Post on 25-Jul-2020
Não fizeram o dever de casa
Mariana, primeira Capital de Minas, além de ser a cidade
das primazias, se destaca também pela preservação de
sua história e de seu patrimônio. Prova disso é sua colo-
cação no do ICMS Cultural 2018, divulgado pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG),
vinculado à Secretaria da Cultura do Governo do Estado.
A cidade lidera o ranking da preservação do patrimônio
histórico e cultural em meio a 788 municípios com 66,28
pontos. A cidade terá assegurada a maior parcela na
distribuição do ICMS Cultural em 2019. A expectativa é
de que o primeiro lugar renda mais de R$ 1 milhão para
ser investido nas políticas públicas da preservação do
patrimônio histórico cultural de Mariana. Ouro Preto
atingiu 53,53 pontos; Diamantina: 44,70 pontos; Sabará
29,38 pontos; Congonhas: 23,70 pontos; São João Del
Rei: 18,84 pontos e Tiradentes: 13,16 pontos.
ICMS Patrimônio Cultural
O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo
à preservação do patrimônio cultural do Estado, por
meio de repasse do recursos para os municípios que pre-
servam seu patrimônio e suas referências culturais atra-
vés de políticas públicas relevantes. O programa estimu-
la as ações de salvaguarda dos bens protegidos pelos
municípios por meio do fortalecimento dos setores res-
ponsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respec-
tivos conselhos em uma ação conjunta com as comuni-
dades locais. O Iepha-MG oferece aos municípios por
meio das Rodadas Regionais, orientações sobre as políti-
cas de preservação, como a Deliberação Normativa do
CONEP que estrutura um sistema de análise da docu-
mentação apresentada pelo município participante do
programa ICMS Patrimônio cultural.
O município, para participar do ICMS Patrimônio Cultural,
deve seguir as regras das Deliberações Normativas que
estão em vigor. Para tanto, deverá atender as exigências
definidas na Deliberação Normativa CONEP 06/2018,
para os Quadros e seus respectivos Conjuntos Documen-
tais: Quadro I – GESTÃO: A) Política Municipal de Prote-
ção ao Patrimônio e Outras Ações; B) Investimentos e
Despesas Financeiras em Bens Culturais Protegidos.
Quadro II – PROTEÇÃO: A) Inventário de Proteção do
Patrimônio Cultural; B) Processos de Tombamento de
Bens Materiais, na esfera municipal; C) Processos de
Registro de Bens Imateriais, na esfera municipal
Quadro III – SALVAGUARDA E PROMOÇÃO: A) Laudos
técnicos do Estado de Conservação dos Bens Materiais
Protegidos, na esfera municipal; B) Relatórios do Imple-
mentação das Ações e Execução do Plano de Salvaguarda
dos Bens Protegidos por Registro, na esfera municipal; C)
Programas de Educação para o Patrimônio, nas diversas
Áreas de Desenvolvimento; D) Difusão do Patrimônio
Cultural.
As atividades desenvolvidas no ano base devem ser do-
cumentadas (comprovantes diversos, declarações, cópias
xerox, fichas de inventário, laudos do estado de conser-
vação dos bens protegidos, relatórios diversos, fotografi-
as, filmagens etc.) e apresentadas para análise, a qual se
desenvolverá no ação e preservação. Os recursos serão
disponibilizados no ano de exercício.
Com uma pontuação tão baixa, as Prefeituras de São
João Del Rei e Tiradentes não estão fazendo o dever de
casa.
Pagina 2 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
Conheça o Passaporte Estrada Real
O documento é uma forma diferente e atrativa de se promover o turismo O Passaporte Estrada Real é um
documento distribuído
gratuitamente nos postos de
atendimento ao turista. É um registro
que o viajante pode fazer das cidades
da Estrada Real visitadas. A cada
cidade, é recebido um carimbo no
passaporte e, a cada caminho
concluído, um certificado é emitido,
sendo que ao final dos quatro
caminhos é recebido um certificado
final de Conhecedor da Estrada Real.
De acordo com Cida Zanith (55),
funcionária da Secretaria de Cultura
de São João del-Rei, o passaporte
incentiva o turista. “O pessoal fica
com uma expectativa muito grande
de conhecer tudo e concluir o
percurso para garantir o certificado.
Dá uma sensação de vitória quando
se acaba o roteiro e se vê que
aprendeu e divertiu ao mesmo
tempo”, ela afirma.
