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53ISSN 1517-1329
Novembro, 2003
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
República Federativa do BrasilLuiz Inácio Lula da SilvaPresidente
Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoRoberto RodriguesMinistro
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Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos Nazário
Aracaju, SE2003
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoEmbrapa Tabuleiros Costeiros
ISSN 1517-1329
Novembro, 2003
53
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
© Embrapa 2003
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1ª edição 2003
Todos os direitos reservados.A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
o constitui violação dos direitos autorais (Lei n 9.610).
CUENCA, M.A.G., NAZÁRIO, C.C. A cultura do milho: aspectos conjunturais e
sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001. 18 p, 2003.
(Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos, 53). Disponível em
http//www.cpatc.embrapa.br
CDD: 634.61
Manuel Alberto Gutiérrez Cuenca
M.Sc. Economia Agrícola, Pesquisador da Embrapa
Tabuleiros CosteirosTel: 226-1333 E-mail: cuenca@cpatc.embrapa.br
Cristiano Campos NazárioEstudante de Economia - Universidade Federal de
Sergipe, Estagiário da Embrapa Tabuleiros CosteirosTel: 226-1333 E-mail: cristian@cpatc.embrapa.br
Autores
Sumário
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
Introdução
Aspectos conjunturais da milhocultura
Evolução da produção do milho no Estado de Sergipe de 1990 a 2001
Evolução da área colhida com milho no Estado de Sergipe de 1990 a 2001
Comportamento do rendimento físico do milho de 1990a 2001
Referências Bibliográficas
5
5
6
11
12
13
14
Introdução Analisa-se neste trabalho algumas características conjunturais da cultura do
milho, assim como a evolução da área colhida, da quantidade produzida e do
rendimento por hectare da cultura no estado de sergipe, avaliando as diferenças
e contribuições de cada município da região em relação ao estado como um
todo.
O milho em Sergipe é cultivado principalmente consorciado a outras culturas,
predominando o sistema de consórcio com feijão (CUENCA, 1999). O seu
cultivo é pouco tecnificado, devido ao fato de que a cultura é utilizada como
cultivo de subsistência pelos grupos familiares, com utilização de mão-de-obra
própria. Em virtude da sua descapitalização não conseguem contratar
trabalhadores fora da propriedade, e geralmente por falta de garantias reais, os
bancos não lhes concedem nenhum tipo de crédito agrícola (CUENCA,1997,
1998,2000).
No estado de Sergipe é indiscutível a importância do milho, sob o ponto de
vista alimentar, como alternativa econômica de exploração agrícola em
pequenas propriedades familiares e como atividade de ocupação da mão-de-
obra menos qualificada. Cuenca e Nazário (2002) mostraram que na região do
BSF/SE, 56% da área colhida com milho esta localizada em propriedades
menores que 10 ha, estrato esse que em 1996 concentrava 85% dos
estabelecimentos envolvidos com esta cultura na mencionada região. O milho
também gera renda e emprego em todas as demais regiões sergipanas, já que é
cultivável em todo o Estado, principalmente, em pequenas propriedades e
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipeentre 1990 e 2001.Manuel Alberto Gutiérrez CuencaCristiano Campos Nazário
06 A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
adapta-se facilmente aos diversos tipos de solo e clima existentes em Sergipe.
O milho ocupa o primeiro lugar no volume de produção de grãos no mundo. Em
2002 foram produzidas aproximadamente 602 milhões de toneladas,
movimentando-se no mercado internacional, aproximadamente, 70 milhões de
toneladas anuais.
A América do Norte/Central lidera a produção, gerarando no ano passado, mais
de 43% da produção mundial, a Ásia produziu 28%, a Europa gerou 12%, a
América do Sul respondeu por 10% e a África por 7% (FAO, 2003).
A área colhida, em 2002, foi de 138,9 milhões de hectares, dos quais 31%
localizaram-se no continente asiático, 29% na América do Norte e Central,
19% na África, 12% na América do Sul e 10% na Europa.
Em relação ao rendimento (Kg/ha), a liderança coube a América do Norte e
Central, onde a cultura chegou a produzir 6.492 kg/ha, a Oceania foi o outro
continente que com 5.758 kg/ha, também conseguiu ficar acima da média
mundial (4.427 kg/ha), os demais continentes conseguiram rendimentos
menores assim: Ásia (4.128 kg/ha), América do Sul (3.564 kg/ha), África
(2.998 kg/ha) e Europa (2.876 kg/ha) (FAO, 2003).
Os países com maior contribuição no referente à produção mundial em 2002
foram: Estados Unidos (41%), China (19%), Brasil (6%), México (3%); já
Argentina, Índia e África do Sul contribuíram com apenas 2% cada. Esses sete
países responderam naquele ano por aproximadamente 75% da produção
mundial de milho, cultura praticada em aproximadamente 135 países
(FAO,2003).
No Brasil existem atualmente 38 milhões de hectares plantados com lavouras
anuais, das quais aproximadamente 13 milhões de hectares são ocupadas com
milho, que é ao lado da soja um dos cultivos anuais com maior área cultivada
no país. A milhocultura é praticada em todo o território nacional, com a
utilização das mais variadas tecnologias. Estima-se que aproximadamente 20%
da produção seja destinada para o auto-consumo nas unidades produtoras. O
produto participa também em média, com 64% e 66% na composição da ração
destinada a avicultura e suinocultura, respectivamente.
