Post on 08-Feb-2017
Terapia Comportamental e Cognitiva em
ambiente hospitalar
Marcelo da Rocha Carvalho
Marcelo da Rocha Carvalho
Psicoterapeuta Comportamental e Cognitivo, Especialista pela USP, Professor Convidado da Pós-Graduação em Terapia Comportamental e
Cognitiva pela FMUSP/AMBAN/HC. Especialista em Terapia Racional Emotiva Comportamental pelo
Albert Ellis Institute.marcelodarocha@globo.com
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Tudo está no link abaixo e com outros conteúdos:
http://migre.me/tBsJ1
Pensamentos sobre a Aprendizagem
• “Eu não estou tentando mudar as pessoas. Tudo o que eu quero fazer é mudar é o mudo que eles vivem”. B. F. Skinner
• “Psicologia comportamental é a ciência de extrair hábitos ausentes em ratos”. Douglas Busch
• “As crianças nunca foram muito boas em ouvir os mais velhos, mas nunca falharam em imitá-los”. James Baldwin
O que pensamos sobre as TCC
Excessos Comportamentais
Esta classe de comportamentos ocorre e é descrita como problemática pelo paciente ou pelo seu informante porque excessos em frequência, intensidade, duração ou ocorrência surgem sob dadas condições.
Por que indicamos que as pessoas façam terapia?
Qual o benefício que o indivíduo tem ao fazer terapia psicológica?São garantidos os efeitos positivos?É importante para o leigo saber que abordagem que ele fará em terapia?Como que a Medicina lida com seus novos saberes?É igual na Psicologia?Como explicar para uma equipe médica sobre os benefícios da psicoterapia?
O que é a TCC?É um termo genérico que se refere a Terapias que incorporam tanto intervenções comportamentais: induções diretas para diminuir as condutas e emoções disfuncionais modificando o comportamento; como intervenções cognitivas: intentos para diminuir as condutas e emoções disfuncionais modificando as avaliações e padrões de pensamentos do indivíduo.
Onde encontrar sobre o que falaremos…
Capítulos para leitura:Dois – avaliação
cognitivo comportamental completa;
Seis – terapia da depressão.
Doze – resolução de problemas e terapia breve em TCC
PressupostoAmbos os tipos de intervenções se baseiam na suposição de que a aprendizagem anterior está produzindo atualmente consequências desadaptativas e que o propósito da terapia consiste em reduzir o mal estar ou a conduta não desejada, desaprendendo o aprendido ou proporcionando a experiência de aprendizagens novas, mais adaptativas e funcionais.
Suposições de Ingram e Scott (1990) sobre a TCC
1. Os indivíduos respondem a representações cognitivas dos acontecimentos ambientais em vez dos acontecimentos em si.
2. A aprendizagem é mediada cognitivamente.
3. A cognição media a disfunção psicológica e comportamental (a cognição afeta as emoções e a conduta, como vice-versa)
Suposições de Ingram e Scott (1990) sobre a TCC
4. Algumas formas de pensamentos (ou cognições) podem ser registradas e avaliadas.
5. A modificação das cognições podem substituir as emoções e condutas e
6. Tanto os procedimentos cognitivos como comportamentais para mudança são desejáveis e podem se integrar nas intervenções.
As oito perguntas de LazarusReações ou sentimentos ambivalentes ou conflitantes.
Comportamentos desajustados.
Informações incorretas: crenças irracionais.
Falta de informação: deficiência, ignorância, ingenuidade, etc.
Pressões e demandas interpessoais.
Disfunções biológicas.
Estressores externos fora da rede interpessoal imediata: condições sociais inadequadas, meio ambiente insalubre, etc.
Experiências traumáticas: abuso sexual, sequestro, etc.
Troca de informações integradas
Informações médicas: anamnese, diagnóstico, prescrição e expectativas do tratamento psicofarmacológico.
Informações históricas: história de vida do paciente.Queixas a serem tratadas: paciente, família e trabalho.Uso de teste psicológicos e inventários.Análise funcional dos problemas do paciente.Resultado das primeiras intervenções.Foco e cuidado com a Redução do Stress e Qualidade de
Vida do paciente.
