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IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL – POLÍTICAS CULTURAIS – 16 a 18 de outubro/2013 Setor de Políticas Culturais – Fundação Casa de Rui Barbosa – Rio de Janeiro – Brasil
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O DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO CULTURAL PROMOVIDO PELAS
FÁBRICAS DE CULTURA: UMA PROPOSTA INVODORA DE INDICADORES
CULTURAIS
Aluízio Marino
Aline Canciani
Olga Arruda1
RESUMO: A presente publicação consiste em uma contribuição técnica e teórica sobre a
prática de avaliação nas políticas e ações culturais. Para tanto disponibiliza o processo de
elaboração dos indicadores culturais utilizados no Programa Fábricas de Cultura, política
cultural do Governo do Estado de São Paulo, para verificar o desenvolvimento artístico
cultural do público atendido em suas atividades de formação cultural.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação; Política Cultural; Ação Cultural; Indicador Cultural;
Desenvolvimento artístico cultural.
1. Breve descrição do Programa Fábricas de Cultura
O Programa Fábricas de Cultura é uma política cultural desenvolvida pelo Governo do
Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado da Cultura e administrado por duas
organizações sociais, a Catavento Cultural e Educacional, que gerencia 5 unidades na zona
leste da capital paulista (Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista, Parque Belém e Cidade
Tiradentes) e a Poiesis, responsável pelas zonas sul (Capão Redondo, Jardim São Luís) e
norte (Brasilândia, Vila Nova Cachoeirinha e Jaçanã).
O território de atuação das Fábricas de Cultura, 10 distritos da cidade de São Paulo, se
caracterizam pelo alto Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ)2, promovido pela Fundação
SEADE em 2000.
As Fábricas de Cultura são equipamentos de formação e difusão artística e cultural,
seu público alvo prioritário são crianças e jovens, entre 08 e 19 anos. Totalizam 10 prédios,
com cerca de 7.000 m² cada, que contam estrutura especializada, com salas de aula/ensaio
variadas, biblioteca e teatro.
1 Aluízio Marino é Assistente de Monitoramente e Avaliação (aluizio.marino@cataventocultural.org.br); Aline
Canciani é Assistente de Formação Cultural (aline.canciani@cataventocultural.org.br); Olga Arruda é
Superintendente de Formação Cultural (olga.arruda@cataventocultural.org.br). 2 Pesquisa completa: http://www.seade.gov.br/produtos/ivj/
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2. Uma proposta inovadora de avaliação
2.1 Contexto
O presente artigo é fruto do trabalho desenvolvido pela Superintendência de Formação
Cultural, do Catavento Cultural e Educacional, e portanto aplicada nas Fábricas de Cultura
localizadas na zona leste de São Paulo.
Cabe destacar também que o foco são os indicadores culturais criados para
acompanhar o desenvolvimento artístico cultural do público atendido nos ateliês de criação.
Os ateliês são encontros periódicos de formação cultural, cujo público alvo prioritário são
crianças, adolescentes e jovens, entre 08 a 19 anos. Acontecem em média, 2 vezes por
semana, em encontros de 3 horas. Possuem duração que varia entre 4 e 5 meses e são
mediados por educadores culturais de seis linguagens artísticas diferentes: artes visuais, circo,
dança, multimeios, música e teatro.
2.2 Metodologia
2.2.1 Descrição do processo de elaboração dos indicadores
O desenvolvimento do presente modelo de avaliação teve início em 2012, onde se
construiu a primeira proposta dos indicadores em um trabalho conjunto entre a
coordenação central do programa, as coordenações locais dos equipamentos, os orientadores
artísticos do programa e os educadores culturais. Ainda em 2012, com a primeira versão do
escopo definida, aplicou-se duas vezes o método, ao final do 1º e do 2º semestre.
A partir da aplicação dos indicadores em 2012, foi possível colher as informações e
conteúdos necessários à construção da sua 2ª e atual versão. Neste período, os educadores
avaliaram suas turmas (cerca de 250), justificando os valores aplicados a cada parâmetro pré-
estabelecido.
O estudo minucioso das justificativas/análises resultou na elaboração de um
documento que sintetizava o processo de avaliação piloto. A síntese foi apresentada para
os educadores e orientadores artísticos, que realizaram a validação final, definindo o atual
modelo de avaliação e seus respectivos indicadores.
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Desde 2012, nas primeiras conversas sobre a definição dos indicadores, o
desenvolvimento das propostas segue algumas diretrizes:
Compreender as especificidades do Programa (Projetos; linguagens artísticas;
características das turmas)
Valorizar a Trajetória / Processo de aprendizagem.
Preservar a memória e proporcionar o acesso à informação.
As diretrizes supracitadas objetivam a execução de indicadores culturais e uma prática
avaliativa que valorize a diversidade cultural, intrínseca ao programa Fábricas de Cultura.
