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8/9/2019 NCSerie Ouro011-Dawn Stewardson-Casamento Forcado[DigRev]
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Copyright © 1993 by Dawn Stewardson
Originalmente publicado em 1993 pela Silhouette Books, diis!o da"arle#uin $nterprises %imited&
'(tulo original) 'he yankee*s bride
Copyright para a l(ngua portuguesa) 199+
C-C.%O DO %/0-O %'D&
Digitali2a!o) 45ia
-eis!o) 46dia
7ro8eto -eisoras
Resumo:
Um casamento sob a mira de uma arma!
uando o publicit6rio noa:ior#uino 'yler dams aceitou o
conite para ir at5 a ;e<rgia para um 8ogo de p=#uer ines#uec(el numa
>a2enda de algod!o, nem de longe podia imaginar #ue iria parar no ano
de 1?@A&&& $, o #ue 5 pior, #ue seria obrigado a en>rentar um pai >urioso
armado com um ri>le pronto para disparar
Beauregard Booker, o propriet6rio da >a2enda, era pai de trs
Projeto Revisoras 1
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>ilhas 8oens e bonitas& mais elha, $lla:ane, 86 haia se casado&
0allen tinha um car6ter calculista e sem escrEpulos& $ Sarah, a caula,
mais parecia um an8o& 0allen decidiu casar:se com 'yler dams&&& $
armou um plano diab<lico para atingir seu ob8etio&
Fas 'yler n!o tinha a menor inten!o de permanecer na
;e<rgia de 1?@A, alguns anos antes da ;uerra Ciil mericana&&&
menos, 5 claro, #ue pudesse casar:se com Sarah Booker&
Sobre o autor)
Os romances de DAWN STEWARDSON sobre iagens atra5s
do tempo alcanaram um grande sucesso de pEblico e cr(tica& Seu
primeiro trabalho nesse gnero ganhou um prmio especial da reista
americana Tempos Românticos. $ o segundo romance ganhou o prmio
7alma de Ouro da associa!o Romancistas da América. Dawn
Stewardson ie em 'oronto com seu marido ohn, dois c!es e um gato&
CASAMENTO FORÇADO
Dawn Stewardson
CAPÍTULO I
G Chegamos G disse Clayton Hillis& G I logo ali adiante&&&
$st6 endoJ
G Fas n!o pode ser G 'yler dams eKclamou, espantado,
en#uanto diminu(a a marcha do carro&
Os >ar<is da elha Lerrari mal permitiam er uma propriedade
em ru(nas, #ue parecia erguer:se misteriosamente em meio M escura e
aba>ada noite da ;e<rgia&
Projeto Revisoras 2
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G Bem:indo M La2enda Booker*s Nnoll, amigo&&& G Clayton
sorriu&
'yler brecou o e(culo, dese8ando ardentemente estar em sua
casa, em Fanhattan, diante de uma boa cere8a gelada& Sem dEida,isso seria muito mais agrad6el do #ue dirigir a#uela elha Lerrari
alugada e agentar a conersa de Clayton, #ue haia bebido demais
durante a iagem&
Fas agora era tarde para oltar atr6s& >inal, ele 86 ca(ra na
armadilha&&& $ tudo por #uJ
7or#ue haia poucas coisas no mundo #ue 'yler pre2aa mais
do #ue um bom 8ogo de p=#uer& $ >ora eKatamente para isso #ue
Clayton o haia conidado a ir at5 a#uele >im de mundo&
S< #ue agora Clayton estaa completamente bbado, 'yler
constatou, irritado& $ bastaa olhar para a#uelas ru(nas, para
compreender #ue n!o haia iPalma por ali&
G $ste lugar 5 sinistro&&& 7arece bastante prop(cio a uma
conen!o de bruKas, mas n!o 5 nada ade#uado a um 8ogo de p=#uer&
G $spere e er6, amigo G Clayton sentenciou, a o2 alterada
pelo eKcesso de 6lcool&
'yler n!o respondeu& De >ato, >ora uma p5ssima id5ia sair de
Fanhattan para ir M long(n#ua ;e<rgia, ele pensou& $, ainda por cima,
na companhia de um homem #ue nem se#uer conhecia muito bem
Clayton Hillis haia sido seu cliente durante anos e sempre lheparecera um homem t!o honesto #uanto re>inado& Fas n!o se podia
con>iar numa pessoa a partir de uma rela!o meramente pro>issional,
'yler conclu(a agora, embora tardiamente&
La2ia pouco tempo #ue encontrara Clayton num clube, 8ogando
Projeto Revisoras 3
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p=#uer& surpresa >ora mEtua e agrad6el& o descobrir #ue Clayton
era um <timo 8ogador, 'yler acabara conidando:o para algumas
rodadas com amigos&
ssim, Clayton resolera retribuir a gentile2a, propondo:lheuma noite inesquecíe em Saanna"# no su da $e%r&ia. $ 'yler, #ue
agora se arrependia amargamente, aceitara o conite&
O >ato era #ue s< h6 meia hora percebera o #uanto Clayton
podia ser eKcntrico&
G O 8ogo ser6 reali2ado na mans!o de um autntico plantador
de algod!o do s5culo passado G Clayton anunciara, ao aterrissarem no
eroporto /nternacional de Saannah& G 0oc 5 su>icientemente bom
para encer um brao >a2endeiro georgianoJ
G uer apostarJ G 'yler perguntara& $staa certo de #ue
Clayton s< #ueria impression6:lo com a#uela conersa >iada&
7ois os elhos >a2endeiros da ;e<rgia, #ue no s5culo passado
haiam lutado pela continuidade da escraatura, h6 muito estaam
mortos e enterrados&
"aiam perdido a guerra ciil para os americanos do norte,
#ue #ueriam a liberta!o dos escraos& $, depois, o tempo se
encarregara de trans>orm6:los em personagens dos liros de "ist<ria&&&
$ntretanto, ainda haia muitas plantaQes de algod!o na
regi!o& $ssa era uma das tradiQes da ;e<rgia&
S< #ue agora tudo >uncionaa de uma >orma bem di>erente dado passado, #uando os >a2endeiros possu(am centenas de escraos #ue
iiam em condiQes miser6eis, trabalhando de sol a sol para garantir
boas colheitas& $ssa era a >onte de ri#ue2a dos plantadores&&& $ a causa
da mis5ria de milhares de negros&
Projeto Revisoras 4
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4o bar do aeroporto, Clayton haia tomado 6rias cere8as,
indi>erente Ms recomendaQes discretas de 'yler, #ue lhe pedia para n!o
eKagerar)
G Desse 8eito, oc estar6 'ora de combate para o 8ogo deho8e M noite&
G De modo algum, amig!o& l5m disso, preciso mesmo de
umas doses a mais, para criar coragem de lhe contar um segredo&
G Os mist5rios me aborrecem& Se tem algo a di2er, >aa:o
logo, por >aor&
G $u >arei, no momento ade#uado& 7or ora, precisamos alugarum carro para chegarmos a minha >a2enda&
'yler bem #ue teria pre>erido seguir direto para o local d< 8ogo&
7or5m, seria uma indelicade2a recusar o conite de Clayton&
Fas, agora, diante da#uela constru!o em ru(nas #ue estaa
longe de ser uma casa de 'a(enda# 'yler pre>eriria ter sido realmente
indelicado&&&
Droga, por #ue n!o amos logo para a casa do tal >a2endeiroJ
ele pensou, prestes a perder a pacincia&
G Se8a bem:indo a Booker*s Nnoll G disse Clayton&
G $nt!o esta 5 a sua >a2enda G 'yler comentou com ironia&
G Sei #ue oc est6 decepcionado e #ue esperaa algo melhor&
Fas n!o se deiKe enganar pelas aparncias, meu amigo& O interior da
casa at5 #ue n!o est6 t!o mal&&&
'yler >itou:o com ar de dEida&
G 0oc n!o acredita, mas logo er6 #ue estou di2endo a
erdade& G Clayton saltou da Lerrari e 'yler, sem outra op!o, seguiu:o
Projeto Revisoras 5
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em dire!o ao interior da ru(na&
De >ato, Clayton haia re>ormado uma ala da casa& "aia dois
#uartos espaosos e limpos logo M direita do hall de entrada& $ ningu5m
#ue passasse pela rodoia poderia se#uer suspeitar da eKistnciada#ueles aposentos, repletos de m<eis e ob8etos antigos&
'yler teria gostado de se demorar ali por algum tempo,
eKaminando as peas de mogno e ob8etos de prata, pelos #uais os
colecionadores de 4oa Rork certamente pagariam um bom dinheiro&
Fas Clayton Hillis, completamente embriagado, continuaa a
perturb6:lo com conersas #ue n!o tinham o menor sentido&
G 0amos cuidar dos nossos tra8es, amigo G disse, abrindo um
pesado arm6rio #ue mais parecia um camarim de teatro, cheio de
roupas antigas&
G Se oc est6 pensando #ue ou trocar minhas roupas
comuns por uma dessas >antasias&&& G 'yler comeou a di2er&
Fas n!o concluiu a >rase& Com a maior naturalidade do mundo,
Clayton separou algumas roupas e ordenou:lhe #ue as estisse& $m
seguida, o>ereceu:lhe uma carteira de couro cheia de notas antigas&&&
4otas #ue haiam circulado no $stado da ;e<rgia h6 mais de cem anos
G O #ue signi>ica issoJ G 'yler indagou, t!o irritado #uanto
con>uso&
G Ora, esta 5 a regra nEmero um do 8ogo para o #ual oc >oi
conidado) adotar o elho estilo sulistade nossos antepassados& G Fas esse dinheiro&&& G $ o #ue
dee usar nas apostas& G $ #uanto a essas roupas rid(culasJ G $las n!o
eram rid(culas no tempo em #ue precedeu a guerra ciil americana&
G Fas&&&
Projeto Revisoras 6
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G Laa o #ue eu digo, amigo& >inal, oc #uer ou n!o #uer
participar de uma noite inesquecíe)
Sem outra alternatia, 'yler dams haia concordado com a
brincadeira&&& $mbora n!o achasse a menor graa&gora, ali estaam ambos, na#ueles estranhos tra8es& Clayton
estia um con8unto de brim grosso, #ue agamente lembraa um
uni>orme do eK5rcito con>ederado& 'yler usaa cala 8usta, camisa
branca, botas de cano alto, casaco a2ul com galQes dourados e chap5u&
G $ uma pena estarmos no comeo de agosto G ele
resmungou, irritado& G Sinto:me pronto para >este8ar o carnaal&&& S<
#ue n!o e8o nenhum sal!o de bailes por perto&
/gnorando o coment6rio, Clayton condu2iu:o para >ora da casa
e, com um gesto amplo, apontou a paisagem desolada ao redor&
G 'udo isso 86 >oi uma grande planta!o de algod!o, meu
amigo&
G $u imaginaa #ue sim&
G $ esta casa, #ue ho8e me pertence, era uma mans!o
imponente e >uncionaa como sede desta >a2enda, #ue por sinal chama:
se Booker*s Nnoll&
G 0oc 86 disse isso G 'yler comentou, mal:humorado& G $,
agora, #ue tal se >=ssemos M casa do tal >a2endeiro, para er se o
derrotamos no p=#uerJ
Fas Clayton parecia n!o estar com muita pressa, poiscontinuaa contando a hist<ria da propriedade)
G 7or olta de 1??, o propriet6rio da >a2enda i2inha, um
homem muito temperamental chamado Beauregard Booker, comprou
esta propriedade e re>ormou a mans!o&
Projeto Revisoras 7
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$m outras circunstTncias, 'yler at5 #ue teria gostado de ouir
a#uelas in>ormaQes pitorescas& Fas, no momento, s< conseguia
en>urecer:se com Clayton #ue, com a conic!o caracter(stica dos
bbados, di2ia)
G O general Sherman inadiu essas terras durante o inerno
#ue marcou a passagem do ano de 1?+ para 1?+@& casa >oi, ent!o,
incendiada pelos soldados ian#ues&
G 4aturalmente, os >a2endeiros dessa regi!o eram
con>ederados G 'yler comentou& $ 86 arrependido por ter dito algo t!o
<bio, corrigiu:se) G ue cabea, a minha 'odos os lati>undi6rios do sul
se reoltaram, #uando o presidente braham %incoln proclamou a
aboli!o da escraatura&
G I l<gico& $les tinham muitos escraos e n!o #ueriam #ue o
sistema mudasse&&& Odiaam %incoln e todos os abolicionistas&
Como Clayton se calou por um momento, 'yler aproeitou a
oportunidade e sugeriu)
G $scute, amigo, estou achando tudo muito eK<tico einteressante&&& Fas n!o e8o a hora de comear a 8ogar& 7ortanto, se
oc tier a bondade de condu2ir:me at5 a casa do seu amigo
>a2endeiro, eu agradeceria&
G Oh, claro #ue sim& 0amos l6&
G Utimo& G 'yler suspirou, aliiado&
Clayton condu2iu:o por uma trilha estreita, #ue contornaa acasa&
G I por a#ui& G $, de repente, parecia ter se recobrado da
bebedeira, pois caminhaa com uma agilidade surpreendente, apesar
das irregularidades do terreno e de 6rios montes de entulhos,
Projeto Revisoras 8
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espalhados a#ui e ali&
G $i G 'yler protestou, apressando:se para n!o perd:lo de
ista& G uer me esperar, por >aorJ
G 'udo bem, mas n!o >aa barulho G Clayton recomendou,diminuindo o ritmo dos passos&
G 7or #uJ G: 'yler perguntou, ir=nico& :G cha #ue posso
acordar os >antasmasJ >inal, 86 est6 escurecendo&&&
G Li#ue #uieto G Clayton ordenou, puKando uma lanterna do
bolso& cendeu:a, iluminando o espao ao redor& G DeiKe:me er&&&
entrada do por!o 5 por a#ui&&& 7ronto Consegui encontr6:la Ganunciou, ao iluminar uma pe#uena porta, #ue n!o deia ter mais do
#ue um metro de altura&
'yler assustou:se&
G $i, oc n!o est6 pretendendo conencer:me a entrar nesse
buraco&&&
G 0enha& G Clayton aanou na dire!o da porta&
G Fas isso 5 uma loucura G 'yler eKclamou, perdendo de e2
a pacincia& G Sabe de uma coisaJ 0oc >icou maluco, Clayton Hillis& $
eu estou >arto dessa brincadeira de mau gosto&
G Santo Deus, como oc reclama G Clayton disse,
impaciente& Depois, num tom mais ameno, concluiu)
G Fas n!o lhe tiro a ra2!o, amigo& >inal, se eu estiesse em
