Post on 14-Jul-2020
Planos de aula
O colonizador e suas visões sobre o Novo Mundo
Por: Luís Antônio De Castro Morais / 10 de Abril de 2019
Código: HIS7_02UND03
Habilidade(s):
EF07HI02Anos Finais - 7º Ano - O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeiasIdentificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
Sobre o Plano
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Luís Antônio Morais
Mentor: Luis Felipe Nobrega
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas, americanas e europeias.
Objeto(s) de conhecimento: A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História. A ideia de Novo Mundo ante o Mundo Antigo: permanências e rupturas de saberes e práticas na emergência domundo moderno.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI02 Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da África e da Ásia no contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nosOceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
Palavras-chave: Eurocentrismo, culturas, África, América.
Endereço da página:https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5519/o-colonizador-e-suas-visoes-sobre-o-novo-mundo
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Materiais complementares
DocumentoContextualizaçãohttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ReRCvXu5TmSHY9HgBkzvsnPemYyuZq39rRHUHQgp7AWfYF8hxDgnzmzzqXAE/his7-02und03-contextualizacao.pdf
DocumentoSistematizaçãohttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZKMktcAP6HDyemMd4wd2FSN3XsjcfNd9CEY9xsAz4rTaN9xtbqjsK2pHe3en/his7-02und03-sistematizacao.pdf
DocumentoMaterial Áfricahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/pmj9QVukhtqsgb97FXvERKDdRPJftRYp4vgQ8nQFAGMKMR2NNKyyQ9Xrhwf8/his7-02und03-material-africa.pdf
DocumentoMaterial Américahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6Y7MpPbMxERMqPrUxw4sjNrVBG2GHBAG24XnfxanM62WBeBbSzNrJMemXKqB/his7-02und03-material-america.pdf
Plano de aula
O colonizador e suas visões sobre o Novo Mundo
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Slide 1 Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentadopara os alunos, ele apenas resume o conteúdo daaula para que você possa se planejar.Este plano está previsto para ser realizado em umaaula de 50 minutos. Serão abordados aspectos quefazem parte do trabalho com a habilidadeEF07HI02, de História, que consta na BNCC. Comoa habilidade deve ser desenvolvida ao longo detodo o ano, você observará que ela não serácontemplada em sua totalidade aqui e que aspropostas podem ter continuidade em aulassubsequentes.Materiais necessários: Pincel ou giz, lápis,borracha e materiais impressos.Material complementar:Contextualização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ReRCvXu5TmSHY9HgBkzvsnPemYyuZq39rRHUHQgp7AWfYF8hxDgnzmzzqXAE/his7-02und03-contextualizacao.pdfSistematização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZKMktcAP6HDyemMd4wd2FSN3XsjcfNd9CEY9xsAz4rTaN9xtbqjsK2pHe3en/his7-02und03-sistematizacao.pdfMaterial África: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/pmj9QVukhtqsgb97FXvERKDdRPJftRYp4vgQ8nQFAGMKMR2NNKyyQ9Xrhwf8/his7-02und03-material-africa.pdfMaterial América: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6Y7MpPbMxERMqPrUxw4sjNrVBG2GHBAG24XnfxanM62WBeBbSzNrJMemXKqB/his7-02und03-material-america.pdfPara você saber mais:Nesta aula será trabalhado a visão do portuguêssobre as sociedades do Brasil colonial e da Áfricapara auxiliar nas aulas a leitura desses artigos podelhe ser útil.Evidências de História nos relatos de viajantessobre a África pré-colonial, de autoria de SílvioMarcus de Souza Correa. Disponível emhttps://seer.ufrgs.br/aedos/article/view/9809/5600.Acesso em: 12/3/2019.Viajantes brancos na África negra do século XV, deautoria de Eder Silveira e Sílvio Marcus de SouzaCorrea. Disponível em:http://books.scielo.org/id/yf4cf/epub/macedo-9788538603832.epub. Acesso em: 12/3/2019.Uma reflexão sobre os agentes históricos naSistematização do estereótipo africano sobre aconstrução do imaginário do negro no Brasil, deautoria de Cláudia Lima. Disponível em:http://revistas.unisinos.br/index.php/ciencias_sociais/article/view/4893.Acesso em: 12/3/2019.