2.2.2 Aplicação
No último mês de cada período dos ateliês de criação3, ou seja, na finalização da
metodologia artístico-pedagógica prevista para o semestre correspondente, os educadores
culturais mediam uma auto avaliação com suas turmas de aprendizes. Para tanto utilizam
um roteiro flexível, ou seja, alguns tópicos que orientam o debate com os aprendizes, entre os
tópicos existentes neste roteiro, destacam-se: (1) Domínio técnico e teórico; (2) Possíveis
dificuldades com os conteúdos e na relação com a turma; e (3) Capacidade de
compartilhamento e multiplicação.
3 Os ateliês são encontros periódicos de formação cultural, cujo público prioritário são crianças, adolescentes e
jovens entre 08 a 19 anos. Acontecem em média, duas vezes por semana, em encontros de três horas cada um.
Possuem duração entre quatro e cinco meses e são mediados por educadores culturais de seis linguagens
artísticas diferentes: artes visuais, circo, dança, multimeios, música e teatro.
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A partir do que foi discutido, os educadores realizam a avaliação da turma, ou seja, a
auto avaliação mediada é suporte para os processos que a sucedem. A avaliação da turma,
desenvolvida ao final dos ateliês, é realizada, individualmente, a partir de um formulário
online.
Após o período de preenchimento das avaliações. A equipe de monitoramento e
avaliação do programa Fábricas de Cultura possui um período de dois meses para estruturar o
banco de dados e publicar o material. A publicação dos resultados é utilizada, principalmente,
pelos próprios educadores, para conhecer o desenvolvimento artístico cultural dos jovens que
integram seu ateliê no semestre seguinte, e que passaram por outra experiência retratada no
banco de dados.
2.3 Apresentação dos indicadores
A avaliação do desenvolvimento artístico cultural do público atendido nos ateliês de
criação das Fábricas de Cultura é estabelecida periodicamente, ao final de cada semestre.
Cada educador cultural avalia sua turma em um exercício que possui quatro indicadores.
1º INDICADOR: PERFIL DA TURMA
Nesta etapa, todos os educadores, independentemente da linguagem artística, definem
qual perfil se adequa melhor a realidade da(s) sua(s) turma(s) de aprendizes. Esta definição é
de extrema importância, pois irá balizar a característica dos dois indicadores subsequentes,
correspondentes ao “Desenvolvimento cultural” e ao “Desenvolvimento artístico”, isto se
explica pela razão lógica de que não seria pertinente avaliar com os mesmos critérios uma
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turma que acabou de iniciar as atividades de sensibilização artística com uma turma que já
possui um nível mais avançado.
Os perfis estabelecidos são:
Iniciante: turma em fase de sensibilização artística. Em sua grande maioria os
aprendizes acabaram de iniciar sua prática dentro do universo artístico-cultural.
Flutuante: turma que está em período de transição, de uma prática de sensibilização
artística para uma prática exploratória. Ou ainda, uma turma marcada por forte
heterogeneidade de perfis.
Continua: turma em nível de desenvolvimento avançado ou exploratório, em sua
grande maioria são turmas marcadas pela continuidade de seus aprendizes.
2º INDICADOR: DESENVOLVIMENTO CULTURAL
Nesta etapa, todos os educadores, independentemente da linguagem artística, avaliam
suas turmas dentro de seis parâmetros. São eles:
Autonomia: Comprometimento com projetos pessoais, ou seja, capacidade de
planejar a conquista de seus objetivos.
Iniciativa: Propor e agir espontaneamente. Compreender o território (espaço +
pessoas) e interferir sobre ele.
Compromisso: Assumir responsabilidades e cumprir objetivos.
Criatividade: Criar, ir para além da rotina. Capacidade de organizar as ideias e
escolher os caminhos.
Assimilação dos conteúdos propostos: Concentração, capacidade de se integrar e
atribuir significado as propostas.
Capacidade de agir coletivamente: Cooperação, colaboração e envolvimento nas
propostas de trabalho coletivo.
Em cada um deles, o educador estabelece uma nota, que varia de 5 a 10. Sendo que,
para cada nota existe um valor pré-estabelecido, ou seja, uma escala de avaliação. Cabe
destacar que, para cada perfil de turma (iniciante, flutuante e continua) existe uma escala de
avaliação própria.
EX: AUTONOMIA PARA TURMAS INICIANTES
5 6 7 8 9 10
↑ ↑
A turma não age de
maneira autônoma, é
totalmente
dependente das
orientações do
educador cultural
Os membros da turma
começaram a agir de
forma autonoma,
conseguem
desenvolver algumas
ideias próprias.
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1. Parâmetros Comuns Nota 5 Nota 10
Autonomia
Turmas Iniciantes
A turma não age de maneira autônoma, é
totalmente dependente das orientações do
educador cultural
Os membros da turma começaram a agir de
forma autonoma, conseguem desenvolver
algumas ideias próprias.
Turmas Flutuantes
Poucos agem de maneira autonoma, a
maioria da turma é totalmente dependente
das orientações do educador cultural
Muitos agem de maneira autônoma. Alguns
ainda são totalmente dependente das
orientações do educador.
