Pensamento e Vontade -...

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Pensamento e Vontade

Pensamento e Vontade

O Espiritismo estuda a respeito dos Espíritos, que

podem estar na situação de desencarnados ou de

encarnados.

A inclusão do Capítulo 8 – Emancipação da Alma –

em O Livro dos Espíritos, confirma isto.

Kardec e os Espíritos reafirmam a importância do

pensamento e da vontade em toda a obra da

Codificação.

A Gênese, cap. XIV – Os fluidos:

14. Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais,

não manipulando-os como os homens manipulam

os gases, mas empregando o pensamento e a

vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a

vontade são o que é a mão para o homem.

(...) Algumas vezes, essas transformações resultam

de uma intenção; doutras, são produto de um

pensamento inconsciente. Basta que o Espírito

pense uma coisa, para que esta se produza, como

basta que modele uma ária, para que esta

repercuta na atmosfera.

É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a

um encarnado que possua a vista psíquica, sob as

aparências que tinha quando vivo na época em que o

segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois

dessa época, muitas encarnações. Apresenta-se com

o vestuário, os sinais exteriores — enfermidades,

cicatrizes, membros amputados, etc. — que tinha

então. Um decapitado se apresentará sem a cabeça.

Não quer isso dizer que haja conservado essas

aparências, certo que não, porquanto, como

Espírito, ele não é coxo, nem maneta, nem zarolho,

nem decapitado; o que se dá é que, retrocedendo o

seu pensamento à época em que tinha tais defeitos,

seu perispírito lhes toma instantaneamente as

aparências, que deixam de existir logo que o mesmo

pensamento cessa de agir naquele sentido.

Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria

fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a

usar. (...)

Para o Espírito, que é, também ele, fluídico, esses

objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no

estado material, para o homem vivo; mas, pela

razão de serem criações do pensamento, a

existência deles é tão fugitiva quanto a deste.

15. (...) criando imagens fluídicas, o pensamento se

reflete no envoltório perispirítico, como num espelho;

toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa.

Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a

outro: embora o corpo material se lhe conserve

impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo

pensamento e reproduz todos os matizes deste

último; executa fluidicamente o gesto, o ato que

intentou praticar.

O pensamento cria a imagem da vítima e a cena

inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe

desenrola no espírito.

Desse modo é que os mais secretos movimentos da

alma repercutem no envoltório fluídico; que uma

alma pode ler noutra alma como num livro e ver o

que não é perceptível aos olhos do corpo. (...) o que

vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus

desejos, seus projetos, seus desígnios bons ou

maus.

Mãos de Luz – Barbara Ann Brennan

O pensamento e a vontade representam em nós

um poder de ação que alcança muito além dos

limites da nossa esfera corporal.

LE - 662

Pensamento e vontade – Ernesto Bozzano

Já os magnetizadores da primeira metade do século

passado haviam notado que os sonâmbulos não só

percebiam o pensamento das pessoas com quem

se punham em relação, sob a forma de imagens

geralmente localizadas no cérebro, com também,

eventualmente, fora dele, e mais ou menos imersos

na aura da pessoa que, na ocasião, tinha na mente

o pensamento correspondente à imagem.

Videntes - entre eles Annie Besant e Leadbeater –

percebem que as ditas formas do pensamento não

se restringem às imagens de pessoas e coisas, mas

atingem as concepções abstratas, as aspirações do

sentimento, os desejos passionais, que revestem

formas características e estranhamente simbólicas .

A usura, a ambição, a avidez, produzem formas

retorcidas, como que dispostas a apreender o

cobiçado objeto.

COBIÇA INTENSA, EGOÍSTA

O pensamento, preocupado com a resolução de um

problema, produz filamentos espirais.

Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de

ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos

semelhantes aos projéteis.

A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague

do raio, o medo provoca jactos de substância

pardacenta, quais salpicos de lama.

MEDO CRÔNICO

PAVOR SÚBITO, PÂNICO AGUDO

Ciúme vigilante

Ciúme agressivo

CÓLERA CONTIDA E CÓLERA AGRESSIVA

Desespero e depressão

pela morte de um ente

querido

Reflexão sobre a morte

por quem conhece a

vida espiritual

No caso em que pensamentos maus ou bons são

projetados para determinadas pessoas, com o fim de

levarem a cabo alguma missão, devem encontrar na

aura de quem os recebe materiais capazes de

responder às suas vibrações. Nenhuma combinação

de matéria pode vibrar fora de certos limites, e se

a forma de pensamento está além dos limites em

que a aura é capaz de vibrar, não pode afetá-la de

nenhuma maneira.

Por conseguinte, o pensamento retrocede para quem

o gerou com uma força proporcional à energia

empregada para projetá-lo.

