Post on 20-Jul-2015
O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO
CONTINUADA DOS PROFESSORES EM SERVIÇO
Silvana Ap. Santana Tamassia1
Resumo
O presente artigo busca refletir sobre o papel do coordenador pedagógico na escola pública, atuando como profissional responsável pela formação docente e pela articulação do projeto político-pedagógico junto ao diretor escolar. Para isso, buscou referência em autores como Placco, Almeida, entre outros, que tratam da importância do papel do coordenador pedagógico como uma figura importante para a qualificação da prática pedagógica do professor. Pretendemos apresentar conceitualmente o tema e ilustrar com exemplos que coletamos em nossa experiência na formação de gestores no programa Gestão para a Aprendizagem e Gestão de Sala de Aula, desenvolvido pela Elos Educacional em parceria com a Fundação Lemann.
Palavras-chave: Coordenador Pedagógico. Formação Continuada de Professores. Estratégias Formativas.
Introdução
Atualmente há uma ampla discussão sobre a formação continuada dos
professores em serviço e o papel do coordenador pedagógico neste processo.
Entretanto, faz-se necessário pensar também na formação desses
profissionais que, muitas vezes, deixam a sala de aula e assumem esta função
com condições mínimas de preparo e formação profissional para isso.
1 Mestre pela PUC/SP em Educação: Currículo, com experiência como professora em curso de Pedagogia
e Pós-graduação para gestores, no Ensino Fundamental e Infantil na rede pública de ensino, bem como na
coordenação pedagógica e coordenadora de programas de formação continuada de professores e gestores
na Elos Educacional.
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As faculdades de Pedagogia precisam formar futuros professores,
diretores e coordenadores, sendo necessário o desenvolvimento de um
currículo que possa atender todas as demandas desses futuros profissionais,
porém a extensão dessa necessidade não cabe ou não está organizada de
modo que seja possível ser detalhada e aprofundada nos anos do curso de
Pedagogia e isto acaba dificultando um aprofundamento nos estudos e,
consequentemente, na formação deste profissional.
Pesquisa recente realizada pela Fundação Victor Civita2 aponta que
muitas redes de ensino ainda não têm um horário de estudo garantido dentro
da jornada de trabalho. Além disso, boa parte das escolas não conta com um
coordenador pedagógico.
Esta situação demonstra o quanto as escolas ainda não tem uma
cultura que incorpore o coordenador pedagógico, e nem mesmo a importância
de uma formação contínua das equipes pedagógicas nas escolas. Este, por
sua vez, tem dificuldade de ter clareza de suas atribuições, e acaba por vezes,
trabalhando por tentativa e erro.
Algumas redes tentam discutir este papel, porém ainda de maneira
incipiente.
De acordo com Tamassia (2011) a média nacional de coordenadores
pedagógicos que já atuaram como professores é de 88%. Isso, de alguma
maneira, colabora para sua atuação já que tem uma experiência com a sala de
aula e o trabalho pedagógico com os alunos. Entretanto, só isso não garante
um bom desempenho no trabalho de coordenação.
Coordenar exige muito mais do que conhecimentos didáticos e
metodológicos. Exige também um conhecimento de como o adulto aprende e
traz ainda a necessidade de desenvolver um papel de líder pedagógico,
habilidade que precisa ser desenvolvida para que possa atuar de forma
eficiente com seu grupo. Precisa ainda conhecer algumas estratégias
formativas para que possa desempenhar o papel do formador do grupo de
professores que acompanha, o que pressupõe ser um parceiro mais
2 Disponível em http://www.fvc.org.br/pdf/livro2-02-formacao-continuada.pdf. Acesso em 06/05/14
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experiente, que possa agregar e contribuir com a prática pedagógica do
professor.
Com base em sua pesquisa de mestrado, Tamassia (2011) destaca o
papel da coordenação pedagógica como elemento fundamental para esse
movimento de formação continuada na escola, o que é corroborado por
Mizukami (2006) que destaca a importância do trabalho do coordenador
pedagógico:
“Nesse contexto, torna-se igualmente importante a presença,
na escola, de um profissional que possa observar os
professores quando experimentam novas práticas, oferecendo
sugestões e comentários não avaliativos” (p.72).
Dentro da rotina de coordenação, é importante organizar uma agenda
que garanta que o coordenador possa estar em três frentes de atuação: (i)
planejando e conduzindo as reuniões pedagógicas na escola; (ii)
acompanhando a ação pedagógica do professor em sala de aula por meio de
observações planejadas; (iii) acompanhando o resultado das aprendizagens
dos alunos por meio das avaliações internas e externas.