Turmas Continuas
A turma não consegue se desvincular
totalmente das orientações do educador.
A turma absorve o conteúdo proposto pelo
ateliê e cria de forma autoral.
Iniciativa
Turmas Iniciantes
Pouco falam e expõe, mesmo que alguns
possuam mais atitude a turma não é
organizada.
A turma demonstra curiosidade, faz
perguntas relativas ao processo de formação.
Turmas Flutuantes
Grande parte da turma é tímida, fala e expõe
pouco.
A turma é pro-ativa e curiosa, faz pesquisas
sobre o ateliê e traz questões.
Turmas Continuas
Pouco falam e expõe, mesmo que alguns
possuam mais atitude, a turma não é
orgânica.
A maior parte da turma constitui um coletivo
que expõe suas idéias, inclusive com atitudes
em relação a organização da sala e do ateliê.
Compromisso
Turmas IniciantesA turma não possui uma constancia, muitas
faltas e pouco comprometimento.
Boa parte da turma esta envolvida com as
propostas do ateliê, possuindo inclusive um
bom nível de assiduidade e presença
Turmas FlutuantesAs faltas e o comprometimento ainda são um
problema na turma.
Boa parte da turma esta envolvida com as
propostas do ateliê, possuindo inclusive um
bom nível de assiduidade e presença
Turmas Continuas
As faltas ainda são um problema na turma. A Turma como um todo possui ótimos índices
de presença e assiduidade, além de estarem
comprometidos com todas as propostas
desenvolvidadas.
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Criatividade
Turmas Iniciantes
A turma apenas reproduz o conteúdo passado
pelo educador.
A turma possui facil idade de criar a partir de
estimulos.
Turmas Flutuantes
A turma pouco cria, possui dificuldade em
responder aos estimulos do educador.
A turma possui facil idade de criar a partir de
estímulos e,a partir disso, vem desenvolvendo
uma autonomia de criação.
Turmas Continuas
A turma ainda possui certa dificuldade em
criar. São dependentes de estímulos
propostos pelo educador.
A turma capta o conteúodo proposto pelo
ateliê, cria sobre ele e vai além,
ultrapassando a barreira da reprodução.
Assimilação dos conteúdos propostos
Turmas Iniciantes
A turma não consegue se concentrar nas
atividades e conteúdos propostos no ateliê.
Os conteúdos propostos pelo ateliê são
absorvidos pela turma.
Turmas Flutuantes
A maior parte da turma não consegue se
concentrar nas atividades e conteúdos
propostos no ateliê.
Os conteúdos propostos pelo ateliê são
absorvidos pela turma. Alguns integrantes,
inclusive, trazem novas referências.
Turmas Continuas
A concentração ainda é um desafio a turma,
em alguns momentos os interesses
particulares se sobrepõe a proposta do ateliê
A turma se apropria totalmente dos
conteúdos propostos e vão além, pesquisam,
trazem referências e compartilham entre si.
Capacidade de agir coletivamente
Turmas Iniciantes
A turma não se relaciona de forma
colaborativa.
A turma começou a agir de forma
colaborativa.
Turmas Flutuantes
O trabalho em equipe é um grande desafio,
muitas vezes as dificuldades de alguns não é
respeitada pelos demais.
A Turma trabalha colaborativamente, quando
algum membro possui dificuldade os outros
ajudam e incentivam
Turmas Continuas
O trabalho em equipe ainda é um desafio a
turma. Os talentos individuais muitas vezes
se transformam em "estrelismo". Dificuldade
em compreender as diferenças existentes no
grupo
A Turma trabalha de forma coletiva, os
talentos de cada um se unem e transformam-
se na força do grupo. As diferenças se tornam
potencialidades.
3º INDICADOR: DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO
Nesta etapa, os educadores avaliam o desenvolvimento da sua turma de aprendizes
dentro dos parâmetros correspondentes a linguagem artística desenvolvida no seu ateliês
(artes visuais, circo, dança, multimeios, música e teatro).
O método de avaliação para cada parâmetro (notas e escalas) é igual ao indicador
anterior, “Desenvolvimento cultural” e consta na página 04.
(I) Parâmetros para os ateliês de artes visuais (Grafite, Desenho e Pintura, Cerâmica,
Xilogravura)
Capacidade de expressão: desenvolvimento de raciocínio visual dentro do campo técnico e
expressivo.
Manuseio dos materiais: habilidade e zelo
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1.1 Parâmetros - Artes Visuais Nota 5 Nota 10
Capacidade de expressão
Turmas Iniciantes
Pouco produzem, quando fazem é de maneira
imediata e sem envolvimento
A maioria dos aprendizes demonstram bom
desenvolvimento expressivo e criativo.
Turmas Flutuantes
A expressão artística ainda é uma dificuldade
para a maior parte do grupo
A maior parte dos aprendizes se expressa de
maneira original. Conseguem ir além de dos
conteudos passados em sala de aula.
