Personagens de "Os Maias" - caracterização

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Maria Monforte

Pedro da

MAIA

Caetano da

MAIA

Maria Eduarda

Runa

Afonso da

MAIA

Carlos da

MAIA

Maria Eduarda

«Magnifico moço, alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sob os anéis dos cabelos pretos, tinha um ar de um príncipe da Renascença»

Cursou medicina em Coimbra

Aristocrata rico e ocioso com tendência para o diletantismo (fatal dispersão de ocupações e de gastos)

Temperamento dominado pela sobriedade e pelo dandismo;

Esforço de Carlos para fazer do ramalhete uma residência com luxo sóbrio e discreto;

Amores de Carlos com a Condensa de Gouvarinho;

Paixão de Carlos por Maria Eduarda;

Mulher bela e elegante;

É culta;

Revela a Carlos o seu passado atribulado na companhia da mãe;

Casa com Mac Gren, de quem tem uma filha, este que morre na batalha de Saint-Privat;

Vive com um brasileiro rico, Castro Gomes, que a caminho do Brasil a traz a Lisboa onde conhece Carlos da Maia;

É sensata e tem um forte sentido de dignidade;

É apologista da república;

Filho único de Afonso da Maia e de Maria Eduarda Runa;

É débil e fraco;

Teve uma educação tradicional Portuguesa;

Após a morte da mãe, tem crises de melancolia;

Casa com Maria Monforte contra a vontade do pai;

Suicida-se quando Maria foge com Tancredo;

É o protótipo do herói romântico;

Rígido e inexorável;

Profere um não afrontoso de fidalgo puritano;

Obstinação de pai;

Afonso é um velho granítico;

É um homem de outras eras, austero e puro;

Muito Bela;

Cabelos loiros;

Testa curta e clássica;

Olhos azuis;

Era conhecida em Lisboa por negreira;

Casa com Pedro da Maia contra a vontade do pai deste;

Tem dois filhos, Carlos e Maria Eduarda;

Foge com Tancredo;

É um judeu banqueiro, diretor do Banco Nacional, casado com Raquel;

Considera que Portugal caminha para a bancarrota, mas não hesita aproveitar a situação económica do país em proveito próprio;

É uma personagem-tipo representando a alta finança;

É uma mulher adúltera, bela e refinada que não hesita a pôr em prática o seu poder de sedução;

Amante de Ega, até o caso ser descoberto, precisamente no dia em que Cohen ia dar um baile de máscaras praticamente organizado por Ega;

Boémio estudantil em Coimbra;

Aspeto bizarro do seu físico «figura esgrouviada e seca, os pelos do bigode arrebitados sob o nariz adunco»;

Usava monóculo;

Amigo e confidente de Carlos;

Apaixona-se por Raquel Cohen;

É ministro e par do Reino;

Personagem-tipo que representa o político incompetente;

Casou com a filha de um comerciante rico do Porto, aliado o seu título ao dinheiro dela, pelo que é um casamento de conveniência;

Simboliza um músico idealista;

Este remete à mediocridade cultural nacional;

O seu sonho era compor uma ópera que o imortalizasse;

É uma pessoa sem génio criativo;

São os procuradores da família Maia;

Foram sempre tratados com familiaridade;

Vilaça é o arauto da fatalidade;

Após a morte do pai, Manuel Vilaça assume a função de procurador;

Mais que um homem;

É apontado como um cabide de defeitos;

É filho de um agiota;

É presumido e cobarde;

Não tem dignidade, porta-se como um rafeiro sabujo que adula e morde à traição;

É mesquinho e um gabarola;

Só tem uma preocupação na vida que é ser «chique a valer»;

É amante de Carlos até este se enfastiar e resolver abandoná-la, sensual e provocante;

É uma personagem-tipo simbolizando as mulheres adúlteras;

É uma aristocrata que corporiza a decadência moral e a ausência de escala de valores da alta sociedade, é uma mulher fatal;

Defensor do Romantismo;

Opõe-se contra o Naturalismo;

É poeta;

Bondoso, sentimental, idealista, sincero;

É o informador do destino de Maria Monforte;

Eusebiozinho leva uma existência doentia, mergulhada nos alfarrábios;

É molengão e tristonho;

Para se distrair, procurava a sordidez dos bordéis;

Mulherengo;

É um Gentleman de boa raça inglesa;

Cultivado e forte, de hábitos rijos;

Pensa com retidão;

Afonso acha-o deveras um homem;

Este funciona como o elemento catalizador da Catástrofe;

Desvenda o passado de Maria Eduarda;

Foi amante de Maria Eduarda em Paris durante três anos;

Abandona Portugal após ter descoberto o romance entre Maria Eduarda e Carlos da Maia;

Trabalha no jornal Rappel;

Este é portador da desgraça da família Maia;

É o recetor da caixa que encerra o segredo da verdadeira origem de Maria Eduarda;

É o pai de Afonso;

Dominado pelos valores tradicionais e conservadores;

Não perdoa ao filho as aventuras contestatárias da mocidade e expulsa-o de casa; esperava que o jovem ganhasse juízo, vindo a perdoar -lhe mais tarde.

Uma verdadeira lisboeta, era pequenina e trigueira, pálida, magra e melancólica;

Extremamente devota, era uma mulher triste;

Influenciou a educação deformada do filho;

É um homem fatal pela sua extraordinária beleza;

É um príncipe napolitano;

É o ministro da Finlândia;

Parece resumir as suas funções diplomáticas a duas preocupações: a de exercer com zelo, formalidades e praxe o seu cargo e o de se remeter a uma neutralidade constante e prudente, comodamente conseguido à custa da repetição de frases-chave, despidas de conteúdo: o inevitável “c’est grave” ou “c’est excessivement grave”;

Não deixa de constituir um juízo muito significativo da Finlândia sobre o universo político português;

É uma personagem-tipo representante dos diplomatas;

É representante da Administração Pública, é ignorante e nunca saiu de Portugal;

Personagem-tipo da burocracia, tacanhez intelectual e ineficácia da Administração;

É amigo e próximo do Conde de Gouvarinho;

É deputado por Monção;

É um símbolo da oratória parlamentar, usando e abusando de uma retórica balofa e oca com uma mentalidade profundamente provinciana e retrógrada;

É uma personagem-tipo;

É o diretor d’A Corneta do Diabo;

Personagem-tipo símbolo do jornalismo corrupto, devasso, insultuoso e sem fidedignidade;

O seu acompanhante em sociedade é Eusebiozinho, ambos consideram assaz importante conviver e saber lidar com prostitutas espanholas;

É o diretor d’A Tarde, deputado e político;

Personagem-tipo símbolo do jornalismo político e parcial;

É um empregado no Tribunal de Contas tipificando os funcionários públicos, pelo que é uma personagem-tipo;

É a única personagem com funções definidas;