Post on 19-Nov-2015
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Guia de Estudo Desenvolvidopelo Ministrio Desiring God
Caixa Postal 1601CEP: 12230-971
So Jos dos Campos, SPPABX: (12) 3919-9999
www.editorafiel.com.br
Traduzido do original em ingls: TULIP Study Guide por John PiperCopyright 2009 Desiring God Foundations
Publicado por Crossway Books, um ministrio literrio de Good News Publishers1300 Crescent StreetWheaton, Illinois 60187
Este guia de estudos baseado nas pregaes de John Piper e acompanha o DVD OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao
Copyright2011 Editora FIEL.1 edio em portugus 2012
Todos os direitos em lngua portuguesa reservados por Editora Fiel da Misso Evanglica Literria
Proibida a reproduo deste livro por quaisquer meios, sem a permisso escrita dos editores, salvo em breves citaes, com indicao da fonte.
Presidente: James Richard Denham IIIPresidente emrito: James Richard Denham Jr.Editor: Tiago J. Santos FilhoTraduo: Walria Coicev Reviso: Elaine R. O. Santos; Diagramao: Layout Produo Grfica
Introduo a Este Guia de Estudos.......................................................7
Lio 1: Introduo: Os Pilares da F: A Busca pela
Glria de Deus na Salvao .............................................. 13
Lio 2: Um Resumo dos Cinco Pontos do Calvinismo ................ 19
Lio 3: Graa Irresistvel: Seis Argumentos ................................. 37
Lio 4: Graa Irresistvel: Linguagem Condicional e
Verdade Bblica ................................................................. 55
Lio 5: Depravao Total: O Pecado diz Respeito a Deus ............ 73
Lio 6: Depravao Total: O que Significa Total? ..................... 93
Lio 7: Eleio Incondicional: Deus Escolhe Indivduos ........... 109
Lio 8: Uma Reviso Sobre a Depravao Total e a
Graa Irresistvel ............................................................. 127
Lio 9: Eleio Incondicional: Fazer Misses Quando Deus
Soberano ......................................................................... 145
Lio 10: Eleio Incondicional: O que Dizer Sobre
Prescincia e F? .......................................................... 167
Sumrio
Lio 11: Eleio Incondicional: Romanos 9
e as Duas Vontades de Deus ...................................... 181
Lio 12: Expiao Limitada:
Por que Jesus Precisava Morrer? ................................ 197
Lio 13: Expiao Limitada:
Quem Limita a Expiao? ........................................... 213
Lio 14: Perseverana dos Santos:
A Necessidade de Persistncia .................................... 229
Lio 15: Perseverana dos Santos:
Guardado pelo Poder de Deus .................................... 247
Lio 16: Dez Efeitos da Crena nos
Cinco Pontos do Calvinismo ....................................... 265
Guia do Lder ............................................................................. 267
apndice ....................................................................................... 275
DOUTRINAS DIVIDEM; CRISTO UNE. Hoje em dia, muitos na igreja ecoariam esse sentimento. Para eles, as doutri-nas controversas simplesmente promovem desunio no corpo. Em vez de perdermos tempo argumentando e debatendo sobre teologia, deveramos evangelizar nossos vizinhos, cuidar dos pobres, fazer o Reino progredir e completar a Grande Comisso. A doutrina simplesmente um obstculo diante desses esforos importantes.
Introduo a esteGuia de Estudos
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No h dvidas de que as doutrinas, vez por outra, tm dividido a igreja de Deus desnecessariamente. No entanto, h outra utilidade mais profunda e mais bblica para a doutrina. Paulo exorta Timteo, dizendo: Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, sal-vars tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes (1 Tm 4.16). Pedro tambm exorta seus leitores a crescerem na graa e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18); e o que o conhecimento de nosso Senhor seno outra forma de descrever a doutrina? Eis como John Piper descreve a utilidade da doutrina: Nossa experincia mostra que o conheci-mento claro do Deus da Bblia a lenha que sustenta as chamas do amor a Deus.
Esta a nossa convico: a doutrina bblica desperta, sustenta e faz aumentar o nosso amor por Deus e nossa ale-gria nele. Piper continua: provvel que o conhecimento mais essencial que existe seja o conhecimento a respeito de quem Deus na salvao. desse conhecimento que os cinco pontos do calvinismo tratam. No comeamos como calvinistas e pas-samos a defender um sistema. Comeamos como cristos que crem na Bblia e querem colocar a Bblia acima de qualquer ou-tro sistema de pensamento. Mas ao longo dos anos muitos anos de luta temos aprofundado nossa convico de que os ensinamentos calvinistas acerca dos cinco pontos so bblicos e, portanto, verdadeiros.
O objetivo deste guia de estudos explorar os ensi-namentos bblicos sobre a soberania de Deus na salvao. Verificaremos sistematicamente cada um dos cinco pontos
Lio 1
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do calvinismo,1 examinando as passagens bblicas relevantes e fazendo perguntas-chave. Nosso alvo primordial e nossa orao mais profunda que Deus se agrade em despertar, em seu povo, um conhecimento e um amor mais profundos pela maravilhosa obra do evangelho, por meio da qual Ele ele-ge rebeldes depravados para serem o seu povo; envia o seu nico Filho para lhes garantir a salvao; chama-os para si, de modo irresistvel e eficaz, por meio do Esprito Santo e os mantm na f at que eles tomem posse de sua herana gloriosa; fazendo tudo isso para o louvor da glria de sua pr-pria graa.
Este guia de estudos foi planejado para ser utilizado em dezesseis sesses2 de estudos em grupo3, focalizadas no jogo de DVDs: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao. Aps uma lio introdutria, cada lio subseqente examina uma sesso de trinta minutos4 do jogo de DVDs: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao. Voc, aprendiz, ser encorajado a se preparar para assistir a cada sesso do DVD, lendo as Escrituras e meditando nelas, consi-derando as citaes-chave e fazendo perguntas perspicazes a si mesmo. O seu trabalho de preparao para cada lio, das lies 2-15, ser denominado pelo ttulo Estudo e Preparo para Assis-tir ao DVD.
A carga de trabalho dividida, de modo conveniente, em cinco tarefas dirias e administrveis. H tambm uma seo sugerindo estudos extras (veja abaixo). Essa parte dever ser completada individualmente, antes que o grupo se rena para assistir ao DVD e discutir a respeito do material.
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Ao longo deste guia de estudos, os pargrafos impres-
sos numa caixa de texto (como esta) so trechos de
algum livro de John Piper ou extrados do site do mi-
nistrio Desiring God. Eles foram includos neste guia
para complementar as questes em estudo, bem como
para resumir os pontos-chave ou polmicos.
Neste guia de estudos, recomendaremos e examinaremos tre-chos-chave da Magna Confisso de F da Igreja Batista Bethlehem (Belm). Esse documento a definio da posio doutrinria do ministrio Desiring God (Desejando Deus) e da Igreja Batista Be-thlehem, na qual John Piper o pastor responsvel pela rea de ensino e viso congregacional. Esse documento pode ser acessado no website do Desiring God, atravs de uma busca pela expresso Our Beliefs (Nossas Crenas), clicando-se em Desiring God: An Affirmation of Faith (Desejando Deus: Uma Confisso de F).
A segunda seo das lies de 2-15 intitula-se Saiba Mais e designada ao estudante que deseja explorar, de forma mais detalhada, os conceitos e idias apresentados em cada lio. Essa seo no obrigatria, mas aprofundar sua compreenso do assunto. Ela exigir que voc leia sermes ou artigos no website do ministrio Desiring God (www.desiringGod.org) e responda perguntas relevantes. Esses sermes podem ser encontrados fazendo-se uma busca por ttulos, no website do Desiring God.
A terceira seo das lies de 2-15 intitulada Assista e Anote e deve ser completada enquanto o DVD estiver sendo
Lio 1
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exibido. Essa seo inclui questes para serem completadas e espaos para anotaes.
Voc ser encorajado a interagir com o DVD, preenchendo os espaos apropriados e fazendo anotaes que o ajudaro na discusso em grupo.
De forma geral, a quarta seo de cada lio Discuta o que Aprendeu. So oferecidas trs perguntas para discusso, a fim de direcionar e dar foco conversa. Voc poder registrar, nos espaos apropriados, anotaes que o ajudem a contribuir com a discusso. Ou poder usar esse espao para anotar tpi-cos da discusso, dos quais deseja lembrar-se posteriormente.
A quinta e ltima parte uma seo de aplicao: Aps a Dis-cusso, Faa a Aplicao. Voc ser encorajado a anotar o ponto principal e a interagir com uma certa atividade, ou seja, dando uma resposta que seja adequada ao contedo apresentado na lio.
Os lderes de grupo logo desejaro verificar o Manual do Lder, que se encontra no final deste guia de estudo.
A transformao de vida somente ocorre pela graa de Deus. Por essa razo, queremos encoraj-lo grandemente a bus-car o Senhor em orao durante o processo de aprendizado. Ore para que Deus abra os seus olhos para ver maravilhas em sua Palavra. Ore para que Ele lhe conceda o discernimento e a con-centrao que voc precisa para extrair o mximo deste recurso. Ore para que Deus o leve a no somente compreender a verdade, mas tambm a se alegrar nela. E ore para que a discusso em seu grupo seja mutuamente encorajadora e edificante. Inclumos al-guns objetivos no incio de cada lio. Esses objetivos no sero alcanados sem a obra graciosa de Deus, por meio da orao.
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Notas1 PIPER, John. What We Believe About the Five Points of Calvinism. Disponvel em www.de-siringGod.org. Os artigos e sermes de John Piper contidos neste guia de estudos podero ser encontrados por meio de uma busca por ttulo, no website do ministrio Desiring God.2 possvel completar esta srie de estudos em menos de dezesseis sesses. No entanto, isso exigir que o grupo se rena durante duas horas por sesso e complete as lies da semana. Se o grupo escolher completar as lies dessa maneira, ento, o lder poder especificar algumas perguntas previamente selecionadas sobre as lies, para serem estudadas, em vez de deixar que os participantes do grupo completem todas as dez questes por lio.3 Embora este material tenha sido elaborado para um ambiente de grupo, pode tambm ser utilizado por estudantes individualmente. Os estudantes devem decidir por si mesmos como utilizar este recurso do modo mais benfico. Se possvel, gostaramos de sugerir que sejam feitas todas as atividades, com exceo das discusses em grupo.4 Trinta minutos so um tempo aproximado. Algumas sesses so mais demoradas do que isso, outras, mais curtas.
oBJetiVoS da LioNossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc seja desafi ado a refl etir sobre suas suposies acerca da centralidade das doutrinas teolgicas.
Sua curiosidade seja despertada e perguntas comecem a vir sua mente.
