Post on 03-Dec-2015
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I (DEDC I)
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Político Pedagógico da Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DE ENSINO PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Tibério Morais Silva Júnior
DOAÇÃO DE SANGUE: UMA INTERVEÇÃO SOCIAL REALIZADA
ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
Vitória da Conquista – BA
Outubro de 2015
Tibério Morais Silva Júnior
DOAÇÃO DE SANGUE: UMA INTERVEÇÃO SOCIAL REALIZADA
ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.
Projeto de Intervenção apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Metodologia do Ensino para a Educação
Profissional, pela Universidade do Estado da Bahia
(UNEB).
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rebeca Cerqueira Andrada
de Alcântara.
Vitória da Conquista – BA
Outubro de 2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
1.1 Problematização .................................................................................................................. 6
1.2 Objetivos .............................................................................................................................. 7
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 7
1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 7
1.3 Justificativa ........................................................................................................................... 9
2. Referencial Teórico ........................................................................................................... 11
2.1 A Educação Profissional no cenário brasileiro .................................................................. 11
2.2 A Educação a distância (Ead) ............................................................................................ 13
2.3 Doação de Sangue ............................................................................................................. 16
3. METODOLOGIA ................................................................................................................ 18
3.1 Coleta ................................................................................................................................ 18
3.2 Análise dos Dados.............................................................................................................. 19
3.2.1 Questionário .................................................................................................................... 19
3.2.2 Entrevista ......................................................................................................................... 24
3.3 Plano de Ação .................................................................................................................... 25
3.4. Principais ferramentas utilizadas ...................................................................................... 27
4. CRONOGRAMA ................................................................................................................ 28
5. RECURSOS ...................................................................................................................... 30
6. ORÇAMENTO ................................................................................................................... 31
7. RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 32
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 33
ANEXO I ENTREVISTA ........................................................................................................... 35
ANEXO II – QUESTIONÁRIO .................................................................................................. 36
4
1. INTRODUÇÃO
Os cursos técnicos profissionalizantes estão de volta ao cenário nacional,
principalmente no estado da Bahia. Há grande investimento e expectativa no que diz
respeito ao aproveitamento dos jovens concluintes destes cursos no mercado de
trabalho. Espera-se suprir a grande demanda de mão de obra especializada que há
no mercado, principalmente técnicos. Segundo pesquisas realizadas em 2010 e 2013
pela Fundação Dom Cabral1, as vagas no mercado para profissionais de nível técnico
estão entre as mais difíceis de serem preenchidas. Das 167 empresas utilizadas nesta
pesquisa, 43,71% estão localizadas na região nordeste, especificando mais a carência
de mão de obra nesta região. Abaixo, a figura 1 mostra a distribuição das empresas
pesquisadas em outras regiões do país.
O Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde Adélia (CEEPS) atua
na cidade de Vitória da Conquista, ofertando cursos técnicos de nível médio
profissional nas modalidades Integrada, PROEJA e PROSUB. Iniciou-se em 2008,
oferecendo o curso técnico em informática (ainda como Colégio Estadual Adélia
Teixeira – CEAT), inseriu a oferta do curso técnico em Enfermagem no próximo ano e
posteriormente tornou-se um Centro de Educação Profissional especializado em
1Para consultar as pesquisas na íntegra visite: http://acervo.ci.fdc.org.br/AcervoDigital/Relat%C3%B3rios%20de%20Pesquisa/Relat%C3%B3rios%20de%20pesquisa%202013/Pesquisa%20Carencia%20de%20Profissionais%20no%20Brasil.pdf
Fonte: RESENDE (2013)
Figura 1 Região de atuação das empresas
5
saúde ofertando os cursos técnicos profissionais em Análises Clínicas, Enfermagem,
Nutrição e Segurança do Trabalho.
Tratando-se de um Centro de Educação Profissional com enfoque em saúde, é
notória a discussão dentro deste ambiente com problemas sociais vivenciados no dia-
dia de cada integrante deste meio. Dentre eles, está o tema Doação de Sangue,
questão de forte apelo social e que interessa a todos os cidadãos.
Apoiado nos problemas vivenciados pela disparidade entre a crescente
demanda de bolsas de sangue e o baixo número de doadores cadastrados nas
Unidades de Coleta de boa parte do Brasil, o Ministério da Saúde traçou uma meta
para que o país alcance o percentual de 3% da população. Atualmente este valor é
inferior a 2%. (Portal Brasil, 2015)
O CEEPS Adélia Teixeira, percebendo os avanços da Educação à Distância
(Ead) através de Tecnologias da Informação e comunicação (TICs) como os
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), vem incentivando a utilização desta
modalidade de aprendizagem em alguns momentos de produção de conhecimento
nos cursos técnicos oferecidos. Diante, da potencialidade deste modelo educacional
e da oportunidade em tratar alguns problemas sociais como a doação de sangue, é
proposto um Projeto de Intervenção com a finalidade de utilizar esta ferramenta
pedagógica, atrativa aos alunos (TICs), para discutir o tema e promover um PIT STOP
no ambiente escolar para realizar o cadastramento e a doação de sangue por parte
dos professores, alunos e demais envolvidos.
Espera-se ao final deste projeto, conscientizar todos os indivíduos envolvidos
direta e indiretamente sobre a importância deste ato e aumentar o número de cidadãos
cadastrados como doadores de sangue na UCT-VC. Também é desejado fidelizar os
doadores que já são cadastrados e que por algum motivo não frequentam mais as
Unidades de Coleta para doar sangue.
Através dessa ação, a escola cumprirá com um dos princípios norteadores da
educação profissional da Bahia, alinhando os conhecimentos teóricos com a prática
em situações reais e fazendo com que o aluno compreenda o seu papel social através
da aplicação de seus conhecimentos no território onde ele vive. (Educação
Profissional).
6
1.1 Problematização
É evidente o baixo nível de bolsas de sangue nos hospitais e hemocentros de
todo o país. Pacientes de doenças como câncer, anemia, outros que passaram por
cirurgias ou sofreram acidentes graves necessitam constantemente de bolsas de
sangue nos hospitais. Para tanto, não se consegue atender esta demanda,
proporcionando o agravamento do quadro clínico destes, em casos extremos levando-
os a óbito. Esta situação é vivenciada na Fundação de Hematologia e Hemoterapia
do Estado da Bahia (HEMOBA), especificamente na Unidade de Coleta e Transfusão
de Vitória da Conquista (UCT-VC) onde os níveis de sangue estão constantemente
baixos, fazendo com que os pacientes deixem de receber a quantidade de bolsas de
sangue necessária para o seu tratamento. Abaixo, a Figura 3 demonstra este
problema, exemplificando o nível do estoque de cada tipo sanguíneo.
