Post on 31-Oct-2020
PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA
ENFRENTAMENTO DO NOVO CORONAVÍRUS-
COVID 19 DO MUNICÍPIO DE BARRO-CE
BARRO-CE
2020
José Marquinélio Tavares
Prefeito Municipal
José Vanderval Feitosa
Vice-Prefeiro Municipal
Mara Christyna Cartaxo Araújo Furtado
Secretária da Saúde
Priscila Micaely Nato dos Santos Stanislau
Coord. de Epidemiologia
Daniella Feitosa Cabral Lima
Coord. de Atenção Primária
João Batista dos Santos
Coord. de Vigilância Sanitária
Cicera Maria da Silva
Coord. de Imunizações
Dalmir Bento Araruna
Coord. de Endemias e Zoonoses
Francisca Salvelania Furtado de Caldas
Coord. Hospital Muicipal Sant o Antônio
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 7
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO ...................................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS DO PLANO DE CONTINGÊNCIA................................................................................................... 8
2.1 Geral ......................................................................................................................................................................... 8
2.2 Específicos ................................................................................................................................................................. 8
3. RESPONSABILIDADE MUNICIPAL NO PLANO DE CONTINGÊNCIA .......................................................... 9
4. CONTEXTUALIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO HUMANA PELO NOVO CORONAVÍRUS
(2019-nCOV) ........................................................................................................................................................... 10
4.1 Agente etiológico .................................................................................................................................................... 10
4.2 Reservatório e modo de transmissão ..................................................................................................................... 10
4.3 Período de incubação ............................................................................................................................................. 11
4.4 Suscetibilidade ....................................................................................................................................................... 11
4.5 Manifestações clínicas ............................................................................................................................................ 11
5. VIGILÂNCIAEPIDEMIOLÓGICA ...................................................................................................................... 11
5.1 Definição de caso suspeito...................................................................................................................................... 12
5.2 Notificacao ............................................................................................................................................................. 13
5.3 Orientações para coleta, acondicionamento e transporte. .................................................................................... 14
5.3.1 SWAB combinado (nasal/ Coletadeoral) ........................................................................................................ 14
5.3.2 Coleta em situaçãodeóbito ............................................................................................................................... 15
5.3.3 Amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar), ou
aspirado denasofaringe(ANF) ............................................................................................................................... 15
5.4 Orientações para cadastro no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial–GAL ........................................ 15
6. ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA ........................................................................................................................ 16
6.1 Recomendações de uso de Equipamento de Proteção Individual–EPI ................................................................. 16
6.2 Atribuições dos serviços de saúde em relaçãoaosEPI ............................................................................................ 16
6.3 Atribuições dos trabalhadores em relaçãoaos EPI ................................................................................................ 17
6.4 Medicação .............................................................................................................................................................. 17
7. Público-alvodasações ............................................................................................................................................. 18
ii. Mídia ....................................................................................................................................................................... 18
iii. Sociedade ................................................................................................................................................................ 18
b. Canaisdecomunicação............................................................................................................................................ 18
c. Açõesrealizadas ...................................................................................................................................................... 18
d. Ações aseremrealizadas ......................................................................................................................................... 19
7.1 Informação e educação para a população quanto a prevençãoeautocuidado ....................................................... 19
7.2 Informação e treinamento dos profissionais de saúde para a prevenção e cuidado dos pacientes e familiares ... 19
8. MANEJO CLÍNICO............................................................................................................................................... 19
8.1 Espectro clínico da Infecçãopor2019-nCOV ......................................................................................................... 20
8.2 Assistência aos pacientes com suspeita de coronavírus na atenção primária e direcionamentonarede ............... 37
Cuidados comopaciente ................................................................................................................................................ 37
8.3 Critériosdeinternação ............................................................................................................................................ 43
8.4 Pacientes DuranteoTransporte .............................................................................................................................. 43
8.5 Rotina: precaução durante o contato eprecauçãoaérea ........................................................................................ 43
8.6 Isolamento .............................................................................................................................................................. 43
8.6.1 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual–EPI .............................................................................. 44
Recomenda-se o uso dos EPI de acordo com o descrito no ANEXOIII. ...................................................................... 44
10.1 Processamento de produtos para saúde ........................................................................................................... 44
10.2 Limpeza e desinfecçãodesuperfícies ................................................................................................................. 44
11. TRANSPORTE INTERINSTITUCIONAL DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS ............................. 44
11.1 Transporte ........................................................................................................................................................ 51
12. Cuidados Específicos pra Controle de Infecçãopelo2019-nCoV ............................................................................ 53
Anexo IV. Fluxograma de atendimento ........................................................................................................................ 58
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1 APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Contingência contra o Novo Coronavírus (2019-nCoV) apresenta as
recomendações técnicas para o desenvolvimento e a estruturação de uma vigilância que objetiva atualizar,
informar e orientar profissionais de saúde e de outros setores quanto aos aspectos epidemiológicos e
medidas de prevenção e controle do Novo Coronavírus (2019-nCoV), com vistas a alertar a possível
ocorrência de casos confirmados da doença no Municipio.
O Plano abrange diferentes áreas que devem atuar de forma articulada. Dentre estas estão: a
vigilância epidemiológica, vigilância em endemias e controle de vetores, imunização, vigilância sanitária,
vigilância laboratorial, atenção primária à saúde, hospitais, ANVISA, além das ações de comunicação e
divulgação.
Devido ao crescente aumento de pessoas suscetíveis ao Novo Coronavírus (2019-nCoV), a
circulação do vírus em várias partes do mundo e importação de casos suspeitos para o Brasil, surge uma
maior probabilidade de propagação viral.
Desta maneira, a Secretaria Municipal de Saúde elabora um Plano de Contingência no sentido de
controlar a entrada e disseminação do vírus, incluindo estratégias de vigilância epidemiológica, sanitária,
laboratorial, dentre outros.
1.1. IDENTIFICAÇÃO DOMUNICÍPIO
Barro é um município brasileiro localizado no estado do Ceara, na Microrregião de Barro e
Mesorregião do Sul Cearense. Fundada em 1951. Tem uma estimativa de 22.361 segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística –(IBGE-2016), habitantes dos quais 53% residem em ambientes
urbanos e 47% em áreas rurais, tendo uma taxa de urbanização de 54,28% e obtém uma área de
712Km²,(IBGE-2010). Limita-se ao Norte com Aurora, ao Sul com Mauriti, ao Leste com o estado da
Paraíba e ao Oeste com Milagres. Apresenta nove distritos: Barro (sede), Brejinho, Cuncas, Engenho
Velho, Iara, Monte Alegre, Santo Antônio, Serrota e Riachão, apresentando densidade demográfica de
28,81 hab/Km². É uma cidade com aspecto climático Tropical quente semi-árido, com vegetação bastante
diversificada, apresentando domínios de caatinga e cerrado. Seu acesso faz-se através da rodovia federal
BR-116 distante da capital do Ceará, Fortaleza, em 460km. A administração municipal localiza-se em sua
sede e tem como prefeito atual José Marquinélio Tavares.