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Slide 2 Objetivo
Tempo sugerido: 1 minuto.Orientações: Neste momento você deve apresentaraos alunos o objetivo da aula, deste modo elesterão consciência do que você está propondo a elese o que deverão ter compreendido no fim da aula.Apresente o tema escrevendo-o no quadro oulendo-o para toda turma. Se sua escola contar como auxílio de projetor, apresente este slide fazendouma leitura coletiva.
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Slide 3 Contexto
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Tempo sugerido: 7 minutos.Orientações: Como forma de contextualização eintrodução ao tema, você deve propor aos alunos ojogo: Quem sou eu?. O objetivo deste jogo é que umaluno descreva uma pessoa para a turma, quetentará adivinhar. No entanto, esta descrição serácom base na visão que a pessoa tem do indivíduoescolhido, ela deverá descrever com base emcaracterísticas que considera marcantes. Porexemplo, deverá mencionar se o personagem échato, metido, bom etc. e os motivos que ele tempara achar isso.É importante que você deixe claro para os alunosque não se deve mencionar características físicas(pelo menos não num primeiro momento, apenasse for preciso dar mais dicas para descobrir quem éa pessoa). Deste modo os alunos irão externar seusjuízos de valor e suas próprias visões acerca doescolhido.Para iniciar o jogo, você deverá contar com a ajudade três voluntários (peça para que se indiquem ouescolha os alunos para participar). Explique o jogopara todos da sala e peça para que estes três alunospensem - somente pensem - em quem vão quererdescrever. Peça para que, um a um, vá à frente dasala e descreva, em até 1 minuto, para os colegascomo é seu personagem. (Você deve saber quem é apessoa que o aluno está descrevendo, desta formapode auxiliar nas dicas.)Exemplo: O aluno irá descrever o Silvio Santos: “Apessoa que vou descrever é muito bondosa,conhecida e todos gostam dela. Ela ajuda muitaspessoas e dá dinheiro para os outros”.Perceba que não foram mencionadascaracterísticas físicas, mas apenas a visão do alunosobre Silvio Santos.Deste modo, você pode iniciar uma reflexão sobre omodo que enxergamos o outro. Mostre, por meiodesta brincadeira, que tudo que lemos e ouvimospode ter uma análise pessoal de quem escreveu oufalou.Como adequar à sua realidade: Você pode sugerir ainclusão de pessoas de sua comunidade, comofuncionários da escola, pessoas da cidade ou regiãoetc. Deste modo pode auxiliar os alunos a se sentirmais próximos de quem estão descrevendo e aprópria percepção de que as visões sobre umamesma pessoa (assim como qualquer coisa) variamde cada um para cada um.
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Slide 4 Problematização
Tempo sugerido: 28 minutos.Orientações: Divida a sala em trios ou quartetos(atente para que os grupos não fiquem grandes eque sejam heterogêneos, de modo que os alunospossam se ajudar durante a atividade. Recomenda-se grupos de, no máximo, quatro integrantes, masvocê pode alterar este número de acordo com suarealidade para um melhor aproveitamento daatividade) e entregue-os os dois materiais da aula:África e América. Os materiais trazem a visão doportuguês sobre outros povos. O material da Áfricatraz dois trechos da crônica de Zurara sobre aconquista e o descobrimento de Guiné, nele o autorfaz uma analogia à maldição de Noé a seu filhoCam e ao continente africano, além de dizer sobrea questão da partilha dos escravizados na Europa ea “salvação de suas almas”; há ainda um mapamedieval que mostra o norte da África com reis,riquezas etc. Esta imagem da África pode contrapora visão que os estudantes podem ter do continente.O mapa foi produzido antes mesmo da expansãomarítima, mostrando a diversidade do continente.Quanto ao material sobre a América há dois trechosque descrevem o indígena de formas distintas,contrapondo a visão de “selvagem” e“rusticidade”.Ao longo da atividade vá circulando pela sala, passeem todos os grupos acompanhando as discussões eauxiliando-os. Verifique como os alunos estãoconstruindo suas respostas e a maneira que estãolendo as atividades, pergunte a eles o que acharamde interessante nos textos e nos