Turmas Continuas
A turma possui boa capacidade de expressão,
mas ainda vinculada a reprodutibilidade e ao
educador, com pouca autonomia.
Se expressam de maneira original e possuem
autonomia para desenvolver projetos
individuais.
Manuseio dos materiais
Turmas Iniciantes
Manuseiam de forma incorreta. Muitas vezes
por falta de prática e/ou comprometimento.
Manuseiam os materiais com cuidado.
Evitam o desperdício e alcançam melhor
acabamento.
Turmas Flutuantes
A maior parte do grupo manuseia dos
materiais de forma incorreta, o desperdício
dos materiais é um problema no ateliê.
Manuseiam as ferramentas e os materiais
com cuidado e possuem maior domínio.
Turmas Continuas
Os aprendizes possuem um bom domínio
técnico das ferramentas, entretanto o
desperdício ainda é uma constante.
Util izam as ferramentas e os materiais de
forma consciente, experimental e inovadora.
(II) Parâmetros para os ateliês de circo (Aéreos, Solo, Comicidade, Malabares,
Equilíbrios).
Recursos para a criação: apropriação na utilização de jogos cênicos; Improvisação com
movimentos; Elementos da linguagem musical; Histórias; Recursos de composição escrita e
desenhos.
Desenvolvimento técnico: aquecimento; Preparação corporal; Acrobacia; Habilidades por
eixo: Acrobacias, Malabares, Aéreos, Equilíbrios.
Criação de uma identidade grupal: Construção de um vocabulário de jogos, exercícios,
normas e acordos coletivos.
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1.2 Parâmetros - Circo Nota 5 Nota 10Recursos para a Criação
Turmas Iniciantes
Não conseguem compreender a relação entre
os recursos para a criação.
O grupo começou a trabalhar com alguns
recursos para a criação, as interfaces entre
linguagens ajudou muito nesse processo.
Turmas Flutuantes
A maior parte do grupo ainda não consegue
compreender a relação entre os recursos para
a criação.
A maior parte do grupo se expressa de
diversas maneiras, para tanto util izam os
recursos de forma integrada.
Turmas Continuas
Possuem dificuldade em util izar, de forma
integrada, os recursos de criação oferecidos.
Criam movimentos próprios e improvisam,
util izando-se de diversos recursos,
integrando-os com muita facil idade.
Desenvolvimento Técnico
Turmas Iniciantes
A turma apresenta muitas dificuldades,
principalmente na concentração.
A turma mostrou uma boa evolução na
consciência corporal e coordenação motora.
Turmas Flutuantes
A maior parte do grupo ainda possui
difuculdades, principalmente na
concentração.
A maior parte do grupo mostrou uma boa
evolução na consciencia corporal e
coordenação motora.
Turmas Continuas
Possuem dificuldade com a rotina de
trabalho físico.
A turma incorporou uma rotina de trabalho
físico, muitos aprendizes já se destacam em
algumas técnicas.
Criação de uma Identidade Grupal
Turmas Iniciantes
A existência de conflitos dificulta a criação
de uma identidade
O grupo começa a esboçar uma identidade
coletiva.
Turmas Flutuantes
A entrada de novos membros dificultou a
criação de uma identidade grupal.
A entrada de novos membros fortaleceu a
identidade do grupo, que esboça a formação
de uma "trupe" circense. Os aprendizes
começam a se comunicar util izando os
termos técnicos.
Turmas Continuas
A identidade do grupo ainda não é
apropriada por todo o coletivo.
O grupo se turnou uma "trupe" circense, com
identidade e nome próprio, apropriados por
todo o grupo. Os nomes técnicos dos
exercícios são de conhecimento coletivo.
(III) Parâmetros para os ateliês de dança (Balé, Contemporâneo, Brasileiras, Capoeira,
Salão).
Foco e percepção: desenvolvimento da capacidade de percepção e olhar de si, do outro e do
coletivo, em um processo em que o aprendiz se mantém concentrado, ativo, dedicado e
entregue às atividades propostas, percebendo-se como parte de um todo.
Consciência espaço corporal: aptidão em desenvolver a percepção de si e do outro, em
pausa e ação, no espaço. Reconhecer seu corpo como um todo integrado. Entender o espaço e
o próprio corpo como ambiente.
Criação e expressividade: capacidade do corpo de criar, individual e coletivamente, a partir
de suas experiências e ferramentas vivenciadas em sala, e expressar-se deste modo por meio
de um discurso corporal e poético.
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1.3 Parâmetros - Dança Nota 5 Nota 10Foco e Percepção
Turmas Iniciantes
Os aprendizes começam a se perceber, e
oscilam bastante entre os estados de
concentração e dispersão durante as
propostas. Ainda apresentam dificuldade de
se reconhecerem como parte de um coletivo e
seus olhares estão voltados para questões
individuais.
Os aprendizes, mais apropriados de si,
começam a perceber que convivem em um
espaço coletivo
Turmas Flutuantes
Os aprendizes, apropriados do seu
corpo/estrutura, percebem-se no coletivo e
criam vínculos e relações de aprendizagem
com o educador e entre si.
