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Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado deAdição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT
29409161924020270
28/09/202087020012236420:05
Número do Processo: BR 10 2020 019867 0
Dados do Depositante (71)
Depositante 1 de 1
Nome ou Razão Social: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - FUNECE
Tipo de Pessoa: Pessoa Jurídica
CPF/CNPJ: 07885809000197
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Jurídica: Instituição de Ensino e Pesquisa
Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Itaperi
Cidade: Fortaleza
Estado: CE
CEP: 60714-903
País: Brasil
Telefone: (85) 3101 9667
Fax: (85) 3101 9667
Email: NIT@UECE.BR
Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às20:05, Petição 870200122364
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 1/21
Dados do Pedido
Natureza Patente: 10 - Patente de Invenção (PI)
Título da Invenção ou Modelo deUtilidade (54):
Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo deimunização em mamíferos contra SARS-COV 2.
Resumo: Provocada por um vírus recém descoberto da família Coronaviridae,o então denominado SARS - COV 2, causador da atual pandemia decoronavirose (COVID-19), gera uma síndrome respiratória agudagrave como principal processo patológico. Curiosamente, ocoronavírus aviário (IBV) causador da Bronquite Infecciosa dasGalinhas (BIG), que é um enfermidade com certo grau desemelhança com o COVID-19, chamou-nos atenção por ser um vírushá muito tempo estudado, na qual há relatos na literatura científicamundial de indivíduos que quando em contato com ele geraramanticorpos e nunca desenvolveram a doença das galinhas nemqualquer outra semelhante. A utilização de vacinas obtidas deagentes etiológicos de origem animal não é nova, vide a vacina paravaríola feita por Jenner no final do século XVIII que imunizoupopulações humanas utilizando vírus da varíola de bovinos. Assim, apresente invenção refere-se à possibilidade de segundo uso do IBV,em qualquer estado (morto, atenuado, com apenas suas estruturasmoleculares isoladas ou associadas), na imunização (vacina) demamíferos, inclusive humanos, contra o SARS-CoV 2, seja elahumoral ou celular. Os estudos em camundongos imunizados com oIBV mostraram satisfatória atividade da ação neutralizante/inibitóriados anticorpos por eles produzidos contra o vírus SARS-CoV 2 emcultivo de células, denotando que anticorpos anti-IBV funcionamtambém na proteção contra o COVID-19, podendo-se usar vacinascontra o IBV das aves também como vacinas contra a COVID-19.01Figura a publicar:
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Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 2/21
Dados do Inventor (72)
Inventor 1 de 3
Nome: MARIA IZABEL FLORINDO GUEDES
CPF: 47501723753
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Física: Professor do ensino superior
Endereço: Rua Rafael Tobias 848, bairro Sapiranga
Cidade: Fortaleza
Estado: CE
CEP: 60833-196
País: BRASIL
Telefone: (85) 310 19973
Fax:
Email: izabel.guedes@uece.br
Inventor 2 de 3
Nome: MAURICIO FRAGA VAN TILBURG
CPF: 03816279775
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Física: Professor do ensino superior
Endereço: Rua Trajano Alves de Aguiar 78, cidade dos funcionários
Cidade: Fortaleza
Estado: CE
CEP: 60822-060
País: BRASIL
Telefone: (85) 310 19973
Fax:
Email: mauricio_van_tilburg@yahoo.com.br
Inventor 3 de 3
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Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 3/21
Nome: NEY DE CARVALHO ALMEIDA
CPF: 61443310344
Nacionalidade: Brasileira
Qualificação Física: Doutorando
Endereço: Rua Industrial Amílcar Araújo, 210, Torre Jardins, apartamento 704,bairro Coité
Cidade: Eusébio
Estado: CE
CEP: 61760-000
País: BRASIL
Telefone: (85) 310 19973
Fax:
Email: ney_almeida@yahoo.com.br
NomeTipo Anexo
Resumo RESUMO DA PATENTE.pdf
Relatório Descritivo RELATÓRIO DESCRITIVO DE PATENTE DEINVENÇÃ1.pdf
Reivindicação reinvidicações.pdf
Comprovante de pagamento de GRU 200 ComprovanteBB - 2020-09-24-103141.pdf
Desenho Figuras (1).pdf
Documento de Cessão termo de cessão 1.pdf
Documento de Cessão termo de cessão 2.pdf
Documento de Cessão termo de cessão 3.pdf
Documentos anexados
Acesso ao Patrimônio Genético
Declaração Negativa de Acesso - Declaro que o objeto do presente pedido de patente de invençãonão foi obtido em decorrência de acesso à amostra de componente do Patrimônio GenéticoBrasileiro, o acesso foi realizado antes de 30 de junho de 2000, ou não se aplica.