Certamente o coordenador estará envolvido em outras ações dentro da
unidade escolar. Entretanto, ele não pode esquecer que o seu papel dentro da
escola tem um foco nas práticas pedagógicas.
O que acontece, em muitos casos, é que o coordenador não consegue
organizar sua rotina de modo a focar nas ações pedagógicas e prioritárias,
citadas anteriormente, e acaba se perdendo no dia a dia da escola, envolvido
principalmente em problemas de indisciplina.
É preciso pensar que algumas ações irão funcionar a longo prazo mas
que agirão na raiz do problema. Não adianta ficar só “apagando incêndio” e
não formar sua equipe para lidar com as situações, ou ainda, para ajudar a sua
equipe a criar dentro da sala de aula um ambiente mais favorável para a
aprendizagem dos alunos que, com o decorrer do tempo, certamente irá
contribuir para a diminuição dos casos de indisciplina.
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Neste caso, pensar na gestão de sala de aula como um importante
tema para a formação de sua equipe contribuiria para que pudesse garantir o
seu trabalho voltado para a melhoria da prática pedagógica e, como
consequência disso, diminuir a necessidade de estar envolvido em questões
disciplinares.
Neste ponto, destacamos também a importância da parceria entre
coordenador e diretor escolar.
É importante que o diretor também veja no coordenador este agente de
formação na escola, organizando pequenas ações do dia a dia entre os
componentes da equipe, de modo que este possa desenvolver o seu papel
pedagógico e formativo.
Brito e Tamassia (2012) reforçam a importância desta parceria para a
efetivação de um trabalho consistente dentro do ambiente escolar:
Engana-se, também, quem acredita que o diretor deva ficar
exclusivamente dedicado aos aspectos administrativos do
trabalho. O diretor é o articulador central de todas as ações da
escola; sendo assim, também é o responsável pelos resultados
alcançados, inclusive no âmbito pedagógico.
Lück (2009) denomina esta parceria como coliderança, ou seja, ambos
assumem juntos o papel de líderes da aprendizagem na escola e o
compromisso de colocar em prática o projeto político-pedagógico, sempre com
vistas à aprendizagem dos alunos.
1. Gestão para a Aprendizagem: contribuições para o trabalho
pedagógico nas escolas públicas
Como apontamos na introdução deste artigo, o coordenador
pedagógico precisa priorizar e garantir em sua rotina na escola a organização
de três grandes ações: (i) planejar e conduzir as reuniões pedagógicas na
escola; (ii) acompanhar a ação pedagógica do professor em sala de aula por
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meio de observações planejadas; (iii) acompanhar o resultado das
aprendizagens dos alunos por meio das avaliações internas e externas.
Desde 2013, o curso Gestão para a Aprendizagem3 tem trabalhado
com alguns módulos de estudo que auxiliam as equipes gestoras a colocarem
em prática alguns instrumentos que podem viabilizar estas ações na escola,
embasados pelos estudos e reflexões teóricas.
Garcia (1990) propõe como um dos princípios de formação a
necessidade de integração teoria-prática, afirmando que tanto a formação
inicial como a permanente devem levar em conta a reflexão sobre a prática.
Acreditamos que este é um aspecto fundamental para que a formação
possa realmente provocar mudanças, por isso, este curso traz este princípio
em seu DNA.
Cada um dos módulos trazem os principais autores que são referência
nos temas propostos, e alguns instrumentos de aplicação prática que visam
contribuir com essa dialogicidade entre a teoria e a prática.
Cada um dos módulos procura envolver um dos aspectos fundamentais
da gestão escolar:
Gestão Estratégica;
Gestão de Resultados;
Gestão Pedagógica e Formação de Professores;
Gestão Pedagógica e Planejamento
Gestão de Pessoas e Liderança
Gestão de Pessoas e Clima Escolar
3 O curso Gestão para a Aprendizagem foi produzido por Claudia Zuppini Dalcorso e Silvana A. Santana
Tamassia, ambas fundadoras da Elos Educacional, em parceria com a Fundação Lemann em 2013. O
curso tem o objetivo de formação gestores escolares (diretores e coordenadores pedagógicos) para serem
líderes em suas escolas, com foco na aprendizagem dos alunos. Ele é composto por 1 módulo obrigatório
e 5 optativos que trazem estudos teóricos e instrumentos práticos para serem aplicados nas escolas, como
pode ser visto no site www.eloseducacional.com.. Até o primeiro semestre de 2015, já participaram cerca
de 350 escolas de 12 estados do país e faz parte de um estudo da UNESCO que pesquisa os 7 melhores
cursos para formação de gestores na América Latina, que deverá ser publicado ainda este ano.