O turista tem a opção de fazer um
passaporte para cada caminho
escolhido (quatro ao todo): Caminho
Novo, Caminho Velho, Caminho dos
Diamantes e Caminho Sabarabuçu. O
percurso selecionado disponibiliza as
cidades e os referidos pontos de
retirada do passaporte. São João del-
Rei está dentro do circuito Caminho
Velho, que também contempla os
municípios de Tiradentes, Paraty e
Caxambu. Ao todo são 710 km de
percurso, com estimativa de tempo
calculada pelo site Instituto Estrada
Real, adaptada a cada meio de
transporte.
Tiradentes é o ponto de retirada mais
próximo de São João del-Rei, onde
também é fornecido o carimbo do
circuito. Gabriela Rodrigues (34),
chefe de seção de turismo da
prefeitura do município, afirma que o
tempo de espera para a retirada do
passaporte é ínfimo. “O passaporte
pode ser retirado no mesmo dia em
que se faz o cadastro no site, no
Centro Cultural Yves Alves”. Gabriela
ainda ressalta a importância do
passaporte para o turismo: “Acho
que o benefício está em divulgar as
cidades históricas do caminho
Estrada Real, fazendo com que as
pessoas se interessem pela história
do Brasil e, consequentemente,
girem a economia das cidades
visitadas”.
Os pontos de carimbo também são
disponibilizados no site e, no caso
das cidades de São João e Tiradentes,
o documento pode ser carimbado na
Secretaria de Cultura de ambas,
como fez o turista Edson Saldanha
(48), de Divinópolis. Ele conta que
retirou seu passaporte, há dois anos,
em Tiradentes e já está em seu
terceiro carimbo. “Gosto muito de
história e por isso, logo providenciei
o passaporte. Muitas das vezes, viajei
e esqueci o meu passaporte em casa,
mas agora não saio mais sem ele.
Aproveitei essa viagem para
incentivar o meu filho de nove anos a
retirar também o dele e a aprender
mais sobre a história da Estrada
Real”.
Para solicitar o passaporte, deve-se
preencher uma ficha eletrônica,
denominada “Ficha do Viajante”, no
site do Instituto Estrada Real.
Posteriormente ao preenchimento, o
turista deve ir ao ponto de retirada
mais próximo e levar 1 kg de
alimento não perecível para trocar
pelo documento. Texto: Isadora Jales
- Vertentes Agência de Notícias
Pagina 3 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
Centro médico volta de férias em 6 de agosto
O CEM (Centro de Especialidades Médicas e
Odontológicas Dr. Nicolau Esteves) volta de férias no dia
6 de agosto, segunda-feira, depois do recesso escolar dos
professores e alunos do Uniptan que prestam serviços de
saúde à população carente de São João del-Rei. As
consultas já começaram a ser marcadas, encaminhadas
pelos postos de saúde do município.
Resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal
de Saúde e o Centro Universitário Presidente Tancredo
Neves (Uniptan), o CEM funciona desde 12 de abril na
avenida Oito de Dezembro, 99, no centro da cidade, e o
investimento alcançou R$ 4 milhões.
Como funciona
Os postos municipais de saúde encaminham os pacientes
ao centro médico para serem atendidos pelos alunos dos
cursos de Medicina e Odontologia, com a supervisão de
professores.
As especialidades são as seguintes: dermatologia,
cardiologia, endocrinologia, otorrinolaringologia,
infectologia, nefrologia, pediatria, clínica médica,
obstetrícia, ginecologia e psiquiatria, realizando também
pequenas cirurgias.
Na Enfermagem, preventivos, curativos e puericultura. E
na Odontologia, a primeira consulta é para triagem dos
pacientes. O atendimento será dobrado a partir do
segundo semestre com a entrada de mais turmas de
alunos de Medicina.
Pagina 4 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
Meio ambiente o passado e o presente
Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora
idosa: - A senhora deveria trazer suas próprias sacolas
para as compras, uma vez que sacos de plástico não são
amigáveis com o ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse: - Não havia essa onda
verde no meu tempo. O empregado respondeu: - Esse é
exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua
geração não se preocupou o suficiente com o nosso meio
ambiente.
- Você está certo - respondeu a senhora. Nossa geração
não se preocupou adequadamente com o meio
ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas
de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja
mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e
esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes
de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras
vezes.
