Transcript of PERÍODO INTERBÍBLICO Prof. Me. Pr. Frâncel Marzork.
- Slide 1
- PERODO INTERBBLICO Prof. Me. Pr. Frncel Marzork
- Slide 2
- Reino do Norte e Reino do Sul
- Slide 3
- As 12 Tribos
- Slide 4
- Invaso Assrica Em 722 a.C. a Assria invade o reino do Norte,
Israel, e acaba com tudo, nunca mais se ouve falar deste povo,
visto que os assrios provacavam a miscigenao entre os povos
conquistados. Desta forma, perdeu-se a identidade do povo que l
vivia, gerando outro povo.
- Slide 5
- Invaso Babilnica Depois disso os babilnios tomam o controle das
mos dos assrios, e em 586 a.C. invadem a terra de Jud, e os levam
cativos para a Babilnia. Esta cativeiro durou 70 anos. Na sequncia,
os persas conquistam as terras que pertenciam aos babilnios, e
Ciro, rei dos persas, permite que os judeus voltem para sua terra.
Esta a histria narrada em Esdras e Neemias. Tem-se a reconstruo dos
muros de Jerusalm. Ento, o sob domnio persa comea o perodo
interbblico, denominado algumas vezes de perdo do silncio, fazendo
meno no atividade proftica durante 400 anos, at que surge Joo
Batista.
- Slide 6
- Transformaes e Formaes Embora nenhum profeta inspirado tivesse
se erguido em Israel durante aquele perodo, e o Antigo Testamento j
estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos
ocorreram que deram ao judasmo posterior sua ideologia prpria e,
providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a
proclamao do Seu Evangelho.
- Slide 7
- As restauraes Cerca de 50.000 exlios cerca do ano 536 foram
permitidos por Ciro voltar a Palestina com Zorobabel (Esdras 1:6);
Os eventos do livro de Ester passaram na Prsia cerca do ano 483;
Esdras, um escriba, chegou em Jerusalm cerca do ano 457, promoveu
vrias reformas civis e religiosas (Esdras 7:10); Neemias e seus
companheiros chegaram na Palestina cerca de 445 a.C; Malaquias
dirigiu seus ministrio num perodo de decadncia espiritual cerca de
432-424, ele marcou o fim do AT
- Slide 8
- As Divises do Perodo Interbblico 1. Perodo Persa (536-331) 2.
Perodo Grego (331-167): 2.1. Perodo Grego Prprio (331-323) 2.2.
Perodo Egpcio (323-198) 2.3. Perodo Srio (198-167) 3. Perodo
Macabeu (167-63) 4. Perodo Romano (63-5)
- Slide 9
- O Perodo Prsico Ao encerrar-se o A.T, por volta de 430 a.C, a
Judia era uma provncia da Prsia. Esta havia sido potncia mundial
por uns 100 anos. Continuou a ser por outros 100 anos, durante os
quais no se conhece muito acerca da histria judaica. O domnio
prsico, na sua maior parte, foi brando e tolerante, gozando os
judeus de considervel liberdade. Os reis persas desse perodo foram:
Artaxerxes I (464423) - Sob seu governo Neemias reconstruiu
Jerusalm. Xerxes II (423) Dario II (423-404) Artaxerxes II [ Mnemom
] (404359) Dario III [ Codomano ] (335-331). Sob o governo deste o
"Imprio Prsico" caiu.
- Slide 10
- Rei Drio (o persa)
- Slide 11
- Caractersticas do Perodo Persa Decadncia espiritual vista em
Ageu e Malaquias. Desenvolvimento do poder do sumo sacerdote. Aps
Neemias, a Judia foi includa na provncia da Sria, assim, o Sumo
Sacerdote se tornou governador da Judia e autoridade da Sria. Os
incios do escribismo com um interesse exagerado na Letra da
Lei.
- Slide 12
- Perodo Grego Aps vitria sobre os exrcitos persas na sia Menor
(333 AC), Alexandre marchou para a Sria e Palestina. Depois de
ferrenha resistncia, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se
pra o sul, em direo ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se
aproximava de Jerusalm o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e
lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exrcito
grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa no levada a srio pelos
historiadores, mas fato que Alexandre tratou singularmente bem aos
judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de
impostos durante os anos sabticos e, quando construiu Alexandria no
Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e
deu-lhes privilgios comparveis aos seus sditos gregos.
- Slide 13
- Alexandre o Grande
- Slide 14
- A origem de Alexandre Felipe de Macedom uniu os estados gregos
para expulsar os persas da sia Menor. Morreu assassinado durante
uma festa (337 a.C); Alexandre seu filho, de grande capacidade de
liderana, educado sob o famoso Aristteles, era devotado a cultura
grega. Tirou sua inspirao da ilada de Homero.