seu lugar, portaria:me da mesma >orma&&&
G Oh, como oc 5 compreensio G 'yler comentou,
sarc6stico&
Clayton abriu a porta e iluminou a escada estreita #ue
Projeto Revisoras 9
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condu2ia ao por!o&
G 0amos& G $, sem esperar pela resposta, comeou a descer
os degraus, #ue rangiam perigosamente&
G Santo Deus G 'yler murmurou& G $sse maluco ainda aiacabar #uebrando o pescoo& $ embora eu este8a realmente com muita
ontade de estrangul6:lo, n!o tenho coragem de deiK6:lo ir so2inho&
G Leche a porta, por >aor G Clayton pediu, 0oltando:se por
um momento&
G 'udo bem G 'yler obedeceu e comeou a descer&
G $u desisto de tentar >a2:lo recuperar a ra2!o&
G 'ome cuidado G Clayton recomendou& Fas, no instante
seguinte, perdeu o e#uil(brio e rolou pela escada& lanterna escapou:lhe
das m!os, caiu no ch!o do por!o com um ru(do seco e apagou:se&
G 0oc est6 bemJ G 'yler perguntou, apreensio& escurid!o
era total&
G Sim& 0enha, amigo& Laltam apenas #uatro ou cinco degraus&Sem outra alternatia, 'yler resmungou um palar!o e
terminou, lentamente, a descida&
G $ agoraJ G perguntou entre os dentes& $staa t!o >urioso,
#ue seria capa2 de acertar um soco em Clayton, caso pudesse enKerg6:
lo na#uele breu&
G gora, 5 s< esperar G disse Clayton&
G $sperar o #uJ G 'yler gritou, eKasperado& G ue algum
>antasma do s5culo passado enha nos resgatarJ
G Li#ue tran#ilo, meu caro& Da#ui a pouco, estaremos numa
animada roda de p=#uer&
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G Oh, mas 5 claro #ue sim G 'yler esbrae8ou& G $ 86 #ue
estamos >alando em absurdos, eu #ueria ganhar so2inho na loteria do
pr<Kimo s6bado G /a di2er mais alguma coisa, #uando percebeu um
lee tremor no solo& G $ agora, #ue diabos est6 acontecendoJ
G 0oc n!o acreditaria, se eu dissesse&
'yler n!o rebateu a resposta dEbia de Clayton, pois estaa
apreensio demais para >a2:lo& S< #ueria saber o #ue signi>icaa a#uela
sensa!o estranha, #ue o >a2ia ibrar da ponta dos p5s M rai2 dos
cabelos numa elocidade ertiginosa& 'odo o seu corpo tremia, e o medo
ameaaa domin6:lo&
'yler #uis gritar, mas a o2 n!o lhe obedeceu& O pTnico,
mesclado ao tremor intenso, deu:lhe a impress!o de #ue estaa prestes
a morrer&
Fas num dado momento, t!o repentinamente #uanto haia
comeado, a sensa!o de tremor desapareceu&
-espirando com di>iculdade, 'yler estaa 8ustamente pensando
em sair da#uele lugar o mais depressa poss(el, #uando ouiu a o2serena de Clayton&
G gora est6 tudo bem& Creio #ue 86 podemos subir& t5 #ue
en>im concordamos em alguma coisa, 'yler respondeu mentalmente&
$staa perpleKo demais para >alar e pre>eria guardar todas as suas
>oras para escapar da#uele por!o sinistro e empoeirado&
inda tentando normali2ar a respira!o, ele comeou a subir a
escada deagar e com um suspiro de al(io tocou a maaneta da porta&
briu:a e saiu rapidamente&&& $nt!o, leou o maior susto de sua ida) a
casa em ru(nas haia se trans>ormado numa eKuberante mans!o, em
per>eito estado de consera!o&
Projeto Revisoras 11
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.ma tnue luminosidade traspassaa pelas 8anelas do andar
t5rreo&
t=nito, 'yler recuou alguns passos, recusando:se a acreditar
em seus olhos&G 4!o pode ser G ele murmurou& $, ent!o, deparou com uma
segunda surpresa) o entulho #ue antes atraancaa o terreno haia
desaparecido, cedendo lugar a um gramado erde8ante, entremeado por
belos canteiros >loridos&
$m resumo, a mans!o parecia ter ressuscitado de entre os
escombros, bem como toda a paisagem ao redor&
'yler oltou:se para Clayton, #ue acabaa de sair do por!o e
agora >echaa cuidadosamente a porta&
G O #ue signi>ica&&&
G Depois responderei tudo o #ue oc #uiser G Clayton o
interrompeu, batendo a m!o no palet<, para tirar a poeira& G Fas
primeiro temos de entrar na casa& 0enha& G $ indicou uma porta lateral&
G co2inha 5 sempre o melhor acesso&
'yler permaneceu im<el, en#uanto 6rios pensamentos
cru2aam:lhe a mente numa elocidade estonteante&
primeira coisa #ue lhe ocorreu >oi #ue Clayton estaa lhe
pregando uma grande pea& Sim&&& S< poderia ser isso&
gora, tudo se encaiKaa e >a2ia sentido) as roupas do s5culo
passado, a iagem M#uelas ru(nas& t5 mesmo a bebedeira de Claytontale2 >osse puro >ingimento&
$ o por!o cheio de poeira deia ser um eleador camu>lado&
Bem, >osse como >osse, o >ato era #ue Clayton lhe preparara
uma boa surpresa& .ma noite inesquecíe# como ele mesmo anunciara&
Projeto Revisoras 12
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G0enha& G Clayton abriu uma porta e deu:lhe passagem&
$m silncio, 'yler seguiu:o& mbos atraessaram uma eKtensa
co2inha e sa(ram num corredor, #ue condu2ia ao hall de entrada da
mans!o&'yler olhaa ao redor com uma eKpress!o at=nita& ;ostaria
muito de saber #ual >ora o tru#ue empregado por Clayton para le6:lo
M#uele hall #ue, minutos atr6s, tal como a mans!o inteira, era apenas
uma ru(na&
/sso, sem contar a decora!o da mans!o, #ue denotaa
eKtremo luKo& Os m<eis de madeira nobre e pesada, os tapetes, os
ob8etos de cobre, ouro e prata&&& li estaam 6rias das peas #ue h6
pouco 'yler ira acumuladas nos #uartos& S< #ue agora elas pareciam
noas!
'yler notou tamb5m #ue a ilumina!o n!o era el5trica& Os
lustres e as lumin6rias de metal, ricamente trabalhados, possu(am elas
em lugar de lTmpadas&
Clayton parou ao p5 da escada #ue partia do sagu!o econdu2ia ao segundo paimento da casa& $nt!o, chamou em o2 alta)
G oseph
'yler 86 ia perguntar #uem era oseph, #uando um homem
negro, de meia:idade, surgiu no alto da escadaria& .saa camisa branca,
cala 8usta #ue terminaa na altura dos 8oelhos, meias escuras e
sapatos rEsticos&
G Se8a bem:indo, sin"o(in"o Clayton Hillis G disse com um
sorriso sol(cito, en#uanto descia a escada& G $u n!o oui sua carruagem
se aproKimandoV sen!o, teria corrido para atend:lo& $ngraado, eu
nunca escuto o sin"* chegar&
Projeto Revisoras 13
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G 'udo bem, oseph& G Clayton sorriu com simpatia& $ num
tom humorado, acrescentou) G $ #ue eu sou como os gatos) gosto de
me aproKimar em silncio e bem de mansinho&
O homem riu, diertido&G $sse sin"* Hillis gosta de uma piada #ue s< endo
G 7ois 5, oseph& ida 86 tem suas di>iculdades& Se a gente
n!o brincar um pouco&&&
G 'em ra2!o, sin"o(in"o.
G $ por >alar nisso, eu e meu amigo a#ui estamos a caminho
da casa de Beauregard Booker, para um 8oguinho de p=#uer& 0ocpoderia selar dois caalosJ
G Fas 5 claro #ue sim, sin"o(in"o.
G Obrigado, oseph&
G 6 ou proidenciar& G O negro a>astou:se rapidamente&
G uer me eKplicar #ue diabos est6 acontecendo a#uiJ Como
>oi #ue esta casa >icou noa de repenteJ $ de onde surgiu osephJ
G $le 5 um escrao, mas claro #ue eu n!o o trato como tal&
G $scraoJ G 'yler repetiu, perpleKo&
G Sim&
G Fas n!o eKistem mais escraos na ;e<rgia
G $m 199+, n!o& G Clayton >e2 uma pausa e, por >im,
anunciou) G contece #ue estamos no ano de 1?@A, amigo& $ oc sabe
muito bem #ue nessa 5poca ainda n!o haia sido decretada a aboli!o&
4a erdade, isso s< acontecer6 da#ui a #uin2e anos, em 1?+@& CertoJ
G Fas 1?+@ >oi o ano em #ue terminou a ;uerra de Secess!o
Projeto Revisoras 14
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G Ou se8a, a guerra ciil americana& O con>ronto entre o sul,
#ue >ormaa o eK5rcito con>ederado, e o norte, cu8os soldados >icaram
conhecidos como >ederados ou ianques. 4a erdade, este era um
apelido pe8oratio, #ue o pessoal do sul usaa para designar os
nortistas&
G Santo Deus G 'yler ainda relutaa em acreditar #ue tudo
a#uilo estiesse acontecendo de erdade&
G $ntendo como oc se sente G disse Clayton& G Fas esta 5
a pura erdade&
G uer di2er #ue n<s retrocedemos no tempoJ
G /sso mesmo, amigo& G Clayton sorriu& G Se8a bem:indo M
;e<rgia do s5culo passado, 'yler&
CAPÍTULO II
G $stamos #uase chegando& G Clayton condu2ia a charrete
pela estreita e sinuosa estrada de terra&
$ embora aparentasse estar completamente recuperado da
bebedeira, a hist<ria #ue acabara de narrar s< poderia ter nascido de
uma mente alcooli2ada& o menos era isso o #ue 'yler pensaa, com o
#ueiKo apoiado nas m!os, os olhos perdidos nos astos campos de
algod!o #ue dominaam a paisagem&
4!o, ele decidiu mentalmente, depois de muito re>letir&
W4ingu5m pode retroceder no tempo&W $ essa conclus!o leaa a uma
outra pergunta, cu8a resposta deia ser bastante complicada) se ambos
realmente n!o haiam ia8ado atra5s do tempo, ent!o Clayton acabara
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de lhe pregar a maior pea da hist<riaJ $ o tru#ue era t!o per>eito, #ue
parecia eKtremamente real&
G Desista da esperana de compreender racionamente o #ue
nos aconteceu G Clayton aconselhou, como se lhe adiinhasse ospensamentos& G O pr<prio Shakespeare n!o escreeu #ue) W"6 muito
mais coisas entre o c5u e a terra do #ue supQe a nossa ! >iloso>iaWJ
7ois essa iagem no tempo dee ser um da#ueles mist5rios #ue para os
#uais n!o eKiste nenhuma eKplica!o&
'yler suspirou, passando a m!o pelos cabelos negros num
gesto de cansao& 4em #ue iesse cem anos, desistiria de desendar
a#uele milagre& $, por isso, continuaa insistindo)
G DeiKe:me tentar entender noamente&&& 0oc disse #ue tem
>eito essa iagem pelo tempo h6 6rios anosJ
G Sim&
G $ sempre em parar a#uiJ
G $Kato& 'odos na regi!o me conhecem& 'omam:me por um
ia8ante, e isso eKplica o >ato de eu ir e oltar com >re#ncia&
G Certo& G 'yler continuaa perpleKo& G $ apesar de ia8ar
constantemente atra5s do tempo, oc ainda n!o percebeu como
>unciona esse incr(el mecanismoJ
G 4!o& $ acho #ue nunca entenderei, amigo& 4a primeira e2
em #ue desci ao por!o e senti os tremores, achei #ue estaa tendo
alucinaQes& Fas, de algum modo, a#uele local >a2 com #ue as pessoasse8am transportadas atra5s do tempo& 7recisamente, para cento e
#uarenta e seis anos atr6s& Sei disso por#ue, #uando descobri a#uele
por!o em 19?9, >ui parar no ano de 1?3& $ essa rela!o de tempo
continuou a mesma nos anos seguintes& 7or eKemplo, agora estamos no
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ano de 1?@A& $ l6 em nosso mundo era 199+& Ou se8a, a di>erena
permanece a mesma&
G -etrocedemos cento e #uarenta e seis anos G 'yler
con>irmou, ap<s >a2er os c6lculos mentalmente& G $ incr(el &&&G S< mesmo endo para crer, amigo&
G $ como >oi #ue oc conseguiu comprar a La2enda Booker*s
NnollJ G 'yler indagou, curioso&
G $u n!o, o propriet6rio de Booker*s Nnoll&
G Fas oc disse #ue era&&&
G S< comprei:a em 19?9& Fas a#ui, no presente ano de 1?@A,
sou um simples locat6rio&
G $ como isso aconteceuJ uem 5 o propriet6rio de Booker*s
Nnoll nesta 5pocaJ
G Beauregard Booker, o >a2endeiro de #uem lhe >alei&
G Fas ele n!o ieu no s5culo passadoJ G 'yler retrucou,
impaciente&
G $ n<s n!o estamos no s5culo passado, amigoJ G Clayton
argumentou, rindo&
G Oh, 5 mesmo& G 'yler suspirou, tentando ordenar as id5ias&
G Fas conte:me) como >oi #ue alugou a La2enda Booker*s NnollJ
G $ssa 5 uma hist<ria um tanto complicada&
G Conte mesmo assim G 'yler pediu, recostando:se no banco
rEstico da charrete& G essa altura dos acontecimentos, duido #ue eu
possa >icar mais espantado do #ue 86 estou&
G Certo& G Com um lee assoio, Clayton estimulou o caalo a
andar mais depressa& O animal passou do trote ao galope, erguendo
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nuens de poeira ao longo da estrada& G 4a erdade, Beauregard
Booker comprou a >a2enda para d6:la de presente de casamento a $lla:
ane, sua >ilha mais elha, #ue desposou um homem idoso e muito rico&
G $, ent!o, o #ue aconteceuJG O marido de $lla:ane, #ue se chama $well $ndicott, n!o
concordou em morar l6& Fas isso 86 5 outra hist<ria&
lgo no tom de o2 de Clayton denunciaa uma certa
in#uieta!o& $ra como se ele n!o #uisesse >alar sobre o assunto& 7or
#uJ 'yler se perguntou& Fas n!o tinha a menor id5ia de #ual poderia
ser a resposta&
G uando descobri #ue eu podia ia8ar atra5s do tempo,
achei #ue precisaa de um espao s< meu G Clayton prosseguiu ap<s
um longo momento& G $nt!o, propus a Beauregard Booker #ue me
alugasse a propriedade& 4a erdade, s< uso mesmo a mans!o& $ deiKo
