Post on 17-Dec-2014
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Dez perguntas que quero responder com meu trabalho:
1. Qual o conceito de Mídia Fachada?
2. De que maneira ela pode ser empregada?
3. Qual seu impacto no contexto urbano/arquitetônico da
cidade?
4. Quais os tipos de tecnologias/técnicas empregadas?
5. Como cada uma delas é determinante para o resultado
esperado?
6. Quais os níveis de interação entre as pessoas, e a mídia?
7. Quais exemplos podem ser citados como referências em
mídia fachadas?
8. Quais as técnicas empregadas em cada uma delas?
9. Quais as motivações para o seu desenvolvimento
10. Que mudança esse tipo de linguagem causa na percepção
humana da arquitetura?
Tema: As Mídias Fachadas, sua relação com o espaço urbano e
arquitetônico das cidades. Seu Potencial artístico e comercial
numa nova maneira de comunicar e interagir com as pessoas.
Objetivo: Analisar através de uma pesquisa teoria/prática, os
conceitos empregados do desenvolvimento de Mídias Fachadas,
bem como as técnicas utilizadas para a realização das mesmas
e ainda como ela altera a percepção das pessoas com relação
ao objeto/edifício e os níveis de interação que podem surgir
deste tipo de comunicação.
Tópicos a Serem Desenvolvidos
1.Introdução e problematização
2.Conceito e Motivação
3.Tecnologias
4.Níveis de Interação
5.Análise de exemplos
6.Conclusão
7.Bibliografia
Introdução e Problematização:
O constante refinamento no emprego das tecnologias digitais proporcionou a criação
de uma série de novas possibilidades de narrativas no ambiente urbano.
Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise sobre essas novas narrativas, de
como elas alteram a percepção do observador sobre o espaço urbano, expandindo a
realidade deste espaço, trazendo características dinâmicas e efêmeras para a
arquitetura antes estática.
Analisando o contexto a que foram propostos, as diferentes técnicas empregadas no
seu desenvolvimento, determinando assim seus níveis de interação com o espaço e o
observador.
Não se pretende questionar aqui a legibilidade funcional das mídias fachadas, nem
discutir os méritos da sua utilização artística ou comercial e sim entender o seu
funcionamento e seu impacto em uma diferente maneira de nos relacionados com a
cidade.
Conceito e Motivação
As Mídias Fachadas propõem uma exploração das possibilidades de reconstrução do
espaço arquitetônico urbano através da interação entre observador e objetos que
compõem o sistema.
Focando seus trabalhos justamente na potencialização da experiência sensorial do
observador, tornando a relação do homem com a máquina, mais fluida, ou seja,
desassociando-a dos paradigmas existentes das relações de input e output, tornando
o corpo, o movimento, a voz, por exemplo, gatilhos para a materialização dos
elementos envolvidos.
Quanto às motivações para o emprego deste tipo de linguagem, podemos relacionar a
expressão artística ou a vontade do artista em explorar diferentes possibilidades,
como sendo das mais recorrentes utilizações das mídias fachadas.
Como dito anteriormente não entraremos nos méritos das suas utilizações, mas vale
ressaltar que como em outras mídias a sua popularização, ou seja, o conhecimento
desta, pelo grande público acontece pelas vias publicitárias, que como nas artes se
apropriam dessas novas narrativas para desenvolver novas linguagens que chamem a
atenção do público para uma determinada campanha ou produto.
Tecnologias
De acordo com as pesquisas feitas, salvo algumas adaptações para resultados
específicos, a maior parte das Mídias Fachadas já empregadas utilizam-se de dois
sistemas:
LEDS e Lâmpadas:
Os sistemas que utilizam a luz ou pontos de luz para a criação de diferentes padrões
controlados posteriormente por um sistema computacional onde se define as relações
de input e output á controlar as ações. Essa luz pode ser produzida com a utilização
de Leds que é a sigla em inglês para Light Emitting Diode, um dispositivo
semicondutor emissor de luz. Mas como visto em alguns exemplos pode-se utilizar
diferentes emissores de luz como lâmpadas fluorescentes, controlando seu efeito com
a cobertura a ser utilizada o edifício, como acrílico translúcido.
Projeção em Vídeo:
Os sistemas que utilizam projeção em vídeo, em que se preparam conjuntos de
imagens e sons que interagem com a superfície do edifício, relacionando-se com a
proposta e contexto existentes. O tipo de projeção, a qualidade da imagem e o tipo de
efeito pretendido, tem relação direta com o espaço que servirá de pano de fundo a
intervenção.