- Slide 15
- As conquistas de Alexandre Aps o domnio da Grcia, adentrou a
Prsia, imprio 50 vezes maior, com populao 20 vezes a da Grcia; Em
334 adentrou na sia Menor vencendo o exrcito persa no Rio Grnico,
perto de Trade; Em pouco tempo, com apenas a idade de 22 anos,
conquistou a Sardo, Mileto, feso e Halicarnaso, estabelecendo em
cada cidade a democracia grega; Em 333 a.C foi ao encontro de Dario
na Batalha de Isso, a qual ganhou; Da foi sem grande resistncia at
o Egito que tambm o dominou; Em 332 cercou a Tiro, que tomou antes
de descer ao Egito; Venceu Dario decisivamente na batalha de Arbela
em 331 a.C pondo fim ao grande imprio Persa; Continuou suas
conquistas at o Rio Indo; Morreu com apenas 33 anos (323 a.C) com
suas foras dissipadas pelo lcool e malria; Fundou 70 cidades,
moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus soldados
contraram matrimnio com mulheres orientais e misturaram, desta
forma, as culturas grega e oriental; Antes do falecimento de
Alexandre (323 a.C) seus principais generais dividiram o imprio em
quatro pores, duas das quais so importante no pano-defundo do
desenvolvimento histrico do NT, que so a poro do Ptolomeus e a dos
Selucidas. O "Imprio dos Ptolomeus" centralizava-se no Egito, tendo
Alexandria por capital. A dinastia governante naquela fatia do
imprio veio a ser conhecida como "Os Ptolomeus". Clepatra, que
morreu no ano 30 a.C, foi o ltimo membro da dinastias dos
Ptolomeus. O "Imprio Selucida" tinha por centro a centro a Sria, e
Antioquia era a sua capital. Alguns, dentre a casa ali reinante,
receberam o apelido de "Seleuco", mas diversos outros foram
chamados "Antioco". Quando Pompeu tornou a Sria em provncia romana
(64 a.C), findou o "Imprio Selucida"; A Palestina tornou-se vtima
das rivalidades entre os Ptolomeus e os Selucidas. A princpio, os
Ptolomeus dominaram a Palestina por cento e vinte dois anos
(320-198 a.C). O judeus gozaram de boas condies durante este
perodo. De acordo com um antiga tradio, foi sob Ptolomeu Filadelfo
(285-246 a.C) que setenta e dois eruditos judeus comearam a traduo
do AT hebraico para o grego, verso essa que se chamou
Septuaginta.
- Slide 16
- A influncia de Alexandre Sua influncia foi muito grande por
causa de sua extenso e permanncia; Estabeleceu centro de comrcio e
cultura em toda a extenso do seu imprio; Com a imposio da cultura
grega, a superstio oriental cedeu a liberdade do pensamento grego
na filosofia, arquitetura, deuses, religiosidade, atletismo
(primeira olmpiada em 776 a.C). Surgiram bibliotecas e
universidades em Alexandria e Tarso como em outros lugares.
Preparou-se assim o campo para religio universal; De grande
importncia foi a disseminao da lngua grega, criando a possibilidade
de pregao do evangelho fazendo uso de uma lngua universal e a criao
de uma Bblia legvel em toda a extenso da bacia do Mediterrneo.
- Slide 17
- A Judeia Sob OS PTOLOMEUS Depois da morte de Alexandre (323
AC), a Judia, ficou sujeita, por algum tempo a Antgono, um dos
generais de Alexandre que controlava parte da sia Menor.
Subsequentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I
(que havia ento dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador,
o qual capturou Jerusalm num dia de sbado em 320 AC. Ptolomeu foi
bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em
Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e
pensamento judaicos por vrios sculos. No governo de Ptolomeu II
(Filadelfo) os judeus de Alexandria comearam a traduzir a sua Lei,
i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta traduo seria posteriormente
conhecida como a Septuaginta.
- Slide 18
- A Judeia Sob os OS SELUCIDAS Depois de aproximadamente um sculo
de vida dos judeus sob o domnio dos Ptolomeus, Antoco III (o
Grande) da Sria conquistou a Sria e a Palestina (198 AC). Os
governantes srios eram chamados selucidas porque seu reino,
construdo sobre os escombros do imprio de Alexandre, fora fundado
por Seleuco I (Nicator). Durante os primeiros anos de domnio srio,
os selucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar
os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos
entre o partido helenista e os judeus ortodoxos. Antoco IV
(Epifnio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdcio
um homem que mudara seu nome de Josu para Jasom e que estimulava o
culto a Hrcules de Tiro. Jasom, todavia, foi substitudo depois de
dois anos por um rebelde chamado Menam (cujo nome grego era
Menelau). Quando partidrios de Jasom entraram em luta com os de
Menelau, Antoco marchou contra Jerusalm, saqueou o templo e matou
muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram
suspensas, os sacrifcios dirios foram proibidos e um altar a Jpiter
foi erigido sobre o altar do holocausto. Cpias das Escrituras foram
queimadas e os judeus foram foradas a comer carne de porco, o que
era proibido pela Lei de Moiss. Uma porca foi oferecida sobre ao
altar do holocausto para ofender ainda mais a conscincia religiosa
dos judeus.
- Slide 19
- Os Atos de Antoco Epifnio (175164) Epifnio (nome que deu a si
mesmo) significa deus manifesto; O sumo sacerdote, Onias III,
liderou os nacionalistas; Jasom, seu irmo dirigiu os helenistas.
Jasom ofereceu grande soma de dinheiro a Antoco por ser apontado
sumo sacerdote no lugar do seu irmo. Prometeu tambm helenizar
Jerusalm. Quando assim foi apontado, tornou o povo cidados da
capital da Sria (Antioquia), erigiu um ginsio grego logo em baixo o
Templo e os jovens judeus comearam tomar parte nos jogos gregos.
Jasom criou um altar, at mandou ofertas s festas de Hrcules, em
Tiro. Os nacionalistas so os antecedentes dos Fariseus, helenistas
dos Saduceus; Antoco fez vrias expedies para o Egito. Numa delas
surgiram rumores de sua morte, algo que provocou grande regozijo
entre os judeus. Ao ouvir isto, Antoco massacrou 40.000 judeus num
s dia. Muitos judeus foram escravizados e o Templo roubado; Numa
campanha seguinte, os romanos foraram sua desistncia no Egito. Em
face desta derrota, derramou sua grande ira sobre Jerusalm. No
Sbado matou muitos, escravizou outros e destruiu partes da cidade.
