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Pedagogia dos Contextos de
Aprendizagem 8 de Outubro, 2014 Colóquio Web Currículo: Contexto, Aprendizado e Conhecimento PUC-SP, São Paulo, Brasil
Será possível concentrar numa única área do
conhecimento as teorias e práticas
da concepção de soluções
pedagógicas envolvendo
TDIC? © A. Dias de Figueiredo – Museu do Louvre, Paris, 2012
O projeto de pesquisa em que
trabalhamos acredita que sim
© A. Dias de Figueiredo – Museu do Louvre, Paris, 2012
Chamamos a essa
área:
PEDAGOGIA DOS CONTEXTOS DE APENDIZAGEM
© A. Dias de Figueiredo – Museu do Louvre, Paris, 2012
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
Até ao século XVIII, a aprendizagem eram predominantemente contextual
Antes da massificação das escolas, aprendia-se e ensinava-se no contexto do dia-a-dia
Os próprios profissionais se formavam em tirocínio mestre/aprendiz, no contexto do trabalho profissional
Eram processos de aprendizagem ecológicos porque integrados no ambiente social envolvente
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
Nos séculos XIX e XX, a educação massificou-se, inspirando-se nos modelos organizacionais
mecanicistas da Sociedade Industrial
O conhecimento deixou de ser construído pelos próprios aprendentes, em contextos apropriados
Passou a ser “matéria” destinada a ser “transferida” para as cabeças
supostamente vazias dos aprendentes
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
A “matéria” passou, então, a dividir-se por disciplinas distintas, sem aplicação visível,
e a ser “transmitida”, de forma massificada, pela palavra do professor e os textos dos livros
Os contextos desapareceram, gradualmente, da educação
A aprendizagem transformou-se num processo desintegrado e,
como tal, não ecológico
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
Parte da atual crise da aprendizagem
deve-se ao choque entre esta visão da educação como máquina de meter
ideias na cabeça das crianças
e uma civilização que é cada vez mais social, relacional e de contextos
O grande desafio da educação é hoje o de:
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
construir organicamente a aprendizagem nos ambientes culturalmente ricos em
atividade e interação que o recurso inteligente às TDIC agora torna possíveis.
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
Chamamos a essa atividade
DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
CONCEITO
a inter-relação de circunstâncias que acompanham e concretizam uma situação de aprendizagem
Contexto de aprendizagem é:
Contexto de aprendizagem é:
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
CONCEITO
• o que acontece • porque acontece
• onde acontece • como acontece
• quando acontece
num processo de aprendizagem
atividades de aprendizagem (incluindo avaliação)
objetivos de aprendizagem
espaço, físico e virtual, simbólico, cultural, político onde a aprendizagem decorre
(incluindo componentes materiais)
estratégias de aprendizagem • a quem acontece
alunos, professores e relacionamentos entre uns e outros
• as aulas tradicionais
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
• os projetos • os debates
• as comunidades de aprendizagem • as redes sociais
• os MOOCs
• os cursos em regime híbrido • os cursos a distância
• os ambientes de aprendizagem pessoal (PLEs)
EXEMPLOS
O professor é, por excelência, um criador e gestor de contextos de aprendizagem
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
O PROFESSOR E O ALUNO
Na aprendizagem autónoma, o aprendente cria e gere os seus contextos de aprendizagem
(e tem de aprender a criá-los e geri-los) Na maior parte dos contextos, professor e
alunos partilham a criação e gestão dos contextos de aprendizagem
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
O PROFESSOR E O ALUNO
Quanto maior for a delegação do controlo nos aprendentes mais dinâmico e emergente
se torna o contexto de aprendizagem
controlo pelo professor
auto-‐organização dos aprendentes
moderação
apoio
CONTROLO + -‐
Defendemos que
é possível agrupar num corpo coerente de conhecimento que reúna
as teorias e práticas para a concepção e exploração desses contextos
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
chamamos a esse corpo de conhecimento
PEDAGOGIA DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
A Pedagogia dos Contextos de Aprendizagem
procura fundamentar-se em teorias e práticas que a tornem:
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
• cientificamente sólida • capaz de sustentar a ação
Para tal, necessita de ter duas componentes:
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
• uma componente analítica, que nos permita compreender e explicar a
realidade com que trabalhamos • uma componente projetiva,
que nos permita criar e transformar novas realidades
A componente projetiva é a mais diferenciadora
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
porque os professores são, acima de tudo, agentes de transformação
Tal como design de produtos cria novas soluções, o design de
contextos de aprendizagem cria novos ambientes pedagógicos
ADAPTAÇÃO
AVALIAÇÃO
GENERALIZAÇÃO
CONSOLIDAÇÃO
Roque & Figueiredo (2005) Context Engineering for Learning: A Socio-‐Technical Approach
INOVAÇÃO
MODELO PARA O DESIGN DOS CONTEXTOS
CRIAÇÃO
MODELO DA MEDIAÇÃO • estratégias de mediação
MODELO DO CONTEXTO • estratégia de avaliação
• descritores dos conteúdos • estratégia de ensino
DIAGNÓSTICO • objetivos de aprendizagem • descritores dos níveis a atingir
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
A Pedagogia dos Contextos de Aprendizagem não pretende construir-se como
uma teoria e uma prática
Pretende, sim, ser um espaço de convergência de teorias e práticas que exprimem uma forma convergente
de ver o mundo da educação e da aprendizagem
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
PEDAGOGIAS DOS CONTEXTOS:
• Teorias da democracia em educação – John Dewey, etc. • Teorias da emancipação e auto-capacitação – Paulo Freire.
