Post on 08-Nov-2018
O FARISEU E O
PUBLICANO
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Livro II – Ensinos e Parábolas de Jesus
Módulo III – Ensino por Parábolas
Roteiro 6
Objetivo
Interpretar a parábola do fariseu
e do publicano à luz do
entendimento espírita.
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Para reflexão
Podemos ler uma mesma passagem bíblica mil vezes e
ainda na vez seguinte Deus falará algo novo conosco:
este é o poder vivo que somente sua mensagem
contém.
Jesus, através das parábolas, ensina ao nosso coração
tudo aquilo que precisamos para ser muito mais felizes
do que temos sido até o presente momento, pois o
Evangelho é remédio certo e sem contraindicações
para o nosso coração e tem o poder de penetrar
em regiões íntimas do nosso ser. FEB -
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Texto evangélico – Lucas, 18: 9-14
Contou ainda esta parábola
para alguns que, convencidos
de serem justos, desprezavam
os outros:
“Dois homens subiram ao Templo,
a orar, um fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, de pé,
orava interiormente deste modo: Ó Deus, graças te dou,
porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos
e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas
vezes na semana e pago os dízimos de todos os meus
rendimentos. FEB -
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Texto evangélico – Lucas, 18: 9-14
Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Eu vos digo que este último desceu justificado
para sua casa, o outro não; porque qualquer que a
si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer
que a si mesmo se humilha será exaltado.
O publicano, porém,
estando em pé, de longe,
nem ainda queria levantar
os olhos ao céu,
mas batia no peito dizendo
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Malefícios
do
orgulho
Benefícios
da
humildade
Qual a maneira
correta de orar?
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Aquisição de conhecimento Ciência e filosofia
Benefícios
da
humildade
Apreensão
de valores
morais
Religião 0
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8
10
12
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Ligação da criatura
com o Criador
...
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.
.
Amor e Sabedoria
Processo evolutivo Autovalorização e autopreservação das experiências humanas
Experiências reencarnatórias
Processo de espiritualização humana
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Religião
Sentimento Divino, cujas exteriorizações são
sempre o AMOR, nas expressões mais sublimes.
XAVIER, F.C. O consolador. Pelo espírito Emmanuel. Questão 260.
Prece
Recurso Divino em nosso benefício.
Deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições da
lei divina, mas a fim de que a coragem e a paciência inundem o
coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias.
A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a
humildade sincera na aceitação de sua vontade superior.
XAVIER, F.C. Pérolas do além. Pelo espírito Emmanuel. Verbete “Prece”.
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E disse também esta parábola a
uns que confiavam em si mesmos,
crendo que eram justos, e
desprezavam os outros...
Orgulho
Do orgulho procedem todas as megalomanias,
das mais grotescas às mais perigosas, como aquela
que tem por escopo o domínio do mundo.
VINICIUS, P.C. Na seara do mestre. Capítulo Bem-aventurados os humildes de coração.
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Dois homens subiram ao templo,
a orar, um fariseu, e o outro,
publicano.
Templo
Entendido com um espaço sagrado,
destinado às práticas religiosas,
ao louvor, agradecimento e súplicas dirigidas a Deus.
É sempre visto como um local de oração.
Templo íntimo
Centro de nossas cogitações íntimas e autênticas,
onde trazemos gravados nossos sonhos e ideais.
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Fariseus
Do hebreu parush = divisão, separação
Origem remonta a 180 ou 200 A.C.
Seita judaica muito influente à época
de Jesus. Ensinava que só se devia
depositar fé nas escrituras.
Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis
cumpridores das práticas exteriores do culto e das
cerimônias, cheios de um zelo ardente de proselitismo,
inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade
de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa
devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho
e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação.
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Publicanos
Cobradores de impostos/tributos
definidos pelo domínio romano.
Postura = conduta
Ambos subiram ao templo para orar,
mas com atitudes completamente diferentes: o
fariseu ficava em pé, altivo (se achava certo e muito
íntimo de Deus, e se auto intitulava como guardião
da Lei de Deus); já o publicano ficou à distância,
nem ousava olhar para o céu (temia a Deus, nem
ousava se aproximar pois sabia que estava errado). FEB -
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O fariseu, estando em pé, orava consigo desta
maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não
sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros; nem ainda como este
publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou
os dízimos de tudo que possuo.
A oração tem expressões infelizes que refletem,
sobretudo, orgulho religioso e vaidade perniciosa.