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Destacamos aqui, dois destes módulos que vão discutir diretamente os
três aspectos citados aqui:
Gestão de Resultados: que traz em sua grade curricular a
importância da análise e uso de dados de avaliações internas e
externas.
Nosso enfoque aqui será a importância do acompanhamento das
aprendizagens dos alunos por meio dos resultados de avaliações promovidas
internamente pela escola, e conduzidas por cada professor em sala de aula, e
pela leitura dos indicadores externos que, apesar de não trazerem o resultado
por aluno e terem um padrão a nível nacional que pode não retratar cada
realidade local, nos dão indícios importantes de pontos que merecem atenção
e pistas de onde precisamos investir mais para que os alunos avancem.
Neste sentido, é importante entendê-los e se apropriar de informações
relevantes que nos oferecem, trazendo esta reflexão para dentro da escola,
incluindo-se aí todos os professores envolvidos.
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Gestão Pedagógica e Formação de Professores: que trabalha
com a elaboração de pautas formativas e a observação de sala de
aula como metodologia na formação continuada dos professores.
Destacaremos aqui o uso da metodologia de observação de sala de aula
como importante estratégia na formação continuada dos professores em
serviço e a importância do coordenador planejar pautas formativas para as
reuniões pedagógicas coletivas na escola, instrumentalizando para isto.
Vamos ver agora, cada um desses instrumentos de forma mais
detalhada de modo a contribuir com os coordenadores que tenham interesse
em transformar suas práticas nas escolas em que atuam, priorizando as ações
pedagógicas no seu trabalho cotidiano.
1.1. As reuniões pedagógicas nas escolas
Em nossa vivência escolar temos acompanhado situações por vezes
impensadas nos momentos de reunião pedagógica semanal nas escolas.
Muitas vezes os professores não têm nenhum acompanhamento da equipe de
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coordenação e acabam fazendo uso desta para os mais diversos usos, em
detrimento do estudo e reflexão pedagógica.
Em outros casos, estes momentos que ainda são raros e vem sido
conquistados graças ao esforço político de algumas secretarias de educação e,
mais recentemente, à lei federal que estabelece uma carga horária de
formação equivalente à um terço da jornada semanal4, os gestores acabam
fazendo uso deles como momentos de transmissão de recados e demandas
administrativas, muitas vezes não prioritárias para o trabalho pedagógico.
Tais demandas podem, em vários casos, simplesmente serem
solucionadas por meio de comunicados escritos que podem ser compartilhados
por todos por meio de cadernos ou grupos virtuais que garantam o acesso de
todos à informação.
Os momentos de reunião pedagógica devem ser priorizados para estudo
e reflexão da prática, incluindo-se aí, momentos de planejamento coletivo, em
que os professores podem trocar experiências e ideias para desenvolver as
melhores estratégias visando o alcance dos objetivos propostas para cada
faixa etária e/ou turma.
O que o coordenador precisa para potencializar estes momentos é
planejar uma pauta formativa, ou seja, uma pauta que leve os professores a
refletirem e avançarem em suas aprendizagens enquanto sujeito responsável
pelo ensino dos alunos em sala de aula. Ela direciona o processo formativo dos
professores e, se bem planejada, auxilia os processos reflexivos.
Organizar esta pauta é tarefa dos gestores, em alguns casos mais
focado na figura do coordenador pedagógico.
Para organizá-la, os gestores (coordenador pedagógico juntamente
com o apoio do diretor da escola) precisam, em primeiro lugar, mapear as
necessidades formativas do seu grupo de professores. Uma formação
4 Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008
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continuada eficiente, precisa atender às especificidades daquela realidade
escolar.
Para isso, podem ser utilizadas diferentes estratégias como a aplicação
de um questionário com os professores, a observação em sala de aula, a
análise dos resultados dos alunos, indicando os conteúdos mais críticos na
aprendizagem dos alunos e que podem ser os mais vulneráveis na formação
do professor. Com esses dados em mãos, a escola pode organizar o seu
projeto de formação para o ano todo, compartilhando-o e validando com todo o
grupo.
Quanto menor o tempo disponível, maior a necessidade de organizá-lo
para que seja bem aproveitado.
A partir de nossos estudos e experiências nas escolas, destacamos
alguns elementos fundamentais para o planejamento desta pauta.
- Leitura em voz alta: é um momento introdutório que visa contribuir
para a formação do professor leitor e a ampliação do seu repertório. Isso irá
contribuir também para que seja um modelo para os seus alunos.
- Investigação dos conhecimentos prévios do grupo sobre o tema:
este é um importante momento no início da reunião em que o coordenador, a
partir do seu planejamento prévio do tema que será abordado no dia, irá
mapear os saberes dos professores sobre as discussões que nortearão o
estudo do tema que irá discutir.
