Post on 10-Jul-2015
Clima
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Nota: Para outros significados, veja Clima (desambiguação).
O clima (do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo
de rotação da terra e seu plano de translação) compreende um padrão dos
diversos elementos atmosféricos 1 que ocorrem na atmosfera daTerra.
Fenômenos como frentes frias, tempestades, furacões e outros estão
associados tanto às variações meteorológicas preditas pelas leis físicas
determinísticas, assim como a um conjunto de variações aleatórias dos
elementos meteorológicos (temperatura, precipitação, vento, umidade, pressão
do ar) cuja principal ferramenta de investigação é a estatística. As
semelhanças em várias regiões da Terra de tipos específicos caracterizam os
diversos tipos de clima, para o que são consideradas as variações médias dos
elementos meteorológicos ao longo das estações do ano num período de não
menos de 30 anos.
Índice
1 Definição
2 A climatologia e o objeto clima
3 Fatores climáticos
4 Tipos de clima
5 Cidades com cada clima
6 Referências
7 Ver também
8 Ligações externas
Definição[editar | editar código-fonte]
A definição pelo glossário do IPCC é:
"Clima, num sentido restrito é geralmente definido como 'tempo
meteorológico médio', ou mais precisamente, como a descrição
estatística de quantidades relevantes de mudanças do tempo
meteorológico num período de tempo, que vai de meses a
milhões de anos. O período clássico é de 30 anos, definido
pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Essas
quantidades são geralmente variações de superfície como
temperatura, precipitação e vento. O clima num sentido mais
amplo é o estado, incluindo as descrições estatísticas do sistema
global."2
A climatologia e o objeto clima[editar | editar código-
fonte]
A climatologia é uma especialização da pesquisa meteorológica
e geográfica dedicada ao estudo e investigação do clima em seus múltiplos
aspectos. Nas ciências atmosféricas, a climatologia investiga as causas e as
relações físicas entre os diferentes fenômenos climáticos (por exemplo, os
fatores de ocorrência de secas, inundações, ondas de calor, fenômenos El
Niño/ENSO, e outros). Na geografia, a climatologia é uma ferramenta de
entendimento da relação do homem com seu espaço ambiental,
particularmente com os fenômenos atmosféricos, do qual ele é paciente
(atingido por vendavais, furacões, tornados, tempestades, enchentes e cheias,
por exemplo) e causador (poluição, degradação ambiental, mudança climática
devido efeito-estufa e outros). Esses dois pontos de vista, meteorológico e
geográfico, complementam-se e não podem ser entendidos de forma separada.
O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam
o meio ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O
clima, para ser definido, considera um subconjunto dos possíveis estados
atmosféricos e, para tal, requer a análise de uma longa série de dados
meteorológicos e ambientais. Por longa série se entende um período de
dezenas de anos. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO)
recomenda 30 anos para a análise climática.
A concepção original do que é clima foi introduzida através da
análise estatística, de longo prazo, considerada, talvez, no fim do século XIX.
A noção de clima tem mudado ao longo do século XX. Até meados do século
XX, o clima era considerado "fixo" na escala de tempo de 30 anos e
funcionava como a base da previsão de tempo para as regiões tropicais, então
bastante desconhecida. Os trópicos eram considerados regiões onde o tempo
meteorológico seria regido pelo clima tropical, isto é, por variações sazonais,
por exemplo, as "monções" sazonais, e não pelas variações e flutuações
diurnas associadas às passagens de frentes e ou presença de sistemas
complexos de tempestades. Assim, o tempo nos trópicos seria apenas
perturbado por eventos aleatoriamente distribuídos. A existência de
fenômenos como "ondas de leste", sistemas convectivos de tempestades
da Zona de Convergência Intertropical (ITCZ) não eram conhecidos.3
Hoje,ainda é mais difícil dar uma definição do clima baseada em períodos de
30 anos, embora séries de dados de 30 anos sejam comuns. Nota-se, que ao
longo de amostras da série temporal, podem ocorrer variações do valor médio,
indicando variabilidade climática. Parte dessas variações encontradas ao longo
das dezenas de anos pode ser atribuída a causas antropogênicas. Por exemplo,
os primeiros anos do século XXI têm sido mais quentes que os encontrados
anteriormente na segunda metade do século XX.