Pela Tabela 1, conclui-se que, entre 1990 e 2001, o Brasil registrou um
Aspectos Conjunturais da Milhocultura
07
aumento de 97% na quantidade produzida de milho e uma expansão de
apenas 8% na área colhida. Esses percentuais denotam que o aumento na
quantidade produzida deveu-se principalmente à elevação do rendimento, o
qual teve um aumento de 82% no mesmo período. Isto deveu-se seguramente
ao papel desempenhado pelas novas tecnologias desenvolvidas pela pesquisa
agropecuária na área de melhoramento e manejo da cultura.
Tabela 1 - Produção, área e produtividade do milho no Brasil, 1990 a 2001.
Em 1990, 55% da produção do milho originava-se da região Sul, 25% originou-
se no Sudeste, 15% produziu-se no Centro-Oeste e apenas 3% foi produzido
nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente. Já em 2001 as participações
na produção nacional das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e
Norte foram de 54%, 20%, 20%, 4% e 2%, respectivamente. Manteve-se
portanto a supremacia da região Sul na geração da produção de milho,
registrando-se apenas uma pequena troca de participação entre as regiões
Sudeste e Centro-Oeste que registraram queda e aumento de 5%,
respectivamente, em relação a produção nacional.
Em 1990 os estados com maiores participações na produção nacional foram:
Paraná (24%), Minas Gerais (11%), Rio Grande do Sul (19%), Santa Catarina
(13%), São Paulo (13%), Goiás (9%), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
(3%,cada). Em 2001 o quadro de participação estadual na produção nacional
foi: Paraná (30%), Rio Grande do Sul (15%), São Paulo, Goiás e Minas Gerais
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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(10%, cada), Santa Catarina (9%), Mato Grosso do Sul (5%) e Mato Grosso
(4%).
A cultura no país é utilizada tanto em cultivo isolado, principalmente,
praticado com altos índices de mecanização e tecnologia, com uso de
sistemas de irrigação geralmente automatizados, encontrados principalmente
nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; ou também como cultura
intercalada, principalmente com feijão, podendo ser associada também com
outras culturas de ciclo curto tais como fumo, amendoim, inhame, mandioca,
etc., maximizando o uso da área por hectare e naturalmente aumentando as
possibilidades de obtenção de maior renda por unidade produtiva,
principalmente na nossa região, onde o milho é explorado geralmente em
áreas menores, que os módulos correntemente usados no Sul, Sudeste e
Centro-Oeste (IBGE, 1996).
É interessante observar que quanto maior o tamanho da propriedade, melhor
é a diluição dos custos fixos, sendo que, na safra 1999/2000, o custo médio
por saco numa propriedade de 150 ha resultou em US$ 5,40/saco e em US$
4,94/saco para área de 450 ha; Isto se justifica pelo fato de que a pequena
propriedade leva desvantagem, principalmente na diluição do custo fixo e o
investimento liquido por hectare, é o caso do impacto causado pelo custo da
mecanização que é maior na pequena propriedade, pois pelo fato de não
compensar adquirir uma colheitadeira automotriz, o pequeno produtor tem o
custo adicional do aluguel da máquina (AGRIANUAL, 2000).
A forma de exploração e os níveis de tecnologia aplicados é determinante na
geração de receita por unidade de área explorada. Em 2001 a média de
rentabilidade pela milhocultura no Brasil foi de R$ 512,16/ha; na região
Nordeste foi de R$ 185,08/ha; no Sudeste o valor foi gerado por ha foi de
R$ 562,71/ha e na região Sul esse valor chegou a R$ 628,40/ha.
Apesar da média de rentabilidade no Nordeste ficar muito abaixo da média
brasileira, encontramos estados que conseguem médias acima da regional,
como é o caso de Bahia que atingiu os R$ 342,60/ha. Sergipe com R$
206,66/ha conseguiu superar os estados do Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio
Grande do Norte e Pernambuco, que apenas conseguiram R$ 196,51/ha, R$
113,22/ha, 105,55/ha, R$ 52,62 e R$ 48,88/ha respectivamente, em 2001.
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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Os produtores brasileiros de milho sofrem a cada ano, em função do aumento
significativo dos custos de produção. Eles tem a desvantagem de não ter o
preço de venda formado em dólar, como no caso da soja, enquanto os insumos
utilizados são regidos pela variação cambial.
Por outro lado, a desvalorização cambial, ocorrida a finais de 1998, beneficiou
indiretamente os produtores de milho, já que no curto prazo, devido à mudança
do cenário econômico provocada pela desvalorização cambial do Real, os
setores da produção animal, grandes consumidores de rações preparadas a base
do milho, aumentaram a demanda de rações para aumentar as exportações de
carne.
Os preços pagos aos produtores de milho, no período entre 1993 e 2001,
apresentaram quedas constantes, assim a autosustentabilidade do produtor de
milho como da maioria dos agricultores brasileiros é muito delicada, pois como
pode ser observado na Tabela 2, os preços, em algumas regiões, chegaram a
cair mais da metade, em comparação aos existentes em 1993, como foi o caso
da região Sudeste (São Paulo), onde registrou-se queda de 47%, no Paraná
caíram 42%, em Goiás declinaram 42% e no Rio Grande do Sul a diminuição foi
de 41%.
Tabela 2. Média** dos preços pagos ao produtor de milho nas principais regiões produtoras do país 1990 a 1999 US$/saca de 60 kg
Com as mudanças na moeda Argentina ocorridas no ano de 2001, as
importações de milho ficaram mais acessíveis e baratas, isso fez com que os
preços internos caíssem naquele ano.