mapas. É importante chamar a atenção para que os alunosinterpretem os mapas, retirando todas asinformações que eles nos dão.Distribua os materiais aos grupos e dê 15 minutospara que discutam e façam as atividades propostas.Após este tempo, os grupos deverão compartilharsuas respostas e você deve guiar a discussão com asala.Para a África, você deve trabalhar trechos de umacrônica sobre Guiné e um mapa medieval queretrata a Europa e a ÁfricaLink do material para impressão: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/pmj9QVukhtqsgb97FXvERKDdRPJftRYp4vgQ8nQFAGMKMR2NNKyyQ9Xrhwf8/his7-02und03-material-africa.pdfPara a América, você deve trabalhar trechos queretratam as populações indígenas de forma
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retratam as populações indígenas de formadistinta.Link do material para impressão: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6Y7MpPbMxERMqPrUxw4sjNrVBG2GHBAG24XnfxanM62WBeBbSzNrJMemXKqB/his7-02und03-material-america.pdf
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Slide 5 Sistematização
Tempo sugerido: 14 minutos.Orientações: Como proposta de Sistematizaçãovocê deve pedir aos alunos que se imaginem sendoindígenas, africanos ou asiáticos, alguém que osportugueses descreveriam com sua visãoeurocêntrica. O objetivo é que os alunos escrevamum relato de “seu povo”, como um modo de“resposta” aos europeus. No texto deve conterelementos que demonstrem a cultura como sendoespecífica de cada povo.Para você saber mais: Para auxiliar os alunos aescrever um relato, leia esta matéria. O que é umrelato? https://www.todamateria.com.br/relato-pessoal/. Acesso em: 12/3/2019.
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Quem sou eu?
- Três alunos deverão se voluntariar para descrever outra pessoa. - Você não deve falar para a turma quem é a pessoa que está falando. - Não mencione características físicas. - Você deve falar apenas do jeito da pessoa e o que você acha dela
(se é legal, bondosa, faz algo especial? etc.). - Dica a dica, a turma deverá adivinhar quem é a pessoa escolhida.
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Quem sou eu?
- Três alunos deverão se voluntariar para descrever outra pessoa. - Você não deve falar para a turma quem é a pessoa que está falando. - Não mencione características físicas. - Você deve falar apenas do jeito da pessoa e o que você acha dela
(se é legal, bondosa, faz algo especial? etc.). - Dica a dica, a turma deverá adivinhar quem é a pessoa escolhida.
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Quem sou eu?
- Três alunos deverão se voluntariar para descrever outra pessoa. - Você não deve falar para a turma quem é a pessoa que está falando. - Não mencione características físicas. - Você deve falar apenas do jeito da pessoa e o que você acha dela
(se é legal, bondosa, faz algo especial? etc.). - Dica a dica, a turma deverá adivinhar quem é a pessoa escolhida.
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Quem sou eu?
- Três alunos deverão se voluntariar para descrever outra pessoa. - Você não deve falar para a turma quem é a pessoa que está falando. - Não mencione características físicas. - Você deve falar apenas do jeito da pessoa e o que você acha dela
(se é legal, bondosa, faz algo especial? etc.). - Dica a dica, a turma deverá adivinhar quem é a pessoa escolhida.
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Quem sou eu?
- Três alunos deverão se voluntariar para descrever outra pessoa. - Você não deve falar para a turma quem é a pessoa que está falando. - Não mencione características físicas. - Você deve falar apenas do jeito da pessoa e o que você acha dela
(se é legal, bondosa, faz algo especial? etc.). - Dica a dica, a turma deverá adivinhar quem é a pessoa escolhida.
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É hora de produzir!
- Em grupos, vocês deverão:
- Se imaginar sendo um dos povos indígenas, africanos ou asiáticos. - Escrever um relato sobre “seu povo” em resposta às visões
eurocêntricas. - Não esqueça de mencionar, em seu texto, elementos que mostrem a
especificidade de suas culturas. __________________________________________________________________
É hora de produzir!