Tendo compreendido “onde” (corpo/espaço)
se encontram, a maioria dos aprendizes,
tanto individual quanto coletivamente,
começam a ter mais iniciativa, mantendo
mais concentração durante o
desenvolvimento das propostas.
Turmas Continuas
Os aprendizes já compreendem o corpo,
tempo e espaço, e começam a articular os
conteúdos e pensamentos artísticos em
dança/capoeira.
Os aprendizes vivenciam a autonomia dentro
da apropriação das propostas, respondendo
criativamente dentro do coletivo e mantendo
suas individualidades.
Consciência Espaço-corporal
Turmas Iniciantes
Os aprendizes têm dificuldade na relação do
seu corpo com o outro e com o espaço. Pouca
compreensão do espaço coletivo.
Alguns aprendizes começam a ter boa
assimilação do espaço singular e do espaço
coletivo.
Turmas Flutuantes
Alguns aprendizes ainda possuem dificuldade
na assimilação do espaço singular e do
espaço coletivo.
A maior parte dos aprendizes começam a se
perceber para além do próprio movimento.
Compreendem a composição com o outro e
com o espaço.
Turmas Continuas
A turma se percebe para além do próprio
movimento, entretanto possui dificuldades
em se adaptar a outros espaços que não
sejam a sala de aula.
A turma possui maior consciência do corpo,
do espaço e do coletivo. Conseguem se
adapatar aos diferentes locais. Essa questão
fica ainda mais clara nas apresentações
desenvolvidas em locais diferentes a sala de
aula.
Criação e Expressividade
Turmas Iniciantes
É possível notar uma expressividade natural.
Apresentam poucas conexões entre suas
criações e os conteúdos desenvolvidos no
ateliê.
A turma possui facil idades de criar a partir
dos estímulos apresentados no ateliê,
considerando suas expressividades.
Turmas Flutuantes
A turma apresenta, durante os exercícios de
criação, dificuldade de articulação devido
aos diferentes níveis de compreensão
apresentados. Possui dificuldade de se
expressar, mesmo com os estímulos do
educador.
A turma absorveu o conteúdo proposto no
ateliê, respondendo aos estímulos do
educador sem util izar a reprodução, tendo
uma expressividade significativa.
Turmas Continuas
A turma se apropriou do conteúdo proposto
no ateliê, respondendo aos estímulos do
educador, e começando a ser propositor
dentro das atividades de criação, ampliando
suas capacidades expressivas.
Os aprendizes util izam como ferramenta de
criação o corpo histórico, e estabelecem
conexão com os conteúdos apropriados,
mediados pelo educador. Conseguem fazer
escolhas coletivas na organização de sua
expressividade.
(IV) Parâmetros para os ateliês de multimeios (Fotografia, Cinema, Animação).
Roteiro: Contar uma história através de imagens. Possuir as noções de tempo, espaço e
lógica.
Pré-produção: Fazer a leitura técnica de um roteiro e levantar suas demandas. Capacidade de
captar e organizar os recursos necessários.
Produção: Capacidade de Planejamento e Organização para execução das atividades.
Compromisso, responsabilidade e dedicação são fundamentais para a execução do trabalho.
Fotografia: Exercício e sensibilidade do olhar, registrar através da câmera imagens muito
além do que os olhos conseguem enxergar.
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Edição: Organização do material filmado/fotografado
Distribuição: Identificação de oportunidades e encaminhamento das realizações
1.4 Parâmetros - Multimeios Nota 5 Nota 10
Roteiro
Turmas Iniciantes
A turma precisa desenvolver a capacidade de
expor idéias para a construção de um roteiro
criativo.
Alguns aprendizes mostram uma ótima
capacidade de expor idéias, util izando-se de
exemplos que viram na tv ou no cinema para
colaborar com a construção do roteiro e de
suas próprias ideias.
Turmas Flutuantes
A maior parte da turma precisa desenvolver a
capacidade de expor idéias para a
construção de um roteiro criativo.
A maioria da turma demonstra muita
criatividade na criação de um roteiro. Util iza
exemplos dque viram na tv ou no cinema para
fundamentar seus pensamentos.
Turmas Continuas
A turma possui ótima capacidade de criação,
entretanto não envolve todos os membros,
fazendo com que faltam algumas partes do
roteiro.
A turma desenvolveu o roteiro completo
coletivamente, alguns possuem postura de
liderança, mas todos participam de forma
efetiva.
Pré-produção
Turmas Iniciantes
A falta de paciência é nítida, o educador
precisa intervir a todo o momento para que a
pesquisa aconteça.
Os aprendizes realizaram boas pesquisas que
subsidiaram o trabalho de pré-produção.
Entretando ainda dependem das orientações
do educador.
Turmas Flutuantes
Os aprendizes precisam organizar melhor
suas pesquisas, a falta de paciência ainda é
um problema.
