Post on 08-Jul-2015
Jean Queiroz
Até meados do séc. XIX, acreditava-se que seres podiam surgir espontaneamente da matéria não-viva.
Hoje, sabe-se que um ser vivo surge somente através da reproduçãoreprodução.
Biogênese versus abiogênese
Defensores da abiogênese
HelmontHelmont NeedhamNeedham Aristóteles William Harvey Isaac Newton René Descartes
Críticos da abiogênese
Redi Joblot Spallanzani Louis PasteurLouis Pasteur
Francesco Redi(1626-1697)
Um dos primeiros a empregar o método experimental
Uma das principais evidências da abiogênese era o aparecimento “espontâneo” de “vermes” em carne podre
Hipótese de Redi: “Os seres vermiformes que surgem na carne em putrefação são larvaslarvas, um estágio do ciclo de vida das moscas. As larvas devem surgir de ovos colocados por moscas, e não por geração espontânea a partir da putrefação da carne”
Meados do século XVII: descoberta dos micróbios(Antonie van Leeuwenhoek)
Reanimação da hipótese da geração espontânea Os abiogenistas achavam que seres tão
pequenos e simples como os micróbios não se reproduziam, surgindo por geração espontânea
Jan Baptista van Helmont(1577-1644)
“(...)coloca-se, num canto sossegado e pouco iluminado, camisas sujas. Sobre elas espalham-se grãos de trigo, e o resultado será que, em 21 dias, surgirão ratos.”
Louis Joblot(1645-1723)
Em 1711, ferveu um caldo nutritivo à base de carne e repartiu-o entre duas séries de frascos: uns abertos e outros tampados com pergaminho
Após alguns dias, os frascos abertos estavam repletos de micróbios, enquanto os frascos tampados continuavam inalterados.
Conclusão de Joblot: Os micróbios surgiam de “sementes” provenientes do ar, e não por geração espontânea a partir do caldo
John Needham(1713-1781)
Hipótese da geração espontânea ganha novo impulso
Colocou caldo nutritivo em diversos frascos, fervendo-os por 30 min e tampou os frascos com rolhas
Depois de alguns dias, os caldos estavam repletos de micróbios. Argumentou então que os seres presentes nos caldos surgiram por geração espontânea.
Lazzaro Spallanzani (1729-1799)
Realizou experimentos semelhantes aos de Needham, mas obteve resultados diferentes
As infusões preparadas por Spallanzani, muito bem fervidas e cuidadosamente arrolhadas, continuaram livre de micróbios
Needham versus Spallanzani
Argumento de Spallanzani: Needham não ferveu o caldo por tempo suficiente ou não vedou os frascos de forma eficiente
Resposta de Needham: A fervura por tempo prolongado destruía a “força vitalforça vital” presente no caldo
François Appert: Aproveitou as experiências de Spallanzani e inventou a indústria de enlatados
Em fins do século XVIII: descoberta do gás oxigênio e seu papel essencial à vida
Novo ponto de apoio para os abiogenistas, que argumentavam que o aquecimento prolongado e a vedação hermética excluíam o oxigênio necessário à geração espontânea e à sobrevivência dos seres.
Nova disputa travada entre biogenistas e abiogenistas
Abiogenistas: A presença de ar fresco era fundamental para a geração espontânea da vida
Biogenistas: O ar era a fonte de contaminação dos caldos
Academia Francesa de Ciências: prêmio para quem apresentasse um experimento definitivo sobre essa questão
Louis Pasteur (1822-1895)
Experiência nos Alpes – Pasteur Levou frascos de vidro fechados completamente contendo caldo nutritivo até as altitudes dos Alpes
Abriu os frascos para que os caldos ficassem expostos ao ar das montanhas; depois, foram novamente derretidos e fechados
De volta ao laboratório, verificou que apenas um 1 dos vinte frascos abertos nas montanhas havia se contaminado
Argumento de Pasteur: O ar das montanhas continha muito menos “sementes” de organismos microscópicos do que o ar da cidade, onde qualquer frasco aberto sempre se contaminava
Na presença de membros da academia, quebrou o gargalo de alguns frascos, expondo os caldos ao ar da cidade; 3 dias depois, todos os frascos haviam sido contaminados
Comissão julgadora solicitou mais provas
Os frascos com pescoço de cisne: novo experimento
Pasteur amoleceu os gargalos no fogo, esticando-os e curvando-os em forma de pescoço de cisne; em seguida ferveu os caldos até que saísse vapor pela extremidade dos gargalos
À medida que esfriava, o ar penetrava pelo gargalo, mas as partículas do ar ficavam retidas nas paredes do gargalo em forma de pescoço; Nenhum frasco se contaminou
Derrubada definitiva da hipótese da geração Derrubada definitiva da hipótese da geração espontâneaespontânea
TEORIAS MODERNASSURGIMENTO DOS SERES VIVOS NA TERRA
PANSPERMIA (COSMOZOÁRIOS)
ORIGEM DOS COSMOS (LORD KELVIN E ARRENHIUS)
TEORIA DA EVOLUÇÃO QUÍMICA OU MOLECULAR
RESULTADO DA EVOLUÇÃO QUÍMICA DE SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS EM ORGÂNICAS (HUXLEY, HALDONE E OPARIN)
ALEXANDER OPARIN DESENVOLVEU
A TEORIA QUE A VIDA TERIA
SURGIDO DE FORMA LENTA E
OCASIONAL NOS OCEANOS
PRIMITIVOS.
