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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA ACULTURAÇÃO DOS POVOS GUARANI NA
ALDEIA PINHAL DE ESPIGÃO ALTO DO IGUAÇU – PR
RIBEIRO, Maria Joselia 1
PAWLAS ,Nilsa de Oliveira2
RESUMO
Este artigo relata a intervenção pedagógica realizada no Colégio Rural Estadual Pedro Rufino de Siqueira – Espigão Alto do Iguaçu-PR, onde se trabalhou sobre as causas e as consequências da aculturação dos povos Guaranis da Aldeia Pinhal, o qual teve por objetivo principal relatar através de estudos de textos, pesquisas na internet, questionários, análises de vídeos, imagens , visita à Aldeia e outros recursos didáticos pedagógicos, o que está levando os povos Guaranis a deixarem sua cultura de lado, bem como promover a construção de novos conceitos perante a comunidade escolar, descaracterizando velhos paradigmas sobre sua sociedade. O processo de desenvolvimento desse trabalho resultou na valorização e no conhecimento da cultura dos povos indígenas, pois desde o contato com os europeus os mesmos vêm sofrendo transformações através da apropriação de outras culturas. Palavras-chave : Povos Indígenas, Educação, Aculturação
1 INTRODUÇÃO
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica através da Lei Nº 13.381/01 e
da Lei Nº 11.645/08 tornam obrigatório o ensino de História do Paraná e a Cultura
Indígena nas escolas do nosso estado, tendo em vista que temos três grupos
indígenas: os Kaingang (jê), os Guaranis e os Xetás. Considera-se de suma
importância para os alunos conhecerem através deste projeto sua cultura, o modo
de vida que tinham e o processo de aculturação durante o contato com o homem
1 Professora PDE, graduada em História pela Faculdade de Ciências e Letras de Palmas FACEPAL. Especialista
em Orientação e Supervisão Escolar , concluinte do PDE turma 2014 2 Doutora em Educação, Chefe do departamento de Pedagogia e. Orientadora PDE pela Universidade Oeste do
Paraná-UNICENTRO.
branco.
Os índios Kaingang encontravam-se espalhados pelos campos de Palmas e
Guarapuava, também nos sertões próximos ao Rio Tibagi e Ivaí. No século XVII
tiveram seu primeiro contato com os bandeirantes e tinham como atividades
econômicas a agricultura, a pesca e a caça.
Os índios Guarani ocupam hoje os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Enxotados de
um lado para outro, os Guaranis resistem e hoje são uma das duas nações mais
numerosas do país. Suas aldeias são formadas por poucas famílias, compostas de
pais, filhos, genros e netos.
Os Xetás vivem isolados, longe de suas terras, impedidos de compartilhar
seus conhecimentos, sua cultura, língua, organização, etc.
Segundo os Cadernos Temáticos – Educação Escolar Indígena, (2008).
Atualmente, os Xetás vem reivindicando seus direitos a terra, educação, saúde e
melhoria de condições de vida junto ao Estado Brasileiro que os manteve invisíveis
ao longo de quarenta anos. É legítimo que lhes seja garantido todos esses direitos,
cabendo a eles, a agência de seu presente e futuro.
Através desta temática analisamos e descrevemos através de pesquisas e
relatos de indígenas, visitas a aldeia, dentre outras metodologias, as causas e
principalmente as consequências da aculturação indígena Guarani na atualidade.
Podemos perceber que a população indígena sofreu uma grande redução nesses
séculos de História Brasileira. Esse povo percorreu um caminho muito difícil,
perderam suas terras, seu direito de viver em liberdade, foram isolado em reservas,
distantes de tudo e de todos, como se não fizessem parte da nação brasileira.
Porém, os índios devem ser respeitados como cidadãos brasileiros com sua própria
cultura e costumes. O processo de aculturação trouxe para as sociedades indígenas
pontos positivos e negativos, pois segundo Borges (1993)
A história procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. A transformação é a essência da história; quem olhar para trás, na história e na sua própria vida compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente, isso é valido para o indivíduo e também para a sociedade. Nada permanece igual, e é através do tempo que se percebem as mudanças. (BORGES, 1993, p.56).
Apesar das diferenças culturais, os povos indígenas de hoje têm se dado
conta de que compartilham de uma mesma história de violação e exploração de
seus direitos mais fundamentais. A partir da tomada de consciência da possibilidade
de construir uma identidade comum, os grupos vêm se organizado e atuando de
forma muito expressiva na política nacional. Podemos perceber que cada vez mais
vem surgindo setores de pessoas interessados em apoiar a luta desses povos pela
manutenção de sua cultura, identidade e preservar sua maneira de ver o mundo.