Um dos primeiros estudos sobre o clima, proposto por Wladimir
Köppen em 1900, fundamentava-se no sentido de clima como fator da
dimensão geográfica. Nessa classificação considerava-se
a vegetação predominante como uma manifestação das características
do solo e do clima da região, permitindo reunir várias regiões do mundo
através de semelhanças de sua vegetação, sendo conhecida como
"classificação climática de Köppen-Geiger". Em 1931 Charles Warren
Thornthwaite introduziu uma nova classificação4 e em 1948 amplia os estudos
através do balanço de água como um fator do clima,5 que futuramente daria
origem à "classificação do clima de Thornthwaite". Emmanuel de
Martonne destacou-se no estudo da geomorfologia climática. Seu estudo sobre
problemas morfológicos do Brasil tropical-atlântico foi um dos primeiros
trabalhos de geomorfologiaclimática, sendo conhecida a "classificação do
clima de Martonne".
Fatores climáticos[editar | editar código-fonte]
Os fatores climáticos são os elementos naturais e humanos capazes de
influenciar as características ou a dinâmica de um ou mais tipos de climas.
Para que sejam compreendidos, precisam ser estudados de forma
interdisciplinar pois um interfere no outro. São eles:
Pressão atmosférica - variações históricas das amplitudes de
pressões endógenas (magma) e exógenas (crosta) do planeta
Terra;
Órbita - mudanças cronológicas (geológicas e astrofísicas) nas
posições das órbitas terrestres (em graus, minutos, segundos,
décimos, centésimos e milésimos de segundos) ocasionam
maiores ou menores graus deinsolação que modificam as
variadas ações calorimétricas (ora incidentes ou deferentes) no
planeta Terra (dificilmente perceptíveis aos humanos);
Latitude - distância em graus entre um local até a linha do
equador;
Altitude - a distância em metros entre uma cidade localizada em
um determinado ponto do relevo até o nível do mar
(universalmente considerado como o ponto ou nível médio em
comum para medidas de altitudes);
Maritimidade - corresponde à proximidade de um local com
o mar;
Continentalidade - corresponde à distância de um local em
relação ao mar, permitindo ser mais influenciado pelas condições
climáticas provenientes do próprio continente;
Massas de ar - parte da atmosfera que apresenta as mesmas
características físicas (temperatura, pressão, umidade e direção),
derivadas do tempo em que ficou sobre uma determinada área
da superfície terrestre (líquida ou sólida);
Correntes marítimas - grande massa de água que apresenta as
mesmas características físicas (temperatura, salinidade, cor,
direção, densidade) e pode acumular uma grande quantidade de
calor e, assim, influenciar as massas de ar que se he sobrepõem;
Relevo - presença e interferências
de montanhas e depressões nos movimentos das massas de ar;
Vegetação - emite determinadas quantias de vapor de água,
influenciando o ciclo hidrológico de uma região.
A presença de megalópoles ou de extensas áreas rurais, as quais
modificaram muito a paisagem natural, como por exemplo
a Grande São Paulo, a Grande Rio de Janeiro, Tokkaido,
a megalópole renana e Bos-wash, influenciando o clima local.
Tipos de clima[editar | editar código-fonte]
O relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta.
O relevo origina-se e transforma-se sob a interferência de dois tipos de
agentes: os agentes internos e externos.
endógenos: Atuam de dentro para fora
(deformando), vulcanismo e tectonismo;
exógenos: Atuam na superfície (modelando), intemperismo e
a antropicidade (o fator humano).
Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre,
manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, o qual
resulta da ação de forças que podem ser: endógenas, ou exógenas.
