Post on 09-Dec-2018
GESTÃO DE
RESÍDUOS NA
CADEIA DE VALORO impacto ambiental é enorme,conduzindo o mundo para uma
catástrofe capaz, segundo muitosespecialistas, de causar a extinção
do planeta. Pag. 3
Out-Nov 2018
Expediente DIRETORIA EXECUTIVA
Vice Presidente Institucional – Laerte Farina Vice Presidente Executiva – Lisley Pólvora
Coordenador do Conselho Deliberativo – JoséEduardo B. Barros
Conselheiro Deliberativo – Fernando F. MouraConselheiro Deliberativo – João Paulo Monetti
Executiva de Negócios – Rita Capistano
DIRETORIA REGIONAL SÃO PAULO André Gurgel – Superintendente de Compras
BM&BOVESPA Eduardo Heinemann – Sócio da Capital Executivo
Soluções Empresariais Cleide Freitas – Diretora – QUANTA Soluções em
Comunicação Júlio Pinheiro – Ger de Contratação – EMBRATEL
TELECOM
DIRETORIA REGIONAL RIO DE JANEIRO Anderson Cotias – Ger. de Sup. Brasil Wilson
Sons Filipe Barroso –
Wladimir Salles – Sócio da WM Trein e Consultoria
DIRETORIA REGIONAL RIBEIRÃO PRETO Marcus Vinicius da Silva Silvano
COMITÊ DE COMPRAS
Eduardo Heinemann – Diretor Comitê SP Wladimir Salles – Diretor Comitê RJ
1
Av. Paulista, 726 – 16° andar - Bela Vista – São Paulo - SP – 01310-910
(11) 3774-0046 e (11) 3774-0045
Editorial Neste edição temos assuntos variados
de grande interesse a todos do setor de
compras e suprimentos. O tema em
destaque nesta edição é sobre a
geração de resíduos.
Os resíduos sólidos são os restos
oriundos das atividades humanas,
sejam elas domésticas ou industriais.
Estes resíduos são os processos
metabólicos dos seres humanos, bem
como produzidos como substratos da
fabricação de produtos dos diversos
meios de fabricação.
O que você tem feito para minimizar a
geração de resíduos em sua empresa
ou casa?
Lisley Pólvora VP Executiva CBEC
Boa leitura!
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Índice
Setor de Compras Digital e as Melhores Práticas de Compras
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13 CBEC em ação! Cursos abertos e in company
Pós-Graduação: Gestão Estratégica de Compras
Gestão de Resíduos na Cadeia de Valor
12 Benefícios de ser associados CBEC
15 Top 10 - As maiores empresas de frete aéreo do mundo.
17 Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse ...... nas negociações
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GESTÃO DERESÍDUOS NA
CADEIA DE VALORA geração de resíduos é um tema extremamente apaixonante, ao qual
empresas e profissionais devem, dedicar atenção, em função dos
desdobramentos que a sua existência causa a vida em nosso planeta.
A geração de resíduos permeia todo o processo produtivo, desde de a
geração das matérias-primas até o fim do ciclo de vida do produto, causando
problemas de escassez ou esgotamento de recursos naturais e contribuindo
significativamente, para o aumento da poluição e da degradação ambiental,
principalmente em função do descarte inadequado de rejeitos, ao longo de
toda a cadeia de valor.
O impacto ambiental é enorme, conduzindo o mundo para uma catástrofe
capaz, segundo muitos especialistas, de causar a extinção do planeta.
Os alertas estão bem claros. No período de 2012 a 2017 foi registrado um
dos maiores períodos de seca. Mudanças climáticas radicais e com maior
frequência têm causado enormes transtornos e prejuízos, por todo o planeta.
Os problemas climáticos que enfrentamos, derivam de um modelo de
consumo desconexo, das pessoas e das empresas.