Voc esteja vido para aprender mais sobre a soberania de Deus na salvao.
Lio 1
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 1
Os Pilares da F:A Busca pela Glriade Deus na Salvao
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SoBre Voc MeSMoQual o seu nome?Diga ao grupo algo sobre voc que talvez as pessoas no
saibam.Por que voc decidiu participar deste estudo sobre os cinco
pontos do calvinismo?
aSSiSta e anote
Essas ______________ esto em __________ e so o fun-damento para as _________________ que existem.
Qual foi a afirmao surpreendente que A. W. Tozer fez a respeito de nossa crena em Deus e de nossos problemas?
De acordo com Tozer, o que geralmente acontece com a igreja antes que ela entre em declnio?
Lio 1
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Qual a idia-chave que John Piper extrai de Efsios 1.4; 2 Timteo 1.9 e Apocalipse 13.18?
Romanos 9 como ___________________ andando ao redor, _____________________________________________ como eu.
diScuta o que aprendeu
Qual dos quatro comentrios iniciais, feitos por John Pi-per, mais lhe chamou a ateno? Por qu?
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Piper argumenta que tudo existe para o louvor da graa de Deus. Como voc reage diante da implicao desse ponto, a sa-ber, que o pecado foi planejado por Deus. Voc concorda ou discorda disso?
Recapitule a essncia do argumento de Tozer. Voc acha que esse argumento resume de modo preciso a relao entre a crena em Deus e os nossos problemas dirios? Qual a relao entre o desvio doutrinrio e o declnio da igreja?
Lio 1
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apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
medida que iniciamos este estudo, temos uma neces-sidade desesperada da ajuda de Deus. Os assuntos envolvidos geralmente so complexos. Por essa razo, temos que orar para que Deus abra nossos olhos e coraes para que possamos ver a verdade bblica e nos deleitar nela; e para que Ele nos guarde do erro. Escreva sua prpria orao por si mesmo e pelas outras pessoas de seu grupo, expressando o seu desejo em relao a esse estudo.
Lio 2
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 2
Um Resumo das Doutrinas da Graa
oBJetiVoS da LioNossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc refl ita sobre a essncia de cada proposio, para que isso o ajude, medida que voc busca estudar questes controversas.
Voc entenda a necessidade de entrar em confl ito diante das doutrinas difceis e controversas.
Voc compreenda a importncia do pensar para a sobrevivn-cia da f.
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eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: propoSieS iniciaiS e a autoridade BBLica
O objetivo central deste curso oferecer uma introduo s doutrinas da graa, conhecidas como Cinco Pontos do Calvi-nismo. Mas antes de examinarmos as doutrinas em si, devemos estabelecer algumas diretrizes iniciais sobre como proceder.
perGunta 1: No espao abaixo, registre sua opinio sobre as hipteses que deveramos ter ao comear este estu-do. Como ns, cristos, deveramos resolver as controvrsias doutrinrias? Que mtodo devemos empregar, medida que edificamos nossas crenas doutrinrias?
Uma das proposies fundamentais deste guia de estudos a autoridade suprema da Bblia. Leia o texto a seguir, extrado da Magna Confisso de F da Igreja Bethlehem.
Lio 2
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1.2 Cremos que as intenes de Deus, reveladas na
Bblia, so a autoridade suprema e final para testar
todas as reivindicaes acerca do que verdadeiro e
do que certo. Em questes no tratadas pela Bblia,
o que verdadeiro e o que certo devem ser avaliados
por um critrio consistente com os ensinamentos das
Escrituras.
perGunta 2: Por que to importante estabelecer as Escrituras como a autoridade suprema e final para testar to-das as reivindicaes acerca do que verdadeiro e correto? Que autoridades alternativas somos tentados a estabelecer como supremas?
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2 dia: deVeMoS noS concentrar eM doutri-naS que cauSaM diViSo?
No segredo que as doutrinas da graa ou cinco pontos do calvinismo tm produzido sua parcela de controvrsia ao longo da histria da igreja. Alguns cristos consideram as divergncias doutrinrias como distraes sem propsito, que atrapalham a obra ministerial. Outros cristos enfatizam a necessidade de um pensamento claro com respeito s questes doutrinrias, a fim de poderem responder adequadamente revelao de Deus.
perGunta 3: Interaja com a seguinte afirmao: Dou-trinas Dividem; Cristo Une. Voc concorda com essa afirmao? Os crentes devem evitar controvrsias doutrinrias?
J mencionamos a necessidade de extrair nossas convic-es doutrinrias das Escrituras. No entanto, ao mesmo tempo em que as Escrituras so a autoridade final para os cristos, as prprias Escrituras testificam sobre a necessidade de termos algo a mais, se desejarmos seguir a verdade de Deus.
Estude 1 Corntios 2.12-16.
Lio 2
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Ora, ns no temos recebido o esprito do mundo, e
sim o Esprito que vem de Deus, para que conhea-
mos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
Disto tambm falamos, no em palavras ensinadas
pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espri-
to, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora,
o homem natural no aceita as coisas do Esprito de
Deus, porque lhe so loucura; e no pode entend-las,
porque elas se discernem espiritualmente. Porm o
homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mes-
mo no julgado por ningum. Pois quem conheceu a
mente do Senhor, que o possa instruir? Ns, porm,
temos a mente de Cristo.
perGunta 4: De acordo com essa passagem, o que pre-cisamos ter para poder aceitar as coisas de Deus? Sublinhe as frases-chave.
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3 dia: penSe! penSe! penSe!Um estudo como este requer um esforo mental consider-
vel. Pensar, meditar, refletir e questionar so aes necessrias medida que lutamos para compreender as doutrinas da graa. Esse trabalho mental rigoroso compatvel com o ensino de Je-sus nos evangelhos: E disse: Em verdade vos digo que, se no vos converterdes e no vos tornardes como crianas, de modo algum entrareis no reino dos cus (Mt 18.3)?
perGunta 5: Como voc responderia a algum que re-
jeita a necessidade de estudar doutrinas difceis, devido ao chamado de Jesus para nos tornarmos como crianas? Se tudo o que preciso a f como a de uma criana, ento, correto exigir um esforo mental complexo?
2 tiMteo 2.7Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te
dar compreenso em todas as coisas
Lio 2
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perGunta 6: Qual o mandamento desse versculo? De que modo Paulo apia esse mandamento? Qual a palavra--chave de ligao aqui?
Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te
dar compreenso em todas as coisas. Sim, o Se-
nhor quem d compreenso. Mas Ele o faz por meio
do pensamento que Ele nos d e dos esforos que fa-
zemos, em orao, para pensar no que a Bblia diz.1
4 dia: aS coiSaS encoBertaS pertenceM ao Senhor
Previmos que algumas pessoas poderiam questionar a con-venincia de se empreender um estudo como este. Conforme temos visto, alguns questionam a necessidade de estudar as doutrinas da graa ou calvinismo, movidos por um desejo de evitar uma controvrsia que cause diviso. Outros falam des-se modo com o intuito de manter a simplicidade da f como
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a de uma criana. Um terceiro grupo poder argumentar que deveramos chegar s nossas convices doutrinrias utilizan-do unicamente nossas Bblias. Utilizar os ensinamentos de um pastor como John Piper simplesmente depositar nossa con-fiana no homem.
perGunta 7: Como voc responderia a algum que questionasse o seu desejo de participar deste estudo porque simplesmente o acusa de receber sua teologia da tradio de um homem?
Uma razo conclusiva para que algum questione o fato de participar de um estudo sobre as doutrinas da graa ou cinco pontos do calvinismo encontra-se no livro de Deuteronmio.
Estude Deuteronmio 29.29.
As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso
Deus, porm as reveladas nos pertencem, a ns e a
nossos filhos, para sempre, para que cumpramos to-
das as palavras desta lei.
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perGunta 8: Interaja com a seguinte afirmao: A Bblia diz que as coisas encobertas pertencem ao Senhor. A tentativa de compreender coisas como predestinao e eleio simplesmente uma tentativa arrogante de tentar compreender as coisas encobertas. Voc concorda com isso ou discorda?
5 dia: reSuMindo aS opeSComo j percebemos, este estudo explorar os cinco pon-
tos do calvinismo.2 A alternativa ao calvinismo geralmente chamada de arminianismo. Isso aconteceu aps a morte de um telogo holands chamado Jacobus Arminius.3 No ltimo dia desta lio, simplesmente citaremos as duas opes para as cin-co doutrinas em debate.
perGunta 9: Para cada um dos cinco pontos do calvinis-mo listados abaixo, escreva um resumo preliminar sobre o que voc cr que essa doutrina especfica ensina.
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Depravao Total:
Eleio Incondicional:
Expiao Limitada:
Graa Irresistvel:
Perseverana dos Santos:
Lio 2
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perGunta 10: No espao abaixo, escreva o que voc acredita ser a alternativa arminiana para cada um dos pontos do calvinismo.
Depravao Total:
Eleio Incondicional:
Expiao Limitada:
Graa Irresistvel:
Perseverana dos Santos:
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SaiBa MaiS
Lembrete: A seo Saiba Mais para aqueles que desejam estudar mais. uma seo para se obter informaes extras e aprofundamento.
Conforme foi observado na introduo, cada lio deste guia de estudos oferece uma oportunidade para que voc faa estudos extras. Nessa seo, voc ter a oportunidade de ler dois ou trs sermes, ou artigos de John Piper, e de responder perguntas sobre o que voc leu. Leia o prefcio do artigo What We Believe About the Five Points of Calvinism (O que cremos a respeito dos cinco pontos do calvinismo) disponvel no site do ministrio Desiring God.
perGunta 11: De acordo com John Piper, qual o resul-tado de obtermos o conhecimento de Deus? Voc j percebeu esse sentimento em sua prpria vida? Descreva uma ocasio na qual isso se tornou verdade em sua vida.
Lio 2
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perGunta 12: Como voc acha que John Piper res-ponderia queles que subestimam a necessidade de estudar as doutrinas bblicas? Que analogia ele usa para ilustrar a necessi-dade de vermos a Deus com clareza?
perGunta 13: Baseado em suas primeiras impresses sobre os cinco pontos do calvinismo, o que o surpreendeu a respeito do modo como John Piper apresentou esse assunto? O que voc mais apreciou nessa introduo?
Leia a informao histrica do artigo What We Believe About the Five Points of Calvinism (O que cremos a respeito dos cinco pontos do calvinismo) disponvel no site do ministrio Desiring God.
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perGunta 14: O que levou os calvinistas a formularem suas doutrinas em cinco pontos? Essa viso panormica da his-tria nova para voc?
perGunta 15: Que importncia John Piper d para o r-tulo de calvinista? Que importncia esse rtulo tem para voc? Quais so as vantagens de utiliz-lo? Quais as desvantagens?
aSSiSta e anote
Uma teologia ______________ desonra a ________________ e __________ as pessoas.