Annie Besant e Leadbeater - Formas pensamento

Outro sensitivo clarividente, E.A. Quinton, refere:

A avidez e análogas emoções, por sua parte,

originam formas retorcidas, curvas, semelhantes às

garras do falcão, como se as pessoas que as

emitem desejassem algo empalmar em benefício

próprio. (Ligth, 1911, pág. 401; apud Pensamento e

vontade, E. Bozzano).

Todo pensamento cria uma série de vibrações na

substância do corpo mental, correspondentes à

natureza do mesmo pensamento (...)

O corpo mental, graças ao impulso do pensamento,

exterioriza uma fração de si mesmo, que toma forma

correspondente à intensidade vibratória, tal como o

pó de licopódio que, colocado sobre um disco

sonante, dispõe-se em figuras geométricas, sempre

uniformes em relação com as notas musicais

emitidas. Ernesto Bozzano - Pensamento e vontade

Este estado vibratório da fração exteriorizada do corpo

mental, tem a propriedade de atrair, no meio etéreo,

substância sublimada análoga à sua.

Assim é que se produz uma forma pensamento, que é, de

certo modo, uma entidade animada de intensa atividade, a

gravitar em torno do pensamento gerador...

Se este pensamento implica uma aspiração pessoal de quem

o formulou - tal como se dá com a maioria dos pensamentos -

volteia, então, ao derredor do seu criador, pronto sempre a

reagir benéfica ou malèficamente, cada vez que o sinta em

condições passivas.

Todavia, apresso-me a declarar que, para as

afirmações dos sensitivos, relativamente às formas

concretas do pensamento, isto é, forma-pensamento

representando pessoas ou coisas, há na fotografia

uma prova absoluta, de vez que a chapa as registra.

(...) possibilidade da sua persistência mais ou menos

longa nos ambientes em que se formam, desse

modo originando um grupo especial de fantasmas

assombradores. (...) o fenômeno depende da intensa

vitalidade da idéia geratriz.

Muito mais provável é, portanto, que o fantasma de

um assassino assombre o local do seu crime do

que o de sua execução quando condenado pela

justiça humana.

Os melhores resultados, com a reprodução de

fisionomias e indivíduos, foram obtidos fortuitamen-

te, isto é, quando não havia propósito de fotografar

uma forma pensamento, ou seja, uma escotografia.

(...) a vontade constitui obstáculo à sua livre

manifestação.

Mediunidade: temas indispensáveis para os espíritas

Luiz Gonzaga Pinheiro

Examinamos casos de encarnados que liam

informações de outras mentes e que davam ordens

mentais sempre obedecidas, tal como fazia Wolf

Messing, o homem que trabalhava para Stálin.

Para ser admitido junto ao tirano russo, Messing teve

que passar por dois testes bastante convincentes.

No primeiro, Stálin determinou que ele assaltasse um

banco, de onde deveria roubar 100 mil rublos.

Messing simplesmente sacou de uma folha em

branco de um caderno escolar, abriu uma maleta de

mão e deu a ordem mental para que o caixa interpre-

tasse o papel como sendo um cheque com o citado

valor. O caixa olhou para o papel, abriu o cofre,

acondicionou o dinheiro na maleta, sendo esta

entregue ao falso cliente, que saiu tranquilamente,

indo juntar-se às testemunhas que a tudo assistiam.

Pretendendo obter um teste conclusivo, uma prova de

fogo, Stálin determinou que Messing chegasse até a

sua residência particular, sem nenhum documento

de identificação ou salvo-conduto, superando a

barreira de guardas e agentes secretos que o

rodeavam diuturnamente. Após alguns dias, quando

Stálin trabalhava em sua casa de campo, Messing

entrou calmamente, sem sinais de ter sido molestado

por ninguém.

Diante daquele espantoso fato, a pergunta mais

óbvia seria: Como conseguiu isso? E Stálin a fez.

Muito simples, respondeu Messing.

Disse mentalmente a cada pessoa que encontrava:

Eu sou Beria... Eu sou Beria... e todos iam se

afastando da minha frente, com saudações e boas

vindas.

Laurenti Beria era nada menos que o chefe da

polícia secreta russa.

O Livro dos Espíritos

909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços,

vencer as suas más inclinações?

―Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito

insignificantes.

O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre

vós fazem esforços!‖

910. Pode o homem achar nos Espíritos eficaz

assistência para triunfar de suas paixões?

―Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com

sinceridade, os bons Espíritos lhe virão certamente

em auxílio, porquanto é essa a missão deles.‖

O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. 19

Se todos os encarnados se achassem bem

persuadidos da força que em si trazem, e se

quisessem pôr a vontade a serviço dessa força,

seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles

chamaram prodígios e que, no entanto, não passa

de um desenvolvimento das faculdades humanas. –

Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)