Já no último biênio (2001/2002) houve uma recuperação nos preços pagos ao
produtor, isto deveu-se ao desequilíbrio entre oferta e demanda ocasionado
pela redução de área das safras de verão a partir de 2001 e a quebra da
safrinha de 2001/02, devido a problemas climáticos nos principais estados
produtores. Outro fator de melhoria nos preços pagos ao produtor, nesse
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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biênio, foi o aumento na demanda de grãos por parte da avicultura e
suinocultura, que em 2002, responderam por 52% e 32% do total do consumo
animal de milho, respectivamente. Por outro lado a desvalorização do real
perante o dólar influenciou duplamente o mercado do milho em primeiro lugar,
impedindo a importação, principalmente da Argentina de onde vieram
1.516.325 toneladas em 2000 e apenas 24.931 toneladas em 2002. Em
segundo lugar, o alto valor do dólar estimulou as exportações chegando a 5,63
milhões de toneladas em 2001. Para 2002, previa-se exportações
insignificantes, devido ao pouco saldo da safra 2001, mas o total de 1,53
milhões de toneladas, exportadas nos primeiros 7 meses de 2002, contrariou
totalmente as previsões iniciais. A grande quantidade das exportações, somado a à redução de área plantada (1 Safra) a partir da safra 2000/2001, devido à
ampliação do plantio de Soja, seguramente trará problemas de abastecimento
em 2003, consequentemente elevando os preços do produto no início desse
ano. Isto pode propiciar oportunidade de melhores ganhos aos produtores da
segunda safra, assim como aos produtores nordestinos, que fazem seus
plantios coincidindo com a segunda safra do Sul, Sudeste.
Como dito anteriormente, em situações de desequilíbrio entre oferta e demanda,
como foi o caso da safra 2000/2001, os preços internos do milho ficam acima
dos da paridade internacional, o que não acontece com os produtos destinados
ao mercado internacional, como a soja. Assim os produtores de milho terão
uma espécie de reserva de mercado, pois como as despesas de importação são
altas (fretes, taxas, cambio etc.) o produto importado, posto na indústria custa
aproximadamente US$7,00/saca resultando muito acima do preço pago ao
produtor brasileiro, podendo este subir até o limite do mencionado preço de
importação.
A médio e longo prazo a preocupação mundial de produzir bioenergia, como o
caso do estímulo dado nos Estados Unidos para a fabricação de álcool de milho,
a ser utilizado como aditivo natural nos combustíveis para veículos, trará, com
certeza, modificações no mercado internacional de milho, favorecendo as
exportações brasileiras nos próximos anos.
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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Evolução da produção de milho no estado de sergipe de 1990 a 2001
O Estado de Sergipe, segundo dados do IBGE, produziu uma média de 26.781
toneladas de milho nos primeiros três anos da década de 90 (1990/1992),
aumentando sua produção para uma média em torno de 83.957 toneladas nos
últimos três anos da década (1998/2000). A milhocultura é de fundamental
importância na sobrevivência da agricultura familiar sergipana, encontra-se
presente na totalidade dos municípios do nosso Estado, ainda que em alguns
municípios sua presença seja inexpressiva (Tabela 3). O município de Simão
Dias aparece, em 2002, como principal produtor estadual, produzindo neste
ano por volta de 12.960 toneladas, todavia no inicio da década sua produção
era inexpressiva, apresentando somente 216 toneladas. Em seguida temos
Ribeirópolis, o qual passou de 1.247 toneladas em 1990 para cerca de 4.575
toneladas de milho em 2001. Macambira aparece em terceiro lugar, com
produção de 2.520 toneladas em 2001, aumentado bastante a sua produção,
visto que em 1990 produzia somente 405 toneladas. Simão Dias participava no
total estadual com 28% de toda a produção com a cultura em 2001, se
tornando o município mais representativo da cultura, pois no ano de 1990 sua
contribuição chegava a apenas 1%. Ribeirópolis participa com 10%,
apresentando evolução na participação, já que em 1990 esse município
contribuía com 7%. Macambira concentra cerca de 5% da produção no ano
2001, mantendo-se constante até 1995, para em seguida evoluir. Esse três
municípios contribuem com 43% de toda a produção estadual, situando-se
basicamente no semi-árido sergipano.
A produção pertencente a todos os municípios sofreu variações positivas no
decorrer da mencionada década. Simão Dias evoluiu sua produção em 5.900%
no período de 1990 a 2001, tendo como principal biênio evolutivo 1993/1994
(1706%), tendo como pior biênio o anterior 1992/1993, o qual caiu 81%. O
município de Macambira teve uma evolução de 522% no período analisado,
tendo como principal biênio 1993/1994 (1150%) e como biênio menos
expressivo 1991/1992 (-77%). Ribeirópolis apresentou um aumento de 267%
na produção de milho no período analisado, ficando no biênio de 1993/1994
com um aumento de 1400% e em 1991/1992 com uma diminuição de 81%.
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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Frei Paulo teve uma evolução de 57% no período em estudo, sendo que o seu
melhor biênio foi 1993/1994 (5900%) e o pior 1992/1993 (-93%). Carira teve
sua evolução entre 1990 e 2001 de somente 6%, sendo seu pior biênio o de
1992/1993 (-95%) e o melhor 1993/1994 (15456%). As médias de evolução
para cada município estudado ficou da seguinte forma: Carira (1411%), Frei
Paulo (559%), Poço Verde (13021%), Simão Dias (193%), Macambira
(118%) e Ribeirópolis (136%).
