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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DO RIO IGUAÇU, EM ARAUCÁRIA,
COM ÊNFASE NO USO DO APLICATIVO GOOGLE EARTH
FREITAS, Álvaro José Baptista de1
DINIZ FILHO, Luís Lopes 2
RESUMO
O ensino de Geografia na atualidade apresenta várias possibilidades didáticas, entre elas o uso de ambientes virtuais para melhor compreensão dos conteúdos geográficos. O uso de tecnologias na construção do conhecimento geográfico é uma alternativa bastante atraente, pois oportuniza ao aluno visualizar em tempo real diversos contextos relacionando-os em tempos e espaços diferenciados. Neste sentido este trabalho apresenta como alternativa metodológica o desenvolvimento de atividades utilizando-se o aplicativo Google Earth. Para fins de pesquisa delimitou-se como temática a degradação ambiental no entorno do Rio Iguaçu e seus afluentes. O estudo das bacias hidrográficas no ensino de Geografia possibilita inúmeras abordagens, pois oportuniza discussões relacionadas a aspectos que envolvem o contexto social, econômico, cultural e politico onde o objeto de estudo está localizado. Além disso, coloca o aluno em contato com a sua história local ao demonstrar os vários aspectos envolvidos acerca do objeto de pesquisa estudado.
Palavras-chave: Geografia. Tecnologia. Rio Iguaçu.
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho constitui-se em relato de experiência pedagógica realizada
durante o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE na etapa 2014/2015,
no Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski – Ensino Médio e Profissional, na
cidade de Araucária- Paraná.
O trabalho desenvolvido junto aos alunos abordou a degradação ambiental do
rio Iguaçu, em Araucária, com ênfase no aplicativo Google Earth, explorando de
forma mais saliente a poluição da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu, também no
município de Araucária.
Por ser considerado o segundo rio mais poluído do Brasil, como professor de
Geografia que trabalha no município de Araucária, entendi ser de extrema relevância
estudar o Alto Iguaçu, pois percebi que nossos alunos desconhecem a real
1 Professor da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail: alvarojbaptista@ig.com.br 2 Orientador PDE da Universidade Federal do Paraná - UFPR. E-mail: diniz.ufpr@gmail.com
degradação em que se encontra. Aliás, muitos estudantes sequer têm conhecimento
sobre a bacia do rio Iguaçu e seus principais afluentes, bem como não conhecem a
própria região onde moram. Talvez, parte dessa falta de conhecimento e interesse
em conhecer a região em que estão vivendo, se dê pela questão migratória, já que
Araucária absorve como boa parte de sua população, migrantes de várias regiões do
país, sendo que alguns permanecem por apenas um período em decorrência do
trabalho sazonal, periódico que aqui desenvolvem principalmente na empresa
Petrobrás que os contratam, mas a grande maioria aqui fixa suas raízes, porém sem
tomar conhecimento sobre a história da cidade que estão adotando para si.
Por isso, propiciar aos alunos o estudo detalhado do rio Iguaçu, focando na
degradação que este sofreu ao longo dos anos, justamente em função tanto do
aumento de empresas que aqui se instalaram, bem como também do aumento
populacional provindo de outras regiões, fez-se de relativa importância,
necessitando assim, de um trabalho diferenciado, que instigue o interesse na
aprendizagem. Para este fim optou-se pelo uso do Google Earth, que constitui-se
como um aplicativo tecnológico de fácil manipulação e acesso com o intuito de
tornar as aulas interativas e de real significado para o aluno.
Desta forma, limitou-se como objetivo geral desse trabalho, a identificação
dos principais agentes de degradação do rio Iguaçu em Araucária e com o uso do
aplicativo Google Earth buscou-se de maneira mais abrangente os seguintes
objetivos específicos: oportunizar aos estudantes conhecer a bacia do Alto Iguaçu e
seus principais afluentes no município de Araucária; observar áreas de degradação
em torno do rio Iguaçu e identificar passivos ambientais; conscientizar os estudantes
sobre a importância da água e a sua preservação.
A relevância desse trabalho promove ao aluno conhecer o período antes da
empresa Petrobrás aqui se estabelecer e após os longos anos da sua instalação e
as grandes transformações ocorridas tanto na área ambiental urbana como na área
ambiental da cidade de Araucária. E a ferramenta tecnológica foi um acessório de
significativa relevância, pois proporcionou a adaptação das práticas comuns usadas
no dia a dia e despertou o interesse nos alunos, promovendo a interação, o
conhecimento e a análise dos dados apresentados.
