Post on 06-Jul-2020
O Incenso da
Oração
Título original: The incense of prayer
Por Octavius Winslow (1808-1878)
Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra
Dez/2016
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W778
Winslow, Octavius – 1808 -1878
O incenso da oração / Octavius Winslow Tradução , adaptação e edição por Silvio Dutra – Rio de Janeiro, 2016. 23p.; 14,8 x 21cm Título original: The incense of prayer 1. Teologia. 2. Vida Cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves, Silvio Dutra I. Título CDD 230
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"Suba a minha oração, como incenso,
diante de ti, e seja o levantar das minhas
mãos como o sacrifício da tarde!" (Salmo
141: 2).
Deus tem um templo fora do céu. Nem todo
o culto, nem todos os adoradores estão
confinados a esse mundo feliz, onde ele
habita imediatamente. Ele tem outro
santuário na terra - outros adoradores e
outros serviços, onde, com quem, e com os
feixes de sua presença estão estritamente
comprometidos e tão verdadeiramente
brilhantes como na assembleia geral da
igreja reunida em torno dele na glória. Não é
a magnífica estrutura feita por mãos, com
seu esplêndido ritual e seu pesado
cerimonial lisonjeador para o orgulho a fim
de cativar o sentido do homem, mas um
templo e um serviço do templo muito mais
bonito aos olhos de Deus é sobre o qual nós
falaremos. "Assim diz o Senhor: O céu é o
meu trono, e a terra o escabelo dos meus
pés; que casa me edificaríeis vós? E qual
seria o lugar do meu descanso? Porque a
minha mão fez todas essas coisas, e assim
todas elas vieram a existir, diz o Senhor; mas
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para esse olharei, para o humilde e contrito
de espírito, que treme da minha palavra.”
(Isa 66.1,2).
" Porque assim diz o Alto e o Sublime, que
habita na eternidade, e cujo nome é Santo:
Num alto e santo lugar habito; como
também com o contrito e abatido de espírito,
para vivificar o espírito dos abatidos, e para
vivificar o coração dos contritos" (Isaías
57.15).
Este é o templo de Deus na terra, este é o seu
adorador, e este é o seu culto. A estrutura
material não é nada, o serviço magnífico não
é nada, o adorador formal não é nada "mas
eis para quem olharei: para o humilde e
contrito de espírito, que treme da minha
palavra.” Oh, mais solene verdade! Oh mais
que preciosas palavras! "Senhor, grava-as no
meu coração pelo teu bendito Espírito, seja o
meu corpo o teu templo, o meu coração o
teu santuário, a tua presença a minha vida, a
minha vida o teu serviço".
(Nota do tradutor: Antes de selecionar e
iniciar a tradução deste texto, eu havia
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meditado sobre o modo como os antigos se
referiam ao cristianismo como sendo a
religião verdadeira, e que este uso da palavra
religião nada tinha a ver segundo o ponto de
vista deles com a noção presente de rituais e
cerimônias pesados e prescritos por forma
tradicional, que de tal modo são observados
que chegam a ocupar o lugar da verdadeira
piedade e santidade. Então, em todos os seus
escritos, ao se referirem à religião
verdadeira apontavam para a vida espiritual
em comunhão com Cristo e com os irmãos
da fé, no cultivo das virtudes relativas aos
atributos divinos pelo poder do Espírito e
aplicação da Palavra de Deus à vida. Não
admira que tantos não se sintam movidos a
congregarem em templos cristãos onde
pouco se vê desta operação vital da piedade
nos corações dos crentes, porém muito de
formas, ritos e cerimônias que chegam até
mesmo a espantar os espíritos mais
sensíveis e temerosos.)
O crente em Jesus é um sacerdote real,
ordenado para oferecer sacrifícios
espirituais a Deus. Ele é chamado e
consagrado, vestido e ungido, para um
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serviço elevado e santo. Seu chamado é
divino, sua consagração é santa, suas roupas
são valiosas, sua unção é perfumada. Antes
da postura, da glória e do serviço de um dos
sacerdotes reais, toda a pompa e
magnificência do sacerdócio de Aarão se
desvanecem em nada. Chamado de acordo
com o propósito de Deus, consagrado e
separado pela graça soberana, investido
com a justiça de Cristo, ungido com o
Espírito Santo e oferecendo o sacrifício
espiritual de um "coração quebrantado e
contrito", é surpreendente que Deus olhe
com um deleite inefável a tais adoradores?
