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Noções Básicas
Sobre Emergência Emanuela Bezerra - S6
29/09/2014
Abordagem Inicial do Paciente Grave
O médico emergencista deve estar preparado para identificar prioridades:
Quem atender?
O que buscar na história?
O que buscar no exame físico?
Qual a conduta inicial?
No primeiro momento, diagnósticos sindrômicos (choque, insuficiência
respiratória aguda ou rebaixamento do nível de consciência) são ponto de
partida para investigações específicas
Como regra geral, uma afecção será uma emergência quando repercutir em
um dos 3 principais sistemas: cardiovascular, respiratório ou nervoso
Abordagem Inicial do Paciente Grave
Sinais que indicam potenciais emergências (não são patognomônicos, mas
apresentam grande sensibilidade)
Abordagem Inicial do Paciente Grave
Abordagem Inicial do Paciente Grave A parada cardiorrespiratória (PCR) tem prioridade máxima de
atendimento dentre as situaçoes clínicas de emergência
O atendimento à PCR pode ser dividido em:
BLS Avaliação primária
Reconhecimento da PRC
Execução da RCP
Qualquer pessoa treinada
ACLS Avaliação secundária
Manobras para suporte avancado de vida
Profissionais da saúde
X
Os 5 elos da cadeia de sobrevivência:
Abordagem Inicial do Paciente Grave
EMERGÊNCIA
Com riso à vida
Instalação súbita/imprevisível
Solução IMEDIATA
Ex: PCR, hemorragias intensas,
edema agudo de pulmão, etc.
URGÊNCIA
Sem ou com risco à vida
Intalação rápida
Solução RÁPIDA
Ex: luxações, entorses, cólica
renal, etc.
Tipos de atendimento:
X
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) O ATLS (Advanced Trauma Life Support) orienta a avaliação e reanimação
do paciente traumatizado, o que requer uma abordagem sistematizada:
1)Preparação
2)Triagem
3)Avaliação primária
4)Reanimação
5)Medidas auxiliares primárias
6)Transferência (caso necessário)
7)Avaliação secundária
8)Medidas auxiliares secundárias
9)Reavaliação e monitoração
10)Tratamento definitivo
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) PREPARAÇÃO
1) Fase pré-hospitalar
Abreviar permanência no local
Manter via aérea pérvia
Estabilização hemodinâmica (controle do choque)
Imobilização e transporte
Início da triagem
2) Fase hospitalar
Mobilização de equipamentos e equipe
Em condições ideais, receber o doente em sala de reanimação
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) TRIAGEM
É o processo pelo qual se estabelece a prioridade de tratamento
Inicia-se no atendimento pré-hospitalar
Otimizar o tempo é essencial
Baseia-se nas lesões potencialmente letais do paciente:
via aérea > respiração > circulação > neurológicos
É importante reavaliação e vigilância constante para detectar pacientes que
mudam de estado
Múltiplas vítimas = não extrapola capacidade de atendimento;
prioridade: casos mais graves
X
Vítimas em massa = saturação da capacidade de atendimento;
prioridade: maior sobrevida
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NO TRAUMA
Estabelece as prioridades de tratamento de acordo com o tipo de lesão e os
sinais vitais do paciente
Baseia-se no ABCDE:
A: via aérea (air)
B: ventilação/respiração (breathing)
C: circulação
D: disfunção neurológica
E: exposição/controle do ambiente
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) REANIMAÇÃO
BLS
ACLS
MEDIDAS AUXILIARES PRIMÁRIAS
Monitoração eletrocardiográfica (arritmias, aesp, bradicardias, etc.)
Aferição da PA (Obs.: não é bom paramêtro para avaliar função
hemodinâmica)
Monitoração da função respiratória: FR, gasometria arterial, oximetria
Sondagem gástrica/sondagem vesical
Radiografias, exames de imagem
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) TRANSFERÊNCIA
A necessidade de transferência é avaliada a partir dos dados obtidos
durante a reanimação e a avaliação primária
É essencial a comunicação entre os profissionais envolvidos no processo de
tranferência a fim de otimizar essa ação
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
É o exame completo, realizado após normalização do quadro do paciente:
Hitória do trauma : A-M-P-L-A
Exame físico da cabeça (ocular, maxilo-facial, neurológico)
Exame físico da coluna cervical/pescoço
Exame físico do tórax, abdome e pelve
Exame físico do sisema músculo-esquelético
Avaliação e Atendimento Iniciais (ATLS) MEDIDAS AUXILIARES SECUNDÁRIAS
Testes diagnósticos especializados
REAVALIAÇÃO
Após estabilização das lesões mais graves, lesões menos críticas e doenças
preexistentes devem ser buscadas
Reavaliação dos sinais vitais
TRATAMENTO DEFINITIVO
Suporte Básico de Vida
(BLS)
RCP em adultos Aplica-se a adolescentes a partir da puberdade
Deve seguir sequência C-A-B (ênfase nas compressões torácicas)
Divide-se em 4 etapas:
ETAPA 1 – AVALIAÇÃO DA VÍTIMA E DO LOCAL
Verificar segurança do local para vítima e para socorrista
Checar responsividade da vítima: AlertaVerbalDolorosaInconsciente
Checar se há respiração normal
Gasping agônico: respiração anormal (inspiração rápida soando como
gemido; em pacientes que não respondem é sinal de PCR)
RCP em adultos ETAPA 2 – ACIONAR SISTEMA DE EMERGÊNCIA
Socorrista 1: mantém assistencia a vítima
Socorrista 2: aciona SAMU (192), busca desfibrilador
ETAPA 3 – VERIFICAÇÃO DO PULSO
Localizar pulso carotídeo
Profissionais da saúde: 5-10 segundos
Leigos: na dúvida, iniciar RCP!
