Post on 18-Apr-2015
“O Outro Lado dos OGM”
Plataforma Transgénicos ForaMaria João Pacheco, 2006
ALIMENTAÇÃO
• A alimentação é um direito básico da Humanidade, todos devem ter acesso a uma alimentação sã, nutritiva e culturalmente apropriada
• Este direito não pode deixar de estar associado ao direito a produzir
Soberania Alimentar
Direito à Alimentação, Direito a Produzir
Alimentação/Agricultura
CONTROLO
Agricultura = Alimentação
questão estratégica
poder tão grande ou maior que o das armas
• Alimentos NÃO são uma mercadoria
• Agricultura NÃO é uma simples fábrica produtora de alimentos
IMPORTÂNCIA:
ambiental, social, económica e cultural
OGM e Soluções Milagrosas
- fim da fome e da má nutrição no mundo- elevados aumentos de produtividade- plantas mais bem adaptadas ao meio e resistentes a pragas e doenças- redução de uso de químicos e consumo de água- plantas com outras características nutritivas… … …
Direito de escolha: está na mão de cada agricultor / de cada consumidor
A Democracia dos OGM
Larga maioria dos Europeus rejeita os OGM
• 70,9% diz simplesmente rejeitar os OGM• 85,9 % dizem querer saber mais antes de comer OGM• 94,6% quer ter o direito de escolha
(Eurobarómetro 55.2 de Dezembro 2001)
OGM são uma imposição, não um direito de escolha
Direito de escolha ?
• Rotulagem:
- aceita 0,9% da contaminação dos alimentos, sem obrigatoriedade de ser mencionado
- subprodutos dos animais (ovos, leite, carne) alimentados com OGM não são obrigados a mencionar este facto
Em Portugal, já se cultivam OGM sem serem definidos:– Zonas Livres– Fundo de compensação
Não está consagrado o princípio do poluidor pagador
• DL 160/2005 (Coexistência): 200 m distância entre culturas ou 24 linhas de bordadura (= 18 metros)
Coexistência de Culturas
A agricultura não é uma actividade
confinada a espaços fechados
– não se faz agricultura em laboratórios –
• vento, os insectos, ... são capazes de
transportar sementes e grãos de
pólen a grandes distâncias
coexistência não é possível
poluição genética
Controlo: agricultura/alimentação
• As multinacionais agro-farmacêuticas pretendem o controlo das sementes e assim podem obrigar os agricultores a comprar as sementes e ao mesmo tempo o seu “pacote de químicos”.
• O patenteamento generalizado de sementes agrícolas são o passo necessário para retirar das mãos dos agricultores o direito ancestral a guardar semente.
Sementes
Os agricultores sempre foram os
guardiões das sementes:reproduzindo-as, distribuindo-as, partilhando-as,
fazendo-as passar de geração em geração
As sementes são um património da humanidade:
são símbolos de vida e de riqueza, são o garante de novas colheitas e por isso de alimentos
Ambiente
Perda de biodiversidade e de património genético,
aparecimento de insectos resistentes a insecticidas, aumento das pragas,
alteração nas populações de insectos autóctones, alterações nos ecossistemas,
… … …
Desconhece-se a verdadeira amplitude dos impactos da sua disseminação no meio-
ambiente e nos ecossistemas.
Saúde
Não são conhecidos os riscos para a saúde humana e animal quanto à ingestão de alimentos geneticamente modificados
- toxicidade- alergias- resistência a antibióticos
- efeitos cumulativos
Propagação e controlo de microorganismos GM
Ética
• Modificar organismos vivos coloca questões fundamentais sobre a existência humana e da vida na terra.
“aprendizes de feiticeiro?”• Interferir na evolução das espécies e quebrar
a barreira que as mantem separadas toca nos pontos mais sensíveis da nossa relação com o mundo natural.
que direito a alterar o mundo irreversivelmente?
Investigação Científica
• Ao serviço das pessoas e respondendo às suas verdadeiras necessidades e anseios
• Por uma investigação cientifica pública, com meios humanos, técnicos e financeiros, e
► que não esteja subordinada aos interesses financeiros da agro-indústria e das
grandes potências internacionais
► que se paute pelo princípio de precaução
► que recuse o patenteamento da vida
Situação actual
• Setembro 2004: Comissão Europeia aprovou 17 variedades de milho GM (MON 810) da Monsanto. Depois disso já aprovou mais 14.
• 2005: 760 ha de milho GM cultivados em Portugal (0,4% do total de 200.000 ha de milho cultivado)
• Inquérito a 52 cooperativas em Portugal que venderam (2005) milho convencional:
- 3 cooperativas venderam milho GM,
- as outras não o fizeram por:
questões sociais, agrícolas e outras
Impõe-se moratória ao cultivo
Informar, debater e avaliar
- criação de Zonas Livres / declaração de País Livre- realidade fundiária: fraccionada, com áreas exíguas- estudos prévios a qualquer libertação de OGM em Portugal:
impactos no ambiente, saúde, agricultura, economia- formação/informação: agricultores e outros agentes- sem seguros não pode haver cultivo: prejuízos económicos
não mensuráveis- meios humanos/técnicos/financeiros: independência,
fiscalização, certificação, etc- bancos de germoplasma públicos: variedade tradicionais
têm de estar disponíveis
Plataforma Transgénicos Fora do Prato
A Plataforma existe formalmente desde 2004, embora esteja activa desde 1998. Actualmente é integrada por oito organizações da área do ambiente e agricultura, sendo apoiada por dezenas de outras. Milhares de pessoas têm aderido aos seus abaixo-assinados.
Apartado 5052, 4018-001 Porto Fax: 22 975 9592
Site: ww.stopogm.net
Lista electrónica: ogm_pt-subscribe@yahoogroups.com.br