- Em grupos, vocês deverão:
- Se imaginar sendo um dos povos indígenas, africanos ou asiáticos - Escrever um relato sobre “seu povo” em resposta às visões
eurocêntricas - Não esqueça de mencionar, em seu texto, elementos que mostrem a
especificidade de suas culturas. __________________________________________________________________
É hora de produzir!
- Em grupos, vocês deverão:
- Se imaginar sendo um dos povos indígenas, africanos ou asiáticos - Escrever um relato sobre “seu povo” em resposta às visões
eurocêntricas - Não esqueça de mencionar, em seu texto, elementos que mostrem a
especificidade de suas culturas. __________________________________________________________________
É hora de produzir!
- Em grupos, vocês deverão:
- Se imaginar sendo um dos povos indígenas, africanos ou asiáticos - Escrever um relato sobre “seu povo” em resposta às visões
eurocêntricas - Não esqueça de mencionar, em seu texto, elementos que mostrem a
especificidade de suas culturas. __________________________________________________________________
É hora de produzir!
- Em grupos, vocês deverão:
- Se imaginar sendo um dos povos indígenas, africanos ou asiáticos - Escrever um relato sobre “seu povo” em resposta às visões
eurocêntricas
- Não esqueça de mencionar, em seu texto, elementos que mostrem a especificidade de suas culturas.
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Leia os trechos abaixo e observe o mapa, onde podemos observar a Europa e o norte da África.
Capítulo XVI - [...] E aqui vês de notar que estes negros, posto que sejam mouros como os outros, são, porém, servos daqueles, por antigo costume, o qual creio que seja por causa da maldição, que depois do dilúvio lançou Noé sobre seu filho Cam, pela qual o maldisse que sua geração fosse sujeita a todas as outras gerações do mundo, da qual estes descendem.
ZURARA, Gomes Eanes de. Crônica do descobrimento e conquista da Guiné. Século XV. pg. 93 Disponível em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=220592. Acesso em: 12/3/2019.
Capítulo XXV - Sobre a partilha de pessoas escravizadas em Portugal [...] Mas qual seria o coração, por duro que se pudesse, que não fosse atingido de piedoso sentimento, vendo assim aquela campanha: a uns tinham caras baixas e os rostos lavados com lágrimas, olhando uns contra os outros, outros estavam gemendo muito dolorosamente, [...] firmando os olhos nos céus, bradando altamente, como se pedissem socorro ao Pai [...], outros faziam suas lamentações em maneira de canto, segundo o costume de sua terra, nas quais, posto que as palavras da linguagem aos nossos não pudesse ser entendida, bem correspondia ao grau de sua tristeza. [...] Mas para sua dor ser ainda maior começaram a separar uns dos outros [...] os filhos dos pais, as mulheres dos maridos e uns irmãos dos outros. [...] E o infante [...] muito rapidamente fez a partilha e a toda principal riqueza estava em sua vontade e considerando com grande prazer na salvação daquelas almas que antes eram perdidas. E certamente que seu pensamento não era vão, como já dissemos, tanto que estes haviam conhecimento da linguagem, com pequeno movimento se tornavam cristãos. ZURARA, Gomes Eanes de. Crônica do descobrimento e conquista da Guiné. Século XV. pg. 132-135. Disponível
em: https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?id=220592. Acesso em: 12/3/2019.
Parte do Atlas Catalão, feito por Abraham Cresques, em 1375. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Abraham_Cresques#/media/File:El_mar_Mediterr%C3%A1neo_en_el_Atlas_catal%C3%A1n_de_Cresques_Abraham.jpg. Acesso em: 9/2/2019.
