Post on 26-Nov-2018
NEEJA – NÚCLEO ESTADUAL DE
EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
CULTURA POPULAR
CONSTRUINDO UMNOVO
MUNDO
APOSTILA DE PORTUGUÊS-
ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: ELAINE MARIA
EITELWEIN
Módulo 9
O Meu Guri
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice, ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega
Chegasuado e veloz do batente
Traz sempre um presente pra me
encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo
dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar
Olha aí!
Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega no morro com carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu,
gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos está um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as
iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo eu não disse, seu
moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí
Olha aí!
É o meu guri!
Olha aí!
Ai, o meu guri, olha aí
Olha aí!
É o meu guri!
letras.mus.br › MPB › Chico Buarque
CARTUNS:
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AliedoKammar, Rio de Janeiro - RJ, ilustrou para o Jornal do Brasil, Correio do Povo (RS), Pasquim.
Blog do Aliedo
ARTIGO DE OPINIÃO
O ESTELIONATO DA PEC 171/93
O debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional – PEC171/93- de redução da
maioridade penal de 18 para 16 anos de idade vai prosseguir percorrendo os longos
corredores, as salas de reuniões, os gabinetes, agora em comissão especial, depois de ter
sido admitida pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados.
Mesmo diante de dados concretos que indicam não haver nenhuma relação entre
diminuição da maioridade penal e a redução da violência e experiências de países como a
Alemanha que voltou atrás na decisão de reduzir a idade para menos de 18 anos, o debate
prosseguirá.
Assustador é pensar que, muito além de um debate democrático, podemos estar
vivendo tempos em que trocar as medidas socioeducativas de jovens infratores, cujos
índices ficam em torno de 20%, por celas imundas em presídios superlotados, onde os
índices de reincidência chegam a 70% é apontado como solução e necessidade para a
redução da extremada violência do nosso país.
Não apontar ensino de qualidade, educação libertadora, escolas públicas, acesso ao
lazer e ao esporte, saúde integral, empregos dignos(para jovens com mais de 16 anos) e
ensino profissionalizante efetivo como foco principal para iniciar e terminarrrr qualquer
debate que seja sério em relação a um futuro de menos violência e mais igualdade é imputar
a 0,013% (jovens que cometem crimes contra a vida) da população de 21 milhões de
adolescentes brasileiros uma responsabilidade que não lhes cabe.
É uma irresponsabilidade de adultos!
Os mesmos adultos que permitiram o assassinato de 81 mil jovens entre 15 e 19
anos no período de 1998 e 2008, segundo dados da Unicef.
Não se combate a violência construindo muros, colocando adolescentes em prisões,
cercando a casa com arame eletrificado.
Violência se combate com justiça, com dignidade, com emprego e oportunidades.
E mais, com solidariedade, respeito e educação.
A PEC 171/93 por uma coincidência tem o mesmo número do artigo referente ao
estelionato no Código Penal Brasileiro.
E por coincidência, ela tenta, “induzindo ou mantendo alguém em erro”, fazer crer
que o futuro será melhor se no presente encarceremos jovens!
Estelionato é crime, ser adolescente não!
ANDRÉA SAINT PASTOUS NOCCHI- Juíza do Trabalho – Jornal Zero Hora, 02/04/15. P.33
Nos quatro textos acima citados há um tema em comum: a redução da
maioridade penal. Para produzir um texto argumentativo- dissertativo é preciso a
leitura de várias tipologias textuais e de vária opiniões, pois ao escrever o autor usa do
conhecimento adquirido em todas elas, criando, assim, argumentos para a ideia que
vai defender e as soluções que irá apresentar.
Portanto, para a escrita de uma dissertação é necessário ser leitor ativo e
atuante na sociedade, estar a par dos acontecimentos de nosso país para poder
apresentá-los e dar sua contribuição na solução destes impasses.
Observe, agora, uma crônica de Nilson Souza sobre como escrever um texto
argumentativo-dissertativo:
Folha em branco
Milhares de estudantes que enfrentam neste final de semana o Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) estarão amanhã diante de um dos terrores da vida escolar: a folha em
branco. Naquele espaço fatídico ( não usem esta palavra, por favor), eles terão que
fazeruma redação de próprio punho para provar que sabem se comunicar por escrito em
bom português e que são capazes de se posicionar sobre a realidade que os cerca. Na
condição de quem se vê diariamente confrontado com esse desafio, por dever de ofício, me
atrevo a deixar duas ou três sugestões para a garotada nesta crônica sabatina.