Figura 2 - Nível de bolsas de sangue no HEMOBA
Fonte: Site da HEMOBA2
2 Disponível em:< http://www.saude.ba.gov.br/hemoba/index.php?option=com_content&view= frontpage&Itemid=34>. Acesso em: 30/09/2015
7
Nota-se a necessidade de um projeto de intervenção visando conscientizar a
população a respeito da importância do ato de doar sangue e de sua posterior
continuidade. Pretende-se ainda, neste projeto, alcançar jovens com idade abaixo da
mínima exigida para ser doador, educando-os sobre a importância desse ato.
Este trabalho apoia-se nesta problematização, utilizando as ferramentas de um
AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) para reflexões e construções coletivas de
textos relacionados especificamente ao tema doação de sangue, previamente
abordados na sala de aula. Ainda neste ambiente, serão organizados grupos de
pesquisas que proporcionarão subdivisões das atividades e pesquisas a serem
realizadas para culminarem com a realização de uma ação comunitária a ser
realizada no espaço escolar, orientando e cadastrando a comunidade como doadores
de sangue. Aos já cadastros, deseja-se informa-los sobre a necessidade de continuar
fazendo parte desse processo.
Ao final, pretende-se responder ao questionamento: É possível utilizar a
educação à distância como espaço de interação para promover a conscientização de
pessoas a respeito do tema doação de sangue?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Realizar um projeto de intervenção, utilizando a Ead para conscientizar os
alunos sobre a importância do ato de doar sangue.
1.2.2 Objetivos Específicos
Utilizar um AVA para troca de conhecimentos e experiências sobre o tema
doação de sangue.
Promover palestras no pátio escolar visando socializar a importância do ato de
doar sangue.
Cadastrar novos doadores de sangue e fidelizar ao já cadastrados.
Avaliar a funcionalidade da Ead nos cursos técnicos do CEEPS Adélia Teixeira,
de acordo com o nível de comprometimento e produção das atividades.
8
Utilizar a Ead para promover a intervenção social (doação de sangue, definida
como um dos princípios pedagógicos da Educação Profissional do Estado da
Bahia.
9
1.3 Justificativa
Este projeto foi idealizado pensando no grande impulso que as Tecnologias da
Informação e Comunicação proporcionaram para que os cursos de ensino à distância
se tornassem tão populares e eficientes como hoje e como esta tecnologia pode ajudar
em outras etapas da educação, especificamente, os cursos de níveis técnicos
profissionais integrados ao ensino médio, diante de questões sociais como a
importância do ato de doar sangue.
Para substanciar a necessidade deste projeto de intervenção, observou-se os
problemas relacionados aos níveis de estoque de bolsas de sangue na Unidade de
Coleta e Transfusão de Vitória da Conquista, localizada dentro do Hospital de Geral
de Vitória da Conquista (HGVC), pertencente ao HEMOBA. Junto a este problema,
percebe-se o grande potencial a ser explorado em prol desta causa através dos alunos
do CEEPS Adélia Teixeira. Estes além de doadores frequentes, poderão ser agentes
multiplicadores, fomentando para a comunidade a importância desta ação.
Durante uma visita diagnóstica3, com o apoio da assistente social do HEMOBA,
Elianna Tavares, percebeu-se a dificuldade que a UCT encontra para as solicitações
diárias de bolsas de sangue. Seja por acidentes graves, pacientes com câncer,
transfusões ou cirurgias. Somente esta unidade é responsável por atender as
demandas do próprio Hospital Geral de Vitória da Conquista, do Hospital Municipal
Esaú Matos (HMEM), dos municípios de Cândido Sales, Belo Campo, Barra do Choça
e da região norte do estado de Minas Gerais.
Percebeu-se também que a maior parte não são simples voluntários e sim,
possíveis doadores que naquele instante possuem algum amigo ou parente
necessitando do sangue que é compatível com o seu.
Diante desta demanda, há a necessidade de um projeto de intervenção que
atue efetivamente no processo de conscientização dos alunos e da comunidade
(cidadãos, empresas e demais instituições), utilizando do o grande alcance e potencial
3 A entrevista concedida por TAVARES, Elianna. Entrevista I. [ago.2015]. Entrevistador: Tibério Morais
Silva Júnior. Vitória da Conquista, 2015. As questões relativas utilizadas nessa entrevista estão no ANEXO I deste trabalho.
10
educacional que a Ead proporciona para disseminar a importância de ser doador
voluntário, assíduo e comprometido com esta causa.
Para viabilizar este processo, será necessária a utilização de um Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA) como plataforma de ensino-aprendizagem, mediando
as interações entre professores, alunos e demais participantes. Martins (2001) afirma
que:
O papel de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, diante de um cenário em
que se busca ampliar o espaço escolar no sentido de torná-lo mais
significativo e integrá-lo à realidade social do aluno a fim de que deixe o seu
mundo local e se torne um cidadão crítico, ético e capaz de exercer a sua
cidadania é, incrementar as práticas pedagógicas aproximando-as das
práticas sociais do século XXI.
Dentre os AVAs com versões disponibilizadas como softwares livres, pode-se
citar: TelEduc (Unicamp), AulaNet (PUC-Rio), ROODA (UFRGS), ATutor (ATRC),
Claroline (Bélgica), Dokeos (Bélgica), Ilias (Alemanha), LearnLoop (Suécia), .LRN
(MIT), Manhattan (WNEC), TidiaAe (USP/Unicamp) e Moodle (Martin Dougiamas).
Alguns, não foram desenvolvidos dentro das métricas de software livre, sendo
considerados como softwares proprietários e comerciais como por exemplo: ANGEL
(CyberLearningLabs), BalckBoard (BlackBoard, Inc) e Lotus LMS (IBM). (Pires, 2005).
Diante de inúmeras alternativas de AVAs, tanto proprietários quanto livres,
escolher corretamente qual ambiente virtual de aprendizagem é algo tão importante
quanto a aplicação da pedagogia educacional por meio destes. É de grande
importância, antes de definir que AVA será aplicado em um curso, elaborar estudos e
pesquisas sobre quais necessidades devem ser supridas e quais recursões são
ofertados por tal ambiente, pois a grande maioria dos ambientes são desenvolvidos
ou customizados visando atender a algumas necessidades que podem não ser as
mesmas do curso em que deseja-se construir com a ajuda do AVA.
Mediante a necessidade de avaliar AVAs antes de escolher qual ambiente
utilizar, apoiou-se na avalição encontrada em MORAIS (2011), onde o ambiente
11
TIDIA-Ae4 (Tecnologia da Informação e Comunicação no Desenvolvimento da Internet
Avançada – Aprendizado Eletrônico).
