Post on 18-Dec-2014
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Mais que uma História Por Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni
Tema: Natal, sentido do Natal, história do Natal, salvação em Cristo.
Texto Base: Mateus 1.18-26; Lucas 1.25-35 e 2.1-16.
Personagens:
José
Júlia
Jesus (criança de aproximadamente 7 anos)
Maria
Pastores
Duração: 20 – 25 minutos.
Sinopse:
José e Júlia compartilham experiências de sua vida que envolveram o Natal. José
narra a história do nascimento de Cristo sob o seu ponto de vista. Júlia conta como o
Natal transformou a sua vida, pois sua conversão se deu nesse dia.
Ideia Central:
A peça contrasta a história do primeiro Natal com o Natal cristão contemporâneo.
José e Júlia contam histórias que ocorreram num tempo passado e que eles estão
relembrando no tempo presente.
Durante suas narrativas as duas personagens compartilham os mesmos sentimentos.
Copyright Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni. Todos os direitos reservados.
Usado com permissão. Proibido fazer cópias.
Sentimentos José Menina
Medo
José fica sem saber o que
fazer quando Maria lhe dá a
notícia de que está grávida e
ele não sabe que a criança é
Filho de Deus.
Ela não sabe o que fazer e
sente-se perdida porque
ainda não conhece a
salvação.
Alegria
José recebe a notícia em
sonho de que o bebê que
Maria espera é fruto do
Espírito Santo. Esse
sentimento continua na cena
do nascimento.
Ela finalmente compreende o
plano da salvação. A ideia
aqui é de que Cristo nasceu
no coração dela, fazendo um
paralelo com o Natal.
Louvor
José e Maria recebem a visita
dos pastores que vêm adorar
Jesus.
Aqui o paralelo é com a
adoração dos pastores, eles
visitaram Jesus no Natal,
porém a personagem
percebe que ela deveria
curvar-se perante Cristo
todos os dias, numa vida de
adoração.
Enredo:
Cena 1:
Júlia e José entram no palco pelos lados opostos e param lado a lado no centro.
Júlia: De vez em quando eu fico pensando se todo mundo passa por isso...
José: ...Se todo mundo já se viu dentro de uma história tão grande, maior do que si
mesmo, e que tenha transformado todas as outras histórias que iríamos viver.
Júlia sai pelo mesmo lado pelo qual entrou.
José: Eu era jovem e estava apaixonado. Maria era o grande amor da minha vida e
nós dois iríamos nos casar. Era um momento lindo, de muita alegria para as nossas
vidas. Tínhamos grandes sonhos e um futuro que prometia muitas conquistas e
felicidades... (pausa) Então um dia ela veio até mim e me disse sem rodeios que ela
estava grávida. Aquela notícia arrasou meu coração. Eu fiquei confuso, senti até raiva
no começo. Esperando um bebê que não era meu! Como isso pôde acontecer? Maria
então me assegurou que aquele bebê havia sido enviado pelo próprio Deus, e ela
recebera a notícia através de um anjo. Eu estava desesperado e muito triste. Seria
isso verdade? Como eu poderia saber? O que eu podia fazer com essa situação?
José vai para a bancada e começa a trabalhar.
Cena 2:
Júlia:
Júlia entra pelo seu lado do palco. Ela carrega uma grande caixa de papelão com
enfeites de Natal. Enquanto fala ela vai tirando as coisas da caixa.
O Natal sempre foi uma data especial pra mim. Eu adorava aquela sensação de
alegria, de... antecipação, sabe? Ah, eu nem sei como explicar direito... Era só chegar
novembro e todas as lojas ficavam decoradas, as ruas e as casas cheias de luzes, a
decoração... e as festas em casa então? A cada ano, uma pessoa da família ficava
responsável por contar a história do Natal, pra mim isso era parte de todo aquele ritual
de Natal, junto com as luzes e todo o resto!
Júlia encontra a caixinha de madeira da sua “infância”.