Todavia precisamos reconhecer que é num contexto de conflito, que devemos ver
que os indígenas no Brasil hoje são permeados de preconceitos, desinformação e
intolerância.
Pois, segundo Piletti e Piletti (1989, p.28 ) “O mundo do índio começou a
desmoronar no momento do encontro com o branco. Este se considera superior e
dono da verdade, com direito sobre a terra, a liberdade e a própria vida do índio (...)”
A determinação dos grupos indígenas e sua expressão no mundo moderno e
contemporâneo nos fazem pensar na busca de uma nova ética, construída em
conjunto com o objetivo de afirmar a verdadeira e legítima convivência com a
diferença.
A questão fundamental que nos leva a refletir sobre os povos indígenas hoje
no Brasil é: quais as condições mínimas necessárias para que seja garantida a
igualdade entre todos os cidadãos, o respeite e o direito as diferenças?
Nesse contexto Ribeiro (1996) afirma:
Aqueles que só podem admitir o índio como um futuro não –índio devem compreender que a assimilação depende menos de uma politica indigenista que das condições de vida da população total do país. Quando o lavrador gozar de maior amparo , for dono da terra que trabalha e libertar-se das condições de exploração em que hoje estiola , estará alcançada uma das condições básicas para a assimilação do índio já aculturado( RIBEIRO, 1996.p.217)
2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL
Nos últimos anos houve avanços importantes em relação à educação
indígena. O amparo legal á educação diferenciada teve seu auge com a Constituição
Federal de 1988, a qual propõe o respeito às línguas maternas e processos próprios
de assimilar seus conhecimentos, conforme assegura a Constituição Federal, “art.
210, § 2º,p.131, o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,
assegurando as comunidades indígenas também a utilização de suas línguas
maternas e processos próprios de aprendizagem”.
No princípio a educação indígena era função dos missionários jesuítas tendo
como objetivo a catequização. No início da colonização do Brasil o índio foi
submetido a todo tipo de violência e explorado pelos colonizadores. A corte
portuguesa impôs a seus subordinados em especial a igreja a catequização desses
povos com a intenção de domesticá-los; esse processo aconteceu com o
derramamento de muito sangue, sem nenhum respeito, muitos religiosos assumiram
posições em defesa aos índios.
Aos poucos foram sendo feitos documentos (alvarás, decretos, etc.) os quais
referenciavam os índios. Um desses documentos permitia as denominadas guerras
justas, a qual garantia a submissão dos índios arredios ao domínio dos
colonizadores. E assim, cada vez mais foram sendo criados decretos que
continuavam sendo ignorados pelas autoridades e senhores da época, os quais
observavam quando lhes era conveniente.
Segundo Silva e Azevedo: (2004)
Até o fim do período colonial, a educação indígena permaneceu a cargo de missionários católicos de diversas ordens, por delegação tácita ou explícita da Coroa portuguesa. Com o advento do Império, ficou tudo como antes: no Projeto Constitucional de 1823, em seu título XVII, art. 254, foi proposta a criação de “[...] estabelecimentos para a catequese e civilização dos índios[...]”. Como a Constituição de 1824 foi omissa sobre esse ponto, o Ato Adicional de 1834, art. 11, parágrafo 5, procurou corrigir a lacuna, e atribuiu competência às Assembleias Legislativas Provinciais para promover cumulativamente com as Assembleias e Governos Gerais “[...] a catequese e a civilização do indígena e o estabelecimento de colônias”.(SILVA e AZEVEDO, 2004, p.150 )
Segundo texto do MEC, com o advento do Império, em 1822, apesar da
educação indígena estar presente nas agendas políticas da época, não representou
para os índios uma política imperial voltada especificamente para seus interesses.
Ao final do Império, os especialistas e autoridades, que chegaram a se entusiasmar
com a possibilidade de haver instituições públicas destinadas ao ensino de crianças
indígenas, desacreditavam que isso pudesse ocorrer sem a intervenção das missões
religiosas. Dessa forma, até o início do século XX o indígenismo brasileiro viveu
uma fase de total identificação com a missão católica e o Estado dividirá com as
ordens religiosas católicas, mais uma vez a responsabilidade pela educação formal
para os índios. (SECAD/MEC, 2007)
No período da república, com a Constituição de 1891 ignorou-se a presença
de índios no país, apenas um decreto transferia ao Estado a responsabilidade de
"instrução dos índios". A situação deles ficou muito delicada e a imprensa passava a
ideia de que o progresso era incompatível com a presença dos índios. Crescia
também a disputa pelas terras indígenas.