#ue oseph cuide do cultio do algod!o& $le 5 um homem muito honesto
e trabalhador, sabeJ
G De >ato, pareceu:me uma <tima pessoa& $ n!o 5 M toa #ueele o estima tanto& >inal, oc lhe d6 uma considera!o #ue nenhum
escrao tem nesta 5poca&
G 4<s nos apoiamos mutuamente& G Clayton sorriu e
acrescentou) G Bem, n!o h6 muito mais a di2er& Desde #ue aluguei
Booker*s Nnoll a#ui em 1?@A e #ue a comprei em 19?9, tenho ia8ado
entre um s5culo e outro com bastante >re#ncia&
G $ ningu5m nunca descon>iou de nadaJ
G t5 ho8e, n!o&
estrada sinuosa abria:se agora numa encru2ilhada&
G Se tomarmos M es#uerda, chegaremos Ms casas dos
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escraos e M planta!o& G $nt!o, condu2iu a charrete pelo caminho da
direita& G Seguindo por a#ui, estaremos na casa principal da >a2enda
em poucos minutos& G $ tomou uma alameda de cascalho ainda mais
estreita, ladeada de 6rores cu8os galhos pendiam sobre o caminho&
lua #uase cheia erguia:se no c5u, enolendo a paisagem ao
redor com seu manto a2ul e prateado&
G Olhe %6 est6 a casa de Beauregard Booker G Clayton
in>ormou cerca de #uin2e minutos depois&
constru!o imponente, recortada contra o luar, assemelhaa:
se a um templo grego, perdido no sul da ;e<rgia&
Diante da#uele cen6rio, 'yler emocionou:se& 'udo a#uilo era
uma grande loucura, mas&&& como negar tamanha bele2aJ
G $ simplesmente >ant6stico& G Com um riso claro e cristalino,
eKclamou) G 4<s realmente estamos no s5culo passado
G 7ensei #ue oc 86 estiesse conencido disso& G Clayton riu
tamb5m& $, num tom mais s5rio, aconselhou) G 4!o 6 cair na besteira
de di2er a Beauregard Booker #ue simpati2a com o presidente %incoln&
G 4a erdade, eu o considero um homem incrielmente
cora8oso e s6bio&
G 7ois diga a Beauregard Booker #ue admira um abolicionista,
e ele lhe torcer6 o pescoo&
'yler, apesar de ainda atordoado por tantas surpresas,
continuou, rindo)
G $i, oc est6 cometendo um lapso de tempo, Clayton Hillis&
G 7or #uJ
G 7or#ue duido #ue Beauregard Booker tenha se#uer ouido
Projeto Revisoras 19
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>alar de %incoln #ue, a>inal, s< se tornar6 presidente desse pa(s em
1?@9& $m seguida, ai abolir a escraatura e a( 5 #ue a coisa estoura&
G 'em ra2!o& G Clayton sorriu& G $ssas iagens atra5s do
tempo Ms e2es me deiKam con>uso&G 7ois imagine como eu estou me sentindo, meu caro&
medida #ue a charrete se aproKimaa da mans!o dos Booker, 'yler
conseguia discernir mais detalhes da#uela bela constru!o&
Fas agora o #ue realmente chamaa:lhe a aten!o eram as
trs moas na aranda, sentadas em s<lidas cadeiras de madeira rEstica
e tomando re>rescos&
ntes #ue 'yler perguntasse de #uem se trataa, Clayton
eKplicou)
G Beauregard Booker 5 iEo e tem trs >ilhas& s duas mais
8oens moram a#ui, com ele&
G $ a mais elha 86 5 casada G 'yler recordou:se&
G Sim& $ ie com o marido no centro de Saannah&
Se at5 a#uele momento 'yler ainda tiesse alguma dEida
sobre o >ato de tudo a#uilo ser real, agora estaa conencido&&& 7ois
a#uelas trs 8oens e belas mulheres eram mesmo de carne e osso& Fas
haia uma, particularmente, #ue mais parecia uma >igura de sonho&
$la estaa sentada de costas para uma 8anela, por onde
traspassaa uma lu2 amarelada, #ue mais parecia uma esp5cie de aura
a enol:la&
.sando um longo estido branco, de rendas, a 8oem mulher
assemelhaa:se a um an8o rec5m:sa(do do para(so&
Clayton desceu da charrete, tirando seu chap5u
Projeto Revisoras 20
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numa atitude respeitosa& 'yler imitou:o&
G Clayton Hillis G uma das mulheres eKclamou, sorrindo& G
7apai >icar6 >eli2 em :lo G $rgueu:se da cadeira e, arrepanhando a
longa saia a2ul, aproKimou:se de Clayton& 'omou:lhe as m!os e >itou:opor um longo momento&
'yler obserou a cena com curiosidade& Seria impress!o sua,
ou a o2 de Clayton soou por demais emocionada, ao di2er)
G $lla:ane, 5 um imenso pra2er encontr6:la& Suponho #ue seu
marido este8a l6 dentro, 8ogando p=#uer& G $le indicou o interior da casa
com um gesto de cabea&
$la respondeu a>irmatiamente, e Clayton prosseguiu)
G ;ostaria de apresent6:la a um amigo de 4oa Rork, o sr&
'yler dams& G 0oltando:se para 'yler, disse) G $sta 5 a sra& $lla:ane
Booker $ndicott&
G 7ara ocs, sou simplesmente $lla:ane G ela o corrigiu,
antes de cumprimentar 'yler num tom polido&
G $ essas s!o as irm!s de $lla:ane G Clayton continuou,
apontando as duas outras mulheres, #ue continuaam sentadas& G
0allen Booker&&& $, Sarah Booker&
Sara"... 'yler repetiu em pensamento& $nt!o era esse o nome
da#uele an8o
Sorriu para ambas com uma eKpress!o am6el& $ >icou
>ascinado com os olhos de Sarah, #ue eram muito eKpressios,luminosos e de um tom castanho:claro #ue ele 8amais ira antes&
7or um longo momento, 'yler >icou admirando a#ueles olhos,
como #ue hipnoti2ado, a ponto de es#uecer:se de onde estaa& $ s< se
deu conta de sua indiscri!o, #uando Sarah piscou e enrubesceu
Projeto Revisoras 21
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leemente, desiando o rosto&
Com um suspiro, 'yler censurou:se por sua atitude #ue poderia
ser considerada, no m(nimo, como um imperdo6el atreimento&
G 7or #ue ocs n!o ieram mais cedo, Clayton HillisJ G0allen indagou, leantando:se& G ssim, poderiam ter 8antado conosco&
$u e minhas irm!s >icar(amos encantadas em mostrar a seu amigo um
pouco de nossa >amosa hospitalidade sulista& G $la >alaa com Clayton,
mas >itaa 'yler com insistncia&
'yler sentiu:se um tanto constrangido& Seria impress!o, ou
a#uela mulher 8oem e um tanto antip6tica estaa se insinuando para
eleJ
%ogo 'yler tratou de abandonar essa hip<tese& >inal, pelo #ue
lera a respeito das mulheres do s5culo passado, elas eram muito
recatadas&
'ale2 0allen Booker s< este8a #uerendo ser hospitaleira e
gentil, ele pensou&
G Seu noio n!o eio esta noite, 0allen BookerJ G Clayton
perguntou num tom s5rio, bem di>erente do #ue usara com $lla:ane&
O modo como 0allen >u2ilou Clayton com seus olhos cin2entos
causou uma pro>unda antipatia em 'yler&
gora, ele n!o duidaa de #ue a#uela mulher, apesar de
8oem e bonita, tinha #ual#uer coisa de >rio, de mal5olo em seu
car6ter& 7ortanto, sua primeira impress!o estaa correta&&& 0allen era de>ato uma pessoa estranha& O melhor a >a2er seria trat6:la de maneira
educada, mas distante&
G Lit2hugh Larnsworth anda muito ocupado em sua >a2enda G
0allen eKplicou, r(spida, encerrando o assunto& $nt!o, oltando:se para
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'yler, sorriu de maneira proocante e perguntou) G Como >a2 calor
nesta 5poca do ano, n!o 5 mesmo, sr& 'yler damsJ
G -ealmente G ele a#uiesceu num tom s5rio&
G O senhor dee estar eKausto depois dessa longa iagem donorte para c6& ;ostaria de tomar algo para re>rescar:seJ 'ale2 uma
limonada ou um ch6J
gora, 'yler tinha certe2a de #ue a#uela mulher estaa
proocando:o abertamente&
G $ ent!o, sr& damsJ G ela insistiu& G O #ue me di2J
ntes #ue 'yler pudesse responder, a conersa >oiinterrompida&
G Ora, e8am s< #uem chegou&&& O meu i2inho Clayton Hillis
liiado por a#uela inter>erncia, #ue >eli2mente lirou:o do
olhar inc=modo de 0allen, 'yler irou:se e deparou com um homem de
meia:idade, corpulento, #ue sorria para Clayton& O homem possu(a
cabelos grisalhos e uma barba cerrada, totalmente branca&
'yler concluiu, um tanto diertido, #ue a#uele homem parecia:
se com o >amoso coronel Sanders, o s(mbolo da Nentucky Lried Chicken,
a +,-.
G Como est6 o 8ogoJ G Clayton perguntou, depois de apertar
a m!o do >a2endeiro&
G Fuito bom& /n>eli2mente, Lit2hugh Larnsworth n!o p=de ir&
De modo #ue restamos apenas eu, $well $ndicott e um rapa2 l6 do
oeste& La2 uma hora #ue comeamos& $, at5 agora, ganhei #uase todas
as apostas&
Clayton assentiu e, em seguida, apresentou 'yler dams, a
#uem Beauregard Booker cumprimentou com um cordial aperto de m!o&
Projeto Revisoras 23
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G Fuito pra2er, rapa2& 0oc&&& 5 um ianque# certoJ
G 7ode:se di2er #ue sim, senhor G 'yler respondeu&
G Utimo& Sabe, n<s a#ui do sul adoramos derrotar ian#ues no
p=#uer&
'yler assentiu com um sorriso modesto& Sabia:se um bom
8ogador, mas pre>eria n!o contar antagens antecipadamente&
G 0amos l6, minha gente G disse Beauregard, 0oltando:se e
entrando na casa& G gora o 8ogo ai esquentar.
Clayton seguiu:o, e 'yler >e2 o mesmo& 7or5m, detee:se por
um instante e oltou:se para contemplar Sarah Booker de noo& Comum misto de surpresa e emo!o, percebeu #ue ela tamb5m o estaa
olhando e #ue agora enrubescia iolentamente, ao er:se descoberta&
'yler sorriu, tomado por uma alegria inocente, embora muito intensa&
7or um instante, sentiu ontade de mandar a roda de p=#uer Ms >aas&&&
Fas contee:se&
4!o >icaria nada bem deiKar o 8ogo de lado, para conersar
com a >ilha caula de Beauregard Booker& ssim, s< lhe restaa entrar
na casa e ocupar seu lugar M mesa& $ >oi o #ue 'yler >e2&
G Santo Deus G Sarah murmurou, sentindo as >aces
a>ogueadas de ergonha& #uele ian#ue a haia pego em >lagrante&
Fas o #ue, eKatamente, estaa acontecendoJ $la se
perguntou, con>usa&
4unca, em toda sua ida, olhara da#uele 8eito para algu5m&Onde estaa sua compostura, seu recatoJ
$ntretanto, a#uela era a primeira e2 #ue deparaa com um
homem t!o belo e atraente&
despeito de &ser um ian#ue, 'yler dams possu(a os olhos
Projeto Revisoras 24
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mais lindos #ue ela 86 ira) a2uis como sa>iras preciosas ou como a
tonalidade do c5u numa tarde de er!o&
$ os traos do rosto, ent!oJ $ram >inos, per>eitos) a boca
sensual, os dentes brancos como p5rolas, o nari2 a>ilado, a testa larga,os cabelos negros e encaracolados&&& 'udo na#uele homem parecia
realmente especial&
/sso, sem contar o corpo elegante, de porte atl5tico& $ ele era
t!o alto
Fais alto ainda do #ue papai e do #ue Clayton Hillis, Sarah
concluiu em pensamento&
$s>orando:se para a>astar 'yler dams da mente, ela
procurou se concentrar na conersa das irm!s&
G 7or #ue oc >icou se eKibindo para o sr& damsJ G $lla:
ane repreendeu 0allen& G /sso n!o >ica bem para uma moa de sua
idade, e ainda mais comprometida com outro homem&
G Ora, mana, eu s< estaa #uerendo ser gentil G 0allen
8usti>icou:se com ar maroto&
Sarah >itou:a com preocupa!o& Conhecia a#uele tom
2ombeteiro de 0allen& .m tom #ue signi>icaa encrenca na certa&
$, de >ato, como a con>irmar:lhe as suspeitas, 0allen tomou a
m!o de $lla:ane e pediu)
G 0enha comigo, simJ uero dar um passeio&&& ssim, poderei
lhe >alar a respeito de uma id5ia #ue acaba de me ocorrer&
$lla:ane assentiu e ent!o oltou:se para Sarah&
G 7or #ue n!o nos acompanha, meu bemJ
G 4!o G 0allen intereio& G 4ossa conersa ser6 em
Projeto Revisoras 25
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particular, $lla:ane& Fesmo por#ue, acho #ue Sarah n!o entenderia&
G 0allen G $lla:ane tornou a repreend:la& G 4!o gosto de
#ue oc a trate desse 8eito&
G 'udo bem, $lla:ane G disse Sarah, >orando um sorriso& G$u n!o me importo& l5m do mais, n!o estou muito disposta a passear&
7re>iro >icar a#ui, contemplando esta bela noite&
-ecostando:se na cadeira, Sarah obserou as irm!s descendo
de braos dados pelo caminho #ue condu2ia ao rio& poucos metros
dali, haia um #uios#ue com bancos de pedra e uma grande mesa, onde
a >am(lia costumaa almoar em dias de eKcessio calor&
os inte e trs anos, Sarah Booker era a caula das irm!s&
0allen tinha inte e sete e $lla:ane, inte e oito& s mais elhas haiam
crescido muito unidas, deido M pou#u(ssima di>erena de idade& $
consideraam Sarah como uma criana ineKperiente, mesmo agora,
depois de adulta&
Fas Sarah n!o se sentia t!o in>antil assim& "aia se graduado
na Chatham cademy, uma importante escola para moas& $ tinha suaspr<prias id5ias a respeito da ida e das pessoas&
Fais #ue isso, ela 86 sabia compreender muitas coisas& 7or
eKemplo) apesar de #uerer bem a 0allen, n!o gostaa da >orma com
#ue ela mentia e enganaa as pessoas& Consideraa isso uma >alha de
car6ter muito grae e esperaa #ue a irm! mudasse algum dia&
Fas, ao #ue tudo indicaa, isso ia demorar um bocado&