Olha! É a minha caixinha de lembranças! Puxa, quanto tempo! Eu queria que o Natal
nunca acabasse... por isso cada ano eu guardava uma lembrança especial de cada
Natal nessa caixinha. Era como uma forma de guardar um pedacinho daquela magia
toda. Mas o Natal sempre acabava, e aí a vida normal voltava e sempre voltava aquele
vazio... e eu me perguntava: por que não podia ser Natal o ano inteiro? Por que essa
alegria toda só acontecia no Natal?
Júlia abre a caixinha e tira um folheto evangelístico de Natal.
Um folheto... eu me lembro! Eu ganhei quando a gente estava no shopping e um coral
parecido com aqueles dos filmes estava cantando uma música... era tão bonita,
alguma coisa da noite de Natal, como era mesmo? Ah, eu não vou me lembrar...
Júlia continua montando sua àrvore de Natal.
O NATAL DE TODOS NÓS Por Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni
Tema: Natal, sentido do Natal.
Texto base: Mateus 1.18-26.
Personagens: Cinco: três homens e duas mulheres.
Idoso
Menino ambulante
Segurança da estação
Estudante
Jovem Cristã
Duração: 20-25 minutos.
Sinopse:
Vários personagens se encontram na véspera de Natal numa estação de trem. Eles
não se conhecem e também não conhecem o sentido do Natal. Está nas mãos de uma
jovem cristã mostrar o que o Natal tem a ver com a vida de cada um deles.
Ideia Central:
A peça se desenrola em diferentes tempos.
Na parte 1 (cenas de um a cinco), segmentos da cena principal são encenados, mas
as personagens contracenam sem a presença dos outros atores que compõem a cena
Copyright Raquel Rosa e Rodrigo Brancaglioni. Todos os direitos reservados.
Usado com permissão. Proibido fazer cópias.
principal. Nesse jogo cênico, ocorrem pausas e as personagens fazem seus
monólogos falando sobre o que aprenderam naquele dia.
Na parte 2, a cena principal se desenrola do começo ao fim e então os segmentos da
parte 1 são apresentados com todas as personagens interagindo, de modo que
descobrimos que a Jovem Cristã foi fundamental para esclarecer diversas faces do
Natal para os demais.
Cenografia:
Essencialmente um banco de estação de trem. Alguns outros itens característicos
podem ser adicionados, como um relógio e placas de indicação.
Enredo:
Parte 1 (cenas de 1 a 5)
Cena 1 : Menino ambulante
Encena partes da cena principal.
A: O Sinhor quer um chocolate? 3 por 1 real.
Afasta-se, aguarda um tempo...
A: Moça compra um chocolate?
A: É... o Natal num vem pra todo mundo mesmo...
Posiciona-se no centro da luz de foco. Palco apaga e luz se acende apenas nele. O
personagem pode falar seu monólogo como se estivesse pensando alto, não
exatamente se dirigindo ao público. (Isso deve ser repetido para todos os personagens
até a cena 5).*
A: Eu nunca tive Natal. Na verdade eu nem sabia o que era Natal. Se Natal era
brinquedo, eu tive Natal só uma vez. Eu mesmo me fiz um carrinho com uma lata de
atum que achei na rua.
Nunca ganhei presente... nem tive peru. Como que poderia ser Natal pra mim?
Bom, mas agora eu sei uma novidade, né? O Natal é o nascimento de Jesus e Jesus
nasceu tão pobrinho como eu...
Poxa, logo ele, filho de nosso Senhor... E eu achava que Natal era só coisa de rico...se
fosse assim então nunca seria Natal, né?
Porque, olha só: o Natal é uma coisa tão importante; uma festa que acontece no
mundo todo; cheia de cores e de enfeites e de tantas coisas... mas o primeiro Natal foi
em um lugar tão simples, com pessoas tão simples...e foi o mais importante de todos
os natais, porque foi o verdadeiro.
Que diferença, né? Cada ano aumentam as festas, mas diminuem cada vez mais a
verdade de comemorar o Natal.
Ei... então eu posso comemorar o Natal! Mesmo sem presente! Mesmo sem peru! Se
bem que um peru não seria nada mal...
Mas não importa. Importa que esse ano vai ser diferente... porque eu descobri que o
Natal tem uma origem tão humilde quanto a minha.