Como complicar a vida...• Há pessoas que além de sofrer com a depressão
e ansiedade, dedicam parte do seu tempo se autocondenando quanto ao seus problemas. Ou seja “criando um sintoma neurótico em relação a seus sintomas”.(Ellis, A. – Como conquistar sua própria felicidade, pág. 11)
• Mudar, inicialmente, significa aceitar sua condição.
Modelo TCC simplificado
TCC
Seus Pensamentos
SuasEmoções
SeusComporta-mentos
O modelo cognitivo comportamental
Cognição Afeto Comportamento
Paradigma de Ellis
A CB
Evento ativador Crenças Consequências
Ativanting event Beliefs Consequences
Três preposições fundamentais da TC:
A atividade cognitiva influencia o comportamento.
A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada.
O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva.
(Dobson, 2001; apud Knapp, 2004)
O que a TCC faz?No tratamento em Terapia
Comportamental e Cognitiva ajude-se o individuo a reconhecer padrões de pensamento inadequado e comportamento disfuncional. Através da discussão sistemática e tarefas comportamentais cuidadosamente estruturadas para ajudar os pacientes a avaliar e modificar tanto seus pensamentos, quanto seus comportamentos em questão.
TCC ou TCC’s?provém da somatória de diversas atividades
científicas e formas de atuação clínicas como: psicologia experimental, análise do comportamento, psicologia cognitiva, terapia comportamental racional-emotiva, terapia multimodal, psicoterapia analítico-funcional, entre outras; este conjunto, agregado em evoluções históricas, metodológicas, aplicações clínicas e experimentais, dão corpo a Terapia Comportamental e Cognitiva (TCC) e a mantém atuante.
Treinamento focado na rotina hospitalar
Familiarização do aluno com as normas e objetivos da instituição e com as características, rotinas e procedimentos da enfermaria. Desenvolvimento de habilidades no uso de técnicas de modificação de comportamento conforme a demanda dos procedimentos e condições necessárias aos processos de diagnóstico, tratamento e recuperação do paciente. Desenvolvimento de habilidades para compor equipes interdisciplinares. Treino em critérios óticos de abordagem ao paciente e familiares, de coleta de informações, de registro em prontuários e de discussões clínicas de equipe. Aprendizado das características das patologias em questão, dos procedimentos necessários ou disponíveis ao tratamento em cada situação e do impacto da doença e do tratamento na vida e condições psicológicas do paciente assistido. Treino no uso de técnicas de intervenção e adaptação às especificidades de cada paciente, de cada patologia e das histórias clínica e psicossocial.
Mudança: Resposta Humana(Prochaska e Di Clemente)
Nível de Conscientizaçã
o
Nível de Resposta
Inércia
Indecisão
Rejeição
Adaptação
Prós e Contras e sua correlação com os Estágios de Mudança
Contemplação
Contras
PrósPré-Contemplação
Preparação
Ação
Manutenção
Risco de Recaídas
Técnicas adequadas as fases dos processos de mudança
Técnica de Resolução de Problemas: objetivos gerais
Seus objetivos são, segundo Hawton e col.(1997):1) Ajudar pacientes a identificar os
problemas como causas da disforia;2) Ajudá-lo a reconhecer os recursos que
possuem para abordar suas dificuldades;
3) Ensinar-lhes um método sistemático de superar problemas atuais;
4) Incrementar seu senso de controle sobre os problemas;
5) Oferecer-lhes um método para lidar com problemas futuros.
Passos na Avaliação para Resolução de Problemas
1. Identificar os problemas do paciente.2. Identificar os recursos do paciente – pontos fracos e apoios.3. Obter informações de outras fontes.4. Decidir se a resolução de problemas é apropriada.5. Decidir quanto às disposições práticas – quem estará
envolvido, número provável de sessões, duração, tempo, etc.
6. Estabelecer um contrato terapêutico que inclua responsabilidades do paciente e do terapeuta na resolução de problemas.