O município do Barro, referindo-se a Saúde, pertence aSuperintendencia de Saúde do
Cariri, com supervisão da Área Descentralizada de Brejo Santo, no momento tem em sua
composição de Estratégia Saúde da Família, 11 equipes atuando no município, sendo que, cada
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equipe é composta por 01 médico, 01 enfermeiro, 01 odontólogo, 01 ACD etécnicos de
enfermagem. Somando um total de 47 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e 18 Agentes de
Combate à Endemias (ACEs) atuando de forma direta na comunidade e com grande elo entre as
famílias e as Equipes de Saúde; 01 Hospital de pequeno porte (Hospital Municipal Santo Antônio).
2. INTRODUÇÃO
O Novo Coronavírus foi identificado como a causa do surto de doença respiratória detectado pela
primeira vez em Wuhan, China. No início, muitos dos pacientes do surto na China, teriam algum vínculo
com um grande mercado de frutos do mar e animais, sugerindo a disseminação de animais para pessoas.
No entanto, um número crescente de pacientes não teve exposição ao mercado de animais, indicando a
ocorrência de disseminação de pessoa para pessoa.
As infecções por coronavírus geralmente causam doenças respiratórias leves a moderadas,
semelhantes a um resfriado comum, podendo evoluir ao óbito em alguns casos1. Alguns coronavírus
podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente
Médio (MERS-CoV), identificada em 2012. Os sintomas mais comuns dessas infecções podem incluir
sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros)e febre (a
febre pode não estar presente em alguns pacientes, como crianças, idosos, imunossuprimidos ou que
fizeram uso de medicamentos para diminuir a febre). Alguns casos de infecções pelo 2019-nCoV
apresentam sintomas gastrointestinais.
O 2019-nCoV se dissemina através de gotículas respiratórias quando os pacientes tossem, falam
alto ou espirram. O contato próximo também é uma fonte de transmissão (por exemplo, contato com a
conjuntiva da boca, nariz ou olhos através da mão contaminada). Ainda não foi estabelecido se a
transmissão pode ocorrer através da mãe-bebê verticalmente ou através o leitematerno.
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O período de incubação acredita-se ser de até 14 dias após a exposição e a suscetibilidade geral, por
se tratar de um vírus novo. Sobre a imunidade não se sabe se a infecção em humanos que não evoluíram para
o óbito irá gerar imunidade contra novas infecções e se essa imunidade é duradoura por toda a vida. O que
sabemos é que a projeção em relação aos números de casos está intimamente ligada à transmissibilidade e
suscetibilidade. Ainda não existe vacina para prevenir a infecção por2019-nCoV.
As medidas de prevenção e controle de infecção pelo 2019-nCoV devem ser implementadas pelos
profissionais que atuam nos serviços de saúde para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de
microrganismos durante qualquer assistência à saúde realizada. Essas orientações são baseadas nas
informações atualmente disponíveis sobre o 2019-nCoV e podem ser refinadas e atualizadas à medida que
mais informações estiverem disponíveis, já que se trata de um microrganismo novo no mundo e, portanto,
com poucas evidências sobre ele.
Este documento tem o objetivo de sistematizar as ações e procedimentos de responsabilidade da
esfera municipal, de modo a apoiar em caráter complementar os gestores das unidades municipais no que diz
respeito à preparação de uma possível pandemia causada pelo 2019-nCoV, de maneira antecipada e também
na organização de fluxos para o enfrentamento de situações que saem da normalidade.
3. OBJETIVOS DO PLANO DECONTINGÊNCIA
3.1 Geral
Viabilizar as ações de prevenção e controle da doença de modo oportuno e eficaz diante a
identificação de casossuspeitos.
3.2 Específicos
3.2.1 Descrever estratégias de identificação oportuna decasossuspeitos, conforme preconizado pelo
Ministério da Saúde (MS), no sentido de controlar e reduzir a disseminação do 2019-nCoV no Municipio;
3.2.2 Definir responsabilidades e prioridades nos setores da vigilância epidemiológica, imunização,
vigilância sanitária, vigilância laboratorial, atenção primária à saúde, hospitais, assim como também organizar o
fluxograma de resposta às emergências em saúdepública;
3.2.3 Orientar e recomendar medidas de controle e prevenção da doença, de forma ativa,
imediata eoportuna;
3.2.4 Definir fluxos de referência para atendimento aos casos suspeitos com sintomas
respiratórios leves e graves.
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4. RESPONSABILIDADE MUNICIPAL NO PLANO DECONTINGÊNCIA
• Implantar o funcionamento da sala de situação no município com vistas a
eventualdetecção da circulação viral do 2019-nCoV em território municipal,
acompanhando indicadores epidemiológicos, operacionais eassistenciais semanalmente;
• Garantir a intensificação e o monitoramento das ações dos procedimentos seguros
para coleta deamostras;
• Intensificação as ações de Vigilância dos Vírus Respiratórios frente à investigação de
casos suspeitos e confirmados de 2019-nCoV na esferamunicipal;
• Acompanhar as ações realizadas pelas Unidades de Saúde do Município;
• Encaminhar aos serviços de saúde notas informativas orientando as ações de
prevenção e controle para disseminação dovírus;
• Capacitar os profissionais para realização dos procedimentos seguros para coleta
deamostras;
• Sensibilizar os profissionais para a notificação, investigação e realização das ações de
prevenção e controle do 2019-nCoV, de formaoportuna;
• Estabelecer parcerias intersetoriais;
Orientar e sensibilizar a populção frente as medidas de enfrentamento ao Novo
Coronavirus COVID-19
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5. CONTEXTUALIZAÇÃOEPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO
HUMANA PELO NOVO CORONAVÍRUS (2019-nCOV)
Em 29 de dezembro de 2019, um hospital em Wuhan/China admitiu quatro
pessoas com pneumonia e reconheceu que as quatro haviam trabalhado no Mercado
Atacadista de Frutos do Mar de Wuhan, que vende aves vivas, produtos aquáticos e
vários tipos de animais selvagens ao público. O hospital relatou essa ocorrência ao
Centro de Controle de Doenças (CDC-China) e os epidemiologistas de campo da China
(FETP-China) encontraram pacientes adicionais vinculados ao mercado e, em 30 de
dezembro, as autoridades de saúde da província de Hubei notificaram esse cluster ao
CDC da China. A partir desse momento, várias ações foram desencadeadas:
5.1 Agenteetiológico
Pertencente à família Coronaviridae, gênero Coronavírus, subdividido em três
grupos principais, com base em propriedades genéticas e sorológicas. Cada grupo inclui
muitos vírus que causam problemas de doença no homem, animais ou aves.