- Momentos de reflexão para ampliação do conteúdo: neste
momento o coordenador precisa propor questões que levem às reflexões que
deseja promover; para isso pode lançar mão de textos que podem colaborar
para embasar teoricamente o assunto ou vídeos que possam trazer à tona a
discussão pretendida.
Nestes momentos de reflexão também vale pensar numa estratégia
muito rica e eficiente para o trabalho de formação dos professores: a
tematização da prática. Esta estratégia, indica ao formador (aquele que está
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coordenando a reunião) que traga para as reuniões trechos de vídeos de uma
aula, ou registros escritos bem detalhados, que possam provocar trazendo para
o grupo algumas reflexões com base em cenas-chave que aparecem. Ele
precisa preparar este encontro de modo a garantir o melhor aproveitamento
desta situação, fazendo pausas estratégicas para chamar a atenção do grupo
para pontos relevantes de acordo com o conteúdo do dia.
O trabalho de tematização é uma análise que parte da prática
documentada para explicitar as hipóteses didáticas subjacentes. Chamamos
esse trabalho de “tematização da pratica de sala de aula” porque se trata de
olhar para a prática de sala de aula como um objeto sobre o qual se pode
pensar (2002, p. 123)
O que está em jogo nesta estratégia? A natureza dos conteúdos, os
processos pelos quais os alunos aprendem e os procedimentos usados pelos
professores para ensiná-los.
Os materiais mais adequados para fazer a tematização são vídeos de
situações de sala de aula, planejamentos de aula e registros de aula feitos pelo
professor.
A gravação de vídeo é a mais eficaz pois você pode levá-lo para uma
reunião onde todos poderão acompanhar a situação apresentada de forma
real. Caso o seu grupo não esteja preparado para compartilhar este tipo de
situação, é possível utilizar vídeos externos para esta tematização. Para essa
escolha tem que ser um bom exemplo de vídeo com alguns problemas para
reflexão. Se a aula tiver muitas questões para serem melhoradas, pode não ser
um bom material para esta atividade.
- Momentos para reorganização dos saberes e síntese das
aprendizagens: após as reflexões realizadas, é importante que seja feito um
fechamento que ajude a sistematizar as ideias discutidas no encontro. Neste
momento, podem também ser propostos encaminhamentos que ajudem a levar
para a prática as reflexões realizadas no encontro, fugindo de uma discussão
fundamentalmente teórica, para uma reflexão de sua prática, fundamentada
pelas teorias, visando o aprimoramento da mesma, ou seja, propondo novas
ações que a qualifiquem.
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Para Freire “(...) na formação permanente dos professores, o momento
fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a
prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” (2002, p.
43-44).
Outro aspecto importante para se pensar ao planejar esta pauta é
definir bem qual o objetivo do encontro e até onde se espera que os
participantes avancem, quais os materiais são necessários para serem
providenciados e a organização do espaço, de modo que favoreça as
discussões proposta de acordo com a metodologia escolhida.
É claro que se estamos falando de uma pauta formativa, não cabe
elaborarmos uma aula expositiva sobre os conteúdos propostos, o ideal é
pensarmos numa sequência de atividades que ajudem aos participantes a
avançarem no seu conhecimento sobre o que está sendo discutido.
Veja algumas sugestões que podem ser úteis na hora de pensar sobre
isso na sua escola.
Saberes trabalhados
Deixe claras as metas de aprendizagem, relacionando-as com as estratégias que serão desenvolvidas ao longo
da reunião.
Menos é mais
O excesso pode tornar a formação superficial. Opte por trabalhar somente um tema por vez, dependendo da
complexidadade.
Lista útil
Definir e especificar os objetos necessários aos estudos faz com que eles sejam providenciados com
antecedência.
Momento cultural
Uma leitura, a apresentação de um vídeo ou uma conversa sobre uma exposição ou peça em cartaz são opções
para iniciar a reunião.
Resgate de saberes
Ao retomar as conclusões anteriores, é possível verificar os conhecimentos adquiridos e marcar a continuidade
do plano de formação.
Olhar reflexivo
Planeje as estratégias para problematizar a prática docente. Tome como objeto de reflexão bons exemplos de
situações didáticas.
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Previsão das respostas
Antecipe as possíveis reações em função dos problemas didáticos enfrentados. Isso ajuda a pensar em outras
possibilidades de abordagem.
Hora de resumir
Planeje momentos de intervenção para amarrar o conteúdo. Sistematize os conhecimentos com base nos
registros coletivos.
Aulas seguintes
Dê tempo para que o grupo prepare coletivamente as aulas. Acompanhe o processo e dê espaço para discutir
algumas decisões.