Hawton, K. e Kirk, J, (1997)
Lista de checagem de áreas-problema potenciais
1. Relacionamento com o parceiro ou cônjuge.
2. Relacionamento com outros membros da família, particularmente filhos jovens.
3. Emprego ou estudos.4.Finanças.5. Moradia.6. Questões legais.
7. Isolamento social e relacionamento com amigos.
8. Uso de álcool ou drogas.
9. Saúde psiquiátrica.10. Saúde física.11. Ajuste sexual.12. Privação ou perda
eminente.
Inventários e testes como linha de base para comparação de resultadosBDI, BAI, Crenças Irracionais de Ellis,
ISSL (Inventário de Sintomas de Stress Lipp (Casa do Psicólogo), Inventário de Young (versão longa), Assertividade, IHS (Inventário de Habilidade Sociais – Casal Del Prette/Casa do Psicólogo), Escala do Sono, Inventário do Medo (Wolpe).
Primeira ConsultaItem ConteúdoRapport (5 minutos) Controle de EstímulosQue trouxe você aqui?(25 minutos)
Análise funcional rápida do Problema em questão: quando começou, melhorou, piorou, etc. Situar-se no tempo e no espaço para o surgimento do problema.
Resumo sobre o que o paciente descreveu e apresentar o que a terapia comportamental e cognitiva.(10 minutos)
Pode ser usado material feito previamente para leitura em casa.
Regras do atendimento – Contrato terapêutico(5 minutos)
Pode ser usado material feito previamente para leitura em casa.
Dúvidas e lição de casa.(5 minutos)
Biblioterapia/Leitura. Inventários.Lista de Queixas e Linha da Vida.
Atuação da TCCCliente é ativo no processoTerapeuta ativo (sem ser intrusivo)Importância do vínculo Comportamento verbal + adjacentesSessões estruturadas (flexível) sujeitas a
constantes avaliações da análise funcional.
Tempo limitado (considerando cada caso)
Modelos de relação terapêutica
Riba & Balon, 2005
Por que medicar?Paciente estável é melhor para uma boa terapia...
O efeito da boia no naufrágio...Aprender comportamentos novos sobre a
suspensão dos sintomas, artificial, bom ou respeitoso com o paciente?
Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional!”
Planejamento do TratamentoComunicação direta no planejamento dos resultados entre psiquiatra e psicoterapia.Psiquiatra e psicoterapeuta: ações complementares.Feedback constante sobre o tratamento médico: a frequência da psicoterapia como observação da evolução clínica.Dentro do Hospital Geral a comunicação com a equipe é central. Pesquisar o que a equipe acredita que a Psicologia poderia ajudar em lidar com o tratamento: frente ao paciente e a família.
Por que um modelo combinado de tratamento?
Aspectos do tratamento colaborativo
Positivos NegativosTer mais tempo com o médicoMelhor uso dos recursos disponíveisTer “o melhor de dois mundos”Apoio mútuo dos profissionaisMaior aderência ao tratamentoMaior acesso a historia do pacienteMaior rede de suporte
Diferenças interdisciplinaresProblemas de comunicaçãoInterpretação errônea de efeitos colateraisTransferência e contratransferênciaRiscos legais aumentadosProblemas éticos“Interpretação” de alguns sintomas
Riba & Balon, 2005
Psicoterapia Cognitiva e Comportamental
Psicodiagnóstico: BDI-I, Inventário de Crenças Irracionais, ISSL, Teste Desiderativo, HTP, Hamilton e outras escalas;
Anamnese ou Histórico de Vida (Lazarus);Análise funcional do comportamento suicida;Informações sobre pensamentos automáticos e
disfuncionais;Estímulo a auto-observação e relatos da vida diária ao
terapeuta: modelagem à Técnica Clínica Cognitiva;Ativação do Paciente: gradual (não aversiva e
reforçadora) – voltado ao auto-reforço e não ao reforço arbitrário
Psicoterapia Cognitiva e Comportamental
Organização ambiental: agenda; itens semanais; discussão de tópicos (queixas); exercícios de casa e experimentos comportamentais;
Enfrentamento Cognitivo;Relaxamento Físico;Atividades físicas: exaustão do corpo por ele mesmo, não
pelo pensamento; Identificação de pensamentos automáticos negativos e
esquemas:Emoções desagradáveis,Situações em que ocorrem eAssociação a outros pensamentos negativos.
