Post on 17-Apr-2015
“NOVOS” ESPAÇOS PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM
EM EAD
Liamara Scortegagna Comassetto
Universidade do Contestado - UnC
lia@uncnet.br
Contextualização
Tese: Novos espaços virtuais para o ensino e a aprendizagem a distância: estudo da aplicabilidade dos desenhos pedagógicos
Um estudo da utilização dos espaços virtuais para a educação a distância on-line, destacando a análise e observação das plataformas Moodle e TelEduc e dos desenhos pedagógicos aplicados nestas
Objetivo
Reflexão sobre os “Novos” espaços virtuais
– A origem, características, diferenças...
– Utilização dos “novos” espaços virtuais para a educação
– O que tem de novo os “Novos” espaços virtuais
– A transformação do espaço virtual: tecnológico – pedagógico
O surgimento de “Novos” espaços Avanços tecnológicos
Mudanças para a melhoria e transformação da humanidade
Surgem novos hábitos, costumes....
E com isso, surgem os “Novos Espaços” e uma nova forma de relacionamento (pessoais, negócios, educação, lazer...)
Não sabemos com precisão onde as Novas Tecnologias vão nos levar...
Porém se sabe das múltiplas utilizações e benefícios que elas nos oferecem
A Internet como novo Espaço
Ciberespaço: um espaço sem fronteiras
– Segundo Pierre Levy
• O ciberespaço pode ser considerado um grande depositário de informações e de produção de conhecimento e um local ilimitado, uma “terra do saber”, “uma nova fronteira” cuja exploração poderá ser, hoje, “a tarefa mais importante da humanidade” (1999, p. 92).
Nova estruturação
O espaço virtual não foi desenvolvido
especialmente para a educação
Necessitou e necessita de reestruturação
pedagógica
Apresentar modelos diferenciados baseados na informação e na comunicação:
– Transmissão, exibição, busca, acesso, análise, armazenamento, realidade virtual, gerenciamento
– E inclusive - teoria cognitiva
Novos espaços virtuais de
aprendizagem
Espaço não situado geograficamente, onde ocorre o processo de ensino e de aprendizagem através da organização e aplicação de uma estrutura pedagógica, contendo comunicação e interação, bem como o apoio e o estímulo de uma instituição ou equipe de profissionais multidisciplinares.
Resultando em mudanças...
Apresentação de textos, diagramas, gráficos e imagens
Aprendizagem por ensino expositivo
Aprendizagem autônoma
Aprendizagem por exploração
Aprender procurando por informação
Aprender armazenando e gerenciando informações
Aprender por comunicação
Aprender por colaboração
Aprender por representação e simulação
Características... Ausência de limites– Sem distâncias e sem limites
Ausência de disposição espacial– Nada tem seu lugar, barreiras geográficas rompidas e os
objetos tornam-se universais
Opacidade– Simulação
Virtualidade– O que é real não é tangível – representação digital de algo
que é real
Telepresença– Presença não física do professor, alunos ou tutores no
espaço virtual
Diferenças... Espaços reais x virtuais
Nem sempre são percebidas
A transposição automática dos hábitos e costumes dos espaços reais para os virtuais
Oculta potencial que os AVAs podem oferecer em relação ao processo educacional
Espaços reais de aprendizagem Espaços virtuais de aprendizagem
Salas de aulas físicas e fixas Ilimitada esfera que se estende além de todos os locais de aprendizagem
Locais onde alunos e professores encontram-se cara a cara, para viver e aprender juntos
Os alunos não interagem cara a cara em grupos, mas podem manter contato com colegas que estão em diversos locais.
Ensino expositivo (oral) Ensino por pesquisa, simulação, escrita e descoberta.
Facilitam a formação de grupos, possibilitam experiências de convívio, sentimentos de presença e a aspiração e busca comuns de conhecimento
Espaço incomensurável não está fechado.
As atividades de aprendizagem têm de ser fixas em termos de tempo e localização.
O tempo e os locais não são fixos.
Estratégias, técnicas e procedimentos de ensino e aprendizagem, que se desenvolveram num longo processo histórico são aplicados.
A dimensão histórica se perde inteiramente.
Petters, 2003
E ainda...
Estudar e conhecer as diferenças entre os espaços reais e virtuais tornam-se de fundamental importância, pois nos ajudam a compreender, segundo Petters,
– “porque poderia ser benéfico e necessário inovar os processos de ensino e de aprendizagem drasticamente quando usamos a rede (espaço virtual) e que adaptações cuidadosas não são suficientes” ( 2003, p.150).