O ambiente TidiaAe, fortemente difundido nas universidades USP e
UNICAMP foi muito bem avaliado em nosso teste. Este AVA traz consigo as
novas possibilidades de Ead onde há uma tentativa de aumentar a sensação
de proximidade entre professor/aluno e de alguns aspectos como estar
literalmente dentro de ambiente de aprendizagem. Durante os estudos,
encontramos algumas ferramentas que estão sendo desenvolvidas, mas
ainda não foram integradas ao Ae, como o Audio3D que permite que o aluno,
ao participar de uma videoconferência, tenha a noção do posicionamento da
pessoa que com ele conversa numa sala virtual. (MORAIS, 2011)
2. Referencial Teórico
2.1 A Educação Profissional no cenário brasileiro
A educação profissional no Brasil tem sua história marcada a partir do século
XIX. Antes, predominava a educação propedêutica (para as elites), totalmente focada
na formação de futuros dirigentes. Desta forma, até então, esta educação totalmente
elitista cooperava com divisão de classes sociais, excluindo deste processo todos os
indivíduos que não pertenciam a esta classe social. (MOURA, 2007).
Conforme consta em CEFET-RN (2005) E NOS PARECER nº 19/99-
CEB/CNE, os primeiros indícios de que hoje se pode caracterizar como as
origens da educação profissional surgem a partir do século XIX, mais
precisamente 1809, com a promulgação de um Decreto do Príncipe Regente,
futuro D. João VI, criando o Colégio das Fábricas. (MOURA, 2007).
Neste mesmo cenário, pode-se dizer que a educação profissional no Brasil tem
a sua formação sob o aspecto assistencialista, onde esta modalidade educacional
vinha promover a “educação” das classes excluídas do modelo propedêutico,
objetivando amparar os órfãos e demais civis desfavorecidos. Segundo Manfredi
(2002), eles recebiam as instruções primárias de cada ofício e após concluído o
4 http://tidiaae.nied.unicamp.br
12
processo, continuavam por um período de três anos nas oficinas para pagar a sua
aprendizagem e formar uma “economia” que recebia ao final deste período.
Foram criadas sociedades civis destinadas a amparar estas pessoas,
destacando os Liceus de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro (1858), de Salvador (1872),
do Recife (1880), de São Paulo (1882), de Maceió (1884) e de Ouro Preto (1886).
No século XX, a visão assistencialista da educação profissional começa a
desaparecer, dando lugar a preocupação em preparar os operários para a atividade
profissional. Em 1906, passou a ser do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio,
a competência do ensino e preparação profissional dentro destes três ramos da
economia.
Segundo Kuenzer (1997), no século XX, a educação básica brasileira estava
estruturada da seguinte forma: O ensino primário (04 anos) era destinado às classes
dirigentes, cuja formação visava alcançar o nível superior. Para os demais, restavam
os cursos rural ou profissional.
Através da Reforma Campanema (conjunto de decretos também conhecidos
com as Leis Orgânicas da Educação Nacional), a educação profissional passou a ser
regida por leis específicas para cada ramo da economia. Ainda assim, persistiu a
dualidade entre educação básica e profissional, pois a acesso ao ensino superior
(através do processo seletivo) só poderia ser alcançado por meio do conhecimento
dos conteúdos gerais, das letras, das ciências e das humanidades, conhecimentos
estes não reproduzidos na educação profissional daquela época. Após esta reforma,
iniciou-se uma nova etapa na educação básica, o surgimento do ensino médio,
alternando entre científico e o clássico. Ambos focados na preparação para o ensino
superior. Mais uma vez, os cursos profissionalizantes não habilitavam o indivíduo a
ingressar no ensino superior. Era dividido em normal, industrial técnico, comercial
técnico e agrotécnico. Neste cenário de dualidade e separação, surge pela primeira
vez a possibilidade de aproximação entre os cursos profissionalizantes e o ensino
médio, através de exames de adaptação. (MOURA, 2007)
13
Neste período, é importante ressaltar a criação do sistema S. SENAI5 e
SENAC6, entre outros, expressando a opção do governo em delegar ao setor privado
a responsabilidade em conduzir o ensino profissional do país. Permanece a ideia
dualista onde ensino secundário e o normal são destinados a formação de dirigentes
e o profissional formador de mão de obra para servir ás necessidades elitista.
Na década de 1960, entra em vigor a primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional), envolvendo todos os níveis e modalidades educacionais. Este
projeto começou a tramitar no Congresso Nacional em 1948 e apenas em 1961 entrou
em vigor. No que se refere ao ensino profissional, esta lei deu plena equivalência entre
todos os cursos de mesmo nível, extinguindo os exames de equiparação.
Teoricamente, parece-se ter encontrado uma solução para o “abismo” entre o ensino
propedêutico e o profissional. Isto porque, na prática, os currículos ainda
determinavam suas diferenças. Os conteúdos voltados para continuidade dos estudos
no ensino superior eram privilegiados pelos cursos voltados para este fim enquanto,
os cursos profissionais diminuíam estas disciplinas em detrimento da necessidade de
ensinar os conteúdos de cunho específico da educação profissional.
2.2 A Educação a distância (Ead)
A Ead surge no cenário mundial alguns séculos antes da educação profissional.
É importante salienta o seu contexto histórico para que se desvincule a ideia de que
a Ead é algo contemporâneo, que surgiu após a invenção dos computadores e da
disseminação da Internet.
Em 1453, se deu a invenção da imprensa. A partir de então, o conhecimento
pudera ser transmitido sem a presença física do professor. Tal acontecimento pode
ser avaliado como o precursor da Educação a Distância. (Pessoa, 2008)
Segundo Bordenave (1987), a primeira geração de Ensino a distância (Ead)
deu-se a partir da expansão dos correios, baseada na forma de ensino por
correspondência.
5 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 6 SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
14
Por intermédio de outros meios de comunicação como o rádio, surgiu a
segunda geração Ead. Inglaterra e Austrália fora países que fizeram uso dessa
plataforma de ensino para disponibilizar informação àquela parcela da população que
não tinha outra maneira de acesso ao conhecimento.
A terceira geração permitiu que o aluno estudasse em diferentes locais onde
os meios fossem acessíveis, como em casa ou no escritório. Já utilizava diversos
meios como materiais impressos, vídeos, multimídia e interação eletrônica através de
redes de computadores. Privilegiava, então, o modelo centrado no aluno e atribuía ao
professor o papel de orientador. Nesta geração ocorre o aparecimento de algumas
empresas voltadas na produção de aulas por meio de fitas de vídeo. No Brasil, são
encontrados exemplos como o Telecurso e o projeto TV Escola.
A quarta geração é influenciada pelos aspectos interativos dos softwares e pelo
alto nível de interação entre homem e máquina. Esta geração inicialmente baseou-se
na comunicação assíncrona entre os usuários, e com os avanços da rede mundial de
computadores, está possibilitando a comunicação síncrona entre os usuários, mesmo
estes situados geograficamente no mesmo local ou não. (Pessoa, 2008).