A ainda mídias fachadas que mesclam elementos de luz com a módulos móveis, em
que se cria uma fachada com deslocamento físico além de luminosos.
Como visto os tipos de projeções ou efeitos propostos nas mídias fachadas podem
surgir de diferentes maneiras, ou seja, por projeções de filmes pré-determinados que
tenham somente a função de expandir a realidade do edifício, ou movimentos e efeitos
que são criados a partir da interação do público, presente no local, com o sistema,
bem como dispositivos que possibilitem a participação não somente dos presentes no
local da projeção, como de diferentes observadores em várias locais do mundo
através de um sistema online que possibilite a manipulação do sistema, para a
definição de novos parâmetros a servirem com imput no sistema.
Níveis de Interação
Como discutido anteriormente as interações com o sistema podem surgir de diferentes
processos e proporcionar diferentes resultados ao trabalho. Entende-se por interação
a relação do usuário com o sistema em que o imput e output se desenvolvem de
maneira mais complexa e a resposta do sistema também evolui. Cito aqui dois
processo relacionados á interação com o usuário ou observador:
Sistema Autônomo: Processo independente caracterizado por uma interação
simples.
Sistema Reativo: Processo mais interativo, disposto sobre um conjunto mais
complexo de regras hierárquicas de comando.
Para se obter o máximo da interação usuário e sistema, deve-se haver a conversação,
ou seja, o sistema se torna independente, onde ele se auto programa de acordo com a
percepção do comportamento do usuário e o objetivo do sistema se altera com
relação ao primeiro objetivo colocado. Os dois usuário e sistema processam e
evoluem, e ambos saem “modificados” desta conversação.
Análise de Exemplos
Mídia Fachadas com sistemas de Projeção em Vídeo:
Sydney Opera House – Sydney, Austrália
Esta instalação sobre o Sydney Opera House foi projetada para o Luminous – parte do
Vivid Sydney Festival e SmartLight Sydney. Pinturas selecionadas a partir de um
conjunto significativo de trabalhos artísticos foram projetadas, sem repetir, para sobre
o Opera House por 21 dias, utilizando tecnologias de projeção de vídeo.
Análise de Exemplos
Mídia Fachadas com sistemas de Projeção em Vídeo:
555 KUBIK Facade Projection – Hamburdo - Alemanhã
Este é um projeto da UrbanScreem (empresa alemã especializada em mídias
fachadas) que ao desenvolver essa instalação com as projeções de vídeo sobre a
fachada do Museu de Arte de Hamburdo, propôs a ruptura visual da arquitetura rígida
e estática do prédio.
Análise de Exemplos
Mídia Fachadas com Sistemas de Projeção por Luz:
Greenpix – Pequim, China
Uma parede de mídia de energia zero que apresenta o maior monitor de LED colorido
de todo o mundo e tem o primeiro sistema fotovoltaico que já foi integrado em um
muro de vidro. Coleta energia solar diariamente, utilizando-a para iluminar a tela ao
escurecer. É constituída por mais de 2.000 luzes LED, resultando em uma tela de
mídia dinâmica.
Análise de Exemplos
Mídia Fachadas com Sistemas de Projeção por Luz:
Kunsthaus Art Museum – Graz, Austria
Uma matriz de 930 lâmpadas fluorescentes, integradas na fachada de acrílico oriental
do Kunsthaus Art Museum em Graz, na Áustria. Cada lâmpada é individual e
infinitamente ajustável. A luminosidade pode variar entre 0% e 100%. Animações,
gráficos e alfabetos podem ser exibidos em uma velocidade de 20 quadros por
segundo através de um sistema de controle digital.
Conclusão
A partir da análise feita dos exemplos e do estudo da utilização das mídias fachadas,
pode-se perceber que essa nova linguagem, apropria-se de diferentes técnicas, mas a
cerne da criação ou da motivação está em propor a ruptura do convencional, da
estética sólida dos edifícios, mudando a dinâmica urbana no nível da cidade. Tendo
nessas novas técnicas somente o meio para se alcançar esse objetivo maior.
Bibliografia: Livros, Artigos e Sites
ANSHUMAN, Sachin; KUMAR, Bimal. Architecture and HCI: a review of trends
towards an integrative approach to designing responsive space. International
Journal of IT in Architecture, Engineering and Construction. Vol.2. Issue 4. December
2004.
STRALEN, Mateus de Sousa Van. Instalação 2048. Arquitetura relacional
Um experimento de projeção e interface tangível. Julho 2008.