Psicoterapia Cognitiva e Comportamental: foco permanente.
Testar os pensamentos negativos;Comparação funcional do aprendizado
histórico/ambiental pelo paciente de esquemas disfuncionais;
Identificar suposições disfuncionais:Não refletem a realidade da
experiência humana;São rígidas, hipergeneralizadas e
extremas;Impedem a concretização dos
objetivos ao invés de facilitá-los;Sua transgressão está associada a
emoções extremas e excessivas;São relativamente inacessíveis a
experiência comum.
Indicações
Metas gerais do atendimento
Estabelecer o relacionamento.Evocar esperança.Proporcionar ao paciente compreensão
preliminar do modelo.Estabelecer um esquema de trabalho
para testá-lo na prática.
Estrutura das sessões subsequentes.
1. Estabelecer a agenda.2. Itens semanais:
Exame dos eventos desde a última sessão.Feedback da sessão anterior.Revisão dos exercícios de casa:
Resultados? Dificuldades? O que foi aprendido?
3. O(s) tópico(s) mais importante(s) do dia:Estratégias específicas.Problemas específicos.Problemas a longo prazo.
Enumerar por ordem de prioridade.
Estrutura das sessões subsequentes.
4. Exercício(s) de casa:Tarefa?Fundamentos lógicos?Dificuldades previstas?
5. “Feedback”:Compreensão?Reações?
A comunicação é fundamental – regras para um tratamento
conjunto: Riba & Balon, 2005, Gabbard, 2006
Quanto melhor conhecer o colega melhor Que pior momento para conhecer alguém que numa crise Falar de sua formação ajuda a conhecer e ser conhecido
É importante ter um “salvo conduto” para troca de informação entre os cuidadores Formulários assinado do paciente são a melhor opção
A comunicação deve ser direta, regular e frequente Mesmo quando o paciente estiver estável Sempre em crises ou qualquer coisa que mude o tratamento
Trabalhar conjunto (e com o paciente) para determinar o plano de tratamento. Se houver diferença de diagnóstico, o entendimento deve ser
alcançado antes do tratamento prosseguir.
O paciente não deve ser um mensageiro.
Exemplos de cooperaçãoBenzodiazepínicos e terapia de exposiçãoAumento da dose “sedar” paciente mais agressivoAjuste de dose para reduzir reatividade autonômicaRedução da dose para permitir algum grau de
ansiedadeReduzir “Belle Indifférence”...
Cuidado: Efeitos colaterais no início da medicação podem ser vistos como resistência à psicoterapia.
Exemplos de cooperaçãoConstruindo motivação para psicoterapia
Expectativas não realistas acerca da medicaçãoO sistema de crenças do paciente interfere na
resposta à medicaçãoConstruindo motivação para farmacoterapia
“boia para o afogado”Possibilidade de vivenciar experiências diferentesPensamentos obsessivos e o modelo de Mindfullness
(A.C.A.L.M.E.-S.E.)Modelo “Policial bom, Policial mal” na interação
Psiquiatra-Psicoterapeuta
Suposições da Terapia Cognitiva• Os pacientes têm acesso aos
sentimentos com um breve treinamento.
• Os pacientes têm acesso a pensamentos e imagens com um breve treinamento.
• Os pacientes têm problemas identificáveis a serem focalizados.
• Os pacientes estão motivados a fazer tarefas de casa e a aprender estratégias de autocontrole.
Suposições da Terapia CognitivaOs pacientes podem se engajar em
comportamento colaborativo com o terapeuta em poucas sessões.