Que paradoxo John Piper identifica em 2 Timteo 2.7?
Lio 2
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De acordo com a doutrina calvinista da Depravao Total, as pessoas so to depravadas e corruptas que ___________________________________________________.
Do ponto de vista arminiano da eleio, Deus no ___________ aqueles que _____________. Ele ___________ aqueles que ____________, baseados na deciso do prprio li-vre-arbtrio deles, e diz que eles so ________________.
diScuta o que aprendeu
Como os calvinistas respondem a esta pergunta: Quem faz a diferena decisiva na questo de voc utilizar ou no a graa que lhe foi concedida para crer? Como os arminianos res-ponderiam a essa pergunta? Quem voc considera estar certo?
De acordo com seu entendimento atual, o novo nascimen-to a causa ou o resultado da f salvadora? Por que voc afirma isso?
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Discuta a diferena entre o que os calvinistas e arminianos acreditam em relao expiao. Qual a maior discordncia em relao a esse assunto? Voc tem uma opinio inicial sobre isso?
apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
Aps ter ouvido um resumo dos cinco pontos do calvi-nismo e das alternativas arminianas, considere como o seu entendimento atual acerca da salvao. No espao abaixo, re-gistre com qual lado do debate voc concorda atualmente em relao a cada uma das cinco doutrinas.
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Notas1 PIPER, John. Why God Inspired Hard Texts (Por que Deus Inspirou Textos Difceis) disponvel em .2 Os cinco pontos do calvinismo so cinco verdades bblicas que foram resumidas em cinco frases, formando o acrstico TULIP (tulipa) em ingls. Cada letra da palavra tulip corresponde respectivamente a:T: Total Depravity Depravao Total.U: Unconditional Election Eleio IncondicionalL: Limited Atonement Expiao LimitadaI: Irresistible Grace Graa IrresistvelP: Perseverance of the Saints Perseverana dos Santos 3 Para saber mais sobre a histria da controvrsia entre calvinismo e arminianismo, veja a seo Saiba Mais desta lio.
oBJetiVoS da LioNossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc refl ita sobre o que distingue defi nitivamente aqueles que
crem daqueles que no crem.
Voc compreenda seis argumentos-chave para a doutrina da
graa irresistvel.
Voc compreenda e aceite a doutrina da graa irresistvel.
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Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 3
Graa Irresistvel:Seis Argumentos
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eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: por que Voc cr?Embora o acrstico sobre os cinco pontos do calvinismo
comece com Depravao Total (TULIP), comearemos com a Graa Irresistvel, a fim de atingir os objetivos deste estudo. E a razo para isso por que, em termos de salvao, a maioria de ns inicia na graa por meio da experincia. Para compreen-dermos a questo central da discusso sobre a graa irresistvel, comearemos com uma histria.
Dois gmeos idnticos so criados no mesmo lar cristo e fre-qentam a mesma igreja crist ao longo de suas vidas. So expostos s mesmas pregaes habituais do evangelho, tanto por parte dos pais como do pastor. Aos dezesseis anos, um dos irmos abraa o evangelho. O outro o rejeita. Mais tarde, naquela semana, ambos morrem num acidente de carro. Imediatamente, eles se encontram na presena de Deus. Deus pergunta aos dois: Por que eu deveria permitir a sua entrada em meu reino eterno?
perGunta 1: Se voc fosse o irmo crente, como respon-deria a essa pergunta? Como responderia caso fosse o irmo incrdulo?
Lio 3
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Na posio de seguidores de Cristo, sabemos que o nico modo pelo qual podemos ir a Deus por meio da f em seu Filho Jesus Cristo. Suponha que voc desse essa resposta, caso fosse o irmo crente. Ento, Deus lhe responderia: Voc respondeu bem. A f no meu Filho o nico caminho pelo qual um pecador poder vir a mim. Mas, diga-me, por que voc creu no evangelho e seu irmo no? Vocs dois ouviram a mesma mensagem do evangelho, contudo, somente voc creu. O que fez a diferena?
perGunta 2: Se voc fosse o irmo crente, como respon-deria a essa segunda pergunta?
2 dia: o poder atratiVo do pai e a F no FiLho.Simplificando, a doutrina da graa irresistvel simplesmen-
te significa que a graa de Deus to poderosa que triunfa sobre a nossa pecaminosidade e nos atrai para Cristo, de um modo definitivo e eficaz. Inmeras passagens das Escrituras ensinam essa doutrina. Comearemos com o Evangelho de Joo.
Reflita sobre Joo 6.44 e 6.63-65.
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Joo 6.44
Ningum pode vir a mim se o Pai, que me enviou, no
o trouxer; e eu o ressuscitarei no ltimo dia.
Joo 6.63-65
O esprito o que vivifica; a carne para nada apro-
veita; as palavras que eu vos tenho dito so esprito e
so vida. Contudo, h descrentes entre vs. Pois Jesus
sabia, desde o princpio, quais eram os que no criam
e quem o havia de trair. E prosseguiu: Por causa disto,
que vos tenho dito: ningum poder vir a mim, se,
pelo Pai, no lhe for concedido.
perGunta 3: Sublinhe todas as partes dessas passagens que se referem ao poder atrativo do Pai. Nessas passagens, quais so as indicaes de que esse poder atrativo eficaz? De acordo com essas passagens, todos so atrados ao Pai?
Uma maneira de perceber o poder da graa irresistvel compreendendo a origem da f salvadora.
Estude Efsios 2.8-9:
Lio 3
41
Porque pela graa sois salvos, mediante a f; e isto
no vem de vs; dom de Deus; no de obras, para
que ningum se glorie.
perGunta 4: A que a palavra isto se refere nessa passa-gem? correto dizer que a f um presente de Deus? Justifique sua resposta.
A palavra traduzida para isto o pronome neutro tou-
to, que no se refere especificamente f ou graa
da frase anterior (pois essas so palavras femininas em
grego e requerem pronomes femininos), mas refere-se
toda idia expressa na frase anterior, a idia de que voc
foi salvo pela graa por meio da f.1
3 dia: o arrependiMento e o chaMado SoBe-rano de deuS
Na ltima pergunta, vimos que a f um presente de Deus. Outra passagem que fala desse modo Filipenses 1.29. Porm, a f a nica resposta do corao humano que nos dada de presente?
Leia 2 Timteo 2.24-26:
Tulip
42
Ora, necessrio que o servo do Senhor no viva a
contender, e sim deve ser brando para com todos, apto
para instruir, paciente, disciplinando com mansido
os que se opem, na expectativa de que Deus lhes
conceda no s o arrependimento para conhecerem
plenamente a verdade, mas tambm o retorno sen-
satez, livrando-se eles dos laos do diabo, tendo sido
feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.
perGunta 5: De acordo com essa passagem, de onde vem o arrependimento? Esse fato torna o evangelismo e a ins-truo irrelevantes? Justifique sua resposta.
Uma das maneiras mais comuns do apstolo Paulo se refe-rir aos cristos como aqueles que so chamados (Rm 1.6-7; Gl 1.6). Mas o que significa ser chamado por Deus?
Medite em 1 Corntios 1.22-24.
Lio 3
43
1 corntioS 1.22-24
Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos
buscam sabedoria; mas ns pregamos a Cristo cru-
cificado, escndalo para os judeus, loucura para os
gentios; mas para os que foram chamados, tanto ju-
deus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e
sabedoria de Deus.
perGunta 6: Conforme essa passagem, como os judeus respondem mensagem da cruz? Como os gregos respondem? O que distingue aqueles que aceitaram o Cristo crucificado da-queles que o rejeitaram?
4 dia: SoLueS da noVa aLiana para oS proBLeMaS da VeLha aLiana.
No Antigo Testamento, Deus havia prometido, por meio dos profetas, que Ele estabeleceria uma aliana com seu povo (Jeremias 31.31-34). Mas, o que era a promessa de uma nova aliana e por que isso era to necessrio? Verifiquemos a segun-da pergunta primeiro.
Estude Deuteronmio 29.2-4 e Romanos 8.3-4.
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44
deuteronMio 29.2-4
Chamou Moiss a todo o Israel e disse-lhe: Tendes
visto tudo quanto o SENHOR fez na terra do Egito,
perante vs, a Fara, e a todos os seus servos, e a toda
a sua terra; as grandes provas que os vossos olhos
viram, os sinais e grandes maravilhas; porm o SE-
NHOR no vos deu corao para entender, nem olhos
para ver, nem ouvidos para ouvir, at ao dia de hoje.
roManoS 8.3-4
Porquanto o que fora impossvel lei, no que estava en-
ferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu prprio
Filho em semelhana de carne pecaminosa e no tocante
ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o peca-
do, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em ns, que
no andamos segundo a carne, mas segundo o Esprito.
perGunta 7: De acordo com essas passagens, que pro-blema que havia com a Lei e o Antigo Testamento? Por que havia a necessidade de uma nova aliana?
Lio 3
45
O que havia de errado? Qual era a falha? H duas
maneiras de responder a essa pergunta: do ponto de
vista humano e do ponto de vista de Deus. Do pon-
do de vista humano, o problema era incredulidade e
dureza de corao (Hb 3.8, 15, 19; 4.7). Do ponto de
vista de Deus, o problema era que Deus estava reten-
do a capacitao soberana de seu Esprito.
Oua o que diz Deuteronmio 29.4. Moiss est falan-
do enquanto olha para trs, para os quarenta anos de
rebelio no deserto: At ao dia de hoje, o SENHOR no
vos deu corao para entender, nem olhos para ver, nem
ouvidos para ouvir. Essa era a razo principal por que
a velha aliana era inadequada. Deus tinha lies que
queria ensinar na Antiga Aliana, mas eles se envolve-
ram em teimosia, rebelio e dureza de corao durante
geraes, at o tempo em que deveria vir a nova aliana.2
luz das deficincias da Antiga Aliana, no era de surpre-ender que Deus prometesse algo melhor para o seu povo.
Estude Ezequiel 11.19-20 e Ezequiel 36.26-27.
ezequieL 11.19-20
Dar-lhes-ei um s corao, esprito novo porei dentro
deles; tirarei da sua carne o corao de pedra e lhes
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darei corao de carne; para que andem nos meus es-
tatutos, e guardem os meus juzos, e os executem; eles
sero o meu povo, e eu serei o seu Deus.
ezequieL 36.26-27
Dar-vos-ei corao novo e porei dentro de vs espri-
to novo; tirarei de vs o corao de pedra e vos darei
corao de carne. Porei dentro de vs o meu Esprito e
farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus
juzos e os observeis.
perGunta 8: De acordo com essas passagens, o que Deus promete para o seu povo na Nova Aliana? Por que essa uma boa notcia para os rebeldes de corao endurecido?