• Ordem: Nidovirales
• Família: Coronaviridae
• RNAvírus
• Infecção em mamíferos eaves
5.2 Reservatório e modo detransmissão
A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou,
pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns
coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais.
O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado
com morcegos. Também existe a probabilidade de haver um reservatório animal para o
MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos. As investigações sobre
transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de
pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato está ocorrendo. É importante
observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por
contato pessoal com secreções contaminadas, como:
• Gotículas desaliva;
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• Espirro;
• Tosse;
• Secreçãonasofaríngea;
• Contato com pessoadoente;
• Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a
boca, nariz ouolhos.
5.3 Período deincubação
Estima-se que o período de incubação seja de 2 a 14 dias.
5.4 Suscetibilidade
Existe suscetibilidade geral em todos os grupos, com idosos e pessoas com
doenças preexistentes com maior probabilidade de se tornarem casos graves.
5.5 Manifestaçõesclínicas
Os sinais e sintomas clínicos do Novo Coronavírus são principalmente
respiratórios, semelhantes a um resfriado. Porém, podem causar infecção do trato
respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são sintomas são: febre, tosse e
dificuldade para respirar. Alguns casos podem apresentar sintomas gastrointestinais e
pneumonias.
Embora a maioria das pessoas infectadas apresente sintomas leves a moderados,
o Novo Coronavírus pode provocar sintomas mais graves e, inclusive levar à morte. No
entanto, até o momento, as formas mais graves têm se manifestado em populações já
reconhecidamente vulneráveis a outros vírus respiratórios, como idosos, crianças,
pessoas com doenças crônicas ouimunossuprimidas.
6. VIGILÂNCIAEPIDEMIOLÓGICA
A vigilância Epidemiológica (VE) do 2019-nCoV tem como objetivo geral
orientar o Sistema Municipal de Vigilância em Saúde e a Rede de Serviços de Atenção à
Saúde para atuação na identificação, notificação e manejo oportuno de casos suspeitos
de infecção humana pelo Novo Coronavírus de modo a mitigar os riscos de transmissão
sustentada no territóriomunicipal.
Objetivos específicos:
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Atualizar periodicamente o cenário epidemiológico com base nas
evidências técnicas e científicas nacionais e/ouinternacionais;
Descrever o acometimento da doença segundo variáveis de tempo, pessoa
elugar;
Prover análises epidemiológicas identificando grupos derisco;
Subsidiar a gestão local na tomada de decisões baseadas emevidências;
Evitar transmissão do vírus para profissionais de saúde e contatos
próximos;
Orientar sobre a conduta frente aos contatospróximos;
Acompanhar a tendência da morbimortalidade associadas àdoença;
Identificar outros vírus respiratórioscirculantes;
Produzir e disseminar informaçõesepidemiológicas.
6.1 Definição de caso suspeito
Situação 1
Febre*
E
Pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse,
dificuldade para respirar, batimento das asas nasais,
entre outros)
E
Histórico de viagem para área com transmissão local,
de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao
aparecimento dos sinais ou sintomas.
Situação 2
Febre*
E
pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse,
dificuldade para respirar, batimento das asas nasais,
entre outros)
E
histórico de contato próximo de caso suspeito** para
o coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias
anteriores ao aparecimento dos sinais ousintomas
Situação 3
13
Febre*
OU
pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse,
dificuldade para respirar, batimento das asas nasais
entre outros)
E
contato próximo de caso confirmado de
coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos
últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dossinais
ou sintomas.
* Febre pode não estar presente em alguns casos como: pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos
ou situações em que o paciente tenha utilizado medicamento antitérmico previamente.
** Transmissão local. Definimos como transmissão local, a confirmação laboratorial de
transmissão do 2019-nCoV entre pessoas com vínculo epidemiológico comprovado. Os casos que
ocorrerem entre familiares próximos ou profissionais de saúde de forma limitada não
serãoconsiderados transmissão local.
6.2 Notificacao
A Infecção Humana pelo 2019-nCoV e atualmente uma Emergencia de Saude
Publica de Importancia Internacional (ESPII), segundo anexo II do Regulamento
Sanitário Internacional. Sendo, portanto, um evento de saude publica de notificação
imediata.
A notificacao imediata deve ser realizada pelo meio de comunicação mais
rápido disponível, em ate 24 horas a partir do conhecimento de CASO QUE SE
ENQUADRE NA DEFINICAO DE SUSPEITO.
Os casos suspeitos de infecção por 2019-nCoV devem ser comunicados imediatamente
pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Setor de Vigilância em Saúde do
Municipio contactantes por meio de busca ativa de contatos próximos (familiares, colegas de
trabalho, entre outros, conforme investigação), devendo estes ser orientados sob a possibilidade
de manifestação de sintomas e da necessidade de permanecer em afastamento temporário em
domicílio, mantendo distância dos demais familiares, além de evitar o compartilhamento de
utensílios domésticos e pessoais, até que seja descartada a suspeita.
Os indivíduos próximos que manifestarem sintomas devem ser orientados a
procurar imediatamente o serviço de saúde. O monitoramento dos casos suspeitos e dos
contactantes deverá ser por 14 dias.
Até o momento da publicação, a realização do diagnóstico laboratorial para
detecção do novo coronavírus (2019-nCov) está sendo realizado somente nos Centros
Nacionais de Influenza:
Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fundação Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ/RJ)
LaboratóriodeVírusRespiratóriosdoInstitutoEvandroChagas
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(IEC/SVS/MS)
Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Adolfo Lutz(IAL/SES-SP).
O diagnóstico diferencial para Influenza e outros vírus respiratórios está sendo
realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).
Deve ser realizada coleta de swabs combinados (nasal/oral), ou amostra de
secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronco alveolar), ou
aspirado de nasofaringe (ANF) de todos os casos que se enquadrem nos critérios de
suspeição clínica e ou epidemiológico.
Para solicitação dos kits de coleta de amostras de swabs combinados contatar o
LACEN. Os kits serão disponibilizados para as unidades, mediante memorando de
solicitação.
As amostras devem ser encaminhadas ao LACEN, apos o cadastramento no
Sistema de Gerenciamento do Ambiente Laboratorial(GAL).
As amostras devem vir acompanhadas da Ficha de notificação para casos suspeitos
de Novo Coronavírus (2019-nCoV), disponível em
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=53635.
Para consulta aos resultados, a unidade demandante deverá consultar oGAL.