Mandou erradicar a religio judaica. Quem possuia cpia da Lei
(Torah), ou tivesse circuncidado a criana, seria morto. Finalmente
converteu o Templo em "templo de Zeus". Profanou o Templo, em cujo
altar, ofereceu uma porca em sacrifcio. Destruiu cpias das
Escrituras, vendeu milhares de judias para o cativeiro e recorreu a
toda espcie imaginvel de tortura para forar os judeus a renunciar
sua religio. Isso deu ocasio "Revolta dos Macabeus", umas das mais
hericas faanhas da histria.
- Slide 20
- Partenon
- Slide 21
- Filsofo
- Slide 22
- Atos de Antoco Epfnio Epifnio (nome que deu a si mesmo)
significa deus manifesto; O sumo sacerdote, Onias III, liderou os
nacionalistas; Jasom, seu irmo dirigiu os helenistas. Jasom
ofereceu grande soma de dinheiro a Antoco por ser apontado sumo
sacerdote no lugar do seu irmo. Prometeu tambm helenizar Jerusalm.
Quando assim foi apontado, tornou o povo cidados da capital da Sria
(Antioquia), erigiu um ginsio grego logo em baixo o Templo e os
jovens judeus comearam tomar parte nos jogos gregos. Jasom criou um
altar, at mandou ofertas s festas de Hrcules, em Tiro. Os
nacionalistas so os antecedentes dos Fariseus, helenistas dos
Saduceus; Antoco fez vrias expedies para o Egito. Numa delas
surgiram rumores de sua morte, algo que provocou grande regozijo
entre os judeus. Ao ouvir isto, Antoco massacrou 40.000 judeus num
s dia. Muitos judeus foram escravizados e o Templo roubado; Numa
campanha seguinte, os romanos foraram sua desistncia no Egito. Em
face desta derrota, derramou sua grande ira sobre Jerusalm. No
Sbado matou muitos, escravizou outros e destruiu partes da cidade.
Mandou erradicar a religio judaica. Quem possuia cpia da Lei
(Torah), ou tivesse circuncidado a criana, seria morto. Finalmente
converteu o Templo em "templo de Zeus". Profanou o Templo, em cujo
altar, ofereceu uma porca em sacrifcio. Destruiu cpias das
Escrituras, vendeu milhares de judias para o cativeiro e recorreu a
toda espcie imaginvel de tortura para forar os judeus a renunciar
sua religio. Isso deu ocasio "Revolta dos Macabeus", umas das mais
hericas faanhas da histria.
- Slide 23
- OS MACABEUS No demorou muito para que os judeus oprimidos
encontrassem um lder para sua causa. Quando os emissrios de Antoco
chegaram vila de Modina, cerca de 24 quilmetros a oeste de
Jerusalm, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom
exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifcio pago. Ele,
porm, alm de recusar-se a faz-lo, matou um judeu apstata junto ao
altar onde o oficial srio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu
para a regio montanhosa da Judia e, com a ajuda de seus filhos,
empreendeu uma luta de guerrilhas contra os srios. Embora os velho
sacerdote no tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo srio,
deixou a seus filhos o trmino da tarefa. Judas, cognominado o
Macabeu, assumiu a liderana depois da morte do pai. Por volta de
164 a.C. Judas havia reconquistado Jerusalm, purificado o templo e
reinstitudo os sacrifcios dirios. Pouco depois das vitrias de
Judas, Antoco morreu na Prsia. Entretanto, as lutas entre os
Macabeus e os reis selucidas continuaram por quase vinte anos.
Aristbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o
ttulo de Rei dos Judeus. Depois de um breve reinado, foi substitudo
pelo tirnico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para
sua me, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente
pacfico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristbulo II,
desapossou seu irmo mais velho. Roma entrou em cena e Pompeu
marchou sobre a Judia com as suas legies, buscando um acerto entre
as partes e o melhor interesse de Roma. Aristbulo II tentou
defender Jerusalm do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a
cidade e penetraram at o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, no
tocou nos tesouros do templo.
- Slide 24
- OS ROMANOS Depois do assassinato de Jlio Cesar e da morte de
Antpater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro
governante da Judia, Antgono, o segundo filho de Aristbulo, tentou
apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reinar em Jerusalm,
mas Herodes, filho de Antpater, regressou de Roma e tornou-se rei
dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de
Hircano, o ltimo sacerdote da linhagem de Levi, ofereceu um elo com
os governantes Macabeus. Herodes no instituiu sumos sacerdotes da
antiga raa levtica, mas preferiu colocar no sacerdcio homens de sua
confiana. Herodes foi um dos mais cruis governantes de todos os
tempos. Assassinou o venervel Hircano (31 AC) e mandou matar sua
prpria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte,
ordenou a execuo de Antpater, seu filho com outra esposa. Nas
Escrituras, Herodes conhecido como o rei que ordenou a morte dos
meninos em Belm por temer o Rival que nascera para ser Rei dos
Judeus.
- Slide 25
- GRUPOS RELIGIOSOS JUDEUS Quando, seguindo-se conquista de
Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Mdio, alguns
judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes f de seus
pais, ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento s
novas idias que emanavam da Grcia. Por fim, o choque entre o
helenismo e o judasmo deu origem a diversas seitas judaicas.