Lio 3
47
5 dia: Graa irreSiStVeL?At aqui, temos demonstrado que Deus tem o poder de
atrair o homem para si mesmo e de remover seu corao de pe-dra, substituindo-o por um corao de carne. Chamamos a essa doutrina de graa irresistvel.
Entretanto, o que fazemos com os textos que descrevem as pessoas rejeitando, com xito, os convites graciosos de Deus?
Estude Mateus 23.37; Atos 7.51 e Romanos 10.21.
MateuS 23.37
Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas e
apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes
quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajun-
ta os seus pintinhos debaixo das asas, e vs no o
quisestes!
atoS 7.51
Homens de dura cerviz e incircuncisos de corao
e de ouvidos, vs sempre resistis ao Esprito San-
to; assim como fizeram vossos pais, tambm vs o
fazeis.
roManoS 10.21
Quanto a Israel, porm, diz: Todo o dia estendi as
mos a um povo rebelde e contradizente.
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48
perGunta 9: Resuma o ensino desses versculos com suas prprias palavras. luz dessas passagens, algum poderia resistir graa de Deus por meio do Esprito Santo?
bvio que alguns textos bblicos ensinam que os seres humanos podem e resistiro a Deus. No entanto, temos visto tambm que Deus remove os coraes rebeldes e os substitui por coraes flexveis de f, e atrai os pecadores para si mesmo com eficcia.
perGunta 10: Como voc resolve a tenso entre as pas-sagens bblicas que ensinam que as pessoas podem ter xito em rejeitar a Deus e as passagens que ensinam que Deus concede a f e o arrependimento a quem quiser?
Lio 3
49
O ponto principal da doutrina da graa irresis-
tvel no que ela seja algo a que no possamos
resistir. Podemos e resistimos a ela. O ponto
principal que quando Deus escolhe, ele vence a
nossa resistncia e restaura o esprito submisso.
Ele cria. Ele diz: Haja luz! Ele cura, guia, res-
taura, conforta.3
SaiBa MaiS
Leia ou oua ao sermo The Called of Christ and the Love of God (O Chamado de Cristo e o Amor de Deus), Parte 1, dispon-vel no site do ministrio Desiring God.
perGunta 11: De acordo com John Piper, Deus chama a todos de um mesmo modo? Como ele comprova seu ponto de vista?
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50
perGunta 12: O que o chamado de Deus realiza em 1 Corntios 1.22-24?
Leia ou oua ao sermo Born Again Through the Living and Abiding Word (Nascer de Novo por meio da Palavra Viva e Eter-na) disponvel no site do ministrio Desiring God.
perGunta 13: Como John Piper utiliza o exemplo de Lzaro para ilustrar a nossa contribuio para o novo nascimen-to? Qual a relao entre a obra de Deus no novo nascimento e a nossa obra?
perGunta 14: Quais so os trs acontecimentos que do origem ao novo nascimento? Como eles se relacionam com o fato de nascermos de novo?
Lio 3
51
perGunta 15: Quais so os dois chamados menciona-dos por John Piper? Como ele defende esses dois chamados a partir das Escrituras?
aSSiSta e anote
Como John Piper trata das passagens bblicas que descre-vem as pessoas resistindo ao Esprito Santo?
Em 1 Corntios 1.22-24, o que faz a diferena definitiva?
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52
Que detalhe significativo John Piper percebe em 1 Joo 5.1?
De que modo as promessas de uma Nova Aliana apiam a doutrina da graa irresistvel?
Quais os pontos principais extrados de Romanos 9.18-21 por John Piper?
Lio 3
53
diScuta o que aprendeu
Como John Piper resolve a tenso entre as passagens que en-sinam sobre a resistncia ao Esprito Santo e aquelas que ensinam sobre a graa irresistvel? Voc considera essa soluo correta?
Qual dos seis argumentos voc considera mais persuasivo? Por qu?
Voc acha que a doutrina da graa irresistvel torna o evangelismo irrelevante? Quais as passagens bblicas que voc estudou que podem ajudar-lhe a responder essa pergunta?
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54
apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
Medite na histria de Lzaro em Joo 11. De que forma a histria de Lzaro ilustra a doutrina da graa irresistvel? Regis-tre suas reflexes abaixo.
Notas1 GRUDEM, Wayne. Systematic Theology. Grand Rapidis: Zondervan, 2000. p. 730, nota de ro-dap 14.2 Texto extrado do sermo de PIPER, John . Jesus: Mediator of a Better Covenant, Parte 1 dis-ponvel em .3 PIPER, John. Grace is ResistibleUntil Its Not. Disponvel em .
Lio 4
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 4
Graa Irresistvel: A Linguagem Condicional
e a Verdade Bblica
oBJetiVoS da LioNossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc entenda a funo da linguagem condicional nas Escrituras.
Voc identifi que algumas interpretaes errneas sobre a dou-trina da graa irresistvel.
Voc compreenda o mistrio da obra de Deus e nossa obra para chegar f em Cristo.
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56
eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: deuS noS Fora a crer contra a noSSa Vontade?
Temos visto que quando Deus salva as pessoas, Ele ven-ce a resistncia delas e as atrai para si mesmo. Muitos dos que ouvem essa verdade concluem que os calvinistas acreditam que Deus fora as pessoas a crerem contra a prpria vontade delas.
perGunta 1: Os calvinistas acreditam que Deus fora as pessoas a crerem contra a prpria vontade delas. Voc acha que esse um resumo preciso da doutrina da graa irresistvel? Justifique sua resposta.
eStude atoS 16.13-14:
No sbado, samos da cidade para junto do rio, onde nos
pareceu haver um lugar de orao; e, assentando-nos, fa-
lamos s mulheres que para ali tinham concorrido. Certa
mulher, chamada Ldia, da cidade de Tiatira, vendedora
de prpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe
abriu o corao para atender s coisas que Paulo dizia.
Lio 4
57
pergunta 2: Como essa passagem demonstra a verdade da graa irresistvel? Deus forou Ldia a crer, contra a vontade dela?
A resposta mais clara em Atos para a pergunta: Por
que uma pessoa cr no Evangelho? : porque Deus
lhe abre o corao. Ldia o melhor exemplo disso. Por
que ela creu? Atos 16.14 explica: O Senhor lhe abriu
o corao para atender s coisas que Paulo dizia.
Note quatro aspectos nessa fala:
1) ...que paulo dizia. Primeiro, algum tem que pregar o evangelho. Deus no abre os olhos do corao
de algum para no ver coisa alguma. Ele os abre para
ver a glria de Cristo na verdade do evangelho (2 Co
4.4-6). Por essa razo, temos que pregar o evangelho.
No produzimos o novo nascimento ao fazer isso.
Mas nos adequamos maneira de Deus produzi-lo.
A questo principal do novo nascimento conceder
percepo espiritual. A questo principal da pregao
do evangelho oferecer algo para ser visto. O novo
Tulip
58
nascimento existe para a glria de Cristo. Por essa
razo, Deus faz com que ele acontea quando Cristo
exaltado.
2) o Senhor... Segundo, aquele que prega o evangelho confia no Senhor. A orao no men-
cionada aqui. Mas isso o que fazemos quando
percebemos que o Senhor o agente decisivo, no
ns. Temos um papel importante de pregar o evan-
gelho, mas o prprio Senhor quem realiza a obra
definitiva.
3) ...lhe abriu o corao... Visto que o proble-ma-chave para que algum no creia no evangelho
a dureza de corao ou corao fechado, a que
Deus faz sua obra decisiva. Ele abre o corao de
Ldia. Isso significa que Ele tira o corao de pe-
dra e coloca em seu lugar um corao de carne (Ez
36.26); Ele diz com soberana autoridade: Haja
luz em nosso corao, para iluminao do conhe-
cimento da glria de Deus, na face de Cristo (2
Co 4.6). Dessa forma, as trevas se vo e a luz da
verdade revela a beleza irresistvel de Cristo no
evangelho.
4) ...para atender s coisas que paulo di-zia... O resultado de Deus abrir o corao uma capacidade verdadeiramente espiritual para ouvir
Lio 4
59
o evangelho. Atender a uma traduo deficiente
da palavra grega prosechein, pois ela mais enf-
tica do que isso nesse contexto. Ela significa ouvir
com atrao. A obra do Senhor no somente aju-
da Ldia a ter clareza, mas tambm realiza a f.
Foram concedidos a ela arrependimento (2 Tm
2.25) e f (Fl 1.29).1
2 dia: o triunFo de deuSObserve cuidadosamente a Confisso de F da Igreja Batis-
ta Bethelehem.
A OBRA SALVADORA DO ESPRITO SANTO
8.3 Cremos que sem a obra eficaz do Esprito, nin-
gum pode vir f, pois todos esto mortos em
delitos e pecados; eles so hostis em relao a Deus
e moralmente incapazes de submeterem-se a Deus
ou de agrad-lo, pois os prazeres do pecado pare-
cem maiores do que os prazeres de Cristo. Dessa
forma, em relao aos eleitos de Deus, o Esprito
vivifica o morto, remove a cegueira e, de uma forma
constrangedora, manifesta Cristo belo, por meio do
evangelho, de modo que Ele se torna atraente para
o corao regenerado.
Tulip
60
perGunta 3: Reformule o ponto central desta sesso com suas prprias palavras. Como essa afirmao evita que tenhamos a impresso de que Deus fora as pessoas a crerem, contra a prpria vontade delas?
perGunta 4: Partindo dessa definio de graa irre-sistvel, como voc ilustraria essa doutrina para algum? Que exemplos ou analogias voc usaria?
Lio 4
61
3 dia: LinGuaGeM condicionaLUma das perguntas-chave que esta lio procura responder
sobre qual seria o papel da linguagem condicional na Bblia. Ao falarmos de linguagem condicional, nos referimos ao uso de expresses como se.... ento para expressar as condies ne-cessrias para que algo acontea (se voc fizer isso, ento, farei aquilo). Embora a linguagem condicional geralmente seja expl-cita, h vezes em que pode estar implcita, em vez de afirmada diretamente (limpe seu quarto, e eu o levarei ao cinema).
perGunta 5: D alguns exemplos de linguagem condi-cional que os cristos geralmente usam. Voc tambm pode usar exemplos bblicos ou elaborar suas prprias frases curtas.
Leia apocaLipSe 3.20:
Eis que estou porta e bato; se algum ouvir a minha
voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com
ele, e ele, comigo.
Tulip
62
perGunta 6: Embora seja provvel que essa passagem no esteja se referindo diretamente ao evangelismo (observe o contexto), ela um exemplo claro de linguagem condicional. Que tipo de questionamento a existncia da linguagem condi-cional na Bblia poderia suscitar em relao doutrina da graa irresistvel?