Sendo uma ferramenta que contribui em grande parcela para a difusão da Ead,
proporcionado troca de informações, comunicação, interação e colaboração entre os
usuários, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) apresentam-se como
alternativas para viabilizar a aprendizagem em diferentes aspectos, como geográficos
(flexibilizando locais e horários) e financeiros, já que está forma de ensino apresenta
um custo menor do que o modelo de ensino presencial. (Pessoa, 2008).
Utilizando-se dos inúmeros recursos tecnológicos disponibilizados pelos
Ambientes Virtuais de Aprendizagem em suas ferramentas, como Fórum, Chat, Wiki,
Agenda e Repositório, a Ead acena como um mediador da educação que abre novas
alternativas para a produção do conhecimento. (Pessoa, 2008).
Ferramentas de comunicação síncrona como Bate-Papo e Chat (entre outras)
garantem a interatividade nos AVAs, contribuindo para a rapidez na troca de
informações. Outras, como Wiki, permitem a construção do conhecimento de forma
colaborativa, onde pessoas (mesmo que situadas em diferentes lugares) podem
trabalhar em conjunto em prol de um único problema.
15
Consolidado o estilo de ensino e aprendizagem a distância resta aos
professores a obrigação de atualizar os meios de ensino para garantir uma boa
aplicação dessas tecnologias voltadas para o ensino a distância. Várias são as
possibilidades e recursos a serem explorados. Entre eles pode-se citar: áudio, vídeo,
áudio-vídeo, textos e animações. Inserido nesse contexto, o professor deixa de ser o
centro de todo o processo de ensino e passa a atuar como o agente (indispensável e
insubstituível) que irá guiar o aluno em sua jornada em busca do conhecimento.
Tal forma de aprender e produzir conhecimento relaciona-se com a pedagogia
do aprender a aprender, muito defendido por Philippe Perrenoud. Isto porque tanto os
aspectos pedagógicos da Ead quantos os do aprender a aprender focam o aluno como
o principal agente na construção do conhecimento. Em seu livro Construir as
competências desde a escola, Perrenoud afirma que “a abordagem por competências
junta-se às exigências da focalização sobre o aluno, da pedagogia diferenciada e dos
métodos ativos” (1999, p.53). Para ele, é necessário uma revolução cultural sobre os
meios educacionais para que se estabeleça a mudança de uma lógica de ensino para
uma lógica de treinamento. “Constroem-se as competências exercitando-se em
situações complexas” (idem, p.54).
Com a ajuda do professor, também denominado cyberprofessor, a Ead se
assemelha os princípios de Perrenoud ao definir a sua pedagogia centrada no aluno.
Este é o maior responsável pela busca e aquisição do conhecimento, mesmo que este
processo seja mediado por um professor. O aluno desta modalidade educacional
constrói o seu conhecimento de maneira progressiva a cada passo que aumenta a
sua procura por este. Neste percurso, são levados em conta todos os tipos de
experiências (positivas e negativas). Isto torna a Ead muito próxima dos princípios
defendidos por Perrenoud.
César Coll, construtivista espanhol, define o aprender a aprender como
finalidade última da educação.
Numa perspectiva construtivista, a finalidade última da intervenção
pedagógica é contribuir para que o aluno desenvolva a capacidade de realizar
aprendizagens significativas por si mesmo numa ampla gama de situações e
circunstâncias, que o aluno “aprenda a aprender”. (Coll, 1994, p.136).
16
Na educação à distância, o professor (ciberprofessor) tem o importantíssimo
papel de prover a passagem entre os espaços virtual e o espaço físico concreto,
proporcionando a extração do que há de melhor nesses dois ambientes para promover
um alto nível de aprendizado. (MARTINS, 2001).
Com isso, desmistifica a falsa ideia de que a Ead conduzirá o processo de
ensino de maneira que promova a extinção da figura do professor.
2.3 Doação de Sangue
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendável que o
percentual ideal de doadores em um país esteja num intervalo entre 3,5% e 5% de
sua população. Isto deixa o Brasil em uma situação desconfortável, revelando o
porquê da falta de sangue nos leitos hospitalares e hemocentros de todo o país. Entre
2013 e 2014, houve um aumento de 4,5% nas coletas de bolsa de sangue, passando
de 3,5 milhões para 3,7 milhões de doadores. Apesar desse aumento, esta parcela de
pessoas corresponde apenas a 1,8% da população, percentual abaixo do
recomendado pela OMS. Esta quantidade ainda sobre uma queda considerável
durante os períodos de inverno e férias. (Portal Brasil, 2015).
Segundo o Ministério da Saúde, a meta do Brasil é alcançar os 3% da
população. Para isto, algumas medidas já foram tomadas como por exemplo:
Redução da idade mínima para doação de 18 anos para 16 anos (com
autorização do responsável).
Ampliação da idade máxima para 69 anos.
Esta alteração corresponde a um ganho de 8,7 milhões de voluntários com reais
chances de serem doadores de sangue. (HEMOBRÁS, 2015).
Na Bahia, este tema começou a ser discutido a partir de 19817. Neste ano, um
grupo de técnicos do Ministério da Saúde, liderado pelo 1º Coordenador da Política
Nacional de Sangue - Pró-Sangue, Profº Luís Gonzaga dos Santos, médico
hematologista que fundou o 1º Hemocentro do Brasil em Pernambuco, juntamente
com Norma Gouveia, pedagoga, e Antônio Brasileiro, arquiteto, identificaram dois
7 Dados extraídos do site da HEMOBA, disponível em:< http://www.saude.ba.gov.br/hemoba/#>, acesso em 10/08/2015.
17
médicos: Dr. Aurelino Santana, hematologista, na época prof. da UFBA e médico do
Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), e Dra. Maria Conceição Barbosa Coelho,
chefe do Banco de Sangue do HGRS, para fazerem parte do grupo de trabalho com
a finalidade de implantar o Hemocentro Coordenador do Estado da Bahia, unidade
que seria executora da política de sangue no Estado.
.
A HEMOBA surgiu como Centro de Hematologia e Hemoterapia da Bahia,
iniciando suas atividades em janeiro de 1983. Em 26 de julho de 1989, foi alterada a
personalidade jurídica da instituição, criando-se a Fundação de Hematologia e
Hemoterapia da Bahia – a HEMOBA, com a finalidade de exercer as atividades de
Hematologia e Hemoterapia em todo Estado da Bahia. Assim houve o crescimento de
ações, universalizando, gradativamente, a assistência hematológica, a qualidade do
sangue coletado e dos hemocomponentes transfundidos no Estado da Bahia. Em
relação a estrutura organizacional, a HEMOBA está estruturada de acordo com a
Figura 3.