Wladimir Salles Especialista em Cadeia deSuprimentos|Consultor| Professor| Sócio na WMTC
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No ambiente de negócios, urge a necessidade de uma forte mudança nos
processos produtivos, trazendo a sustentabilidade para o centro da
estratégia empresarial, na busca de modelos que possam alinhar a proteção
do meio ambiente, o bem-estar da população e o crescimento econômico.
A CADEIA DE VALOR
Desde que o Prof. Michael Porter, em 1985, criou o conceito de cadeia de
valor através da estruturação das atividades desenvolvidas pelas empresas,
com o objetivo de garantir a máxima qualidade do serviço e produto ao
cliente final, além de criar vantagem competitiva no mercado, vários modelos
de negócios foram analisados, objetivando a identificação das etapas que
realmente agregassem valor ao produto. Assim, aqueles processos que não
agregam nenhum valor podem ser revistos, seja como alvo de
reestruturação ou corte (evitando desperdício de dinheiro e tempo de
produção) (2).
Na estruturação proposta pelo Professor, as atividades desenvolvidas pelas
empresas são agrupadas, em dois grandes blocos: atividades primárias e
secundárias (ou de apoio).
As atividades primárias, são as responsáveis pela criação e a transformação
dos produtos e serviços, como a logística, as atividades relacionadas com a
comercialização e a promoção do produto e o pós-venda.
Já a gestão de Recursos Humanos, o desenvolvimento tecnológico,
infraestrutura da empresa, que apoiam direta ou indiretamente a execução
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das atividades primárias da empresa, formam as denominadas atividades
secundárias.
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Para muitos líderes empresariais, a adoção de um modelo sustentável
precisa estar na agenda da sociedade, pois trata-se de tema de interesse de
todos, uma vez que, como acima descrito, trata-se da sobrevivência do
planeta.
Vários são os temas a serem abordados, quando tratamos da
sustentabilidade. Dentre estes está a geração de resíduos ao longo da
cadeia de valor dos produtos.
Apesar de não poder ser apontado como única causa, o modelo de
produção tradicional, é um dos principais causadores do problema.
O “modelo linear de produção, adotado desde dos primórdios da revolução
industrial, é um dos alicerces da enorme geração de resíduos em nossa
sociedade, pois o processo consiste na extração de matérias-primas, na
produção de bens e no descarte das “sobras”. Este modelo causa problemas
de escassez ou esgotamento de recursos naturais e contribui para o
aumento da poluição e da degradação ambiental, principalmente em função
do descarte inadequado de rejeitos”.
Ao efetuarem a gestão da cadeia de valor, as empresas sempre estiveram
preocupadas com a geração de valor. Contudo, ao olharmos para o
processo, com a visão da sustentabilidade, percebemos um aspecto
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extremamente importante, a ser gerenciado, que é a geração de resíduos
ao longo da cadeia.
A geração de resíduos talvez seja um dos principais problemas da
sociedade moderna. Somente no Brasil, mais de 30 milhões de toneladas de
resíduos são destinados para os lixões, apesar da Política Nacional de
Resíduos Sólidos, que é a lei que regulamenta o tema, ter previsto a
eliminação destes até 2014, o que é claro não aconteceu. Esta quantidade
de resíduos destinada aos lixões irá impactar a saúde, o meio ambiente e
causar problemas sociais(3).
A geração de resíduos permeia toda a cadeia produtiva desde o
fornecimento de matérias-primas até a entrega do produto final pelo
consumidor, etapa na qual o mesmo passa a ser tratado como resíduo
doméstico. Mas, que é na verdade parte do processo de geração de valor
para o cliente final e, portanto, integram a cadeia de valor do produto.
O problema está no modelo de consumo adotado tanto individualmente,
como pelas empresas, baseado na não percepção de que o planeta é um
sistema finito, onde a capacidade de regeneração é limitada e possui um
tempo definido.