Declaro, sob as penas da lei, que todas as informações acima prestadas são completas everdadeiras.
Declaração de veracidade
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Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 4/21
RESUMO DA PATENTE
Provocada por um vírus recém descoberto da família Coronaviridae, o então
denominado SARS - COV 2, causador da atual pandemia de coronavirose
(COVID-19), gera uma síndrome respiratória aguda grave como principal
processo patológico. Curiosamente, o coronavírus aviário (IBV) causador da
Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG), que é um enfermidade com certo grau
de semelhança com o COVID-19, chamou-nos atenção por ser um vírus há muito
tempo estudado, na qual há relatos na literatura científica mundial de indivíduos
que quando em contato com ele geraram anticorpos e nunca desenvolveram a
doença das galinhas nem qualquer outra semelhante. A utilização de vacinas
obtidas de agentes etiológicos de origem animal não é nova, vide a vacina para
varíola feita por Jenner no final do século XVIII que imunizou populações
humanas utilizando vírus da varíola de bovinos. Assim, a presente invenção
refere-se à possibilidade de segundo uso do IBV, em qualquer estado (morto,
atenuado, com apenas suas estruturas moleculares isoladas ou associadas), na
imunização (vacina) de mamíferos, inclusive humanos, contra o SARS-CoV 2,
seja ela humoral ou celular. Os estudos em camundongos imunizados com o IBV
mostraram satisfatória atividade da ação neutralizante/inibitória dos anticorpos
por eles produzidos contra o vírus SARS-CoV 2 em cultivo de células, denotando
que anticorpos anti-IBV funcionam também na proteção contra o COVID-19,
podendo-se usar vacinas contra o IBV das aves também como vacinas contra a
COVID-19.
Palavras-chaves: SARS-CoV 2, COVID-19, IBV, vacina, neutralização.
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RELATÓRIO DESCRITIVO DE PATENTE DE INVENÇÃO
Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo de imunização
em mamíferos contra SARS-COV 2.
Campo da Invenção
[001] A presente invenção se situa no campo da biotecnologia e imunologia,
certamente o da preparação vacinal com fins médicos e de saúde pública,
baseada na nova utilização (segundo uso) de um vírus vivo atenuado ou em
qualquer outro estado (morto, em partes: estruturais, material genético, etc.)
usado na imunização de galinhas contra a bronquite infecciosa para uso deste
como modelo de imunização em mamíferos, inclusive em humanos, contra
SARS-CoV 2.
Antecedentes da Invenção
[002] Desde que iniciada no século XVIII, a ideia da prática de imunização,
suscitou a possibilidade de os homens lidarem mais facilmente com as diversas
enfermidades que assolavam as civilizações, evitando a “possível” grande
mortalidade e fazendo com que a humanidade conseguisse a permanência de
sua existência. A partir dos experimentos do médico inglês Edward Jenner que
utilizou inoculado de pústulas de varíola bovina em uma criança e confirmou que
esta não adoeceu, após ter observado que mulheres que ordenhavam vacas
eram mais resistentes (imunes) à infecção causada pelo o agente etiológico da
varíola humana a vacina para prevenir a infecção por varíola chegando a
conclusão de que essas pessoas se tornavam imunes à varíola. A doença,
chamada de cowpox, assemelhava-se à varíola humana pela formação de
pústulas. Tal fato se deu a partir da experiência, em 1796. Surgiu aí a primeira
vacina, que foi divulgada no ano de 1798 no trabalho intitulado “Um Inquérito
sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”. Assim, a partir deste estudo
várias buscas por novos achados e técnicas de produção vacinal foram descritos
para as mais diversas enfermidades que assolam os seres humanos, animais e
plantas.