- Slide 26
- Os Fariseus Os fariseus eram os descendentes espirituais dos
judeus piedosos que haviam lutado contra os helenistas no tempo dos
Macabeus. O nome fariseu separatista, foi provavelmente dado a eles
por seu inimigos, para indicar que eram no-conformistas. Pode,
todavia, ter sido usado com escrnio porque sua severidade os
separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos
pagos. A lealdade verdade s vezes produz orgulho e at mesmo
hipocrisia, e foram essas perverses do antigo ideal farisaico que
Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo
ortodoxo do judasmo de sua poca. (Fp 3.5). O nome dado a um grupo
de judeus devotos Tor, surgidos no sculo II a.C.. Opositores dos
saduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e
foram os criadores da instituio da sinagoga. Com a destruio de
Jerusalm em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua
influncia dentro da comunidade judaica e se tornaram os precursores
do judasmo rabnico. Sua oposio ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes
atravs dos tempos uma figura de fanticos e hipcritas que apenas
manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu origem
ofensa "fariseu", comumente dado s pessoas dentro e fora do
Cristianismo, que so julgados como religiosos aparentes.
- Slide 27
- Saduceus O partido dos saduceus, provavelmente denominado assim
por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido por Salomo (1Rs
2.35), negava autoridade tradio e olhava com suspeita para qualquer
revelao posterior Lei de Moiss. Eles negavam a doutrina da
ressurreio, e no criam na existncia de anjos ou espritos (At 23.3).
Eram, em sua maioria, gente de posses e posio, e cooperavam de bom
grado com os helenistas da poca. Ao tempo do Novo Testamento
controlavam o sacerdcio e o ritual do templo. A sinagoga, por outro
lado, era a cidadela dos fariseus. Tambm para esta seita ou partido
difcil determinar a origem. Sabemos que existiu nos ltimos dois
sculos do Segundo Templo, em completa discrdia com os fariseus.
Como citamos, o nome parece proceder de Sadoc, hierarca da famlia
sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da
constituio de Ezequiel devia ser a nica famlia a exercer o
sacerdcio na nova Judia. De modo que, dizer saduceus era como dizer
"pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam
dos fariseus por no aceitarem a tradio oral. Na realidade, parece
que a controvrsia entre eles foi uma continuao dessa hostilidade
que havia comeado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e
os ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo classe
dominadora, tendo a mido contato com ambientes helenizados, estavam
inclinados a algumas modificaes ou helenizaes. O conflito entre
estes dois partidos foi o desastre dos ltimos anos da Jerusalm
judia. Suas doutrinas so quase desconhecidas, no havendo ficado
nada de seus escritos. A Bblia afirma que eles no criam na
ressurreio, tendo at tentado enlaar Jesus com uma pergunta ardilosa
sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaando a
tradio farisaica, possuram uma doutrina relativa interpretao e
aplicao da lei bblica. O nico que nos oferece alguns dados sobre
suas doutrinas Flvio Josefo que, por ser fariseu e por haver
escrito para o pblico greco-romano, no digno de muita confiana.
Parece provvel que as divergncias entre saduceus e fariseus foram
mais que dogmticas, foram jurdicas e rituais. Com a queda de
Jerusalm, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porm suas
marcas em todas as tendncias anti-rabnicas dos primeiros sculos
(d.C.) e da poca medieval.
- Slide 28
- Essnios O essenismo foi uma reao asctica ao externalismo dos
fariseus e ao mundanismo dos sauduceus. Os essnios se retiravam da
sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam ateno leitura e
estudo das Escrituras, orao e s lavagens cerimoniais. Suas posses
eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade.
Tanto a guerra quanto a escravido era contrrias a seus princpios. O
mosteiro em Qumran, prximo s cavernas em que os Manuscritos do Mar
Morto foram encontrados, considerado por muitos estudiosos como um
centro essnio de estudo no deserto da Judia. Os rolos indicam que
os membros da comunidade haviam abandonado as influncias corruptas
das cidades judaicas para prepararem no deserto, o caminho do
Senhor. Tinham f no Messias que viria e consideravam-se o
verdadeiro Israel para quem Ele viria. Os Essnios constituam um
grupo ou seita judaica asctica que teve sua existncia por volta de
150 a.C. at 70 d.C. Estavam relacionados com outros grupos
religioso-polticos, como os saduceus. O nome essnio provm do termo
srio "Asaya", e do aramaico Essaya, todos com o significado de
mdico.
- Slide 29
- Durante o domnio da Dinastia Hasmona, os essnios foram
perseguidos. Retiraram-se por isso para o deserto, vivendo em
comunidade e em estrito cumprimento da lei mosaica, bem como da dos
Profetas. Na Bblia no h meno sobre eles. Sabemos a seu respeito por
Flvio Josefo (historiador oficial judeu) e por Flon de Alexandria
(filsofo judeu). Flvio Josefo relata a diviso dos judeus do Segundo
Templo em trs grupos principais: Saduceus, Fariseus e Essnios. Os
Essnios eram um grupo de separatistas, a partir do qual alguns
membros formaram uma comunidade monstica asctica que se isolou no
deserto. Acredita-se que a crise que desencadeou esse isolamento do
judasmo ocorreu quando os prncipes Macabeus no poder, Jonathan e
Simo, usurparam o ofcio do Sumo Sacerdote, consternando os judeus
conservadores. Alguns no podiam tolerar a situao e denunciaram os
novos governantes. Josefo refere, na ocasio, a existncia de cerca
de 4000 membros do grupo, espalhados por aldeias e povoaes
rurais.
- Slide 30
- Adotaram uma srie de condutas morais que os diferenciavam dos
demais judeus: A comida era sujeita a rgidas regras de purificao;
Aboliam a propriedade privada; Contrrios ao casamento; Eram
vegetarianos; Tomavam banho antes das refeies; Vestiam-se sempre de
branco.