Realmente, não nos preocupamos com o ambiente no
nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia
escadas rolantes nas lojas e nos escritórios.
Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso
carro, a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões de
casa.
Não nos preocupávamos com o ambiente. Até as fraldas
de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas
descartáveis. A secagem era feita por nós mesmos, não
nestas máquinas secadoras elétricas. A energia solar e
eólica é que realmente secavam nossas roupas.
Os filhos menores usavam as roupas que tinham sido de
seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente,
naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV
ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV
tinha uma tela de 14 polegadas, não um telão do
tamanho de um estádio; que depois será descartado,
como não sei
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos
porque não havia batedeiras elétricas, que fazem tudo
por nós. Quando enviávamos algo frágil pelo correio,
usávamos jornal velho como proteção, e não plástico
bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos
para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava motor a gasolina para
cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que
exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não
precisava ir a uma academia e usar esteiras que também
funcionam à eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época
preocupação com o meio ambiente. Bebíamos
diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em
vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora
lotam os oceanos.
Recarregávamos nossas canetas com tinta inúmeras
vezes ao invés de comprar outra. Amolávamos as
navalhas, ao invés de jogar fora aparelhos descartáveis,
quando a lâmina perdia o corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época.
Naquele tempo, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus
coletivos e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé
para a escola, ao invés de usar os pais como serviço de
táxi 24 horas.
Havia só uma tomada em cada quarto, e não um quadro
de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia
de aparelhos. E não precisávamos de GPS para receber
sinais de satélites no espaço para encontrar a pizzaria
mais próxima.
Então, não é incrível que a atual geração fale tanto em
"meio ambiente", mas não queira abrir mão de nada e
não pense em viver um pouco como na minha época!
Uma aula gratuita ministrada por uma idosa considerada
ultrapassada. Autor Desconhecido.
Pagina 5 de O Raio - Edição de 3 de Agosto 2018
31. 07.18 - Droga, celulares, dinheiro e
balança foram recolhidos em uma residência
no bairro do Bonfim
Em cumprimento a um mandado de busca e
apreensão, expedido pela segunda vara de
execuções penais da comarca de São João
del-Rey, policiais militares compareceram em
uma residência, na Rua João da Mata, no
bairro do Bonfim em São João del-Rey.
Casa onde mora a desfavorecida pelo
mandado, a cidadã BC, 22 anos, sobre a qual
recaem diversas denuncias de estar
realizando transporte de drogas para
traficantes do bairro do Tijuco.
Após cientificar a denunciada do teor do
mandado e, na presença de uma testemunha,
foi iniciada buscas no interior do imóvel.
Debaixo do colchão da cama da cidadã foi
recolhido um invólucro com uma porção de
maconha em seu interior, que a autora disse
lhe pertencer e seria para consumo próprio.
Sobre uma cômoda estava um envelope e em
cujo interior continha a quantia de dois mil
novecentos e dez reais, que segundo ela era
proveniente do aluguel de uma casa no bairro
do Tijuco, porém não apresentou nenhum
comprovante de propriedade de tal
residência.
Dentro de uma bolsa foram localizados treze
aparelhos celulares de marcas e modelos
diversos, de procedência duvidosa, más que a
cidadã disse lhe pertencer.
Em um armário na sala foi localizada uma
balança de precisão e que segundo a autora
pertencia ao namorado de sua mãe.
Diante dos fatos, foi dada voz de prisão a
mulher que, juntamente com a porção de
maconha, celulares, dinheiro e a balança de
precisão recolhida, foi conduzida para a
delegacia de policia civil.
Ali foi devidamente qualificada em boletim de
ocorrência e colocada em seguida à
disposição da autoridade policial para
ratificação do flagrante e demais
providencias.
31. 07.18 - Motocicleta foi furtada no bairro
de Matosinhos
Atendendo solicitação, via central de
operações do 38º Batalhão, por volta das
treze e trinta horas, na tarde de ontem,
policiais militares deslocaram até a Rua
Joaquim Zito de Souza, no bairro de
Matosinhos em São João del-Rey, onde teria
ocorrido o furto de uma motocicleta.
No local foi feito contato com a solicitante,
relatou aos militares que por volta das dez e
meia, estacionou sua motocicleta, uma
Yamaha XTZ de cor preta, placa HAW 1876,
na referida via pública e se afastou da
mesma.