Encontramos diversas formas de
relevo: planaltos, planícies, cordilheiras, montanhas, morros, serras, chapadas,
depressões, vales, escarpas, abismos, icebergs, vulcões, etc.[1]
Índice
1 Os agentes modeladores ou modificadores do relevo
2 Intemperismo
3 Agentes internos
o 3.1 Tectonismo
o 3.2 Vulcanismo
o 3.3 Abalos sísmicos ou terremotos
4 Agentes externos:
o 4.1 As geleiras
o 4.2 Rios, os grandes construtores
o 4.3 Abrasão marinha
o 4.4 Ação dos ventos
5 Ver também
6 Referências
Os agentes modeladores ou modificadores do
relevo[editar | editar código-fonte]
Principais: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
O relevo terrestre é o resultado da ação das forças endógenas (agentes
internos) e exógenas (agentes externos) que agiram e agem no decorrer dos
anos e das eras geológicas. Essas forças são chamadas agentes do relevo.
Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são
denominados agentes formadores internos (endógenos), como o tectonismo,
o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a
litosfera, isto é, na superfície, temos os agentes modeladores externos
(exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação
glacial), mares (ação marítima), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica),
animais e vegetais (ação biológica, o intemperismo e o próprio homem (ação
antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta.
Intemperismo[editar | editar código-fonte]
Meteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e
biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou
decomposição.
A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito,
um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado
em solo.
As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a
desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura
entre os dias e as noites chegam ao ponto de partir as rochas.
Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar,
se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O
intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela
dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas
modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o
material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva, rios).
O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma
sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre
o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas.
Ação das águas das chuvas. Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas
podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se
no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob
a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de
erosão, muitas vezes causando deslizamentos.[2]
Agentes internos[editar | editar código-fonte]
Tectonismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Orogênese
Ver artigo principal: Epirogênese
Os movimentos tectônicos resultam de pressões, vindas do interior da Terra e
que agem na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os
blocos continentais sofrem levantamentos e baixamentos. Os movimentos
resultantes de pressão vertical são chamados epirogenéticos. Quando as
pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão
origem às montanhas. Esses movimentos ocasionados por pressão horizontal
são chamados orogenéticos.
O diastrofismo (distorção) caracteriza-se por movimentos lentos e
prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo
deformações nas rochas. Esse movimento pode ocorrer na forma vertical
(epirogênese) ou na horizontal (orogênese).
A epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam
pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade,
causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental. São
movimentos lentos que não podem ser observados de forma direta, pois
requerem milhares de anos para que ocorram.
A orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de
grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre.
Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os
dobramentos, que dão origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre
outras, originam-se dos movimentos orogênicos. A orogênese também é
responsável pelos terremotos e maremotos.
Vulcanismo[editar | editar código-fonte]
Chama-se vulcanismo as diversas formas pelas quais o magma do interior da
Terra chega até a superfície. Os materiais expelidos podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e fumarolas). Esses materiais
acumulam-se num depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faça com
que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e
criando novas formas na paisagem. O relevo vulcânico caracteriza-se pela
rapidez com que se forma e com que pode ser destruído.
Localização dos vulcões: A maioria dos vulcões da Terra está concentrada em
duas áreas principais: Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira
dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da
superfície.
Outras localizações: América Central, Antilhas, Açores, Cabo
Verde, Mediterrâneo e Cáucaso.