A primeira delas é resposta que sempre dou quando um jovem vem me dizer que
não sabe nem como começar um texto:
-Conte para um amigo! – respondo.
Um truque elementar para destravar o cérebro é a gente escrever como se estivesse
contando um episódio qualquer a um amigo. Claro, numa redação formal é preciso ter
cuidado para não cair na armadilha das gírias, dos clichês e das repetições, mas ajuda
bastante usar uma linguagem simples e evitar termos que não são do vocabulário usual do
autor.
Outra coisa que costumo esclarecer aos angustiados redatores é que ninguém
escreve bem sem um pouco de sacrifício. Juntar as letrinhas é sempre difícil para quem não
faz isso todos os dias. Mas também é muito gratificante constatar que aquilo que
escrevemos faz sentido para as outras pessoas e, às vezes, até emociona.
O esforço, portanto, faz parte do processo de escrita e tem que começar bem antes
do confronto com a folha em branco. É essencial, para quem precisa supera esse desafio,
dominar o conteúdo gramatical, saber concordância nominal e verbal, não tropeçar na
ortografia, caprichar na pontuação e na acentuação. Com esse instrumento nas mãos( e na
cabeça), é só fazer o óbvio: ler o enunciado com atenção, formular uma tese clara,
desenvolvê-la e defendê-la.
A redação exige uma conclusão e posicionamento do autor. Mas não está terminada
quando a gente coloca o ponto final. Aí, é preciso fazer um exercício de humildade: reler,
cortar tudo o que não for cavalo (a sábia lição do escultor grego Phídias)e, mais importante,
passar para o lugar do amigo que está “ouvindo” a sua história.
É pelo olhar do leitor – e não do autor – que a redação tem que fazer sentido, ter
uma mensagem clara e cumprir seu propósito de comunicar. Senão, mesmo com linhas e
parágrafos, ela continuará sendo uma folha em branco.
Nilson Souza. Jornal Zero hora, 20/10/2011. P. 33.
Esquema de uma dissertação
Introdução: No primeiro parágrafo você deverá expor o problema e o caminho a ser
seguido no texto para expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.
Desenvolvimento: Aqui se encontram os argumentos, opiniões, estatísticas, fatos e
exemplos. Ao apresentá-los você deve sempre se direcionar para um lado da questão, um
ângulo de visão, uma opinião específica. Essa opinião deve ser anteriormente pensada e
analisada para que se possa fazer uma boa argumentação ou exposição.
Conclusão: Aqui você deixa claro o objetivo da sua dissertação, expõe o ponto de vista
defendido ou a conclusão da sua exposição de forma que se arremate todos os argumentos
utilizados durante a construção do texto e apresente proposta para diminuir o problema
apresentado.
Exemplo de uma dissertação:
Punição X Educação
A violência em todas as diferentes sociedades humanas parece ser uma constante
crescente. Infelizmente os jornais criminalísticos nunca ficam sem conteúdo para exibir,
esse conteúdo traz uma grande revolta à população que o absorve, principalmente, quando
os transmissores dessas informações usam demasiado sensacionalismo ao transmiti-las. A
revolta da população torna-se mais acentuada quando os delitos são cometidos por pessoas
que teoricamente não deveriam ser capazes de cometê-los.
O que mais polemiza a questão da maioridade penal é a brandura com que o estado
através de suas leis reage aos crimes cometidos por menores. O estado afirma em sua
constituição que uma pessoa só é mentalmente capaz de assumir seus atos aos 18 anos, mas
a habilidade com que certos jovens cometem seus crimes denota inteligência suficiente para
exercerem responsabilidade penal. Nesse ponto o estado mostra-se contraditório, pois,
permite que jovens considerados “mentalmente incapazes” exerçam o direito ao voto.
Por outro lado,a imprensa sensacionalista, no senso comum, propõem uma obsessiva
busca a punições para esses delinquentes e esquecem-se que o agente transformador do ser
humano é a educação e não o “ferro”, é exatamente isso que nos distingue dos animais. O
sábio Pitágoras cita isso numa frase em que diz: ”Educai as crianças para que não seja
preciso punir os adultos”.