Para a construção deste trabalho, então, usou-se duas linhas pedagógicas
que corresponderam às aulas explicativas que subsidiaram o conhecimento sobre o
assunto e a discussão sobre o objetivo de estudo e, após, as aulas em laboratório
com a ferramenta Google Earth que serviram para que o aluno fizesse a
visualização de imagens, trabalhasse com escalas, caixas de textos e marcadores, e
por fim, através da sua leitura e interpretação, observasse o impacto ambiental no
meio, verificando suas transformações, sua disposição e a possível riqueza de
análise, tendo a consciência do espaço em que está inserido de uma maneira
diferente da qual estava acostumado.
2. TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
As várias tecnologias são uma realidade entre os nossos alunos e o professor
não pode abdicar dessa ferramenta. Dessa forma, os educadores devem utilizá-la de
maneira pedagógica no processo ensino-aprendizagem. Muitas foram às invenções
tecnológicas desde que saímos do giz e quadro negro até chegarmos ao
desenvolvimento da internet, a qual se destaca devido a sua fácil acessibilidade e
que ultrapassa barreiras físicas, podendo estar ao mesmo tempo em vários lugares.
Segundo Seabra (2010) para que estas tecnologias sejam significativas, não
basta que os alunos simplesmente acessem as informações; eles precisam ter a
habilidade e o desejo de utilizá-las, saber relacioná-las, sintetizá-las, analisá-las e
avaliá-las. Nesse contexto, entra o papel do professor, pois isto não acontece de
forma aleatória e deve ser trabalhado pedagogicamente com a sua intermediação.
Para Kalinke (2003), o uso da internet como ferramenta pedagógica vem
apresentado um crescimento constante e efetivo. Mesmo se tratando de um recurso
tecnológico recente, sua incorporação, bem como dos computadores em geral nos
processos educacionais, está se consolidando como uma das boas novidades
pedagógicas. Muitos são os aspectos positivos da internet, mas destacamos um que
é o fato dos estudantes poderem se apropriar do conteúdo de uma determinada
disciplina através da forma que mais lhe convier, ou seja, pode ser através de textos,
vídeos, slides. Os caminhos são vários e é o estudante que escolhe como chegar
até eles com a orientação do professor. Ao mesmo tempo, a internet pode ser
considerada um divisor de águas na educação. Entretanto os educadores devem
saber utilizá-la pedagogicamente, de forma a embasar os conteúdos para que o
processo de ensino aprendizagem seja mais próximo da realidade do aluno,
tonando-se mais interessante.
As várias tecnologias são uma realidade entre os nossos alunos e o professor
não pode abdicar desta ferramenta. Desta forma, os educadores devem utilizá-la de
maneira pedagógica no processo ensino-aprendizagem.
Muitas foram às invenções tecnológicas desde que saímos do giz e quadro
negro até chegarmos ao desenvolvimento da internet, a qual se destaca devido a
sua fácil acessibilidade e que ultrapassa barreiras físicas, podendo estar ao mesmo
tempo em vários lugares.
Muitos são os aspectos positivos da internet, mas destacamos um que é o
fato dos estudantes poderem se apropriar do conteúdo de uma determinada
disciplina através da forma que mais lhe convier, ou seja, pode ser através de textos,
vídeos, slides. Os caminhos são vários, é o estudante que escolhe como chegar até
eles com a orientação do professor. Ao mesmo tempo, a internet pode ser
considerada um divisor de águas na educação. Entretanto os educadores devem
saber utilizá-la pedagogicamente, de forma a embasar os conteúdos para que o
processo de ensino aprendizagem seja mais próximo da realidade do aluno,
tonando-se mais interessante.
Conforme observam Silva Junior e Costa (2012), o professor da atualidade
precisa desenvolver competências que o ajudem a tornar a tecnologia uma
ferramenta útil e significativa em termos pedagógicos, ao seu alcance. Além disso,
ainda são necessárias muitas discussões, pesquisas, esclarecimentos e incentivos
governamentais para integrar a tecnologia às nossas práticas pedagógicas. Apesar
de ainda existirem lacunas por parte de alguns professores quanto ao processo de
ensino mediado pelo computador, muitas investigações ainda precisam que sejam
feitas, mas também temos que admitir que, quando o trabalho é bem conduzido, os
frutos são colhidos.