4os Eltimos tempos, 0allen andaa simplesmente insuport6el&
$ por um motio #ue Sarah conhecia muito bem) a>inal, 0allen em bree
desposaria o elho Lit2hugh Larnsworth, a #uem tanto detestaa&
4a erdade, todos sabiam #ue 0allen ia casar:se com Nit2hugh
Projeto Revisoras 26
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por ordem do pai& 'al como $lla:ane >ora obrigada a >a2er, ao desposar
o idoso $well $ndicott&
7obre $lla:ane, Sarah pensou& $ t!o in>eli2 no casamento& Se
ao menos pudesse ter desposado Clayton Hillis, a #uem amaperdidamente
Com um pro>undo suspiro, Sarah ergueu:se e comeou a
caminhar de um lado para o outro da aranda, tentando ordenar os
pensamentos&
pesar de todos a 8ulgarem uma pessoa ingnua e um tanto
tola, ela gostaa de re>letir e analisar as pessoas, os >atos, o mundo ao
redor&&& Fas #uem lhe daria uma chance de proar #ue era inteligente e
#ue sabia pensar por si mesmaJ
tra5s das 8anelas abertas #ue daam para a sala, ela podia
er 'yler dams, sentado M mesa de 8ogo, concentrado nas cartas&
certa altura, como se adiinhasse #ue estaa sendo
obserado, ele ergueu o rosto&&& $ os olhos de ambos oltaram a se
encontrar&
Sarah corou e correu a sentar:se na cadeira& ssim, n!o teria a
tenta!o de olhar para 'yler dams outra e2&
G $u n!o gosto nem um pouco disso, 0allen G di2ia $lla:ane,
oltando do passeio com a irm!& G 4!o gosto mesmo&
Sarah retesou:se no assento e apurou os ouidos& 7oderia
8urar #ue 0allen estaa disposta a aprontar mais uma das suas&Leli2mente, $lla:ane a estaa adertindo)
G /sso n!o se >a2, 0allen&
G Fas oc sabe como me sinto diante da horr(el perspectia
de desposar Lit2hugh Larnsworth G 0allen protestaa num tom
Projeto Revisoras 27
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dram6tico& G 7or >aor, compreenda a minha situa!o& >inal, >oi
obrigada a desposar $well $ndicott& uer #ue eu passe pelo mesmo
so>rimentoJ
G Claro #ue n!o, mas&&&G $nt!o me a8ude& 0oc 5 minha Enica esperana, irm!2inha
p<s um bree silncio, #ue a Sarah pareceu intermin6el,
$lla:ane, por >im, a#uiesceu)
G $st6 bem& Fas saiba #ue eu n!o concordo com isso&
G Fuito obrigada G 0allen eKclamou, abraando a irm! com
e>us!o& #uela altura, ambas 86 estaam bem pr<Kimas da aranda& 7orisso, 0allen baiKou o tom de o2, ao di2er) G $nt!o est6 combinado&
'udo o #ue temos a >a2er 5 procurar por %ouis na co2inha& Da(, diremos
#ue papai mandou:o manter o copo de Clayton Hillis constantemente
cheio&
$nt!o era isso, Sarah concluiu, preocupada& 7elo isto, 0allen
estaa disposta a deiKar Clayton Hillis embriagado& O #ue n!o seria
nada di>(cil, pois ele adoraa beber&
$lla:ane e 0allen oltaram a sentar:se ao lado de Sarah, #ue
se leantou, decidida a se recolher para o #uarto&
G Boa noite para ocs duas G ela se despediu&
G Boa noite, #uerida& G $lla:ane sorriu& G Durma bem&
G Oh, Sarah G 0allen eKclamou, es>u2iante& G 4!o 5
marailhoso termos uma irm! mais elha, para nos a8udar nas horas
di>(ceisJ
Sarah >e2 um gesto ago, mas nada respondeu&
4!o tinha a menor id5ia do #ue 0allen estaa plane8ando& Fas,
Projeto Revisoras 28
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>osse o #ue >osse, Sarah tinha certe2a de #ue n!o aproaria& 7ortanto,
era melhor retirar:se, para n!o se aborrecer&
CAPÍTULO III
G Laam suas apostas G disse Beauregard Booker com um
sorriso triun>ante&
G $u passo G 'yler resmungou, aborrecido, con>erindo as
Eltimas c5dulas #ue lhe restaam na carteira #ue Clayton lhe dera&
Leli2mente, a#uele dinheiro n!o tinha o menor alor em 199+,
embora >osse a moeda corrente em 1?@A, emitida pelo Ferchants
7lanters Bank do $stado da ;e<rgia&
$ra estranho& $m geral, ele costumaa ganhar no p=#uer&
Fas o >ato era #ue, na#uela noite, 'yler n!o conseguia manter:
se concentrado no 8ogo& 'udo haia acontecido muito r6pido, e ele aindan!o tinha absorido a id5ia de ia8ar pelo tempo, recuando cento e
#uarenta e seis anos
l5m do mais, ele estaa acostumado a 8ogar com amigos ou
conhecidos&&& $ n!o com um >a2endeiro rude e autorit6rio, como
Beauregard Booker& Ou com um elho de olhinhos estreitos e traioeiros,
como $well $ndicott&
'yler poderia 8urar #ue ambos trapaceaam no 8ogo&
/rritado, ele constatou #ue as Enicas pessoas con>i6eis
na#uela mesa eram Clayton e um outro rapa2, chamado ohn FcCully,
#ue haia chegado a Saannah na#uela tarde&
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'yler achaa:o simp6tico, apesar de um tanto sisudo& $, assim,
tentou iniciar uma conersa, en#uanto /odos esperaam pela aposta de
$well $ndicott&
G $ ent!o, ohnJ 0oc pretende demorar algum tempo a#uiem SaannahJ
O rapa2 considerou a pergunta por alguns instantes e ent!o
deu de ombros&
G Depende& $u bem #ue gostaria de >icar por uma semana ou
mais& S< #ue para isso precisarei arran8ar um emprego& Conersei com
o sr& Beauregard Booker, no entanto, ele n!o tem nada a me o>erecer&
G Fas mandei:o comer alguma coisa na co2inha e ainda por
cima conidei:o para esse 8ogo G argumentou o >a2endeiro, #ue estaa
de <timo humor, deido Ms >re#entes it<rias nas apostas& G 7ortanto,
n!o diga #ue n!o >ui generoso com oc, caub<i&
G 4em de longe eu pensaria em >a2er:lhe esta acusa!o,
senhor& 4a erdade, sou:lhe muito grato pela hospitalidade e diers!o
#ue est6 me proporcionando&
Beauregard Booker sorriu satis>eito&
G Fuito bem& 0e8o #ue 5 um rapa2 #ue sabe reconhecer um
>aor&
G 'ale2 oc consiga um bom trabalho na cidade G disse
Clayton, agradecendo com um gesto de cabea o drin#ue #ue o escrao
%ouis lhe o>erecia&G Finha companhia n!o est6 precisando de empregados no
momento G $well $ndicott a>irmou, antes de >a2er sua aposta& ohn
FcCully assentiu com um gesto de cabea e n!o disse mais nada&
O 8ogo continuou e, a certa altura, 'yler comeou a se
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preocupar com a elocidade de Clayton nos bourbons. Decididamente,
se ele continuasse a beber na#uele ritmo, n!o chegaria se#uer ao >inal
da rodada& $m !o, 'yler tentaa encontrar os olhos do amigo, para
recomendar:lhe silenciosamente #ue parasse de se embriagar& Fas
Clayton parecia ter se es#uecido de tudo, menos das cartas&&& $ dos
repetidos bourbons.
G Strai&"t 'us"! G Beauregard Booker gritou, dispondo na
mesa as cinco cartas #ue >ormaam a se#ncia do de( ao s de paus.
G ;anhei
G uem ganhou >ui eu, senhor G Clayton retrucou com o2
pastosa depois de terminar o #uinto drin#ue&
G 0oc est6 bbado, Clayton Hillis G $well $ndicott
resmungou, >itando:o com despre2o&
G 0amos er #ue 8ogo oc tem G 'yler intereio& 4a erdade,
duidaa #ue Clayton pudesse bater a se#ncia >ormada por
Beauregard& Fas n!o custaa nada eri>icar&
G bra seu 8ogo, senhor G disse ohn FcCully numa clarademonstra!o de apoio a 'yler e Clayton&
G Fostre logo, para #ue eu possa apanhar esta pe#uena
>ortuna G disse Beauregard Booker, >a2endo men!o de recolher o
dinheiro das apostas&
Clayton depositou suas cinco cartas na mesa, tendo no rosto
um sorriso de triun>o& s cartas tamb5m >ormaam uma se#ncia, indo
do de( ao s... Fas com uma di>erena) eram todas do naipe de ouros.
'rataa:se, portanto, do maior 8ogo do baralho&
G Ro/a Strai&"t ,us" G todos eKclamaram, perpleKos&
$well $ndicott >e2 um coment6rio a respeito da sorte dos
Projeto Revisoras 31
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bbados& Beauregard Booker desaba>ou com um palar!o& $ Clayton
deiKou:se cair sobre a mesa, apoiando o rosto sobre os braos cru2ados
e adormecendo #uase #ue imediatamente&
'yler recolheu o dinheiro das apostas e guardou:o na carteira&G manh!, entregarei tudo a meu amigo&
G Sim, >aa isso, >ilho G disse Beauregard Booker, erguendo:
se& G Bem, para mim chega de 8ogo por ho8e& cho #ue ou me
recolher, caalheiros&
G 0oc se importaria se eu e $lla:ane pous6ssemos a#uiJ G
$well $ndicott perguntou& G Detesto dirigir a carruagem M noite, e, al5mdo mais, a estrada para Saannah est6 p5ssima&
G Li#uem M ontade e >aam de conta #ue a casa e de ocs
G Beauregard o>ereceu e ent!o oltou:se para 'yler& G Suponho #ue
tamb5m n!o goste de andar noite por essas paragens, certo, >ilhoJ
inda mais sendo do norte e n!o conhecendo nada por a#ui&
'yler hesitou, perguntando:se #ual das duas opQes seria
menos ruim) arriscar:se a encontrar o caminho de olta at5 Booker*s
Nnoll, ou permanecer no ano de 1?@A at5 a manh! seguinte&
4a erdade, nenhuma das hip<teses o agradaa& Fas parecia
n!o haer uma terceira sa(da&
ntes #ue ele chegasse a uma conclus!o, Beauregard Calou)
G Seu amigo Clayton Hillis n!o est6 em condiQes de dirigir a
charrete&
G $u sei disso, senhor G 'yler assentiu&
G $nt!o, est6 resolido G Beauregard decidiu& $leando a o2,
gritou na dire!o da co2inha) G %ouis, enha c6
Projeto Revisoras 32
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O escrao obedeceu prontamente&
G 7ois n!o, senhorJ
G %ee Clayton Hillis para um #uarto& $m seguida, arran8e
acomodaQes para o sr& 'yler dams&
G Sim, senhor&
Beauregard ent!o dirigiu:se a ohn FcCully)
G Sinto muito, >ilho, mas temos apenas seis #uartos l6 em
cima& Se oc n!o se importar, poder6 >icar no est6bulo, 8unto com seu
caalo& %ouis lhe arran8ar6 um colch!o e algumas cobertas&
G gradeo #uanto ao est6bulo, sr& Booker G o rapa2
respondeu num tom s5rio& G Fas n!o se preocupe em arran8ar:me
roupas de cama& Sempre carrego uma boa manta comigo& $ a sela de
meu caalo d6 um <timo traesseiro&
G Fuito bem G Beauregard Booker assentiu, satis>eito& G
$nt!o, est6 tudo organi2ado& Boa noite, pessoal&
O grupo todo se dispersou, e 'yler, #ue >icou apenas com %ouise Clayton na sala, sentiu:se tomado por uma sensa!o de descon>orto&
0isitar a ;e<rgia no ano de 1?@A podia ser muito interessante, mas
pernoitar na casa de um retr<grado >a2endeiro sulista&&& $ra um tanto
assustador&
G ;ostou do 8ogo de p=#uer, sr& damsJ G algu5m o
interpelou&
$le se irou e deparou com Sarah, #ue inha descendo as
escadas& $ra a primeira e2 #ue lhe ouia a o2, c6lida e suae&
Como 5 bela, 'yler pensou, >itando:a no >undo dos olhos, antes
de responder)
Projeto Revisoras 33
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G O 8ogoJ Oh, claro #ue sim& G 4um tom humorado,
acrescentou) G Fas meu amigo Clayton tee mais sorte do #ue eu,
embora n!o este8a acordado para comemorar&
G 4osso bondoso %ouis cuidar6 bem dele G disse Sarah&G uer a8udaJ G 'yler o>ereceu&
G gradeo, mas n!o 5 preciso, sr& dams& G O crao ergueu
Clayton nos braos, como se pegasse uma criana& 6 ia subindo as
escadas, mas oltou:se para aisar) G -etornarei num instante, para
condu2i:lo a seus aposentos&
G 4!o se preocupe com isso, %ouis G disse Sarah com umsorriso am6el& G Cuide apenas do sr& Clayton Hillis& Colo#ue:o no
#uarto amarelo, est6 bemJ $ pode deiKar #ue eu mesma me
encarregarei de lear o sr& 'yler dams ao #uarto a2ul&
G $st6 bem, senhorita& Obrigado&
G Sou eu #uem agradece, %ouis& prop<sito, como est6 FillieJ
G 4a mesma, senhorita&
G 0oc deu:lhe os rem5dios #ue mandeiJ
G Sim& $ segui suas instruQes&
G Utimo& Diga a Fillie #ue amanh! lhe >arei companhia, est6
bemJ
G Certo& Obrigado mais uma e2, senhorita&
'yler assistia M conersa com os olhos >iKos em Sarah, como seestiesse hipnoti2ado& Fesmo di2endo a si mesmo #ue nada da#uilo era
rea# ele n!o se cansaa de admirar a#uele rosto de traos delicados,
#ue parecia a pr<pria personi>ica!o da bele2a& -eal ou n!o, a#uela
8oem mulher era >ascinante&
Projeto Revisoras 34
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G ;ostaria de dar um passeio antes de se recolherJ G ele
prop=s, censurando:se imediatamente pelo atreimento&
Fas, para sua surpresa, ela concordou)
G Sim, seria <timo respirar um pouco de ar >resco, sr& dams&
mbos sa(ram para a aranda e dali tomaram a alameda #ue
seguia ao longo do rio&
lua cheia, as muitas estrelas do c5u, a brisa #ue sopraa e
parecia brincar nos cabelos ondulados de Sarah&&& 'udo contribu(a para
deiKar 'yler num curioso estado de esp(rito, #ue ele 8amais
eKperimentara&Com um misto de in#uieta!o e alegria, ele se perguntou se
alguma e2 haia se sentido assim na presena de uma das muitas
garotas #ue conhecia em 4oa Rork&&& $ a resposta era n0o.