No Estado de Sergipe existiam, em 1990, segundo dados estatísticos do IBGE,
em torno de 29.798 hectares, aumentando em 2000 para cerca de 78.488
hectares, para no ano seguinte diminuir para 54.114 hectares, registrando
uma diminuição de 45% de 2000 para 2001 (Tabela 4). No período em
estudo, o milho concentrava quase a metade de sua área (47%) em apenas 6
dos 75 municípios localizados no Estado de Sergipe. Poço Verde foi o que, em
2000, obteve a maior concentração de área (23%) dos municípios estudados,
passando de 275 ha em 1990 para 18000 há em 2000, perdendo posição no
ano seguinte, caindo bruscamente para apenas 6%. Simão Dias concentrava,
em 2000, 12% da área plantada, passando a ser o maior concentrador de área
em 2001 (22%). Frei Paulo e Lagarto participavam com 5% de concentração
de área, cada um. A média da concentração de área ficou da seguinte forma:
Simão Dias e Poço verde ficaram com 11%, cada um; Lagarto obteve 4% de
média; Frei Paulo e Ribeirópolis 3%, cada um e Macambira ficou com apenas
2%.
No período compreendido entre 1990 e 2001, todos os municípios analisados
apresentaram evoluções positivas em suas áreas com milho, merecendo
destaque o município de Poço Verde, o qual terminou o período com uma
evolução de 1100%. Simão Dias ficou com um crescimento de 900% na área
colhida. Ribeirópolis, Frei Paulo, Macambira e Lagarto demonstraram os
seguintes porcentuais de evolução: 69%, 107%, 208% e 250%,
respectivamente. As médias de evolução na área colhida ficou da seguinte
Evolução da área colhida com milho no estado de sergipe de 1990 a 2001
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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maneira: Poço Verde (797%), Frei Paulo (71%), Simão Dias (51%), Macambira
(38%), Ribeirópolis (32%) e Lagarto (14%).
Analisou-se também os principais biênios com evolução de área, destacando os
pontos máximos e mínimos de cada município. Poço Verde teve no biênio de
1991/1992 o seu pior desempenho, caindo cerca de 75% e em 1993/1994
localiza-se o seu apogeu 8400%. Simão Dias começou bem a década, pois no
biênio de 1990/1991 sua área aumentou 297%, caindo 57% no biênio
1992/1993. Frei Paulo apresentou o seu melhor biênio em 1993/1994 (650%),
caindo em 1992/1993 (78%). Macambira diminuiu sua área colhida no biênio
de 1992/1993 (50%) e aumentou em 400% no biênio subsequente
1993/1994, Lagarto no biênio de 1991/1992 aumentou 89% sua área e em
1993/1994 caiu 16% e Ribeirópolis também aumentou 400% no biênio
1993/1994 e queda de 60% em 1992/1993.
O comportamento do rendimento do milho nos diferentes municípios do estado
de Sergipe teve influência, ao longo da década de 90, dos mesmos problemas
verificados quando da análise sobre a evolução da quantidade e área colhida no
Brasil. Agregando-se àqueles a falta de incentivos governamentais que
possibilitasse a renovação dos milharais e ainda os preços baixos pagos pelo
produto no início dos anos 90.
Nem sempre os maiores produtores são os que possuem o maior rendimento por
hectare, como é o caso de Poço Verde, que em 2000 foi considerado o maior
produtor, obtendo rendimento menor que os demais municípios analisados. No
biênio de 1990/1991 quase todos os municípios analisados apresentaram
aumento de produtividade. Poço Verde evoluiu seu rendimento em 100%,
Pinhão e Frei Paulo aumentaram em 75%, Carira apresentou o maior porcentual
em relação aos municípios analisados 167%, entretanto o único município que
não evoluiu foi Simão Dias, permanecendo seu rendimento constante nos anos
de 1990 e 1991. O rendimento médio dos municípios ficou na seguinte ordem
de escala: Poço Verde (188%), Frei Paulo (58%), Carira (53%), Simão Dias
(46%) e Pinhão apareceu com a menor média do período (34%) (Tabela 5).
A evolução do rendimento no período analisado apresentou diferenças, pois dois
dos seis municípios analisados decaíram bastante em rendimento. O município
Comportamento do rendimento físico do milho de 1990 a 2001
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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de Simão Dias foi o que apresentou maior evolução da produtividade no
período analisado, ficando com um aumento de 500%, Ribeirópolis apresentou
uma evolução de 117%, Carira ficou com o porcentual evolutivo de apenas
1%. Somente os municípios de Poço Verde e Frei Paulo ficaram com
decréscimo de produtividade, com queda de 67% e 24%, respectivamente. Os
principais biênios de evolução do rendimento ficaram da seguinte forma: Simão
Dias teve o seu pico máximo de evolução em 1992/1993 (400%) e o mínimo
em 1991/1992 (-54%), Ribeirópolis apresentou o biênio de 1991/1992 como o
de queda da produtividade -66% e o de aumento foi o de 1993/1994 (200%).
O município de Frei Paulo decaiu seu rendimento em 67% no biênio de
1992/1993, para em 1993/1994 obter uma ganho de 700%. Carira
demonstrou queda significativa no biênio de 2000/2001 (60%), ficando com
biênio de aumento apenas em 1993/1994 (567%).
A evolução média dos municípios foi representado da seguinte forma: Poço
Verde ficou com média de 188%, Frei Paulo (58%), Carira (53%), Simão Dias
(46%) e Ribeirópolis (26%).
CUENCA, M.A.G e NAZÁRIO, C.C. A cultura do milho no Baixo São Francisco
sergipano - Aspectos conjunturais e sua evolução na década de 90.
CUENCA, M.A.G. Diagnóstico agrossocioeconômico da agropecuária no município da Barra dos Coqueiros. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1998. 9p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Comunicado Técnico 20).