Luz se acende e ele volta a encenar sua outra parte da cena principal.
A: Moça compra um chocolate? Só um vai... pra ajudá eu...
Sai de cena.
Cena 2 : Idoso
Encena partes da cena principal.
Sentado no banco, tenta puxar conversa com as pessoas do lado, mas ninguém se
importa (essas são pessoas imaginárias, neste segmento de cena, mas presentes
como figurantes na cena principal ao final da peça).
I: Iiiii filha... isso num é bem assim não... veja bem eu vivi já 72 anos.. e o Natal nunca
fez diferença na minha vida, não.
Interrompe a cena e se vira para o público.*
I: Eu já vivi muito tempo na minha vida. Não tive esposa... não tive filhos... e agora
também não me sobraram parentes próximos. É... eu sou sozinho mesmo. Pra mim
todo o dia é igual. Aliás, todo dia é muito chato. Ficar sozinho acho que é uma das
piores coisas que pode acontecer pra alguém.
Mas hoje, fiquei pensando no que ouvi: “A virgem dará à luz um filho e irá chamá-lo
Emanuel”... Emanuel, que significa Deus conosco.
É que nunca realmente me importei com o Natal. O clima é bom, os enfeites são
bonitos. Mas a história, o motivo da festa, eu nunca tinha parado pra pensar.
Comemorar sozinho, que graça tem? Mas, hoje, depois de tanto tempo, venho
descobrir que o Natal é Deus conosco. O pequeno bebê da manjedoura é o filho de
Deus, o Deus que em toda a minha vida eu imaginei estar lá nas alturas sem se
importar muito com o que acontecia comigo aqui na terra.
Deus conosco, que bela frase. Em 72 natais eu me lembrei de presentes, enfeites e
outras bugigangas... Mas agora eu, que nunca liguei para o Natal, descobri que o
Natal é a resposta para a solidão.
O Natal é a resposta pra minha solidão, porque, nesse dia, Deus veio habitar conosco.
Luz se acende e ele volta a encenar sua outra parte da cena principal.
I: Já faz uns 10, 15 minutos que passou um, o outro não deve demorar não...
Luz se apaga e ele sai de cena.
Parte 2 (Cena principal completa):
Idoso (I) está sentado na estação. Tenta puxar assunto com as pessoas que estão ao
seu lado, mas elas se retiram. Entra o menino ambulante (A) vai até os figurantes para
vender chocolates, também sem sucesso. Após isso, figurantes se retiram.
Menino vai até o idoso.
A: O Sinhor quer um chocolate? 3 por 1 real.
I: Que nada filho... velho num pode comer dessas coisas
Menino ambulante se afasta.
Entra a Jovem Cristã (J). O menino vai até ela.
A: Moça compra um chocolate?
J(andando): Não... hoje não...
Moça anda e se afasta do menino, parando na plataforma.
A: É... o Natal num vem pra todo mundo mesmo...
Moça olha para o menino que está resmungando. Mostra-se relutante, mas resolve ir
falar com ele.
J: Ô menino! (caminha até o menino)
A: Mudou de idéia, moça?
J: Eu só queria dizer que é Natal pra você também!
A: E como que é? Eu sô pobre.. num vo ganhá presente.. num vo te festa.. num tenho
nem árvore de Natal se a moça quer saber...
J: Ora, mas o Natal verdadeiro não teve nada disso também. Sabe, o Natal é a
comemoração do nascimento de Jesus. E Jesus nasceu em uma estrebaria, um lugar
onde eles guardavam os animais. Seu primeiro berço foi uma manjedoura, o lugar
onde os animais comiam. E os primeiros a receber a notícia do seu nascimento não
foram reis, ou pessoas ricas...foram pastores, que estavam no campo cuidando das
suas ovelhas... eles é que estavam lá no primeiro Natal! Viu? O Natal é bem
humilde...
A: Uhm...
J: Então é claro que hoje é Natal pra você também! O Natal é pra todo mundo!
No meio da fala dela o idoso se intromete. Enquanto os dois conversam, ambulante
sai de cena.