2.1 GOOGLE EARTH NO ENSINO DA GEOGRAFIA
Conforme preconiza a Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação
(BRASIL, 1996), os cidadãos devem ser qualificados para viverem nesta moderna
sociedade, onde os avanços tecnológicos foram muito significativos em um curto
espaço de tempo. Cabe à escola trabalhar conteúdos e dar suporte necessário aos
estudantes e professores para melhor usar esta tecnologia a favor do processo
ensino aprendizagem. A geografia é uma disciplina onde os modernos recursos
tecnológicos encontram uma grande aplicabilidade. Os autores descrevem abaixo
sobre o uso de tecnologia e imagens de satélite nos estudos de geografia:
A informática, como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem, é um recurso que permite trabalhar com os conteúdos da geografia utilizando programas computacionais, que vão ao encontro da necessidade do educador.[...]. Vale salientar, que o aluno se sentirá motivado em estudar o espaço geográfico da sua própria região, graças às imagens de satélite. (MACHADO; SAUSEN; 2004, p.02).
Neste contexto tecnológico temos o Google Earth, que é um aplicativo e
segundo o site http://google-earth.softonic.com.br/, permite ver a terra de todos os
ângulos, graças a uma combinação de fotos de satélite, imagens aéreas e do Street
View, cujo recurso disponibiliza vistas panorâmicas de 360º na horizontal e 290º na
vertical, possibilitando ver lugares com um nível maior de detalhes. Neste âmbito, o
Google Earth pode ser considerado um atlas interativo em 3D, que permite o usuário
conhecer todos os cantos da terra, desde as cidades, passando pelos parques
nacionais, maravilhas do mundo e do fundo do mar. É possível até mesmo tirar fotos
da lua e de marte e observar as estrelas olhando para o céu. Ele inclui um sistema
de busca por coordenadas GPS, localizando exatamente qualquer endereço
desejado. Vale citar ainda que este recurso tecnológico poderá ser usado para criar
rotas, calcular distâncias, salvar imagens e até mesmo pilotar um avião com um
pequeno simulador de voo. A navegação através deste Aplicativo é bastante
intuitiva, apenas com o mouse e os ícones da tela, o usuário é induzido a achar o
que está procurando.
2.2 O ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A lei nº 9795/99 (BRASIL, 1999), conhecida como a Lei da Educação
Ambiental, foi o marco legal que determinou a inclusão da Educação Ambiental nas
políticas educacionais do Ministério da Educação.
A educação ambiental faz parte do programa Temas Transversais, onde deve
ser trabalhada por diversas disciplinas, conforme planejamento e conteúdos
específicos. A educação ambiental formal, na prática, deve estar contextualizada em
sua dimensão política, cultural, social, onde ela se insere e não se fragmenta, como
observamos muitas vezes na coleta e destinação de material reciclável. É muito
mais do que isto, pois esta é apenas uma pequena parte de um processo.
A educação ambiental tem que ser agente de transformação social e os
educadores têm que problematizar as realidades sociais para que os objetivos sejam
alcançados. Desta forma, os estudantes devem ser conscientizados que eles fazem
parte de uma coletividade, conforme observa Tristão (2005, p.262):
No caso de uma questão tão híbrida, como a crise, que as políticas públicas não atendem as dimensão educativa e a dimensão ambiental, não basta sentir que estamos em nossas expectativas e que a mercantilização domina o mundo temos de encontrar alguns pontos de apoio para acreditar na possível mudança. E aí passa pelo sujeito sendo si mesmo no mundo e atuando no coletivo para juntar forças para que isso aconteça, para a formação de comunidades interpretativas.
Mas, para tanto, não basta mudarmos nossa prática pedagógica retirando ou
acrescentando conteúdos. Romper velhos conceitos implica rever um conjunto de
ideias, definições e atitudes que, em conjunto, alicerçam o cotidiano das interações
humanas. Através de um planejamento interdisciplinar, alicerçado em um contexto
sócio, político e cultural do aluno, e com uma equipe de educadores comprometidos,
a educação ambiental alcançará seus objetivos, ou seja, passará a ser o agente de
transformação social.
Para que o ensino voltado à educação ambiental seja trabalhado com
adequada compreensão dos conceitos que o envolvem, se faz necessário discutir
cada um deles nas aulas de Geografia. Neste sentido, partindo das análises da
dinâmica do espaço geográfico, deve ser feita uma reflexão da ação antrópica no
meio em que vivemos, levando a uma discussão sobre as consequências da
degradação ambiental.
2.3 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Desde quando os seres humanos deixaram a condição de nômades e se
tornaram então pastores, se fixando na terra e tornando-se agricultores, começaram
os primeiros impactos destes sobre nosso planeta. Estas degradações ambientais
se avolumaram após a revolução industrial e, também, após incrementos
tecnológicos a partir da Segunda Guerra Mundial.