Porém, em 1906, as questões indígenas, e em particular a educação escolar
indígena, passaram a ser atribuições do Ministério da Agricultura e, em 1910, de um
órgão dedicado especialmente para assuntos indígenas, o SPI (Serviço de Proteção
ao Índio). Neste novo modelo administrativo começaram a surgir pouco a pouco, as
primeiras escolas mantidas pelo governo federal, o qual foi substituído em 1967 pela
FUNAI (Fundação Nacional do Índio) sob acusação de maus tratos e corrupção.
Entretanto segundo Ferreira (2001)
Os anos de 1980 são marcados por uma intensa articulação indígena através da realização de encontros, reuniões, congressos e assembleias que permitiram o estabelecimento de uma comunicação permanente entre inúmeras nações indígenas cujo objetivo principal era a reestruturação da política indigenista do Estado. (FERREIRA, 2001, p.95 )
Desse modo segundo Carvalho (1989) a Constituição Brasileira de 1988,
tem um de seus capítulos dedicado aos indígenas, a qual se destaca a seguir:
Quando a atual Constituição foi promulgada em outubro de 1988, dedicou
um de seus capítulos (Dos índios) inserido no Título III „Da Ordem Social‟, ao
estabelecimento dos direitos dos povos indígenas. Reconhece-lhes o direito à
diferença, ou seja, à alteridade cultural, assegura-lhes o uso da língua materna e
processos próprios de aprendizagem. Contudo, entre os preceitos legais e a
realidade vivida há um espaço enorme, quase que um abismo, com exceção de
algumas conquistas consolidadas na prática. (CARVALHO, 1998, p. 19)
Já na década de 90, a educação indígena passa a ser fundamentada em
ações práticas que vinham acontecendo nas décadas anteriores, o qual fortalecia o
Movimento Indígena, e passam a reivindicar direitos, entre as quais uma educação
diferenciada e específica.
Em fevereiro de 1991 foi sancionado pelo Presidente da República o Decreto
nº26, o qual atribui ao Ministério da Educação à responsabilidade de coordenar as
ações referentes à educação escolar indígena, em todos os níveis e modalidades de
ensino, em parceria com a Fundação Nacional do índio (FUNAI). O Decreto também
determina que as ações sejam desenvolvidas em parcerias com as Secretarias
Estaduais e Municipais de Educação, em consonância com o Ministério da
Educação e Cultura – MEC. Neste mesmo ano foi criada a Coordenação Geral de
Apoio as Escolas Indígenas (CGAEI) e em seguida o Referencial Curricular Nacional
para as Escolas Indígenas, onde fica garantido o direito a uma educação intercultural
com a formação inicial e continuada de professores indígenas.
A Lei de Diretrizes e base da Educação Nacional - LDBEN (Lei nº 9.394/96)
nos mostra que devemos respeito aos povos indígenas e para tanto, devemos
cumprir à lei a qual menciona: “O ensino da História do Brasil levará em conta as
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígenas, africana e europeia”. (BRASIL, 1996, Art. 26,
§ 4°,p.24 )
A Educação Escolar Indígena diferenciada e especifica está gradativamente
sendo implantada em todo país até hoje. Se novos empecilhos têm sido colocados
para essas comunidades, estes, em princípio, correspondem a um progresso de
uma “escola para os indígenas” em uma “escola dos indígenas”.
2.1 O PROCESSO DE ACULTURAÇÃO.
É possível afirmar que a aculturação seria uma forma de transformação
cultural promovida por fatores externos (contato entre padrões culturais diversos) –
oposta daquele processo permanente que ocorre no interior da própria cultura, isto
é, dentro da própria sociedade ao longo da história. É importante que se diga que os
valores e os costumes de um determinado povo podem se transformar segundo uma
“dinâmica do próprio sistema cultural” (LARAIA, 2008, p. 96), embora de uma forma
mais lenta e gradual.
Porém, é possível afirmar que a aculturação seria uma forma de
transformação cultural promovida por contato entre outros padrões culturais que
ocorrem via processo de aculturação de forma menos branda, e de maneira mais
impositiva; para demonstrar isso, basta analisar na maneira como os europeus
tratavam índios e negros, bem como na forma com que tentaram impor alguns
costumes e valores, como o catolicismo enquanto religião.
Mediante leituras, surgiu o interesse em elaborar este trabalho de pesquisa na
Aldeia Pinhal para entender através da análise dos dados a constatação de que, são
notáveis as mudanças culturais, as quais nos causam preocupação, em vista do
processo de aculturação e assimilação dos valores ocidentais pelas comunidades
indígenas. Verifica-se também o ingresso de outras visões que vêm mudando e
despertando nos índios a sedução para uma cultura de base moderna e capitalista.