Os aprendizes realizaram boas pesquisas que
subsidiaram o trabalho de pré-produção.
Envolveram inclusive outros atelês nesse
processo. As orientações do educador são
apenas pontuais.
Turmas Continuas
As pesquisas possuem um desenvolvimento
interessante, entretanto a dependencia do
educador ainda é forte, principalmente no
trabalho com os outros ateliês.
Desenvolvem as pesquisa e trabalham com
outros ateliês com autonomia. O educador
apenas acompanha o processo.
Produção
Turmas Iniciantes
A turma possui dificuldades em se organizar e
planejar a produção em conjunto.
Levando em conta as pequenas falhas
técnicas, por conta da falta de experiência, a
turma planejou e se organizou muito bem.
Turmas Flutuantes
A turma possui dificuldades para se
organizar e planejar em conjunto.
O planejamento e a organização da turma
funcionaram. Algumas pequenas falhas
aconteceram, devido a falta de experiência de
alguns membros, entretanto tais questões
foram resolvidas rapidamente pelo coletivo.
Turmas Continuas
O planejamento de datas e as checagens
ainda são um pouco confusas. O grupo
possui certa dificuldade em trabalhar com
uma hierarquia flexível.
A turma consegue elaborar um cronograma
de produção eficiente, além de "check lists"
diárias. A organização se traduz também em
respeito aos colegas, sendo que a posição de
"diretor" circula por todos os aprendizes.
Fotografia
Turmas Iniciantes
A turma não consegue manusear a câmera e
tem dificuldade de enteder que para
fotografar não basta apertar o botão.
A turma tem facil idade para manusear a
câmera com auxílio do educador e entendem
os conceitos basícos para fotografar.
Turmas Flutuantes
A maior parte consegue manusear a câmera
mas, não consegue enxergar além daquilo
que estão vendo.
Os aprendizes tem facil idade para manusear
a câmera de forma independente e
compreendem os elementos que influenciam
uma fotografia, o educador estimula a
percepção visual além do que estão vendo.
Turmas Continuas
Os aprendizes sabem manusear a câmera e
entendem sobre a técnica de fotografar, mas
ainda necessitam de um apoio constante do
educador para enxergar além daquilo que
estão vendo.
A turma tem extrema facil idade de manusear
a câmera e entenderam os conceitos técnicos
da fotografia, conseguem trabalhar com a luz
de forma independente e conseguem enxergar
além daquilo que estão vendo.
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Edição
Turmas Iniciantes
Os aprendizes possuem muitas dificuldades
na operação técnica dos softwares de edição.
Os aprendizes util izam as ferramentas
básicas de edição (foto ou vídeo) e, levando
em conta o pouco tempo de aprendizado,
obtiveram um bom resultado com a ajuda do
educador.
Turmas Flutuantes
A maior parte dos aprendizes possuem muitas
dificuldades na operação técnica dos
softwares de edição.
Os aprendizes util izam as ferramentas
básicas de edição (foto ou vídeo). Alguns
inclusive já se destacam nessa etapa de
trabalho, necessitando apenas de algumas
orientações do educador.
Turmas Continuas
Os aprendizes ainda necessitam de um apoio
constante do educador para alcançar um
resultado satisfatório.
Os aprendizes possuem pleno domínio das
ferramentas básicas de edição (foto ou
vídeo). Uma parte da turma, que se destaca,
mostra resultados estéticos bem
interessantes, o educador apenas
acompanha.
Distribuição
Turmas Iniciantes
A turma não está madura o suficiente para
trabalhar essa questão.
A turma entende superficialmente a
importância de compartilhar sua produção e
já começou a util izar as mídias sociais
Turmas Flutuantes
A maioria da turma ainda não está amdura o
suficiente para trabalhar essa questão
A turma entende a importância de
compartilhar sua produção, util izando-se
apenas das mídias sociais
Turmas Continuas
A turma entende a importância de
compartilhar sua produção, util izando-se
apenas das mídias sociais
A turma compreende a importância do
compartilhar e distribuir sua produção,
pensando inclusive em participar de mostras
e festivais destinados a jovens produtores
audiovisuais.
(V) Parâmetros para os ateliês de música (Cordas, Sopros, Percussão, Canto).
Reconhecimento do som: o aprendiz consegue reconhecer e classificar as propriedades da
música e do som?
Execução do conteúdo proposto: avaliar a capacidade prática e efetiva do aprendiz de
executar o conteúdo proposto
Técnica do instrumento: avaliar a apropriação da técnica específica para manuseio e
execução do instrumento
Referências de escuta: avaliar o processo criativo com base nas referências musicais para a
ampliação do repertório cultural.
Concepção artística: avaliar a concepção artística adquirida no plano pessoal e interpessoal
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1.5 Parâmetros - Música Nota 5 Nota 10
Reconhecimento do Som
Turmas Iniciantes
A turma se encontra em um estágio de
sensibil ização musical.
Os aprendizes são capazes de ouvir e
reprodizir o som.