O Hemocentro Coordenador está localizado em Salvador. Na cidade de
Eunápolis, está localizado o Hemocentro Regional. As demais unidades do estado
são denominadas Unidades de Coleta e Transfusão (UCT). Vitória da Conquista conta
com uma UCT dentro do espaço físico do Hospital Geral de Vitória da Conquista,
conhecido com Hospital de Base.
Figura 3 - Estrutura da HEMOBA
Fonte: TIBERIO (2015)
18
De acordo com Helianna Tavares (informação verbal), assistente social da UCT
de Vitória da Conquista, aí se encontra uma das maiores dificuldades encontradas por
esta Unidade para a realização do seu trabalho. Segundo ela, um dos desafios da
UCT de Vitória da Conquista está relacionado a questões estruturais como: Salas
adequadas, meios de transporte, produção de material informativo e quadro de
funcionários.
3. METODOLOGIA
Como fundamentação para a realizar este projeto de intervenção, foi realizado
uma entrevista com Elianna Tavares, assistente social da UCT de Vitória da
Conquista, e a aplicação de um questionário pré-teste8 com 112 alunos dos cursos de
Análises Clínicas, Enfermagem, Nutrição e Segurança do Trabalho, todos inseridos
na modalidade de Educação Profissional Integrada (EPI), do CEEPS Adélia Teixeira.
3.1 Coleta
O questionário aplicado aos alunos do CEEPS Adélia Teixeira foi o primeiro
instrumento de coleta utilizado neste projeto de intervenção. Para tanto, foi necessário
um estudo sobre quais escalas poderiam ser utilizadas na aplicação deste.
Dentre as principais escalas utilizadas para aplicação de questionários como:
Likert, VAS (Visual Analogue Scales), Numérica e a escala Guttman, optou-se pela
primeira, já que esta garante um alto grau de confiabilidade, validade e sensibilidade.
Cummins e Gullone (2000 apud MENDES 2008).
Para MENDES (2008), alguns fatores podem ser definitivos para a ocorrência
de falhas na medição de informações por meio de escalas. A disposição dos itens, o
uso de ancoras verbais (terrível) e a escala de mensuração utilizada, como por
exemplo a quantidade de pontos, qualificam o primeiro fator. O segundo aspecto foca-
se no entrevistado e suas características como: necessidade de cognição,
8 O Questionário Pré-teste está disponível no Anexo II deste trabalho.
19
envolvimento e conhecimento. Por isso, para a coleta de resultados consistentes,
além da escolha utilizada (Likert), é de suma importância a definição do método
correto de aplicação.
Todos os itens do questionário foram construídos utilizando a escala Likert com
cinco pontos, obtendo respostas através de ancoras verbais em todos eles, como
mostra a Figura 5. Estas foram dispostas em ordem crescente de potencialização.
Realizado o pré-teste, haverá a apropriação de informações mais precisas a respeito
da importância e viabilização desta intervenção.
O segundo instrumento de coleta foi uma entrevista com Elianna Tavares,
realizada no ambiente de trabalho9 da assistente social. Para a coleta de respostas
mais subjetivas, foi utilizado um questionário impresso com respostas abertas para
cada item. A assistente social solicitou uma alteração no método, preferindo comentar
cada ponto verbalmente e que eles fossem devidamente transcritos pelo
entrevistador. Aceito esta solicitação, deu-se início à coleta das informações.
3.2 Análise dos Dados
3.2.1 Questionário
De acordo com os entrevistados, 46% responderam que a realização de um
projeto de intervenção fomentando a importância do ato de dor sangue seria algo
muito importante a ser tratado no ambiente escolar. 39% julgaram importante esta
iniciativa e apenas 1% acham que este projeto não é importante, como mostra o
9 Esta entrevista foi realizada em pé no corredor do hospital depois de inúmeras tentativas sem sucesso da assistente social em conseguir um local adequado e disponível para a execução da atividade.
Figura 4 - Exemplo Escala Likert
Fonte: TIBÉRIO (2015)
20
Gráfico 1. A partir destes dados, infere-se que há o conhecimento do problema e o
desejo dos alunos em realizar uma intervenção social para alcançar novos doadores.
Gráfico 1 – IMPORTANCIA DE REALIÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO
Em relação ao nível de conhecimento a respeito do tema, o gráfico 2 mostra
que 43% dos alunos acreditam possuir conhecimentos medianos sobre doação de
sangue. Apenas 7% definiram o seu nível como conhecimento pleno. Isto evidencia
que hoje, não se consegue utilizar estudantes nas ruas e feiras para fomentar a
importância da participação da sociedade em campanhas de doação de sangue,
correndo o risco de terem abordagens vazias e discursos sem conteúdo. Para
alcançar novos doadores e ter um poder de convencimento em bom nível, é primordial
que haja a capacitação dos estudantes elevando o seu nível de conhecimento sobre
o tema, como é proposto neste projeto de intervenção.
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
1% 3%12%
39%46%
NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO
NÃO É IMPORTANTE POUCO IMPORTANTE MEDIANO
É IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE
21
Gráfico 2 - NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE O TEMA
Questionados sobre o nível de abordagem deste tema durante as aulas
realizadas, 43% dos discentes responderam que este tema é abordado “as vezes” ou
“esporadicamente” pelos professores. O Gráfico 3 evidencia ainda que apenas 3%
opinaram que o tema é abordado de maneira plenamente satisfatória durante as
aulas. Daí, entende-se a necessidade da efetiva realização de um projeto de
intervenção, bem estruturado, que gere o entendimento de professores e alunos da
necessidade de aumentar as discussões em sala de aula sobre este tema o maior
número de vezes possível.
0%
21%
43%
29%
7%
NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE O TEMA DOAÇÃO DE SANGUE
NENHUM POUCO MEDIANO BOM PLENO
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
22
Gráfico 3 - NÍVEL DE ABORDAGEM DO TEMA EM SALA DE AULA
Sobre o conhecimento a respeito da existência e localização de alguma
Unidade de Coleta situada nesta cidade, o Gráfico 4 mostra que 6% dos entrevistados
responderam que conhecem todas e 30% já ouviram falar da existência dessas
Unidades, mas não fazem ideia onde podem estar localizadas. Percebe-se com estes
dados a necessidade de alinhamento, principalmente dos cursos técnicos, com as
instituições presentes na cidade que de alguma forma se relacionam com a proposta
do curso. Quando 30% dos alunos de um Centro de Educação Profissional em Saúde
não conhecem e apenas ouviram falar que em sua cidade existe alguma unidade de
coleta de sangue, infere-se que algo pode não estar indo tão bem. Talvez o Gráfico 3
também explique os resultados do Gráfico 4 (parcialmente), mas neste caso,
claramente é exposta a necessidade de ampliar as formas de aprendizagem para
além do ambiente escolar.