As dificuldades no relacionamento terapêutico não são um foco maior de problemas
Todas as cognições e todos os padrões de comportamento podem ser modificados por análise empírica, discurso lógico, experimentação, passos graduais e prática.
Diferenças entre métodos
Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos disfuncionais.Maior complexidade, ligado aos
transtornos psiquiátricos e menos embativa.
Terapia Racional Emotiva Comportamental: Ellis e as crenças irracionais.Menor complexidade, mais embativa
e ligado a questões de neuroticismo.
Indicações
Modelo Cognitivo de Beck
“De acordo com Beck, as pressuposições centrais sobre o si mesmo e o mundo, formadas do início da infância, permanecem inconscientes devido aos mesmos mecanismos normais, não patológicos, através dos quais outros hábitos de pensamento e comportamento tornam-se automáticos”.
Modelo Cognitivo de Beck“Ele treinou os pacientes a aumentar a
percepção de seu fluxo de consciência” contínuo, expondo os pensamentos automáticos rígidos que precediam suas respostas emocionais características. Beck, então, ensinou aos pacientes procedimentos para utilizar a razão a fim de combater esses“pensamentos automáticos” disfuncionais. Ele defendeu um diálogo ativo com os pacientes, em vez da escuta passiva, por meio do qual ele treinava os pacientes a desenvolver argumentos empíricos, baseados na realidade, para combater as distorções em seu pensamento”.
Modelo Cognitivo de Beck“As emoções são vistas como
informativas, na medida em que elas refletem a natureza das tentativas dos pacientes de construir significado a partir de suas experiências. Da mesma forma, a resistência é vista como uma forma de autoproteção em certos pontos da terapia, nos quais o terapeuta ameaça os processos básicos de organização dos pacientes”.
Diagrama CognitivoDesenvolvimento
Crenças Fundamentais
Pressupostos, Regras, Expectativas e Atitudes
Estratégias Compensatórias
Diagrama CognitivoSituação
Pensamento Automático
Significado
Sentimento
Comportamento
Qual é a tríade cognitiva?
Ambiente Futuro
Eu
DEPRESSÃOAvaliação negativa de:• si - mesmo,• ambiente e• do futuro.
ANSIEDADEAvaliação catastrófica de:• si – mesmo como sem estratégias,• ambiente é perigoso e• do futuro como incerto.
Inventário de BeckPontuação Estado da
Depressão00-09 pontos Ausência de
Depressão10-19 pontos Depressão
Reativa/Leve20-28 pontos Depressão
Moderada/DistimiaAcima de 28
pontosDepressão Grave
ou Severa
Foco da TCC
O maior impulso da terapia cognitivo-comportamental é em direção à compreensão da natureza e do desenvolvimento do repertório comportamental de um indivíduo e dos processos cognitivos que o acompanham.
Indicação
Modelo Cognitivo Comportamental
Sintomas Fisiológicos
Experiência Subjetiva
Respostas Comportamentais
Avaliação Cognitiva Mal
Adaptada
Crenças Mal Adaptadas
Processos de Atenção
Gatilho
Modelo Cognitivo Comportamental
Sintomas Fisiológicos
Experiência Subjetiva
Respostas Comportamentais
Avaliação Cognitiva Mal
Adaptada
Crenças Mal Adaptadas
Processos de Atenção
Gatilho
Modificação da Situação
Meditação, Relaxamento, Respiração Profunda
Modificação da Atenção
Psicoeducação e Reestruturação
Cognitiva
Modificação Comportamental
Ativação Comportamental
Exposição
Aceitação
Relaxamento e Respiração Profunda
Diminuição da Reatividade
Terapia cognitiva: esquemaCrenças
nuclearesAtivação de esquemas
Situação Pensamentos Reações
Crenças Intermediárias
EmocionalComportamental
Fisiológica
Mais uma indicação
Atuação da TCCCliente é ativo no processoTerapeuta ativo (sem ser intrusivo)Importância do vínculo Comportamento verbal + adjacentesSessões estruturadas (flexível) sujeitas a
constantes avaliações da análise funcional.Tempo limitado (considerando cada caso)
Adaptação as Metáforas frente a clínicaSharp, um foco “Multimodal” novo (1999)
Metáfora do
Reforço
Metáfora do
Déficits das
Habilidades Sociais
Metáfora do
Desamparo
Aprendido
Metáfora da
Distorção Cognitiva
Metáfora do Auto-Manejo
Metáfora da
Modelagem Social
Avaliação Comportamental e Cognitiva
Metáfora do ReforçoO que reforça este
comportamento inadequado?