Para a resolução deste problema devem ser adotadas várias medidas conjuntas, a
primeira delas é o estado acabar com a contradição de idades entre o eleitorado e a justiça
criminal. Outra medida importante é o endurecimento no tratamento dos delinquentes,
endurecimentos que deve visar apenas o desestímulo dessas práticas. E a mais importante
de todas as medidas é o estado investir em educação de qualidade que não vise apenas o
aprendizado de aritmética, gramática etc. Mas também foque bastante no ensino de
filosofia, sociologia e outras matérias que levem os estudantes a pensarem a respeito de
teorias da felicidade, moral, ética e a conviverem em sociedade como seres racionais.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO:
É composto por duas ou mais orações, independentes sintaticamente, isto é, uma
não exerce nenhuma função sintática sobre a outra.
Exemplo:“ A Maria levantou-se e foi espantar as moscas do rosto do anjinho.”
1ª oração: A Maria levantou-se.
2ª oração: e foi espantar as moscas do rosto do anjinho.
A primeira oração tem existência independente da segunda oração. Cada oração vale
por si só. A essas orações independentes dá-se o nome de coordenadas e o período
composto por esse tipo de oração é chamado de período composto por coordenação.
Se essas orações forem introduzidas por uma conjunção, chamam-se de
coordenadas sindéticas. Se não são introduzidas por conjunção, chamam-se coordenadas
assindéticas.
Orações coordenadas sindéticas: de acordo com o tipo de conjunção que as introduz,
podem ser:
Conjunção Exemplo
Aditivas ( e, nem...) O marido a arrancou da cadeira e ela saiu
gritando.
Adversativas (mas, porém...) A família queria noticiar o atropelamento,
mas não tinha dinheiro.
Alternativas( ou, ou...) Ora cuspia, ora soltava um palavrão.
Conclusivas (logo, por isso...) Ganhavam pouco, logo não podiam
contratar um advogado.
Explicativas( que, porque...) Não atravesse a rua, pois você pode ser
atropelado.
Observe que na tira acima temos alguns períodos por coordenação:
a) Transcreva da tirinha as formas verbais presentes.
b) Qual é a oração coordenada explicativa presente no 2º quadrinho?
c) Qual o valor semântico da conjunção em destaque na oração “ou pra mostrar ação”?
d) Retire do 3º quadrinho uma oração coordenada aditiva e sublinhe a conjunção.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA:
Observe nesta tira de Luis Fernando Verissimo que há algumas palavras que recebem
acento gráfico: política, é, lá, dá e cá. Para que determinadas palavras possam ser
acentuadas, existe em nossa língua uma regra de acentuação gráfica, obedecendo a
seguinte ordem:
Aí vai um lembrete especial, do qual você não poderá nunca se esquecer!
Nós contamos a sílabas das palavras, começando do fim para o começo.
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras recebem nomes variados, é o que
conheceremos agora.
Oxítonas – a sílaba tônica é a última.
Ex: café – cipó – bebê
Paroxítonas – a sílaba tônica é a penúltima.
Ex: útil – tórax – táxi
Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima.
Ex: árvore – lâmpada – número
Todas as proparoxítonas são acentuadas
Quando estudamos sobre este assunto é muito importante conhecermos sobre o caso dos
monossílabos, que como você já sabe, são palavras que possuem uma única sílaba.
Eles são classificados em átonos e tônicos.
Os monossílabos átonos são aqueles pronunciados de maneira fraca, pois eles não têm
acentuação própria.
Ex: de, me, se, lhe
Os tônicos são pronunciados com mais força e possuem acentuação própria.
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, "ÊM", "ÉM",
"ÊNS", seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)”
ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como
“ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Ex.
Chá Mês nós
Gás Sapé cipó
Dará Café avós
Pará Vocês compôs
vatapá pontapés só
Aliás português robô
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
méis céu mói
pastéis Chapéus anzóis
ninguém parabéns Jerusalém
Resumindo:
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de
hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as
vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
R – câncer, caráter, néctar, repórter.
X– tórax, látex, ônix, fênix.
PS – fórceps, Quéops, bíceps.
Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes
(semivogal+vogal):
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco,
proparoxítona.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
IMPORTANTE
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e
“u” tônicas, portanto hiatos?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”,
“cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já
soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento
que reforce isso.