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[003] Em 1931, o vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas (IBV) foi identificado
nos Estados Unidos por Schalk e Hawn e caracterizado como um vírus RNA
pertencente à família Coronaviridae grupo III (delta), possuinte de um capsídeo
helicoidal e um envelope viral e que provocava uma doença de, principalmente,
acometimento respiratório de natureza aguda. Identificada pela primeira vez em
Wuhan, República Popular da China, em 1º de dezembro de 2019 e o primeiro
caso tendo sido reportado em 31 de dezembro do mesmo ano - a síndrome
respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) é uma doença respiratória aguda
causada por coronavírus (COVID 19) que apresenta certo grau de similaridade
na sintomatologia da bronquite infecciosa das galinhas (BIG).
[004] Como mostrada em várias revisões científicas, desde meados da década
de 50 do século passado, o uso da vacina de vírus vivo atenuado da bronquite
infecciosa aviária na prática de imunização de plantéis de galinhas foi o que se
mostrou mais eficaz no combate à enfermidade, principalmente quando se
relaciona custo de produção e operação ao efeito protetor.
[005] Grande parte das patentes para perspectivas de desenvolvimento vacinal
na atualidade está relacionada com a utilização de porções das partículas virais
capazes de serem reconhecidas em exclusividade pelas células de defesa do
organismo invadido, no intuito de que haja produção por estes de anticorpos
capazes de neutralizar especificamente o agente etiológico e por consequência
inibir o surgimento da doença.
[006] Porém, desde o início do século passado que pesquisadores utilizam de
agentes etiológicos de doenças animais, seja em estado morto como vivo
atenuado (enfraquecido) ou em “porções”, na elaboração de vacinas a serem
utilizadas no combate a enfermidade em humanos, tais como acontece até hoje
com o uso da BCG para tuberculose, assim como, nas vacinas no combate a
gripe aviária, gripe suína etc.
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[007] Inúmeras patentes depositadas em bancos dos Estados Unidos da
América (US4645665, US20140141043A1, US20040265339A1, US4500638
etc.) dos continentes europeu e asiático (CN111084150 A, KR20200073355A,
KR20200043742 A, etc.), do Brasil (PI0407948-5) descrevem o histórico da
utilização da vacina contra bronquite infecciosa aviária e as suas mais diversas
formas de produção e viabilização no combate à referida patologia e sempre em
aves, notadamente em galinhas, nunca em mamíferos.
[008] Relatos científicos que remontam o ano de 1968 e subsequentes afirmam
que em indivíduos que manipulavam aves que eram imunizadas contra BIG
apresentaram anticorpos contra o IBV e nunca desenvolveram a doença das
aves, mesmo esta não podendo acometer humanos.
[009] Diversas vacinas estão sendo desenvolvidas mundo à fora na intenção de
acabar com a pandemia provocada pelo coronavírus da síndrome aguda
respiratória do tipo 2 (SARS-CoV 2), sendo a enfermidade designada de doença
por coronavirus 19 (COVID 19), porém todas usando porções do SARS-CoV 2
pelos mais diversos laboratórios e nas mais diferentes em fases de testes pré-
clínicos e clínicos. Espera-se que estas vacinas possam tornar-se realidade com
a maior brevidade possível no combate à esta grave enfermidade que assola a
humanidade.
[010] Entretanto, boa parte dos pesquisadores acreditam que o SARS-CoV 2 tem
alto poder mutagênico e que tais mutações ocorrem após dois anos da presença
de vírus circulante, o que provocaria uma nova “onda” de infecções, com
possíveis agravamentos, nações já anteciparam que indivíduos testados
positivamente contra a COVID 19 sofreram nova infecção, a qual se confirmada
for, derruba toda a retórica temporal do processo de mutagênese viral.
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[011] Semelhantemente ocorre nas galinhas, as quais, dependo da localidade
em que são criadas, são acometidas pelos mais diferentes sorotipos de IBV, até
mesmo mais de um. Porém, adota-se no esquema vacinal normalmente uma
vacina, cujo sorotipo é o mais frequente e que dá a melhor proteção cruzada
contra os demais e sempre fazendo reforço vacinal, a fim de deixar ativo o
sistema imunológico destas, com níveis de anticorpos garantidores de proteção
contra a patologia.