Após essa submissão, o homem percebe que deveria ter uma relação
harmônica com o meio ambiente a partir de um desenvolvimento sustentável,
minimizando os problemas causados por meio do processo de degradação
ambiental. Para a compreensão de tal conceito, o Decreto Federal 97.632/89 em seu
artigo 2º define que “[...] são considerados como degradação os processos
resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem
algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos
recursos ambientais.” (BRASIL, 1989, p.01).
A degradação ambiental é mais ampla que a degradação dos solos, pois
envolve não só a erosão, mas a extinção de espécies vegetais e animais, a poluição
de nascentes nos lagos e bacias, o assoreamento e outros impactos prejudiciais ao
meio ambiente e ao próprio homem.
2.4 ASPECTOS HISTÓRICOS DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
Existem relatos que os índios já se preocupavam com a armazenagem da
água, bem como, quanto ao destino final de seus dejetos. Mas a história do
saneamento básico no Brasil se confunde com a formação das cidades. Eram
distribuídos chafarizes para coletas de águas em pontos estratégicos para a
população.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo -CETESB
(2014), o Arco da Lapa, no Rio de Janeiro, foi o primeiro aqueduto construído no ano
de 1723. Com a vinda da Coroa Portuguesa, em 1808, para o Rio de Janeiro,
tivemos um grande incremento populacional, porém, pouco foram os avanços em
termos de saneamento básico. Apesar de algumas melhorias no setor de
abastecimento de água, o Rio de Janeiro sofreu com muitas epidemias.
No final do século XIX e início do século XX, as epidemias como a febre
amarela, peste bubônica e varíola eram uma constante entre a população. Destaca-
se nesta época o médico sanitarista Osvaldo Cruz no combate a estas epidemias. Já
no período de Getúlio Vargas, com o aumento do êxodo rural em direção aos
centros industriais da região sudeste, começa a aumentar a demanda e tem a
formação de companhias para prestações de serviços à população (CETESB, 2014).
Atualmente, o serviço de saneamento de água e esgoto em nosso país é de
responsabilidade de um ente público, mas ainda é muito defasado. Nas grandes
cidades, as empresas de tratamento de água têm desempenhado um papel
importante para a qualidade da água oferecida à população. De acordo com o
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 90% da população
brasileira tem acesso à água potável, índice semelhante ao de países
desenvolvidos. Com os investimentos ocorridos, o objetivo era que até 2012 esta
porcentagem aumentasse para 92% da população (REVISTA ESCOLA, 2014).
Já o índice de saneamento básico é pior, 25% da população não tem acesso
a este benefício ou tem com precariedade. Juntamente com a meta de distribuição
de água potável, o relatório do PNUD estabelece que o saneamento básico deve ser
garantido para 85,5% da população até 2015. (REVISTA ESCOLA, 2014).
Situação ainda mais grave é a coleta e tratamento de esgoto que segundo
dados publicados na Revista Escola (2014) atingem apenas 55,2% das cidades
brasileiras com coleta de esgoto e só 1/3 fazem o tratamento do que é coletado. As
pessoas que mais sofrem com essa situação vivem em áreas rurais e regiões
periféricas dos grandes centros urbanos, principalmente no Norte e Nordeste. Esse
é um entrave para o cumprimento das metas estabelecidas pelo PNUD em relação
ao acesso ao saneamento básico como fator indispensável à qualidade de vida.
2.5 ASPECTOS HISTÓRICOS DO SANEAMENTO BÁSICO NO PARANÁ
Foi na atual Praça Rui Barbosa, em Curitiba, que tivemos a instalação do
primeiro chafariz que disponibilizava água encanada à população da sua vizinhança.
Finalmente, segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) depois
de muitos projetos, tivemos em 24 de agosto de 1908 inaugurado, oficialmente, o
Reservatório do Alto São Francisco, sendo o primeiro sistema público de água do
Paraná, que contava com 34.838 metros de redes com 28 torneiras para
atendimento da população.
No Paraná, como em outras regiões do Brasil, no ano de 1917, houve muitas
doenças de veiculação hídrica, como a febre tifóide e infecções paratíficas
(SANEPAR, 2014). Em 19 de junho de 1964, a então Companhia de Água e Esgoto
do Paraná (AGEPAR), dá lugar à SANEPAR – Companhia de Saneamento do
Paraná, empresa com participação pública e responsável pelo saneamento básico
em nosso Estado (SANEPAR, 2014).