3%
24%
46%
24%
3%0%5%
10%15%20%25%30%35%40%45%50%
NÍVEL DE ABORDAGEM DO TEMA DOAÇÃO DE SANGUE NO CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
23
Gráfico 4 - CONHECIMENTO A RESPEITO DAS UNIDADES DE COLETA
Questionados sobre a quantidade de pessoas cadastradas como doadores em
sua família e rol de amigos, 59% dos alunos disseram não ter nenhum parente ou
amigo cadastrado como doador de sangue. O Gráfico 5 mostra ainda que 16%
responderam que têm 1 pessoa em sua família ou amigo que é doador. Talvez, estes
sejam os dados que maior expressem a necessidade e o imediatismo da realização
de um projeto de intervenção para este fim. 59% corresponde a uma imensa parcela
dos estudantes que não tem contato com um doador. Este dado explica o caos
existente nos bancos de sangue de Vitória da Conquista para atender a grande
demanda bolsas de sangue.
0%
30%
30%
34%
6%
CONHECIMENTO A RESPEITO DE ALGUMA UNIDADE DE COLETA DE SANGUE
NÃO EXISTE
JÁ OUVI FALAR
EXISTE MAS NÃO FAÇO IDEIAONDE ESTA LOCALIZADA
CONHEÇO ALGUMAS
CONHEÇO TODAS
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
24
Gráfico 5 - QUANTIDADE DE DOADOR ENTRE AMIGOS E PARENTES
3.2.2 Entrevista
A entrevista foi realizada com Elianna Tavares, no dia 10 de agosto de 2015,
no setor destinado a Unidade de Coleta e Transfusão, dentro das instalações do
Hospital Geral de Vitória da Conquista. Inicialmente arguida sobre a atual situação da
UCT de Vitória da Conquista, a assistente social disse que hoje eles trabalham no
intuito de mudar a cultura da população conquistense. Segundo ela, são raros os
casos de doadores espontâneos e que, na maioria das vezes, os doadores são amigos
ou familiares de pacientes que estão internados precisando urgentemente de bolsas
de sangue. Ainda assim, conseguindo doar sangue naquela ocasião, eles não
retornam para repetir esta ação e ajudar outras pessoas. Sobre o nível do estoque
das bolsas de sangue, Elianna comentou que é muito difícil acompanhar a demanda
de bolsas que continua crescendo a cada dia, e aumentando ainda mais em algumas
situações como feriados e dias festivos. Perguntada como melhorar esta situação e a
entrevistada respondeu novamente que a melhor medida é tentar mudar a cultura da
população através de campanhas nas escolas e instituições de ensino de nível
superior (realizando palestras educativas e feiras), igrejas e empresas. Para Elianna,
as escolas de Vitória da Conquista têm um importante papel neste contexto.
Inicialmente é necessário que a instituição compre esta ideia através do
direção, professores e funcionários, numa gestão participativa. A partir daí
59%16%
8%5% 12%
QUANTIDADE DE DOADORES ENTRE AMIGOS E PARENTES
NENHUM 1 2 3 ACIMA DE 3
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
25
será dado início ao processo de formação multiplicadores para atingir outras
pessoas em seu meio social. (Informação verbal)
A respeito das dificuldades e obstáculos enfrentados pela UCT, foi relatado que
um dos grandes problemas é de ordem estrutural. Situada em algumas salas dentro
do Hospital Geral de Vitória da Conquista, a UCT não dispõe de quantidade de salas
suficiente e adequadas para atender os doadores, meios transportes para
deslocamento da equipe para divulgação e realização de atividades fora do hospital,
material impresso e informativo como fichas para cadastramento, folders, cartazes e
panfletos, e quadro pequeno de funcionários. Isto torna-se observável quando, um
dos alunos, ao responder o questionário, toma a iniciativa utilizar o verso da folha para
relatar o seu ponto de vista diante de uma situação ocorrida, como mostra a figura 5.
Percebe-se como é árduo o trabalho da equipe da UCT de Vitória da Conquista,
ao mesmo tempo em que tentam conscientizar e educar a população para o ato de
doar sangue, também se veem diante de situações em que não conseguem sequer
dispor de uma ficha para cadastrar um doador.
3.3 Plano de Ação
Para a devida realização, esse projeto de intervenção será dividido em quatro
etapas: Divulgação e cadastro no AVA, Treinamento, Desenvolvimento e Finalização.
Na primeira etapa, os alunos serão instruídos sobre a importância social do
tema e convidados a participarem do projeto. Aí inicia-se o processo de
conscientização dos alunos em relação a sua participação e função social
neste contexto. Em seguida, será feita a coleta de dados (nome e e-mail) de
Figura 5 - DEPOIMENTO DE UM ALUNO
Fonte: Questionário aplicado aos alunos do CEEPS ADÉLIA TEIXEIRA.
26
cada um para serem cadastrados no ambiente virtual de aprendizagem pelo
professor.
A fase de treinamento será realizada no laboratório de informática da escola,
onde o professor irá conduzir os alunos em seus primeiros passos de
navegação num AVA. Neste momento, serão realizadas algumas atividades,
testando a utilização de ferramentas como: Fórum, Atividades, Wiki, E-mail
e o envio de arquivos pelo professor e seu devido acesso pelos alunos.
Deve-se aproveitar este momento para tentar prever algumas
eventualidades como: recuperar login e senha, dificuldade em localizar
ferramentas, ler/enviar e-mails e envio de atividades. Caso necessário, esta
fase poderá ocorrer mais de uma vez no decorrer do projeto.
A terceira etapa será caracterizada pela execução das atividades. O
Professor deverá disponibilizar arquivos de consulta como: textos e vídeos
para elevar o nível de conhecimento dos alunos e também fomentar um
maior envolvimento e participação dos estudantes com o tema proposto. Em
seguida, será proposta uma atividade na ferramenta Fórum, onde o
professor lançará uma situação/problema relacionada a doação de sangue
e os alunos obrigatoriamente deverão participar analisando a sugestão do
professor e/ou avaliando as contribuições dos demais colegas. Tal atividade
deverá ser repetida com enfoque no tema importância do cadastro como
doador de medula óssea. Assim como a participação do aluno, é de suma
importância a participação do professor, analisando e gerenciando o
andamento das postagens. A partir daí, deve-se iniciar um maior
aprofundamento no tema, com atividades mais elaboradas a serem
desenvolvidas e enviadas pelos alunos dentro dos prazos previamente
determinados pelo professor. Atividades síncronas, como chat e vídeo
conferência, devem ser marcadas com prazo mínimo de três dias,
observando o horário que se adequa a maioria dos participantes. Nelas,
dúvidas e sugestões devem ser lançadas, assim como orientações para o
desenvolvimento de futuras atividades. Sugere-se em alguns desses
encontros, a participação de convidados, oriundos de organizações
relacionadas a doação de sangue, como por exemplo, a Unidade de Coleta
e Transfusão de Vitória da Conquista, órgão representante da HEMOBA
27
nesta cidade. Neste caso, há uma grande facilidade neste processo em
razão da parceria existente entre o CEEPS Adélia Teixeira a UCT de Vitória
da Conquista. Devem ser estabelecidos os critérios para o mesmo, assim
como o tempo destinado a cada subtema. Em todas as atividades, a turma
poderá ser subdividida em grupos menores para a execução de diferentes
tarefas. Esta funcionalidade é oferecida pelo AVA. Neste espaço será
iniciada a organização de algumas palestras educativas no pátio da escola
afim de iniciar o processo de multiplicação das ideias a respeito da doação
de sangue e medula óssea.