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP
Executar em superfície firme e plana com vítima em decúbito dorsal
A RCP é mais efetiva quando iniciada no local onde a vítima é encontrada;
só mover vítima se o ambiente for perigoso
Ciclo: 30 compressões – 2 ventilações
Técnica das compressões torácicas Posicionar-se ao lado da vítima
Apoiar calcanhar da mão de força sobre metade inferior do
esterno; posicionar a outra mão sobre esta
Esticar braços, travar cotovelos e inclinar-se de modo a alinhar
ombros-mãos
Mínimo 100 compressões/min, manter frequência, evitar
interrupções
Compressões com pronfundidade de no mínimo 5 cm
Permitir reexpansão torácica
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP (continuação)
Ventilação
Garantir perviedade das vias aéreas (buscar objetos estranhos, fraturas
faciais; realizar manobras de abertura)
Executar 2 ventilações por ciclo
Cada ventilação deve durar 1 segundo (não hiperventilar!)
Verificar se há elevação do tórax durante ventilação
Problemas ventilatórios: integridade dos pulmões, diafragma ou
X musculatura torácica comprometida
Obstrução da via aérea: não passagem de ar
Sempre há o risco de haver distensão gástrica (exceto quando se aplica via
aérea avançada)
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP (continuação)
Ventilação: abertura das vias aéreas
INCLINAÇÃO DA CABEÇA-ELEVAÇÃO DO QUEIXO
Empurrar testa da vítima para trás
Elevar queixo posicionando 2 dedos sobre a parte
óssea da mandíbula
Não realizar essa manobra quando houver suspeita
de lesão cervical
ANTERIORIZAÇÃO DA MANDÍBULA
Método de execução mais dificil
Só usado na prática quando há suspeita
de trauma cervical
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP (continuação)
Ventilação: modos de ventilar
BOCA A BOCA
PROTETOR FACIAL
BOCA A MÁSCARA
INSUFLADOR MANUAL
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP (continuação)
Ventilação: via aérea avançada
Descarta a necessidade de parar as compressões para ventilar
Manter a frequência de 100 compressões/min initerruptamente
Devem ser administradas 8-10 ventilações por minuto
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
MÁSCARA LARÍNGEA
RCP em adultos ETAPA 4 – INICIAR RCP (continuação)
Desfibrilação: desfibrilador automático externo
(DAE)
Os DAE são dispositivos computadorizados que
analisam o ritmo cardiáco e aplicam a
desfibrilização
Operabilidade fácil e didática (aparelho instrui
socorrista)
O choque deve ser administrado em no máximo
10 s após a última compressão
Não posicionar as pás sobre pele molhada, com
excesso de pelos, sobre marcapasso ou sobre
adesivos transdérmicos.
Alívio do engasgo 1)Obstrução parcial das vias aéreas:
Boa troca de ar, tosse forçada, pode haver sibilos entre as tosses
Conduta: incentivar a tosse e monitorar; se a obstrução persistir, acionar serviço de
emergência
2)Obstrução completa das vias aéreas:
Troca de ar/tosse ineficazes, pode haver ruídos agudos, não fala/chora, cianose,
sinal universal de asfixia
Conduta: tentar aliviar a obstrução (manobra de Heimlich), acionar serviço de
emergência
Suporte Avançado de Vida
(ACLS)
Visão Geral O ACLS é direcionado às emergências/urgências cardiopulmonares
A avaliação inicia-se a partir da determinação do nível de consciência
Principais situações ligadas ao ACLS: Parada respiratória
Fibrilação ventricular
Taquicardia ventricular
AESP
Síndromes coronarianas agudas
Bradicardia
Taquicardias instáveis e estáveis
AVC agudo
PACIENTE
INCONSCIENTE
CONSCIENTE
ACLS
1º BLS
2º ACLS
ASSISTOLIA
AESP
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
TAQUICARDIA VENTRICULAR
Referências Bibliográficas
1.Colégio Americano de Cirurgiões. Suporte Avançado de Vida no Trauma
– ATLS. 8. ed. Brasil, 2007.
2.BLS
3.Urgências Médicas - USP
Obrigada!