Segundo dados da SANEPAR (2014), no ano de 2012, no estado do Paraná o
índice com atendimento para tratamento e distribuição de água era de 100% para a
área urbana. Já para a coleta de esgoto, o índice de cobertura da rede era de
62,1%, sendo que o de tratamento é de 99,4% deste total.
De acordo com a Sanepar (2014), os dados sobre a rede de água e
tratamento de esgoto até 2012 eram:
Informações gerais Sanepar 2012
Receita tarifária: R$ 2,290 bilhões
Investimentos: R$ 476,3 milhões
Número de empregados: 6.962
Estações de Tratamento de água (ETA): 176
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE): 227
Fonte: SANEPAR, 2014
Elaboração: O autor, 2015.
Tratamento e distribuição de água 2012
População atendida com rede: 10,2 milhões de habitantes
Índice de atendimento com rede: 100%
Total de ligações: 2.722.460
Extensão da rede de distribuição de água: 44.200 km
Fonte: SANEPAR, 2014
Elaboração: O autor, 2015.
Coleta e tratamento de esgoto 2012
População atendida com rede: 6,3 milhões de habitantes
Índice de cobertura com rede: 62,1%
Total de ligações: 1.564.531
Índice de tratamento: 99,4%
Extensão da rede de distribuição de esgoto: 26.600 km
Fonte: SANEPAR, 2014
Elaboração: O autor, 2015.
2.6 O RIO IGUAÇU
Considerado o maior rio totalmente paranaense, o rio Iguaçu corta o estado
do Paraná na sua porção sul, no sentido leste - oeste. É formado pelo encontro dos
rios Iraí e Atuba, na região leste de Curitiba, divisa com o município de Pinhais. A
partir daí percorre 1320 km passando pelos três planaltos paranaenses até sua foz,
no rio Paraná. A área total da bacia hidrográfica do rio Iguaçu, considerando Brasil e
Argentina, é de 70.800km² (SEMA, 2013).
Deste total, dentro do Estado do Paraná, sua bacia hidrográfica é de
80,5%(50.820,4km²), abrangendo 28% da área do Estado e uma população de
4.405.882habitantes, aproximadamente 43% da população do Estado, 16,5% no
Estado de Santa Catarina e apenas 3% ficam na Argentina (SEMA, 2013).
A bacia do Iguaçu está dividida em três unidades hidrográficas de Gestão de
Recursos Hídricos: Baixo Iguaçu, Médio Iguaçu e Alto Iguaçu. Na porção do Alto
Iguaçu, região metropolitana de Curitiba, é caracterizado por um grande contingente
populacional e por atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços, as
quais são as mais importantes. É relevante constar que o cinturão verde da região
metropolitana é muito importante, pois além de abastecer a capital, abastece outras
cidades do interior do Estado e até outras regiões do país. A produção baseia-se no
cultivo de frutas e hortaliças, que geralmente são irrigadas e levam uma alta carga
de defensivos agrícolas para efetivar sua produção. Já para o interior do Estado
(Médio e Baixo Iguaçu) predomina a atividade agrícola como o cultivo de soja, trigo,
além das pastagens. Aproximadamente o contingente populacional da unidade do
Alto Iguaçu (região metropolitana) é de 2.940.949hab.(55%) (SEMA, 2013).
No município de Araucária, os principais afluentes do rio Iguaçu são, do lado
direito: rio Barigui, rio Cachoeira, rio Passaúna e rio Verde; e do lado esquerdo: rio
Maurício, rio Faxinal, rio Campo Redondo, rio Guajuvira, rio Pinduva e rio Isabel
Alves (VERTRAG PLANEJAMENTO LTDA, 2007).
2.6.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DO RIO IGUAÇU E QUALIDADE DA ÁGUA
Nas décadas de 50/60, o rio Iguaçu era usado como ponto de recreação para
famílias nos finais de semana e feriados e, também, como lazer em descontraídas
pescarias. Até pequenos vapores navegavam em suas mansas águas. Saudosos
tempos que se perderam no passado, pois hoje é considerado o segundo rio mais
poluído do Brasil.
Com a derrubada das matas e, principalmente, com o “boom” da soja a partir
dos anos 70, a atividade agrícola se intensificou. Foram construídas cinco
hidrelétricas para impulsionar as indústrias do nosso país, o que geram 7% de toda
a energia hidrelétrica do Brasil. Portanto, o maior rio Paranaense presenciou, como
já citado, o aparecimento do homem branco no Estado e, com ele, o povoamento e o
desenvolvimento das atividades econômicas, bem como a sua própria degradação,
principalmente na unidade do Alto Iguaçu, região metropolitana, onde o índice de
oxigenação da água é mínimo.