Turmas Flutuantes
A turma se encontra em um estágio de
iniciação musical
Identificam uma série de elementos de
estruturação musical.
Turmas Continuas
Existe na maioria da turma uma certa
dificuldade em reconhecer as caracteristicas
dos sons.
O grupo é capaz de indentificar as
propriedades dos sons, reconhecer as
notações musicais, ler e escrever partituras.
Execução do Conteúdo Proposto
Turmas Iniciantes
Existe uma desatenção clara na turma, o que
prejudica a execução do conteúdo.
A turma executa boa parte do conteúdo
proposto, seja ele prático ou teórico.
Turmas Flutuantes
Existe uma desatenção clara na maior parte
da turma, o que prejudica a execução do
conteúdo.
A turma executa a maioria do conteúdo
proposto, seja ele prático ou teórico.
Turmas Continuas
A turma executa somente o que foi proposto. A turma executa todos os conteúdos, sejam
eles práticos ou teóricos. Além disso
pesquisam e trazem contribuições pertinentes
a aula.
Técnica do Instrumento
Turmas Iniciantes
Os aprendizes estão se habituando com o
instrumento.
A turma domina as técnicas básicas do
instrumento, como o poscionamento,
afinação, regulagem e postura.
Turmas Flutuantes
Os aprendizes necessitam de maior foco nos
exercícios práticos, tal fato veem
prejudicando o desenvolvimento técnico
A turma é muito focada nos exercícios
práticos. O que se reflete em uma boa
evolução técnica.
Turmas Continuas
Os aprendizes necessitam de maior foco nos
exercícios práticos, tal fato veem
prejudicando o desenvolvimento técnico
A evolução técnica é notável. Os aprendizes
são muito comprometidos e focados, dentro e
fora do ateliê.
Referências de Escuta
Turmas Iniciantes
Percebe-se muitas vezes uma certa resistência
dos aprendizes em conhecer novos estilos
musicais
A turma demonstra interesse em aprender
novas referências de escuta.
Turmas Flutuantes
Percebe-se muitas vezes uma certa resistência
dos aprendizes em conhecer novos estilos
musicais
A turma demonstra interesse em aprender
novas referências de escuta.
Turmas Continuas
É notável que algumas barreiras simbólicas
prejudiquem a ampliação do repertório
musical da turma.
A turma ampliou significativamente seu
repertório de estilos musicais.
Concepção Artística
Turmas Iniciantes
Ainda não têm autonomia para se posicionar
artisticamente.
Alguns aprendizes já demonstram autonomia
no processo de realização artistica.
Turmas Flutuantes
Encontram-se em processo de ampliar sua
visão sobre a arte.
A partir das interfaces e da dinâmica da
Fábrica de Cultura os aprendizes vem
desenvolvendo uma concepção ampliada
sobre arte e cultura.
Turmas Continuas
A partir das interfaces e da dinâmica da
Fábrica de Cultura os aprendizes vem
desenvolvendo uma concepção ampliada
sobre arte e cultura.
Os aprendizes possuem uma visão ampla
sobre arte e cultural. Pensam nos temas como
uma soma de linguagens, para além da
música.
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(VI) Parâmetros para os ateliês de teatro (Jogos teatrais, Improvisação, Performance).
Jogo / Improviso: técnicas que estimulam ludicamente toda e qualquer competência
necessária para estar em cena.
Leituras / Escritas: visão de mundo. Perceber-se integrante, dependente e agente
transformador do ambiente em que vive, identificando seus elementos e as interações entre
eles.
Desenvolvimento dos pressupostos: compreensão do território; Relações Flexíveis;
Conhecimento Pertinente; Autonomia e Protagonismo.
Expressão vocal: expressão vocal é uma das ferramentas para a comunicação, através da voz
e seus apoios, com intuito de interpretar, manifestar ou criar novos significados artísticos e
humanos.
Expressão corporal: expressão Corporal é a técnica desenvolvida a partir dos movimentos
do corpo, utilizada nas Artes Cênicas como um dos meios de comunicação.
1.6 Parâmetros - Teatro Nota 5 Nota 10
Jogo / Improviso
Turmas Iniciantes
A turma mostra certa desatenção, o que
compromete as atividades desenvolvidas
São atentos e comprometidos com os jogos
propostos.
Turmas Flutuantes
São atentos e comprometidos com os jogos
propostos.
Jogam com facilidade e veem desenvolvendo
a técnica do improviso
Turmas ContinuasJogam com facilidade e veem desenvolvendo a
técnica do improviso
Os jogos já fazem parte da rotina do ateliê,
além disso os aprendizes Improvisam com
muita naturalidade.
Leituras / Escritas
Turmas Iniciantes
A turma possui dificuldade em sair do "lugar
comum" pouco criam e inovam.
Interpretam os textos e referencias oferecidas
pelo educador cultural.
Turmas Flutuantes
Interpretam os textos e referencias oferecidas
pelo educador cultural.