4 dia: SatiSFazendo condieS por Meio da proViSo de deuS
medida que continuamos nossas reflexes sobre a lin-guagem condicional, olharemos para uma passagem bblica que lana mais luz sobre esse assunto. Em 2 Crnicas, Ezequias ha-via acabado de restaurar a adorao no templo. Agora ele deseja reunir todo o povo de Israel para celebrar a Pscoa.
Veja 2 Crnicas 30.6-9:
Partiram os correios com as cartas do rei e dos seus
prncipes, por todo o Israel e Jud, segundo o man-
dado do rei, dizendo: Filhos de Israel, voltai-vos ao
SENHOR, Deus de Abrao, de Isaque e de Israel,
para que ele se volte para o restante que escapou do
poder dos reis da Assria. No sejais como vossos
Lio 4
63
pais e como vossos irmos, que prevaricaram contra
o SENHOR, Deus de seus pais, pelo que os entregou
desolao, como estais vendo. No endureais, agora,
a vossa cerviz, como vossos pais; confiai-vos ao SE-
NHOR, e vinde ao seu santurio que ele santificou
para sempre, e servi ao SENHOR, vosso Deus, para
que o ardor da sua ira se desvie de vs. Porque, se vs
vos converterdes ao SENHOR, vossos irmos e vossos
filhos acharo misericrdia perante os que os levaram
cativos e tornaro a esta terra; porque o SENHOR,
vosso Deus, misericordioso e compassivo e no des-
viar de vs o rosto, se vos converterdes a ele.
perGunta 7: Sublinhe cada uma das frases condicionais nessa passagem. Qual a condio principal que Israel deve sa-tisfazer para que Deus seja gracioso com eles?
Veja novamente 2 Crnicas 30, mas desta vez, acrescente os versculos 10-12.
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2 crnicas 30. 6-12
Partiram os correios com as cartas do rei e dos seus
prncipes, por todo o Israel e Jud, segundo o man-
dado do rei, dizendo: Filhos de Israel, voltai-vos ao
SENHOR, Deus de Abrao, de Isaque e de Israel,
para que ele se volte para o restante que escapou do
poder dos reis da Assria. No sejais como vossos
pais e como vossos irmos, que prevaricaram contra
o SENHOR, Deus de seus pais, pelo que os entregou
desolao, como estais vendo. No endureais, ago-
ra, a vossa cerviz, como vossos pais; confiai-vos ao
SENHOR, e vinde ao seu santurio que ele santifi-
cou para sempre, e servi ao SENHOR, vosso Deus,
para que o ardor da sua ira se desvie de vs. Porque,
se vs vos converterdes ao SENHOR, vossos irmos
e vossos filhos acharo misericrdia perante os que
os levaram cativos e tornaro a esta terra; porque o
SENHOR, vosso Deus, misericordioso e compassivo
e no desviar de vs o rosto, se vos converterdes a
ele. Os correios foram passando de cidade em cidade,
pela terra de Efraim e Manasss at Zebulom; porm
riram-se e zombaram deles. Todavia, alguns de Aser,
de Manasss e de Zebulom se humilharam e foram a
Jerusalm. Tambm em Jud se fez sentir a mo de
Deus, dando-lhes um s corao, para cumprirem o
mandado do rei e dos prncipes, segundo a palavra do
SENHOR.
Lio 4
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perGunta 8: De acordo com essa passagem, de que modo as vrias tribos de Israel responderam mensagem dos correios? O que distingue aqueles que responderam positi-vamente daqueles que responderam de forma negativa? Que implicaes essa verdade possui para nossa compreenso da lin-guagem condicional e da graa irresistvel?
5 dia: ordena o que tu quereSNesta seo final, examinaremos mais duas perspectivas
sobre o relacionamento entre as exigncias de Deus e a proviso de Deus para ns. Uma se origina diretamente das Escrituras; a outra, da histria da igreja.
Reflita sobre 1 Corntios 15:10.
Mas, pela graa de Deus, sou o que sou; e a sua graa,
que me foi concedida, no se tornou v; antes, traba-
lhei muito mais do que todos eles; todavia, no eu,
mas a graa de Deus comigo.
Tulip
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perGunta 9: Sublinhe cada referncia nessa passagem em relao ao esforo e ao trabalho de Paulo. Circule cada refe-rncia sobre a proviso e o poder de Deus. luz disso, quem era a pessoa que estava trabalhando no ministrio de Paulo?
perGunta 10: O grande telogo africano, Agostinho, aps ser liberto de uma vida de pecado e corrupo, escreveu uma das oraes mais provocativas da histria da igreja: Or-dena o que Tu queres e concede-me o que ordenas. Esse um resumo preciso das passagens bblicas que voc tem estudado at aqui? Sim ou no? Por qu?
SaiBa MaiS
Leia a seo sobre a Graa Irresistvel no artigo What We Believe About the Five Points of Calvinism (O que cremos acerca dos cinco pontos do calvinismo) disponvel no site do minist-rio Desiring God.
Lio 4
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perGunta 11: Como John Piper responde a esta objeo: Sim, o Esprito Santo tem que nos atrair para Deus, mas ns po-demos usar nossa liberdade para rejeitar ou aceitar essa atrao?
perGunta 12: Por que a doutrina da graa irresistvel no significa que somos forados a crer, contra a nossa vontade? Qual a alternativa para esse ponto de vista distorcido?
Leia ou oua o sermo Im Sending You to Open Their Eyes
(Eu o Envio para Abrir os Olhos Deles) disponvel no site do ministrio Desiring God.
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perGunta 13: Que comparao feita em 2 Corntios 4.6? Ela lana mais luz sobre o fato da graa de Deus ser irresis-tvel ou no?
perGunta 14: Que meios Deus usa para abrir os olhos daquele que espiritualmente cego? Cite as Escrituras em sua resposta.
pergunta 15: Examine a lista dos Dez Encorajamentos para o Pregador do Evangelho. Quais deles so os mais enco-rajadores para voc agora? Quais deles voc deseja colocar em prtica em sua vida?
Lio 4
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aSSiSta e anote
Que mistrio John Piper v em 1 Corntios 15.10?
Por que algumas pessoas crem que a linguagem con-dicional nas Escrituras um obstculo doutrina da graa irresistvel?
O fato de Deus satisfazer as condies significa que elas no eram condies reais?
Como John Piper expande a metfora de Apocalipse 3.20?
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Que efeito a verdade dessa lio teve na pregao de John Piper?
diScuta o que aprendeu
Que inferncia falsa podemos fazer da linguagem condi-cional? Por que fazemos essa inferncia?
Reflita novamente sobre 2 Crnicas 30. Que mistrio ve-mos nessa histria? Voc concorda ou discorda da explicao de John Piper?
Lio 4
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Discuta as questes ou objees que voc ainda tem a res-peito da graa irresistvel.
apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
Gaste um tempo meditando em alguns mandamentos que voc esteja lutando para obedecer. Faa uma lista deles abaixo. Utilizando a orao de Agostinho, ore para que Deus o capacite a responder adequadamente aos mandamentos e s promessas.
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Notas1 PIPER, John. How the Lord Gives Life. Disponvel em .
oBJetiVoS da Lio
Nossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc entenda qual a essncia do pecado conforme a Bblia.
Voc compreenda por que as aes morais dos incrdulos no
so consideradas justas aos olhos de Deus.
Voc aceite o ensinamento bblico sobre a profundidade da pe-
caminosidade humana.
Lio 5
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 5
Total: O Pecado diz Respeito a Deus
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eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: deFinindo a depraVaoNesta lio passaremos a discutir a doutrina da depravao
total. Em alguns aspectos, a doutrina da depravao total est numa posio anterior doutrina da graa irresistvel. Dessa forma, esperamos que as prximas lies lancem ainda mais luz sobre o material que voc j tem verificado.
perGunta 1: Quando voc ouve a expresso depravao total, o que lhe vem mente? Como voc definiria inicialmen-te essa expresso? Quais sinnimos ou expresses alternativas voc utilizaria para descrev-la?
O foco central desta lio ser definir o pecado a partir da Bblia. Isso pode significar aniquilar outras formas de compre-ender nossa pecaminosidade.
Lio 5
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perGunta 2: Se voc pedisse a um descrente para defi-nir a essncia do pecado, o que voc acha que ele diria? (Se voc no sabe, pergunte a um descrente nesta semana). Em que sua resposta seria diferente da dele?
2 dia: tudo na Vida teM a Ver coM deuSMedite em 1 Corntios 10.31.
Portanto, quer comais, quer bebais ou faais outra coisa qual-quer, fazei tudo para a glria de Deus.
perGunta 3: O que voc acha que a frase fazei tudo para a glria de Deus significa nessa passagem? Como voc pode discernir se est obedecendo a essa passagem ou no?
O texto de 1 Corntios menciona especificamente o comer e beber. Reflita sobre a sua ltima refeio enquanto medita nesse versculo.
Tulip
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perGunta 4: O que significa comer para a glria de Deus e beber para a glria de Deus? Em sua ltima refeio, voc comeu sua comida para a glria de Deus? Se sua resposta sim, diga como o fez. Que implicaes um mandamento como esse tem para a nossa definio de pecado?
Duas semanas atrs, quando perguntei: A doutrina da
depravao total bblica? Minha resposta foi: Sim.
E uma das coisas que eu queria dizer era que todas as
nossas aes, sem a graa salvadora, so moralmente
decadas. Em outras palavras, tudo quanto um incrdulo
faz pecaminoso e inaceitvel a Deus.
Eu disse que uma das razes para crer dessa forma
vem de 1 Corntios 10.31. Portanto, quer comais,
quer bebais ou faais outra coisa qualquer, fazei tudo
para a glria de Deus. Perguntei: pecado desobe-
decer a esse mandamento bblico? Sim.
Ento, cheguei a esta concluso: pecado comer ou
beber, ou fazer qualquer outra coisa que NO seja
para a glria de Deus. Em outras palavras, o pecado
Lio 5
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no apenas uma lista de coisas perniciosas (matar,
roubar, etc). O pecado ignorar a Deus nos afazeres
costumeiros de sua vida. Pecado qualquer coisa que
voc no faa para a glria de Deus.
Entretanto, o que os incrdulos fazem para a glria de
Deus? Nada. Portanto, tudo o que eles fazem peca-
minoso. isso o que quero dizer quando digo que sem
a graa salvadora tudo quanto fazemos moralmente
decado.
Ento, alguns de vocs faro a pergunta prtica:
Bem, como podemos comer e beber para a glria de
Deus? Por exemplo, ao tomar um suco de laranja no
caf da manh?
