Post on 08-Nov-2018
1
Tipos de aquíferos
Prof. Ingo Wahnfried
aquífero
O que é um aquífero?
Definições básicas
Aquífero ! Unidade geológica (formação ou grupo) saturada,
constituída de rocha ou sedimento, suficientemente permeável (> 5x10-3 darcy, ou 5x 10-8 m/s) para permitir a extração de água de forma econômica e através de técnicas convencionais.
! Geralmente o aquífero possui a capacidade de armazenar uma grande quantidade de água, mas de transmiti-la de forma lenta.
Definições básicas
! Aquiclude: qualquer estrato ou formação geológica que contenha água em seu interior, mas não a transmita
! Aquitarde: qualquer estrato ou formação geológica que contenha quantidades apreciáveis de água, mas a transmita de forma muito lenta, fazendo com que sua exploração seja economicamente inviável. Sob condições especiais permite a recarga vertical de outros aquíferos
! Aquifugue: formações geológicas que não contêm e não transmitem água
Usando as definições apresentadas, classifique: ! Um basalto ! Um argilito ! Um arenito ! Um basalto fraturado ! O Arenito Manaus
2
ROCHAS ÍGNEAS E METAMÓRFICAS
Não-fraturada Fraturada BASALTO
Não-fraturado Fraturado ARENITO
Fraturado Semi-consolidado
FOLHELHO
Não-fraturado Fraturado ROCHAS CARBONÁTICAS
Fraturadas Cavernas
ARGILA LOESS SILTOSO
AREIA SILTOSA
AREIA LAVADA
Fina Grossa CASCALHO TILL GLACIAL
Kh (m dia-1)
Kh (cm s-1)
Condutividades hidráulicas saturadas para vários materiais geológicos (Health 1982)
! A água subterrânea pode ocorrer no espaço poroso dos sedimentos (areias, cascalhos). Aquífero de porosidade primária ou seja os espaços foram criados durante a formação da rocha.
! Em rochas impermeáveis
(basaltos, granitos), ela pode estar nas suas fraturas. Porosidade secundária; formação posterior à rocha.
Os aquíferos podem ser classificados segundo sua porosidade
(Karmann 2009)
Tipos de porosidade dos aquíferos
(Karmann 2009)
Tipos de porosidade dos aquíferos
3
Aquífero sedimentar em Lima (Perú)
20 cm
Ocorrência de água em meios fraturados: exemplo da fonte Puente de Mulas, Costa Rica
fraturamento e dissolução de calcários. Porosidade secundária
I. Wahnfried I. Wahnfried
4
Porosidade, capacidade de campo e retenção específica de sedimentos não consolidados
Are
ia fi
na
Are
ia c
om s
eixo
s
Are
ia fi
na
Are
ia m
édia
Are
ia g
ross
a
Are
ia g
ross
a
Por
cent
agem
Cas
calh
o gr
osso
Mat
acõe
s
1/16 1/8 1/4 1/2 1 2 4 256
Tamanho máximo dos grãos de 10% do sedimento, em mm
15 10 5 0
8 16 32 64
30 25 20
128
Cas
calh
o fin
o
Cas
calh
o m
édio
Cas
calh
o m
édio
Cas
calh
o gr
osso
Arg
ila e
silt
e
Arg
ila a
reno
sa
50 45 40 35
Porosidade
Retenção específica
Capacidade de campo
! Como se chama um aquífero que está sotoposto a um aquiclude?
! Como se chama um aquífero que está sotoposto a um aquitarde?
! Como se chama um aquífero que é aflorante?
Classificação dos aquíferos segundo sua geometria e hidráulica
! Aquíferos livres: a sua porção superior encontra-se sob pressão atmosférica.
! Aquíferos confinados: presença de uma camada de menor permeabilidade que submete as águas a uma pressão superior à atmosférica.
! Aquíferos semi-confinados: situação intermediária entre os dois anteriores.
! Aquíferos suspensos: uma lente menos permeável sustenta um nível de água. Neste caso, um aquífero livre é encontrado abaixo desta unidade.
Aquífero livre
(Kar
man
n 20
09)
Aquífero confinado
(Kar
man
n 20
09)
5
O Sistema Aquífero Guarani: o grande manancial do Mercosul
Perfil hidrogeológico do Sistema Aquífero Guarani
Poço tubular profundo em Catanduva (SP), explorando o Sistema Aquífero Guarani
Poç o $ no $n íveld 'á g ua $ suspenso
Poç o $ noa qü ífe ro $ livre
A qü ífero $suspensosob re$m a teria lim permeá ve l
Aqüífero livre
N ível$ d'$ á g ua
$p rin cip a l
Aquífero suspenso
(Kar
man
n 20
09)
Escoamento de água
subterrânea sobre camada
menos permeável
nascentes
nível freático suspenso
aquiclude local
zona saturada
zona de aeração (não saturada) nível freático
6
Formação de nascentes em terreno cárstico Bibliografia Leitura suplementar
Karman, I. 2009. Água: ciclo e ação geológica. In Teixeira et al. Decifrando a terra. Ed. Nacional. 2. ed. São Paulo. 186-208.
Cleary, R. 1989. Águas subterrâneas. In Ramos, F. et al. 1989. Engenharia hidrológica. ABRH e Editora UFRJ. Cap. 5. Rio de Janeiro. 291-404 pp.