Disse que cerca de duas horas depois ao
retornar para buscá-la, verificou que a
motocicleta havia sido furtada. Informou
ainda a solicitante que a motocicleta estava
com tanque cheio e que havia um capacete
nas cores vermelha e branca preso ao guidão
por uma corrente e cadeado.
Imediatamente os dados e características da
motocicleta foram repassados as guarnições
em serviço e iniciado rastreamento na
tentativa de a localizarem, porém sem êxito
até o final da tarde de ontem.
Já a solicitante que não possuía suspeita de
quem pudesse ter praticado o furto, foi
orientada quanto aos demais procedimentos
a serem tomados para o caso junto à
delegacia regional de policia civil.
31. 07.18 - Estudante teve o aparelho celular
furtado enquanto utilizava o mesmo em via
pública
Por volta das dezenove horas, na noite de
domingo, policiais militares foram
empenhados pela central de operações do
38º Batalhão, a deslocarem até a Rua Getúlio
Vargas, no centro de São João del-Rey, onde
havia ocorrido um furto.
No local foi feito contato com a vítima, a
cidadã Karine Larissa, 28 anos, a qual relatou
que transitava pela respectiva via pública e
fazia uso de seu aparelho celular, um
Samsung J5 de cor dourada.
Disse que em dado momento foi
surpreendida por um indivíduo de cor parda,
alto, o qual trajava um colete de cor verde e
usava um boné. Este, usando de destreza veio
a lhe tomar da mão o aparelho celular e fugiu
em seguida rumo ao Alto das Mercês.
Do Exposto, e de posse das características do
autor, os militares imediatamente iniciaram
rastreamento pela região na tentativa de o
localizarem, contudo sem êxito.
31. 07.18 -- Ao retornar no final da tarde
para casa, cidadão percebe que foi vítima de
um furto.
O Cidadão CMS, 41 anos, residente na Rua
das Violetas, no bairro Pio XII em São João
del-Rey, compareceu à sede da 189ª
Companhia de policia militar, por volta das
vinte e uma horas, na noite de sábado, e
solicitou o registro de um boletim de
ocorrência por furto.
Relatou ao militar ter ausentado de sua casa
por volta das sete horas, naquela manhã e
que, ao retornar no final da tarde, percebeu
que pessoa não identificada havia entrado no
imóvel e de lá veio a subtrair; um Cubo de
Som marca Meteoro, diversas lâmpadas em
LED, uma panela de pressão industrial, além
de vários outros utensílios domésticos.
Como não havia sinais de arrombamento no
local, a perícia técnica não foi acionada. E por
não possuir suspeita de quem pudesse ter
sido o autor do furto, o boletim de ocorrência
foi registrado e o solicitante orientado quanto
aos demais procedimentos a serem tomados
para o caso junto à delegacia de policia civil.
Pagina 6 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) homenageou João Carlos Kikinger, pelos serviços prestados ao Mangalarga Machador
João Carlos Kikinger cria cavalos Mangalarga Marchador há mais de 40 anos
André Eustáquio
João Carlos Kikinger, 74, é natural de
Santos Dumont (MG), mas ainda
muito jovem veio trabalhar na região
do Campo das Vertentes,
inicialmente em Barroso e São Tiago,
onde seu pai possuía laticínios. Aos
21 anos, casou-se com a filha do
grande industrial são-joanense José
Lombardi, conhecido por Juca
Lombardi, dono da Fiação e
Tecelagens Lombardi. A ótima
relação com o sogro e a aquisição da
Fazenda Esperança por Juca
Lombardi - localizada no município
de Resende Costa - no final da
década de 1960, marcaram o início
da trajetória de João Carlos como
criador de cavalos.
Em entrevista concedida ao Jornal
das Lajes, no Haras Kikinger,
localizado na divisa de Resende
Costa, Coronel Xavier Chaves e Lagoa
Dourada, entre tantos assuntos, João
Carlos falou sobre a sua paixão pelos
cavalos e o mercado de animais de
raça. Confira os principais trechos da
conversa com o empresário do ramo
de hotelaria (ele é proprietário da
pousada Dom Quixote, em
Tiradentes), mas que não esconde
sua verdadeira paixão pelos cavalos
da raça Mangalarga Marchador.