Uma resposta encontra-se em 1 Timteo 4.3-5: [Al-
guns] que probem o casamento e exigem abstinncia
de alimentos que Deus criou para serem recebidos,
com aes de graas, pelos fiis e por quantos conhe-
cem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou
bom, e, recebido com aes de graas, nada recu-
svel, porque, pela palavra de Deus e pela orao,
santificado.
O suco de laranja foi criado para ser recebido com
aes de graas por aqueles que crem na verdade.
Conseqentemente, os incrdulos no podem utilizar
suco de laranja com o propsito que Deus planejou, a
saber, como uma ocasio para dar graas a Deus de
corao, com verdadeiro corao de f.1
Tulip
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3 dia: a carncia e a Mudana da GLriaSe pedirmos maioria dos cristos para nos dar um vers-
culo sobre a pecaminosidade humana, muitos respondero com Romanos 3.23. Mas quantos cristos param para refletir sobre o significado de Romanos 3.23?
Estude Romanos 3.23.
Pois todos pecaram e carecem da glria de Deus.
perGunta 5: A palavra traduzida por carecem pode-ria ser traduzida por esto destitudos. O que voc acha que significa o fato de os seres humanos carecerem ou estarem destitudos da glria de Deus? Como voc explicaria esse en-sinamento para algum que estivesse buscando aprender mais sobre a f crist?
Lio 5
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Romanos 3.23 no a primeira passagem em que o pecado descrito em relao glria de Deus. Romanos 1.18-25 oferece uma reflexo muito mais detalhada e extensa sobre o pecado e a depravao humana.
Leia cuidadosamente Romanos 1.18-25.
A ira de Deus se revela do cu contra toda impieda-
de e perverso dos homens que detm a verdade pela
injustia; porquanto o que de Deus se pode conhecer
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
Porque os atributos invisveis de Deus, assim o seu
eterno poder, como tambm a sua prpria divindade,
claramente se reconhecem, desde o princpio do mun-
do, sendo percebidos por meio das coisas que foram
criadas. Tais homens so, por isso, indesculpveis;
porquanto, tendo conhecimento de Deus, no o glo-
rificaram como Deus, nem lhe deram graas; antes,
se tornaram nulos em seus prprios raciocnios, obs-
curecendo-se-lhes o corao insensato. Inculcando-se
por sbios, tornaram-se loucos e mudaram a glria
do Deus incorruptvel em semelhana da imagem de
homem corruptvel, bem como de aves, quadrpe-
des e rpteis. Por isso, Deus entregou tais homens
imundcia, pelas concupiscncias de seu prprio cora-
o, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles
mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando
e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual
bendito eternamente. Amm!
Tulip
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perGunta 6: De acordo com essa passagem, qual a essncia da pecaminosidade humana? Sublinhe as frases--chave que descrevem a pecaminosidade dos seres humanos. Como essa passagem pode ajudar a lanar luz sobre o que significa os seres humanos carecerem da glria de Deus (Romanos 3.23)?
Uma das verdades mais importantes para se susten-
tar no mundo a que todos os seres humanos, embora
tenham sido criados imagem de Deus (Gn 1.27),
so corruptos pelo poder do pecado. No somos mo-
ralmente bons por natureza. Em Efsios 2.3, Paulo
diz que, por natureza, somos filhos da ira. As atitu-
des, os pensamentos e as aes que merecem a ira de
Deus brotam de ns por natureza. Em Colossenses
2.3, somos chamados de filhos da desobedincia.
Estamos to inclinados desobedincia contra Deus
que como se a desobedincia fosse nossa me. So-
mos fragmentos da grande rocha da desobedincia.
Lio 5
81
No somente pecamos, somos pecadores depravados.
Estamos debaixo do pecado, conforme Romanos 3.9
afirma. O pecado como um mestre ou um rei, que
reina sobre ns e em ns. Ele no s nos coage a fazer
aquilo que no queremos, mas nos leva a desejar fa-
zer aquilo que no devemos fazer. No somos vtimas
inocentes do pecado. Somos co-conspiradores contra
Deus, junto com o pecado.2
4 dia: oS incrduLoS podeM Fazer coiSaS BoaS?
At aqui, temos simplesmente tentado demonstrar que o cerne do pecado mudar a glria de Deus em coisas inferiores. A razo por que os calvinistas falam em termos da depravao total porque buscamos definir o pecado nos termos de Deus e no do homem. Sim, o pecado prejudicial s pessoas, mas a maior ofensa do pecado a ofensa feita a Deus. Os seres hu-manos rejeitaram a Deus, desprezaram a Deus, tornaram Deus insignificante e ignoraram a Deus. Temos nos recusado a honr--lo e a dar-lhe graas (Rm 1.21), e temos falhado em fazer todas as coisas para a sua glria (1 Co 10.31). De fato, sem a graa de Deus, tudo quanto fazemos pecado.
Estude Romanos 14.23.
Mas aquele que tem dvidas condenado se comer,
porque o que faz no provm de f; e tudo o que no
provm de f pecado.
Tulip
82
perGunta 7: luz dessa passagem, interaja com a afirmao que se segue: Tudo quanto os incrdulos fazem pe-cado. Sublinhe as frases desse verso que o ajudam a tratar dessa questo.
Leia e reflita sobre a histria que se segue.
Uma pequena organizao de um determinado pas
comeou a levantar fundos para construir hospitais e
escolas para as pessoas mais carentes. Aps levantar
os fundos, ela colocou seu plano em ao e construiu
trs novos hospitais e cinco escolas novas. Centenas
de pessoas daquela regio so auxiliadas por esses
atos de generosidade e caridade.
Aps a leitura dessa pequena histria, a maioria de ns con-cluiria que as aes dessa organizao foram virtuosas e louvveis. Sejam quais forem as nossas discordncias, cuidar dos mais pobres e mais fracos ao nosso redor certamente um alvo digno.
Lio 5
83
Agora leia, a seguir, a continuao da histria.
Ao construir esses hospitais e essas escolas para os po-
bres, essa organizao espera recrutar pessoas para
ajud-la na campanha para derrubar o governo leg-
timo de seu pas e assassinar o presidente legalmente
eleito, bem como sua famlia. Seus atos de caridade
se designam a ganhar a afeio das pessoas, a fim de
subverter os governadores legtimos.
perGunta 8: Qual sua reao em relao ao restante da histria? Como isso muda o modo como voc v a construo de hospitais e escolas? Como essa histria poderia nos ajudar a compreender as aes virtuosas dos incrdulos?
Tulip
84
Grave isso firmemente em sua mente, o pecado , em
sua essncia, uma condio de rebelio contra Deus, no
essencialmente uma condio para fazer coisas ruins
para as outras pessoas. por essa razo que to triste
e intil as pessoas argumentarem que so muito boas e,
portanto, no precisam do evangelho. O que elas querem
dizer que elas tratam as pessoas de um modo decente:
no roubam, no matam, no mentem muito, no falam
muito palavro e fazem doaes para algumas obras de
caridade. Mas essa no a questo principal. A questo
principal : Voc ama a Deus de todo o seu corao, de
toda a sua alma, de todas as suas foras e de todo o seu
entendimento; voc ama o Filho de Deus, Jesus Cristo?
Deus a pessoa mais importante do universo. No uma
marca de virtude fazer coisas boas para os outros en-
quanto no se tem amor, reverncia ou paixo por Deus.
Antes de tudo, o pecado uma resistncia ao fato de
se encontrar alegria em Deus. E essa resistncia resul-
ta numa mente obscurecida, que suprime a verdade e
no compreende a Deus. Portanto, a mente que est
debaixo do pecado no busca a Deus, no conhece a
Deus e no teme a Deus. No importa o que faamos
para as pessoas; se tratamos o Rei do universo com
tamanho desdm, podemos saber que estamos pro-
fundamente debaixo do pecado.3
Lio 5
85
5 dia: uM tropeo aqui, outro aLiMuitas pessoas no se vem como totalmente depravadas.
Elas podem at admitir que no so perfeitas e que, s vezes, fazem coisas ruins, mas tambm apontam reas de sua vida em que obedecem aos mandamentos de Deus. O que devemos pen-sar acerca dessa obedincia parcial?
Estude Tiago 2. 8-11.
Se vs, contudo, observais a lei rgia segundo a Escritura:
Amars o teu prximo como a ti mesmo, fazeis bem; se,
todavia, fazeis acepo de pessoas, cometeis pecado, sen-
do argidos pela lei como transgressores. Pois qualquer
que guarda toda a lei, mas tropea em um s ponto, se
torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: No
adulterars tambm ordenou: No matars. Ora, se no
adulteras, porm matas, vens a ser transgressor da lei.
perGunta 9: luz dessa passagem, interaja com a afir-mao a seguir: Tenho tropeado em coisas insignificantes. No tenho desobedecido muito a Deus.
Tulip
86
perGunta 10: Elabore um argumento defendendo a se-guinte afirmao: O pecado infinitamente mal. Que objees algum poderia levantar contra o seu argumento?
SaiBa MaiS
Leia ou oua o sermo The First Dark Exchange: Idolatry (A Primeira Mudana Tenebrosa: Idolatria), disponvel no site do ministrio Desiring God.
perGunta 11: O que John Piper quer dizer com carecer da glria de Deus? Que relao h entre mudar a glria de Deus e carecer da glria de Deus?
Lio 5
87
perGunta 12: O que acompanha o fato de mudar a glria de Deus? Cite exemplos reais desses fatores que acompa-nham essa mudana.
perGunta 13: De que modo essa mudana insensata? De que forma voc j viu essa insensatez manifesta no mundo? Seja especfico.
Leia ou oua o sermo Proud People Dont Say Thanks (Pes-soas Orgulhosas No Dizem Obrigado) disponvel no site do ministrio Desiring God.
pergunta 14: Qual a mensagem da criao? D exem-plos especficos de sua vida, por meio dos quais voc tem visto essa mensagem. Que tipo de resposta essa mensagem exige dos seres humanos?
Tulip
88
pergunta 15: Que analogia John Piper utiliza para des-crever a essncia e o significado do Pecado? Crie uma analogia semelhante a essa, que voc possa utilizar para explicar o ensi-namento de Romanos 1.18-23. luz dessa analogia, por que o pecado to mal?
aSSiSta e anote
De acordo com John Piper, o que significa fazei tudo para a glria de Deus?
Cite duas maneiras de definir o pecado.
Lio 5
89
Que concluso controversa John Piper extrai de Romanos 14.23?
Deus ____________ trata algum _________________. Somos mais ________ _________ do que ________________.
De que forma Voddie Baucham respondeu ao estudante que acreditava que Deus no estava sendo bom para com ele?
diScuta o que aprendeu
Por que importante definir o pecado em relao a Deus e no simplesmente em relao ao homem? Quais so os efeitos negativos quando deixamos Deus fora de cena?