Avaliação e Comentários
Reserve um espaço para indicar se as ações foram realizadas e descrever situações que tenham saído do
planejamento.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/como-elaborar-boas-pautas-reunioes-pedagogicas-
705307.shtml
1.2. A observação de sala de aula
A observação de sala de aula, como uma estratégia de formação
continuada dos professores na escola, contribui para levar o professor a uma
reflexão de sua prática e a buscar novas possibilidades de intervenções para a
melhoria do ensino.
Em suas pesquisas, Schön (1998) realiza uma crítica ao ensino
tradicional e propõe uma concepção de formação de professores baseada em
uma epistemologia da prática, ou seja, em reflexão, análise e investigação.
Destaca noções fundamentais para relacionar a teoria e a prática, e justifica a
importância de não apenas refletir sobre a ação, mas “refletir sobre a reflexão
na ação”, para interpretá-la, e planejar soluções possíveis de ressignificação.
Pensando nisso, a observação de sala de aula é uma estratégia muito
importante para aproximar a equipe de coordenação da escola da prática do
professor em sala de aula, contribuindo para sua reflexão sobre o fazer
pedagógico.
Inserir essa estratégia de formação nas escolas não é uma tarefa fácil,
pois está enraizada culturalmente a ideia de que se observa para
supervisionar. Historicamente, as práticas de observação vivenciadas no
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interior das salas de aula estão associadas à fiscalização e distante do objetivo
da reflexão como um componente do processo de formação.
Para que essa prática se constitua como uma estratégia formativa, deve
estar a serviço do acompanhamento e da formação do professor no espaço
escolar. Segundo Scarpa (1998), a observação em sala de aula é uma
estratégia importante, pois fornece dados para a intervenção junto aos
professores no seu processo formativo, fugindo do discurso falado ou escrito e
focando essencialmente na prática vivenciada.
Ainda segundo a autora, esta ação também se mostra relevante para a
formação do coordenador enquanto agente desta formação na escola, pois
está envolvida neste processo a maneira de realizar essa observação para
subsidiar o professor com elementos de análise e reflexão sobre sua prática.
Para Weisz (2002), esta prática é um importante instrumento de reflexão
porque, muitas vezes, o professor está sempre tão envolvido em sua ação que,
às vezes, não consegue enxergar o que salta aos olhos de um observador
externo.
Essa estratégia contribui também para que o coordenador pedagógico
possa conhecer melhor o seu grupo de professores e suas necessidades
formativas, podendo planejar de forma mais eficiente os horários de trabalho
coletivo na escola, com foco na realidade em que está inserido.
Freire (1996) traz também uma discussão importante sobre da
observação de sala de aula, destacando a importância de cuidar para que o
professor não se sinta invadido no seu fazer pedagógico.
Para ela, é preciso educar o olhar para sair de si mesmo e enxergar o
outro sem julgamento e, principalmente, de maneira objetiva, buscando
enxergar o que está por trás de cada ação, sem pré-julgamentos, e pensando
no que poderia ser melhorado. Segundo a autora, observar não é vigiar, mas
estar atento àquilo que precisa ser desvelado ou, ainda, àquilo que pode e
deve ser valorizado.
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Neste sentido, Dalcorso e Allan (2010) corroboram com esta questão e
apontam que é preciso definir de maneira clara o papel do observador na sala
de aula, que deve ter um foco específico ao entrar em sala. Além disso, deve
cuidar para não interferir neste contexto e tornar-se cúmplice dos fatos
observados. Ou seja, o foco do coordenador deve ser observar um evento e
registrar de forma objetiva o que realmente ocorreu no momento da
observação, sem colocar aí a sua subjetividade e sem colocar juízo de valor.
Isso quer dizer que os registros de observação devem conter
exclusivamente aquilo que foi possível ser observado com base em evidências
e não aquilo que supõe que possa estar por trás do que está vendo na aula. É
importante lembrar que, ao ver um recorte da aula, nem sempre temos
elementos suficientes para fazer afirmações conclusivas. Por isso, é muito
importante o momento de feedback com o professor no qual o observador
possa conversar e esclarecer aquilo que pode causar dúvidas sobre o
procedimento adotado naquele momento.
Assim, a metodologia apresentada no curso Gestão para a
Aprendizagem destaca três momentos imprescindíveis neste processo:
De acordo com estes passos, a equipe de coordenação precisa se
planejar antes de ir para a sala de aula. É preciso definir qual o foco de
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observação que deve estar centrado num ponto em que a escola deseja
investir. É importante que este ponto seja um objetivo passível de mudança e
que a observação não fique centrada na figura do professor.