Toda essa degradação da Bacia do Alto Iguaçu tem ação direta na qualidade
de suas águas. Segundo levantamento realizado pelo IAP (2014), a qualidade das
águas do Iguaçu estão piorando com o passar dos anos, sendo classificada como
“muito ruim”.
Para melhorar a qualidade destas águas é necessário valores estimados em
R$1,6bilhões. Não é só o numerário, é planejamento, esforços institucionais e
vontade política. Comprovam-se tais afirmações com exemplos positivos que temos
no mundo, como é o caso do rio Tâmisa, na Inglaterra. A qualidade da água do rio
Iguaçu, até chegar no município de Araucária, já está muito degradada por diversos
fatores como falta de mata ciliar, ocupações irregulares, ausência da coleta e
tratamento de esgoto doméstico, destino incorreto de efluentes industriais, entre
outros. Já em terras araucarienses esses fatores se agravam ainda mais,
comprometendo novamente as águas do Alto Iguaçu.
Dias (1992, p.238) se refere à qualidade da água relacionando-a à vida “A
água, esse mineral que existe na terra há mais de três bilhões de anos,
contextualizando o surgimento da vida, continua sendo um fator limitante decisivo
para a biota. Dependemos da sua qualidade para mantermos a nossa saúde.”
2.7 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
2.7.1. DADOS DO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIA
Araucária está localizada na região metropolitana de Curitiba, abrangendo
uma área de 469,24km, com uma altitude de 857 metros e uma população estimada
em 129.209hab de acordo com os dados de 2013. O município foi criado através do
Decreto Estadual Nº 40 de 11 de fevereiro de 1890, e teve como seu primeiro
administrador, o Major Sezino Pereira de Souza. A cidade está situada às margens
do rio Iguaçu, é cortada pela BR-476-Rodovia do Xisto, distando 27 km do centro de
Curitiba (IBGE, 2014).
Conforme dados contidos no Perfil Municipal, Araucária nasceu de uma
concentração de imigrantes eslavos, voltados inicialmente para a agricultura, devido
as condições propícias de solo e clima. Posteriormente, na década de 70 com a
instalação da REPAR (Refinaria Getúlio Vargas), a cidade começou a sofrer
influências do desenvolvimento industrial, servindo de sede às novas indústrias, com
geração de empregos, fazendo com que muitos trabalhadores de outras regiões do
estado e do país migrassem para cá e, por consequência aumentasse o índice
populacional do município. (PREFEITURA DE ARAUCÁRIA, 2003).
2.7.2 SANEAMENTO BÁSICO EM ARAUCÁRIA
Segundo Carvalho (1975, p.122), quanto maior a carga de esgoto lançado
num curso d’água, maior será a quantidade de matéria orgânica que ele receberá,
aumentando e proliferando a quantidade de bactérias que, por consequência,
consumirá o oxigênio existente na água. Isto poderá provocar a morte de toda a
população que vive sob o rio, inclusive não sendo poupadas nem mesmo elas
próprias.
Um rio sem oxigênio é um rio morto, sem vida. Segundo Carvalho (1975,
p123), “surjam agora milhões de seres microscópicos e que têm a curiosa
prerrogativa de “respirar” sem oxigênio livre. São as bactérias anaeróbicas.” Muitos
destes seres são patogênicos.
O município possui rede de abastecimento de água, que atende toda a área
urbana e algumas comunidades da área rural. Quanto ao esgoto coletado, segundo
dados da SANEPAR (2014), 37,65% do esgoto é recolhido pela Empresa no
Município, com uma eficiência de tratamento na ordem de 80%. Segundo o Biólogo
Hélio Bzunek, da SMMA, 95% do esgoto coletado é tratado. Como resultado, na
melhor das hipóteses, somente 28,60% do esgoto de Araucária está sendo
realmente tratado.
Em relação ao esgoto não coletado em Araucária, 62,35% não é recolhido e
não é tratado, portando esta totalidade é direcionada para fossas, galerias de águas
fluviais, ou diretamente a céu aberto. Acredita-se ser esta a maior degradação
ambiental que o rio Iguaçu sofre em nosso município, pois todos estes dejetos vão
para córregos, lençol freático e têm como destino final, o rio Iguaçu (SANEPAR,
2014).