[012] Portanto, novas vacinas que visam ou que mostrem uma proteção
promovida por anticorpos apenas para o SARS-CoV 2 circulante nesta situação
pandêmica poderão cair em desuso caso sejam comprovadas a formação dos
mais diversos sorotipos virais.
[013] A utilização de vírus completo atenuado ou de vírus morto na produção
vacinal, pressupõe que as células de defesa tenham uma capacidade maior de
reconhecimento de diversas “áreas” do agente etiológico, impelindo a
possibilidade de proteção cruzada aos mais diversos sorotipos. Acontece, que o
uso de tais vacinas pode também mostrar-se ineficaz, no caso do uso do vírus
morto, o organismo não responder a contento, como insegura, no caso do vírus
vivo atenuado, que mesmo, de forma mais branda, poderá provocar a doença.
[014] Assim, o uso do vírus vacinal da bronquite infecciosa aviária (vivo e
atenuado) como modelo de imunização em mamíferos contra a COVID 19, já
que sabidamente não provoca doença em humanos, mesmo fazendo com que
estes apresentem uma resposta humoral para o tal, baseado nas ideias de
Jenner e Calmet-Guerin, de uso de vírus animais em vacinas para humanos,
mas especificamente o vírus contra a bronquite infecciosa das galinhas (IBV)
nunca usado em mamíferos para qualquer fim de imunização. Espera-se que
através desta proposta, as pesquisas de desenvolvimento de vacinas contra o
SARS-CoV 2 avancem potencialmente na direção de uma imunização efetiva da
população.
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Breve Descrição das Figuras
Figura 1 – valores da absorbância luminosa em espectro 450 nm verificado em
teste de ELISA para detecção de anticorpos produzidos em camundongo contra
o IBV no dia 28 do experimento. GS – grupo subcutâneo; GO – grupo oral; GN
– grupo nasal e CONTR – grupo controle.
Figura 2 – valores da absorbância luminosa em espectro 450 nm detectado em
teste de ELISA para detecção de anticorpos produzidos em camundongo
contra o IBV no dia 45 do experimento. GS – grupo subcutâneo; GO – grupo
oral; GN – grupo nasal e CONTR – grupo controle.
Figura 3. Evidência de bandas proteicas virais com semelhantes pesos
moleculares tanto contra SARS-COV 2 quanto para o IBV. Aproximadamente de
84kDa, equivalente a proteína S2 do envelope.
Figura 4 – Teste de soroneutralização viral – amostra de infecção de SARS-Cov
2 em monocamada de células Vero, em cor violeta. Após três dias de infecção,
verificou-se a formação de 27 espaços circulares na monocamada, indicando
destruição celular provocada pela infecção por SARS-CoV 2.
Figura 5 – Teste de soroneutralização viral – amostra negativa de SARS-Cov 2
em monocamada de células Vero, em cor violeta. Após três dias de infecção,
verificou-se a não formação de espaços circulares na monocamada, indicando a
não destruição celular por ausência de infecção por SARS-CoV 2 – controle
negativo.
Figura 6 – Teste de soroneutralização viral – amostra de positiva contra SARS-
COV 2 em monocamada de células Vero, em cor violeta, soroneutralizada por
Anticorpos anti-SARS-CoV2 produzido em humana soropositivo. Após três dias
de infecção, verificou-se a não formação de espaços circulares na monocamada,
indicando a não destruição celular por soroneutralização viral por SARS-CoV 2
– controle positivo
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Figura 7 – Teste de soroneutralização viral – amostra positiva para SARS-CoV
2 em monocamada de células Vero, em cor violeta, soroneutralizada por
Anticorpos anti-IBV produzido em camundongos imunizados com a vacina para
IBV por via subcutânea. Após três dias de infecção, verificou-se a formação de
5 espaços circulares na monocamada, indicando a pouquíssima destruição
celular e a eficácia de aproximadamente 82% da soroneutralização viral dos
SARS-CoV 2 por anticorpos anti-IBV – Amostra
Descrição detalhada da Invenção
[015] A presente invenção descreve o uso da vacina contra a bronquite
infecciosa das galinhas (IBV) como modelo de imunização em mamíferos contra
SARS-Cov2.