A culminância deste projeto, tentará atender aos itens relacionados nos
Objetivos Específicos, promovendo uma Intervenção Social (PIT STOP
ADÉLIA TEIXEIRA) envolvendo professores, alunos, funcionários,
representantes da UCT-VC e comunidade local visando discutir a
importância do ato de doar sangue. Para isso, deverão ser realizadas
palestras e atividades culturas como peças e dramatizações. Neste evento,
os participantes poderão ser cadastrados como doadores e os que se
interessarem e atenderem os requisitos necessários poderão doar sangue
naquele momento. Para viabilizar o processo de doação de sangue neste
evento, será utilizado o laboratório de análises clínicas e seus equipamentos,
juntamente com o restante dos equipamentos trazidos pela equipe da UCT.
3.4. Principais ferramentas utilizadas
Serão utilizados alguns recursos tecnológicos encontrados no AVA Tidia Ae.
Ferramentas como: Repositório, Portfólio e Material de Apoio serão utilizadas para o
armazenamento de arquivos. As atividades realizadas em cada acesso serão
inseridas na ferramenta Diário de Bordo. Em determinados instantes, os alunos serão
alocados em pequenos grupos, podendo ao professor escolher quais ferramentas
estão disponíveis para cada grupo, a depender da sua necessidade. Wiki será a
ferramenta utilizada para a produção colaborativa de um glossário de palavras
relacionadas ao tema doação de sangue e medula óssea. Fórum será o meio
tecnológico assíncrono utilizado para debates e socialização de opiniões a respeito
de alguns temas disponibilizados pelo professor. Os envolvidos nesta atividade
28
contarão com um e-mail interno fornecido pelo AVA servindo como mais uma forma
de contato entre os participantes.
Avaliações serão realizadas por meio da ferramenta Atividades, solicitando aos
alunos a apropriação dos conhecimentos gerados através da utilização das atividades
anteriores. Dentre as opções oferecidas por esta ferramenta, será utilizada a nota
pontos, já bastante utilizada no cotidiano escolar. Ainda em Atividades, os estudantes
deverão postar os materiais a serem utilizados na Feira de Saúde como: banners,
textos e outros. Em todo processo, os alunos poderão contar com o feedback do
professor. Os acessos ao sistema e os níveis de participação poderão ser consultados
individualmente pelo professor através da ferramenta Participação. Todo esse
processo será realizado mediante um cronograma definido na funcionalidade
Cronograma.
4. CRONOGRAMA
Abaixo segue o cronograma de atividades a serem desenvolvidas durante toda
a fase do projeto. Como este projeto não foi implementado em sua totalidade, as
etapas concluídas estão preenchidas com a cor azul. As etapas a serem aplicadas na
execução do projeto estão preenchidas com a cor verde.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO ETAPAS IMPLEMENTADAS
ETAPAS MESES
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Revisão da Bibliografia
Reunião com Direção
Definição metodologia do questionário
Revisão literária da metodologia do questionário
29
Aplicação questionário pré-teste
Análise dos dados Análise de AVAs Escolha do AVA. Entrevista com a assistente social da UCT-VC
ETAPAS A SEREM IMPLEMENTADAS ETAPAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Cadastro dos alunos no AVA
I Encontro presencial – Treinamento
Desenvolvimento de atividades no ambiente
II Encontro Presencial
Palestra Educativa –HEMOBA
Ação Comunitária – PIT STOP DOAÇÃO DE SANGUE
30
5. RECURSOS
RECURSOS A SEREM UTILIZADOS PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
TIPO DE RECURSO DESCRIÇÃO
Recu
rso
s H
um
an
os
O proponente deste projeto se enquadra como
professor/coordenador ou tutor de outras aplicações.
Coordenador de Ead – Professor especialista em
educação a distância.
Tutor – Professor com domínio das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) aplicadas à
educação e conhecimento na área do tema proposto.
Alunos e professores do CEEPS ADÉLIA Teixeira.
Representantes da UCT-VC (HEMOBA).
População de Vitória da Conquista.
Recu
rso
s M
ate
riais
e T
ecn
oló
gic
os
31 computadores, Processador Core i5, 8GB RAM,
HD de 1T, equipados com placas de vídeo off board.
31 Web Cam para vídeo conferencias.
Impressora conectada em rede com todos os
computadores.
Link de Internet >= 20 MB.
Data Show conectado ao computador do professor.
Equipamentos de áudio: 02 Caixas de som ativas.
Carro de som para divulgação da ação comunitária.
Materiais a serem utilizados na ação comunitária:
Banners, folders, faixas.
Materiais de decoração: Malhas, cola, tesoura, fita
adesiva, cartolinas, barbante, papel madeira.
31
6. ORÇAMENTO
A tabela abaixo exibe o custo de aplicação do projeto, desconsiderando a
existência de qualquer um dos itens exigidos na tabela de recursos. No caso
específico do CEEPS, não seria necessário efetuar a compra de alguns itens como
computadores, impressoras, data show, e equipamentos de áudio.
Recu
rso
s d
e
Infra
estru
tura
Laboratório de informática do CEEPS.
Auditório do CEEPS (palestras).
Espaço escolar do CEEPS para realização da ação
comunitária.
CUSTO DE APLICAÇÃO DO PROJETO
QUANT. DESCRIÇÃO PREÇO RS
31 Computadores equipados com placa
de vídeo.
RS 46.500,00
31 Web Cam R$ 3.100,00
01 Impressora R$ 700,00
01 Link Internet 35 MB R$ 89,90 / mês
01 Data Show R$ 1.500,00
20 h Carro de som R$ 400,00
02 Caixas de som ativas R$ 3.000,00
01 Impressão banners, folders e faixas R$ 500,00
01 Kit de materiais para decoração R$ 600,00
TOTAL R$ 56.389,90
32
7. RESULTADOS ESPERADOS
Através desse projeto, espera-se encontrar um resultado satisfatório através da
utilização das TICs dentro de um Ambiente Virtual de Aprendizagem para promover
aprendizagens significativas visando o aumento e a fidelização de pessoas
cadastradas como doadores de sangue na UCT de Vitória da Conquista. Utilizando a
Ead, os alunos deverão ganhar mais tempo e mais autonomia para realizar suas
atividades e se envolverem neste projeto.