Abalos sísmicos ou terremotos[editar | editar código-fonte]
Um terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos convectivos que
ocorrem na astenosfera. Esses movimentos forçam as placas tectônicas da
litosfera (camada rochosa) movendo-as, como resultado as placas podem se
chocar (formando bordas convergentes), se separar (formando bordas
divergentes) ou deslizar (formando bordas transformantes). O terremoto é
resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando, desta
maneira, uma vibração. Essa vibração propaga-se através das rochas pelas
ondas sísmicas. O ponto do interior da Terra onde é gerado o sismo é
designado por hipocentro ou foco enquanto que o epicentro é o ponto da
superfície terrestre. Os sismógrafos são os aparelhos que detectam e medem as
ondas sísmicas. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Mercalli
Modificada, que mede os danos causados pelo sismo.[3]
Agentes externos:[editar | editar código-fonte]
Os agentes externos modificam o relevo, estes são: as águas do mar, dos rios e
das chuvas, o gelo, o vento e o homem, causando a erosão marinha, erosão
fluvial, erosão pluvial, erosão glacial, erosão eólica e erosão antrópica.Eles
agridem a superfície terrestre fazendo dela formatos e tamanhos diferentes.
As geleiras[editar | editar código-fonte]
Em algumas zonas de clima muito frio, a neve não derrete durante o verão. O
peso das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba por
transformá-la em gelo. Quando essa enorme massa de gelo se desloca, corre
como um poderoso rio de gelo. As geleiras realizam um trabalho de erosão
nas rochas que as cercam, formando vales em forma de U. Os sedimentos
transportados pelas geleiras são chamados morenas ou morainas.
Rios, os grandes construtores[editar | editar código-fonte]
A união de várias correntes acaba formando os rios, que são correntes de água
com leito definido e vazão regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do
ano. Essas mudanças devem-se tanto a estiagens prolongadas quanto a cheias
excepcionais, às vezes com efeitos catastróficos sobre as populações e os
campos.
Quanto maior for o poder erosivo de um rio, maior será sua vazão e a
inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso.
Em seu curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e
modificação do relevo:
Erosão, ou seja, escavação dos leitos. Quanto maior for o poder
erosivo de um rio, maior será sua vazão e a inclinação do seu
leito;
Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões;
Sedimentação, quando há a formação de planícies e deltas.
Podemos dividir o caminho que o rio percorre da nascente até a foz em três
porções que podem ser comparadas com as três fases da vida humana: alto
curso, equipara-se à juventude; o curso médio equivale à maturidade; e o
baixo curso, à velhice.
Alto Curso: O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder
erosivo e de transporte de sedimentos é muito intenso. A força das águas
escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o
rio circula por elas, formando gargantas ou desfiladeiros.
Curso médio: No curso médio do rio, a inclinação se suaviza e as águas ficam
mais tranquilas. Sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os
sedimentos que não pode mais transportar.
Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande
quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies
sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.
Asedimentação é um processo muito importante para a humanidade. Culturas
antigas, como as do Egito, Mesopotâmia e Índia, são relacionadas à fertilidade
dos sedimentos depositados por rios.
Baixo Curso: O curso inferior do rio corresponde às zonas próximas de sua
foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e
quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos
depositados.
A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de
aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de
estuário e no segundo, formam-se os deltas.[4]
Abrasão marinha[editar | editar código-fonte]
A ação das águas do mar
O que é? O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É
um agente erosivo, que desgasta as costas em um trabalho incessante de
destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares
e oceanosdesgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos:
as ondas, as marés e as correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de
suas águas traz sedimentos que são depositados nos litorais, realizando um
trabalho de acumulação marinha.
A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do
litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o conseqüente
afastamento do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. Algumas falésias
são cristalinas, como as de Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do
Brasil, encontramos falésias formadas por rochas sedimentares denominadas
barreiras.
Ação das ondas
Quando a costa é formada por rochas de diferentes durezas, formam-se
reentrâncias (baías ou enseadas) e saliências no lado escarpado, de acordo
com a resistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da água do mar
pode transformar uma saliência rochosa do continente em uma ilhota costeira.
Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta pode
unir-se ao continente, formando então um tômbolo. Caso um banco de areia se
deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada,
poderá formar uma restinga e uma lagoa litorânea.
As praias são depósitos de areia ou cascalho que se originam nas áreas
abrigadas da costa, onde as correntes litorâneas exercem menos força. Quando
o depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, formam-se as barras ou
bancos de areia.