O início: “Inicialmente nós tínhamos
gado lá na Fazenda Esperança, que
adquirimos em 1965, e cavalos para
lida. Certa vez, eu fui a Formiga/MG
com um amigo para comprar um
touro Gir, mas chegando lá eu vi um
cavalo pampa muito bonito acabei
comprando. Depois, já aqui, nós
compramos uma égua pampa. Ela
pariu lá na fazenda uma potra
pampa. Foi então que começamos a
criar, mas sem documentos, ou seja,
cavalo normal. Mais tarde resolvi
comprar algumas éguas, também
sem registro. Naquela época podia
criar animais sem registro. A gente
chamava o técnico e, se tivesse
dentro do padrão, a gente registrava.
Eram éguas sem genealogia, sem pai
e mãe conhecidos. Foi um período de
10 anos criando assim. Depois, em
1971, comprei um cavalo do Aldemar
Aarão, o cavalo se chamava Seta
Pirata. Fui fazer uma visita ao
Aldemar Aarão e esse cavalo estava
lá no meio das éguas Campolina dele
e eu o comprei. Aí comecei a criar,
mas não dava uma produção boa.
Isso durou um tempo, até que resolvi
liquidar o plantel todo.”
Investimento em cavalos
qualificados
A partir de 1995, João Carlos
começou a aprimorar o seu plantel
através de parcerias com grandes
criadores do Sul de Minas, berço da
raça Mangalarga Marchador.
“Começamos, no final da década de
1990 e início de 2000, a criar
somente cavalos com genealogia.
Iniciamos as primeiras produções
com animais qualificados, com bom
andamento. Vendemos as éguas de
fundo, compramos éguas boas de
genealogia de pais campeões e assim
fomos selecionando nosso plantel.
Mas, investir mesmo em animais de
padrão mais alto tem uns 10 anos.
Hoje não temos aqui égua de fundo,
só éguas de ponta.”
João Carlos utiliza a técnica de
inseminação artificial nas éguas
matrizes do seu plantel. Os sêmens
utilizados na inseminação das éguas
do Haras Kikinger vêm de garanhões
de alto padrão da raça Mangalarga
Pagina 7 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018 Marchador. “Fazemos aqui inseminação
artificial em 17 éguas com cavalos de
fora. De dois anos para cá, a inseminação
aumentou muito a nossa produção e
elevou a qualidade do nosso plantel. A
gente fica com as fêmeas que nascem e
os potros a gente vende.”
O Mercado: Segundo João Carlos, o
mercado de compra e venda de animais
da raça Mangalarga Marchador é
superior ao da raça Campolina. “Naquela
época, em Resende Costa só tinha três
criadores de Mangalarga Marchador,
todo mundo criava Campolina. Só tinha
eu, o Ênio Resende e o Dr. Geraldo
Resende, da Fazenda do Pinhão. Eu
fiquei sozinho durante muito tempo.
Depois o Rafael Chaves começou a criar a
partir de algumas potras que vendi para
ele. Mas o mercado de Mangalarga
Marchador é muito melhor. Se você
quiser vender todo mês, você vende.
Toda semana tem leilão de Mangalarga
Marchador. Já o mercado de Campolina
é difícil. Não tem, não expandiu na região
Sudeste.”
No Haras Kikinger, João Carlos possui um
plantel de 51 animais, sendo 21 éguas
matrizes e três garanhões, além de
potros e potras. Ele disse que
recentemente, durante um leilão
realizado no haras, foram vendidos 17
animais nascidos no Kikinger.
João Carlos afirma que a crise financeira
afetou o mercado de cavalos. “O
mercado de cavalos hoje está zerado.
Ninguém quer comprar. Essa crise afetou
tudo. Não foi só o mercado de cavalos,
afetou também o comércio em geral,
inclusive a criação de bovinos. Para
mantermos a propriedade, o dinheiro
tem que vir de fora, de outro ramo.”
Diante da situação econômica atual, João
Carlos recomenda muita cautela a quem
está entrando no mercado de cavalos.
“Criar cavalo dá menos trabalho e menos
mão de obra do que criar bovinos, mas
fica caro quando se cria em alto padrão.