• Teorias da aprendizagem transformativa – Jack Mezirow, etc. • Teorias da andragogia e aprendizagem autónoma – Knowles, etc.
• Teorias da avaliação empoderada – Fetterman, etc. • Teorias da aprendizagem social – Vygotsky, etc.
• Teorias da aprendizagem experiencial e informal – Carl Rogers, etc. • Teorias das comunidades de prática – Lave, Wenger, etc.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
SOCIOLOGIAS DOS CONTEXTOS: • Teoria do ator-rede (ANT) - Latour, Callon, Law, etc.
• Teorias da inteligência coletiva - Lévy, Engelbart, etc.
• Teorias da criatividade - Sternberg, Csikszentmihalyi, etc. (são psicólogos, mas interessa a sua contribuição para o estudo da criatividade coletiva)
• Teorias da atividade - Vygotsky, Engeström, etc. • Teorias da inovação disruptiva - Christensen, etc.
• Teorias da prática - Gheradi, Nicolini, etc.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
FILOSOFIAS DOS CONTEXTOS:
• Pragmatismo filosófico - Peirce, James, Dewey, Rorty, Mead, Joas, etc.
• Teorias dos Sistemas Sociais Adaptativos Complexos - Morin, Stacey, etc.
PRÁTICAS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS CONTEXTUAIS: • estudos de casos
• construção de cenários • projectos
• simulações • debates
• diálogos dirigidos • diálogos socráticos • contar de histórias
• aprendizagem híbrida • aprendizagem baseada em
projetos • aprendizagem de sequência
invertida • aprendizagem-ação • aprendizagem situada • aprendizagem reflexiva • aprendizagem pelo erro • aprendizagem acidental
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
MÉTODOS DE PESQUISA • estudos de casos
• pesquisa-ação • pesquisa baseada em design
• grounded theory • investigação etnográfica
• etnometodologia • métodos mistos qualitativos
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO CONTEXTUAL portfólios
diagnósticos de competência contratos de aprendizagem instrumentos de avaliação
(rubricas, etc.)
co-avaliação projectos colaborativos
construção de instrum. de avaliação avaliação colaborativa de portfólios
amigo de avaliação equipa de avaliação amiga
workshops dramatizações
mercados
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
Recorremos à técnica do Encontro em Espaço Aberto (EEA), não explicável à luz das teorias
sociais tradicionais (determinísticas)
mas sim à luz das teorias dos sistemas adaptativos sociais complexos
e da inteligência colectiva
CASO 1. COMO ORGANIZAR E GERIR GRUPOS DE TRABALHO EM B-LEARNING?
4. CASOS ILUSTRATIVOS
EEA foi testado com sucesso em grupos de 10 a 2000 participantes, sem
problemas de escalabilidade (nas nossas experiências virtuais: 19 a 151 alunos)
Sistema social adaptativo complexo susceptível de ser concebido e gerido à luz das
teorias da complexidade
Conceitos centrais: emancipação, co-gestão, co-avaliação, co-
organização, co-transformação, inclusão, emoção
CASO 2. EMPOWERMENT DOS ALUNOS ATRAVÉS DE AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA
4. CASOS ILUSTRATIVOS
Conceitos centrais: emancipação, co-gestão, co-avaliação, co-
organização, co-transformação, democracia, cidadania, política
CASO 3. ENSINO SUPERIOR EM CONTEXTOS SOCIAIS MEDIADOS PELAS TECNOLOGIAS: DOS LMS PARA O FACEBOOK
Avaliação pelos pares, co-construção dos instrumentos de avaliação
Trabalhos de índole profissional, portfólios e rúbricas
4. CASOS ILUSTRATIVOS
1. CONCEITO DE CONTEXTO DE APRENDIZAGEM
2. DESIGN DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
5. CONCLUSÕES
4. CASOS ILUSTRATIVOS
A PEDAGOGIA DOS CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM
© A. Dias de Figueiredo – Museu do Louvre, Paris, 2012
tem vindo a consolidar-se
como área promissora
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