Decididamente, Sarah Booker tinha um encanto especial&
G $ste 5 um dos meus lugares >aoritos G ela in>ormou:o com
um sorriso, apontando um banco tosco, de madeira, sob uma 6rore
>lorida& G "6 muitas magn<lias l6 em 4oa RorkJ G indagou, pegando
uma >lor #ue haia ca(do no ch!o e aspirando:lhe delicadamente o
per>ume, en#uanto sentaa:se&
G 4!o G 'yler respondeu, acomodando:se ao lado de Sarah,
no banco& G 4a erdade, h6 bem poucas 6rores por l6, eKceto nos
par#ues& senhorita nunca estee em 4oa RorkJ
$la continuaa sorrindo e era como se a noite se tornasseainda mais clara&
G 4a erdade, nunca ia8ei para muito longe da#ui de
Saannah& O lugar mais distante a #ue 86 cheguei >oi tlanta& h, dee
ser marailhoso ia8ar pelo mundo, n!oJ >inal, nosso planeta 5 t!o
Projeto Revisoras 35
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grande e t!o cheio de bele2as Sabe #ue eu morro de ine8a do sr&
Clayton HillisJ
G I mesmoJ G 'yler sorria, deliciado& $ como n!o poderiaJ
G Sim& G $la >e2 uma pausa, antes de concluir& G $stoudi2endo ine1a# mas no bom sentido&&&
G $u entendi, senhorita&
G 7ois 5& cho muito bom poder andar de um lado para o
outro do pa(s, conhecendo lugares e pessoas di>erentes& O sr& Clayton
Hillis 5 um grande ia8ante, n!o achaJ
0oc nem imagina #uanto, meu bem, 'yler pensou, cogitando#ual seria a rea!o de Sarah, se soubesse #ue Clayton ia8aa n!o
apenas atra5s do espao, mas tamb5m do tempo&
G O senhor est6 hospedado na casa #ue Clayton Hillis alugou
de papai, n!o 5J G ela indagou&
G $Kato&
G $ pretende passar algum tempo a#ui, em SaannahJG 4!o& 'enho de estar em 4oa Rork na segunda:>eira pela
manh!, para trabalhar&
Sarah >itou:o com espanto e depois comeou a rir&
G $ssa 5 muito boa G ela eKclamou& G O senhor #uer estar
em 4oa Rork na segunda:>eira $ como pretende regressar em t!o
pouco tempo&&& 0oandoJ
G Claro G 'yler respondeu com simplicidade&
G O senhor tem um incr(el senso de humor& G $la continuaa
a rir& G Ser6 #ue esta 5 uma caracter(stica b6sica de todos os ian#uesJ
G I&&& 4<s gostamos muito de brincar G 'yler respondeu,
Projeto Revisoras 36
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censurando:se mentalmente pela imprudncia #ue acabaa de cometer&
>inal, em 1?@A o ai!o ainda n!o haia sido inentado& $ra natural,
portanto, #ue Sarah e todas as pessoas da#uele tempo n!o
concebessem a id5ia de uma pessoa entrar num 8ato e ia8ar
rapidamente de um ponto a outro do pa(s&
G Fas, >alando s5rio, o #ue o senhor >a2 em 4oa RorkJ G
Sarah indagou&
G 7or >aor, chame:me de 'yler G ele pediu, perguntando:se
se n!o estaria sendo ousado demais ao di2er isso&
Fas, >eli2mente, Sarah a#uiesceu com um sorriso)
G $st6 bem, 'yler& Fas ent!o oc ai me chamar de Sarah&
G 7ossoJ
G Claro
mbos sorriram e >itaram:se longamente, como se #uisessem
di2er algo mais& 7or >im, Sarah retomou a conersa&
G $u&&& perguntaa sobre o seu trabalho l6 em 4oa Rork&G h, sim& G 'yler respondeu prontamente) G Sou
publicit6rio&
G ComoJ
Fais uma e2, ele cometia um erro, pois a palara pubicidade
nem se#uer eKistia em 1?@A&
7rocurando um modo de >a2er:se compreender por Sarah, eleeKplicou)
G Bem, eu endo produtos de todos os tipos& G /sso, em
parte, era erdade& >inal, 'yler trabalhaa numa agncia publicit6ria& $
criaa campanhas para 6rias esp5cies de produtos&
Projeto Revisoras 37
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G uer di2er #ue 5 um comercianteJ
G Fais ou menos G ele respondeu, es#uio& De >ato, o termo
comerciante estaa longe de de>inir um redator de publicidade&
O ento sopraa mais >orte agora& temperatura haia ca(doum pouco, tal como sempre acontecia durante a noite&
Sarah estremeceu leemente, e 'yler prop=s #ue oltassem&
G 7or >aor, ista o meu casaco para se proteger dessa brisa
>ria G ele sugeriu, t(mido, com medo de ser mal interpretado&
O sorriso agradecido de Sarah >oi a melhor resposta #ue
poderia esperar&
G Obrigada& 0oc 5 muito gentil&
4um gesto galante, 'yler tirou o casaco e a8eitou:o sobre os
ombros de Sarah& $n#uanto retornaam a casa, ele lhe perguntou sobre
suas atiidades di6rias& 4a erdade, nem se#uer imaginaa #ue Sarah
pudesse la2er alguma coisa, al5m de enlou#uecer os homens com sua
bele2a estonteante&
G Lre#entei a Chatham cademy para moas G ela eKplicou,
sem ocultar uma ponta de orgulho&
'yler dedu2iu #ue deia tratar:se de uma escola de <tima
>ama&
G $ dedico algumas horas de trabalho olunt6rio na
ssocia!o "ist<rica da ;e<rgia uma ou duas e2es por semana G ela
acrescentou&
'yler sorriu num sinal de a#uiescncia& $ descobriu, >eli2, #ue
Sarah n!o era apenas bela, mas sens(el e muito inteligente&
G $ uma pena #ue oc tenha t!o pouco tempo para >icar a#ui
Projeto Revisoras 38
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em Saannah G Sarah >alou, #uando 86 estaam chegando a casa& G
;ostaria muito de lhe mostrar a >a2enda& D6 para se >a2er <timos
passeios por a#ui, sabeJ
G /magino #ue sim, Sarah& G $ 'yler considerou a id5ia dedemorar:se mais algum tempo na elha ;e<rgia do s5culo passado& $m
seguida, chamou:se de maluco& Depois, concluiu #ue estaa literalmente
en>eitiado por Sarah Booker& $, ent!o, ela lhe interrompeu os
pensamentos com uma eKclama!o de surpresa)
G 4ossa 6 5 meia:noite
De >ato, o elho rel<gio pndulo da sala comeaa a anunciar
as do2e badaladas&
"ora de oltar M realidade, 'yler pensou& O melhor #ue tinha a
>a2er era partir no dia seguinte, leando no peito a lembrana da mulher
mais encantadora de todos os tempos.
pressada, Sarah atraessou a aranda e eKperimentou abrir a
porta&
G Leli2mente, o bom %ouis deiKou:a apenas encostada G ela
constatou com um misto de alegria e al(io& briu a porta e >e2 um sinal
a 'yler, para #ue entrasse& $m seguida, >echou:a com cuidado, para n!o
>a2er barulho& G 0amos subirJ
G Claro&
4o corredor, 86 no andar de cima, Sarah indicou:lhe um #uarto&
$ 'yler, depois de agradecer, indagou)G 0oc estar6 lire amanh!J
G ComoJ
G uero saber se ter6 tempo para darmos um passeio pela
>a2enda&
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Os olhos de Sarah iluminaram:se de satis>a!o&
G I claro #ue sim& li6s, ser6 um pra2er& G p<s uma pausa,
acrescentou) G chei #ue oc tiesse pressa de oltar a 4oa Rork&
G De >ato, eu preciso retornar logo& Fas creio #ue poderei medemorar mais um dia&&& Se Clayton Hillis concordar naturalmente&
G 4aturalmente G ela repetiu com uma eKpress!o radiante& G
'enha uma boa noite, 'yler&
G Dese8o:lhe o mesmo, Sarah& $stou realmente encantado em
conhec:la&
$la enrubesceu e baiKou os olhos, ao di2er)
G 0oc 5 t!o galante&&& G $ a>astou:se a passos largos pelo
corredor&
$aante... ( estaa uma palara #ue 86 haia ca(do de moda
em 199+& Fas #ue >ora muito usada cento e #uarenta e seis anos atr6s&
Sarah reirou:se na cama& lgu5m a estaa chamando com
impacincia& S< #ue ela n!o #ueria acordar, pois estaa em meio a umsonho marailhoso com o ian#ue, amigo de Clayton Hillis&
G Faninha, acorde& 7uKa, como oc 5 preguiosa $la abriu
os olhos e deparou com 0allen, estida com uma camisola e
resmungando palarQes, en#uanto continuaa a sacudi:la&
G O #ue >oiJ G perguntou, sonolenta&
G 7reciso de sua a8uda, Sarah&
$la sentou:se na cama, tentando apagar da mente as imagens
do sonho com 'yler dams&
7ela 8anela entreaberta, entraam as primeiras lu2es da
aurora&
Projeto Revisoras 40
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Sarah es>regou leemente os olhos e a8eitou os cabelos,
perguntando:se o #ue sua irm! estaria >a2endo ali, de camisola, M#uela
hora, >inal, 0allen costumaa dormir at5 mais tarde& 'anto, #ue sempre
chegaa atrasada M mesa do ca>5&
G O #ue houe, manaJ G Sarah indagou por >im&
G 0oc ainda perguntaJ G 0allen >itou:a com uma eKpress!o
dram6tica& G 4!o me diga #ue n!o escutou a#ueles horr(eis ru(dos no
meu #uarto, no meio da noite&
G ue ru(dosJ G Sarah perguntou, con>usa&
G Ora, maninha, n!o se >aa de desentendida& Se soubessecomo estou apaorada
G Fas 8uro #ue n!o oui barulho algum G Sarah replicou,
concluindo em pensamento #ue a irm! n!o parecia t0o apaorada
assim& G Ser6 #ue oc n!o tee um pesadelo, manaJ $ agora est6
impressionada M toa&&&
0allen inclinou:se e segurou:a pelos ombros& $streitando os
olhos, disse entre os dentes)
G Finha #uerida maninha caula, oc dee ter ouido algum
ru(do no meu #uarto& >inal, ele 5 cont(guo ao seu
Sarah suspirou& $ngraado, ela n!o tinha escutado nada
mesmo.
Fas 0allen com certe2a >icaria insistindo obsessiamente
na#uele assunto, at5 conenc:la de #ue os supostos ru(dos eram reais&$ >oi pensando nisso #ue Sarah resoleu concordar, para p=r um >im
M#uela situa!o)
G Bem, tale2 esses barulhos de #ue oc >ala se8am de >ato
reais e&&&
Projeto Revisoras 41
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G Oh, eu sabia #ue oc os ouira, tamb5m& G 0allen
abraou:a com >ora e, em seguida, puKou:a pela m!o& G 0enha,
maninha, precisa me a8udar&
G $i, espere a( G Sarah protestou& G $u n!o disse #ue&&&G 0enha G 0allen repetiu, puKando:a para >ora do #uarto e
impedindo:a de concluir a >rase&
G Fas para onde estamos indoJ
G 7ara o #uarto de papai&
G La2er o #uJ G Sarah perguntou, sentindo:se cada e2 mais
con>usa&
6 no corredor, 0allen oltou a >it6:la da#uele modo #ue tanto
a intimidaa& $ ent!o disse)
G 7reste aten!o no #ue oc dee >a2er) primeiro, acorde
papai& Depois, conte:lhe #ue ouiu alguns ru(dos estranhos no meu
#uarto&
Sarah >ran2iu a testa&G Fas para #ue oc #uer #ue&&&
G DeiKe o resto comigo G 0allen tornou a interromp:la& G
Seu papel ser6 s< esse& $ ent!oJ G indagou com um sorriso& G 0ai me
a8udarJ Se soubesse o #uanto isso 5 importante para mim
G 'udo bem, 0allen& $u #uero a8ud6:la, mas realmente n!o
acho #ue se8a uma boa id5ia acordar papai a esta hora&
G 4!o tem de ac"ar nada, #uerida& Laa sua parte e deiKe #ue
eu cuide do resto&
G Fas&&&
G gora n!o temos tempo para discutir& G $ 0allen
Projeto Revisoras 42
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praticamente arrastou:a em dire!o ao #uarto de Beauregard Booker&
Sarah ainda #uis reclamar, mas 0allen era t!o autorit6ria& $
sabia como intimid6:la&
7or #ue permito #ue ela me manipule desse 8eitoJ Sarah#uestionou:se em pensamento& Fas antes #ue chegasse a alguma
conclus!o, 0allen abriu cuidadosamente a porta do #uarto de
Beauregard Booker e ordenou)
G 0amos l6, maninha& Laa tudo como eu mandei, certoJ
G 4!o me empurre, est6 bemJ G Sarah protestou baiKinho&&&
Fas de nada adiantou& Com um sa>an!o, 0allen praticamente 8ogou:adentro do #uarto e em seguida entrou, deiKando a porta entreaberta&
G corde o papai, Sarah& gora
75 ante p5, Sarah aproKimou:se da cama onde Beauregard
Booker dormia pro>undamente&
G 7apai&&& G ela lhe tocou o ombro& G $i, papai&&&
G Desse 8eito ele n!o ai acordar nunca G 0allen adertiu:a&G Chame:o com ontade, menina&
Sarah suspirou& $staa trmula, pois 86 podia preer a terr(el
reprimenda #ue Beauregard Booker lhe daria por acord6:lo M#uela hora&
$ sem nenhuma necessidade ainda por cima&
G 7apai >icar6 >urioso G Sarah murmurou& G $spero #ue oc
tenha alguma eKplica!o plaus(el para isso #ue estamos >a2endo,
>inal, oc 5 a >aorita dele e consegue tudo o #ue #uer, ao passo #ue
eu e $lla:ane&&&
G Cale:se e continue tentando G 0allen ordenou& -esignada,
Sarah tornou a tocar o ombro de Beauregard, dessa e2, com mais
energia& $m seguida, sacudiu:lhe o brao& $, por >im, conseguiu
Projeto Revisoras 43
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despert6:lo&&
G O #ue >oiJ G ele perguntou com o2 rouca e um olhar
assustado& G ue diabos est6 acontecendoJ
G Lale sobre os barulhos #ue ouiu no meu #uarto, Sarah Gdisse 0allen num tom inesperadamente am6el&
G Bem, eu&&&
ntes #ue ela pudesse se#uer >ormar uma >rase, 0allen atirou:
se nos braos do pai, aconchegando a cabea no seu peito& $ sua o2
soou trmula, ao eKclamar)
G Oh, papai Se soubesse o #uanto estou desesperada
G 0allen, o #ue aconteceuJ G Sarah indagou, con>usa& G De
repente, parece t!o assustada #ue&&&
G Oh, meu Deus G 0allen eleou a o2 e comeou a tremer
iolentamente&
G Ora, amos& G Beauregard tentou acalm6:la& G O #ue est6
acontecendo, mocinhaJG 6 aconteceu, papai G 0allen respondeu, demonstrando um
desespero crescente& G $ trata:se de algo t!o terr(el, #ue eu nem
tenho coragem de lhe contar&
G 7elo amor de Deus, minha >ilha G Beauregard comeaa a
>icar impaciente& GLale de uma e2, simJ
0allen ergueu o rosto e >ungou& pontando para Sarah, disse)
G $la ouiu os ru(dos estranhos no meu #uarto, papai& G
0oltando:se para Sarah, acrescentou) G 4!o >oi, #ueridaJ
GSim, eu&&& uero di2er&&&
G Ora, ocs est!o >a2endo uma tempestade num copo d*6gua
Projeto Revisoras 44
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G Beauregard Booker sentenciou, aborrecido& G 7roaelmente o
barulho #ue ouiram >oi&&&
G O ian#ue, amigo de Clayton Hillis, papai G 0allen completou
num tom de o2 t!o estridente, #ue Sarah sobressaltou:se&G O #ue 'yler dams tee a er com issoJ G Beauregard
indagou, >itando:a com estranhe2a&
0allen caiu num choro conulso, mas acalmou:se em poucos
segundos e eKplicou)
G Loi ele, papai Loi 'yler dams #uem entrou no meu #uarto
