R x M gr
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947
Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) mariquita R x x M in
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra R x x B in
Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula R x x M in
Basileuterus leucoblepharus (Vieillot, 1817) pula-pula-assobiador R x x B in
Phaeothlypis rivularis (Wied, 1821) pula-pula-ribeirinho R x M in
Icteridae Vigors, 1825
Cacicus chrysopterus (Vigors, 1825) tecelão R x x B on
Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe R x B on
Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) inhapim R x x B on
Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna R x x B gr
Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi R x B in
Pseudoleistes guirahuro (Vieillot, 1819) chopim-do-brejo R x x B in
Agelaioides badius (Vieillot, 1819) asa-de-telha R x B on
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta R x x B on
Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul R x x B in
Fringillidae Leach, 1820
Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) pintassilgo R x x B gr
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo-verdadeiro R x x B fr
Euphonia chalybea (Mikan, 1825) cais-cais R x x B fr
Euphonia pectoralis (Latham, 1801) ferro-velho R x x B fr
Estrildidae Bonaparte, 1850
Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) bico-de-lacre R x B gr
Passeridae Rafinesque, 1815
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
155
Passer domesticus (Linnaeus, 1758) pardal R x B gr
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
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Anexo 3 – Lista dos Mamíferos da RPPN Emílio Fiorentino Battistella Espécies Registro em
campo Registro
bibliográfico Uso do habitat
ORDEM Didelphimorphia Gill, 1872
FAMÍLIA Didelphidae Gray, 1821
Caluromys philander (Linnaeus, 1758) x te
Chironectes minimus (Zimmermann, 1780) x te
Didelphis albiventris Lund, 1840 c x x sc
Didelphis aurita Wied-Neuwied, 1826 c x x sc
Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) EB x ar
Metachirus nudicaudatus (É. Geoffroy, 1803) c x te
Micoureus demerarae (Thomas, 1905) x te
Monodelphis americana (Müller, 1776) x x fo
Monodelphis iheringi (Thomas, 1888) x fo
Monodelphis scalops (Thomas, 1888) x fo
Monodelphis sorex (Hensel, 1872) x x fo
Philander opossum (Linnaeus, 1758) c x x te
ORDEM Xenarthra Cope, 1889
FAMÍLIA Dasypodidae Gray, 1821
Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) c x sf
Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 c x x sf
Dasypus septemcinctus Linnaeus, 1758 c x sf
Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) c x x sf
FAMÍLIA Myrmecophagidae Gray, 1825
Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) x x te
ORDEM Chiroptera Blumenbach, 1779
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
157
FAMÍLIA Noctilionidae Gray, 1821
Noctilio leporinus (Linnaeus, 1758) x vo
FAMÍLIA Phyllostomidae Gray, 1825
Chrotopterus auritus (Peters, 1856) x x vo
Anoura caudifera (E. Geoffroy, 1818) x vo
Anoura geoffroyi Gray, 1838 x vo
Glossophaga soricina (Pallas, 1766) x vo
Carollia perspicillata (Linnaeus,1758) x vo
Artibeus fimbriatus Gray, 1838 x vo
Artibeus jamaicensis Leach,1821 x vo
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) x vo
Artibeus obscurus Schinz, 1821 x vo
Chiroderma doriae Thomas, 1891 x vo
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) x vo
Pygoderma bilabiatum (Wagner, 1843) x vo
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) x x vo
Vampyressa pusilla (Wagner, 1843) x vo
Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) x vo
Diphylla ecaudata Spix, 1823 x vo
FAMÍLIA Furipteridae Gray, 1866
Furipterus horrens (F. Cuvier, 1828) x vo
FAMÍLIA Vespertilionidae Gray, 1821
Dasypterus ega (Gervais, 1856) x vo
Eptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819) x vo
Eptesicus diminutus Osgood, 1915 x vo
Eptesicus furinalis (d'Orbigny, 1847) x vo
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
158
Histiotus alienus Thomas, 1916 x vo
Histiotus velatus (I. Geoffroy, 1824) x vo
Lasiurus borealis (Müller, 1776) x vo
Myotis levis (I. Geoffroy, 1824) x vo
Myotis nigricans (Schinz, 1821) x vo
Myotis riparius (Handley, 1960) x vo
Myotis ruber (E. Geoffroy, 1806) x vo
FAMÍLIA Molossidae Gervais, 1856
Eumops hansae Sanborn, 1932 x vo