São animais muito caros. Nós que somos
criadores médios não podemos nos
enfiar aí no meio dessa turma de
criadores de cavalos com mercado alto,
ou seja, animais que chegam a 1 milhão
de reais. Na verdade, eu nem sei se esses
valores são reais. Portanto, vou ser
muito sincero com quem está iniciando:
eu acho um mercado péssimo. Quem
quer criar cavalos com a finalidade de
vender para ganhar dinheiro, eu falo:
não invista porque não tem mercado, a
não ser que você tenha bastante
dinheiro, possa investir demais para
atrair esses compradores que também
têm dinheiro demais. Mas nós pequenos,
se nos metermos hoje num negócio
desses, a gente quebra. É um mercado
perigoso. Se você ficar muito
entusiasmado, pode se dar mal.”
O haras: Para se construir um haras,
demandam-se investimentos básicos,
porém sem necessariamente ter que se
optar pelo luxo. Quem chega ao Haras
Kikinger, vê uma estrutura bastante
organizada, com baias, pastos formados
e área de mata nativa preservada. João
Carlos adquiriu a propriedade em 2016 e
cuidou logo de adaptá-la para a criação
de cavalos. A sede é uma bela casa com
traços do estilo colonial, embora tenha
sido construída há somente dois anos. As
divisas dos pastos são todas protegidas
por cerca eletrificada. “Há pouco arame
farpado aqui. Grande parte da
propriedade está cercada por brejos”,
informa João Carlos.
Para administrar o haras, João Carlos
conta com o apoio do seu filho Rodrigo
Lombardi Abreu. “Já estou passando
para o Rodrigo. Venho aqui duas vezes
por semana, a gente troca ideias, mas a
minha palavra ainda vale. Falo pra ele:
você pode fazer o que quiser, mas a
palavra final é minha, vem e conversa
comigo (risos).”
João Carlos é extremamente cuidadoso
com o adestramento dos animais. Para
manter o nível de excelência do seu
plantel, ele conta com o trabalho de
peões qualificados. Os potros começam a
ser adestrados ainda novos, com seis ou
sete meses. “A gente começa a escovar o
animal, colocar cabresto para ele ir se
acostumando”, explica João Carlos.
“Tem animais mais dóceis e animais que
rejeitam. Portanto, para você amansar e
refinar um cavalo, leva ao todo 90 dias.”
De acordo com João Carlos, a profissão
de peão está se tornando cada vez mais
escassa, portanto os profissionais
procuram se qualificar. “Essa é a coisa
mais difícil. A mão de obra está escassa e
cara. Em determinadas regiões, onde o
pessoal é rico, tem peão que recebe até
10 salários, além de casa e carros. Um
bom peão ganha entre 6 a 10 salários”,
diz João Carlos.
O que é ser um bom peão? “Um bom
peão conhece do ofício e quer se
aperfeiçoar cada vez mais, até porque há
muitas trocas de informações entre as
fazendas. O peão tem que ter
sensibilidade, não é só montar. Tem o
refino do cavalo, acertar o animal... Tem
que ter paciência. Hoje não se bate mais
no animal. O cavalo é inteligente. Você
ensina a ele, insiste e depois faz com ele
o que quiser. Já teve um peão aqui que
quebrou a perna de uma potra de tanto
bater. Esse a gente dispensa e manda ir
embora.”
Construindo amizades
Enfim, há mais de 40 anos criando
cavalos, João Carlos sente prazer ao se
lembrar das grandes amizades
construídas. “O cavalo é um negócio. É
um enorme prazer levar os animais às
exposições, mostrá-los a outros
criadores. As exposições de hoje são
fantásticas. O ambiente é saudável e a
gente faz muitas amizades. Tenho
amizades com criadores grandes que me
emprestam cavalos sem cobrar nada. As
amizades são verdadeiramente fortes.
Falo sem sombra de dúvida que é o
melhor ambiente para a família.” texto
de : André Eustáquio - Jornal das
Lages - Resende Costa.
Pagina 8 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
Das lições argentinas
Stefan Salej
Definitivamente, o que hoje está acontecendo na Argentina deveria servir de lição para o Brasil. Depois de
longos anos de domínio populista do clã Kirchner, que ameaça voltar ao poder nas próximas eleições, o governo
Macri veio com toda força, ganhando inclusive as eleições intermediárias, que lhe deram um poder de fogo maior no
Congresso. Mas, mesmo anunciando após a posse a gravidade da situação, fazendo alguns remendos em seguida,
não esperava que a situação seja social, econômica, monetária, educacional, moral, ética ou judicial fossem de tanta
gravidade.