Outro fator observado é a desvalorização da cultura indígena pelos brancos que já
não vê mais o índio como índio, mas como um ser sem cultura dominante.
Nesse contexto Ribeiro afirma:
O problema indígena não pode ser compreendido fora dos quadros da sociedade brasileira, mesmo por que só existe onde e quando índios e não índios entram em contato. É, pois um problema de interação entre etnias tribais e a sociedade nacional, cuja compreensão é dificultada pelas atitudes emocionais que se tende a assumir diante dele.(RIBEIRO, 1996,p.213 )
2.3 ALDEIA PINHAL, LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS:
A Aldeia Pinhal localiza-se no Município de Espigão Alto do Iguaçu, na
localidade de Bom Princípio, a aproximadamente 7 km da PR 473, km 10, a qual é
cortada pela BR 277, abrangendo aproximadamente 19.000 hectares, pertencente à
Área Indígena Rio das Cobras. Encontra-se entre os municípios de Espigão Alto do
Iguaçu, Guaraniaçu e Nova Laranjeiras. É de pequeno porte, com aproximadamente
80 casas, algumas construídas por eles mesmos de material aproveitados da própria
natureza como o barro e a taquara. Também há as de lonas plásticas e outras de
alvenaria construídas pela Cohapar.
Nomeada de “Aldeia Pinhal'', pois no passado possuía inúmeros pinheiros
Araucária, o que não ocorre na atualidade, devido à devastação que aconteceu no
decorrer dos tempos.
A comunidade indígena Guarani se instalou no local há aproximadamente 50
anos, devido à presença de grande quantidade de erva-mate nativa, muito utilizada
por eles para fazer o chimarrão; antes os mesmos residiam na Comunidade do Mato
Queimado, também no Município de Espigão Alto do Iguaçu.
No momento atual a aldeia possui aproximadamente 96 famílias com 38
moradores. Esse número pequeno de índios é devido à ocorrência de muita
migração, bem como casamentos com integrantes de outras aldeias também
Guarani.
Entretanto no início da formação da aldeia segundo o depoimento de um
morador, a vida era mais difícil. Viviam da caça que naquela época era abundante,
plantavam alimentos como o milho denominado pintado, que segundo o mesmo
chama-se milho pintado por que foi deixado por deus para a sobrevivência dos
povos indígenas; mas essas plantações eram feitas em pequenas quantidades. Nos
dias de hoje cultiva-se pouca coisa dentro da aldeia, pequenas quantidades de
milho, mandioca, batata, abóbora e feijão através das roças comunitárias, onde os
produtos são distribuídos entre as famílias.
De acordo com Brighenti (2001)
Como a terra nunca é apenas um simples meio de produção econômica, a produção também não é um bem acumulativo. Os Guaranis geralmente produzem para viver e, dessa forma, quanto maior é a capacidade de produção de uma família, menor é o tempo dedicado a essa finalidade.Não havia e não há, entre os Guaranis, a prática de armazenar excedente na perspectiva de acumular, a não ser para a reprodução da espécie e na utilização do próprio grupo por ocasião das festas […] A produção destina -se a um fim coletivo, a satisfazer as necessidades do grupo familiar, através do sistema de troca e distribuição entre as famílias nucleares (BRIGHENTI, 2001.p. 54 )
É importante destacar que os indígenas Guarani fazem uma distinção
importante entre atividade e trabalho.
Segundo Bonamigo (2009)
Entendem por atividade os atos de alimentar-se, pesca, caçar, plantar, fazer artesanato para o próprio uso, usar ferramentas, semear o que a família deseja plantar, ou seja, num sentido mais amplo, atividade é quase tudo que não gera renda. Consideram trabalho o que é feito para vender ou é remunerado: dar aula, fazer artesanato para vender, ser agente de saúde indígena, ser agente de saneamento básico. (BONAMIGO, 2009, p. 179 ).
Antigamente morriam muitos indígenas por causa do sarampo e da varicela,
pois os mesmos não tinham médico, sendo o Pajé da aldeia quem fazia os remédios
na casa de reza com ervas nativas, as quais muitas vezes não eram eficazes.
No ano de 1972 o governo estadual designou um funcionário que vinha de
Curitiba uma vez por mês para consultar e medicar os doentes, mas não era
suficiente, pois demorava muito até a próxima vinda, então o Pajé com seus
remédios naturais continuavam a tratar dos doentes. Nos dias atuais a aldeia é
atendida pela SESAI, a qual tem como responsável pelo atendimento médico a Dra.