GESTÃO DOS RESÍDUOS
Produtos e embalagens são as grandes fontes de geração de resíduos, na
cadeia de valor, sendo sua eliminação o maior desafio da gestão
empresarial, sendo, portanto, fundamental que as organizações revisem
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seus processos, abandonando o modelo do ciclo de consumo do “berço ao
túmulo”, no qual ao final da cadeia de valor todos os resíduos são
descartados. A contrapartida é a adoção do modelo denominado do “berço
ao berço”, baseado na ideia central de que os recursos sejam geridos em
uma lógica circular de criação e reutilização, em que cada passagem de
ciclo se torna um novo ‘berço’ para determinado material.
A implantação do conceito de ECONOMIA CIRCULAR, é uma das
ferramentas de maior potencial, na busca de processos sustentáveis, que
eliminem a geração de resíduos ou que garantam a reciclagem de 100%
daqueles cuja a eliminação seja técnica ou economicamente inviável.
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Reduzir, reutilizar e reciclar são os mantras do processo de gestão dos
resíduos e devem, obrigatoriamente, constar do planejamento estratégico
das empresas, na busca pelo estabelecimento de um processo sustentável.
A empresa HP está buscando adequar seu processo produtivo aos
conceitos da economia circular, possuindo a meta de atingir 100% de uso de
materiais reciclados e renováveis nos produtos. “A companhia está
avançando com o tema no Brasil, onde possui uma operação integrada com
os fornecedores Flextronics e Sinctronics, em Sorocaba (interior de São
Paulo), que permite à empresa reinserir em seu processo produtivo o
plástico que já fez parte de cartuchos e impressoras, disse a Diretora Global
de Sustentabilidade, durante o TERCEIRO FÓRUM DE ECONOMIA
LIMPA”(4).
A fabricante EMBRACO é outro exemplo de avanço na gestão de resíduos,
através de seu programa de economia circular, responsável pelo atingimento
da marca de 87% de reciclagem dos resíduos gerados em suas plantas
localizadas no Brasil, Eslováquia, China, México, Itália e Estados Unidos. O
programa recicla e organiza o reuso e a reindustrialização de materiais da
empresa, necessários a diferentes linhas de produção, mas também
extrapola as fronteiras da companhia atendendo a outras indústrias por meio
de consultorias que avaliam a natureza do resíduo e apontam a melhor
gestão para o descarte(5).
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A importância do tema tornará mandatório que as empresas estabeleçam
processos de logística reversa, para captação produtos e subprodutos, ao
longo da cadeia. Em alguns Estados, esta passa a ser uma obrigação legal.
É o caso do Rio de Janeiro, onde foi promulgada, no último dia 05/11, a Lei
8151/2018, que determina que empresas que produzam, importam ou
comercializem embalagens ou produtos embalados serão obrigados a
financiar o sistema de logística reversa de embalagens e seus resíduos.
“A nova lei assegura a obrigatoriedade de instalação de pontos de coleta
seletiva destinados ao recebimento, controle e armazenamento temporário
dos resíduos entregues pelos consumidores, até que esses materiais sejam
transportados para o seu beneficiamento, reciclagem ou destinação final
ambientalmente adequada”(6).
Fontes:
1. RESUMO FÓRUM SUSTENTÁVEL 2018. Disponível em: http://cebds.org/publicacoes/resumo-final-
sustentavel-2018/. Acessado em 20/11/2018.
2. SIGNIFICADO DE CADEIA DE VALOR. Disponível em: https://www.significados.com.br/cadeia-de-valor/.
Acessado em 20/11/2018.
3. PARA ONDE VAI O SEU LIXO. Disponível em:. https://www.youtube.com/watch?v=KRyk6PiPGms.
Acessado em 20/11/2018.
4. TERCEIRO FÓRUM DE ECONOMIA LIMPA. Disponivel em:
https://www1.folha.uol.com.br/especial/2018/economia-limpa3/. Acessado em 20/11/2018.
5. COM APOIO DA ECONOMIA CIRCULAR, EMBRACO RECICLA 87% DOS RESÍDUOS. Disponível em:
http://rmai.com.br/com-apoio-da-economia-circular-embraco-recicla-87-de-seus-residuos/. Acessado em
20/11/2018.