Tulip
90
Voc concorda com a afirmao de John Piper de que tudo quanto os incrdulos fazem pecado? Explique sua resposta.
Interaja com a afirmao a seguir: Sempre somos mais bem tratados do que merecemos. Como voc explicaria isso a uma criana? E a um incrdulo?
apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
Lio 5
91
Considere as reas de sua vida em que h pecados que voc tem subestimado. Como essas lies mudaram sua percepo de sua pecaminosidade? Gaste um tempo pedindo a Deus que o convena de seus pensamentos, afeies e comportamentos que desonram a Deus. Seja especfico em seu arrependimento.
Notas1 PIPER, John. How to Drink Orange Juice to the Glory of God. Disponvel em .2 PIPER, John. All Jews and Gentiles Are Under Sin. Disponvel em . 3 Ibid.
Lio 6
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 6
Depravao Total:O que Significa Total?
oBJetiVoS da LioNossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc compreenda todas as formas em que nossa depravao total.
Voc entenda a razo por que os seres humanos se recusam ir a Deus.
Voc aceite o ensinamento bblico sobre a punio infi nita e eterna que nossos pecados exigem.
Tulip
94
eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: BuScando a deuSNa ltima lio, procuramos definir o pecado em relao
a Deus. Vimos que o pecado basicamente diz respeito forma como nos relacionamos com Deus. Mais do que simplesmente desobedecer aos mandamentos ou prejudicar as pessoas, o pe-cado rejeitar a Deus de modo incrdulo e arrogante, e mudar a sua glria.
Essa mudana tenebrosa se manifesta de incontveis maneiras em nossa vida (para exemplos mais especficos, veja Romanos 1.28-32). Agora passaremos a examinar a extenso de nossa pecaminosidade natural.
perGunta 1: Interaja com a seguinte afirmao: Os se-res humanos esto buscando a Deus. At os incrdulos buscam a Deus sua prpria maneira. Voc concorda com essa afirma-o? Sim ou no? Explique.
Lio 6
95
eStude roManoS 3. 9-18.
Que se conclui? Temos ns qualquer vantagem?
No, de forma nenhuma; pois j temos demons-
trado que todos, tanto judeus como gregos, esto
debaixo do pecado; como est escrito: No h jus-
to, nem um sequer, no h quem entenda, no h
quem busque a Deus; todos se extraviaram, uma
se fizeram inteis; no h quem faa o bem, no h
nem um sequer. A garganta deles sepulcro aberto;
com a lngua, urdem engano, veneno de vbora est
nos seus lbios, a boca, eles a tm cheia de mal-
dio e de amargura; so os seus ps velozes para
derramar sangue, nos seus caminhos, h destrui-
o e misria; desconheceram o caminho da paz.
No h temor de Deus diante de seus olhos.
perGunta 2: Como essa passagem nos ajuda a respon-der pergunta anterior? Sublinhe as frases relevantes desse texto. Como podemos compreender essa passagem luz de de-terminaes bblicas como Buscai o SENHOR enquanto se pode achar (Is 55.6)?
Tulip
96
2 dia: aMando aS treVaS, aBorrecendo a LuzPortanto, de acordo com Paulo, os seres humanos, em seu
estado natural, no buscam a Deus. O evangelho de Joo vai um passo adiante disso.
Leia Joo 3.19-21.
O julgamento este: que a luz veio ao mundo, e os
homens amaram mais as trevas do que a luz; porque
as suas obras eram ms. Pois todo aquele que pratica
o mal aborrece a luz e no se chega para a luz, a fim
de no serem argidas as suas obras. Quem pratica
a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas
obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.
perGunta 3: Qual a reao dos seres humanos diante da luz? Qual a reao deles diante das trevas? Por que, ento, os homens se recusam vir para a luz?
Lio 6
97
Os homens no somente no buscam a Deus, como tam-bm desprezam a Ele e a seu Filho, Jesus Cristo. Devido ao seu amor pelas trevas, recusam-se a vir para a luz.
perGunta 4: luz de Romanos 3.9-18 e Joo 3.19-21, como voc explica o fato de que algumas pessoas, na verdade, vm para a luz? Em outras palavras, se o homem to mal quan-to ensina a Bblia, como algum pode ser salvo?
3 dia: onde haBita o MaLNa ltima lio, examinamos Romanos 14.23. Agora pas-
saremos a um texto semelhante.Leia Hebreus 11.6.
De fato, sem f impossvel agradar a Deus, porquan-
to necessrio que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe e que se torna galardoador dos que
o buscam.
Tulip
98
perGunta 5: Utilizando somente essa passagem, defina f. Aqueles que no possuem essa f podem agradar a Deus? Como isso se relaciona com as outras verdades que voc apren-deu nessas lies?
Temos observado que tudo o quanto os incrdulos fazem pecado. Romanos 14.23 e Hebreus 11.6 demonstram esse fato. Mas essas no so as nicas passagens nas quais essa verdade ensinada.
Leia Romanos 7.17-18.
Neste caso, quem faz isto j no sou eu, mas o pecado
que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto
, na minha carne, no habita bem nenhum, pois o
querer o bem est em mim; no, porm, o efetu-lo.
perGunta 6: De acordo com essa passagem, o que Paulo quer dizer com o pecado que habita em mim? Como ele res-tringe essa frase?
Lio 6
99
4 dia: a carne e o eSpritoUm dos contrastes mais freqentes nas cartas de Paulo
o contraste entre a carne e o Esprito. Romanos 8 oferece um exemplo claro desse contraste.
Estude Romanos 8.5-9.
Porque os que se inclinam para a carne cogitam das
coisas da carne; mas os que se inclinam para o Esp-
rito, das coisas do Esprito. Porque o pendor da carne
d para a morte, mas o do Esprito, para a vida e paz.
Por isso, o pendor da carne inimizade contra Deus,
pois no est sujeito lei de Deus, nem mesmo pode
estar. Portanto, os que esto na carne no podem
agradar a Deus. Vs, porm, no estais na carne, mas
no Esprito, se, de fato, o Esprito de Deus habita em
vs. E, se algum no tem o Esprito de Cristo, esse
tal no dele.
perGunta 7: No espao abaixo, faa uma tabela contras-tando as coisas que esto associadas carne com as coisas que esto associadas ao Esprito.
Tulip
100
perGunta 8: De acordo com Romanos 8.7, por que a car-ne no se submete lei de Deus. Sublinhe o motivo?
A mentalidade da carne a maneira como agimos por
natureza, como seres humanos, sem qualquer ajuda
sobrenatural do Esprito de Deus hostil a Deus.
Ela no se submete e no pode submeter-se a Deus
ou agrad-lo.1
5 dia: o que a noSSa depraVao Merece?Seramos negligentes se no tirssemos um momen-
to para refletir no fato de que nossa depravao tem nos tornado merecedores de uma punio infinita. Muitos tm dificuldade para compreender como uma criatura finita pode merecer uma punio to horrenda. Para eles, essa sentena parece injusta.
Lio 6
101
perGunta 9: Como voc responderia a algum que dis-sesse: Se vivemos uma vida pecaminosa e rebelde por 70 anos, logo, deveramos receber uma punio proporcional a isso. Sen-do assim, no deveramos ser punidos por 70 anos?
A ltima pergunta desta lio lhe dar a oportunidade para refletir sobre tudo o que voc tem aprendido acerca da deprava-o total.
perGunta 10: medida que voc se recorda das ltimas duas lies, resuma o que voc acha que a palavra total signifi-ca na expresso depravao total.
SaiBa MaiS
Leia ou oua ao sermo Why We Need a Savior: Dead in Sins (Por que Precisamos de um Salvador: Mortos em Pecados) dis-ponvel no site do ministrio Desiring God.
Tulip
102
perGunta 11: Qual a diferena entre estar encren-cado e estar morto? Por que essa diferena importante? Que falsa impresso poderamos dar se enfatizssemos apenas que estamos encrencados?
perGunta 12: O que significa a frase: mortos em peca-dos? Isso significa que estamos mortos em todos os sentidos? Como voc pode saber isso?
Leia ou assista o sermo All Jews and Gentiles Are Under Sin (Todos os Judeus e Gentios Esto Debaixo do Pecado) no site do ministrio Desiring God.
Lio 6
103
perGunta 13: Que verdade importante o cristianismo deve sustentar diante do mundo? Por que alguns cristos no querem sustentar essa verdade? Que implicaes isso traz para a sua participao neste estudo?
perGunta 14: O que significa estar debaixo do peca-do? Como Paulo defende essa reivindicao bblica?
Tulip
104
Anteriormente nesta lio, observamos que o pecado infinitamente mal. Muitos tm tropeado nessa verdade. Mas tropeam ainda mais quando aprendem que nosso pecado mere-ce uma punio infinita. Como isso possvel, eles perguntam, uma criatura finita fazer algo que merea punio infinita? Jo-nathan Edwards tratou dessa questo em sua poca.
O crime de algum que despreza ou desobedece outra
pessoa proporcionalmente mais ou menos hediondo
medida que esse algum tenha uma obrigao maior
ou menor de obedecer a essa pessoa. E, portanto, se
houver um ser a quem temos a obrigao infinita de
amar, honrar e obedecer; fazer o contrrio em relao
a esse ser seria um erro infinito.
Nossa obrigao de amar, honrar e obedecer a qual-
quer ser proporcional amabilidade, honra e
autoridade que ele tiver... No entanto, Deus um ser
infinitamente amvel, pois sua excelncia e beleza
so infinitas...
Portanto, o pecado contra Deus, que uma violao
de obrigaes infinitas, tem de ser um crime infini-
tamente hediondo e, portanto, merecedor de uma
punio infinita... A eternidade da punio dos ho-
mens mpios faz com que esse pecado seja infinito... e,
portanto, nada mais que proporcional hediondez da
qual eles so culpados.2
Lio 6
105
perGunta 15: Reformule o argumento de Edwards com suas prprias palavras. Voc acha que ele persuasivo? Que per-guntas voc ainda levantaria sobre a punio eterna?
aSSiSta e anote
Em quais sentidos nossa depravao total? Cite os trs primeiros.
1.
2.
3.
Qual o ponto-chave de Joo 3.19-21?
Tulip
106
Quais so os dois ltimos sentidos em que nossa deprava-o total?
1.
2.
Como John Piper explica o no pode e o no capaz, referentes a Romanos 8.7-8?
Quais so as duas analogias que John Piper utiliza para de-monstrar a justia da punio eterna?
Lio 6
107
diScuta o que aprendeu Dentre os cinco sentidos que a depravao possui, quais
so mais fceis de serem compreendidos e adotados? Quais os mais difceis?