E aí a bomba de efeito retardado explodiu e hoje a Argentina está sob domínio, jugo e administração efetiva
do temível Fundo Monetário Internacional (FMI). Quem dita as regras são os burocratas de Washington que cuidam
da área fiscal, das despesas públicas, do orçamento, tanto no nível federal como nos estados e tudo o mais. Tem
outra solução? Neste caso não, inclusive porque as forças políticas argentinas não fariam os ajustes e reformas
necessárias para colocar o país em ordem, sem intervenção externa.
E todos, com o Presidente Macri liderando, prometem o céu após esse sacrifício, que tem que ser feito já. Os
sacrifícios sociais em um país que tem 30 % de miseráveis (não se iluda com a beleza de Buenos Aires), alta taxa de
desemprego e inflação beirando os 40 % ao ano, trarão à rua os afetados diretamente pelas reformas que, se não
forem feitas, deixarão a situação ainda pior. E tudo isso a dois anos de novas eleições, quando o kirchnerismo dirá
"veja como foi bom quando nós governamos".
O Brasil e a Argentina estão economicamente ligados e o fracasso de um afeta muito a economia do outro.
Para se ter uma ideia dessa ligação é só ver nossas exportações para o nosso sócio do Mercosul, que geraram um
superávit de mais de 10 bilhões de dólares nas vendas de manufaturados. Isso acabou. Ou a vinda de turistas
argentinos que, com a alta do dólar em mais de 40 % neste ano, não poderão mais viajar para o exterior.
Mas, a lição maior é que a nossa situação econômica estará em janeiro bem pior do que imaginamos. De um
lado, ninguém ganha as eleições com promessas de ajustes duros que terão que acontecer. E ninguém governa sem
fazer esses ajustes. Macri demorou a fazer e está sitiado e sob judice do FMI. Conosco pode acontecer a mesma
coisa, se não entendermos que o próximo governo pode ganhar a eleição com um discurso, mas, se não ajustar e
puser ordem na casa, inclusive nos parlamentos a serem eleitos, o caminho será um só. FMI. STEFAN SALEJ,
consultor empresarial, foi presidente do Sistema Fiemg e Sebrae MG.
Pagina 9 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
❶ Exposição Agropecuária de Lagoa
Dourada 2018, até domingo (5) no
Parque de Exposição. Programação
de Shows: Hoje (30) - Simone e
Simaria logo após Banda Lyrius
Lyrius; Amanhã (4) - Michel Teló, logo
após Antony e Gabriel e fechando
Banda Texas Radio; (domingo) (5) -
Rick e Nogueira (entrada franca).
❷ No Ki. Bom, o melhor bar da
cidade, na esquina mais famosa,
apresenta musica ao vivo, chopp e
espetaria.
❸ O Bairro são Dimas faz amanhã o
seu Arraiá com: Caldos, canjica pastel
e cachorro Quente. o evento
acontece em frente a Igreja de São
Dimas às 19 horas.
❹ 4º Arraiá da Verde-Rosa, amanhã
às 15 horas no Senhor dos Montes,
na Av. Nossa Senhora da Saúde.
Promoção do Grêmio Recreativo
Escola de Samba Bate Paus.
❺ Hoje (3) tem Pagodeando no
Social Futebol Clube às 23 horas.
Animando a noite o grupo Samba de
Amigos.
❻ De hoje (3) a domingo (5) tem a
Copa das Vertentes Oficina de
Capoeira. Hoje a partir das 19 horas:
-Chegada dos capoeiristas, roda de
conversa aberta ao público no Clube
América Futebol Clube, Leite de
Castro.
Amanhã (4)- às 10 horas, Roda de
capoeira no centro de São João del
Rei( próximo ao coreto). às 13 horas:
Abertura dos jogos (inscrições com
mestre Ray 5531988206635) Teatro
do Campus Santo Antônio.
Domingo (5)-A partir das 10 horas:
Batizado e troca de cordas no
América Futebol Clube, localizado na
Leite de Castro.