- Slide 31
- No tinham amos nem escravos. A hierarquia estabelecia-se de
acordo com graus de pureza espiritual dos irmos, os sacerdotes que
ocupassem o topo da ordem. Dentre as comunidades, tornou-se
conhecida a de Qumran, pelos manuscritos em pergaminhos que levam
seu nome, tambm chamados Pergaminhos do Mar Morto ou Manuscritos do
Mar Morto. Segundo Christian Ginsburg (historiador orientalista),
os essnios foram os precursores do Cristianismo, pois a maior parte
dos ensinamentos de Jesus, o idealismo tico, a pureza espiritual,
remetem ao ideal essnio de vida espiritual. A prtica da banhar-se
com frequncia, segundo alguns historiadores, estaria na origem do
ritual cristo do Batismo, que era ministrado por So Joo Batista, s
margens do Rio Jordo, prximo a Qumram.
- Slide 32
- Escribas Os escribas no eram, estritamente falando uma seita,
mas sim, membros de uma profisso. Eram, em primeiro lugar copistas
da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto s Escrituras,
e por isso exerciam uma funo de ensino. Sua linha de pensamento era
semelhante dos fariseus, com os quais aparecem freqentemente
associados no Novo Testamento. O escriba ou escrivo era a pessoa na
Antiguidade que dominava a escrita e a usava para, a mando do
regente, redigir as normas do povo daquela regio ou de uma
determinada religio. Nos livros sagrados para os cristos e judeus,
o termo escriba refere-se aos chamados doutores e mestres (Mt 22:35
e Lc 5:17), ou seja, homens especializados no estudo e na explicao
da lei ou Tor. Embora o termo aparea pela primeira vez no livro de
Esdras, sabe-se que tinham grande influncia e eram muito
considerados pelo povo, tendo existido escribas partidrios de
diferentes correntes, tais como os fariseus (a maioria), saduceus e
essnios. A classe comea a atuar ainda nos tempos do Antigo
testamento, em que a figura do profeta perde o seu valor. J no Novo
testamento, possvel verificar que a maioria dos escribas se ope aos
ensinamentos de Jesus (Mc 14:1 e Lc 22:1), que os critica duramente
por causa do seu proceder legalista e hipcrita (Mt 23:1-36 / Lc
11:45-52 / 10:46-47), comparando-o ao dos fariseus, a corrente de
escribas que representava a maioria. Aps o desaparecimento do
templo de Jerusalm no ano 70, seguido do desaparecimento da figura
do sacerdcio judaico, sua influncia passaria a ser ainda maior.
Alguns escribas ficariam famosos, tais como Hillel e Sammai (pouco
antes de Jesus Cristo), tendo sido ambos lderes de tendncias
opostas na interpretao da lei, liberal o primeiro e rigoroso o
segundo. Gamaliel, discpulo de Hillel, foi mestre de Paulo (At
22:3), tendo existido tambm outros escribas simpatizantes com os
cristos (At 5:34).
- Slide 33
- Herodianos Os herodianos criam que os melhores interesses do
judasmo estavam na cooperao com os romanos. Seu nome foi tirado de
Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua poca.
Os herodianos eram mais um partido poltico que uma seita religiosa.
A opresso poltica romana, simbolizada por Herodes, e as reaes
religiosas expressas nas reaes sectrias dentro do judasmo pr-cristo
forneceram o referencial histrico no qual Jesus veio ao mundo.
Frustraes e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias
de Deus, que veio na plenitude do tempo (Gl 4.4)
- Slide 34
- Elementos Judaicos na preparao para a vinda de Cristo Um povo
divinamente preparado; Um povo escolhido para ser testemunha entre
as naes; Escrituras profticas predizendo a vinda do Messias; A
disperso dos judeus em todo o mundo conhecido; Sinagoga onde se
estudava as Escrituras que forneceriam local para a pregao do
evangelho; Proselitismo que trouxe muitos gentios para o judasmo;
Era o povo do Livro, Interessado na prtica da religio e na busca da
salvao.
- Slide 35
- Uma esperana da vinda do Messias foi oferecida pelos judeus a
um mundo de religies pags. Tambm o judasmo ofereceu, pela parte
moral da Lei Judaica, o sistema de tica mais puro do mundo. Mas o
mais importante que os judeus prepararam o caminho para vinda de
Cristo pelo fornecimento de um Livro Sagrado, o Velho
Testamento.
- Slide 36
- Elementos Gregos A filosofia grega que se aproximava do
monotesmo, tendncia para a imortalidade, nfase sobre a conscincia e
dignidade humana e liberalismo de pensamento. A lngua grega, traduo
do AT, para a pregao do evangelho e a escrita do N.T junto com os
termos adotados por Paulo e outro pregadores do Novo Testamento
para explicar o evangelho. No primeiro sculo os romanos cultos
conheciam grego e tambm latim. O dialeto grego usado no quinto
sculo a.C, na poca da glria de Atenas, tornou-se o dialeto Koin
(comum) do primeiro sculo. O dialeto da literatura clssica de
Atenas foi modificado e enriquecido pelas mudanas que sofreu nas
conquistas de Alexandre Magno no perodo entre 338 e 146 a.C. O NT.
Foi escrito nesse dialeto "comum".
- Slide 37
- A cultura helenstica em geral com seu esprito cosmopolita,
transcendendo as barreiras, o judeu helenizado que serviria como
ponte entre o judeu e gentio e a busca da salvao do mundo romano.