Trata-se mais de uma vaidosa autolouvação.
Revela preconceito e discriminação quando se
compara com o publicano - imaturidade espiritual.
Foco nas manifestações de culto externo.
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O publicano, porém, estando em pé, de
longe, nem ainda queria levantar os olhos
ao céu, mas batia no peito dizendo:
Ó Deus, tem misericórdia de mim,
pecador!
Apresenta atitude de respeito e humildade ao se dirigir,
em prece, a Deus. Não havia desejo de ser ouvido por
ninguém além de Deus. Demonstra que conhece seus
defeitos. Na cultura judaica, bater no peito era um sinal
externo de demonstrar a dor na sua alma. Ele reconhecia
sua natureza pecaminosa e estava angustiado por isso.
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Atividade Vamos refletir sobre o assunto,
correlacionando as perguntas com
suas respectivas repostas.
1. Por que devemos orar em secreto?
2. Por que foi dito que “eles já receberam sua recompensa”?
3. Quer dizer, então, que não têm valor as preces que fazem nas
sinagogas, templos e igrejas?
4. Por que não devemos pedir muito em nossas preces?
5. Por que não devemos orar alimentando mágoa de alguém?
6. O que evidenciou o comportamento do fariseu?
7. Por que o publicano teve mais mérito em sua oração?
8. Como podemos enumerar as qualidades da prece?
9. Como podemos interpretar esse ensinamento de Jesus?
10. Será necessário, realmente, pedir a Deus, uma vez que ele conhece
nossas necessidades?
11. Quando uma prece é eficaz?
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Que tal agora refletir sobre o
assunto e correlacioná-lo à aplicação
prática em nosso cotidiano?
Como as pessoas podem desenvolver
a humildade no mundo atual,
governado pelo materialismo?
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Reflexões Finais
“Se alguém quer ser o primeiro, será
o último e o servo de todos.” Jesus ( Mc,
9:35)
... Ao contrário dos valores utilizados pelos homens, sua força
extraordinária é constituída pelo Amor, pela Bondade, pela
Humildade, pela Paciência, pela Tolerância, pela Fé absoluta
no Poder Supremo.
SOUZA, Juvanir Borges. Amai-vos. Instruí-vos.
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HUMILDADE
A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem
pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm
dado. Entretanto, sem humildade, podeis ser caridosos
com o vosso próximo?
Oh! não, pois que este sentimento nivela os homens,
dizendo-lhes que todos são irmãos, que se devem
auxiliar mutuamente, e os induz ao bem.
Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que
não possuís, como se trouxésseis um vestuário para
ocultar as deformidades do vosso corpo. Lembrai-vos
d’Aquele que nos salvou; lembrai-vos da sua humildade,
que tão grande o fez, colocando-o acima de todos os
profetas. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 7, item 11.
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LEI DO AMOR
... Amar, no sentido profundo do termo, é o homem
ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros
o que queira que estes lhe façam; é procurar em
torno de si o sentido íntimo de todas as dores que
acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é
considerar como sua a grande família humana,
porque essa família todos a encontrareis, dentro de
certo período, em mundos mais adiantados; e os
Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de
Deus, destinados a se elevarem ao infinito. ...
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 11, item 10.
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AMOR E JUSTIÇA DE DEUS
“Disse o Cristo: Queira cada um para os outros o que
quereria para si mesmo. No coração do homem
imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo
que cada um deseje ver respeitados os seus direitos.
Na incerteza de como deva proceder com o seu
semelhante, em dada circunstância, trate o homem de
saber como quereria que com ele procedessem, em
circunstância idêntica. Guia mais seguro do que a
própria consciência não lhe podia Deus haver dado.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 876.
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AMOR AO PRÓXIMO
Se o amor do próximo constitui o princípio da
caridade, amar os inimigos é a mais sublime
aplicação desse princípio, porquanto a posse
de tal virtude representa uma das maiores
vitórias alcançadas contra o egoísmo e o
orgulho.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Cap. 12, item 3.
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NECESSIDADE DO PERDÃO
Por mais graves te pareçam as faltas do
próximo, não te detenhas na reprovação.
Condenar é cristalizar as trevas, opondo
barreiras ao serviço da luz. [...].
Usa, pois, a bondade, e desculpa
incessantemente.
Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a
multidão dos pecados. XAVIER, F.C. Fonte Viva. Cap 135.
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