Mas, apenas de um único desses muitos
pontos interessantes devemos nos permitir
falar no momento. Referimo-nos ao incenso
que cada verdadeiro crente em Jesus, em
seu caráter de sacerdote real, oferece ao
Senhor.
O assunto apresenta à nossa visão, o cristão em seu mais santo e solene traço, que se
aproxima de Deus e apresenta diante do
altar de sua graça o incenso da oração. A
referência típica a isto é surpreendentemente bela.
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"1 Farás um altar para queimar o incenso; de madeira de acácia o farás.
2 O seu comprimento será de um côvado, e a
sua largura de um côvado; será quadrado; e
de dois côvados será a sua altura; as suas pontas formarão uma só peça com ele.
3 De ouro puro o cobrirás, tanto a face
superior como as suas paredes ao redor, e as
suas pontas; e lhe farás uma moldura de ouro ao redor.
4 Também lhe farás duas argolas de ouro
debaixo da sua moldura; nos dois cantos de
ambos os lados as farás; e elas servirão de lugares para os varais com que o altar será
levado.
5 Farás também os varais de madeira de
acácia e os cobrirás de ouro.
6 E porás o altar diante do véu que está junto
à arca do testemunho, diante do
propiciatório, que se acha sobre o
testemunho, onde eu virei a ti.
7 E Arão queimará sobre ele o incenso das
especiarias; cada manhã, quando puser em
ordem as lâmpadas, o queimará.
8 Também quando acender as lâmpadas à tardinha, o queimará; este será incenso
perpétuo perante o Senhor pelas vossas
gerações.
9 Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem oferta de
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cereais; nem tampouco derramareis sobre ele ofertas de libação.” (Êxodo 30.1-9)
Que este incenso era típico da oração,
apareceria em Lucas 1:10, "e toda a multidão do povo orava da parte de fora, à hora do
incenso."
Davi, embora morando na época mais sombria da igreja, interpreta correta e
lindamente este tipo: "Que a minha oração
seja posta diante de vós como incenso". É
uma figura apropriada e impressionante.
E agradecidos, querido leitor, devemos nos
aproveitar de tudo o que na Palavra Divina
tende a nos ensinar a natureza, a ilustrar a
bem-aventurança, a aprofundar a solenidade e a envolver nossos esforços no
santo dever e no doce privilégio da ORAÇÃO.
Interessante e importante, assim como os tópicos sobre os quais nos dirigimos
anteriormente, todos devem ceder ao
interesse e à importância disto. A oração é o
sopro vital da alma vivente; a oração é o
modo de nossa aproximação a Deus; a oração é o canal designado de toda a bênção. A
ocasião contemplada ao longo deste
pequeno volume é especialmente a época
em que a oração é encontrada como a mais calmante e santificante.
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Todas as preciosas bênçãos que nos
esforçamos para trazer diante de seu
coração sofrido, calculadas para consolá-lo e
curá-lo, são transmitidas a você através
deste único modo: a comunhão com Deus.
Uma vez que possamos convencê-lo a
derramar seu coração para ele - assim,
separando-o de todos os outros recursos de
conforto, e focando-o exclusivamente para a
oração; em outras palavras, fazendo com
que você foque exclusivamente em Deus,
sentimos que nós o conduzimos através das
ondas de sua dor para a rocha que é mais alta
do que você. Que o Espírito Eterno seja nosso
Mestre e Consolador, enquanto brevemente
falamos do INCENSO DA ORAÇÃO.
O incensário do crente - o que é? De onde
surge o incenso da oração subindo ao trono
do Eterno? Oh, é o coração. O coração
renovado e santificado do crente é o
incensário de onde sobe a nuvem
perfumada. Ah crente; há falsos, há
censuradores espúrios acenando diante do
trono da graça. Não há precioso incenso
neles, nem fogo, nem nuvem. Deus não
cheira um aroma doce em sua oferta. A
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verdadeira oração é o incenso de um
coração quebrantado pelo pecado,
humilhado pela sua iniquidade, lamentando
sua praga, tocado, curado e confortado com
o sangue expiatório do grande sacrifício de
Deus. Este é o verdadeiro incensário; isso é o
que Deus olha. Não podemos citar
novamente suas palavras, tão expressivas,
tão solenes, tão preciosas? "A este homem
eu olharei, aquele que é pobre e de um
espírito CONTRITO, e que TREME da minha
palavra."
Este é o próprio incensário escolhido por
Deus. Isso, e somente isso, ele considerará.