É importante ainda, compartilhar o planejamento do professor para que
saiba o que esperar da aula que será observada, escolhendo o melhor
momento para esta observação.
Outro ponto importante a ser definindo antes de ir para a aula, é o roteiro
de observação. Ele pode seguir um padrão da unidade escolar ou pode ser
ajustado para cada foco que se deseja observar.
Scarpa (1998) também enfatiza a importância de um protocolo de
observação que possa ser utilizado como roteiro para este momento. Este
roteiro vai contribuir muito para que professores e coordenação se planejem
para este momento, tornando-o mais produtivo, instaurando, assim, um clima
positivo, já que o que será observado, não será uma surpresa mas algo
previamente acordado.
No momento da observação, o coordenador deve ter uma postura
discreta, procurando não interferir na aula que está acontecendo. Os registros
devem se ater ao foco combinado e às evidência que indiquem o que de fato
aconteceu, evitando as inferências, como dito anteriormente.
O momento mais importante desta ação, pois é aquele em que o
professor será convidado a refletir sobre a sua prática, é o feedback. É neste
momento que o formador/coordenador vai aproximar os conteúdos das
formações com as ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula,
cumprindo, ao lado dos professores, seu papel de parceiro mais experiente,
que poderá contribuir para a reflexão da prática e as mudanças necessárias
(TAMASSIA, 2011).
Para que este momento não se torne apenas informativo mas também
formativo, é importante que o coordenador não inicie apresentando tudo que
registrou, mas que faça uso de algumas habilidades comunicativas que levarão
o professor a refletir sobre a aula observada.
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Ele pode fazer uso de paráfrases, que consiste em dizer, com suas
próprias palavras, o que disse outra pessoa, com o objetivo de verificar se
houve entendimento do que o outro falou. Veja alguns exemplos:
Pelo que entendi, você ... É isso mesmo? Então você quer dizer que isto aconteceu porque... ? Deixe eu ver se ficou claro. O objetivo da aula era...?
Outro tipo de intervenção são as perguntas esclarecedoras. Elas nos
ajudam a ter uma imagem clara de uma situação específica apresentada ou de
uma ideia, sem fazer juízo de valor ou generalizações. Vamos ver alguns
exemplos:
Por que só um aluno da dupla estava com a folha da atividade? O que você pretendia com esta estratégia?
Qual foi o seu objetivo ao solicitar que os alunos numerassem os parágrafos do texto?
Por que o aluno xx estava fazendo a atividade individualmente?
Já as perguntas de sondagem têm como principal objetivo levar a
pessoa diretamente envolvida na ação a refletir sobre o ocorrido e pensar em
possíveis encaminhamentos. Ela estimula a reflexão e tira a obrigação de
quem observou responder a tudo e passa esta tarefa para quem foi observado.
Por exemplo:
O que você sugere para melhorar esta situação? Que outra estratégia poderia ser utilizada para que isso não
acontecesse?
Neste primeiro momento, esta conversa irá ajudar o coordenador a
esclarecer aquilo que ele observou e poderão então fazer uma discussão
pautada no que foi observado e nos esclarecimentos do professor.
Após esse primeiro momento, é importante então que sejam feitos
encaminhamentos acordados entre os dois, incluindo algumas sugestões
trazidas pelo coordenador que possam tornar este momento o mais propositivo
possível. Estes encaminhamentos devem ser registrados e o professor deve
ter cópia deste material para que possa planejar suas ações pautadas no que
discutiram buscando qualificar a sua prática.
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Para Ednir (et. al., 2006), o feedback é uma espécie de alimento do
profissional que busca o seu crescimento.
É muito importante que esse feedback ocorra, no máximo, dentro de
uma semana, caso contrário, poderá perder seu impacto e a importância sobre
aquele momento observado. Se o período entre a observação e o feedback for
muito grande, o seu efeito pode ser menor do que o esperado e,
provavelmente, o professor perderá a credibilidade nesta estratégia.
Como vemos, o papel do coordenador pedagógico (e, em alguns casos,
do diretor que está à frente das ações pedagógicas da escola) é muito
importante para o crescimento profissional do professor, como também aponta
Vasconcellos (2004):
O coordenador, ao mesmo tempo em que acolhe e engendra, deve ser questionador, desequilibrador, provocador, animando e disponibilizando subsídios que permitam o crescimento do grupo; tem, portanto, um papel importante na formação dos educadores, ajudando a elevar o nível de consciência (p. 89)
1.3. Acompanhando as aprendizagens dos alunos por meio das avaliações
A situação em que a educação brasileira se encontra atualmente
requer dos gestores que atuam nas Secretarias de Educação um olhar voltado
para os resultados, porém pensando em agir a partir dos dados. Em 2013, a
média do IDEB5 das escolas brasileiras chegou a 4,9, numa escala que vai até
10.