Saber diferenciar o real do virtual é essencial também para o desenvolvimento e aplicação das ferramentas de comunicação e interação nos AVAs.
O que tem de novo? “Novos” Espaços virtuais
Década de 80
As ferramentas de comunicação e de interação são as mesmas – salvo algumas.
Novo = originalidade, recente, moderno
O “novo” parece estar centrado:– Na adaptação da teorias cognitivas (do
presencial para o virtual)???????– Na reestruturação pedagógica de cada
ferramenta tecnológica– Recentemente – na realidade virtual
Plataforma virtual de apoio ao
ensino e a aprendizagem
São cenários que envolvem interfaces instrucionais
para a comunicação e interação dos alunos
Composta por diversos elementos responsáveis
pelo processo educacional:
– Ferramentas de comunicação e interação
– Disponibilização nos formatos: texto, imagem e som
– E, uma proposta pedagógica adequada
Transformação: Funções tecnológicas em pedagógicas
Não podemos avaliar as AVAs ou plataformas
apenas pelo aspecto tecnológico
É necessário avaliar a concepção de currículo, de
comunicação e de aprendizagem utilizada pelos
autores e gestores
– Instrucionistas, interativas, cooperativas/colaborativas e
construtivistas
Instrucionistas
Estão centradas no conteúdo, que pode ser impresso e no suporte: tutoriais ou formulários enviados por e-mail, normalmente respondidos por outras pessoas.
A interação é mínima e a participação on-line do estudante é praticamente individual.
Objetiva a interação on-line, onde a participação é essencial no curso e as expectativas dos participantes são atendidas.
Ocorre muita discussão e reflexão.
Os materiais têm o objetivo de envolver e são desenvolvidos no decorrer do curso, a partir de opiniões dos participantes.
Interativa
As atividades podem ser organizadas em temas de interesse, e profissionais externos podem ser convidados para participação.
O papel do professor é mais intenso, pois as atividades são criadas no decorrer do curso.
Interativa
Os objetivos são o trabalho colaborativo e a participação on-line.
Objetiva uma aprendizagem essencialmente ativa.
O aluno aprende algo novo e incorpora a essa experiência toda a sua bagagem de experiências.
Cada novo fato ou experiência é assimilado numa rede viva de compreensão que já existe na mente desse aluno, que constrói assim a aprendizagem
Cooperativa /colaborativas
Possibilita ao participante a decisão sobre tópicos e sub-tópicos do domínio a serem explorados, além dos métodos de estudo e das estratégias para a solução de problemas.
Oferece múltiplas representações dos problemas estudados, possibilitando que os participantes avaliem soluções alternativas e testem suas decisões
Construtivistas
Envolve a aprendizagem em contextos realistas e relevantes, isto é, mais autênticos em relação às tarefas da aprendizagem
Coloca o professor/tutor no papel de um consultor que auxilia os participantes a organizarem seus objetivos e caminhos na aprendizagem
Envolve a aprendizagem em experiências sociais que reflitam a colaboração entre professores-alunos e alunos-alunos
Construtivistas
Conclusão
Com o surgimento dos novos espaços virtuais de aprendizagem, aponta-se para a iminência de uma nova era educacional.
A aprendizagem que era descrita como “aprendizagem moderna” com um currículo fechado, a partir dos espaços virtuais passa a ser considerada como “pós-moderna”, ou seja, não linear, sendo agora colaborativa, interativa...
O currículo é aberto, com isso, apresenta-se uma nova dimensão de estrutura e abordagem pedagógica.
Conclusão
As mudanças educacionais nos novos espaços virtuais de aprendizagem não foram previstas e planejadas por ninguém. Porém, estão acontecendo na mesma velocidade dos avanços tecnológicos.
É evidente a necessidade da aplicação da nova estrutura pedagógica e em conseqüência de um novo desenho pedagógico, centrado na autonomia, flexibilidade e no aluno, como sujeito ativo e construtivo de seu próprio conhecimento.
Conclusão
Com isso, desenvolvem-se plataformas virtuais interacionistas, construtivistas, cooperativos e colaborativos, que favorecem ao ensino e à aprendizagem, focadas no aluno.
Esses ambientes têm como função a mudança para uma nova aprendizagem e se destacam entre as demais plataformas, principalmente as que se destinam à educação a distância on-line.
Obrigada
lia@uncnet.br