Após ler o trecho e analisar o mapa anterior, responda as questões abaixo:
a) Qual a imagem da África o mapa nos passa? Observe os detalhes e os desenhos inseridos nele. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) As fontes textuais foram escritas por Gomes Zurara no século XV. Ele descreve o processo de chegada dos portugueses no continente africano. Ao ler os dois trechos qual a visão que o autor passa sobre a população africana? Justifique sua resposta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) No segundo trecho, o capítulo XXV, o autor está falando sobre a separação das pessoas escravizadas já no continente europeu. Qual o papel que o “infante” ocupa? Qual o objetivo em tirar estas pessoas da África e levar para Portugal, além do processo de escravização? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Leia os dois trechos abaixo, ambos falam sobre as populações indígenas. Após, discuta com seu grupo e responda as perguntas que seguem:
Todas estas nações de gentes, falando em geral, seguem sua gentilidade, são feras, selvagens, montanhesas e desumanas: vivem ao som da natureza, nem seguem fé, nem lei, nem rei (freio comum de todo homem racional). E em sinal dessa singularidade lhes negou também o Autor da natureza as letras F, L, R. Seu Deus é seu ventre[...], sua lei, e seu rei, são seu apetite e gosto. Parecem mais brutos em pé que racionais humanados [...]. Nem têm arte, nem polícia alguma, nem sabem contar mais que até quatro, os de mais números notam pelos dedos das mãos e pés [...]. Andam emburacados, muitos deles, pelas orelhas, faces e beiços; e nestes buracos engastam pedras de várias cores, da grossura de um dedo. Nos mais costumes são como feras, sem política,sem prudência, sem quase rastro de humanidade, preguiçosos, mentirosos, comilões, dados a vinhos; e só nessa parte esmerados [...]. É gente paupérrima cuja mesa é a terra, cujas iguarias pendem de seu arco, e neste são tão destros que parece que obedecem a suas flechas, não somente as feras da terra, mas os peixes da água: com elas caçam juntamente e pescam, elas lhes servem juntamente de laços, redes e anzóis.
VASCONCELOS, Simão de. Crônica da Companhia de Jesus, 1663. vol. I. p. 75-77. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242811
Esses povos não me parecem, pois, merecer o qualificativo de selvagens somente por não terem sido senão muito pouco modificados pela ingerência do espírito humano e não haverem quase nada perdido de sua simplicidade primitiva. As leis da natureza, não ainda pervertidas pela imisção dos nossos, regem-nos até agora e mantiveram-se tão puras que lamento por vezes não as tenha o nosso mundo conhecido antes, quando havia homens capazes de apreciá-las. [...] Ninguém concebeu jamais uma simplicidade natural elevada a tal grau, nem ninguém jamais acreditou pudesse a sociedade subsistir com tão poucos artifícios. É um país, diria eu a Platão, onde não há comércio de qualquer natureza, nem literatura, nem matemáticas; onde não se conhece sequer de nome um magistrado; onde não existe hierarquia política, nem domesticidade, nem ricos e pobres. Contratos, sucessão, partilhas aí são desconhecidos; em matéria de trabalho só sabem da ociosidade; o respeito aos parentes é o mesmo que dedicam a todos; o vestuário, a agricultura, o trabalho dos metais aí se ignoram; não usam vinho nem trigo; as próprias palavras que exprimem a mentira, a traição, a dissimulação, a avareza, a inveja, a calúnia, o perdão, só excepcionalmente se ouvem. Quanto a República que imaginava lhe parecia longe de tamanha perfeição! São homens que saem das mãos dos deuses.
MONTAIGNE, Michel de. Dos canibais. 1580. Disponível em: https://docplayer.com.br/22464221-Dos-canibais-michel-de-montaigne.html
GLOSSÁRIO Gentilidade: De bárbaro; não civilizado; selvagem. Montanhesa: Aquele que habita as montanhas. Desumano: Falta de humanidade. Emburacados: Faz referência aos furos que alguns povos indígenas fazem para colocar adereços em seus corpos. Engastar: Embutir; encravar; colocar. Esmerados: Cuidado extremo; perfeição. Paupérrimo: Relativo àquilo que é pobre. Ingerência: Introdução; intromissão. Imisção: Aquilo que se mistura; incorpora. Ociosidade: Sem trabalho; sem ocupação; desocupado.
Após ler os dois trechos de textos e discuti-los em seu grupo, responda:
a) Qual a visão acerca dos indígenas de Simão de Vasconcelos e de Michel de Montaigne?
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b) Quais elementos do texto justificam sua resposta no item anterior? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Você identifica algum ponto em comum entre os textos? Há alguma semelhança na forma de descrever essas populações?
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d) Por que os europeus enxergavam os habitantes da América desta forma? Discuta com o grupo e anote as respostas
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