Interaja com o argumento de John Piper sobre a incapacidade moral. Reformule esse argumento com suas prprias palavras.
Que perguntas ou objees voc ainda tem em relao depravao total?
Tulip
108
apS a diScuSSo, Faa a apLicao
Qual foi a parte mais significativa desta lio para voc? H alguma sentena, conceito ou idia que realmente o impressio-nou? E por qu? Registre suas consideraes no espao abaixo.
Raramente refletimos sobre a depravao e a corrupo da qual fomos salvos. Gaste algum tempo recordando e refletindo sobre o seu estado pecaminoso no passado. Pense sobre a puni-o que o seu pecado merecia. Separe um tempo para fazer uma orao agradecendo e louvando a Deus por sua salvao.
Notas1 PIPER, John. Why and How We Walk According to the Spirit. Disponvel em .2 Sisters, Oregon: Multinoma, 2003. p. 20. Conforme citado no website do ministrio Desiring God. Disponvel em .
oBJetiVoS da Lio
Nossa orao para que ao trmino desta lio...
Voc compreenda o signifi cado de eleio incondicional.
Voc aceite a verdade de que Deus escolhe indivduos para se-
rem salvos.
Voc fi que surpreso com a razo pela qual Deus nos escolheu e
nos predestinou para a salvao.
Lio 7
Um estudo associado ao DVD: OS PILARES DA F: A Busca pela Glria de Deus na Salvao, Sesso 7
Eleio Incondicional: Deus escolhe Indivduos
Tulip
110
eStudo e preparo para aSSiStir ao dVd
1 dia: apreSentando a eLeio incondicionaLNesta lio, comearemos a explorar o terceiro dos cinco
pontos do calvinismo: eleio incondicional. Quando as pessoas pensam em calvinismo, geralmente pensam primeiro em eleio e predestinao. Antes de olharmos para os textos bblicos, ser muito proveitoso tentar definir nossos termos.
perGunta 1: Defina a doutrina da eleio com suas prprias palavras. O que voc acha que significa a palavra incondicional?
[Eleio Incondicional] o ensino que afirma que
Deus escolheu, antes da fundao do mundo (Efsios
1.4), aqueles que creriam e, por essa razo, seriam
salvos imerecidamente, apesar de seu pecado; bem
como escolheu aqueles que persistiriam em rebelio e,
por essa razo, pereceriam merecidamente por cau-
sa de seu pecado. Em outras palavras, a sabedoria, a
justia e a graa da vontade de Deus sempre a expli-
cao final para tudo o que acontece no mundo.1
Lio 7
111
perGunta 2: Que objees contra a doutrina da eleio incondicional voc j ouviu? Quais so suas maiores dvidas a respeito dessa doutrina?
2 dia: a decLarao de FA Declarao de F da Igreja Batista Bethelhem contm
uma declarao resumida da doutrina da eleio.
O PROPSITO ETERNO DE DEUS E A ELEIO
3.3 Cremos que a eleio de Deus um ato incondicio-
nal da livre graa, a qual foi concedida por seu Filho
Jesus Cristo, antes do incio do mundo. Por meio des-
se ato, Deus escolheu, antes da fundao do mundo,
aqueles que seriam libertados da escravido do peca-
do e trazidos ao arrependimento e f salvadora em
seu Filho Jesus Cristo.
Tulip
112
perGunta 3: Quais so as palavras-chave nessa afir-mao? Como voc acha que um arminiano modificaria essa afirmao, a fim de que ela refletisse suas crenas?
Ningum contesta que a Bblia ensina algum tipo de doutrina da eleio. A controvrsia tem sido a interpretao e os fundamen-tos da eleio. Tradicionalmente, os arminianos tm interpretado a eleio de duas maneiras. Agora, consideraremos a primeira. A se-gunda ser tratada numa lio posterior. Considere uma descrio teolgica da interpretao arminiana sobre a eleio.
A questo que a eleio da igreja corporativa, em
vez de individual. O fato no que os indivduos este-
jam na igreja porque so eleitos, em vez disso, eles so
eleitos porque esto na igreja, que o corpo Daquele
que o eleito.2
Lio 7
113
perGunta 4: Reformule, com suas prprias palavras, a principal diferena entre calvinistas e arminianos. Baseado na-quilo que voc aprendeu das Escrituras, qual perspectiva voc acredita ser a mais bblica?
3 dia: eScoLhidoS eM criStoUma das passagens bblicas chave a que os arminianos
apelam para sustentar sua interpretao da eleio corporativa Efsios 1.3-6:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos tem abenoado com toda sorte de bno es-
piritual nas regies celestiais em Cristo, assim como
nos escolheu nele antes da fundao do mundo, para
sermos santos e irrepreensveis perante ele; e em
amor nos predestinou para ele, para a adoo de fi-
lhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplcito
de sua vontade, para louvor da glria de sua graa,
que ele nos concedeu gratuitamente no Amado.
Tulip
114
perGunta 5: Interaja com o seguinte argumento basea-do em Efsios 1.4: Deus no escolhe indivduos. Em vez disso, Ele escolheu Cristo para ser o seu Escolhido. E, ento, os seres humanos escolhem estar em Cristo.
perGunta 6: Essa passagem nos ajuda a perceber a razo suprema por que Deus escolhe e predestina. Qual essa razo suprema? Por que importante manter essa razo em mente medida que buscamos compreender a doutrina da eleio?
Lio 7
115
Lembro-me de dar uma aula sobre Efsios 1, em
1976, num curso rpido na universidade Bethel.
Estava me aprofundando sistematicamente nos
primeiros 14 versculos de Efsios e fiquei nova-
mente muito chocado, pois por trs vezes nos
versos 6, 12 e 14 dito que Deus nos escolheu
nele antes da fundao do mundo e nos predesti-
nou para sermos seus filhos, para o louvor da glria
da sua graa.
Ele escolheu voc. Por qu? Para que sua glria e
graa pudessem ser louvadas e magnificadas. Sua
salvao para glorificar a Deus. Sua eleio para
glorificar a Deus. Sua regenerao aconteceu para
glorificar a Deus. Sua justificao aconteceu para a
glria de Deus. Sua santificao para a glria de
Deus. E um dia, a sua glorificao ser absorvida
pela glria de Deus.3
4 dia: o preSente de deuS para Seu FiLhoAs discusses sobre eleio e predestinao geralmente
esto centradas nos Escritos do apstolo Paulo. E h uma boa razo para isso. Paulo escreveu extensivamente sobre a dou-trina da eleio. Examinaremos algumas de suas cartas nas lies posteriores. Mas outros autores tambm trataram dessa
Tulip
116
doutrina. No evangelho de Joo, o prprio Jesus discute a dou-trina da eleio.
Estude cuidadosamente Joo 6.35-44.
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o po da vida;
o que vem a mim jamais ter fome; e o que cr em
mim jamais ter sede. Porm eu j vos disse que,
embora me tenhais visto, no credes. Todo aquele
que o Pai me d, esse vir a mim; e o que vem a
mim, de modo nenhum o lanarei fora. Porque eu
desci do cu, no para fazer a minha prpria von-
tade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a
vontade de quem me enviou esta: que nenhum
eu perca de todos os que me deu; pelo contrrio,
eu o ressuscitarei no ltimo dia. De fato, a vonta-
de de meu Pai que todo homem que vir o Filho e
nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei
no ltimo dia. Murmuravam, pois, dele os judeus,
porque dissera: Eu sou o po que desceu do cu. E
diziam: No este Jesus, o filho de Jos? Acaso,
no lhe conhecemos o pai e a me? Como, pois, ago-
ra diz: Desci do cu? Respondeu-lhes Jesus: No
murmureis entre vs. Ningum pode vir a mim se o
Pai, que me enviou, no o trouxer; e eu o ressusci-
tarei no ltimo dia.
Lio 7
117
perGunta 7: Essa passagem se refere a um grande nmero de aes do Pai, do Filho e dos crentes. Elas parecem se-guir uma progresso, ou seja, uma ao leva a outra. No espao abaixo, procure recriar essa progresso. Qual ao aconteceu pri-meiro? O que aconteceu em segundo lugar e assim por diante?
perGunta 8: A palavra eleio no aparece em Joo 6.35-44. Nem as palavras graa irresistvel. No entanto, mui-tos poderiam argumentar que essas doutrinas, em si, de fato aparecem nesse texto. Como Jesus se refere eleio nessa pas-sagem? Como Ele se refere graa irresistvel?
Tulip
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5 dia: MinhaS oVeLhaS ouVeM a Minha VozNo evangelho de Joo, Jesus sempre se refere ao seu povo
como suas ovelhas.
perGunta 9: O que voc diria se algum lhe perguntas-se: Como posso me tornar uma ovelha de Jesus?
Reflita em Joo 10:24-27.
Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: At
quando nos deixars a mente em suspenso? Se tu s
o Cristo, dize-o francamente. Respondeu-lhes Jesus:
J vo-lo disse, e no credes. As obras que eu fao em
nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vs
no credes, porque no sois das minhas ovelhas. As
minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheo, e
elas me seguem.
Lio 7
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perGunta 10: De acordo com essa passagem, qual a ordem apropriada?
A) Primeiro voc cr em Jesus. Depois, baseado nisso, voc se torna parte de seu rebanho.
B) Primeiro voc faz parte do rebanho de Cristo. Depois, baseado nisso, voc cr em Jesus.
SaiBa MaiS
Leia ou oua o sermo God Has Chosen Us in Him Before the Foundation of the Earth (Deus Nos Escolheu Nele Antes da Fundao do Mundo) disponvel no site do ministrio Desiring God.
perGunta 11: Quais so as duas maneiras pelas quais podemos buscar a certeza da salvao? O que a busca pela certe-za da salvao tem a ver com a doutrina da eleio?
Tulip
120
perGunta 12: De que forma John Piper prova que Deus escolhe indivduos para serem salvos? Qual argumento voc achou mais persuasivo?
Leia ou oua ao sermo God Predestined Us unto Sonship through Jesus Crist (Deus nos Predestinou para Sermos Filhos por meio de Jesus Cristo) disponvel no site do ministrio De-siring God.
perGunta 13: Qual a diferena entre eleio e pre-destinao? luz dessa distino, qual delas a doutrina controversa?
Lio 7
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perGunta 14: Qual o maior alvo da predestinao? De que modo John Piper demonstra esse ponto em Efsios 1.3-14?
perGunta 15: Qual o grande fundamento da nossa predestinao?
aSSiSta e anote
De que modo John Piper resume o assunto que argumentar?
Tulip
122
Como a eleio auxilia nas situaes do ministrio pastoral?
De que modo alguns arminianos explicam a doutrina da eleio?