Ewa Colsenti e a enfermeira Cleusa Rodak juntamente com um funcionário
municipal que desempenha a função de motorista atendendo todas as necessidades
de transporte nos casos mais graves. O trabalho da saúde dentro da aldeia é reduzir
a taxa de mortalidade infantil, fazer com que todas as crianças sejam vacinadas na
idade correta, prevenção de doenças e acidentes e dar um atendimento
ambulatorial.
O atendimento prestado pela médica não interfere nas curas feitas pelo
Pajé; a médica prescreve e fornece os medicamentos aos pacientes indígenas,
aconselhando-os a obedecerem a ambos os tratamentos.
A educação formal com escola nos modelos padrões para os alunos
frequentarem surgiu somente bem mais tarde, preservando a língua Guarani, que é
falada por todos na aldeia e a língua portuguesa só é falada a partir do momento que
as crianças entram na escola. Durante as aulas as crianças se comunicam em
Português e Guarani procurando dominar as duas línguas. No horário escolar é
inserido aula de língua materna, com um professor da própria aldeia. A língua falada
pelos indígenas demonstra a sua preservação, valorização cultural e meio de
comunicação interna. Todos os alunos frequentam a escola desde as séries iniciais
até as últimas séries do Ensino Fundamental dentro da aldeia com uma escola
planejada e professores bem preparados para desenvolver um bom trabalho. Já os
alunos que vão para o Ensino Médio em outras escolas acabam desistindo, pois a
escola da aldeia não oferece o curso e os mesmos não querem ir para outra escola
por sentirem dificuldades de adaptação.
O artesanato indígena baseia-se na confecção de cestos, balaios, colares
feitos com sementes encontradas na natureza. Hoje, utilizam-se também de outros
produtos como as miçangas que são compradas prontas para fazer as bijuterias.
Segundo depoimento de alguns indígenas essas atividades artesanais estão ficando
de lado, as crianças não se interessam mais em desenvolver essas atividades
ficando esse conhecimento só para as pessoas mais velhas.
A questão religiosa é a mais preservada dentro da aldeia na figura do Pajé, o
qual tem a função de dar aconselhamento, fazer orações de cura, explicar sonhos,
auxiliar se uma pessoa deve ou não fazer uma viagem e comprar o fumo e o
chimarrão para os rituais. Na casa de reza, lugar sagrado para os indígenas,
construído com paredes de palhas, coberta com telhas do tipo Eternit, com chão
batido no seu interior, é onde os índios Guaranis se reúnem para cantar, rezar,
realizar rituais religiosos como o batismo que acontece sempre no mês de janeiro de
todo ano. Nesse dia o Pajé, através de seus rituais, faz a cerimônia onde é escolhido
o nome da criança relacionando sempre com um significado, que segundo Clastres
(1990, p. 115) “O nome é o sinal individual da presença do divino na pessoa da
criança.”
Antes de cada cerimônia é feita a purificação do altar com a fumaça
produzida por um cachimbo, que passa de pessoa a pessoa, menos as crianças.
3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA /METODOLOGIA
O grande desafio que temos enquanto educadores, escola, alunos,
sociedade é trabalhar com as diferenças que percebemos no que se refere aos
povos indígenas, para que se possa respeitar o diferente, com suas particularidades,
e que devemos procurar mostrar os aspectos positivos e trabalhar de maneira crítica
os aspectos repassados como negativos. É necessário lembrar que o ser humano é
rico em diversidade cultural e lutar para que seu espaço seja respeitado, evitando a
morte e extermínio de muitos povos indígenas em prol do desenvolvimento
econômico. Assim, o primeiro passo para a implementação do projeto, foi a
apresentação do mesmo a direção, equipe pedagógica, alunos da referida escola,
demonstrando a importância do tema, pois segundo as DCE‟S (2008, p.76),
devemos contribuir para “ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado
contexto histórico”.
Num segundo momento, realizou-se a pesquisa em sites previamente
pesquisados pela professora, sobre os vários significados da palavra “aculturação “
e realizado a socialização com os colegas .
No terceiro momento, assistimos a um vídeo e analisamos um trecho da
carta de Pero Vaz de Caminha destacando a visão que os portugueses tiveram dos
indígenas num primeiro contato com os mesmos.
No quarto momento, os alunos foram orientados a responder a um
questionário investigativo sobre seus conhecimentos prévios sobre os povos
indígenas e, na sequência, socializaram com os colegas; em seguida, através de
slides conhecemos algumas curiosidades dos povos Indígenas Guaranis,
identificando as principais características da Aldeia Pinhal.
No quinto momento, realizamos a leitura de um texto que traz as principais
características da Aldeia Pinhal e assistimos a um vídeo sobre a Aldeia produzido no
ano de 2000, para depois, através da visita, relacionar as mudanças que pudemos
perceber no modo de vida dos povos indígenas.