6.3 Orientações para coleta, acondicionamento e transporte.
Em serviços de saúde PÚBLICOS, é necessária a coleta de 1 (uma) amostra
respiratória.A realização de coleta de amostra está indicada sempre que ocorrer caso
suspeito de 2019-nCoV. A coleta deverá ser realizada, preferencial, até o 3º dia,
podendo ser estendida até o 7º dia, por profissional de saúde devidamente treinado e em
uso de equipamento de proteção individual (EPI) apropriados: avental, óculos de
proteção, touca, luvas e máscara (N95 ou PFF2).
6.3.1 SWAB combinado (nasal/ Coleta deoral)
Introduzir o swab de rayon na cavidade nasal (cerca de 5 cm), direcionando para
cima (direção dos olhos), com uma angulação de 30 a 45° em relação ao lábio
superior. Após a introdução, esfregar o swab com movimentos circulares delicadas,
pressionando-o contra a parede lateral do nariz (em direção a orelha dopaciente).
Remover o swab do nariz do paciente e introduzi-lo imediatamente no meio de
transporte(MEM).
Colher swab nas duas narinas (uma em cadanarina).
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Colher o terceiro swab na área posterior da faringe e tonsilas, evitando tocar na
língua. Após a coleta, inserir os três swabs em um mesmo frasco contendo o meio
de transporte viral. Rotular a amostra no tubo de transporte MEM com o nome
completo dopaciente.
Deverão ser colhidos 3 swabs de rayon sendo 1 nasofaringe direito, 1 nasofaringe
esquerdo e 1 orofaringe para cada meio de transporte(MEM).
As amostras serão processadas para vírus respiratórios no LACEN e encaminhadas
ao Laboratório de referência nacional para ser processada para2019-nCoV.
As amostras coletadas devem ser mantidas sob refrigeração (4 a 8ºC) e devem ser
encaminhadas ao LACEN, em caixa térmica com gelo reciclável e acompanhadas
da ficha epidemiológica devidamentepreenchida.
As amostras deverão chegar ao LACEN em até 24 horas após a coleta
6.3.2 Coleta em situação de óbito
Para pacientes que evoluíram para o óbito deverão ser realizadas pelo Serviço de
Verificação de Óbitos (SVO)em, Unidade de Referência, as coletas, conforme Plano de
Enfretamento Estadual, em:
Tecido da região central dos brônquios (hilo), dos brônquios direito e esquerdo e da
traqueia proximal edistal;
Tecido do parênquima pulmonar direito e esquerdo; tecido das tonsilas e mucosa
nasal;
Acondicionar as amostras em frasco de vidro com formalina tamponada a10%;
As amostras frescas para diagnóstico viral deverão ser acondicionadas em
recipientes estéreis e imersas em meio de transporte viral (MEM) ou solução salina
tamponada e enviada aoLACEN;
A coleta de amostra para realização do diagnóstico deve ser feita, observando-se os
protocolos em vigilância.
6.3.3 Amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado
bronca alveolar), ou aspirado de nasofaringe(ANF)
Após a coleta enviar o material imediatamente para o LACEN ou no máximo 24
horas sob refrigeração de 4 a 8°C.
6.4 Orientações para cadastro no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial –GAL
16
A amostra deverá ser cadastrada na requisição de solicitação de exame no
Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), no preenchimento do campo
“Agravo/Doença”, selecionar a opção “Influenza” e “vírus respiratorios”.
7. ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA
Mapear os locais e atividades com maiores exposições aos riscos e promover a
orientação destes profissionais, são as primeiras medidas a serem adotadas. Insumo
utilizado para desinfecção e higienização das mãos: Álcool na graduação de 70%.
7.1 Recomendações de uso de Equipamento de Proteção Individual –EPI
Recomenda-se o uso dos seguintes EPI:
Máscara Cirúrgica em exposições eventuais de baixorisco;
Máscara Respirador N-95, ou PFF2, preferencial nas exposições por um tempo
mais prolongado e procedimentos que gerem aerolização. São exemplos de
procedimentos com risco de geração de aerossóis: intubação traqueal; aspiração
nasofaríngea e nasotraqueal; broncoscopia; autópsia envolvendo tecido pulmonar;
coleta de espécime clínico para diagnóstico de doenças respiratórias, dentreoutros;
Protetor Ocular (óculos de segurança) quando houver risco de exposição do
profissional a respingo de sangue, secreções corporais eexcreções;
Os óculos devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência,
devendo, após o uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão/ detergente e
desinfecção. Sugere-se a desinfecção por fricção com álcool 70% após cada uso ou
outro desinfetante recomendado pelofabricante;
Luvas de Procedimento: devem ser utilizadas, conforme recomendada nas
precauções padrão, quando houver risco de contato das mãos do profissional com
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos
ou equipamentoscontaminados;
Capote/Avental ImpermeávelDescartável.
7.2 Atribuições dos serviços de saúde em relação aos EPI
Compete aos serviços de saúde em relação ao EPI:
Fornecer os EPI, gratuitamente, aos trabalhadores de acordo com os riscos a que
estãoexpostos;
Orientar e treinar os trabalhadores sobre o uso adequado, guarda econservação;
Substituir imediatamente, quando danificado ouextraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutençãoperiódica.
7.3 Atribuições dos trabalhadores em relação aos EPI
Compete aos trabalhadores em relação ao EPI:
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que sedestina;
Responsabilizar-se pela guarda econservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio, como por
exemplo, o uso de máscaras molhadas ouamassadas.
7.4 Medicação
Até o momento, não há medicamento específico para o tratamento da Infecção
Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). No entanto, medidas de suporte devem
ser implementadas.
Em caso de suspeita para Influenza, não retardar o início do tratamento com Fosfato
de Oseltamivir. Este medicamento faz parte do Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica (CESAF) distribuído gratuitamente pelo MS às Secretarias de Saúde
Estaduais.
Apresentações do Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu®), cápsulas de 30mg, 45mg e
comprimido de 75mg.
A distribuição do Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu®) é realizada através da Célula
de Logística da Assistência Farmacêutica, através do sistema HORUS realizando o
atendimento para:
A Assistência Farmacêutica do Estado alerta que a quimioprofilaxia indiscriminada
não é recomendável, pois pode contribuir para o aparecimento da resistência viral.
8. PÚBLICO-ALVO DAS AÇÕES
i. Interno
Servidores, terceirizados, cooperados e comissionados.
ii. Mídia
Imprensa e líderes de opinião.
iii. Sociedade
Usuários da rede pública de saúde, gestores municipais, líderes comunitários
e religiosos, agentes de saúde, instituições.
a. Canais de comunicação
IV. On-line: Instagram, Facebook, site do Governo Municipal.
V. Off-line: TV, rádio ejornais.
b. Ações realizadas
VI. - Produção e divulgação de conteúdo informativo acerca do novo coronavírus
(vídeos, matérias para o site do Governo Municipal; material informativo
para as redes sociais);
VII.- Contato permanente com a imprensa (envio de notas, agendamento de
entrevistas, repasse de sugestão de pautas etc);
VIII.