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em
nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller,
mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
6. Acento Diferencial
O acento diferencial permanece nas palavras:
Pôde(passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou
plural:
SINGULAR PLURAL
Ele tem Eles têm
Ele vem Eles vêm
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter,
intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
Fonte:
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental.8 ed. São Paulo, Atlas, 2009, p. 15,
22-3.
EXERCITANDO:
1)Encontram-se, a seguir, alguns páreos de palavras. Sua tarefa consistirá em
analisá-los, tendo em vista a posição da sílaba tônica. Feito isso, explique a diferença de
sentido existente entre os mesmos.
02) Aponte a palavra correta quanto à acentuação:
a) môça
b) vêzes
c) insigne
d) hebreia
e) mes
03) Qual palavra se acentua pelo mesmo motivo de céu?
a) já
b) história
c) herói
d) caía
e) fé
Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, identifique a alternativa que
apresenta a palavra que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à regra
mencionada:
a) plateia
b) heroico
c) gratuito
d) baiuca
e) caiu
1. A palavra públicosegue a mesma regra de acentuação de
a. Previdência.
b. Misericórdia.
c. Câmara.
d. Irretratável.
2. A opção que apresenta uma adequada proposta de correção ortográfica é:
a. “É necessário pensar menos em si próprio e mais na coletividade, [...]” – própio.
b. “[...] mas corrigirá distorções históricas [...]” – corrijirá.
c. “[...] se o Supremo Tribunal Federal fisesse o seu trabalho [...]” – fizesse.
d. “Quem tem privilégios não quer largar o osso.” – previlégios.
3. De acordo com a norma culta escrita, a opção em que a palavra destacada está
corretamente empregada é:
a. O debate sobre a previdência social trás à tona a polêmica da aposentadoria integral.
b. Na manifestação contra as mudanças na previdência, participaram cerca de mil
funcionários públicos.
c. Todos esperam que o parlamentar brasileiro haja de acordo com a ética do serviço
público.
d. Segundo a legislação em vigor no país, ele se aposentará daqui há treze anos.
A questão 4 baseia-se na charge a seguir.
4.Pela leitura das informações verbais da charge, conclui-se que :
a. Os trabalhadores da iniciativa privada serão beneficiados pela reforma na previdência
social brasileira.
b. A reforma da previdência social brasileira depende, exclusivamente, do sacrifício dos
funcionários públicos.
c. As modificações na legislação da previdência quanto aos benefícios para o trabalhador
brasileiro ocorrerão em 2013
d. Certo segmento da classe trabalhadora brasileira poderá perder alguma vantagem com a
reforma da Previdência.
5. Assinale a opção com vocábulos que têm hiato:
a. Imundície, pólen, elétron, espontâneo, quanto.
b. Luís, arguem, jaú, sairdes, genuíno.
c. Troféu, painel, metaloide, ainda, paisinho.
d. Reféns, construção, veículo, plebeu, saúdo.
6. Assinale a oração cujas palavras estejam indevidamente acentuadas.
a. Corria pélos bosques em completo desespero.
b. Arrancávamos os pelos do gato.
c. O verbo pôr é bastante complicado.
d. Por que você não para de fazer tantas perguntas, menino?
e. Você já foi ao Polo Sul?
7. “Às vezes, as ideias não ________, ou _______ muito numerosas. Todos ______ as
necessidades locais, poucos ______ auxiliar.”
No presente do indicativo, os verbos seriam, pela ordem:
a. Veem, vêm, veem.
b. Vêm, vêm, veem, vêm.
c. Vêm, vêm, vêm, vêm.
d. Veem, veem, veem, veem.
e. Vêm, veem, veem, vêm.
8. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de:
também, incrível e caráter. a) alguém, inverossímil, tórax
b) hífen, ninguém, possível
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nó.
2) Na tirinha abaixo há duas palavras oxítonas acentuadas e uma proparoxítona.
Identifique-as:
Prefixos:
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de
modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe
gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego,
línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos
autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros,
por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os
exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Formação das Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a
composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de
derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição
sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a
partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
mar marítimo, marinheiro,
marujo
terra enterrar, terreiro, aterrar
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao
contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou
prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado.
Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de
significado ou mudança de classe gramatical.
Por Exemplo: alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verboalfabetizar. Este,
por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos.
Por Exemplo:
atual - atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Por Exemplo:
feliz - felizmente
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à
palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos)
e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através
da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um
desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não
existem as palavras "entriste", nem "tristecer".