Mas, para que haja uma mudança que realmente faça com que os
alunos aprendam cada vez mais, é preciso que os gestores que atuam na
escola possam também acompanhar de perto os resultados de cada aluno,
podendo auxiliar os professores para que possam fazer intervenções que
levem os alunos a avançarem em seu processo de aprendizagem.
Para isso é preciso que cada escola tenha claro quais são as
expectativas de aprendizagem para cada ciclo.
5 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, baseado na nota da Prova Brasil e do número de alunos
aprovados em cada ciclo.
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E para acompanhar o processo e saber se as expectativas de
aprendizagem foram alcançadas uma avaliação institucional é um ótimo
recurso. Neste caso, é importante que o coordenador pedagógico organize,
junto ao grupo de professores, uma avaliação padronizada, ou seja, uma
avaliação que se baseie nas expectativas de aprendizagem para determinado
ano (3º ano, por exemplo) e que construam juntos para que tenham um
parâmetro sobre como os alunos do 3º ano estão em relação à essas
expectativas, independente do que o professor já tenha trabalhado. Ela servirá
também para guiar o professor a fim de que ele não perca a sua meta, o seu
objetivo com aquele grupo e todos possam chegar nesta meta até o final do
ano.
Para que o coordenador possa acompanhar esses resultados, é
importante que a escola tenha um instrumento de monitoramento onde possa
observar de forma sintetizada como cada turma da escola se saiu, já que não é
possível analisar os resultados de cada aluno individualmente. Porém, com
uma síntese de cada sala que traga os resultados dos alunos, será possível ter
um panorama geral da escola e analisar estes resultados para saber quais as
melhores estratégias de ação.
Uma gestão baseada em resultados faz com que o trabalho da equipe
esteja mais focada onde realmente deve estar – na aprendizagem dos alunos –
e se baseia em situações e condições concretas e não em “achismos” que
muitas vezes acabam desviando a equipe das reais causas dos problemas.
A base da avaliação do sucesso em educação, seja ela em sala de aula ou na instituição ou em larga escala, é a aprendizagem, à medida que esta revela a eficiência ou o fracasso da instituição. Outras variáveis devem ser levadas em conta nas práticas avaliativas em educação, porém a aprendizagem está na base de todas elas, devido ser o resultado final que se espera e se deseja em toda atividade educativa. (LUCKESI, 2012, p. 22)
É claro que esta avaliação mais institucional não exclui a necessidade
do professor realizar outros momentos de avaliação em sala de aula com o
objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem e ir ajustando o seu
planejamento. Porém, estamos falando da importância do coordenador
pedagógico ter esse olhar macro para sua escola e ter elementos concretos
para que no dia das reuniões de conselho de classe, por exemplo, ele possa
ter propostas concretas para discutir com o grupo que auxiliem no
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replanejamento das ações pedagógicas definindo as atividades de ensino mais
adequadas de acordo com as necessidades mapeadas. Desta maneira, o
coordenador assume o seu papel de quem orienta e apoia o professor neste
processo, além destas reuniões tornarem-se momentos mais produtivos e
tirarem o foco apenas da situação de indisciplina ou da queixa sobre as
famílias.
Veja um pequeno exemplo apresentado no curso, que mostra como
podemos ter uma síntese dessas aprendizagens para o monitoramento das
ações na escola:
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À partir deste exemplo de Língua Portuguesa, é possível observar
rapidamente por meio das cores, um ótimo recurso visual para esta leitura, que
na linha horizontal temos o rendimento por aluno, percebendo por exemplo,
que a aluna já avançou com relação a estes conteúdos e, portanto, precisa se
maiores desafios, assim como também é possível verificar na linha vertical
quais os conteúdos necessitam ser mais aprofundados em sala, como é o caso
da ortografia.
Outro ponto interessante é que, quando comparamos março e agosto,
dois momentos diferentes da avaliação, notamos que as habilidades
relacionadas à localização de informações implícitas no texto, que era uma
dificuldade da maioria dos alunos, já foi superada por boa parte deles no
segundo momento.
Com estas informações em mãos fica mais fácil para o coordenador
sugerir e planejar os momentos formativos na escola, pois este mapeamento
demonstra também onde o coordenador pedagógico precisa atuar de maneira
mais propositiva e trazer elementos que possam contribuir com a formação do
professor para melhor trabalhar com estas habilidades em sala.
Neste papel de olhar macro, o coordenador também precisa estar atento
aos indicadores externos. Desde 2005, o Ministério da Educação (MEC) criou a
Prova Brasil que avalia as habilidades dos alunos em Língua Portuguesa e
Matemática nos anos finais dos ciclos.