- Monitoramento das redes sociais e dos veículos de comunicação para
esclarecer rumores, boatos e informações equivocadas acerca do novo
coronavírus;
19
c. Ações a serem realizadas
IX. - Realização ações educativas nos serviços de saúde público e privados e
nas redes de ensino pública e privadas.
- Realização de palestras para profissionais de saúde.
8.1 Informação e educação para a população quanto a prevenção eautocuidado
Comunicação através de gravação e divulgação de vídeos simples e diretos sobre
prevenção para serem colocados nas redes sociais do governo municipal e da
secretaria de saude.
Peças visuais para redes sociais (whatsapp, instagram, facebook) com
informações sobre o vírus eprevenção.
8.2 Informação e treinamento dos profissionais de saúde para a prevenção e cuidado dos
pacientes e familiares
Gravação e divulgação de vídeos com especialistas no assunto para a abordagem
sindrômica, o diagnóstico e manejo clínico oportuno e qualificado voltados aos
profissionais de saúde, assim como vídeos educativos e informativos para a
população;
9. MANEJO CLÍNICO
Seguindo as diretrizes do Estado do Ceará, do MS e da OMS, esta é a primeira edição
deste documento com orientações para o manejo clínico da infecção respiratória aguda grave
quando houver suspeita de infecção por2019-nCoV.
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias,
especialmente as de grande infectividade, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais
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de prevenção, como:
• Realizar frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir
alimentos;
• Utilizar lenço descartável para higienenasal;
• Cobrir nariz e boca quando espirrar outossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, e sempre higienizar com água e sabão
ou álcool em gel na faltadestes;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ougarrafas;
• Manter os ambientes bemventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas dadoença.
Contato próximo: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com
suspeita de caso por Novo Coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento,
por um período prolongado, sem uso de EPI. O contato próximo pode incluir: cuidar,
morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou,
ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o
EPI recomendado.
9.1 Assistência aos pacientes com suspeita de coronavírus na atenção primária e
direcionamento na rede
Atenção Primária está estruturada como primeiro ponto de atenção, sendo a principal
porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a
população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde da
população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos deatenção.
Cuidados com o paciente
9.1.1 Identificar precocemente pacientes suspeitos, sendo necessário realizar uma busca ativa
de contatospróximos.
9.1.2 Pacientes suspeitos devem utilizar máscara cirúrgica desde o momento em que forem
identificados no acolhimento com classificação de risco na Atenção Primária até sua
chegada ao local de isolamento, que deve ocorrer o mais rápidopossível.
9.1.3 Qualquer pessoa que entrar em contato com o caso suspeito deve utilizar EPI
(preferencial máscara n95, nas exposições por um tempo mais prolongado e
procedimentos que gerem aerolização; eventualmente máscara cirúrgica em exposições
eventuais de baixo risco; protetor ocular ou protetor de face; luvas;capote/avental);
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9.1.4 Realizar higiene de mãos, respeitando os cinco momentos de higienização (consultar
tópico – Informaçõesdetalhadas).
9.1.5 A provisão de todos os insumos tais como sabão líquido, álcool gel e EPI, deve ser
reforçada pela gestão municipal, bem como higienizantes para oambiente.
9.1.6 Alguns casos confirmados ou suspeitos para o novo coronavírus podem não necessitar
de hospitalização, podendo ser acompanhados em domicílio. Porém, é necessário
avaliar cada caso, levando-se em consideração se o ambiente domiciliar é adequado e
se o paciente é capaz de seguir as medidas de precaução recomendadas pela equipe
desaúde.
9.1.7 Casos suspeitos ou confirmados para 2019-nCoV que não necessitem de hospitalização
e o serviço de saúde opte pelo isolamento domiciliar, o médico poderá solicitar RX de
tórax, hemograma e provas bioquímicas antes de serem dispensados para o domicílio a
depender da avaliação clínica do paciente. Estes pacientes deverão receber orientações
de controle de infecção, prevenção de transmissão para contatos e sinais de alerta para
possíveis complicações e um acesso por meio de comunicação rápida deve ser
providenciado para eventuais dúvidas ou comunicados. A presença de qualquer sinal de
alerta deverá determinar retorno e hospitalização imediata do paciente. Porém, é
necessária avaliação de cada caso, considerando também se o ambiente residencial é
adequado e se o paciente é capaz de seguir as medidas de precaução recomendadas pela
equipe de saúde responsável peloatendimento.
9.1.8 Para os pacientes imunocomprometidos, recomenda-se hospitalização e avaliar
possibilidade de repetir o PCR (teste molecular) antes da alta hospitalar ou eventual
transferência para quarto de enfermaria sem isolamento, devido a possibilidade de
excreçãoprolongada.
9.1.9 Pacientes que necessitarem de internação prolongada por outras comorbidades, devem
ter também PCR (teste molecular) repetidos para eventual liberação deisolamento,
9.1.10 OscasoslevesdevemseracompanhadospelaAtençãoPrimária à Saúde e instituídas as
medidas de precaução domiciliar.
9.1.11 Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para
isolamento etratamento.
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9.2 Critérios de internação
Somente serão internados os casos considerados graves, segundo a equipe de
saúde que prestar a assistência ao indivíduo.
9.3 Pacientes Durante oTransporte
Limite o transporte ao estritamentenecessário.
Notificar o setor que irá receber o paciente e também o serviço de transporte interno
que o paciente está emprecaução.
Durante o transporte o paciente deve utilizar a máscaracirúrgica.
Caso o paciente esteja impossibilitado de usar máscara cirúrgica (IOT/máscara
Venturi), o profissional deverá utilizar máscara N95 durante otransporte.
9.4 Rotina: precaução durante o contato e precauçãoaérea
Profissionais de Saúde
• Obrigatório uso de avental descartável, luvas e máscaraN95.
• Colocar a máscara antes de entrar no quarto/box, retirá-la após fechar a porta, estando
fora do quarto/box, nocorredor.
• Uso da máscara individual e reutilizável. Pode ser reutilizada pelo mesmo profissional
por longos períodos, desde que se mantenha íntegra, seca elimpa.
• Descarte quando estiver com sujidade visível, danificada ou houver dificuldade para
respirar (saturação damáscara).
9.5 Isolamento
Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser realizados
preferencialmente em uma unidade de isolamento respiratório com pressão negativa
e filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance).
Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto
com portas fechadas e restringir o número de profissionais durante estes
procedimentos. Além disso, deve-se orientar a obrigatoriedade do uso da máscara de
proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95%
de partículas de até 0,3µ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) pelos profissionais de
saúde.
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9.5.1 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual –EPI
Em situações em que as medidas coletivas de proteção não forem possíveis de
serem adotadas, deve-se utilizar os EPI. Considera-se EPI todo dispositivo ou produto
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde notrabalho.
Recomenda-se o uso dos EPI de acordo com o descrito no ANEXO III.
10. CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADO À ASSISTÊNCIA ÀSAÚDE
10.1 Processamento de produtos para saúde
Equipamentos, produtos para saúde ou artigos para saúde utilizados em qualquer
paciente devem ser recolhidos e transportados de forma a prevenir a possibilidade de
contaminação de pele, mucosas e roupas ou a transferência de microrganismos para
outros pacientes ou ambientes obedecendo as normas do serviço de higienização do
hospital.
10.2 Limpeza e desinfecção de superfícies
Não há uma recomendação diferenciada para a limpeza e desinfecção de
superfícies em contato com casos suspeitos ou confirmados pelo Novo Coronavírus.
A desinfecção de superfícies das unidades de isolamento deve ser realizada após
a sua limpeza. Os desinfetantes com potencial para desinfecção de superfícies incluem
aqueles à base de cloro, álcoois, alguns fenóis e alguns iodóforos e o quaternário de
amônio. Sabe-se que os vírus são inativados pelo álcool a 70% e pelo cloro. Portanto,
preconiza-se a limpeza das superfícies do isolamento com detergente neutro seguida da
desinfecção com uma destas soluções desinfetantes ou outro desinfetante padronizado
pelo serviço de saúde, desde que seja regularizado junto à Anvisa.
No caso da superfície apresentar matéria orgânica visível deve-se inicialmente
proceder à retirada do excesso da sujidade com papel/tecido absorvente e
posteriormente realizar a limpeza e desinfecção desta. Ressalta-se a necessidade da
adoção das medidas de precaução para estesprocedimentos.
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11. TRANSPORTE INTERINSTITUCIONAL DE CASOS SUSPEITOS OU
CONFIRMADOS
11.1 Transporte
Suporte Básico
Unidade de Suporte Básico (USB) será enviada para casos suspeitos de baixa
gravidade, sendo o paciente acolhido pela equipe com este portando máscara médica. O
paciente, em momento algum, deverá retirar a máscara. A equipe da USB realizará todo
o atendimento com uso de avental, máscara N95 ou PFF2, luvas cirúrgicas, gorro,
óculos ou protetor facial ecobre-botas.
Conforme as informações atuais disponíveis, sugere-se que a via de transmissão
pessoa a pessoa do 2019-nCoV é via gotículas respiratórias ou contato. Qualquer pessoa
que tenha contato próximo (dentro de 1 metro) com alguém que tenha sintomas
respiratórios (por exemplo, espirros, tosse, etc.) está em risco de ser exposta a gotículas
respiratórias potencialmente infecciosas. Portanto, deve-se: Melhorar a ventilação do
veículo para aumentar a troca de ar durante o transporte; Limpar e desinfetar todas as
superfícies internas do veículo após a realização do transporte. A desinfecção pode ser
feita com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante indicado para este
fim e seguindo procedimento operacional padrão definido para a atividade de limpeza e
desinfecção do veículo e seus equipamentos. Sempre notificar previamente o serviço de
saúde para onde o caso suspeito ou confirmado será encaminhado.
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Anexo I
Cuidados Específicos para Controle de Infecção pelo2019-nCoV
Procedimentos Orientações
Isolamento
Comunidade:
Casos sob investigação devem ser isolados até à chegada de
transporte para unidade hospitalar (confinado à sua habitação
ou em sala isolada da unidade de saúde, com medidas de
restriçãosocial).
Unidade Hospitalar:
Internamento em quarto com pressão negativa ebanheiro;
Havendo mais casos confirmados, isolar os doentes em
coorte;
Coorte de profissionais para este(s)doente(s);
Apenas pessoal estritamente necessário ao cuidado do doente
deve entrar no quarto, utilizando o EPI de acordo com o
nível de cuidados a prestar (ANEXOIII);
Deve existir informação visível à entrada do quarto que
indique as precauções necessárias aadotar;
Deve existir registro dos profissionais que contactaram com
odoente.
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Transferência para
outras unidades de
saúde
Unidade Básica de Saúde – Hospital (Caso sob investigação):
Transporte efetuado para Hospital com capacidade para
gestão de doente com 2019-nCoV, após validação pelo
Sistema de Saúde do Municipio.
Doente deve utilizar máscara cirúrgica, desde que a sua
condição clínica opermita;
Transferência para outra unidade hospitalar deve ser
evitada, com exceção para a necessidade de providenciar
cuidados médicos não disponíveis no hospital onde se
encontra odoente;
Transporte efetuado por SAMU, após ativação pela Central
de Regulação, em coordenação com o hospital com
capacidade para gestão de doente com2019-nCoV;
Doente deve utilizar máscara cirúrgica, desde que a sua
condição clínica opermita.
Transporte para
Procedimentos/
Tratamentos
Procedimentos/tratamentos realizáveis no quarto:
Todos os procedimentos/tratamentos necessários devem ser
realizados à cabeceira do doente, com o número de
profissionais estritamente necessários, utilizando EPI
adequado (ANEXOIII).
Transporte absolutamentenecessário:
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Coordenação com o serviço receptor, com agendamento do
procedimento;
Processo de transporte deve realizar-se com o mínimo de paradas
em áreascomuns;
Doente deve utilizar uma máscara cirúrgica para o transporte,
desde que a sua condição clínica opermita;
Profissionais envolvidos no transporte e
procedimento/tratamento devem utilizar EPI adequado (ANEXO
III);
Visitas
Restrição do número de visitas a pessoas em investigação, que
devem ser treinadas para a higienização das mãos, etiqueta
respiratória e para utilização de EPI adequado (ANEXO III),
devendo a colocação e remoção do mesmo ser supervisionado por
profissionais desaúde;
Registro da identificação dasvisitas.
Cuidados Clinicos
invasivos
Cuidados que requeiram manobras potencialmente geradoras de
aerossóis e gotículas menor devem serrealizados:
No quarto de isolamento (quando possível);
Em espaço com ventilação adequada ou pressão negativa, que
possa ser desocupado por cerca de 20 minutos para circulação de
ar, com posterior limpeza com desengordurantes e desinfeção por
profissionais com EPI adequado (ANEXO III);- Pelo número de
profissionais estritamentenecessários,
utilizando EPI para cuidados clínicos invasivos (ANEXO III).
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Equipamento
Utilizar equipamento dedicado no quarto de isolamento.