Exemplos:
Palavra
Inicial Prefixo Radical Sufixo
Palavra
Formada
mudo e mud ecer emudecer
alma des alm ado desalmado
Atenção!
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de
prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização
e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência:
desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez
provém de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer
que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem.
Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de
prefixo e sufixo.
ATIVIDADES:
Forme palavras usando o processo de composição por aglutinação. Para tanto,
junte as palavras dadas, fazendo as adaptações necessárias:
Água/ardente:.....................................................pedra/óleo:..............................
Plano/alto:.........................................................boca/aberta:...............................
Forme palavras usando o processo de composição por justaposição. Nesteprocesso
as palavras não perdem elementos e podem exigir hífen:
Estrela/mar....................................................bananas/maçã..........................................
Tele/visão....................................................amor/perfeito
Forme palavras por meio de prefixos: derivação prefixal
Veneno:...................................caraegar.................................obedecer.........................
Ligar........................................ver..........................................atento..............................
Use os sufixos do quadro abaixo para formar o grau do diminutivo: derivação
sufixal.
-ejo -icha- inho
Lugar:................................barba:.........................................cão:.........................................
Sublinhe o sufixo e o prefixo das palavras: derivação parassintética.
Adoçar engomar subterrâneo amanhecer enrolar amaciar
Crie um substantivo derivado de um verbo: derivação regressiva:
Pescar:............................................castigar:............................trabalhar:..........................
CONCORDÂNCIA VERBAL:
No Mínimo, uma vergonha!
01) Você concorda que os setenta e três centavos é só para gozar com a nossa cara?
Justifique sua resposta:
Concordância é o modo pelo qual as palavras alteram suas terminações para se
acomodarem a outras palavras.
A concordância verbal trata das alterações do verbo, para se acomodar ao seu
sujeito.
Como regra geral o verbo concorda com o seu sujeito em pessoa e número:
Ex: As crianças comeram muito chocolate. sujeito: 3ª pessoa verbo: 3ª pessoa
do plural
do plural
Certas situações de concordância verbal provocam dúvidas. Vejamos as principais:
# Sujeito composto:
- Anteposto: nesse caso o verbo vai para o plural.
Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos.
- Posposto: o verbo fica no plural ou concorda com o elemento que estiver mais
próximo.
Ex: Passarão o céu e a terra. verbo: plural sujeito composto
Passará o céu e a terra. verbo: singular sujeito composto
concordando com céu
- Elementos identificados semanticamente: quando os núcleos do sujeito são palavras
que pertencem ao mesmo grupo significativo o verbo fica no singular.
Ex: Alegria e felicidade nos acompanha constantemente. núcleos sinônimos verbo singular
- Com elementos ligados por ou:
• Se a conjunção cria relação de exclusividade, o verbo fica no singular.
Ex: José ou João será eleito presidente.
• Se a conjunção não cria relação de exclusividade, o verbo vai para o plural.
Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo físico.
- Com elementos em gradação, o verbo concorda com o elemento mais próximo:
Ex: O vento, a chuva, o frio não os inquietava. núcleos organizados em gradação verbo no singular.
- Com as expressões um e outro / nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou
plural.
Ex: Nem um nem outro dormiu.
Nem um nem outro dormiram.
# Verbo com o pronome apassivador se.
O verbo acompanhado pelo pronome apassivador se, concorda normalmente com o
sujeito.
Ex: Vendem-se tapiocas fresquinhas.
Vende-se uma casa na praia.
# Verbo com índice de indeterminação do sujeito.
Quando o verbo é acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito esse fica na 3ª
pessoa do singular.
Ex: ? Assistiu-se à demonstração de dança.
# Pronome de tratamento
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa
(singular ou plural).
Ex: Vossa Alteza atendeu ao nosso pedido.
Vossas Altezas atenderam ao nosso pedido.
# Coletivo
O verbo fica no singular quando o sujeito é um coletivo no singular.
Ex: O bando visitava a cidade deserta.
# Porcentagem
- O verbo concorda com o sujeito quando esse é um número expresso em
porcentagem, sem especificação.
Ex: Um por cento não compareceu à aula.
Noventa por cento não compareceram à aula.
- Quando o sujeito vem especificado o verbo concorda com esse:
Ex: Dois por centodos alunos não compareceram à aula.