6. AGORA É LEI: coleta seletiva precisa avançar 10% a cada dois anos. Disponível em:
https://www.saneamentobasico.com.br/coleta-seletiva-avancar-10-ano/amp/. Acessado em 20/11/2018.
Texto originalmente publicado em http://wmtc.com.br/news/, em 21/11/18.
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Setor de ComprasDigital e as Melhores
Práticas deCompras!
Pesquisas recentes demonstram que a transformação digital tem impacto
significativo nos processos das organizações, o que permite uma redução de
custo nos processos de até 30%.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nas melhores práticas
garantido maior eficiência e eficácia. Por exemplo, nos processos de compra
conhecidos como e-sourcing e e-procurement.
As empresas conseguem, em parte, melhorar a eficiência realizando a
padronização e automatização de atividades de rotina.
Mas, para continuar reduzindo custos, deve-se adotar a transformação digital
como o principal meio para isso, buscando capacitação dos colaboradores de
suprimentos para atender as novas necessidades do mercado.
A maturidade das empresas em cadeia de suprimentos será o processo
chave na sobrevivência das organizações.
Por Luiz Carlos Roque Junior Coordenador de Suprimentos eLogística IBMP - Instituto de BiologiaMolecular do Paraná
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Benefícios de se adotar as melhores práticas de compras junto atransformação digital: • ROI 10,7% sobre o investimento em compras; • Redução de custo de 30% em processos com uso da transformação digital; • Redução de custo de 22% utilizando as boas práticas; • Aumento de 2 x na probabilidade de ter plano de retenção; • Redução de 3 x na rotatividade de pessoal; • Redução de custo por pedido de 70%.
Fonte: https://www.supplychaindigital.com/procurement/world-class-procurement-organisations-operating-21-lower-labour-costs. Disponível em 30/10/2018.
velocidade cada vez mais rápidae os compradores e os gestoresdevem estarpreparados paraadotar as melhores práticas eadotar a transformação digitalcomo pilar central dosdepartamentos de compras. As principais oportunidades sãoaplicativos baseados em nuvem,big data, blockchain, businessanalytics. No próximo artigo, descubraquais as melhores práticas ecomo estar preparado para ofuturo, ou melhor dizendo, parao hoje!
É evidente que o ambiente em que estamos inseridos está mudando em uma
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Fonte: https://www.supplychaindigital.com/procurement/world-class-procurement-organisations-operating-21-lower-labour-costs. Disponível em 30/10/2018.
CBEC em açãoAcreditamos que o desenvolvimento do
ecossistema de compras, é fortemente impactado
pela capacitação dos profissionais, que nele
atuam, os quais devem estar atualizados com as principais ferramentas de
gestão, de forma a obterem os melhores resultados no processo de aquisição,
alinhados com os objetivos estratégicos do negócio.
O CBEC, objetivando a melhoria constante da facilitação do relacionamento
com o mercado, disponibiliza dos canais para atendimento das demandas de
profissionais e empresas, quanto a capacitação das equipes:
• Cursos abertos
• Treinamento in company
Os treinamentos in company, possuem como diferencial a possibilidade de
atendimento a características específicas do mercado de atuação da empresa
contratante, podendo serem customizados qanto ao conteúdo e o tempo de
duração. Além disso, podem ser desenvolvidos projetos especiais, que
atendam a necessidades apontadas, pelo cliente.
No meses de outubro e novembro tivemos a oportunidade de desenvolvermos
treinamentos de técnicas de negociação estratégicas, gestão de fornecedores
e gestão estratégica de compras, para as empresas SAFRAN e JCB. E turmas
abertas dos cursos Técnicas de Negociação em Compras (São Paulo e Rio de
Janeiro), Gestão de Contratos (São Paulo) e Gestão Tributária para
Compradores (São Paulo).