Ação dos ventos[editar | editar código-fonte]
O vento é o agente com menor poder erosivo, pois só pode mover partículas
pequenas e próximas do solo. Estas pequenas partículas são chamadas de
sedimentos. Ainda assim, ele transporta partículas finas a centenas de
quilômetros de seu lugar de origem. A ação erosiva do vento, que atinge o
ponto máximo nas zonas desérticas, secas e de vegetação escassa, também
contribui para a destruição do relevo da Terra. O vento desprende as partículas
soltas das rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de areia.
A erosão eólica tem dois mecanismos diferentes:
A deflação, que é a ação direta do vento sobre as rochas, retirando delas as
partículas soltas;
A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão,
desgastando não só as rochas como as próprias partículas.
O trabalho de movimentação da indumentrologia nuclear pode ser transferida
involuntariamente pela areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde
pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São
enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam freqüentemente
de lugar.
As dunas são elevações móveis de areia, em forma de montes. Em uma duna
podem ser distinguidas duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento,
pela qual a areia é empurrada, e uma área de declive abrupto ou sotavento, por
onde a areia rola ao cair.
As dunas deslocam-se a velocidades que podem ultrapassar 15 metros por
ano. Quando o avanço das dunas ameaça as populações humanas ou a
plantação, colocam-se obstáculos, tais como estacas, muros ou arbustos, para
detê O relevo terrestre pode ser definido como as formas
da superfície do planeta. O relevo origina-se e transforma-se sob a
interferência de dois tipos de agentes: os agentes internos e externos.
endógenos: Atuam de dentro para fora
(deformando), vulcanismo e tectonismo;
exógenos: Atuam na superfície (modelando), intemperismo e
a antropicidade (o fator humano).
Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre,
manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, o qual
resulta da ação de forças que podem ser: endógenas, ou exógenas.
Encontramos diversas formas de
relevo: planaltos, planícies, cordilheiras, montanhas, morros, serras, chapadas,
depressões, vales, escarpas, abismos, icebergs, vulcões, etc.[1]
Índice
1 Os agentes modeladores ou modificadores do relevo
2 Intemperismo
3 Agentes internos
o 3.1 Tectonismo
o 3.2 Vulcanismo
o 3.3 Abalos sísmicos ou terremotos
4 Agentes externos:
o 4.1 As geleiras
o 4.2 Rios, os grandes construtores
o 4.3 Abrasão marinha
o 4.4 Ação dos ventos
5 Ver também
6 Referências
Os agentes modeladores ou modificadores do
relevo[editar | editar código-fonte]
Principais: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
O relevo terrestre é o resultado da ação das forças endógenas (agentes
internos) e exógenas (agentes externos) que agiram e agem no decorrer dos
anos e das eras geológicas. Essas forças são chamadas agentes do relevo.
Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são
denominados agentes formadores internos (endógenos), como o tectonismo,
o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a
litosfera, isto é, na superfície, temos os agentes modeladores externos
(exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação
glacial), mares (ação marítima), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica),
animais e vegetais (ação biológica, o intemperismo e o próprio homem (ação
antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta.
Intemperismo[editar | editar código-fonte]
Meteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e
biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou
decomposição.
A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito,
um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado
em solo.
As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a
desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura
entre os dias e as noites chegam ao ponto de partir as rochas.
Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar,
se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O
intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela
dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas
modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o
material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva, rios).
O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma
sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre
o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas.
Ação das águas das chuvas. Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas
podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se
no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob
a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de
erosão, muitas vezes causando deslizamentos.[2]
Agentes internos[editar | editar código-fonte]
Tectonismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Orogênese
Ver artigo principal: Epirogênese
Os movimentos tectônicos resultam de pressões, vindas do interior da Terra e
que agem na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os
blocos continentais sofrem levantamentos e baixamentos. Os movimentos
resultantes de pressão vertical são chamados epirogenéticos. Quando as
pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão
origem às montanhas. Esses movimentos ocasionados por pressão horizontal
são chamados orogenéticos.