No quinto momento, através de um trabalho interdisciplinar com a disciplina
de arte, os alunos realizaram a confecção de um brinquedo indígena a “peteca“, pois
percebemos que precisamos resgatar e valorizar brincadeiras antigas, fazendo
assim, uma relação entre brincadeira e a cultura desses povos. Todos
confeccionaram uma peteca; os que tinham mais habilidades ajudavam os demais,
os quais posteriormente fariam a entrega a um colega–aluno indígena.
O sexto momento, foi o mais esperado por todos, pois fomos fazer uma
visita à Aldeia, a qual o objetivo era observar e descrever o cotidiano indígena na
comunidade da Aldeia Pinhal e investigar as causas que os tem levado a deixar a
sua cultura de lado e apropriar-se da cultura europeia. Iniciamos visitando as salas
de aula, dialogamos com os alunos, conhecemos a casa de reza onde um
representante da aldeia explicou o significado de todos os símbolos religiosos que
representam o povo guarani, realizamos atividades desportivas com os alunos.
No sétimo momento, para encerrar nossas atividades, foi a vez dos alunos
indígenas visitarem o nosso colégio, onde foram desenvolvidas várias atividades de
integração e recreação entre alunos e alunas indígenas da Escola Estadual
Valdomiro Tupã Pires de Lima e alunos e alunas do Colégio Estadual Pedro Rufino
de Siqueira. Após a concretização de todas as atividades, foi servido um lanche para
todos e realizada uma mesa redonda, para discutir e observar as considerações
analisadas pelos alunos sobre os povos Guarani da Aldeia Pinhal, os quais fizeram
uma breve comparação entre o que eles sabiam, conhecia e as conclusões que tem
no momento sobre os povos indígenas, destacando a evolução do conhecimento
adquirido.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pode-se afirmar que, no início da implementação das atividades propostas
na unidade didática-pedagógica, os alunos demonstraram muito interesse, pois
segundo os mesmos esse tema atraia a atenção e a curiosidade de todos, afinal
estávamos estudando uma cultura diferente da nossa e segundo Gersem dos
Santos e Luciano Baniwa.
A riqueza da diversidade sociocultural dos povos indígenas representa uma poderosa arma na defesa de seus direitos e hoje alimenta o orgulho de pertencer a uma cultura própria e de ser brasileiro originário.
Através da pesquisa sobre o termo „aculturação„ observou-se que muitos
deles desconheciam os seus significados, mas através da pesquisa e do debate, os
mesmos foram se familiarizando com o termo e entendendo o seu significado, pois
o resgate da história do indígena é de suma importância numa sociedade como a
brasileira, haja visto a grande contribuição desse povo para a construção de nossa
nação, esse povo que esteve aqui muito antes da chegada dos europeus com sua
ânsia de aculturar os povos nativos e em busca de bens materiais, provocando a
destruição física e cultural, bem como, desapropriando-os de suas terras e de seu
direito de viver conforme seus costumes.
Constatou-se que, após a apresentação do vídeo que demonstrava as
diversas visões que as pessoas têm dos povos indígenas, os alunos não
demonstraram nenhuma surpresa, pois eles também tinham essa visão, de um povo
preguiçoso, que tem um monte de terras, mas que não trabalha, e que os povos
brancos só trazem más influências para a cultura dos indígenas.
Através do questionário investigativo, pode-se analisar que o tema é pouco
estudado por eles, e assim sendo, temos que promover mudanças de atitudes, não
apenas dos alunos, mas de toda comunidade escolar, para que busque-se a
construção positiva da identidade étnico-racial dos participantes, o aumento da sua
auto-estima, que é um processo fundamental para o exercício da cidadania, a
inclusão social e a transformação de atitudes e comportamentos diante dos
familiares, colegas e até mesmo com pessoas desconhecidas.
Através da leitura do texto e de um vídeo que relatava um pouco da história
da aldeia, os alunos ficaram empolgados em conhecer pessoalmente a mesma e ter
um contato direto com esses povos, pois tudo o que eles tinham estudado até o
momento os levava a refletir e ver que os mesmos deram imensas contribuições
para a construção da história do povo brasileiro, mas, que foi perdendo sua
identidade desde o contato com o europeu que sobrepôs sua cultura à do indígena
desrespeitando seus costumes e modo de vidas.
Na confecção da peteca todos se envolveram, foi um trabalho muito
proveitoso e gratificante, pois ao final da aula todos juntos fomos jogar peteca no
pátio do Colégio. Todos ficaram maravilhados, pois muitos deles nunca tinham
jogado (brincado) de peteca.