Individualizar todos os materiais necessários, incluindo a bacia de
higiene, arrastadeira, urinol, termómetro, esfigmomanômetro,
material de higiene, entreoutros;
Todo o equipamento de uso único deve ser considerado
contaminado;
Equipamento reutilizável deve ser lavado e desinfetado segundo
instruções do fabricante e normainterna.
Limpeza
Limpeza realizada por pessoal com formação e treino para a
utilização de EPI para cuidados clínicos não invasivos prestados a
menos de 1 metro (ANEXOIII);
Utilizar equipamento de limpeza dedicado ou descartável, sendo
descontaminado apósutilização;
Utilizar desinfetantes desengordurantes na limpeza (o
Coronavírus apresenta membrana lipídica que é destruída pela
maioria dosdesinfetantes);
Limpeza de rotina do quarto de isolamento deve ser efetuada
depois da restante área do serviço, com especial atenção para
superfícies com maiormanipulação.
Roupa
Acomodada em saco próprio para roupa contaminada, deve ser
reservada em contentor próprio e identificada até ao transporte
para alavandaria;
Entidade responsável pela lavagem deve ser informada do risco
biológico elevado daroupa.
Resíduos
Todos os resíduos devem ser considerados contaminados e
seguida a política de resíduoshospitalares;
Manipulação e transporte dos recipientes dos resíduos devem
ser limitados ao estritamentenecessário.
Óbito
Cuidados post-mortem efetuados com proteção adequada aos
procedimentos perante um óbito (ANEXOIII);
Utilizar Saco de Transporte de Cadáveres impermeável com
informação relativa a riscobiológico;
Emcasodeautópsia,utilizarEPIdebarreiramáxima(ANEXO
III).
29
29
0
Anexo II. Cuidados Específicos para Serviços Hospitalares com Casos de 2019-nCoV
Serviços Hospitalares Orientações
Unidades de Cuidados
Intensivos
Doente não ventilado:
Cuidados para isolamento
Doentes sob Ventilação Mecânica - Cuidados específicos a
acrescentar aos necessários em isolamento
Ventilação Não Invasiva:
Este tipo de ventilação aumenta o risco de transmissão da
infeção;
Requer utilização sistemática de EPI de cuidados clínicos
invasivos (ANEXO III).
Ventilação Invasiva:
Circuito de aspiração de secreçõesfechado;
Filtro de alta eficiência HEPA (High Efficiency Particulate Air)
na saída do circuito externo das traqueias do ventilador
mecânico;
Não utilizar umidificadores nos ventiladores mecânicos,
utilizando em alternativa filtros HME (Heat andMoisture
Exchangers).
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Anexo III. Equipamento de Proteção Individual (EPI) de acordo com o nível de cuidados a
prestar
Nível de cuidados a prestar Características do
EPI
Cuidados não invasivos
prestados a menos de 1
metro
Bata - com abertura atrás, de uso único e impermeável;Máscara
– Cirúrgica ou preferencialmente FFP2; Proteção ocular - Usar
óculos de proteção em todos os casos de suspeição de 2019-
nCoV;
Luvas - De uso único, nãoesterilizadas.
Cuidados clínicos invasivos
a) Manobras potencialmente
geradoras de aerossóis e
gotículas menores (ex:
intubação, ventilação manual
e aspiração, ventilação não
invasiva e invasiva e
nebulização, ressuscitação
cardiopulmonar;
broncoscopia, cirurgia,
outros)
Bata - Com abertura atrás, de uso único e impermeável, com
punhos que apertem ou com elásticos e que cubra até ao meio da
perna outornozelo;
Touca – De usoúnico;
Máscara – FFP2, de uso único, com adequado ajustefacial;
Proteção ocular – Óculos com proteçãolateral;
Luvas – De uso único, com punho acima do punho dabata.
Proteção de calçado – Sapatos impermeáveis e de uso
exclusivo nas áreas de isolamento, se profissionais dedicados.
Nas entradas ocasionais de profissionais, usar coberturas de
sapatos de uso único e impermeáveis (cobrebotas).
OU
Fato de proteção integral - De uso único, impermeável, com
capuz incorporado, proteção de pescoço e tamanho ajustado ao
profissional;
Máscara – FFP2, de uso único, com adequado ajustefacial;
Proteção ocular – Óculos com proteçãolateral;
Luvas – De uso único, com punho acima do punho dabata.
* Estas manobras devem ser efetuadas, com o doente isolado, por profissionais experientes e sob
condições eletivas e controladas. O número de profissionais deve ser o estritamente necessário.
314
Anexo IV.
Fluxograma de Manejo Clinico da Atenção Primária e do Hospital Municipal Santo Antonio
33
Paciente está na definição de caso suspeito?
SIM
NÃO
Prevenção para profissional • lsolamento respiratório (máscara N95/PFF2
ou cirúrgica);
• Uso de luvas e avental;
• Lavar as mãos com frequência;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies
tocados com frequência;
• Limitar procedimentos indutores de aerossóis;
• Manter os ambientes limpos e ventilados.
Prevenção para Paciete e Contatos • Isolamento respiratório com máscara cirúrgica, se caso
suspeito ou contato;
• Isolamento com precaução de contato em sala fechada
• Lavar as mãos com água e sabão, ou álcool em gel;
• Evitar tocar olhos, nariz e boca;
• Manter os ambientes ventilados.
NOTIFICAÇÃO
IMEDIATA Comunicar
imediatamente o caso
suspeito Vigilância
Epidemiológica, que
deve acionar Vigilância
Laboratorial e iniciar as
ações de controle e
investigação.
AVALIAR
GRAVIDADE Avaliar se o caso é
LEVE ou GRAVE,
conforme protocolo de
manejo na APS; e
seguir Isolamento
Domicilar ou
Transferência para
Isolamento em Hospital
Municipal.
Se descartado o caso,
considerar os demais
diagnósticos diferenciais
pertinentes, o adequado
manejo clínico e as devidas
orientações de higiene.
Investigar contatos e Apoiar a equipe da vigilância.
SEGUIR PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DO NOVO CORONAVÍRUS NA APS
EDIÇÃO DE MARÇO DE 2020
Registrar o
atendimento
no Sistema de
Informação e-
SUS-AB
PRIORIZAR O ATENDIMENTO DE CASOS
SUSPEITOS DE NOVO CORONAVÍRUS
Todo indivíduo que, independentemente
da idade, apresentar:
Situação 1: VIAJANTE: Pessoa que nos últimos 14 dias retornou de viagem de áreas com transmissão local*
ou comunitária** e apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade
para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia);
OU
Situação 2: CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que nos últimos 14 diasteve contato próximo de caso suspeito ou
confirmado E apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para
respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispnéia);
OU
Situação 3: CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que nos últimos 14 dias resida ou trabalhe no domicílio de caso
suspeito ou confirmado para COVID-19 E apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório
(tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para
deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz,
tiragem intercostal e dispneia) .