Dez por centodo alunadoestá em dia com as mensalidades.
Há situações em que o número percentual é considerado:
a) O partitivo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia com as mensalidades.
b) Quando o verbo se apresenta antes da porcentagem.
Ex: Não compareceu um por cento dos alunos.
c) Quando a porcentagem vem determinada:
Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não votaram.
# Nomes usados só no plural
Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só têm plural, o verbo fica
no plural se esse nome vier precedido de artigo plural, caso contrário, fica no
singular.
Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo.
Os Estados Unidos lideram o movimento.
EXERCITANDO:
1. Complete os espaços com um dos verbos colocados nos parênteses:
a) _____________ de haver algumas mudanças no seu governo. (há/ hão)
b) Sempre que ______________ alguns pedidos, procure atendê-los rapidamente.
(houver/ houverem)
c) Pouco me _______________ as desculpas que ele chegar a dar. (importa/
importam)
d) Jamais ______________ tais pretensões por parte daquele funcionário. (existiu/
existiram)
e) Tudo estava calmo, como se não ________________ havido tantas reivindicações.
(tivesse/ tivessem)
9. Complete os espaços com um dos verbos colocados nos parênteses.
a) Espero que se _________________ as taxas de juro. (mantenha/ mantenham)
b) É importante que se _______________ outras soluções para o problema. (busque/
busquem)
c) Não se ______________ em pessoas que não nos olham nos olhos. (confia/confiam)
d) Hoje já não se __________________ deste modelo de carro. (gosta/ gostam)
e) A verdade é que ________________ certos pormenores pouco convincentes.
(observou/observaram)
TABELA DE CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES
MODO SUBJUNTIVO:
Presente Pretérito perfeito Futuro
AR
Que eue
Que tu es
Que elee
Que nós emos
Que vós eis
Que eles em
se eu asse
se tu asses
se ele asse
se nós ássemos
se vós ásseis
se eles assem
Quando euar
Quando tuares
Quando elear
Quando nós armos
Quando vós ardes
Quando ele arem
ER
Que eua
Que tuas
Que elea
Que nósamos
Que vósais
Que eles am
Se euesse
Se tuesses
Se eleesse
Se nósêssemos
Se vósêsseis
Se elesessem
Quando euer
Quando tueres
Quando eleer
Quando nós ermos
Quando vós erdes
Quando eles erem
IR
Que eua
Que tuas
Que elea
Que nósamos
Que vósais
Que eles am
Se euisse
Se tuisses
Se elesisse
Se nósíssemos
Se vósísseis
Se elesissem
Quando eu ir
Quando tuires
Quando ele ir
Quando nós irmos
Quando vós irdes
Quando elesirem
VERBOS IRREGULARES:são aqueles que apresentam formas irregulares em
algumas pessoas, tempos e modos.
Exemplos de verbos irregulares: dar, aguar, nomear, odiar, caber, fazer, crer, dizer,
ler, moer, perder, poder, pôr, precaver, prover, querer, ver, mentir, cobrir, fugir, etc.
Veja a conjugação do verbo valer, no tempo presente do modo indicativo e no tempo
presente do modo subjuntivo:
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Eu valho Que eu valha
Tu vales Que tu valhas
Ele vale Que ele valha
Nós valemos Que nós valhamos
Vós valeis Que vós valhais
Eles valem Que eles valham
Observe a tirinha “Calvin e Haroldo”, de Bill Watterson, e julgue as proposições:
Calvin e Haroldo, criação do desenhista americano Bill Watterson.
Os verbos também podem ser estudados a partir da análise de tirinhas
I – O verbo “colocou”, no primeiro quadrinho, está no pretérito perfeito;
II – A forma verbal “olhando”, no segundo quadrinho, está no modo indicativo;
III – A forma verbal “poderia”, no segundo quadrinho, está no futuro do pretérito do
modo subjuntivo;
IV – A forma verbal “acharmos”, no quarto quadrinho, está no futuro do subjuntivo;
V - A forma verbal “fosse”, no quarto quadrinho, está no pretérito imperfeito do modo
indicativo.
Estão corretas:
a) I e IV.
b) II, III e V.
c) I, IV e V. d) III e V
BIBLIOGRAFIA:
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adultos/ Neide Aparecida de Almeida...(et al.). 1. Ed. São Paulo: Globo.
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– 7. Ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
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