Oh! Quem pode descrever o valor, a beleza e
a aceitação desse incensário para aquele
cujos "olhos se movem de um lado para
outro por toda a terra, para mostrar-se forte
em favor daqueles cujo coração é perfeito
para com ele?"
A este, Deus olha. "Porque o Senhor não vê o
que o homem vê, porque o homem olha para
o exterior, mas o Senhor olha para o coração"
(1 Sam 16.7). Precioso incensário! Moldado,
formado, embelezado por Deus.
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Não existe na terra uma coisa mais vil e
desagradável, do ponto de vista do
verdadeiro crente, do que seu próprio
coração. De qualquer outro olho humano
cujo seio é profundamente, e
impenetravelmente velado; tudo o que está
dentro é conhecido apenas por si mesmo. O
que essas câmaras de abominação são, Deus
não permitirá que outra criatura saiba. Mas,
oh, quão escuro, quão repugnante, quão
impiedoso para aquele "que conhece a praga
de seu próprio coração!" E ainda assim; oh
graça maravilhosa!
Deus, por seu Espírito renovador fez desse
coração um incensário caro e precioso, cuja
nuvem ascende e enche todos os céus com
sua fragrância. Com todo seu mal interior e
autoaversão, Deus vê suas lutas, observa seu
conflito e marca sua sinceridade. Ele tem
seu dedo em seu pulso; ele sente cada batida,
registra cada vibração. Nem um sentimento
o emociona, nem uma emoção o agita, nem
uma tristeza o obscurece, nem um pecado o
fere, nem um pensamento passa por ele do
qual não está ciente. Crente! Jesus ama esse
seu coração, pois comprou com o sangue, as
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agonias e as lágrimas de Seu próprio
coração. Ele habita em você pelo seu
Espírito, e o ama. Você é Seu templo, Sua
casa, Seu incensário, e nunca poderia
aproximá-lo em oração, mas está preparado
para aceitar tanto o incensário como o
incenso com uma complacência e deleite,
que encontra a melhor expressão na
linguagem de sua própria palavra, "Eu vou
aceitar você com seu doce aroma."
E, o que é o incenso que flui como uma
nuvem deste precioso incensário? Oh, é o
incenso da oração! O mais precioso e
perfumado incenso que jamais chegou ao
céu através de um mero coração humano.
Como descreveremos o preço deste
incenso? Os seus materiais, como aqueles
que Arão lançou no incensário, que os
sacerdotes queimavam diante do Senhor,
cuja oferta era chamada de "incenso de
especiarias", são mais caros ainda. São
materiais divinos lançados nele pelo próprio
Deus; a convicção do coração sobre o
pecado, o seu sentimento de autoaversão, a
sua doce contrição, a sua santa tristeza, o seu
arrependimento sincero, a sua sincera
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confissão, a sua plenitude livre e sem
reservas derramando-se diante de Deus. E
de fato, deve ser muito daquilo que o Espírito
Santo de Deus inspirou, porque ele é a brasa
viva que queima o incenso.
E o que diremos da fragrância deste
incenso? Oh, quanto ainda temos de
aprender sobre a doçura intrínseca da
oração real! Só podemos conceber
imperfeitamente a fragrância que deve
haver para Deus na respiração do Espírito
Divino, no coração de um pobre pecador. É
talvez um gemido, um suspiro, uma lágrima,
um olhar, mas é a pronunciação do coração,
e Deus pode ouvir a voz do nosso choro, e
interpretar a linguagem de nossos desejos,
quando os lábios não proferem uma palavra,
tão perfumado para ele é o incenso da
oração. E quando a oração surge de um
coração tocado pelo Espírito de adoção,
sendo a respiração do amor de um filho, a
confiança e forte desejo de buscar o seio de
Deus; oh quão rico o incenso é então!
E é o incenso de um coração de oração
carregado por tristeza, ferido e murchado
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como erva, menos perfumado para Deus?
Não, cristão de luto, a oração é o alívio dado
por Deus para o seu triste coração. Dai-vos,
porém à oração, agora na hora da vossa
tristeza e solidão, e os vossos sopros
enviados ao céu com trêmulos acenos,
retornarão ao vosso coração desconsolado e
desolado, todos ricos e cheios de
consolações do céu. As respirações santas
que sobem do coração de um crente, se
acumulam nos céus superiores, e quando a
maioria precisa de refrigério descem
novamente nas bênçãos da aliança sobre sua
alma. Nenhuma oração de fé real é perdida,
assim como a umidade exalada da Terra
nunca é perdida. Aquele vapor fino, quase
invisível, que o sol da manhã apanhou,
retorna novamente destilando em suaves
orvalhos, ou caindo em abundante chuva,
regando a terra e fazendo-a produzir e
brotar. Esse desejo fraco, aquela respiração
fraca da alma à busca de Deus, de Jesus, de
santidade, e de céu, nunca perecerá.