As atividades de leitura e pesquisa oferecidas
pelo educador incentivou, em alguns
aprendizes, a prática autonoma da leitura
Turmas Continuas
As atividades de leitura e pesquisa oferecidas
pelo educador incentivou, em alguns
aprendizes, a prática autonoma da leitura
As atividades de leitura e pesquisa oferecidas
pelo educador incentivou todos os aprendizes
a prática autonoma da leitura.
Desenvolvimento dos Pressupostos
Turmas Iniciantes
A turma se encontra em fase de
desenvolvimento dos prossupostos básicos.
A turma desenvolvoveu, mesmo que
inconsientemente, algumas características
compatíveis aos pressupostos do programa.
Turmas Flutuantes
A turma possui dificuldade em sair do "lugar
comum" pouco criam e inovam.
Boa parte da turma se apropriou dos
pressupostos do programa.
Turmas Continuas
Boa parte da turma se apropriou dos
pressupostos do ateliê e da Fábrica de
Cultura (autonomia, protagonismo, etc...)
A turma se apropriou plenamente dos
pressupostos do programa, tanto em sala de
aula como para seu cotidiano.
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Expressão Vocal
Turmas Iniciantes
A turma expõe pouco suas ideias no coletivo e
em cena existe uma timidez que bloqueia a
fala.
A turma começa a expor suas ideias para o
coletivo e em cena o tom de voz ainda é baixo
e por vezes quase inaudível.
Turmas Flutuantes
A turma expor suas ideias para o coletivo e
em cena o tom de voz ainda é baixo e por
vezes quase inaudível.
A turma expôe e debate suas ideias
coletivamente, sugere temas e assuntos
relevantes para reflexões em sala de aula. Em
cena o tom de voz passa a ser audível.
Turmas Continuas
A turma expôe e debate suas ideias
coletivamente, sugere temas e assuntos
relevantes para reflexões em sala de aula. Em
cena o tom de voz é audível.
A turma expôe e debate suas ideias
coletivamente, sugere temas e assuntos
relevantes para reflexões em sala de aula. Em
cena a voz é bastante audível e os aprendizes
são capazes de de criar com voz diferentes
entonações, inteçoes, sotaques, musicalidade
e etc.
Expressão Corporal
Turmas Iniciantes
A turma tem dificuldade em usar o corpo e
sair do lugar comum. Os gestos são bastate
óbvios e i lustrativos.
A turma começa a explorar as possibilidades
expressivas do corpo, mas os gestos ainda
são ilustrativos, normalmente ressaltando a
fala.
Turmas Flutuantes
A turma começa a explorar as possibilidades
expressivas do corpo, mas os gestos ainda
são ilustrativos, normalmente ressaltando a
fala.
A turma começa a util izar o o corpo de forma
criativa se apropriando de suas
possibilidades expressivas.
Turmas Continuas
A turma começa a util izar o o corpo de forma
criativa se apropriando de suas
possibilidades expressivas.
A turma usa o corpo de forma criativa,
usando suas possibilidades expressivas
fugindo do óbvio e incorporando na prática
os elementos técnicos estudados ao longo
dos anos.
4º INDICADOR: IMPACTOS DAS ATIVIDADES EXTERNAS
Dentro da metodologia pedagógica dos ateliês de criação estão previstas uma série de
saídas culturais, ou seja, atividades externas (espetáculos, performances, intervenções,
mostras e exposições) que compõe o processo de formação dos aprendizes.
Após o desenvolvimento das atividades externas, os educadores realizam um diálogo
com os aprendizes, no intuito de colher as opiniões e impressões. Tais diálogos orientam a
avaliação deste indicador. Nele, o educador identifica, dentro das respostas abaixo, os
impactos que surgiram na turma.
Percepções - impactos das atividades externas no desenvolvimento dos aprendizes
1 Assimilam o que veem com o que aprendem no ateliê
2 Compreensão da complexidade que envolve uma produção artística (espetáculo, mostra,
exposição)
3 Ampliação do repertório Cultural
4 Melhora na atenção e dedicação no ateliê
5 Desperta a curiosidade e o maior interesse nas atividades artísticas
6 Empolgação, sensação "boa" de novidade
7 Visitar esses espaços culturais era visto antes como algo inatingível
8 Querem experimentar a sensação do fazer artístico.
9 Sensação de pertencimento a cidade, compreensão de outros territórios que não só aquele onde
vivem
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3. Considerações finais
O conteúdo explicitado neste trabalho consiste em uma ação em desenvolvimento e que
possivelmente será aperfeiçoada ao longo do tempo. Isso se deve pelo fato de que a avaliação
de um projeto cultural como o Programa Fábricas de Cultura deve ser adaptável,
transformando-se para atender as características vigentes.
Caso aprovado, em sua participação no IV Seminário Internacional de Políticas Culturais,
a equipe responsável pelas atividades de formação cultural e sua respectiva avaliação, poderá
apresentar o que foi obtido no processo de avaliação deste primeiro semestre. Já que os
resultados serão publicados em agosto de 2013.