Junto com o fluxo dos alunos (número de alunos aprovados, reprovados
e evadidos no ciclo), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio
Teixeira (INEP)6, órgão responsável pela aplicação e análise dos resultados,
define o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de cada
escola.
O Brasil tem uma meta até 2021, para a melhoria destes indicadores.
Para isso, a equipe gestora da escola precisa se voltar para eles e aprender a
olhar e agir a partir dos dados obtidos.
Estes resultados não revelam o resultado de cada aluno, pois eles têm
como objetivo o desenvolvimento de políticas públicas que possam melhorar
6 http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica
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estes resultados. Eles não substituem as avaliações internas pois não indicam
o que cada aluno precisa melhorar, mas sim, como está cada escola em
relação às habilidades avaliadas, comparando-a com outras em todo o Brasil,
dando assim parâmetros para que a escola saiba o quanto está avançando em
relação a ela mesma e em relação às outras escolas de sua região ou do país.
Por isso, é importante que o coordenador pedagógico se aproprie destas
informações, a fim de analisar os resultados de sua escola e, a partir deles,
buscar entender o que levou àquele resultado e, junto ao grupo, buscar novas
estratégias que possam revertê-los e superá-los a cada ano.
Sugerimos no curso, o Portal IDEB7, que traz de maneira inteligente os
dados de cada escola, auxiliando os gestores a entenderem melhor esses
resultados, sempre com foco na melhoria de sua escola.
Assim o coordenador poderá entender melhor os dados, o que compõem
o fluxo da sua escola, o nível das habilidades em que sua escola foi avaliada
em português e matemática, além de outras informações relevantes para sua
atuação na escola, agindo a partir de dados concretos. Deste modo, ele poderá
planejar os momentos formativos na escola com base nestas informações,
instrumentalizando o professor para o uso de novas estratégias em sala de
aula.
Só assim, com base em dados, em evidências, o coordenador poderá
fugir do papel de “bombeiro”, que passa a maior parte do tempo “apagando
incêndio”, para que possa agir na causa dos problemas, garantindo assim a
aprendizagem de seus alunos e, consequentemente, a melhoria dos
indicadores de sua escola.
Considerações Finais
Destacamos aqui três importantes focos da ação do coordenador
pedagógico na escola: (i) planejar e conduzir as reuniões pedagógicas na
escola; (ii) acompanhar a ação pedagógica do professor em sala de aula por
7 http://meritt.com.br/ideb
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meio de observações planejadas; (iii) acompanhar o resultado das
aprendizagens dos alunos por meio das avaliações internas e externas.
É preciso profissionalizar cada vez mais o papel deste importante ator
nos processos educacionais para que ele atue de fato mobilizando o grupo
para a melhoria dos práticas pedagógicas na escola.
É muito importante que ele se veja neste papel e busque se aperfeiçoar
para que possa realmente ser este parceiro mais experiente que apoie o
professor em seu processo de formação continuada na escola, fugindo das
armadilhas que surgem no dia a dia da escola e que o levam a ficar apenas
correndo atrás de problemas pontuais, deixando de lado onde realmente está
foco do trabalho e onde realmente poderá ter um impacto positivo, levando à
melhoria da escola como um todo.
O objetivo deste trabalho é justamente de promover esta reflexão e
provocar o coordenador para que este assuma cada vez mais este papel de
articulador pedagógico na escola.
Só assim poderá, em parceria com o diretor, melhorar os índices de sua
escola e estabelecer um ambiente de aprendizagem tanto para professores
quanto para os alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Gestora: como fazer observação em sala de aula e elaborar feedback. São
Paulo: British Council, Instituto Crescer para a Cidadania, 2010.
GARCIA. G. M. Formação de Professores: Para uma mudança educativa.
Porto: Porto Editora, 1999.
EDNIR, M. (et. al.) Mestres da Mudança: liderar escolas com a cabeça e o
coração. Porto Alegre: Artmed, 2006.
23
FREIRE, M. Observação, registro, reflexão: instrumentos metodológicos I. 2.
Ed. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1996. (Série Seminários)
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 2002.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, Avaliação Qualitativa e Inovação – II.
Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira, 2012.
MIZUKAMI, M.G.N. Et Alii. Escola e Aprendizagem da Docência: processos
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SHÖN, D. A. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino
e a aprendizagem. São Paulo: Artmed, 1998.
TAMASSIA, S. A. S. Ação da Coordenação Pedagógica na Formação
Continuada dos Professores no Ensino Fundamental I: desafios e
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WEISZ, T. O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem. São Paulo: Ática,
2002.