Todos os cursos disponíveis em nossa trilha de capacitação disponível em:
https://cbec.org.br/cursos/, podem ser apresentados no modelo in company.
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Top 10 - As maiores empresas
de frete aéreo do mundo.
Você conhece as principais empresas de transporte aéreo do planeta? Não?! Então, veja a lista abaixo!
* FTK: quilómetros por tonelada de frete mede o tráfego real de frete
Empresas da região da América Latina representam apenas 2,7% do total do transporte aéreo de carga mundial. As principais regiões são: • Ásia-Pacífico 37%; • Europa 24,2%; • América do Norte 20,5%; • Oriente Médio 13,7%; • América Latina 2,7%; • África 1,9%.
Por Luiz Carlos Roque Junior Coordenador de Suprimentos e Logística IBMP - Instituto de Biologia Molecular do Paraná
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As empresas aéreas podem ser consideradas um bom termômetro de
recuperação da economia, pois demonstram que as empresas estão
comprando ou vendendo mais, sendo necessário o transporte dos produtos.
Em 2017, o crescimento do volume de carga foi de 5,7% e, mesmo assim, o
volume de carga transportada permanece próximo ao de 2014. Isso
demonstra uma retomada lenta da crise que assombra o país, ao mesmo
tempo em que os custos com transporte estão aumentando, gerando um
grande stress na cadeia logística.
Isso demonstra uma retomada
lenta da crise que assombra o
país, ao mesmo tempo em que
os custos com transporte
estão aumentando, gerando
um grande stress na cadeia
logística.
Dessa forma, o profissional da
área e as empresas como um
todo devem mostrar um alto
nível de maturidade em
processos, custos e
indicadores logísticos.
Fonte: https://www.supplychaindigital.com/top-10/top-10-air-freight-carriers.Disponivel em 30/08/2018. https://www.iata.org/pressroom/pr/Pages/2018-01-31-01.aspx. Disponível em 30/08/2018.
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- Isso é coisa de moleque!
- Molêke? Yo no entiendo ...!
- Se você não entende o idioma português, não deveria ter vindo ao
Brasil!
O diálogo acima, ocorreu nos anos 80 em uma filial brasileira de uma
multinacional da indústria automobilística; de um lado, estava o meu
chefe, que prefiro não declinar o nome, mas que tinha o apelido de Dáblio
- por se iniciar o seu sobrenome pela letra “W”; foi ele que chamou o
interlocutor de moleque.
Do outro lado do diálogo estava Bert; argentino recém vindo para um
posto de direção equivalente ao do meu chefe. À época, era difícil para
um argentino entender o significado de um termo como moleque.
Essa cena foi apenas o resultado de um processo que se iniciara alguns
meses antes. Bert fora trazido pelo novo presidente da multinacional;
também recém-vindo da Argentina. Como todo executivo, o novo
presidente cercou-se de pessoas de sua confiança e Bert era uma dessas
pessoas; afinal, ele e o presidente tinham trabalhado juntos na Argentina
e Bert, além disso, tinha se casado com a filha dele.
Quatro Cavaleiros doApocalipse ...
... nas negociaçõesPor Eduardo Carlos Profissional de Compras
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Jovem e ambicioso, com ótimas ligações políticas, disputava com meu
chefe uma promoção para um cargo maior na diretoria da filial brasileira.
Meu chefe, Dáblio, ao sentir que suas possibilidades de subir na carreira
lhe fugiam, foi se deixando dominar pela cólera; pela raiva.
Isso foi se acumulando cada vez mais dentro dele; até que houve a
reunião na qual aconteceu o diálogo.
Nessa reunião, Bert trouxera uma proposta que praticamente destruía
todo o projeto de meu chefe; o que ele pretendia, virava apenas um
apêndice de pouca importância no projeto de Bert. Nesse momento,
Dáblio não conseguiu controlar-se e “explodiu”.
