Post on 10-Nov-2018
Novas Tendências em Limpeza de Endoscópios
Maria Águida Cassola & Kelly Bergonzi
9° Curso de Enfermagem em Endoscopia Gastrointestinal - SOBEEG
DETERGENTES ALCALINOS
O por quê dessa tendência
Formulação
Compatibilidade
Prática de Uso
Como avaliar os resultados
Acupac.clom
Olympus*
Biofilmes
Artigo: A study of the efficacy of bacterial biofilm cleanout for gastrointestinal
endoscopes Ying Fang, Zhe Shen, Lan Li, Yong Cao, Li-Ying Gu, Qing Gu, Xiao-Qi Zhong, Chao-Hui Yu, You-Ming Li World J Gastroenterol 2010 February 28; 16(8): 1019-1024 ,ISSN 1007-9327
Tempo de lavagem
Tempo de enxágue
Estabilidade de Enzimas
FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino
• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH
Alcalinizantes
• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado
Tensoativos
Não Iônicos
SURFACTANTES
Surfactantes são tensoativos que:
• Diminuem a tensão superficial da água, logo, o agente de limpeza terá um efeito melhor.
Quanto menor a tensão superficial,
melhor o efeito de limpeza!
Sem surfactante Surfactant e1 Surfactant e2
SURFACTANTES
Efeito positivo: • Água „mais molhada“ que penetra sob a superfície
dos debris. Bom transporte de sujeira; • Diminui formação de espuma; • Maior proteção do material; • Potencializa efeitos limpeza; Não-iônicos: • “Environmental friendly”, que prometem limpar sem
agredir o meio ambiente.
Fonte: Revista H&C - Household & Cosméticos. Ano v n°24. Março/ Abril, 2004. Disponível em:http://www.freedom.inf.br/revista/HC24/household.asp
EFEITOS DA LIMPEZA Detergentes Alcalinos
Efeito de limpeza de um detergente alcalino sem nenhum surfactante
Fotos cedidas pela Enfa. Petra Labonte (experiência prática – Alemanha).
EFEITOS DA LIMPEZA – DETERGENTES ALCALINOS
Fotos cedidas pela Enfa. Petra Labonte (experiência prática – Alemanha).
FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino
• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH
Alcalinizantes
• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado
Tensoativos
Não Iônicos
•Ácido Metil Glicina Diacético Trissódico
•Ácido cumenesulfônico Sódico
Quelantes e
Agentes Dispersantes
•Éster de ácido Fosfórico •Ácido de Éster Hidroxibenzóico •Fenoxietanol
Antioxidantes
Conservantes
AGENTES QUELANTES
São agentes que:
- Sequestram íons de água dura (cálcio e magnésio) e os mantém em suspensão;
- Previne que estes íons se redepositem nas superfícies;
- São agentes como o EDTA, NTA, fosfatos, ácidos orgânicos, dentre outros;
FORMULAÇÃO – Detergente Alcalino
• Trietanolamina • Dietanolamina • KOH
Alcalinizantes
• Álcool C12-C14, propoxilado etoxilado
Tensoativos
Não Iônicos
• Ácido Metil Glicina Diacético Trissódico
• Ácido cumenesulfônico Sódico
Quelantes e
Agentes Dispersantes
• Éster de ácido Fosfórico • Ácido de Éster Hidroxibenzóico • Fenoxietanol
Antioxidantes
Conservantes
LIMPEZA
OBJETIVOS
• Remover sujidades.
• Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos.
• Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.
• Preservar o material.
• Evitar a transmissão cruzada de microrganismos aos pacientes.
Fonte: NOGUEIRA, I.A. Processo de Artigos. Disponível em www.higieneocupacional.com.br/download/esterilizacao.ppt. Acesso em 09 jun. 2011
MANUAL
AUTOMÁTICA
“...Para endoscópios flexíveis, há apenas uma empresa no mercado que oferece um detergente alcalino para endoscópios flexíveis, que é a Dr. Weigert. Este detergente funciona muito bem e não há notícia de nenhum dano com o seu uso...”Petra
O QUE SE PODE ENCONTRAR EM UM ENDOSCÓPIO
• Hemoglobina • Proteina • Carboidrato • Endotoxinas • Microrganismos
Biofilmes…
O que deve ser considerado no reprocessamento do endoscópio
Temperatura
Risco de vazamento
Risco de danos no manuseio
Materiais e componentes
sensíveis
Agentes Químicos/Água
•Ainda na sala de exame, após o endoscópio ser retirado do paciente, ainda conectado a fonte de luz, aspirar água com detergente diluído para limpeza do excesso de secreção no canal. Limpar o tubo com compressa retirando o excesso de secreção.
•Acionar o canal de ar/água por 15s, prevenindo a obstrução.
•Retirar o aparelho da fonte elétrica e conectar a tampa de proteção.
•Transportar o aparelho em container apropriado até a sala de reprocessamento.
Sala de exames
Fonte: SOBEEG. Manual de Limpeza e Desinfecção de Aparelhos Endoscópios.São Paulo.
LIMPEZA MANUAL
Retire as conexões. Lave-as separadamente.