Medidas de controle Desde o primeiro contato,
fornecer máscara cirúrgica à
pessoa com caso suspeito e
encaminhá-la para uma área
separada ou sala de isolamento.
UNIDADES BASICAS DE SAUDE
NOVO CORONAVÍRUS FLUXO DE ATENDIMENTO PARA O NOVO CORONAVÍRUS NO MUNICIPIO DE BARRO-CE
A Vigilância deve
notificar
imediatamente o caso
suspeito ao CIEVS.
Encaminhar paciente para Isolamento Domiciar ou em
Hospital, seguindo Protocolo Municipal de Transporte.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE 2019-nCoV
1. As áreas com transmissão local serão atualizadas e disponibilizadas no site do Ministério da Saúde, no link: saude.gov.br/listacorona.
2. Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente 2 metros de uma pessoa com suspeita do novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato
próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.
3. A notificação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) deve ser realizada preferencialmente pela SMS, ou pela equipe de saúde quando não for possível o contato imediato com a gestão, por meio do link http://bit-ly/2019-ncov, do Disque
Notifica: 0800-644-6645 ou do e-mail: notifica@saude.gov.br.
4. lsolar precocemente a pessoa com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Essas pessoas devem utilizar máscara cirúrgica desde o momento em que forem identificadas na triagem até sua chegada ao local de isolamento na unidade de referência, a que deve
ocorrer o mais rápido possível. A equipe deve certificar-se de que as informações do caso foram repassadas oportunamente para a unidade de referência para a qual a pessoa for encaminhada.
5. Em caso de suspeita para influenza, não retardar o início do tratamento com fosfato de oseltamivir, conforme protocolo de tratamento: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_ influenza 2017.pdf
6. Seguir os cinco momentos de higienização das mãos: I) antes de contato com a pessoa suspeita de infecção pelo novo coronavírus; II) antes da realização de procedimentos; III) após risco de exposição a fluidos biológicos; IV) após contato com a pessoa suspeita; e v)
após contato com áreas próximas à pessoa suspeita.
Dúvidas sobre manejo clínico em APS serão esclarecidas por meio do meio do Disque Saúde136.
Paciente está na definição de caso suspeito?
SIM
NÃO
Prevenção para profissional • lsolamento respiratório (máscara N95/PFF2
ou cirúrgica);
• Uso de luvas e avental;
• Lavar as mãos com frequência;
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies
tocados com frequência;
• Limitar procedimentos indutores de aerossóis;
• Manter os ambientes limpos e ventilados.
Prevenção para Paciete e Contatos • Isolamento respiratório com máscara cirúrgica, se caso
suspeito ou contato;
• Isolamento com precaução de contato em sala fechada
• Lavar as mãos com água e sabão, ou álcool em gel;
• Evitar tocar olhos, nariz e boca;
• Manter os ambientes ventilados.
NOTIFICAÇÃO
IMEDIATA Comunicar
imediatamente o caso
suspeito Vigilância
Epidemiológica, que
deve acionar Vigilância
Laboratorial e iniciar as
ações de controle e
investigação.
AVALIAR
GRAVIDADE Avaliar ou Reavaliar se
o caso é LEVE ou
GRAVE e seguir
Isolamento Domicilar
ou Isolamento em
Hospital Municipal até
Transferência para
Centro de Referência,
respectivamente.
Se descartado o caso,
considerar os demais
diagnósticos diferenciais
pertinentes, o adequado
manejo clínico e as devidas
orientações de higiene.
Acionar APS para Investigar contatos
SEGUIR MANEJO CLÍNICO PARA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
PELO COVID-19 DA ESP/SESA-CE
Registrar o
atendimento
no Sistema de
Informação
Hospitalar
PRIORIZAR O ATENDIMENTO DE CASOS
SUSPEITOS DE NOVO CORONAVÍRUS
Todo indivíduo que, independentemente
da idade, apresentar:
Situação 1: VIAJANTE: Pessoa que nos últimos 14 dias retornou de viagem de áreas com transmissão local*
ou comunitária** e apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade
para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia);
OU
Situação 2: CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que nos últimos 14 diasteve contato próximo de caso suspeito ou
confirmado E apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para
respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispnéia);
OU
Situação 3: CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que nos últimos 14 dias resida ou trabalhe no domicílio de caso
suspeito ou confirmado para COVID-19 E apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório
(tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para
deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz,
tiragem intercostal e dispneia) .
Medidas de controle Desde o primeiro contato,
fornecer máscara cirúrgica à
pessoa com caso suspeito e
encaminhá-la para uma área
separada ou sala de isolamento.
HOSPITAL MUNICIPAL SANTO ANTONIO
NOVO CORONAVÍRUS FLUXO DE ATENDIMENTO PARA O NOVO CORONAVÍRUS NO MUNICIPIO DE BARRO-CE
A Vigilância deve
notificar
imediatamente o caso
suspeito ao CIEVS.
Transferir paciente para Isolamento Domiciar ou para
Centro de Referência seguindo Protocolo de Transporte
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE 2019-nCoV
1. As áreas com transmissão local serão atualizadas e disponibilizadas no site do Ministério da Saúde, no link: saude.gov.br/listacorona.
2. Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente 2 metros de uma pessoa com suspeita do novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato
próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.
3. A notificação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) deve ser realizada preferencialmente pela SMS, ou pela equipe de saúde quando não for possível o contato imediato com a gestão, por meio do link http://bit-ly/2019-ncov, do Disque
Notifica: 0800-644-6645 ou do e-mail: notifica@saude.gov.br.
4. lsolar precocemente a pessoa com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Essas pessoas devem utilizar máscara cirúrgica desde o momento em que forem identificadas na triagem até sua chegada ao local de isolamento na unidade de referência, a que deve
ocorrer o mais rápido possível. A equipe deve certificar-se de que as informações do caso foram repassadas oportunamente para a unidade de referência para a qual a pessoa for encaminhada.
5. Em caso de suspeita para influenza, não retardar o início do tratamento com fosfato de oseltamivir, conforme protocolo de tratamento: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_ influenza 2017.pdf
6. Seguir os cinco momentos de higienização das mãos: I) antes de contato com a pessoa suspeita de infecção pelo novo coronavírus; II) antes da realização de procedimentos; III) após risco de exposição a fluidos biológicos; IV) após contato com a pessoa suspeita; e v)
após contato com áreas próximas à pessoa suspeita.
Dúvidas sobre manejo clínico em APS serão esclarecidas por meio do meio do Disque Saúde136.