O diastrofismo (distorção) caracteriza-se por movimentos lentos e
prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo
deformações nas rochas. Esse movimento pode ocorrer na forma vertical
(epirogênese) ou na horizontal (orogênese).
A epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam
pressão sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade,
causando rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental. São
movimentos lentos que não podem ser observados de forma direta, pois
requerem milhares de anos para que ocorram.
A orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de
grande intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre.
Quando tais pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os
dobramentos, que dão origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre
outras, originam-se dos movimentos orogênicos. A orogênese também é
responsável pelos terremotos e maremotos.
Vulcanismo[editar | editar código-fonte]
Chama-se vulcanismo as diversas formas pelas quais o magma do interior da
Terra chega até a superfície. Os materiais expelidos podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos (lavas, material piroclástico e fumarolas). Esses materiais
acumulam-se num depósito sob o vulcão até que a pressão gerada faça com
que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e
criando novas formas na paisagem. O relevo vulcânico caracteriza-se pela
rapidez com que se forma e com que pode ser destruído.
Localização dos vulcões: A maioria dos vulcões da Terra está concentrada em
duas áreas principais: Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira
dos Andes até as Filipinas, onde se concentram 80% dos vulcões da
superfície.
Outras localizações: América Central, Antilhas, Açores, Cabo
Verde, Mediterrâneo e Cáucaso.
Abalos sísmicos ou terremotos[editar | editar código-fonte]
Um terremoto ou sismo se origina devido aos movimentos convectivos que
ocorrem na astenosfera. Esses movimentos forçam as placas tectônicas da
litosfera (camada rochosa) movendo-as, como resultado as placas podem se
chocar (formando bordas convergentes), se separar (formando bordas
divergentes) ou deslizar (formando bordas transformantes). O terremoto é
resultado do alívio da pressão que existe entre essas placas gerando, desta
maneira, uma vibração. Essa vibração propaga-se através das rochas pelas
ondas sísmicas. O ponto do interior da Terra onde é gerado o sismo é
designado por hipocentro ou foco enquanto que o epicentro é o ponto da
superfície terrestre. Os sismógrafos são os aparelhos que detectam e medem as
ondas sísmicas. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Mercalli
Modificada, que mede os danos causados pelo sismo.[3]
Agentes externos:[editar | editar código-fonte]
Os agentes externos modificam o relevo, estes são: as águas do mar, dos rios e
das chuvas, o gelo, o vento e o homem, causando a erosão marinha, erosão
fluvial, erosão pluvial, erosão glacial, erosão eólica e erosão antrópica.Eles
agridem a superfície terrestre fazendo dela formatos e tamanhos diferentes.
As geleiras[editar | editar código-fonte]
Em algumas zonas de clima muito frio, a neve não derrete durante o verão. O
peso das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba por
transformá-la em gelo. Quando essa enorme massa de gelo se desloca, corre
como um poderoso rio de gelo. As geleiras realizam um trabalho de erosão
nas rochas que as cercam, formando vales em forma de U. Os sedimentos
transportados pelas geleiras são chamados morenas ou morainas.
Rios, os grandes construtores[editar | editar código-fonte]
A união de várias correntes acaba formando os rios, que são correntes de água
com leito definido e vazão regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do
ano. Essas mudanças devem-se tanto a estiagens prolongadas quanto a cheias
excepcionais, às vezes com efeitos catastróficos sobre as populações e os
campos.
Quanto maior for o poder erosivo de um rio, maior será sua vazão e a
inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso.
Em seu curso, os rios realizam três trabalhos essenciais para a construção e
modificação do relevo:
Erosão, ou seja, escavação dos leitos. Quanto maior for o poder
erosivo de um rio, maior será sua vazão e a inclinação do seu
leito;
Transporte dos sedimentos, os chamados aluviões;
Sedimentação, quando há a formação de planícies e deltas.