Quais seriam as consequências que o comportamento é função?
Quem reforça a conduta do paciente?
Quais são as contingências que sustentam este comportamento?
Metáfora dos Déficits das Habilidades Sociais
Quais comportamentos faltam em seu repertório que viabilizariam sua melhora?
Que comportamentos sociais são complicadores nas relação com as pessoas e seu meio?
Quais os déficits de comportamentos e em quais ambientes eles se localizam?
Como facilitar o aprendizado de comportamentos assertivos?
O que oferecer de modelo e treino?
Ele é passivo ou agressivo em sua expressão social?
Metáfora do Desemparo Aprendido Em que experiências o paciente
aprendeu “um senso de incontrabilidade” em sua vida?
Como se estabeleceu o seu desamparo?
O que é para ele aversivo e intransponível?
Como isto afeta as outras áreas de sua vida?
Houve generalização do evento de desamparo?
Qual a relação entre seu comportamento problema e o desamparo?
Metáfora das Distorções Cognitivas Como o paciente interpreta a sua
vida? Eventos conflitantes? Quais são seus erros cognitivos? Como interferir na fala do
paciente para formas mais esperançosas e passíveis de enfrentamento do problema?
Quais são suas regras e suposições?
Quais seus esquemas disfuncionais precoces?
Quais são as crenças irracionais ou demandas do paciente e da família?
Metáfora do Auto-ManejoO que o paciente diz para
si frente a situações em que seu desempenho é favorável e o que diz quando não, que mantem seu desempenho apesar das consequências?
É possível muda-los?Como ele reage com novas
formas de interpretação sobre os eventos?
Metáfora da Modelagem Social
Quais são seus modelos de vida?
O que ele tem de referencia positiva?
Que modelos cooperam para seu problema atual?
Quem ele imita de forma encoberta?
Metáfora da relação interpessoal entre o paciente e o terapeuta.
Como o paciente lida com do terapeuta?
Qual emoção e comportamento estão mais presentes na relação?
Qual é a evolução da relação produtiva para modificação do problema?
Quais são comportamento clinicamente relevantes visto também no cotidiano do paciente?
Cérebro Tri único – MacLean (1973)
Cérebro
Reptílico
Cérebro Mamífero
CérebroNeo-mamífero
“Estresse é a resposta do organismo às demandas a ele impostas”
Hans Selye (1936)
“Se o Stress for bem compreendido e controlado, pode, até certo ponto, ser favorável, pois prepara o organismo para lidar com situações difíceis da vida. Do contrário propicia o adoecimento. A pessoa com níveis altos de estresse não raciocina com clareza, é irritada e com pouca paciência, prejudicando sua tomada de decisões e com baixa resolução de problemas”.
Marilda E.N. Lipp
Todos os organismos são expostos à riscos no curso de suas vidas:destruição do organismodestruição do seu “nicho” social
A teoria dos 3F’s:Fight (Lutar)Flight (Fugir)Freeze (Congelar)
Stress
Conceito de estresseTodos organismos, de bactérias ao
homem desenvolveram mecanismos para lidar com mudanças significativas no seu ambiente interno ou externo: chamados de estressores.
Categorias de estressores que os seres humanos vivenciam
Eventos vitais.Estresse crônico.Eventos traumáticos.
Componentes do Treino de Controle do Stress
1. Avaliação do nível e da sintomatologia do stress.
2. Avaliação de estressores externos e autoproduzidos.
3. Treino comportamental-cognitivo inclui:• Mudança do estilo cognitivo;• Redução da excitabilidade emocional;• Redução da excitabilidade física;• Treino de assertividade e afetividade;• Treino em resolução de problemas;• Autocontrole da ansiedade;• Manejo da hostilidade e irritabilidade;• Administração do tempo.• Redução do Padrão Tipo A do comportamento.