Por um lado a filosofia grega deu uma contribuio positiva,
mostrando o melhor que o homem pode fazer na busca de Deus pelo
intelecto, por outro lado contribuiu negativamente, pois, nunca deu
uma satisfao aos coraes e nunca conduziu o homem a um Deus pessoal.
4. Elementos Romanos A Contribuio Poltica Cristo veio ao mundo poca
do Imprio Romano. Todo o mundo ficou sob um governo nico, uma lei
universal. Era possvel obter cidadania romana, ainda que a pessoa
no fosse romana. O Imprio Romano mostrou as tendncia de unificar os
povos de raas diferentes numa organizao poltica. Havia paz na terra
quando Cristo nasceu. Os soldados romanos asseguravam a paz nas
estradas da sia, frica e Europa. Construram excelentes estradas
ligando Roma a todas as partes do Imprio. As estradas principais
foram construdas de concreto. As estradas romanas e as cidades
estratgicas localizadas nos caminhos eram indispensveis a
evangelizao do mundo no primeiro sculo. 5. Resumo dos Elementos Na
plenitude dos tempos, quando a maior parte do mundo ficou sob uma
lei e um governo, e todo o mundo falou a mesma lngua diariamente,
Cristo veio, cumprindo as profecias. Jerusalm, em especial,
localizava-se onde as estradas se cruzavam, ligando os continentes
da sia e frica com Europa.
- Slide 38
- A DISPORA Nos dias do Novo Testamento, a populao judaica
encontrava-se dispersa por vrios lugares. Alm da prpria Palestina,
havia inmeros judeus em Roma, Egito, sia Menor, etc. (Atos 2.9-11;
Tiago 1.1; I Pedro 1.1). Tal disperso, que recebe o nome de
Dispora, tem razes diversas, comeando pelos exlios para a Assria e
Babilnia, e se completando por interesses comerciais dos judeus, e
at mesmo em funo das dificuldades que se verificavam em sua terra
natal. Esse quadro se apresenta como cumprimento claro dos avisos
divinos acerca da disperso que viria como conseqncia do pecado de
Israel (Dt.28.64). Assim, o judasmo acabou se dividindo em funo da
distribuio geogrfica. Havia o judasmo de Jerusalm, mais ligado
ortodoxia, e o judasmo da Dispora, ou seja, praticado pelos judeus
residentes fora da Palestina. Estes ltimos encontravam-se distantes
de suas origens. Se at na Palestina, os costumes gregos se
impunham, muito mais isso ocorria na vida dos judeus em outras
regies. Estavam profundamente helenizados, embora no tivessem
abandonado o judasmo. Isto fez com que eles se preocupassem com o
futuro de suas tradies e sua religio. Tomaram ento providncias para
que o judasmo no sucumbisse diante do helenismo. Uma delas foi a
traduo do Velho Testamento do hebraico para o grego, chamada
Septuaginta. J que este idioma estava se tornando universal, havia
o risco de que, no futuro, as escrituras no pudessem mais ser
lidas, devido possvel extino do hebraico. Outras obras literrias
foram produzidas, incluindo narrativas histricas, propaganda e
apologia judaica, tudo escrito em grego e com influncias gregas.
Destacaram-se nessa poca os escritores: Flon de Alexandria e Flvio
Josefo. Tais escritos no foram aceitos pela comunidade de Jerusalm.
At a traduo bblica foi rejeitada, uma vez que, para eles, toda
escritura sagrada devia ser produzida necessariamente em hebraico.
Essa obra no idioma grego foi vista pelos ortodoxos como uma
descaracterizao do judasmo. Para muitos judeus conservadores, o
judasmo era propriedade nacional e no devia ser propagado entre
outros povos. J os judeus da Dispora se dedicaram a conquistar
gentios para a religio judaica. Tal fenmeno recebe o nome de
proselitismo. Os novos convertidos eram chamados proslitos (Mateus
23.15 Atos 2.9-11; 6.5; 13.43). Essa prtica difusora da religio
tambm foi adotada por judeus de Jerusalm, mas em escala bem menor.
Os judeus da dispora cresciam em nmero e em poder econmico. Isso se
tornou incmodo para muitos cidados dos lugares onde residiam. A
guarda do sbado e a recusa em participar do culto ao Imperador
tornaram-se tambm elementos que atraram a perseguio. Tendo, muitos
deles, fugido da opresso na Palestina, encontraram problemas
semelhantes em outras terras.
- Slide 39
- AS SINAGOGAS, OS RABIS E OS ESCRITOS RELIGIOSOS vrias, como era
o caso de Jerusalm. A liderana da sinagora era exercida pelo rabi
(mestre), o qual era eleito pelos membros daquela comunidade. Essa
autonomia de eleio do rabi favoreceu o surgimento de muitos mestres
com idias religiosas distintas. Todos estudavam a lei e elaboravam
seus ensinamentos com interpretaes e comentrios acerca da Tor.
Assim surgiram as midrashs e as mishnas. Midrash era o comentrio da
lei. A primeira surgiu no ano 4 a.C.. As mishnas eram os
ensinamentos rabnicos. A primeira surgiu em 5 a.C.. Tudo isso
compunha a tradio, que passou a ser mais utilizada do que a prpria
lei. A interpretao da lei era to desenvolvida que chegava ao
extremo de contradizer o cdigo original (Mt.15.1-6). Assim, os
escribas e fariseus, doutores da lei, ocupavam o lugar de Moiss
(Mt.23.2). Devido a essa posio dos rabis (mestres), Jesus orientou
seus discpulos a no utilizarem esse mesmo ttulo (Mt.23.8).