e&&& Oh, aconteceu algo terr(el& Gp<s uma pausa, ela concluiu) Gcho #ue preciso de uns sais arom6ticos& Caso contr6rio, ou acabar
desmaiando&
Sarah meneou a cabea, como se assim pudesse negar a cena
#ue se desenrolaa diante de seus olhos& uis di2er algo, mas sentia:se
su>ocada pela a>li!o&
G DeiKe:me entender uma coisa, >ilha& G Beauregard tirou
0allen do colo e a >e2 sentar:se na beira da cama& G $st6 me di2endo
#ue 'yler dams >oi inconeniente&&& I issoJ $le ousou corte86:la ou >e2:
lhe alguma proposta indecorosaJ
G 7ior do #ue isso, papai G 0allen respondeu com um soluo&
G $le&&& $le me >orou&
G O #uJ G Beauregard #uase gritou&
G $le me iolentou, papai&
Sarah encolheu:se, como se houesse sido atingida por um
duro golpe& Decididamente, a#uilo n!o podia estar acontecendo de
erdade& $la estiera com 'yler dams na noite anterior, durante o
bree passeio at5 o recanto das magn<lias&
Projeto Revisoras 45
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$ poderia 8urar #ue ele n!o era o tipo de homem capa2 de
iolentar uma moa inde>esa&
Lechando os olhos por um momento, Sarah lembrou:se dos
modos am6eis e galantes de 'yler& Ora, ele haia agido como umper>eito caalheiro
7or mais #ue se es>orasse, n!o conseguia imagin6:lo
cometendo um crime t!o hediondo&
7or outro lado, tamb5m n!o era poss(el #ue 0allen houesse
inentado a#uela acusa!o, Sarah pensou&
Sabia #ue 0allen era capa2 de mentir, mas nunca at5 esseponto&
G $well G O grito de Beauregard Booker arrancou Sarah das
diagaQes& G $well $ndicott, enha at5 a#ui 'emos um assunto de
>am(lia para resoler
Com uma eKpress!o aterrori2ada, Sarah iu o pai pegar um
ri>le e precipitar:se pelo corredor&
G Cuide de sua irm! G ele ordenou e, em seguida, oltou T
gritar por $well&
Sarah oltou:se para 0allen, #ue choraa baiKinho, encolhida
na cama& O peso do remorso a assaltou, causando:lhe uma terr(el dor
de conscincia&
Como pudera duidar de sua pr<pria irm!J Sarah perguntou:
se, morti>icada& $ precipitando:se para 0allen, abraou:a com >ora,procurando tran#ili26:la)
G $st6 tudo bem agora& 7or >aor, #uerida, n!o >i#ue assim& G
Com o2 trmula, acrescentou) G $ pelo amor de Deus, perdoe:me&
G 7erdo6:la por #uJ G 0allen sorriu&
Projeto Revisoras 46
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Sarah >itou:a, surpresa& $ra incr(el como, de um instante para
o outro, 0allen parecia bem menos desesperada&
4a#uele momento, $well $ndicott, $lla:ane e Beauregard
Booker entraram no #uarto&G 'emos de conersar, Beauregard G di2ia $well& G 0oc est6
muito neroso e precisa se acalmar antes de dar uma li!o na#uele
ian#ue dos diabos&
$well ia >alar mais alguma coisa, mas 0allen oltou a
mergulhar numa crise de choro t!o grande, #ue cobriu:lhe a o2& $
Sarah s< conseguiu sentir:se ainda mais con>usa do #ue 86 estaa&
CAPÍTULO IV
'yler mudou de posi!o na cama e tentou dormir noamente&
cordara momentos antes com o barulho de passos e o2es no corredor&Fas agora tudo haia cessado&
Boce8ando, ele decidiu #ue ainda era cedo para se leantar,
embora as primeiras lu2es do dia 86 se insinuassem atra5s da 8anela&
$staa #uase adormecendo noamente, #uando a porta do
#uarto se abriu com iolncia&
'yler sentou:se na cama com uma eKpress!o de susto nos
olhos a2uis&
'rataa:se de um pesadelo, ou a >am(lia Booker em peso
estaa ali, encarando:o de um modo #ue em nada lembraa a >amosa
hospitalidade sulistaJ
Projeto Revisoras 47
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Fas o #u, eKatamente, signi>icaa a#uiloJ 'yler perguntou:se,
olhando apaorado para o ri>le #ue Beauregard Booker empunhaa&
G Sr& Booker&&& G ele balbuciou G o #ue est6 acontecendoJ
G Seu ian#ue despre2(el G Beauregard gritou, brandindo ori>le com iolncia&
G $ ainda por cima 5 hip<crita G $well eKclamou num tom
ameaador& G 0oc iu s<, BeauregardJ $le agora #uer >ingir #ue nada
aconteceu&
G Senhores&&& G 'yler comeou a di2er&
Fas n!o tee chance de concluir a >rase, pois Beauregardoltou a esbrae8ar)
G Como ousa manchar a pure2a de uma irgem com seus
modos indecentes, ian#ue de uma ligaJ Como se atreeu a abusar de
minha >ilhaJ
G busarJ G 'yler repetiu, at=nito, olhando na dire!o de
Sarah, como se lhe suplicasse um gesto de apoio&
Fas, para sua total decep!o, Sarah apenas corou e desiou o
rosto&
m6goa atingiu 'yler em cheio& 4!o esperaa, de modo
algum, #ue Sarah pudesse abandon6:lo na#uela situa!o t!o di>(cil
#uanto con>usa&
G 'em algo a di2er em sua de>esa, seu ian#ue no8ento e
oportunistaJ G Beauregard perguntou, apontando:lhe o ri>le&
G Sim, senhor G 'yler respondeu com eemncia& G $u
apenas o>ereci meu casaco para Sarah ontem M noite, durante nosso
bree passeio, por#ue percebi #ue ela estaa com >rio& Fas 8uro #ue n!o
ousei mais nada, senhor&
Projeto Revisoras 48
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G O #uJ G Beauregard >itou:o com estranhe2a e ent!o irou:
se na dire!o da >ilha& G ue diabos ele est6 di2endoJ G gritou&
G 4<s de >ato demos um bree passeio, papai G Sarah
respondeu num >io de o2& G Fas o sr& dams comportou:se como umautntico caalheiro& S< #ue isso& aconteceu antes&&&
G 4!o estou preocupado com o #ue houe antes# mas sim
com o estupro&
G O #uJ G 'yler retrucou, perpleKo&
G Oh, como p=de >a2er isso, #uando lhe implorei tanto para
#ue tiesse compaiK!o de mimJ G disse 0allen, escondendo o rostoentre as m!os& $m seguida, pendurou:se no pescoo do pai&
G Oh, papai&&& 4!o sei se terei coragem de desposar esse
homem depois do #ue ele me >e2&
G DesposarJ G 'yler repetiu, empalidecendo& G 7elo amor de
Deus, minha gente Ou ocs todos enlou#ueceram, ou eu estou tendo
uma alucina!o& Ser6 #ue algu5m pode me eKplicar a ra2!o desta cena
dram6tica e sem >undamentoJ
/gnorando o desespero de 'yler, Beauregard consolaa a >ilha)
G 7ronto, pronto&&& 'rate de se acalmar& 0oc ai se casar com
ele, sim& >inal, n<s 86 conersamos sobre isso agora h6 pouco&
G Certo, papai, tem ra2!o G 0allen choramingou& G s
pessoas s!o t!o >o>o#ueiras em Saannah&
Como eu poderia >re#entar a sociedade depois do #ue 'yler
dams me >e2J $u seria tratada como uma marginal ou coisa pior& $
claro #ue Lit2hugh Larnsworth n!o 0ai #uerer se casar comigo a esta
altura dos acontecimentos&
G Sim, >ilha G Beauregard a#uiesceu num tom paciente, como
Projeto Revisoras 49
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se >alasse com uma criana& G 0oc entendeu muito bem a situa!o e,
portanto, 86 sabe #ual ser6 a melhor atitude a tomar&
G Casar:me com 'yler dams G ela respondeu prontamente&
G $Kato G Beauregard aproou& G $ agora #ue 86 chegamos aum acordo, deiKe:me continuar cuidando desse assunto& G Dirigindo:se
a 'yler, aisou:o) G 0oc tem #uin2e minutos para se estir e descer at5
o meu escrit<rio& 7recisamos ter uma longa conersa&
G Fas&&&
Beauregard n!o esperou pela resposta& 0irando:lhe costas,
saiu do #uarto, seguido pelo resto da >am(lia&'yler meneou a cabea e apertou as tmporas, #ue late8aam
iolentamente, deido M tens!o #ue o dominaa&
7orem, em primeiro lugar, era preciso se acalmar e analisar os
>atos&&& Fas #uais seriam, eKatamente, os >atosJ
'udo o #ue sabia era #ue 0allen Booker acusara:o de iolent6:
la& $ agora #ueria despos6:lo
Fas por #ue diabos ela inentara a#uela mentira absurdaJ
'yler suspirou, passando a m!o pelos cabelos negros e
encaracolados num gesto neroso& uanto mais pensaa, mais sentia:se
con>uso&
4ada da#uilo >a2ia o menor sentido& Se ao menos pudesse
conersar, de uma >orma ciili2ada, com Beauregard Booker Fas o rude
>a2endeiro era do tipo #ue atiraa primeiro e perguntaa depois&
G 'enho de partir G 'yler decidiu&
Sim, essa era a melhor atitude a tomar& li6s, a Enica&
'udo o #ue precisaa >a2er era escapar da#uela casa e chegar
Projeto Revisoras 50
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a Booker*s Nnoll o mais depressa poss(el& .ma e2 l6, correria at5 o
por!o, retomaria sua ida de cidad!o noa:ior#uino em 199+ e nunca
mais pretendia ouir >alar de iagens no tempo&&&
Fas como >aria para sair dali sem ser percebidoJG ClaytonG 'yler eKclamou, erguendo:se de um salto& G
7reciso >alar com ele&
De >ato, s< mesmo Clayton Hillis poderia a8ud6:lo a lirar:se
da#uela encrenca& $le com certe2a concordaria em interceder 8unto a
Beauregard para eKplicar&&&
Fas eKplicar o #uJ ue sua >ilha 0allen era uma lun6ticaJ uehaia inentado a#uela hist<ria sem cabimentoJ
'yler lutaa para n!o se entregar ao desTnimo& 7recisaa
acreditar #ue Clayton o a8udaria a lirar:se da#uela situa!o terr(el&
7recisaa dessa Eltima esperana, para n!o enlou#uecer&
l5m do mais, a#uele n!o era o momento apropriado para
pensar& 'inha de agir, e r6pido& 7ois Beauregard dera:lhe apenas #uin2e
minutos para descer at5 o escrit<rio&
Depois de estir:se rapidamente, 'yler saiu para o corredor&
4!o haia ningu5m por ali&
%embrou:se de #ue, na noite anterior, Sarah haia
recomendado a %ouis #ue leasse Clayton para o #uarto amarelo& Fas
#ual seriaJ
'yler pensou em bater em cada uma das portas, paradescobrir&&& Fas desistiu em seguida& Do 8eito #ue estaam >uriosos com
ele, era bem capa2 de algu5m acertar:lhe um tiro, antes #ue ele
pudesse eKplicar:se&
7ortanto, o melhor a >a2er era abrir cada uma da#uelas portas,
Projeto Revisoras 51
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em silncio, at5 encontrar o #uarto onde Clayton Hillis dormia&
-espirando >undo, ele aproKimou:se da primeira porta&&&
'omando todo o cuidado, abriu:a deagar, o su>iciente para er a cor de
uma das paredes) era erde&'yler caminhou at5 a pr<Kima porta& Le2 a mesma coisa e
>echou:a em seguida, pois a parede da#uele #uarto era rosa&
Seu cora!o pulsaa descompassado, M medida #ue ele ia
eKaminando cada aposento& angEstia crescia:lhe no (ntimo& 7arecia
#ue a#uela tortura nunca mais acabaria&&&
$ >oi com um sentimento de al(io #ue 'yler abriu a #uintaporta&
G I o #uarto amarelo G eKclamou com o2 aba>ada& Olhou de
um lado para o outro do corredor, para er se n!o estaa sendo
obserado, e entrou& Lechou a porta e, apoiando:se na parede, suspirou
pro>undamente G ;raas a Deus
S< ent!o iu Sarah, encostada M parede oposta com os olhos
arregalados numa eKpress!o de horror&
Se a situa!o n!o >osse t!o constrangedora, 'yler teria
admirado o corpo delicado da#uela mulher, cu8as >ormas deiKaam:se
adiinhar sob a camisola branca de rendas a2uis& Fas, na#uele
momento, ele s< conseguia pensar na trag5dia #ue poderia acontecer,
se Sarah Booker resolesse gritar por socorro&
Serei um homem morto, ele concluiu com um cala>rio demedo& $, num tom de sEplica, pediu)
G 7or >aor, n!o se assuste& $u&&& n!o #uero >a2er:lhe mal& 4a
erdade, nem sabia #ue este #uarto era seu& Como as paredes s!o
amarelas, eu pensei #ue meu amigo Clayton estiesse a#ui& $ntendeuJ
Projeto Revisoras 52
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G 06 embora, 'yler dams G Sarah ordenou com o2 trmula&
G Se oc n!o me obedecer, ou gritar por papai agora mesmo&
G 7or >aor n!o >aa isso& Se Beauregard achar #ue eu estou
noamente ameaando uma de suas >ilhas, ir6 me dar um tiro&Sarah estaa p6lida e leou alguns segundos para responder)
G Sou contra #ual#uer esp5cie de iolncia, 'yler dams& Fas
acho #ue oc bem merecia uma li!o, depois do #ue >e2 a 0allen& G
4um tom carregado de indigna!o, ela acrescentou) G Como p=de >a2er
a#uiloJ Como >oi #ue tee coragem de submeter minha irm! a tanta
humilha!o&
GFas n!o >i2 nada contra a sua irm! G 'yler a>irmou,
desesperado& G 4a erdade, eu nem se#uer toquei nela
Sarah recusaa:se a oui:lo&
G $ melhor cair >ora da#ui, antes #ue eu perca a pacincia&
G 7or >aor&&& G ele implorou G d:me uma chance de proar
#ue n!o sou um criminoso& uro #ue n!o to#uei num >io de cabelo de
0allen&
G 0oc est6 mentindo&
G Se n!o acredita nisso, ao menos diga:me onde >ica o #uarto
de Clayton& 7reciso acord6:lo e pedir:lhe #ue interceda por mim 8unto a
seu pai& li6s, eu s< entrei a#ui por#ue estou M procura de Clayton&
Ontem, oc disse a %ouis #ue o leasse para o #uarto amarelo, lembra:
seJ
G Sim& G Sarah >itou:o com uma eKpress!o de dEida& .ma
centelha de esperana acendeu:se no cora!o de 'yler, #ue insistiu)
G uando entreabri esta porta h6 poucos instantes e i #ue
este #uarto era amarelo, achei #ue Clayton estiesse a#ui& Loi por isso
Projeto Revisoras 53
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#ue entrei, entendeuJ
G 'emos dois #uartos amarelos nesta casa& G $ Sarah
eKplicou num tom seco) G $ste 5 o meu, e o outro 5 reserado aos
h<spedes&G 7ois eu n!o sabia disso G 'yler apressou:se a di2er& Guro
#ue pensei #ue&&& G $le interrompeu:se e ent!o implorou) G Oh, Deus,
oc tem de acreditar em mim, Sarah
G creditar #ue oc n!o sabia a respeito dos dois #uartos&&&
Ou #ue >oi acusado in8ustamente por 0allenJ
G ue sou um homem sincero G 'yler resumiu& .m bree masdenso silncio instalou:se entre ambos&
'yler sabia #ue n!o tinha muito tempo, pois se demorasse para
descer at5 o escrit<rio de Beauregard, a situa!o >icaria ainda pior&&& Se
5 #ue isso era poss(el
G .m de ocs dois est6 mentindo& G Sarah #uebrou o
silncio& G Ou oc ou 0allen&
G 'udo o #ue eu lhe disse 5 erdade& uro pelo #ue oc
#uiser&
$la corou, antes de retrucar)