2.7.3 EFLUENTES INDUSTRIAIS EM ARAUCÁRIA
As grandes empresas são bem gerenciadas, pois possuem sistemas próprios
de tratamento de seus resíduos e licenciamento ambiental. Além de serem
Empresas que se preocupam com a questão ambiental, e devido ao seu grande
potencial poluidor, constantemente são fiscalizadas. Mas a dificuldade é com relação
às empresas de pequeno porte, as quais não têm sistema de tratamento de seus
resíduos e que direcionam seus efluentes quando não diretamente para o rio Iguaçu
ou seus afluentes, despejam estes nas galerias de coleta de água pluvial, que têm
como destino final o rio Iguaçu. São empresas que a fiscalização é mais difícil e
precisam ser mais bem monitoradas, pois algumas são até irregulares, sazonais, e
mesmo aquelas regularizadas, o ilícito ambiental é de difícil constatação.
2.7.4 TRATAMENTO DADO AOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM ARAUCÁRIA
De acordo com o biólogo Hélio Bzuneck1, Diretor do Departamento de
Limpeza pública da Secretaria do Meio Ambiente de Araucária, a coleta é realizada
pela Empresa Transresíduos – Transportes de Resíduos Industriais, a qual abrange
todo o município, tanto a área urbana quanto a rural. Sua destinação final é no aterro
sanitário da Estre Ambiental, no município da Fazenda Rio Grande. A coleta de
produtos recicláveis também é realizada pela municipalidade, sendo doada a sua
totalidade para a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis – Reciclar
Araucária. Também é coletado pelo Poder Público Municipal, resíduos de serviço de
saúde pública, resíduos vegetais, entulhos das vias públicas e calçadas,
recolhimento de pequenos animais mortos, além da varrição das ruas que é
realizado na área central e nos bairros de maior aglomeração urbana.
Conforme o biólogo Hélio Bzuneck3, apesar do município de Araucária prestar
um bom serviço aos munícipes quanto à coleta e destinação de resíduos sólidos, a
população ainda tem o péssimo habito de jogar o lixo em terrenos baldios, córregos,
vias públicas, que em suma vão parar no rio Iguaçu, sendo este ato um fator muito
significativo na degradação ambiental de suas águas.
2.7.5 EXTRAÇÃO DE AREIA
São várias ás áreas degradas pela extração de areia no entorno do rio Iguaçu
em Araucária, conforme podemos observar no Plano de Ação Urbana. Após a
retirada da areia para ser utilizada na construção civil, os locais simplesmente são
abandonados e não recebem nenhuma mitigação. Esta atividade devasta a mata
ciliar, contamina o rio com combustível, seca lagoas onde se reproduzem espécies
animais e vegetais a beira dos rios, ou seja, interfere em todo o ecossistema, além
de ficarem as cavas, que são buracos submersos onde muitos jovens desavisados
perdem a vida quando se banham em suas águas. (VERTRAG PLANEJAMENTO LTDA).
Devido à retificação ocorrida no leito do rio Iguaçu na década de 70, para
conter as constantes enchentes, as matas ciliares do rio foram grandemente
devastadas. Atualmente esta proteção natural encontra-se devastada em muitas
áreas do município, principalmente na área urbana.
3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA
3.1 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A implementação deste trabalho ocorreu no Colégio Estadual Prof. Júlio
Szymanski – Ensino Médio e Profissional, em Araucária, com alunos do 1º ano do
Ensino Médio, do período vespertino.
A metodologia utilizada para este trabalho foi a pesquisa bibliográfica
decorrente da leitura de materiais da internet, livros e artigos acadêmicos.
Para que a investigação científica tenha validade Moresi (2003, p.12)
descreve que é necessário utilizar-se um conjunto de procedimentos técnicos e
intelectuais denominado de método científico.
3 Entrevista concedida por Hélio Bzuneck [abril de 2014]. Entrevistador: Álvaro José de Freitas Baptista. Araucária 2014.
Em seu sentido mais geral, o método é a ordem que se deve impor aos
diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado
desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos
que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da
verdade. A característica distintiva do método é a de ajudar a compreender,
no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o
próprio processo de investigação. (MORESI, 2003, p.13)
Tomando estes pressupostos como referenciais a metodologia utilizada para
o desenvolvimento deste trabalho foi à pesquisa qualitativa.
A abordagem qualitativa entende que a realidade é subjetiva e múltipla, que ela é construída de modo diferente por cada pessoa. Assim, o pesquisador deve interagir com o objeto e sujeito pesquisado, a fim de dar vozes a eles para construir uma teia de significados. Para isso, os valores pessoais do pesquisador, ou seja, sua visão de mundo fará parte do processo investigativo, sendo impossível desvincular-se dela. (CHUEKE e LIMA, 2012, p.65)
A aplicação ocorreu de forma que a cada temática desenvolvida promoveu-
se a relação teoria e prática.