Podemos dividir o caminho que o rio percorre da nascente até a foz em três
porções que podem ser comparadas com as três fases da vida humana: alto
curso, equipara-se à juventude; o curso médio equivale à maturidade; e o
baixo curso, à velhice.
Alto Curso: O curso superior do rio é sua parte mais inclinada, onde o poder
erosivo e de transporte de sedimentos é muito intenso. A força das águas
escava vales em forma de V. Se as rochas do terreno são muito resistentes, o
rio circula por elas, formando gargantas ou desfiladeiros.
Curso médio: No curso médio do rio, a inclinação se suaviza e as águas ficam
mais tranquilas. Sua capacidade de transporte diminui e começa a depositar os
sedimentos que não pode mais transportar.
Na época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande
quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies
sedimentares, onde o rio descreve amplas curvas, chamadas meandros.
Asedimentação é um processo muito importante para a humanidade. Culturas
antigas, como as do Egito, Mesopotâmia e Índia, são relacionadas à fertilidade
dos sedimentos depositados por rios.
Baixo Curso: O curso inferior do rio corresponde às zonas próximas de sua
foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e
quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos
depositados.
A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de
aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de
estuário e no segundo, formam-se os deltas.[4]
Abrasão marinha[editar | editar código-fonte]
A ação das águas do mar
O que é? O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É
um agente erosivo, que desgasta as costas em um trabalho incessante de
destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares
e oceanosdesgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos:
as ondas, as marés e as correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de
suas águas traz sedimentos que são depositados nos litorais, realizando um
trabalho de acumulação marinha.
A ação contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do
litoral, causando o desmoronamento de blocos de rochas e o conseqüente
afastamento do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias. Algumas falésias
são cristalinas, como as de Torres, no Rio Grande do Sul. No Nordeste do
Brasil, encontramos falésias formadas por rochas sedimentares denominadas
barreiras.
Ação das ondas
Quando a costa é formada por rochas de diferentes durezas, formam-se
reentrâncias (baías ou enseadas) e saliências no lado escarpado, de acordo
com a resistência dessas rochas à erosão marinha. A ação da água do mar
pode transformar uma saliência rochosa do continente em uma ilhota costeira.
Se um banco de areia se depositar entre a costa e uma ilha costeira, esta pode
unir-se ao continente, formando então um tômbolo. Caso um banco de areia se
deposite de modo paralelo à linha da costa, fechando uma praia ou enseada,
poderá formar uma restinga e uma lagoa litorânea.
As praias são depósitos de areia ou cascalho que se originam nas áreas
abrigadas da costa, onde as correntes litorâneas exercem menos força. Quando
o depósito de areia se acomoda paralelamente à costa, formam-se as barras ou
bancos de areia.
Ação dos ventos[editar | editar código-fonte]
O vento é o agente com menor poder erosivo, pois só pode mover partículas
pequenas e próximas do solo. Estas pequenas partículas são chamadas de
sedimentos. Ainda assim, ele transporta partículas finas a centenas de
quilômetros de seu lugar de origem. A ação erosiva do vento, que atinge o
ponto máximo nas zonas desérticas, secas e de vegetação escassa, também
contribui para a destruição do relevo da Terra. O vento desprende as partículas
soltas das rochas e
erosão eólica tem dois mecanismos diferentes:
A deflação, que é a ação direta do vento sobre as rochas, retirando delas as
partículas soltas;
A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão,
desgastando não só as rochas como as próprias partículas.
O trabalho de movimentação da indumentrologia nuclear pode ser transferida
involuntariamente pela areia até depositá-la nas praias e nos desertos, onde
pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São
enormes montes de areia acumulada pelo vento e que mudam freqüentemente
de lugar.
As são elevações móveis de areia, em forma de montes. Em uma duna podem
ser distinguidas duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento, pela
qual.
Os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente
na formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica,
um exemplo comum são as dunas formadas parcialmente de