I: Iiiii filha... isso num é bem assim não... veja bem eu vivi já 72 anos.. e o Natal nunca
fez diferença na minha vida, não.
J: Mas como não? O Natal é alegria!
I: Você diz isso porque é jovem... eu sou sozinho.. não tive ninguém pra comemorar
comigo... aí não tem porque ter alegria...
Enquanto o idoso fala a moça se senta ao lado dele. O menino ambulante se
desinteressa pela conversa e sai.
J: O senhor sabe a história do Natal?
I: Claro que sei! E ouvi você contar tudinho de novo pra esse menino aí. Mas uma
criança que nasceu há mais de 2000 anos com certeza não muda em nada minha
situação agora.
J: Aí é que o senhor se engana. Acho que tem uma parte que você não sabe...Maria
era noiva de José, e recebeu a notícia de um anjo dizendo que ela daria à luz a um
filho gerado nela pelo Espírito Santo..
I: E daí?
J: ...e daí que José ficou meio com um pé atrás com toda essa história e pretendia
desmanchar seu noivado com Maria de forma secreta, para que ela não ficasse
difamada e...
I: Sim, e daí?
J: ...e daí que um anjo apareceu em sonho para José e disse: “Eis que a virgem
conceberá e dará à luz um filho, e irá chamá-lo Emanuel”, que traduzido é Deus
conosco. Ou seja, o menino que nasceu há mais de 2000 anos é o Filho de Deus, é a
presença de Deus conosco aqui na terra... e Ele é tudo isso ainda hoje, porque : “A
todos quantos o receberam, aos que creem em seu nome, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus”.
Ao lado do próprio Deus e feito filho dele não é possível que o Natal seja triste,
solitário ou indiferente.
Enquanto ela fala, a estudante (E) chega e se senta ao lado dela. O menino ambulante
volta.
Cheio de Natal! Por Raquel Rosa
Tema: Natal contemporâneo.
Personagens: Dois.
Duração: 5-7 minutos.
Sinopse:
Dois personagens arrumam suas festas de Natal enquanto falam sobre suas
experiências com essa data.
Ideia Central: De uma forma bem humorada, a ideia da peça é expor como o Natal é
visto por muitas pessoas que não conhecem seu verdadeiro sentido. Cada
personagem representa um ponto de vista: um fala sobre um Natal vazio, comercial; o
outro fala de um Natal cheio de esperança, alegria, paz felicidade, cheio de Jesus.
Enredo:
1 e 2 falam sobre suas experiências de Natal. Os dois se dirigem para o público
inicialmente. Eles discursam sobre o Natal enquanto entram, saem ou circulam pelo
seu lado do palco arrumando coisas de Natal, trazendo presentes, a árvore,
embrulhando caixas, etc.
1: (Quase como num suspiro empolgado) Ah!! O Natal! Eu amo o Natal!
2: (Assim como 1) Ah! O Natal! (Muda para uma raiva sarcástica) Eu odeio o Natal!
1: Natal é tempo de boas novas!
2: O Natal está chegando... qual é a boa notícia?
1: No Natal as pessoas mudam a si mesmas....
2: No Natal as pessoas ficam fora de si...
1: Nessa época você sente um senso de humanidade nas pessoas, todos se sentem
mais unidos, existe um clima de fraternidade...
2: Não existe nada mais fraternal do que ter que trabalhar no dia 24... meu chefe com
certeza leva muito a sério essa coisa de união natalina...
1: As pessoas estão felizes e presenteiam umas as outras em sinal de amor,
admiração e gratidão...
2: No Natal, as pessoas se acham no direito de exigir presentes de todos, é amigo-
secreto no trabalho, na família, na academia, na faculdade... e você sempre acaba
ganhando um presente que vale muito menos do que aquele que você deu pro seu
amigo, e que geralmente, você não vai usar pra nada...
1: É um tempo de paz...de compaixão....
2: E tem gente que diz que é tempo de paz e compaixão...Experimente procurar
compaixão nas pessoas no estacionamento do shopping nessa época. Não há nada
mais sem paz e compaixão que estacionamento de shopping e fila de caixa no Natal...