Economicamente, este projeto de intervenção torna-se viável para os alunos,
já que poucas vezes precisarão ir à escola para realização das etapas desta ação, já
que a maioria serão realizadas no AVA, reduzindo consideravelmente as despesas
com transporte e alimentação.
Do ponto de vista tecnológico, pretende-se que a utilização de meios
tecnológicos como computadores e Internet possam incentivar o empenho e
compromisso dos alunos no desenvolvimento de sua aprendizagem. Ainda sob esse
olhar, espera-se romper com a desconfiança e despreparo tecnológico de alguns
professores em relação à utilização das TICs na educação, especificamente na Ead.
Sob o aspecto social, acredita-se que os alunos aproveitarão a tecnologia
aplicada neste projeto para cumprirem um grande papel social, aprendendo e
multiplicando a necessidade de envolvimento da população com o tema doação de
sangue e medula óssea.
Sob o olhar pedagógico, tem-se a ambição de elevar o CEEPS Adélia Teixeira
ao pioneirismo no Estado da Bahia no que se refere à oferta de cursos técnicos
profissionalizantes integrados ao ensino médio sob a modalidade B-Learning, isto é,
com a possibilidade de parte da carga horária de algumas disciplinas serem oferecidas
à distância.
33
8. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. (2004). Tecnologia e educação a distância: abordagens e contribuições dos ambientes digitais e interativos de aprendizagem. Disponível em:<http://www.anped.org.br/reunoes/26/trabalhos/mariaelizabethalmeida.rtf>.Acesso em 22 nov. 2014.
BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. São Paulo: Brasiliense (1987).
BRASIL, P. Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado neste domingo. Disponível em:< http://www.brasil.gov.br/saude/2015/06/dia-mundial-do-doador-de-sangue-e-celebrado-neste-domingo>. Acesso em 15 set. 2015.
COLL, C. S., (1994). Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre. Artes Médicas.
CUMMINS, Robert A. e GULLONE, Eleonora. Why we should not use 5-point Likert scales: the case for subjective quality of life measurement, 2000. In: MENDES, K.V. e DALMORO, M.(2008). Dilemas na Construção de Escalas Tipo Likert: O número de itens e a Disposição Influenciam nos Resultados? Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EPQ-A1615.pdf>. Acesso: 01 set. 2015.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Intervenção social como princípio pedagógico. Disponível em:< http://escolas.educacao.ba.gov.br/educacaoprofissional/ principiosdiretrizes/intervencaosocialpedagogica> Acesso: 05 set.2015.
HEMOBRÁS. Ministério da Saúde amplia para 69 anos a idade máxima para doação. Disponível em:<
http://www.hemobras.gov.br/site/conteudo/noticia.asp?EditeCodigoDaPagina=648>. Acesso: 18 set. 2015.
KUENZER, A. Z. Ensino médio e profissional: as políticas do Estado neoliberal. São Paulo: Cortez, 1997, 104p.
MARTINS, F. C.; SILVA, R. G.; BARROS, R. M. Tecnologias para ambientescolaborativos de ensino.
MENDES, K.V. e DALMORO, M.(2008). Dilemas na Construção de Escalas Tipo Likert: O número de itens e a Disposição Influenciam nos Resultados? Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EPQ-A1615.pdf>. Acesso: 01 set. 2015.
MORAIS, T.M.S.(2011). Avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem.
34
MOURA, D. H. (2007). Educação básica e educação profissional e tecnologia: Dualidade histórica e perspectivas integração.
PERRENOUD, P., (1999).Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas.
PESSOA, G.A. (2008). Ensino A Distância: Uma realidade?. Disponível em
:<http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/ensino-a-distancia-uma-realidade-508811.html>. Acesso: 01 abr. 2014.
PIRES, H.M.S.(2005). Ambiente Virtual de Aprendizagem para Ensino a Distância – VLE.Lavras:UFL.
RESENDE, P. Dificuldade em contratar mão de obra qualificada afeta 90% das empresas: entrevista [15 de janeiro, 2014]. Belo Horizonte. Entrevista concedida a Pedro Rocha Franco. Disponível em:<
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/01/15/internas_economia,487990/dificuldade-de-contratar-mao-de-obra-qualificada-afeta-90-das-empresas.shtml>. Acesso: 15 dez. 2014
RESENDE, Paulo; SOUSA, Paulo Renato de; ELIAS, André Felipe Dutra Martins Rocha; SANTOS, Bárbara de Oliveira Marques dos; SCOTT, Francisco Albert; CAETANO, Gustavo Alves; AZEVEDO, Tiago Grant Magalhães de. Carência de Profissionais. FUNDAÇÃO DOM CABRAL Núcleo de logística, 2013. Disponível em:< http://acervo.ci.fdc.org.br/AcervoDigital/Relat% C3%B3rios%20de%20Pesquisa /Relat%C3%B3rios%20de%20pesquisa%202013/Pesquisa%20Carencia%20de% 20Profissionais%20no%20Brasil.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2015.
ANEXO I ENTREVISTA
1. Como está a real situação da HEMOBA?
2. Como está o estoque?
3. Quais as dificuldades encontradas pela Equipe para garantir a frequência de
doação de sangue e que este chegue com qualidade aos seus receptores?
4. Como melhorar esta situação?
5. Quem são os doadores da HEMOBA?
6. Como as escolas de Vitória da Conquista podem contribuir para aumentar o
número de doadores de sangue?
ANEXO II – QUESTIONÁRIO
QUESTIONÁRIO
Idade: ____________________
Sexo: _____________________
1. Como avalia seus conhecimentos em relação ao tema DOAÇÃO DE SANGUE?
Nenhumconhecimento
Pouco Mediano Bom ConhecimentoTotal sobre o tema
2. Como avalia a necessidade em sua escola a realização de um Projeto de
Intervenção visando conscientizar as pessoas sobre a importância do ato de
doar sengue?
Não éimportante
Poucoimportante
Mediano É importante Muitoimportante
3. Na sua opinião, como é a relação da sociedade com este tema?
Descasocom o tema
Desinformação Mediana Boa TotalmenteParticipativa
4. Este tema é abordado em sua escola:
Nunca foi
abordadoRaramente As vezes De forma
satisfatóriaPlenamentesatisfatória
5. Você conhece alguma Unidade de Coleta em Vitória da Conquista?
Não existe Existe masnão faço ideia
onde esta localizada
Já ouvi falar Conheço
algumas
Conheçotodas
6. Em sua família (rol de amigos), qual a quantidade de pessoas cadastradas como
doadores de sangue?
Nenhuma 1 2 3 Acima de 3
7. Você se acha capaz de alcançar possíveis doadores?
Incapaz Acho difícil Talvez É possível
um ou 2
Plenamente
capaz deconseguir mais de 2