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Não se falou mais no assunto, até que.... ... Em determinado dia, o presidente declarou que estava mudando ocomando da empresa e que Bert agora seria o novo diretor do setorcomercial e que Dáblio, seria subordinado a ele. Enfim, o acontecido na reunião, acabou sendo o "dobre de finados" paraa carreira de Dáblio. Algum tempo depois, ele arrumou emprego emoutra montadora, não se deu muito bem, teve problemas de saúde –sérios e nunca mais tive contato com ele. Soube, posteriormente, que elegerenciava uma pequena empresa em Curitiba. Esse fato, me chamou a atenção para a importância que nós de compras,temos que ter para evitar que as emoções nos dominem; principalmentenas negociações que, para nós, normalmente são tensas. Uma regra de ouro para isso é: controle suas emoções; não permita queelas o controlem. Mas como fazer isso? Como não ser dominado pelos QUATRO CAVALEIROS DOAPOCALIPSE na negociação? A figura dos cavaleiros do apocalipse surge na Bíblia, no novotestamento, em seu último livro. Basicamente lá os cavaleiros são a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte. Mais recentemente, esse tema foialvo de um livro escrito, ainda durante a Primeira Guerra Mundial, em
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1916; o autor, Vicente Blasco Ibáñez descreve a invasão da França peloexército alemão até a Batalha do Marne na qual a reação francesa evitouque Paris fosse tomada pelos invasores. A leitura desse livro é muitoinstrutiva e foi nela que me baseei para fazer a analogia com nossaatividade diária de negociar. Nós, compradores, enfrentamos diariamente os QUATRO CAVALEIROSque nas negociações são: o medo, a ganância, a esperança e a dúvida. Nós, compradores somos muito importantes para as empresas nas quaisatuamos; somos responsáveis importantes pela última linha dodemonstrativo de resultados; o BOTTOM LINE dos anglo-saxônicos. Para incrementar o demonstrativo de resultados, temos quenegociar e muito; tanto interna com nossos pares, quanto externamentecom fornecedores. E em todas essas negociações diárias não podemosde forma alguma deixar que as emoções nos controlem; por mais tensos,sob pressão, cansados estejamos. Quanto mais removermos a emoção,melhor desempenho teremos. Mas como fazer isso? Como evitar o domínio das emoções? O mais importante é SE CONHECER. Uso, desde os anos 80, a TEORIA DOS ESTILOS. Ela é muito fácil deser aplicada e nos alerta com muita clareza quais os pontoscomportamentais que podem prejudicar ou melhorar nossa posição nasnegociações.
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Essa teoria dos estilos é baseada nos trabalhos de Carl Jung. Mais de
setenta anos de pesquisas confirmaram e refinaram o princípio de Jung
que o comportamento de uma pessoa não é aleatório, mas segue um
padrão. Esse conhecimento é altamente aplicável para explicar o
comportamento das pessoas.
Essencialmente, há quatro “lógicas” que orientam o estilo de negociação,
a do catalisador, do apoiador, do controlador e do analítico.
Os estilos são praticamente imutáveis; acompanham-nos por toda a vida;
ao negociar é fundamental enfatizar as forças do nosso estilo e
administrar as fraquezas; conhecer o estilo do outro negociador é
fundamental, pois estaremos mais preparados para identificar suas forças
e fraquezas.
Como fazer para identificar nosso estilo?
Neste artigo não dá para mostrar o método para isso. Se houver
interesse, posso voltar ao assunto em próximos números desta
publicação.
Aos que quiserem estudar o assunto imediatamente, sugiro o livro
NEGOCIAÇÃO TOTAL – JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY da EDITORA
GENTE.
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Estamos investindo no
relacionamento com os
grupos de interesse da área
de compras em canais como
LinkedIN , Facebook ,
Instagran e WhatsApp para
divulgação de suas ações,
bem como treinamentos e
seminários online no formato
interativo.
(11) 3774-0045 (11) 3774-0046
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www.cbec.org.br
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Venha fazer partedesta mudança.
Associe-se, patrocinee participe dos
cursos, comitês econgressos.