❼ Entre 6 e 18 de agosto, o festival
MUSIK-Expedition: Expedição Musical
em São João del Rei promove
diversos workshops, oficinas,
palestras, recitais e concertos de
música clássica e popular, com
músicos locais e convidados
internacionais (Universidade de
Koblenz-Landau, Alemanha). Este
ano, a MUSIK-Expedition oferece
oficinas bem ecléticas: formação de
orquestra, piano, lutheria e
tecnologias aplicadas a música. As
inscrições para participação no
Festival estão abertas! Para embarcar
na orquestra, nos grupos de câmara,
oferecer uma atividade ou integrar a
equipe da Expedição é só manifestar
interesse através do site do instituto:
http://institutospixmartius.com.br/
❽ Em turnê pelo país, NUZ’S
desembarca em TIRADENTES com o
show “Baile do Chico”, um olhar
autoral sobre a obra de Chico
Buarque de Holanda.
A apresentação é em amanhã (4), a
partir das 20 horas no Teatro do SESI
Tiradentes.
No espetáculo, as poesias e melodias
de clássicos como “Geni e o
Zepelim”, “João e Maria”,
“Cotidiano”, entre outras, se juntam
a sintetizadores, batidas eletrônicas e
guitarras mostrando o quanto a obra
e a genialidade de Chico são
atemporais.
❾ Feat. Beyoncé - Tribute Party,
amanhã (4) no Bar Divertido São
Jorge às 23.30 horas.Beyoncé Giselle
Knowles-Carter mais conhecida como
Beyoncé, é uma cantora,
compositora e atriz norte-americana.
Beyoncé se tornou conhecida no ano
de 1997, como uma das integrantes
do grupo feminino de R&B Destiny's
Child, que já vendeu mais de 50
milhões de discos mundialmente.
Beyoncé possui cinco singles que
alcançaram o primeiro lugar na
Billboard Hot 100. Ao longo de sua
carreira solo ela já vendeu 31
milhões de discos em todo o mundo,
isso fez dela um dos artistas de
música que mais venderam discos de
todos os tempos.
❿ Amanhã (4) às 23 horas o
America Recreativo e Futebol
apresenta Marcio & Heleno, o
melhor do Sertanejo.
⓫O Pesque Pague Água Limpa
apresenta domingo (5) às 14 horas:
Amanda Machado.
Pagina 10 de O Raio - Edição de 3 de Agosto de 2018
→ A professora chega para o Joãozinho e diz: - Joãozinho
qual é o tempo da frase: Eu procuro um homem fiel? E
então Joãozinho responde - É tempo perdido!
→ A mulher entra no confessionário de uma igreja, em
Hollywood.- Padre, quero me confessar!- Pois não, minha
filha. Quais são seus pecados? - Fui infiel ao meu marido,
padre. Sou maquiadora de artistas e há 2 semanas dormi
com Leonardo DiCaprio. Na semana passada, dormi com
o Brad Pitt, e esta semana, dormi com o Richard Gere. -
Lamento, filha, mas não posso dar-lhe a absolvição.-
Porque? A misericórdia do Senhor não é infinita? - Sim,
filha, a Misericórdia de Deus é infinita. Mas Ele jamais vai
acreditar que você esteja arrependida...!
→ O sujeito estava no bar e próximo a ele um bêbado
dormia numa mesa. De vinte em vinte minutos o dono
do bar chegava no tonto, dava uma chacoalhada no
infeliz e gritava: - Acordaaaaaa! Depois da terceira ou
quarta vez, o cara não agüentou e chamou o dono: - Po,
que sacanagem eh esta? Porque você tá acordando o
cara e deixando-o continuar na mesa? - O dono
respondeu: - Neh nada pessoal, não. Eh que o cara, alem
de ser chato, paga a conta toda vez que eu o acordo.
→ Em outra audiência, o juiz pergunta ao réu: - 'O senhor
não trouxe o seu advogado?' - 'Não, meritíssimo! Eu não
tenho advogado. Resolvi falar a verdade!'
→ Oração do corno: Tomara que eu nunca seja... Mas se
for... Tomara que eu nunca desconfie de nada... Mas se
eu desconfiar... Tomara que eu nunca tenha certeza...
Mas se eu tiver certeza... Tomara que eu não faça nada...
Que é pra não magoar os sentimentos da minha amada!
→ Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse: - Que
petulância, se chamar de flor! Veja sua pele áspera e a
minha, lisa e sedosa. Veja seu cheiro desagradável e meu
perfume, sensual e envolvente. Veja seu corpo grosseiro
e o meu, delgado e elegante. Eu, sim, sou uma flor!. E a
couve-flor respondeu: - É...mas ninguém te come.