- Slide 40
- JUDASMO DIVIDIDO Nos dias de Cristo, a religio judaica
encontrava-se dividida em seitas: fariseus, saduceus, essnios, e
outras. Cada faco se considerava o remanescente fiel a Deus e via
os demais como relaxados. Entre os fatores que contriburam para
essa diviso, podemos citar: - Dispora A disperso geogrfica
dificultou a manuteno de uma religiosidade padronizada. - Sinagogas
Significaram a descentralizao da orientao religiosa. Muitos rabis
representaram muitas linhas de pensamento e prtica divergentes. -
Linhagem - As misturas tnicas ocorridas no norte de Israel
contriburam para a discriminao religiosa contra os samaritanos. -
Interpretao Diferentes interpretaes da lei conduziam a diferentes
crenas. - Tradio Esta era o resultado de muitos elementos:
interpretao, comentrio da lei, influncias estrangeiras (gregas,
romanas e babilnicas). - Poltica Alguns judeus apoiavam Herodes e
os romanos. Outros eram radicalmente contra tais dominadores. -
Helenismo Os judeus se dividiam tambm quanto ao apoio ou combate
cultura grega que se expandia em todo o mundo. Tais costumes eram
vistos como os que hoje chamamos de "mundanismo". Muitos judeus se
deixavam levar, admirados com o pensamento grego e o sucesso de sua
cultura.
- Slide 41
- DINASTIA HERODIANA (parcial) As setas indicam filiao. O
posicionamento dos quadros inferiores demonstra a sucesso no
governo da Palestina. Apresentamos apenas parcialmente a dinastia
herodiana porque nos limitamos aos nomes mais prximos aos fatos do
Novo Testamento. Nosso maior interesse apresentar a sucesso poltica
na Palestina, principalmente na Judia. Herodes Magno, tambm
conhecido com Herodes, o Grande, governava a Judia quando Jesus
nasceu. Herodes teve 10 mulheres e 15 filhos, ou mais. Citamos 7
deles: Antpatro II, Aristbulo I, Alexandre, Filipe I, Filipe II,
Arquelau e Antipas II. Herodes matou seus filhos Alexandre,
Aristbulo I e Antpatro II. Deserdou Filipe I, que era casado com
Herodias, a qual veio a adulterar com Antipas II (Mc.6.17). Aps a
morte de Herodes Magno, seu reino foi dividido entre trs de seus
filhos: Arquelau recebeu a Judia, Samaria e Idumia. Antipas II
passou a governar a Galilia e a Peria. Filipe II recebeu os
territrios do nordeste: Ituria, Tracomites, Gaulanites, Auranites e
Batania. Arquelau foi deposto pelos Romanos no ano 6 d.C.. A Judia
passou ento a ser governada por procuradores romanos. Um desses
procuradores foi Pncio Pilatos (de 26 a 36 d.C.). Antipas II
governou a Galilia durante todo o ministrio de Cristo. Foi ele quem
mandou degolar Joo Batista. sua presena Jesus foi encaminhado por
Pilatos, j que este era procurador sobre a Judia e foi-lhe dito que
Cristo era galileu, sendo portanto da jurisdio de Antipas.
- Slide 42
- Agripa I, filho de Aristbulo e, portanto, neto de Herodes
Magno, foi o sucessor de Filipe II. Aos poucos foi herdando tambm
os territrios dos outros tios. Recebeu de volta dos romanos a
administrao da Judia e Samaria, tornando-se ento rei de quase toda
a Palestina. Foi ele quem mandou matar o apstolo Tiago e morreu
comido por vermes (At.12). Seu filho, Agripa II, foi seu sucessor.
Seu territrio foi ento ampliado por determinao do Imperador Cludio
e ainda mais por Nero. Foi perante Agripa II que Paulo se
apresentou (At.25.23). Com a destruio de Jerusalm no ano 70, Agripa
II mudou-se para Roma e l esteve at o ano de sua morte (100 d.C.).
Os membros da dinastia herodiana so muitas vezes mencionados no
Novo Testamento. Todos eles possuam o ttulo de Herodes. Por esta
razo, muitas vezes pode-se imaginar que as diversas passagens se
referem mesma pessoa, o que no verdade. Pela observao dos quadros
anteriores, pode-se identificar cada "Herodes" nas passagens
bblicas em que so citados.
- Slide 43
- ROMANOS NO PERODO DO NOVO TESTAMENTO Csar Augusto Otaviano -
ano 27 a.C. a 14 d.C. - Nascimento de Jesus - Incio do culto ao
Imperador. (Lc.2.1) Tibrio Jlio Csar Augusto - 14 a 27 - Ministrio
e Morte de Jesus. (Lc.3.1). Gaio Jlio Csar Germnico Calgula - 37 a
41 - Quis sua esttua no templo em Jerusalm. Morreu antes que sua
ordem fosse cumprida. Tibrio Cludio Csar Augusto Germnico - 41 a 54
- Expulsou os judeus de Roma. (At.18.2). Nero Cludio Csar Augusto
Germnico - 54 a 68 - Comea perseguio de Roma contra os cristos.
Paulo e Pedro morrem (At. 25.10; 28.19). Srvio Galba Csar Augusto
68 - Cerco a Jerusalm. Marcos Oto Csar Augusto - 69 mantm o cerco a
Jerusalm. Aulus Vitlio Germnico Augusto - 69 - mantm o cerco a
Jerusalm. Csar Vespasiano Augusto - 69 a 79 Tinha sido general de
Nero. Coloca seu filho Tito como general. No ano 70, determina a
destruio de Jerusalm. Tito Csar Vespasiano Augusto - 79-81. Csar
Domiciano Augusto Germnico - 81 a 96 - Exigia ser chamado Senhor e
Deus. Grande perseguio. O apstolo Joo ainda vivia durante o governo
de Domiciano.