CUENCA, M.A.G. Evolução da Ocupação Agrícola de Sergipe 1975-1995: Distribuição Espacial das Principais Lavouras e Pastagens por Município. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1999. 67p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos 9).
CUENCA, M.A.G. Perfil Caracterização agrossocioeconômica dos produtores de coco do município de Pacatuba- SE. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 1997. 6p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Pesquisa em Andamento 50).
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Referências Bibliográficas
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
15
CUENCA, M.A.G. Perfil agrossocioeconômico dos produtores de coco do município de caucaia- CE. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2000. 23p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Documentos 15).
PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL - IBGE. Rio de Janeiro: IBGE - Sistema IBGE de recuperação automática SIDRA. Disponível: http://www.ibge.gov.br consultado 10-02-2003.
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
16Tabela 3 - Quantidade(toneladas) produzida de milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.
Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Amparo de São Fco. 91 105 60 38 112 90 36 45 45 45 44 43
Aquidabã 525 700 250 240 1.125 1.215 810 900 1.080 1.020 1.428 1.366
Aracaju 8 7 10 2 5 4 5 8 7 4 5 5
Arauá 53 54 44 57 97 110 92 57 128 96 112 84
Areia Branca 114 158 118 156 130 210 154 120 160 154 175 172
Barra dos Coqueiros 9 9 10 7 14 15 305 25 33 22 35 36
Boquim 86 103 122 106 95 88 112 123 99 86 92 71
Brejo Grande - - - - - - - 4 4 4 4 4
Campo do Brito 123 198 120 198 218 325 300 144 144 189 189 192
Canhoba 315 378 216 50 224 540 180 198 168 220 218 214
Canindé de São Fco. 530 2.255 705 921 3.639 2.835 3.965 3.390 50 440 325 402
Capela 330 490 136 120 560 560 525 560 448 600 720 1.200
Carira 1.039 3.564 980 45 7.000 3.500 6.653 4.410 5.800 10.395 6.000 1.098
Carmópolis 17 36 29 32 41 38 18 51 40 52 69 64
Cedro de São João 90 91 60 44 108 121 54 63 72 63 62 61
Cristinápolis 177 119 103 117 92 113 104 73 228 166 200 152
Cumbe 175 315 63 84 270 315 400 400 238 320 360 450
Divina Pastora 4 32 8 13 12 15 36 50 98 133 170 170
Estância 74 71 71 98 80 93 84 56 111 98 107 77
Feira Nova 150 1.260 90 8 1.100 700 1.300 1.430 1.440 1.690 2.080 1.872
Frei Paulo 1.069 1.975 540 40 2.400 1.760 9.504 5.040 6.900 9.504 5.250 1.680
Gararu 1.540 2.688 140 9 4.700 4.440 5.600 4.800 880 3.080 1.560 1.000
General Maynard 6 15 29 23 27 25 25 29 42 34 43 42
Gracho Cardoso 420 700 88 10 680 720 720 900 510 960 1.200 560
Ilha das Flores 2 5 5 5 21 15 8 12 15 12 12 10
Indiaroba 71 67 65 108 121 140 119 62 114 104 115 93
Itabaiana 316 315 236 346 400 448 480 200 240 220 230 240
Itabaianinha 130 106 88 99 87 104 93 66 210 165 187 126
Itabi 420 672 72 6 752 700 840 960 400 780 660 630
Itaporanga d'Ajuda 88 70 68 95 83 95 87 47 88 83 90 69
Japaratuba 300 144 191 156 182 130 101 166 179 192 174 213
Japoatã 120 162 108 50 196 90 105 96 108 288 426 397
Lagarto 458 541 1.096 912 1.264 1.320 1.530 1.805 1.782 1.599 2.000 1.666
Laranjeiras 47 41 51 34 40 36 110 66 74 75 77 84
Macambira 405 1.039 240 120 1.500 1.440 3.000 2.025 3.150 4.118 2.635 2.520
Malhada dos Bois 175 196 108 60 171 135 90 81 100 121 119 110
Malhador 104 130 59 65 144 120 144 64 72 80 133 91
Maruim 29 50 32 45 36 50 9 60 43 52 51 56
Moita Bonita 198 174 120 162 247 184 240 108 130 130 188 208Monte Alegre de
Sergipe 250 3.420 50 10 4.700 5.160 5.600 5.200 700 4.340 2.016 630
Muribeca 175 140 98 54 108 135 108 117 130 130 128 128
Neópolis 60 90 78 78 180 210 180 161 288 270 267 265Nossa Senhora
Aparecida 1.604 2.970 300 10 2.400 2.100 6.000 3.300 3.750 4.900 5.600 1.345
Nossa Sa. da Glória 360 4.703 120 30 6.200 6.000 6.860 6.175 1.808 6.720 3.640 1.320
Nossa Sa. das Dores 420 840 180 250 1.080 720 810 900 512 800 850 960
Nossa Sa. de Lourdes 245 405 50 5 600 400 540 500 200 600 720 360
Nossa Sa. do Socorro 49 41 70 49 38 46 44 75 66 76 68 64
Pacatuba 26 39 30 27 77 160 150 135 135 136 134 132