No dia da visita, o trabalho foi muito bom, houve interesse e curiosidade
sobre o tema e um dos membros da aldeia nos acompanhou, levando-nos para
conhecer a casa de reza e explicou a todos os significados dos objetos que lá
estavam. Isto resultou em reflexões sobre a importância de atividades expressivas e
o despertar da sensibilidade, a percepção das diferenças e ao melhor conhecimento
do próprio corpo, bem como aprender a respeitar e a aceitar o outro.
Dessa forma, com todo esse trabalho e contato direto com outra cultura
através da visita à aldeia, construímos uma imagem para os alunos de que tudo o
que eles pesquisaram e discutiram, e vendo como realmente é o dia a dia das
pessoas da tribo fará com que construam uma ideia mais elaborada sobre os índios
e com isso já comecem a excluir esse conceito formado de como é a cultura
indígena. Assim eles conseguiram ver que somos iguais mais com culturas distintas.
As atividades de recreação com alunos da escola e com os alunos das tribos
indígenas, além de demonstrar que todos são iguais, com esse critério de quem
perder o jogo terá que expressar a sua opinião sobre o tema, fez com que os alunos
aprendessem de uma forma mais dinâmica, sem ser sempre aquela mesma coisa de
passar o conteúdo e fazer com que eles entendam sobre o assunto.
Paralelo a implementação do projeto ocorreu a socialização da pesquisa
com os professores da rede pública do Estado do Paraná, através do GTR (Grupo
de Trabalho em Rede), na modalidade EaD, objetivando, por meio deste, ampliar e
universalizar o aprimoramento teórico-prático dos profissionais da rede. Dessa
forma, foram 17 (dezessete ) professores inscritos no grupo, os quais participaram
ativamente, contribuindo de forma muito significativa para com o projeto,
demonstrando muito interesse nesse assunto pois segundo Gersem dos Santos
Luciano Baniwa
“os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes e resistentes da história da colonização europeia ,estão em franca recuperação do orgulho e da auto - estima identitária e ,como desafio , buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do pais”
Durante as discussões muitos professores relataram que sentem
necessidade de trabalhar mais sobre os povos indígenas, pois muitas vezes e até
mesmo nos livros didáticos pouco se estuda sobre esses povos e isso nós leva a
perceber que os mesmos merecem um novo olhar dentro da história, eles viveram e
vivem até hoje sobre um olhar de discriminação e uma vida de exclusão e para
transformar a realidade é preciso mudar antes de tudo o pensamento, de nossos
alunos e a visão que os mesmos tem desses povos.
Quanto a viabilidade do projeto de intervenção pedagógica, avaliou-se como
de extrema importância para o processo educacional, pois foi elaborado com base
nas Diretrizes Curriculares de História do Estado do Paraná e vem de encontro com
a necessidade de promover a construção de novos conceitos perante a comunidade
escolar, e descaracterizar velhos paradigmas sobre a sociedade indígena.
Durante a realização do GTR, os professores participantes contribuíram com
suas avaliações da produção didáticas pedagógicas apresentadas:
“Realmente os povos indígenas mereciam um novo olhar dentro da historia
uma vez que sempre foram excluídos tendo sobre a eles uma visão
etnocêntrica, este trabalho desenvolvido com 8ª ano do ensino fundamental
do colégio Ensino Fundamental do Colégio Estadual Pedro Rufino de
Siqueira na Comunidade de Boa Vista no Município de Espigão Alto do
Iguaçu–PR trazendo pra realidade dos alunos o dia a dia dos povos
indígenas, aproximando os alunos desta realidade com certeza aumentara o
interesse em desvendar esta historia oculta e opressora vivenciada pelos
indígenas durante estes séculos. Este projeto sendo desenvolvido com os
indígenas paranaenses os povos Guarani da Aldeia Pinhal os alunos
poderão observar e analisar com orientação do professor a pós-
interferência dos brancos, diagnosticando as causas e consequências da
aculturação indígena bem como promover a construção de novos conceitos
seja construindo realmente o conhecimento a partir da observação,
formulação de novos paradigmas e praticas” ( Professor A – GTR – 2014 )
“Diante da rica diversidade cultural dos povos indígenas que continuam
buscando sua inserção na sociedade brasileira, esse projeto tem um papel
de extrema importância no processo de aculturação com suas causas e
consequência bem como promover a construção de novos conceitos
ampliando o conhecimento a partir da observação, formulação de novos
paradigmas e práticas. Faz os alunos ter outro olhar diferenciado,
desmistificando os equívocos que muitos dos novos alunos têm sobre os
povos indígenas. Outro ponto importante no projeto é a promoção de trocas