Lave todas as conexões e entradas com escovas próprias
•Realizar o teste de Vazamento;
•Utilize um detergente adequado e não espumante. Dilua corretamente; Limpeza manual, inclui escovação e exposição de todos os componentes externos e internos acessíveis com um detergente de baixa espuma compatível com endoscópios (uma vez que o detergente enzimático requer no mínimo 15 minutos de contato para agir, é preferível utilizar um detergente não enzimático) Fonte: World Gastroenterology Organization / World Endoscopy Organization Practice Guidelines Desinfecção de Endoscópios—um enfoque sensível aos recursos, fev. 2011 Disponível em: <http://www.worldgastroenterology.org/assets/downloads/pt/pdf/guidelines/endoscope_disinfection_pt.pdf.> Acesso em 09 jun.2011
•Lavar externamente o aparelho utilizando compressa macia ou esponja;
• Troque as soluções entre os reprocessamentos (utilize uma única vez);
LIMPEZA MANUAL
SECAGEM
Secar os canais com ar comprimido baixa pressão. Se necessário utilizar álcool 70%
Secar o endoscópio com compressa
REPROCESSAMENTO AUTOMÁTICO
No reprocessamento automático dos endoscópios, o mesmo e seus componentes são colocados no reprocessador, e todos os conectores de canais são ligados segundo as instruções do fabricante da lavadora e do endoscópio. O equipamento garante a exposição de todas as superfícies internas e externas ao agente de limpeza e desinfetante.
Reprocessamento Automático
Depois da pré-limpeza manual, o endoscópio flexível é colocado em um rack de carga.
Racks especialmente desenhados para endoscópios e acessórios.
Sistema de “Pressure Box”
LEIS & DIRETRIZES
ISO EN-ISO 15883 -4
Lavadora termodesinfectora - parte 4: Requerimentos e testes das lavadoras para
reprocessamento de materiais termossensíveis, incluindo endoscópios
O fabricante da máquina deve indicar o detergente, com o qual foram realizados os testes da máquina;
O detergente e a água de enxágue devem ser drenados e rejeitados após cada passo do ciclo e não devem ser utilizados novamente;
A temperatura da solução de detergente deverá ser controlada durante o passo de limpeza a fim de garantir a eficácia da solução e assegurar que a temperatura permitida para endoscópios não será excedida;
Entre limpeza e desinfecção deve haver um passo de enxágue.
15883-4
Ser operado sob controle de um controlador automático;
Ter seu ciclo selecionado pelo usuário;
Prover desinfecção da câmara e de todo o sistema de transporte de líquidos ( térmica preferencial);
No caso de auto termodesinfecção, assegure-se que todas as partes do sistema de aquecimento e a tubulação associada, vias onde a água passou ou o vapor alcança o tanque, obtenha um valor de A0 de, no mínimo, 600, preferencialmente registrado no ciclo do processo.
15883-4 - O EQUIPAMENTO DEVE:
O sistema de termodesinfecção deverá ser avaliado através de monitoramento termométrico do sistema através de sensores.
Vantagens do processamento automático
É um processo rápido e seguro que proporciona: • Eliminação do risco de exposição dos usuários a produtos
químicos. • Diminuição do risco de danos e manutenções nos
endoscópios. • Promoção efetiva da limpeza e desinfecção dos canais dos
endoscópios. • Padronização da rotina de trabalho, facilitando a validação do
processo de limpeza e desinfecção dos endoscópios. • Análise da integridade do endoscópio automaticamente,
através de teste de vazamento.
“A limpeza manual e/ou desinfecção não é validável (você pode apenas documentar um processo, pois não há como controlar todas ou a maioria das variáveis do processo), o que significa que ninguém pode ter certeza da eficácia do processo, pois ele não é feito sempre da mesma forma!” Petra Labonte - Enf. Consultora Alemanha
“As leis e guidelines dizem claramente que o processamento automático é sempre preferível. E se não for possível (por qualquer razão), você deve documentar muito claramente cada passo do reprocessamento manual para assegurar que você consegue atestar a eficácia do seu processo – o que é muito difícil!” Petra Labonte - Enf. Consultora Alemanha
Vantagens do processamento automático
Validação de Limpeza/Desinfecção
Baseado em Hygienic and Microbiological Inspection of flexible endoscopes after reprocessing. Zentral Sterilisation 2. 2010 pag. 113- 117.
• Protocolo (POP) desenvolvido pela Sociedade Alemã de Higiene
Hospitalar (DGKH) • Amostragem realizada baseada em conformações mais críticas com
periodicidade anual incluindo procedimentos manuais e automáticos • Amostras
– Swab ( análise qualitativa) – Líquidas - Análise quantitativa ( coletadas em frascos com agente neutralizantes
do desinfetante usado) – quando processamento manual • 20 ml coletados para teste membrana filtrante • Amostras refrigeradas e analisadas em ate 24 horas
Resultados esperados
Os seguintes microrganismos não devem estar presentes:
• Escherichia coli e outras enterobactérias
• Pseudomonas
• Staphilococcus aureus
• Mycobacteria ( análise de risco)
Contagem total de m.o. deve ser:
• < = a 20 cfu/canal ou < = 1 cfu/ml