Pedra Mole 62 190 28 20 576 576 1.782 496 800 675 750 192
Pedrinhas 43 48 58 48 63 68 81 81 69 52 56 45
Pinhão 903 1.802 240 120 3.000 2.400 6.000 2.660 4.080 10.692 6.201 960
Pirambu 42 61 51 24 26 20 9 50 45 44 40 50
Poço Redondo 380 3.400 120 56 7.140 5.360 5.800 6.300 840 1.500 540 468
Poço Verde 25 306 70 3 4.250 1.084 9.900 14.250 14.850 24.750 15.300 99
Porto da Folha 600 5.600 250 60 8.075 7.200 7.500 6.750 680 2.880 1.170 735
Propriá 438 396 98 255 542 495 684 564 785 810 630 628
Riachão do Dantas 400 673 579 480 948 984 1.080 1.235 1.386 696 720 476
Riachuelo 23 22 23 13 19 23 38 75 94 92 81 119
Ribeirópolis 1.247 2.138 400 160 2.400 2.576 6.000 2.420 3.360 2.450 3.975 4.575
Rosário do Catete 45 130 32 32 36 50 50 66 58 68 60 70
Salgado 143 171 213 182 316 336 414 475 416 280 400 309
Santa Luzia do Itanhy 88 79 62 81 123 151 110 59 110 97 106 80
Santa Rosa de Lima - - - 27 108 102 80 72 72 72 71 69
Santana do São Fco. 83 144 159 117 112 98 65 116 128 154 134 142
Santo Am das Brotas 46 92 140 86 64 98 46 141 133 146 150 170
São Cristóvão 51 58 57 63 43 66 77 149 166 157 153 138
São Domingos 98 171 213 182 347 240 288 285 277 182 240 190
São Francisco 21 31 28 27 72 42 22 36 36 36 28 27
São Miguel do Aleixo 368 832 120 45 1.350 1.260 4.000 2.376 2.880 3.500 4.372 732
Simão Dias 216 857 1.663 324 5.850 4.968 6.300 6.745 6.930 11.200 8.550 12.960
Siriri 60 168 48 40 120 140 140 140 136 128 153 414
Telha 90 90 60 60 126 117 90 90 90 96 29 28
Tobias Barreto 10 97 12 - 475 617 882 1.093 1.584 1.710 1.600 72
Tomar do Geru 59 63 62 71 55 78 90 48 294 278 284 164
Umbaúba 71 73 68 84 76 97 87 64 111 104 170 82
TOTAL SE 90 A 2001 18609 49375 12361 7854 79668 67016 109845 92093 73429 118215 86931 46.726
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
17Tabela 4 - Área colhida(ha) com milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.
Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Amparo de São Fco. 130 150 100 70 140 90 50 50 50 50 49 48
Aquidabã 750 1.000 500 400 1.250 1.350 900 900 900 850 1.190 1.188
Aracaju 12 12 15 4 8 7 8 10 8 5 6 8
Arauá 90 92 75 85 180 170 154 114 212 161 188 142
Areia Branca 190 200 150 130 130 150 130 120 100 110 113 111
Barra dos Coqueiros 15 15 15 12 21 25 470 30 40 30 40 55
Boquim 150 180 200 220 120 110 125 130 100 108 115 120
Brejo Grande - - - - - - - 5 5 5 5 5
Campo do Brito 207 250 200 180 220 250 250 180 120 135 138 140
Canhoba 450 540 300 100 320 450 200 180 200 200 198 195
Canindé de São Fco. 615 4.150 650 680 4.320 3.030 3.050 3.300 100 600 300 440
Capela 550 700 340 300 800 700 750 700 560 750 800 1.200
Carira 1.750 2.250 1.400 150 3.500 1.750 2.800 3.150 2.900 3.500 4.000 1.830
Carmópolis 30 50 45 50 67 60 30 62 50 70 80 92
Cedro de São João 150 130 100 80 120 110 60 70 80 70 69 68
Cristinápolis 300 202 175 173 175 175 175 137 379 280 336 255
Cumbe 350 450 210 210 450 450 500 500 340 400 450 450
Divina Pastora 8 45 12 20 18 23 49 60 120 180 200 250
Estância 125 120 120 145 150 154 140 112 187 166 182 131
Feira Nova 300 1.500 180 40 1.100 700 1.000 1.100 1.200 1.300 1.600 1.440
Frei Paulo 1.350 1.425 900 200 1.500 800 3.200 3.150 3.000 3.200 3.500 2.800
Gararu 2.200 3.200 280 30 5.000 3.700 4.000 4.000 1.100 2.200 1.300 1.000
General Maynard 10 25 45 35 42 40 40 35 50 45 50 60
Gracho Cardoso 700 1.000 220 50 850 800 600 900 510 800 1.000 560
Ilha das Flores 5 10 10 10 30 20 10 15 20 15 15 13
Indiaroba 120 114 110 160 230 225 200 124 191 176 194 156
Itabaiana 400 450 400 350 400 320 400 250 200 220 230 240
Itabaianinha 220 180 150 147 165 163 155 132 348 277 315 212
Itabi 600 700 120 30 800 700 700 800 500 650 550 630
Itaporanga d'Ajuda 150 118 115 140 160 155 145 93 148 140 152 117
Japaratuba 250 200 300 240 280 200 160 200 210 250 200 300
Japoatã 200 270 180 100 280 150 150 120 150 270 368 346
Lagarto 800 950 1.800 1.900 1.600 1.650 1.700 1.900 1.800 1.950 2.500 2.800
Laranjeiras 67 67 80 63 65 55 85 80 90 100 90 120
Macambira 585 750 400 200 1.000 800 1.500 1.350 1.500 1.600 1.700 1.800
Malhada dos Bois 250 280 150 100 190 150 100 90 100 110 108 107