[016] A presente invenção faz uso do vírus contra IBV como forma de garantir
uma resposta por anticorpos (humoral) e eficaz em mamíferos contra a COVID
19 (Figura 7).
[017] É, portanto, um objeto da presente invenção, o uso de um vírus unicamente
utilizado contra a bronquite infecciosa das galinhas em mamíferos com fins de
imunização contra a COVID 19.
[018] A invenção será detalhada por meio de exemplos descritos a seguir. Os
exemplos mostrados têm o intuito somente de exemplificar algumas das
inúmeras maneiras de se realizar a invenção sem limitar, contudo, seu escopo.
[019] Processo de viabilização do vírus da bronquite infecciosa das galinhas. A
utilização do vírus da bronquite infecciosa das galinhas na imunização de
mamíferos, confirmou pelas mais diversas vias de aplicação que gerou
resultados significantes na produção de uma resposta humoral contra o IBV
(Figuras 1 e 2).
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[020] Semelhança entre os coronavírus aviário e SARS-Cov2. Mesmo de grupos
de coronavírus diferentes - IBV (gamacoronavírus) e SARS-CoV 2
(betacornavírus) - ambos são “parentes” e a invenção mostra que há uma
semelhança de proteína estrutural entre eles, evidenciada por uma proteína de
peso molecular de aproximadamente 84kDa, sugestiva de ser a S2 (spike 2)
(FIGURA 3).
[021] O SARS-CoV 2 foi identificado pela técnica da RT-PCR.
[022] Imunização em mamíferos: Para tanto, utilizou-se no processo de
imunização de mamíferos (usando como modelo camundongos da linhagem
Swiss, fêmeas, com 22 dias de vida, divididos em 4 grupos de 10 indivíduos
cada. Os grupos avaliados eram: controle negativo, imunização por via oral,
imunização por via nasal e imunização por via subcutânea. As imunizações
ocorreram nos dias 1, 21 e 35 da obtenção dos animais (início do experimento).
As colheitas de sangue para obtenção do soro ocorreram nos dias 28 e 45 do
início do experimento. Os animais foram mantidos em caixas de contenção
apropriadas para manejo de camundongos e em tamanho apropriado para a
população (10 animais) de cada caixa, em condições favoráveis (temperatura,
umidade e luz) ao crescimento e bem-estar destes, com alimentação balanceada
nutricionalmente peletizada própria para roedores e água potável, ambos ad
libitum.
[023] Obtenção dos anticorpos e comparação das proteínas entre os vírus: Com
a obtenção do sangue através de coleta retro-orbital, separou-se o soro dos
animais e fez-se testes imunoenzimáticos à base de peroxidase (ELISA) e, em
paralelo, eletroforese para comparação dos pesos moleculares das proteínas de
superfície e estruturais do IBV vacinal com o SARS-CoV 2 já mencionados na
literatura. Na análise imunoenzimática verificou-se que o grupo subcutâneo dos
camundongos gerou anticorpos muito acima do cutoff em relação aos demais
grupos para IBV (FIGURAS 1 e 2). Assim, verificou-se que os camundongos
imunizados pela via subcutânea responderam satisfatoriamente à produção de
anticorpos contra IBV sem apresentar qualquer sintomatologia aparente da
doença que acomete as aves, em ambas as colheitas, tendo um resultado maior
na colheita do dia 45 do experimento. Na eletroforese, verificou-se a presença
de uma banda próxima ao marcador de 80kD, semelhante ao peso obtido pela
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proteína S2 do SARS-CoV 2, o suposto epítopo responsável pela infecção (figura
1).
[024] Isolamento do SARS-Cov 2 obtido: Seguinte a identificação e confirmação
por RT-PCR, este foi isolado em monocamada de células vero utilizando-se
meios de cultivo celular adequados, acrescidos de antibióticos e probióticos e
acondicionada a -80ºC.