Componentes do Treino de Controle do Stress
4. Mudança de estilo de vida com relação a:• Atividade física;• Nutrição;• Relaxamento.
5. Plano de prevenção a recaída.6. Seguimento para incentivar a adesão ao
tratamento.(Lipp e Malagris, In.: Rangé, 2001)
Quadrantes da Vida...
Saúde Afetiva
Profissional Social
Níveis do Estresse
Alerta
Resistência
Quase-Exaustão
Exaustão
Adoecimento Emocional e/ou Físico.O Adoecimento físico obedece a história genética do indivíduo em questão: vulnerabilidades.Sintomas sempre físicos no inicio do
estresse, mas com a cronicidade do estresse, há o aumento dos sintomas emocionais: ansiedade e depressão se destacam – desamparo aprendido. (Seligman, Martin)
Modelo da Stress: Lipp, M.N.
04 Pilares do Controle do Stress
AtividadeFísica
AlimentaçãoEquilibrada
Relaxamento Modificaçãodos Pensamentos
BibliografiaBandura, Albert – Modificação do Comportamento. Interamericana, Rio de Janeiro, 1979.Barlow, David (Org.) – “Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos”, Artes Médicas, 1999.Beck, A. e col – “Terapia Cognitiva da Depressão”, Artes Médicas, 1979/1997.Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.Caballo, V.E. – Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. Ed. Santos, 2003.Ellis, A. e Becker, I. – A CONQUISTA DA FELICIDADE. Record, 1982.Ellis, Albert – COMO VIVER COM UM NEURÓTICO: em casa e no trabalho. Artenova, 1976.Ellis, A. & Lange, A. – FIQUE FRIO! Ed. Best Seller, 1997.Ellis, A. – OVERCOMING DESTRUTIVE BELIEFS, FEELINGS AND BEHAVIORS. Prometheus Books, 2001.Goldberg, E. – O CÉREBRO EXECUTIVO: Lobos frontais e a mente Civilizada. Imago, 2002.Everly, G. & Rosenfeld, R. (1979) THE NATURE AND TREATMENT OF THE STRESS RESPONSE, New York: Plenum Press.
BibliografiaGonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias e práticas. Biblioteca das Ciências do Homem, 2000.Hawton, K. e col – “Terapia Cognitiva-Comportamental dos Transtornos Psiquiátrico – um guia prático”, Martins Fontes, 1997;Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA PSIQUIÁTRICA. Artmed, 2004.Krumboltz, J. e Krumboltz, H. – Modificação do Comportamento Infantil. EPU, São Paulo, 1977.Lipp, Marilda(org) – “O Stress está dentro de você” – Editora Contexto, 2000.Lipp, M. E. N. (2000 ) INVENTÁRIO DE SINTOMAS PARA ADULTOS DE LIPP. São Paulo: Casa do Psicólogo.Lipp, M. e Malagris, L. – O STRESS EMOCIONAL E SEU TRATAMENTO. In: Rangé, B. – PSICOTERAPIA COGNITVO-COMPORTAMENTAIS: um diálogo com a psiquiatria. Artmed, 2001.
Bibliografia RecomendadaSeligman, M. – “Aprenda a ser Otimista”. Nova Era e Record, 1992.Seligman, M. – “Desamparo: sobre depressão, desenvolvimento e morte”. Hucitec-Edusp, 1977.Selye, H. (1965) STRESS : A TENSÃO DA VIDA. Trad. de Frederico Branco. 2ª ed. , S.P.: IBRASA.Simon, Ryad – Psicoterapia Breve Operacionalizada: Teoria e Técnica. Casa do Psicólogo, 2005.Young, Jeffrey – “Terapia cognitiva do transtornos de personalidade: uma abordagem focada no esquema”. ArtMed, 2003.