Malhador 150 140 100 90 120 100 120 80 60 80 85 91
Maruim 50 70 50 70 55 80 15 73 50 70 60 80
Moita Bonita 250 220 200 180 250 153 200 120 100 130 130 130
Monte Aleg. de Sergipe 500 3.800 100 50 4.700 4.300 4.000 4.000 1.000 3.100 1.680 700
Muribeca 250 200 140 100 150 150 120 130 130 130 128 128
Neópolis 100 150 130 130 300 350 300 230 320 300 297 294
Nossa Sa. Aparecida 2.700 2.500 1.000 100 2.000 1.500 3.000 3.000 2.500 3.500 4.000 2.241
Nossa Sa. da Glória 600 5.225 240 150 6.200 5.000 4.900 4.750 2.260 4.800 2.800 1.320
Nossa Sa. das Dores 700 1.200 360 500 1.200 900 900 1.000 640 800 850 800
Nossa Sa. de Lourdes 350 450 100 25 600 400 450 500 200 500 600 360
Nossa Sa. do Socorro 70 150 110 75 60 75 70 90 80 100 80 90
Pacatuba 40 60 50 50 110 200 200 180 180 170 167 165
Pedra Mole 90 120 70 50 320 360 600 450 400 450 500 320
Pedrinhas 76 85 95 100 80 85 90 85 70 65 70 75
Pinhão 1.140 1.300 600 300 1.500 1.200 2.500 1.900 1.700 3.600 3.900 1.600
Pirambu 60 85 80 52 40 30 14 60 55 60 50 70
Poço Redondo 950 6.800 300 280 8.400 6.700 5.800 7.000 1.200 2.500 550 610
Poço Verde 275 1.700 425 100 8.500 8.958 11.000 15.000 15.000 16.500 18.000 3.300
Porto da Folha 1.200 8.000 500 300 9.500 8.000 7.500 7.500 1.360 3.200 1.300 1.050
Propriá 220 250 70 166 340 310 410 380 490 480 380 378
Riachão do Dantas 700 850 950 1.000 1.200 1.230 1.200 1.300 1.400 870 900 800
Riachuelo 36 36 36 20 28 35 60 90 115 120 100 170
Ribeirópolis 1.800 1.800 1.000 400 2.000 1.610 2.500 2.200 2.400 2.450 2.650 3.050
Rosário do Catete 80 180 50 45 55 80 65 80 70 90 70 100
Salgado 250 300 350 380 400 420 460 500 420 400 500 520
Santa Luzia do Itanhy 150 134 105 120 235 245 185 117 182 162 178 134
Santa Rosa de Lima - - - 45 150 120 100 90 90 80 79 77
Santana do São Fco. 150 200 250 180 170 150 100 140 160 200 160 200
Santo Am das Brotas 80 150 220 150 95 150 75 170 160 190 170 260
São Cristóvão 75 77 90 90 65 100 120 180 190 210 180 200
São Domingos 172 300 350 380 350 300 320 300 280 260 300 320
São Francisco 30 45 40 50 80 50 25 40 40 40 30 28
São Miguel do Aleixo 620 700 300 150 900 840 2.000 1.980 1.800 2.500 2.750 1.220
Simão Dias 1.200 4.760 4.200 1.800 6.500 6.460 7.000 7.100 7.000 8.000 9.500 12.000
Siriri 120 280 120 100 200 200 200 200 170 160 170 460
Telha 150 150 100 100 180 130 100 100 100 100 30 30
Tobias Barreto 115 540 70 - 950 880 980 1.150 1.600 1.900 2.000 900
Tomar do Geru 100 106 105 105 105 120 150 95 486 467 478 276
Umbaúba 120 124 115 125 145 150 145 128 184 174 285 138
TOTAL SE 90 A 2001 29798 65012 23218 14912 83914 71803 81960 86637 62210 79881 78488 54.114
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
18Tabela 5 - Rendimento(kg/ha) do milho no Estado de sergipe de 1990 a 2001.
Municipios 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Média
Amparo de São Fco. 700 700 600 542 800 1.000 720 900 900 900 897 896 796
Aquidabã 700 700 500 600 900 900 900 1.000 1.200 1.200 1.200 1150 912
Aracaju 666 583 666 500 625 571 625 800 875 800 833 625 681
Arauá 588 586 586 670 538 647 597 500 603 596 595 592 591
Areia Branca 600 790 786 1.200 1.000 1.400 1.184 1.000 1.600 1.400 1.548 1550 1171
Barra dos Coqueiros 600 600 666 583 666 600 648 833 825 733 875 655 690
Boquim 573 572 610 481 791 800 896 946 990 796 800 592 737
Brejo Grande - - - - - - - 800 800 800 800 800 800
Campo do Brito 594 792 600 1.100 990 1.300 1.200 800 1.200 1.400 1.369 1371 1060
Canhoba 700 700 720 500 700 1.200 900 1.100 840 1.100 1.101 1097 888
Canindé de São Fco. 861 543 1.084 1.354 842 935 1.300 1.027 500 733 1.083 914 931
Capela 600 700 400 400 700 800 700 800 800 800 900 1000 717
Carira 593 1.584 700 300 2.000 2.000 2.376 1.400 2.000 2.970 1.500 600 1502
Carmópolis 566 720 644 640 611 633 600 822 800 742 862 696 695
Cedro de São João 600 700 600 550 900 1.100 900 900 900 900 898 897 820
Cristinápolis 590 589 588 676 525 645 594 532 601 592 595 596 594
Cumbe 500 700 300 400 600 700 800 800 700 800 800 1000 675
Divina Pastora 500 711 666 650 666 652 734 833 816 738 850 680 708
Estância 592 591 591 675 533 603 600 500 593 590 587 588 587