Em sala os temas foram desenvolvidos utilizando-se textos, vídeos, palestras,
debates e produções textuais. No laboratório os alunos realizaram atividades através
do aplicativo Google Earth para melhor entendimento e fixação das atividades
trabalhadas em sala. As atividades trabalhadas pelos alunos envolveram as
seguintes temáticas: degradação ambiental do rio Iguaçu; a relação antrópica na
bacia do Alto Iguaçu; a bacia hidrográfica do Alto Iguaçu; saneamento básico e
análise dinâmica espaço-temporal.
A aula em laboratório foi primordial para o desenvolvimento deste trabalho,
bem como a apresentação do resultado pelos alunos quando utilizaram o aplicativo
Google Earth, trabalhando a temática ambiental. Conforme a temática trabalhada os
alunos realizavam as mais variadas atividades, tais como: visualizações da bacia do
Alto Iguaçu e seus a afluentes, observando possíveis degradações, medições de
distâncias(largura da mata ciliar, distância do Colégio até o rio....) observação da
nascente/foz do rio Iguaçu, grandes Empresas localizadas próximas a bacia do Alto
Iguaçu mananciais, localização de ETE – Estação de Tratamento de Esgoto,
observação das transformações do espaço/temporal no entorno do Rio. Nas
atividades foi dado ênfase ao município de Araucária.
As atividades em sala de aula transcorreram sem quaisquer dificuldades, pois
foram previamente preparadas e embasadas em um conteúdo que era de interesse
nos nossos alunos. Foram vários os debates e quando o assunto era sobre a
degradação ambiental, ocorreu uma certa exaltação por alguns alunos, que o
professor como mediador teve que saber como conduzir os rumos do debate para
que não houvesse uma desvirtuação dos objetivos propostos. Vídeos foram
passados através do datashow, mostrando-se como uma ferramenta muito
importante, bem como os textos trabalhados em sala e as produções realizadas
pelos alunos, expressando o seu conhecimento pelo assunto. Muito cativante
também foi uma palestra realizada sobre o tema: Saneamento Básico, onde um
Engenheiro Químico relatou os alunos os principais processos de tratamento de
água e esgoto em nossos país, bem como os problemas advindos da falta de um
tratamento adequado para ofertar água potável e coleta e tratamento do esgoto
doméstico. Esta atividade foi muito importante pois uma das principais causas da
degradação do rio Iguaçu é a falta de coleta e tratamento adequado ao esgoto
doméstico.
Já no laboratório de informática, os alunos não tiveram dificuldade ao acesso
e manuseio do aplicativo, Google Earth, pois seu manuseio é intuitivo e muitos já o
conheciam e o utilizavam. Apesar dos alunos conhecerem o aplicativo, alguns
alunos tiveram de início uma relativa dificuldade em realizar alguma atividade
proposta, mas estes eram auxiliados pelos colegas. O professor ficava coordenando
os trabalhos e realizava as intervenções quando havia necessidade. Segundo os
relatos dos alunos, as atividades foram muito importantes, pois alicerçou os
conteúdos trabalhados em salas. Mas o que mais importante eles acharam foram
observar as imagens, que por si só “falam muito” e a transformação do espaço
geográfico em torno do rio através do tempo. Ressalto que alguns alunos realizaram
as atividades com seu notebook, pois para o desenvolvimento das atividades
acredita-se ser aceitável um computador para cada dois alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação entre a tecnologia e novas formas de apreensão do conhecimento
deve ser constante no contexto escolar, não sendo mais possível o professor ficar
engessado em práticas tradicionalistas, devendo utilizar o avanço tecnológico como
aliado ao aprendizado dos alunos. No contexto da disciplina de Geografia, as
tecnologias são indispensáveis, pois possibilitam aos alunos vislumbrarem de forma
mais realista os conteúdos ministrados durante as aulas.
O uso de tecnologias como o Google Earth faz parte do novo modelo de
disseminação do conhecimento cartográfico sendo categorizado como um mapa
virtual. Os mapas virtuais são caracterizados como programas ou aplicativos que
reproduzem de forma realista vários espaços geográficos, podendo-se através deles
visualizar imagens em tempo real da vegetação, estradas, rios, paisagens, pontos
turísticos e outros, dependendo do recurso digital utilizado. Isto não quer dizer que o
professor irá substituir os mapas em papel apenas irá adequar o conteúdo de forma
a torná-lo, mas atrativo, sendo a tecnologia um aporte complementar a outros
materiais utilizados em sala de aula.
REFERÊNCIAS
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