[025] Soroneutralização do SARS-CoV 2 por anticorpos anti-IBV: Após, o
isolamento viral, onde se obteve 7,8x104 vírus/mL, fez-se a soroneutralização
(Golden test) da amostra de SARS-CoV 2 obtidas através do isolamento em
placas de 12 poços contendo monocamada de células Vero acrescida de gel
(Figuras 4, 5, 6 e 5), e se obteve 82% de eficácia na neutralização do SARS-
CoV 2 pelos anticorpos anti-IBV produzidos em camundongos por via
subcutânea (Figura 7), na qual se mostrou mais eficaz.
[026] A presente invenção é caracterizada por usar o coronavírus das galinhas
(IBV) como modelo de imunização em mamíferos contra o SARS-CoV 2 de forma
ímpar e inédita obtendo-se significante e eficaz.
[027] Métodos de uso. A presente invenção refere-se à utilização de um vírus de
caraterística vacinal (IBV) utilizado, até hoje, apenas em aves como modelo de
uso em mamíferos na imunização contra o SARS-CoV 2.
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 13/21
Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo de imunização
em mamíferos contra SARS-COV 2.
REINVIDICAÇÕES
1. Reinvindicação 1: Uso do vírus da bronquite infecciosa das galinhas - IBV
(coronavírus) caracterizado por ser modelo de imunização em
mamíferos contra o SARS-CoV 2 (COVID 19) nas mais diferentes vias de
administração.
2. Reinvindicação 2: Uso de toda a partícula viral e das diferentes estruturas
virais do vírus bronquite infecciosa das galinhas - IBV, principalmente
proteínas, como possíveis imunógenos, caracterizado por grande
possibilidade produção vacinal e terapêutica contra o SARS-CoV 2
(COVID 19);
3. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser de uso
único e inédito do vírus da bronquite infecciosa em mamíferos (vivo,
atenuado, em partes) como modelo de imunização contra o SARS-CoV 2.
4. Processo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por evidenciar
uma resposta humoral e celular eficaz, obtida em camundongos
imunizados contra o IBV, demonstrada por teste de soroneutralização
viral (Golden test) contra o SARS-CoV 2.
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 14/21
24/09/2020 - BANCO DO BRASIL - 10:31:35
129501295 0005
COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE TITULOS
CLIENTE: NEY DE CARVALHO ALMEIDA
AGENCIA: 1295-5 CONTA: 67.326-9
================================================
BANCO DO BRASIL
------------------------------------------------
00190000090294091619624020270179184170000007000
BENEFICIARIO:
INSTITUTO N P I - INPI
NOME FANTASIA:
INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE I
CNPJ: 42.521.088/0001-37
PAGADOR:
FUNDACAO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO C
CNPJ: 07.885.809/0001-97
------------------------------------------------
NR. DOCUMENTO 92.401
NOSSO NUMERO 29409161924020270
CONVENIO 02940916
DATA DE VENCIMENTO 23/10/2020
DATA DO PAGAMENTO 24/09/2020
VALOR DO DOCUMENTO 70,00
VALOR COBRADO 70,00
================================================
NR.AUTENTICACAO F.9C0.6EE.55F.DAA.067
================================================
Central de Atendimento BB
4004 0001 Capitais e regioes metropolitanas
0800 729 0001 Demais localidades
Consultas, informacoes e servicos transacionais.
SAC
0800 729 0722
Informacoes, reclamacoes e cancelamento de
produtos e servicos.
Ouvidoria
0800 729 5678
Reclamacoes nao solucionadas nos canais
habituais: agencia, SAC e demais canais de
atendimento.
Atendimento a Deficientes Auditivos ou de Fala
0800 729 0088
Informacoes, reclamacoes, cancelamento de
cartao, outros produtos e servicos de Ouvidoria.Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 15/21
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DESENHOS
Figura 1
Figura 2
45 dias 450
GS GO GN CONTR0
1
2
3
****** ***
Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras,
desenhos ou gráficos forem necessários. Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.
28 dias 450
GS GO GN CONTR0.0
0.5
1.0
1.5
******
***
Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.
Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 16/21
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Figura 3
Figura 4
Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.
Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.
Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.
Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 17/21
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Figura 5
Figura 6
Figura 7
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 18/21
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 19/21
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 20/21
Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 21/21