G 0oc espera #ue eu d cr5dito a um ianque... $ duide da
palara de minha pr<pria irm!J
G Seria esperar demais G 'yler comentou& Fas n!o estaa
disposto a desistir t!o >acilmente e por isso insistiu em proar sua
inocncia) G 'udo o #ue sei 5 #ue >ui para a cama ontem M noite depois
do nosso passeio& $ adormeci logo em seguida& De repente, acordei com
uns barulhos no corredor, mas como era muito cedo, resoli dormir
noamente& $staa #uase conciliando o sono, #uando acordei com todos
Projeto Revisoras 54
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ocs rodeando minha cama e olhando:me de um modo assustador&
Sarah >itou:o por um longo momento, #ue a 'yler pareceu uma
angustiante eternidade& uantos minutos 86 haiam se passadoJ $le se
perguntaa, lutando para n!o ceder de e2 ao desespero&G Clayton Hillis est6 no Eltimo #uarto, no >inal do corredor, M
direita G ela disse por >im&
Como um n6u>rago #ue de sEbito encontra uma t6bua de
sala!o, 'yler >oi inadido por um intenso al(io&
G Oh, muito obrigado, Sarah& uro #ue ou proar:lhe minha
inocncia, nem #ue se8a a Eltima coisa #ue >arei na ida& G $ saiu& passos largos, 'yler alcanou o #uarto de Clayton& briu a
porta e >echou:a rapidamente& 7recipitou:se para a cama onde Clayton
dormia e tentou acord6:lo&&& $m !o&
Clayton ressonaa pesado, ainda sob os e>eitos da grande
#uantidade de 6lcool ingerido na noite anterior&
tens!o crescia no peito de 'yler, >a2endo seu cora!o bater
muito >orte, a ponto de #uase su>oc6:lo&
7or >im, depois de 6rios minutos, Clayton abriu os olhos e
resmungou)
G Droga&&& O #ue h6J 7or #ue n!o me deiKam dormir em pa2J
'yler sacudiu:o com tamanha iolncia, #ue ele acabou por
despertar de e2&
G O #ue est6 acontecendo, amigoJ
G 0oc precisa me ouir G disse 'yler& G 'rata:se de um
assunto muito importante, entendeJ Finha sorte est6 em suas m!os&
Clayton abaiKou a cabea e pressionou as tmporas& Seus
Projeto Revisoras 55
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olhos estaam ermelhos e, suas roupas, totalmente amarrotadas&
G Oh, Deus&&& ue enKa#ueca terr(el& Deo ter bebido um
pouco al5m do limite ontem M noite&
'yler teria ca(do na risada, se n!o estiesse t!o neroso&
G Finhas p(lulas contra ressaca deem estar no bolso do
casaco& Se oc tem algum sentimento crist!o ou de solidariedade
humana, pegue:as para mim, por >aor&
G WSeria c=mico se n!o >osse tr6gicoW G 'yler murmurou,
citando uma >rase c5lebre, en#uanto apressaa:se a alcanar o casaco
#ue estaa 8ogado sobre uma poltrona&4!o demorou a encontrar a carteia de p(lulas& "aia uma 8arra
de 6gua e dois copos sobre a mesinha:de:cabeceira& 'yler seriu um
copo e deu:o a Clayton 8untamente com uma p(lula&
G 'ome isso depressa, pois n!o temos tempo a perder& Clayton
obedeceu& $ ap<s murmurar um agradecimento, >alou)
G $sse rem5dio 5 milagroso, sabeJ Comear6 a >a2er deito em
poucos minutos& Oh, Deus, parece #ue minha cabea ai estourar&&&
'yler sentou:se em >rente a ele e segurou:o pelos ombros&
G Clayton, preste bem aten!o no #ue ou di2er&
G Oh, por >aor, amigo, deiKe essa conersa para da#ui a
pouco&
G Sinto muito, mas n!o posso esperar #ue oc melhore da
ressaca&
G Fas s< lear6 alguns minutos&&&
G t5 l6, poderei estar morto&
Clayton >ran2iu a testa, >itando:o com estranhe2a&
Projeto Revisoras 56
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G $i, #ue hist<ria 5 essaJ 'yler suspirou&
G 0ou resumir, pois n!o podemos perder mais um segundo
se#uer&
G Diga de uma e2&
G 0allen disse a Beauregard #ue eu a iolentei&
G $ oc >e2 issoJ G Clayton arregalou os olhos&
G Claro #ue n!o G 'yler eKclamou, indignado&
G Oh, pelo amor de Deus, >ale mais baiKo G Clayton pediu,
leando a m!o M testa& p<s alguns instantes, indagou) G Bem, mas se
n!o >e2 nada contra 0allen, por #ue ela o acusou desse crime horr(elJ
G Como ou saberJ G 'yler descontrolou:se& G #uela mulher
tem uma mente perersa& $u nem se#uer to#uei nela uro #ue sou
inocente&
G 4!o 5 preciso di2er isso a mim, amigo& $u acredito em oc&
G Obrigado& G 'yler sorriu& Fas n!o podia se dar ao luKo de
entregar:se M#uela sensa!o de al(io, pois sua ida corria perigo&ssim, ele concluiu a narratia) G gora h6 pouco, a >am(lia Booker
inteira inadiu o #uarto onde eu dormia& Beauregard ameaou:me com
um ri>le e disse #ue terei de me casar com 0allen& li6s, ele me deu
#uin2e minutos para estir:me e descer at5 seu escrit<rio, para
conersarmos&
G Oh
G OhJ G 'yler repetiu, indignado& G /sso 5 tudo o #ue oc
tem a di2erJ
G Bem&&& G Clayton leantou:se com di>iculdade e comeou a
caminhar de um lado para o outro& G I assim #ue as coisas >uncionam
Projeto Revisoras 57
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no 0elho Sul& 0oc n!o pode andar por a( de>lorando moas de boas
>am(lias, sem pagar um preo& $ esse preo ou 5 o casamento&&& Ou a
morte&
G $st6 se es#uecendo de um detalhe, amigo G 'ylerde>endeu:se, eKasperado& G $u n0o de>lorei 0allen Booker& $, al5m do
mais, oc n!o precisa me contar sobre os conceitos e preconceitos dos
sulistas, em 1?@A& Sei muito bem como >uncionaa a mente de um
>a2endeiro retr<grado e rude& $, ainda #ue n!o soubesse, Beauregard
acaba de dar:me uma clara demonstra!o&
G $i, acalme:se, 'yler& $u 86 n!o disse #ue con>io em sua
inocnciaJ
G 7ois ent!o es#uea essa conersa >iada sobre o 0elho Sul e
trate de me a8udar&
G 'udo bem& O #ue #uer #ue eu >aaJ
G 7reciso >ugir da#ui agora e chegar at5 Booker*s Nnoll& .ma
e2 l6, descerei M#uele maldito por!o e retornarei ao ano de 199+, de
onde nunca deeria ter sa(do&
Clayton pegou a 8arra d*6gua e seriu:se de um segundo copo&
Soreu o l(#uido com pra2er e& ent!o sorriu&
G h, a p(lula comeou a >a2er e>eito& 6 me sinto bem melhor&
G Utimo G 'yler a#uiesceu& G $ ent!o, o #ue me di2J $Kiste
algum 8eito de chegarmos at5 Booker*s Nnoll sem sermos percebidosJ
G 4!o G Clayton respondeu num tom surpreendentementecalmo& G I melhor oc relaKar e descer para conersar com
Beauregard, antes #ue ele enha busc6:lo&
'yler encarou:o, perpleKo&
G 0oc enlou#ueceuJ $st6 me di2endo para&&& Concordar com
Projeto Revisoras 58
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tudo o #ue Beauregard propuser
G Clayton completou& G I isso o #ue dee >a2er por en#uanto&
'yler estaa l(ido de raia& Fas Clayton, 86 lEcido e bem
melhor da ressaca, prosseguiu num tom calmo)
G Oua:me e e8a se n!o tenho ra2!o& Seria inEtil tentarmos
>ugir neste momento& cho #ue n!o conseguir(amos ir muito longe,
sabeJ
G 7or #ue n!oJ
G Beauregard com certe2a 86 imaginou #ue oc tentar6 a
>uga e por isso dee ter colocado 6rios escraos de guarda ao longo daestrada&
G Fas n!o eKiste um outro caminho #ue possamos seguirJ
G X lu2 do diaJ $ com Beauregard de alertaJ 4!o, meu amigo&
I por isso #ue lhe digo #ue o melhor a >a2er agora 5 aceitar todas as
condiQes #ue Beauregard impuser& .ma e2 #ue oc concordar com o
casamento, ele 86 n!o ter6 por#ue igi6:lo& Depois de selado o acordo,
eu direi a Beauregard #ue continuarei hospedando oc em Booker*s
Nnoll at5 a data da cerim=nia& $ assim acabam:se os problemas&
2 /sso >a2 sentido G 'yler assentiu, um pouco mais tran#ilo&
G Claro #ue >a2&
G Fas oc disse #ue costuma ir a#ui com >re#ncia&
G Sim& $ da(J
G Da( #ue, se eu >ugir, oc ter6 de dar satis>aQes a
Beauregard& $le com certe2a descobrir6 #ue oc me a8udou e&&&
G 4!o se preocupe com isso& $u encontrarei uma sa(da& 'ale2
diga a Beauregard #ue oc simplesmente desapareceu e #ue nunca
Projeto Revisoras 59
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mais tie not(cias suas& G Clayton sorriu e perguntou) G Fas o #ue
houe com sua pressa, 'yler damsJ De repente, >icou t!o calmo, #ue
at5 parece ter se es#uecido de #ue Beauregard est6 a sua espera&
'yler sorriu de olta&G I #ue me senti t!o aliiado com a perspectia de oltar a
199+, #ue o nerosismo at5 passou& G caminho da porta,
acrescentou) G 7or #ue n!o pensei nisso antesJ solu!o era muito
>6cil) bastaa concordar com o casamento e depois >ugir&&& Fas acho #ue
eu estaa apaorado demais para raciocinar com clare2a&
G De >ato, o medo 5 um p5ssimo conselheiro, amigo&
G 'em ra2!o& G 'yler 86 ia saindo, mas oltou:se para di2er)
G $i, por acaso, oc se lembra de ter ganhado a Eltima rodada do 8ogo
ontemJ
G 4!o&
G 7ois seu dinheiro >icou comigo&
G $nt!o, est6 em boas m!os G Clayton a>irmou num tom
am6el&
G Fais uma e2, obrigado pela con>iana& G 'yler >e2 uma
pausa& G gora, com licena& 7reciso descer para en>rentar a 'era.
G Dese8o:lhe sorte, amigo&
G 0ou precisar de muita&&& Fas agora 86 sei #ue em bree
estarei de olta ao meu mundo& $ isso >a2 com #ue eu me sinta bem
mais con>iante&
G Utimo& G Clayton >itou:o com uma eKpress!o de cEmplice&
G4!o 6 se es#uecer do meu conselho, heinJ
G Concorde com as eKigncias de Beauregard e tudo >icar6
Projeto Revisoras 60
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bem&
G I isso mesmo o #ue >arei, amigo&
CAPÍTULO V
Com o ouido colado M porta do escrit<rio do pai, Sarah
tentaa escutar a conersa #ue se desenrolaa l6 dentro& seu lado,
estaam 0allen, $lla:ane e $well $ndicott&
G 6 >a2 bastante tempo #ue papai e 'yler dams est!o
conersando G ela >alou& $ #uanto mais os minutos se passaam, mais
ela pensaa em como o ian#ue, #uase desconhecido, parecera:lhe
sincero, ao alegar sua inocncia&
G $spero #ue papai n!o mude de id5ia a respeito do meu
casamento com 'yler dams G disse 0allen&
Sarah >itou:a com estranhe2a& Se ela estiesse no lugar de0allen, 8amais aceitaria desposar um homem #ue a tiesse de>lorado M
>ora& Fas, en>im, ambas eram t!o di>erentes&&&
G $u bem #ue gostaria de #ue Beauregard encontrasse outra
solu!o para o caso G $well $ndicott resmungou& G perspectia de ter
um ian#ue na >am(lia n!o me agrada nem um pouco& Fas, en>im, o #ue
se pode >a2erJ
G 'odos n<s conhecemos papai o su>iciente para saber #ue ele
nunca olta atr6s em suas decisQes G $lla:ane opinou, dirigindo:se a
0allen&
Sarah eKperimentou uma terr(el sensa!o de descon>orto&
Projeto Revisoras 61
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cabaa de er as irm!s trocando um olhar cEmplice&&& Ou teria sido
apenas impress!oJ
O remorso pesou:lhe no peito, >a2endo com #ue se sentisse
ainda pior&4!o tinha o direito de descon>iar da pr<pria irm!, mas poderia
8urar #ue haia algo muito estranho na#uela hist<ria&
De repente, lembrou:se da noite anterior, #uando 0allen
chamara $lla:ane para uma conersa particular&&& $, depois, 0allen
dissera)
WO plano 5 per>eito& 'udo o #ue temos a >a2er 5 procurar %ouisna co2inha e di2er:lhe #ue papai mandou:o manter o copo de Clayton
Hillis constantemente cheio&&&W
Sarah estremeceuV conclusQes nada agrad6eis pasmaam:lhe
pela mente numa elocidade estonteante) Ser6 #ue 0allen tencionara
embebedar Clayton Hillis, para ent!o poder abordar 'yler dams no
meio da noite e >or8ar a#uela hist<ria absurdaJ
3as Ea45ane n0o concordaria com um pano t0o maquiaéico,
Sarah pensou&
&&&Ser que n0o)
O som de uma batida na porta interrompeu:lhe as diagaQes&
%ouis eio da co2inha e >oi atender&
Sarah oltou:se para er #uem chegara) era ohn FcCully, #ue
ao entrar lanou um cumprimento geral&
G Oh&&& G 0allen cochichou para $lla:ane& G 4!o sei como
papai p=de permitir #ue esse homem passasse a noite a#ui&
G $le dormiu no est6bulo G Sarah argumentou, es>orando:se
para conter um sentimento de irrita!o #ue teimaa em domin6:la&
Projeto Revisoras 62
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G $ da(J O est6bulo pertence a nossa propriedade& 4!o gosto
de estranhos por l6&&& l5m do mais, esse tal FcCully 5 t!o grosseiro&
Sarah n!o respondeu& Fas, decididamente, n!o concordaa
com a irm!& ohn FcCully era apenas um homem sisudo, indo dooeste& 4a erdade, trataa:se de um t(pico caub<i, desde o chap5u at5
as botas de couro, passando pela cala rancheira e pela camisa Kadre2&
O #ue causaa estranhe2a era a#uele cintur!o com um -ot 67
#ue ohn FcCully usaa&&&
Fas Sarah 86 ouira >alar #ue os homens do oeste sempre
andaam armados&
G 7or >aor, >i#ue M ontade sr& FcCully G disse $lla:ane num
tom am6el& G O ca>5 ser6 serido da#ui a pouco, e gostar(amos #ue
>osse nosso conidado&
ohn FcCully tirou o chap5u numa atitude de respeito e
pareceu relutar antes de aceitar o conite)
G Obrigado, madame& 0ou esperar l6 >ora, ent!o& $ apesar de
$lla:ane ter insistido para #ue >icasse ali na sala, o caub<i saiu e
sentou:se nos degraus da aranda&
G %ouis, deiKe a porta aberta G $lla:ane pediu&
G ssim, o sr& FcCully n!o se sentir6 t!o isolado&
G 4!o sei por #ue oc insiste em ser t!o educada com esse
caub<i G 0allen #ueiKou:se&
G Ora, ele 5 um ser humano como todos n<s e merece ser
tratado com respeito G $lla:ane esclareceu&
G Sua irm! tem ra2!o G $well $ndicott repreendeu:a& G 0oc
est6 sendo eKcessiamente gentil com a#uele homem e isso n!o >ica
bem a uma senhora casada&
Projeto Revisoras 63
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G $st6 endoJ G 0allen sorriu, triun>ante& G $u sou muito
mais sensata do #ue oc, $lla:ane&
G 7ois eu concordo com $lla:ane G disse Sarah&
G O >ato de o sr& FcCully ser um humilde caub<i do oeste n!osigni>ica #ue ele dea ser tratado com menos considera!o do #ue
