O advento é o tempo de preparação para o Natal, o nascimento do menino Jesus, com isto a...

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O advento é o tempo de preparação para o Natal, o nascimento do menino Jesus, com isto a comunidade cristã é chamada a viver algumas atitudes essenciais: A espera vigilante e

jubilosa, a esperança e a conversão.

Nada melhor que viver o Advento espelhando-se Naquela que foi a primeira a abrir as portas e nos mostrar o caminho para Deus. Ela foi a primeira a abrir, ou melhor, a

escancarar para Cristo a porta da sua fé, para que Ele viesse e remisse a humanidade.

Como diz Santo Agostinho: “Concebeu em seu coração por meio de sua fé antes ainda do que em seu corpo. Ela é o modelo de espera. Ela é exemplo de esperança, de oração e

contemplação ante a vinda de Cristo.   Mesmo trazendo para o mundo a Palavra em pessoa, jamais se elevou, mas passou pela

vida sempre atenta. Ela esteve vigilante, silenciosa, durante o primeiro advento da história.”

Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa de Deus Espírito Santo, preservada do pecado, eximida de toda a desventura, isenta da culpa original, filha primogênita do Pai

Eterno, a medianeira entre Deus e os homens. Maria é a medianeira de paz entre Deus e os homens – a toda imaculada.

É a mulher forte, posta no mundo para vencer o mal – satanás. Ela pisa na cabeça da serpente infernal – a pura de toda mancha. São Bernardo diz: “Foi a arca de Noé uma figura de Maria. Naquela foram livres os homens do dilúvio, tal como, por Maria somos salvos do

naufrágio do pecado.”

Deus, o divino artífice do universo preparou para seu Filho uma digna habitação, e por isso ornou a Maria com as mais encantadoras graças. Preparou o corpo e a alma da S.S. Virgem,

para serem na terra digna habitação de seu Unigênito (final da Salve Rainha).

Para aquele que haveria de vir foi então preparada uma morada cheia de graças, uma Rainha com um brilho de pureza que ofuscasse a de todos os anjos e de todos os homens e que

fosse a maior abaixo de Deus – pura no corpo e na alma, como realmente convinha àquela que iria conceber a Deus em seu seio.

Maria é a digna Mãe do Salvador. No seu seio virginal escolheu o Rei dos reis sua primeira habitação. “O Altíssimo santificou seu Tabernáculo; Deus está no meio dele”. Maria é Mãe e

Esposa de Deus. Maria é templo do Senhor, sacrário do Espírito Santo, Mãe do Verbo Encarnado. O anjo logo a chamou: cheia de graça, mesmo antes de ser Mãe de Deus.

Assim ela foi saudada: Ave, cheia de Graça!

Maria é o lugar onde Deus desce para tornar-se Emanuel com seu povo. Se Deus desce e entra na casa de Maria para realizar ali o ato mais extraordinário de presença e de revelação,

é porque Maria é o Templo, o Santuário, a Morada de Deus, onde o Senhor pode ser encontrado, celebrado e amado.

“O Espírito Santo virá sobre Ti e o Poder do altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1,35).

A nuvem e a glória são dois elementos fundamentais da manifestação de Deus. É a continuidade das duas Alianças (Ex 40, 33-35). Deus desce sobre sua morada para enchê-la

de sua glória: O Espírito (nuvem e poder de Deus) vem sobre Maria e cobre-a com sua sombra. Maria é, o novo santuário onde habita a glória divina encarnada em Jesus.

Deus abandona o templo de Jerusalém para habitar na humildade de Maria de Nazaré, na Galiléia dos gentios; a partir de agora a morada de Deus é universal; o senhor planta sua Tenda entre os homens de toda a terra no seio de Maria. Aquele que há de vir já está no meio de nós. Foi no Natal, no momento em que deu à luz o seu Filho primogênito, e não

antes que Maria se tornou verdadeira e plenamente Mãe de Deus.

Mãe de Deus, é o mais antigo e mais importante título dogmático de Nossa Senhora, definido pela Igreja no Concílio de Éfeso, no ano de 431, como Verdade de Fé que todos os

cristãos devem crer É o fundamento de toda a grandeza de Maria (Theotókos) e também testemunha que Jesus é Deus e homem em uma só pessoa.

Nós também podemos conceber Jesus e dá-lo à luz quando acolhemos a Palavra e a pomos em prática.

Quando amamos a Cristo na sinceridade do coração e com retidão de consciência. E é isso que devemos fazer neste novo tempo litúrgico que nasce: formular propósitos de

conversão, de mudança de vida interna e externamente e visível, com fé e pô-los em prática, com obras santas, seguindo Jesus no decorrer do novo ano, com Maria, na escola de Maria, no seu exemplo porque senão Jesus é concebido, mas não nasce. Nunca vai ser celebrada

“a segunda festa” do Menino Jesus que é o Natal em nossas vidas.

19/11/2009