ESTROMATÓLITOS(BAIA DOS TUBARÕES (AUSTRÁLIA) EVIDÊNCIAS DE
ATIVIDADES BIOLÓGICAS)
SINAIS DE VIDA (3,5 BILHÕES DE ANOS ATRAS)
STANLEY MILLER
RECRIOU PROVÁVEL ATMOSFERA DA TERRA PRIMITIVA (1953)
(COMPROVOU A TEORIA DE OPARIN)
MISTUROU CH4 , NH3 , H2 e H2O
SUBMETIDAS COM DESCARGAS ELÉTRICAS (SIMULANDO RAIOS) DURANTE 1 SEMANA
(ENCONTROU AMINOÁCIDOS
NO LÍQUIDO)
SISTEMAS ISOLADOS CHUVAS CONSTANTES NA TERRA PRIMITIVA PERMITIRAM O ACUMULO DE SUBST. ORG.
DURANTE MILHÕES DE ANOS FORMANDO EM LAGOS VERDADEIRAS “SOPAS ORGÂNICAS”.
(COM EVAPORAÇÃO FORMARAM-SE PROTEÍNAS E ÁC. NUCLEICOS)
COM O RETORNO DA CHUVA AS MOLÉCULAS ORG. SE
AGLOMERARAM FORMANDO OS COACERVADOS.
COACERVADOSAGLOMERADOS DE PROTEÍNAS.
MUNDO DO “RNA” CAPACIDADE DO RNA SE DUPLICAR E
CONTROLAR REAÇÕES QUÍMICAS SUGEREM QUE O RNA PODERIA ESTAR
NO INÍCIO DA VIDA.
PRIMEIRO SER VIVO
HIPÓTESE HETEROTRÓFICA
PRIMEIROS SERES VIVOS NÃO ERAM CAPAZES DE PRODUZIR SEU PRÓPRIO
ALIMENTO.
ACREDITA-SE QUE, COM A ESCASSEZ DO ALIMENTO PASSARAM A
PRODUZIR SEU PRÓPRIO ALIMENTO
(PRIMEIROS AUTÓTROFOS)
HIPÓTESE AUTOTRÓFICA
MAIS ACEITA ATUALMENTE.PRODUZIAM SEU PRÓPRIO ALIMENTO ATRAVÉS DE SUBST. ORG.
(ARQUEOBACTÉRIAS)
PROVÁVEL SEQUÊNCIA EVOLUTIVA
SERES FERMENTADORES
SERES FOTOSSINTETIZANTES
SERES AERÓBIOS
Célula eucariótica fotossintetizante: alguns protistas e plantas
Célula eucariótica não-fotossintetizante: alguns protistas, os fungos e os animais
Bactéria aeróbia em simbiose mutualística
Bactéria aeróbia dá origem à mitocôndria
Carioteca
Cianobactéria
Invaginações da membrana plasmática
Cianobactéria dá origem ao cloroplasto
Bactérias aeróbias
Ácido nucléico
Hipótese simbiótica da origem de mitocôndrias e cloroplastos
Bactéria
Vírus
Célula animal
Núcleo
Comparação de tamanho
Deriva dos continentes em função da movimentação das placas tectônicas
O começo da desintegração
da Pangéia
Os continentes
hoje
África do Sul e Américas continuam a se afastar. Daqui a 50
milhões de anos poderão estar assim
O supercontinente Pangéia
Reino Monera: procariontes, unicelulares, coloniais ou não, autótrofos (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) ou heterótrofos. Os heterótrofos obtêm seu alimento por absorção. Esse reino compreende as bactérias e as cianobactérias.
Reino Protista: reino cuja caracterização é problemática. Podemos considerar apenas organismos eucariontes unicelulares ou também as algas multicelulares. Nesse grupo existem diversos métodos nutricionais, incluindo fotossíntese, absorção e ingestão. Este reino compreende as algas, que são fotossintetizantes, e os protozoários, unicelulares eucariontes heterótrofos.
Reino Fungi: organismos eucariontes, heterótrofos, geralmente multicelulares ou multinucleados. O modo de nutrição é por absorção. Este reino compreende os fungos.
Os reinos de seres vivos
Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e fotossintetizantes. Este reino compreende as plantas.
Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterótrofos. Nutrem-se primariamente por ingestão. Algumas poucas formas alimentam-se por absorção. Este reino compreende os animais.
Os reinos de seres vivos (continuação)
Evolução da célula e os reinos de seres vivos
Reino Protista
CianobactériasBactérias
Reino Monera
Perda de parede celular
Surgimento do citoesqueleto Surgimento de organelas membranosas e núcleo
Simbiose mutualística com bactéria aeróbiaMitocôndrias
AlgasPlantas
Reino Plantae
Protozoários Animais
Reino Animalia
Fungos
Reino Fungi
Simbiose mutualística
com cianobactéria
Cloroplasto
Ancestral eucarionte
Núcleo