Era, talvez, tão fraco e trêmulo, tão
misturado com tristeza e dor, tão carregado
de queixas e pecado, que você mal podia
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discerni-la como verdadeira oração; e ainda,
amado, ascendendo de um coração habitado
pelo Espírito Santo de Deus, e tocado pelo
amor de Deus, ela se levantou como a nuvem
de incenso diante do trono do Eterno e foi
misturada com a fragrância do céu. Ao redor
daquele trono orações estão se reunindo,
como uma aglomeração de anjos, e embora
a visão possa demorar, contudo esperando
na fé humilde o tempo de Deus, aquelas
orações voltarão carregadas com as mais
ricas bênçãos da aliança eterna - "as fiéis
misericórdias de Davi". Deus concederá os
desejos de seu coração. Jesus se manifestará
à sua alma. Para nada mais, nosso Pai
Celestial se comprometeu mais forte e
solenemente do que com a resposta da
oração da fé. "Chamarás, e eu responderei."
Mas, há ainda um aspecto de nosso assunto
indescritivelmente glorioso, indizivelmente precioso. De onde o incenso da oração deriva
sua verdadeira fragrância, poder e aceitação
com Deus?
Ah, amado! A resposta está próxima. De
onde, senão do incenso do mérito expiatório
de nosso Grande Sumo Sacerdote oferecido na terra, e pela incessante intercessão
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apresentada no céu? A abertura do sétimo selo, na visão apocalíptica revelou esta
gloriosa verdade ao olho maravilhado do
evangelista. "Veio outro anjo, e pôs-se junto
ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para que o
oferecesse com as orações de todos os
santos sobre o altar de ouro que está diante
do trono. E da mão do anjo subiu diante de
Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos." (Apocalipse 8: 3, 4).
Este anjo não é outro senão o Anjo da
aliança, Jesus, nosso Grande Sumo
Sacerdote que está diante do altar de ouro no
céu, apresentando o incenso doce de seus
méritos divinos e morte sacrificial; a nuvem que sobe diante de Deus "com as orações dos
santos".
Oh, é o mérito do nosso Emanuel, "que se
entregou a si mesmo por nós como uma
oferta e um sacrifício a Deus, por um cheiro
suave", que dá virtude, prevalência e
aceitação ao incenso da oração ascendente
do coração dos filhos de Deus. Cada petição,
cada desejo, cada gemido, cada suspiro, cada
olhar, surge diante de Deus com a "fumaça
do incenso" que sobe da cruz de Jesus e do
"altar de ouro que está diante do trono". Toda
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a imperfeição e impureza que se misturam
com nossas devoções aqui, é separada de
cada petição pela expiação de nosso
Mediador, que a apresenta como doce
incenso a Deus.
Veja seu Grande Sumo Sacerdote diante do
trono! Veja-o movendo o incensário de ouro
de um lado para outro! Veja como a nuvem
de incenso sobe e envolve o trono! Veja
como o céu está cheio de sua fragrância e
sua glória!
Crente em Jesus, sobre o coração do sumo
sacerdote oficiante o teu nome está escrito;
na fumaça do incenso que subiu do
incensário movido, suas orações são
apresentadas. O sangue de Jesus purifica-as;
o mérito de Emanuel as perfuma, e nosso
glorioso Sumo Sacerdote assim apresenta
tanto a nossa pessoa como o nosso sacrifício
a seu Pai e nosso Pai, ao seu Deus e nosso
Deus. Oh maravilhoso incentivo à oração!
Quem, com tanta certeza de que suas
petições fracas, quebradas e manchadas,
mas sinceras, acharão aceitação com Deus,
não se dirigiriam em oração no trono da
graça?
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Vá, em nome de Jesus; vá, lançando-se sobre
o mérito que enche o céu com sua
fragrância; vá e derrame seu pesar, revele
sua tristeza, confesse seu pecado, pleiteie o
seu perdão, revele suas necessidades,
contemplando o Anjo que está no "altar de
ouro que está diante do trono". O incenso
que respira de seu coração oprimido e ferido
"subirá diante de Deus da mão do Anjo",
como uma nuvem, rica, perfumada e aceita.