- Slide 44
- Vamos voltar ao perodo compreendido entre os anos 106 a 73 a.C.
Quem estava no poder era Alexandre Janeu. Ele era ativo e
autoritrio, e continuou a poltica de expanso e (re)conquista
iniciada na revolta dos macabeus anos antes. Alexandre resgatou o
ttulo de rei dos israelitas, porm houve oposio, pois ele no fazia
parte da linhagem real de Davi. Os judeus mais zelosos e piedosos,
descendentes da resistncia contra os gregos, conhecidos como
fariseus, foram contra este governo de Alexandre. Esses o acusavam
de estar sempre em guerra, de fazer alianas com no- judeus, e o
pior de tudo, ter se casado com uma viva, algo extremamente
proibido pela Lei (Levtico 21:13) aos sacerdotes. Quando os
fariseus organizaram uma revolta contra Alexandre, esse usou seus
mtodos brutais, e houve a morte de 50 mil homens. Isto dividiu os
judeus entre: - a favor dos fariseus - a favor dos mtodos violentos
Esta atitude continuou at os dias de Jesus.
- Slide 45
- Isto tambm levou os judeus a esperarem algum que os libertasse
destes conflitos e revoltas, pois este clima de tenso continuou
mesmo aps a morte de Alexandre Janeu. Aps sua morte, sua esposa
Salom Alexandra, reinou em seu lugar (76-67 a.C.) e foi
caracterizado por relativa paz. Aps este perodo seus filhos Hircano
II e Aristbulo travaram um guerra mortal um contra o outro.
Aristbulo no iria deixar que seu irmo mais velho, Hircano II,
tomasse o poder, e ainda houve a interferncia de alguns rabes e
idumeus, que fez com que o pas mergulhasse numa onde de violncia
devastadora. Isto fez com os os judeus quisesem apelar a uma
terceira pessoa, algum neutro para resolver este conflito
interno.
- Slide 46
- Era o ano de 63 a.C. e em Damasco se achava um estrangeiro de
nome Pompeu, em quem os irmos foram procurar apoio em troca de
dinheiro. Como a Sria j pertencia ao domnio romano, Pompeu no ficou
indifirente ao pedido dos judeus, e resolveu apoiar o fraco Hircano
contra seu irmo Aristbulo. Ele e seus seguidores se refugiaram no
templo por 3 meses, at que Pompeu conseguiu invadir o templo. Nisto
ele quis conhecer os segredos da religio dos judeus, e penetrou no
santo dos santos com sua espada em mos esperando encontrar algum
deus supremo, mas ficou espantado ao no encontrar nada l dentro.
Isto fez dos romanos heris perante os judeus, j que entraram na
Palestina como pacificadores (Pax Romana???), o que explica o fato
de 75 anos aps este fato ainda existirem judeus favorveis aos
romanos. Afinal tudo era prefervel guerra civil. Agora podemos
entender um pouquinho mais sobre a situao poltica na Palestina poca
de Jesus. Os conflitos entre as classe sociais, a espera de um
Messias, e qual era realmente a relao de dio entre fariseus,
saduceus, essnios e outros. O mais irnico que anos e anos, depois
destes acontecimentos, eles se uniriam em torno de causa em comum:
crucificar um cidado que se autoproclamava filho de Deus e salvador
do mundo.
- Slide 47
- CULTURA E INFRA-ESTRUTURA Nos dias de Cristo, embora o imprio
fosse romano, a cultura predominante continuava sendo grega. O
extinto imprio de Alexandre Magno deixou um grande legado: o
helenismo, que significa a influncia cultural grega entre os povos
conquistados. Helenismo derivado de Helas, outro nome da Grcia.
Helenizao o processo de propagao dessa cultura. Devido a essa
difuso, a lngua grega se tornou de uso comum. Da vem a expresso
"grego koin" (= comum). As cidades gregas eram bem estruturadas.
Contavam com teatros, banhos pblicos, ginsios, foros, amplas praas,
hipdromos e academias. Assim, por onde quer que o helenismo se
expandisse iam surgindo cidades desse tipo. Algumas cidades antigas
se adaptavam e chegavam at a mudar de nome, adotando nomes gregos.
por causa desse contexto que o Novo Testamento foi escrito em
grego, com exceo do evangelho de Mateus. Alm dos elementos
helnicos, o cenrio contava com estradas caladas construdas pelos
romanos. Elas facilitavam a circulao das milcias entre as provncias
e a capital. Por essas vias transitavam tambm mensageiros,
comerciantes e viajantes em geral. Outro destaque da engenharia
romana eram os aquedutos: canais para levar gua das montanhas para
as cidades.
- Slide 48
- ATIVIDADES ECONMICAS Com toda a importncia das cidades, as
construes eram constantes. Alm das casas, estradas e aquedutos, as
muralhas tambm faziam parte dos projetos. Em Jerusalm havia uma
grande obra em andamento nos dias de Jesus: o templo de Herodes,
cuja construo ocorreu do ano 20 a.C. at 64 d.C.. Outras atividades
importantes eram: transporte, agricultura, comrcio, pesca,
metalurgia, cermica, perfumaria, couro, tecidos e armas. Em Israel,
a pecuria, alm de atividade econmica, possua status religioso por
causa dos sacrifcios.