Feira Nova 500 840 500 200 1.000 1.000 1.300 1.300 1.200 1.300 1.300 1300 978
Frei Paulo 791 1.385 600 200 1.600 2.200 2.970 1.600 2.300 2.970 1.500 600 1560
Gararu 700 840 500 300 940 1.200 1.400 1.200 800 1.400 1.200 1000 957
General Maynard 600 600 644 657 642 625 625 828 840 755 860 700 698
Gracho Cardoso 600 700 400 200 800 900 1.200 1.000 1.000 1.200 1.200 1000 850
Ilha das Flores 400 500 500 500 700 750 800 800 750 800 800 769 672
Indiaroba 591 587 590 675 526 622 595 500 596 590 592 596 588
Itabaiana 790 700 590 988 1.000 1.400 1.200 800 1.200 1.000 1.000 1000 972
Itabaianinha 590 588 586 673 527 638 600 500 603 595 593 594 591
Itabi 700 960 600 200 940 1.000 1.200 1.200 800 1.200 1.200 1000 917
Itaporanga d'Ajuda 586 593 591 678 518 612 600 505 594 592 592 590 588
Japaratuba 1.200 720 636 650 650 650 631 830 852 768 870 710 764
Japoatã 600 600 600 500 700 600 700 800 720 1.066 1.157 1147 766
Lagarto 572 569 608 480 790 800 900 950 990 820 800 595 740
Laranjeiras 701 611 637 539 615 654 1.294 825 822 750 855 700 750
Macambira 692 1.385 600 600 1.500 1.800 2.000 1.500 2.100 2.573 1.550 1400 1475
Malhada dos Bois 700 700 720 600 900 900 900 900 1.000 1.100 1.101 1028 879
Malhador 693 928 590 722 1.200 1.200 1.200 800 1.200 1.000 1.564 1000 1008
Maruim 580 714 640 642 654 625 600 821 860 742 850 700 702
Moita Bonita 792 790 600 900 988 1.202 1.200 900 1.300 1.000 1.446 1600 1060
Monte Alegre de Sergipe 500 900 500 200 1.000 1.200 1.400 1.300 700 1.400 1.200 900 933
Muribeca 700 700 700 540 720 900 900 900 1.000 1.000 1.000 1000 838
Neópolis 600 600 600 600 600 600 600 700 900 900 898 901 708
Nossa Senhora Aparecida 594 1.188 300 100 1.200 1.400 2.000 1.100 1.500 1.400 1.400 600 1065
Nossa Sa. da Glória 600 900 500 200 1.000 1.200 1.400 1.300 800 1.400 1.300 1000 967
Nossa Sa. das Dores 600 700 500 500 900 800 900 900 800 1.000 1.000 1200 817
Nossa Sa. de Lourdes 700 900 500 200 1.000 1.000 1.200 1.000 1.000 1.200 1.200 1000 908
Nossa Sa. do Socorro 700 273 636 653 633 613 628 833 825 760 850 711 676
Pacatuba 650 650 600 540 700 800 750 750 750 800 802 800 716
Pedra Mole 688 1.583 400 400 1.800 1.600 2.970 1.102 2.000 1.500 1.500 600 1345
Pedrinhas 565 564 610 480 787 800 900 952 985 800 800 600 737
Pinhão 792 1.386 400 400 2.000 2.000 2.400 1.400 2.400 2.970 1.590 600 1528
Pirambu 700 717 637 461 650 666 642 833 818 733 800 714 698
Poço Redondo 400 500 400 200 850 800 1.000 900 700 600 981 767 675
Poço Verde 90 180 164 30 500 121 900 950 990 1.500 850 30 525
Porto da Folha 500 700 500 200 850 900 1.000 900 500 900 900 700 713
Propriá 1.990 1.584 1.400 1.536 1.594 1.596 1.668 1.484 1.602 1.687 1.657 1661 1622
Riachão do Dantas 571 791 609 480 790 800 900 950 990 800 800 595 756
Riachuelo 638 611 638 650 678 657 633 833 817 766 810 700 703
Ribeirópolis 692 1.187 400 400 1.200 1.600 2.400 1.100 1.400 1.000 1.500 1500 1198
Rosário do Catete 562 722 640 711 654 625 769 825 828 755 857 700 721
Salgado 572 570 608 478 790 800 900 950 990 700 800 594 729
Santa Luzia do Itanhy 586 589 590 675 523 616 594 504 604 598 595 597 589
Santa Rosa de Lima - - - 600 720 850 800 800 800 900 898 896 807
Santana do São Fco. 553 720 636 650 658 653 650 828 800 770 837 710 705
Santo Am das Brotas 575 613 636 573 673 653 613 829 831 768 882 654 692
São Cristóvão 680 753 633 700 661 660 641 827 873 747 850 690 726
São Domingos 569 570 608 478 991 800 900 950 989 700 800 594 746
São Francisco 700 688 700 540 900 840 880 900 900 900 933 964 820
São Miguel do Aleixo 593 1.188 400 300 1.500 1.500 2.000 1.200 1.600 1.400 1.589 600 1156
Simão Dias 180 180 395 180 900 769 900 950 990 1.400 900 1080 735
Siriri 500 600 400 400 600 700 700 700 800 800 900 900 667
Telha 600 600 600 600 700 900 900 900 900 960 966 933 797
Tobias Barreto 86 179 171 - 500 701 900 950 990 900 800 80 569
Tomar do Geru 590 594 590 676 523 650 600 505 604 595 594 594 593
Umbaúba 591 588 591 672 524 646 600 500 603 597 596 594 592
A cultura do milho: aspectos conjunturais e sua evolução no Estado de Sergipe entre 1990 e 2001
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