de experiências entre a comunidade indígena e os alunos, aproxima muito
a teoria da prática, achei muito interessante. “( Professor B – GTR – 2014 )
“Li a sua Produção Didático Pedagógica. Achei-a muito bem elaborada com
uma linguagem de fácil entendimento ao aluno sem perder o cunho
científico. As questões das atividades estão dentro dos padrões de
conhecimento exigidos pelos textos levando sempre o aluno a fazer
reflexões sobre a aplicação no seu cotidiano. Como foi citada, a escola
como espaço de confronto e diálogo entre o conhecimento sistematizado e
o cotidiano popular, é um ambiente privilegiado para reflexão e formação de
consciência. Dentro deste contexto, cabe a nós professores a função de
mediadores tanto no processo de aprendizagem como no processo de
desenvolvimento e construção das subjetividades dos alunos. A educação
acaba influenciando a constituição de vários aspectos da subjetividade das
pessoas, como valores, crenças, orientações religiosas, sexuais, morais,
escolhas e muitos outros. O processo educacional tanto tem a função de
transmitir a cultura e o conhecimento acumulado quanto a função de
despertar potencialidades, reflexão e críticas acerca da realidade e das
possibilidades de sua modificação. “( Professor C –GTR -2014)
“O material didático está de fácil entendimento sem perder a base. Essas
atividades tem uma prática educativa de constante reflexão. Urge a
necessidade de trabalhar com a diversidade, nossos alunos necessitam
entender que o povo brasileiro tem e teve relação com o povo indígena, só
podemos explicar o Brasil contemporâneo com a cultura tão diversificada
dos povos indígenas.”( Professor D –GTR – 2014 )
“Com certeza usaria esta produção didática em minhas aulas, claro que
para a realidade da educação especial algumas adaptações seriam
necessárias. Porém observando a realidade da escola na qual atuo como
pedagoga não há duvidas que os alunos dos anos finais do ensino
fundamental terão facilidade em compreende esta produção. Destacar uma
atividade desta produção seria fragmentar o trabalho pedagógico. Sendo
toda ela essencial. Os recursos visuais, a pesquisa, a confecção de
brinquedos, as curiosidades, o intercâmbio entre outras atividades
apresentadas tornam as aulas dinâmicas que favorece sem dúvida o
processo ensino aprendizagem”( Professor E –GTR-2014 )
Parabéns pela iniciativa, certamente eu usaria as atividades propostas em
minhas atividades do dia-a-dia, são atividades criativas e que chamam a
atenção dos alunos. As atividades propostas estão de acordo com o público
a que se destinam, são atividades bem interessantes. A atividade que mais
vai chamar a atenção de todos será a visita a aldeia, sempre que
desenvolvemos uma atividade que envolve a troca de experiências, com
uma pequena saída de sala eles gostam muito. ( Professor F –GTR -2014 )
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudar os povos indígenas Guarani e sua cultura, levou os alunos a
desconstruir preconceitos e demonstrar a valorização e o respeito por culturas
diferentes, que fazem parte da nossa sociedade.
Dessa forma, a temática aqui desenvolvida, teve como finalidade trabalhar
com as diferenças que percebemos quando se trata de povos indígenas, para que
se possa respeitar o diferente, com suas particularidades, procurando sempre
mostrar os aspectos positivos e trabalhar de maneira critica os aspectos repassados
como negativos .
Durante a aplicação do Projeto de Intervenção o interesse foi despertando e
quando fomos fazer a visita a aldeia, a primeira situaçãoque chamou a atenção dos
alunos foi a estrutura física do Colégio dos indígenas que é diferente das demais
escolas , e à medida que conheciam o Colégio , o contato com os alunos indígenas
foram surgindo mais curiosidades sobre seus costumes, o modo de vida, o
significado de cada objeto que tem na casa de reza e como esses povos conciliam
sua cultura com a dos brancos.
Percebi ao final do projeto que aquela visão que os alunos tinham dos povos
indígenas que são preguiçosos, que tem muita terra e que não trabalham, que
devem viver no meio do mato sem roupas, foi desconstruindo-se e os mesmos
passaram a ver esses povos como sujeitos de uma cultura diferente, e que tem o
direito de continuar perpetuando suas culturas, seus valores, seus modos próprios
de vida e também de possuir acesso as tecnologias e a outras culturas.
A proposta cumpriu seu objetivo de desmistificar velhos paradigmas sobre
os povos indígenas, pois percebemos que através das trocas de experiências entre
os alunos indígenas e os nãos indígenas, surgiram novos conceitos perante a
comunidade escolar.
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