Molossus molossus (Pallas, 1766) x vo
Nyctinomops laticaudatus (E. Geoffroy, 1805) x vo
Nyctinomops macrotis (Gray, 1840) x vo
Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824) x vo
ORDEM Primates Linnaeus, 1758
FAMÍLIA Atelidae Miller, 1924
Alouatta guariba (Humboldt, 1812) x x ar
FAMÍLIA Cebidae Bonaparte, 1831
Cebus nigritus (Goldfuss, 1809) x x ar
ORDEM Carnivora Bowdich, 1821
FAMÍLIA Canidae Fischer, 1817
Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) x x te
Lycalopex gymnocercus (G. Fischer, 1814) x x te
Speothos venaticus (Lund, 1842) x te
FAMÍLIA Felidae Fischer, 1817
Herpailurus yagouaroundi (É. Geoffroy, 1803) x x te
Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) x x te
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
159
Leopardus wiedii (Schinz, 1821) x x te
Leopardus tigrinus (Linnaeu, 1758) x x te
Puma concolor (Linnaeus, 1771) x x te
Panthera onca (Linnaeus, 1758) x te
FAMÍLIA Mustelidae Fischer, 1817
Lontra longicaudis (Olfers, 1818) x x aq
Eira barbara (Linnaeus, 1758) x x te
Galictis cuja (Molina, 1782) x x te
FAMÍLIA Procyonidae Gray, 1825
Nasua nasua (Linnaeus, 1766) c x x te
Procyon cancrivorus (G. Cuvier, 1798) x x te
ORDEM Perissodactyla Owen, 1848
FAMÍLIA Tapiridae Burnett, 1830
Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) c x x te
ORDEM Artiodactyla Owen, 1848
FAMÍLIA Tayassuidae Palmer, 1897
Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) c x x te
Tayassu pecari Link, (1765) c x x te
FAMÍLIA Cervidae Gray, 1821
Mazama americana (Erxleben, 1777) c x x te
Mazama gouazoubira (G. Fischer, 1814) c x x te
ORDEM Lagomorpha Brandt, 1855
FAMÍLIA Leporidae Fischer, 1817
Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) x te
ORDEM Rodentia Bowdich, 1821
FAMÍLIA Sciuridae Hemprich, 1820
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
160
Sciurus aestuans Linnaeus, 1766 x x ar
FAMÍLIA Muridae Illiger, 1815
Akodon montensis Thomas, 1913 x x te
Akodon paranaensis x te
Delomys dorsalis (Hensel, 1872) x x te
Delomys sublineatus (Thomas, 1903) x te
Nectomys squamipes (Brants, 1827) x x aq
Oecomys catherinae Thomas, 1909 x te
Oligoryzomys eliurus (Wagner, 1845) x te
Oligoryzomys flavescens (Waterhouse, 1837) x x te
Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818) x x te
Oryzomys angouya (G. Fischer, 1814) x x te
Oxymycterus judex Thomas, 1909 x x fo
Oxymycterus aff. judex x fo
Oxymycterus nasutus (Waterhouse, 1837) x fo
Oxymycterus quaestor Thomas, 1903 x fo
Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829) x x fo
FAMÍLIA Erethizontidae Bonaparte, 1845
Sphiggurus villosus (F. Cuvier, 1823) x x sc
FAMÍLIA Caviidae Gray, 1821
Cavia aperea Erxleben, 1777 c x x fo
Cavia fulgida Wagler, 1831 c EB x fo
FAMÍLIA Hydrochoeridae Gray, 1825
Hydrochoerus hydrochaeris(Linnaeus, 1766) c x x aq
FAMÍLIA Dasyproctidae Bonaparte, 1838
Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 c x x te
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
161
FAMÍLIA Cuniculidae Miller e Gidley, 1918
Cuniculus paca (Linnaeus, 1766) c x x te
FAMÍLIA Echimyidae Gray, 1825
Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845) x ar
Euryzygomatomys spinosus (G. Fischer, 1814) x x fo
FAMÍLIA Myocastoridae Ameghino, 1904
Myocastor coypus (Molina, 1782) c x x aq
Legenda: EB- Endêmica do Brasil; c- Cinegética B- baixa sensitividade; M – Média sensitividade; A- Alta sensitividade; te – Terrestre; sc – Escansorial; ar – Arborícola; fo – Fossorial; sf – Semi-Fossorial; vo – Voador; aq – Aquático
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
162
Mapa 1: Zoneamento
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
163
Mapa 2: Uso e Ocupação do Solo
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
164
Mapa 3: Declividade
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
165
Mapa 4: Elevação
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
166
Mapa 5: Tipos de Florestas
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
167
Mapa 6: Heterogeneidade Ambiental
PLANO DE MANEJO DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – EMÍLIO FIORENTINO BATTISTELLA
168
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IBGE-INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - DIRETORIA DE GEOCIÊNCIAS – DGC. Mapa Geomorfológico Joinvile, Folha SG;22-Z-B, 2004. Escala
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