Ó, dá-te à oração! Não diga que seu
incensário não tem nada a oferecer. Que não
contém especiarias doces, nem fogo, nem
incenso. Apresente-o como ele está, todo
vazio e frio, ao Grande Sumo Sacerdote, e
enquanto olha com fé para aquele que é o
Altar, o Cordeiro morto e o Sacerdote,
meditando assim sobre este espetáculo
maravilhoso de Jesus, sacrificado por você,
o seu Espírito lançará as doces especiarias
da graça e as brasas de amor no seu coração
vazio e frio, e haverá uma nuvem de incenso
precioso, que ascenderá com o "muito
incenso" dos méritos do Salvador, como
"uma oferta e um sacrifício a Deus de um
cheiro suave e doce."
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Lembre-se, que Jesus oferece com "muito
incenso" a oração de "todos os santos". Nesse
número, você amado, está incluído. Os
santos provados, os santos doentes, os
santos sofridos, os santos tentados, os santos
enlutados, os santos fracos e enfermos, os
santos errantes e restaurados; sim, "as
orações de todos os santos" são "oferecidas
sobre o altar de ouro que está diante do
trono".
Nem esqueça que há incenso da noite, bem
como incenso da manhã. "Quando Aarão
acender as lâmpadas à tarde, queimará
incenso." E assim, quando o dia da época de
sua prosperidade e alegria é passado, e a
noite de adversidade, tristeza e solidão
desenha suas sombrias cortinas em torno de
você, então tome o seu incensário e agite-o
diante do Senhor. Ah! Penso naquela hora de
solidão solene e triste, naquela hora em que
a tristeza vem, e visões de outros dias
dançam diante dos olhos, como sombras na
parede, naquela hora em que falha todo o
apoio e simpatia humana; é então que o mais
doce incenso da oração sobe diante de Deus.
Sim, não há oração tão verdadeira, tão
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poderosa, tão perfumada como a que a
tristeza pressiona no coração. Ó, crente que
sofre, entrega-te a ti mesmo à oração.
Você é um peregrino, e solitário?
Longe da casa que uma vez chamou de sua
própria?
Do peito fiel e da amizade arrebatado,
Em mãos estranhas seus confortos
investidos,
Sua vida um dia invernal triste,
Afastado pela luz do sol! - Levante-se e ore!
Sorriu em você uma vez a felicidade da terra,
E alegrias vorazes de valor transitório?
Você adorou em algum santuário de ídolos,
Ou quanto dobrou teus joelhos?
Desapareceu aquelas criaturas de um dia,
O que você deixou? Levante-se e ore!
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Com lágrimas, com agonia mais amarga,
O Salvador lutou, ó alma, para ti!
Antes que ele pudesse triunfar
Para defender o sacrifício aceito:
Então, até que o mundo passe,
Ficam firmes as suas palavras: Levantai-vos
e orai!
Traga, pois o seu incensário, sacerdote
pesaroso do Senhor! Reabasteça-o no altar
do Calvário, e depois acene com uma mão
forte diante de Deus até que a tua pessoa, as
tuas dores e a tua culpa sejam todos
envolvidos e perdidos na nuvem de incenso
doce que se eleva diante do trono e
misturado com a nuvem ascendente da
preciosa intercessão do Redentor.
A oração o acalmará, a oração aliviará seu
coração, a oração removerá ou mitigará sua
dor, a oração curará sua doença ou tornará
sua doença agradável de suportar, a oração
expulsará o mau temperamento, a oração
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trará Jesus sensivelmente perto para tua
alma, a oração levará o teu coração ao céu e
trará o céu ao teu coração.
"Senhor, clamo a vós; apressai-vos, escutai a
minha voz quando clamo, que a minha
oração seja apresentada diante de vós como
incenso, e o levantamento das minhas mãos
como sacrifício da tarde". "Eu me entrego à
oração."
As orações que faço serão então doces,
Se Tu, oh Espírito, me dás pelo que orar;
Meu coração sem ajuda é argila estéril,
Aquele que de seu eu natural não pode
alimentar nada:
Das obras boas e piedosas Tu és a semente
Só há vivificação quando Tu o fazes:
Sempre que Tu nos mostras o teu
verdadeiro caminho,
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Nenhum homem pode encontrá-lo: Pai! Só
Você pode ordenar.
Oh, então, respire esses pensamentos em
minha mente
Porque tal virtude pode em mim ser
produzida,
Que em Seus passos santos eu possa pisar;
Os grilhões da minha língua você desatará,
Que eu possa ter o poder de cantar a Ti,
E entoar louvores ao Teu nome
eternamente.