#ual#uer isita&
G Obrigada, #uerida G $lla:ane agradeceu, baiKando os
olhos&
G Ora, cale:se, irm!2inha G 0allen adertiu:a, #uase ao
mesmo tempo& G 0oc 5 ainda uma criana, Sarah& $ n!o entende nadadesses assuntos&
Sarah pensou em retrucar, mas acabou desistindo& >inal, sabia
#ue era inEtil discutir com 0allen&&& ue sempre acabaa impondo seus
pontos de ista&
G 'yler ainda est6 conersando com BeauregardJ G perguntou
Clayton Hillis, #ue inha descendo as escadas&
ntes #ue algu5m tiesse tempo de responder, a porta do
escrit<rio se abriu, dando passagem a Beauregard e 'yler& 'odos
oltaram:se para ambos com uma eKpress!o de eKpectatia&
Beauregard parecia muito mais calmo agora& 'yler, por5m, estaa
eKcessiamente p6lido&
G 6 combinamos tudo, 0allen G Beauregard comunicou M
>ilha& G 0oc se casar6 dentro de duas semanas, na data #ue 86 estaamarcada& penas o noio n!o ser6 Lit2hugh Larnsworth, mas sim 'yler
dams&
0allen assentiu com um gesto de cabea& Sarah >itou 'yler com
uma eKpress!o penali2ada& $, noamente, dEidas inc=modas a
Projeto Revisoras 64
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assaltaram&
G inda bem #ue est6 a#ui G Beauregard dirigiu:se a Clayton
Hillis& G 7reciso ais6:lo a respeito de uma coisa&
G uero Booker*s Nnoll de olta&
Clayton reagiu, aborrecido&
G 7ensei #ue >=ssemos renoar o contrato de loca!o&
G Sim, era isso mesmo #ue amos >a2er& Fas acontece #ue
acabo de tomar uma resolu!o) ou dar a#uela casa, bem como a
planta!o de algod!o, como presente de casamento para 0allen e 'yler
dams& Se ela >osse se casar com Lit2hugh, isso n!o seria preciso, poisiria morar na >a2enda dele& Fas acabo de conersar com 'yler, e ele
concordou em >icar morando a#ui no sul, em e2 de partir com 0allen
para 4oa Rork&
G $u compreendo G Clayton a#uiesceu&
G Sinto muito, >ilho, mas oc ter6 de procurar outro lugar
para >icar, #uando ier para essa regi!o&
G $ #uando deo entregar:lhe Booker*s NnollJ
G ue tal dentro de de2 diasJ ssim, ter6 tempo de sobra para
encontrar outro local para alugar&
G $st6 bem G Clayton assentiu& $m seguida, perguntou) G
uer di2er #ue oc e meu amigo 'yler 86 discutiram todos os detalhes
do casamentoJ
G Sim, >ilho G Beauregard respondeu&
G $nt!o, acho #ue agora eu e 'yler podemos oltar para
minha casa&&& G $ grace8ou) G $n#uanto ainda posso cham6:la de
min"a# é claro& li6s, creio #ue 'yler at5 pode me a8udar a empacotar as
Projeto Revisoras 65
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coisas&
G 4egatio, >ilho G Beauregard respondeu& G Feu >uturo
genro n!o ir6 a lugar algum& $le >icar6 nesta casa at5 a data do
casamento&G /sso n!o estaa inclu(do em nosso acordo, sr& Booker& G
'yler reagiu, espantado&
Fas Beauregard ignorou:o e continuou)
G 4!o me lee a mal, Clayton Hillis&&& Fas acontece #ue oc
est6 sempre chegando e partindo dessas paragens& $ n!o #uero #ue
meu >uturo genro tenha alguma id5ia maluca, tal como resoleracompanh6:lo numa iagem para o norte&&&
G $i, espere um momento, senhor&&&
'yler tornou a protestar, mas Beauregard simplesmente passou
por ele e caminhou at5 a porta, #ue estaa aberta& Com seu costumeiro
tom autorit6rio, ordenou a ohn FcCully)
G $i, caub<i 0enha at5 a#ui, simJ
'odos assistiam M cena num silncio denso e carregado&
G 7ois n!o, senhorJ G ohn FcCully aproKimou:se
prontamente&
G Diga:me, caub<i, oc 5 casadoJ
G 4!o, senhor&
G 'em alguma mulher na >am(liaJ
G 'enho trs irm!s e uma m!e #ue graas a Deus ainda ie,
apesar de muito idosa&
G Fuito bem, >ilho& G Beauregard >e2 uma pausa& G 7ode me
responder uma perguntaJ
Projeto Revisoras 66
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G Claro& 4!o tenho nada a esconder&
G Certo&&& $nt!o, conte:me o #ue >aria se algum marman8o se
metesse com uma de suas irm!sJ
G $u o chamaria M ra2!o, senhor& 7rimeiro, tentaria conersare conenc:lo a pedir desculpas pelo atreimento& Se isso n!o
resolesse&&&
G Fas e se esse cretino houesse de>lorado a sua irm!J G
Beauregard o interrompeu&
Sem a menor hesita!o, ohn FcCully respondeu)
G Ora, eu o obrigaria a casar:se com ela& Beauregard sorriulargamente, antes de indagar)
G $ o #ue >aria se esse marman8o, cretino e atreido se
recusasse a casar:seJ
G 4esse caso, eu o mataria G o caub<i a>irmou, como se isso
>osse a coisa mais natural e 8usta do mundo&
Beauregard estaa de>initiamente satis>eito com o rumo daconersa& $, por >im, 8ogou sua Eltima cartada&
G 0oc parece ser bastante h6bil no mane8o desse -ot# hein,
caub<iJ G $ indicou, com um gesto, o reoler #ue ohn FcCully tra2ia
na cintura&
G Fod5stia M parte, sou um bom atirador, sr& Booker&
G Fuito bem&&& G Beauregard lanou um olhar ao redor com
uma eKpress!o autorit6ria& $nt!o, oltou a >alar com ohn FcCully) G
inda ontem, oc di2ia #ue estaa M procura de emprego& 7ois estou
lhe o>erecendo um, se #uiser&
G $ #ual ser6 o meu trabalho, sr& BookerJ
Projeto Revisoras 67
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G 'rata:se de algo muito simples&&& $ seu local de trabalho
ser6 a#ui mesmo, nesta casa&
G Como assimJ G ohn FcCully era o Enico #ue ainda n!o
haia entendido aonde Beauregard Booker #ueria chegar& >inal, ele n!oestaa a par dos acontecimentos&
G $u 86 eKplico, >ilho G disse Beauregard& G Como minha >ilha
0allen se casar6 com 'yler dams dentro de duas semanas, teremos
muitas proidncias a tomar nos pr<Kimos dias& cho #ue oc n!o
sabe, mas a data 86 >ora marcada antes&&& S< #ue o noio seria um outro
homem, chamado Lit2hugh Larnsworth&
ohn FcCully >itou:o, con>uso& $ Beauregard prosseguiu)
G Bem, mas esses detalhes n!o lhe interessam& Como eu ia
di2endo, terei de >a2er muitas iagens at5 Saannah, para cuidar dos
Eltimos preparatios para o casamento& /sso, sem contar as constantes
idas at5 a esta!o de trem, para receber os conidados #ue chegarem
antes da data da cerim=nia&
G Se entendi bem, o senhor #uer me contratar como cocheiro,para le6:lo at5 SaannahJ G ohn FcCully perguntou&
G 4!o, >ilho G Beauregard respondeu, impaciente& G uero
#ue >i#ue de olho em meu >uturo genro, entendeuJ G $ apontou para
'yler dams& G >inal, ele pode ter a in>eli2 id5ia de tentar uma >uga&
G $stou comeando a entender, senhor&
G uanto a mim, #uero ter a certe2a de #ue ele estar6 a#ui,bem &uardado# at5 o dia da cerim=nia G Beauregard a>irmou, ignorando
o aparte& G $ 5 a( #ue oc entra, entendeuJ
G Sim, senhor G ohn FcCully assentiu, tocando ligeiramente
o coldre na cintura, en#uanto olhaa para Sarah estremeceu& $, por um
Projeto Revisoras 68
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momento, 8ulgou #ue 'yler >osse perder os sentidos, tamanha era sua
palide2& Cerca de meia hora depois, s< restaam Sarah e %ouis na sala&
$well $ndicott haia partido para a cidade de Saannah com $lla:ane&
'yler dams subira para o andar de cima com Clayton Hillis&0allen, t!o logo ouira a not(cia de #ue todos os detalhes de
seu casamento com 'yler estaam acertados, sa(ra rapidamente para
dar um passeio, es#uecendo:se at5 de lear uma sombrinha&
Beauregard Booker estaa com ohn FcCully no escrit<rio, conersando&
4ingu5m haia tomado o des8e8um, #ue o bom %ouis serira na sala de
re>eiQes&
G Como est6 Fillie nesta manh!J G Sarah perguntou,
tentando encer o nerosismo #ue ameaaa domin6:la&
G $la acordou um pouco melhor, senhorita G %ouis respondeu
com um sorriso&
G ;raas a Deus& $stou pensando em ir :la agora& Ser6 #ue
ela 86 acordouJ
G Claro #ue sim& $ mesmo #ue estiesse dormindo, eu a
chamaria& Sabe, ontem mesmo, aisei:a de #ue ho8e a senhorita ia
isit6:la, e Fillie >icou muito contente& $la adora #uando a senhorita 8
as hist<rias bonitas #ue m nas reistas&
De >ato, Beauregard recebia mensalmente algumas reistas de
4oa Rork #ue, entre 6rias not(cias a respeito de pol(tica e economia,
tra2iam hist<rias de aenturas ou romances em cap(tulos& $ Sarah
adoraa l:los para Fillie e %ouis&
G 4esse caso, acho #ue ou subir at5 meu #uarto para pegar
os Eltimos nEmeros, #ue chegaram ontem&&& G Sarah interrompeu:se,
pois na#uele momento a porta do escrit<rio se abriu, dando passagem a
Projeto Revisoras 69
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Beauregard e ohn FcCully&
G %ouis&&& G Beauregard ordenou G este rapa2 >icar6 conosco
at5 a data do casamento de 0allen& %ee:o para o andar de cima e
mostre:lhe o #uarto #ue Clayton Hillis ocupou ontem M noite& $ l6 #ueele >icar6 instalado&
%ouis hesitou&
G 'ale2 o sr& Hillis e o sr& dams este8am l6, conersando&
G Fande:os >alar em outro lugar, oras G Beauregard disse&
Como se para si, acrescentou) G ue diabos 4!o gosto de #ue
contrariem minhas ordens&%ouis subiu, acompanhado por ohn FcCully& Sarah tomou uma
sEbita decis!o) >alaria a s<s com o pai e con>essaria suas dEidas a
respeito do suposto de>loramento de 0allen& ssim, #uem sabe n!o
conseguia aliiar a conscinciaJ
$ra erdade #ue precisaa isitar Fillie& Fas com certe2a n!o
>aria mal se demorasse um pou#uinho mais&
G O #ue >oi, meninaJ G Beauregard indagou& G 7or #ue est6
me olhando com esse ar assustadoJ
G $ #ue&&& G Sarah relutou, mas por >im disse de um s<
>=lego& G "6 algo #ue o senhor precisa saber sobre a noite passada&
G Lale G Beauregard ordenou&
G Bem&&& 7ara di2er a erdade, eu n!o oui nenhum barulho
no #uarto de 0allen&
Beauregard >itou:a com ar de desagrado, mas Sarah armou:se
de coragem e prosseguiu)
G Dormi tran#ilamente e n!o >ui perturbada por nenhum tipo
Projeto Revisoras 70
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de ru(do&
G 0oc 86 disse isso& $ daiJ
G Da( #ue n<s conhecemos 0allen muito bem e sabemos #ue
ela Ms e2es eKagera nos >atos&
G Lale claro, menina&
G Bem, eu pensei #ue&&& ue tale2 0allen tenha son"ado #ue
'yler dams entrou no #uarto e a >orou&&&
G Fas #ue disparate G Beauregard gritou, interrompendo:a&
G 7or >aor, n!o se irrite, papai& $u apenas pensei #ue&&& 9ue
eKistisse uma possibilidade de 'yler dams ser inocente por#ue, a>inal,
n!o oui nenhum barulho e&&&
G 4!o se8a rid(cula G Beauregard repreendeu:a num tom
6spero& G $st6 mais do #ue eidente #ue a#uele ian#ue abusou de sua
irm!&
pesar de muito amedrontada, Sarah ainda estaa disposta a
argumentar& Fas Beauregard n!o lhe deu chance&G 0oc 5 uma garota muito tola e ingnua, Sarah& $st6
>a2endo mau 8u(2o a respeito de sua irm!, e ou lhe di2er por #u&&&
G Diga:me, papai, por >aor G ela pediu num >io de o2& G
8ude:me a clarear minhas id5ias&
Beauregard riu&
G De todas as minhas >ilhas, oc 5 realmente a mais tola,menina& 7onha sua cabecinha para >uncionar e tente raciocinar comigo,
est6 bemJ
G Sim&
G 7ense apenas numa coisa) se 'yler dams 5 inocente, ent!o
Projeto Revisoras 71
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por #ue ele concordou em casar:se com 0allen, sem a menor ob8e!oJ
Sarah >itou:o com ar con>uso, e ele prosseguiu)
G .m homem #ue tiesse sido acusado in8ustamente com
certe2a se recusaria a casar:se, ainda #ue eu o ameaasse com umaarma, entendeuJ
G Sim, papai G Sarah assentiu num >io de o2& $m seguida,
pediu licena e subiu #uase correndo para o #uarto& 7recisaa mesmo de
alguns minutos de solid!o, antes de isitar Fillie&
s l6grimas a>loraam:lhe aos olhos&&& %6grimas de & raia e
indigna!o& De >ato, todos tinham ra2!o em 8ulg6:la tola e ingnua&&&>inal, ela n!o se deiKara enganar pela l6bia e pelo encanto da#uele
ian#ueJ Claro #ue se 'yler dams >osse inocente, ele 8amais concordaria
em se casar com 0allen&&& $ra <bio
Sarah atirou:se na cama e encolheu:se como um animal2inho
assustado& Seu cora!o solit6rio e sonhador deiKara:se catiar por 'yler
dams& Fas ele n!o merecia a menor considera!o&
G $ pensar #ue descon>iei de minha pr<pria irm!, por culpa
desse homem G ela murmurou, mergulhando num choro conulso& Sua
Enica ontade na#uele momento era atirar:se aos p5s de 0allen e
implorar:lhe perd!o&&&
Debruado no parapeito da 8anela do seu #uarto, 'yler dams
tentaa analisar a terr(el situa!o em #ue se encontraa&
7ara piorar ainda mais as coisas, Beauregard pretendia mant:lo preso na#uela casa&
$ como se tudo isso n!o bastasse, Clayton acabara de sair,
alegando #ue precisaa oltar com urgncia para o ano de 199+& 7ois
tinha um compromisso inadi6el na#uela noite&
Projeto Revisoras 72
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$ o compromisso nada mais era sen!o um 8ogo de p=#uer num
so>isticado clube de 4oa Rork&
G 0oc ai me largar a#ui, so2inho, nesta casa de loucosJ G
'yler o haia #uestionado&Fas Clayton prometera oltar na noite seguinte& $ usara de um
argumento irre>ut6el&
G $scute, amigo, de nada adiantar6 eu >icar a#ui& gora #ue
Beauregard contratou a#uele caub<i para igi6:lo, n!o teremos a menor
chance de sair desta casa& Fas se oc se comportar bem e n!o tentar
>ugir, eles acabar!o a>rouKando a igilTncia& $, ent!o, nossas
possibilidades ser!o maiores&
G 4!o sei n!o& ohn FcCully me parece do tipo s5rio e
respons6el& $le n!o ai tirar os olhos de mim, pode apostar nisso&
G Fas ele n!o conseguir6 igi6:lo inte e #uatro horas por dia&
$m algum momento, acabar6 se descuidando&&& $, ent!o, n<s
encontraremos um 8eito de escapar&
G /sso tem #ue ser >eito logo& 4!o ou agentar a press!o por
muito tempo&
G 7i#ue tran#iloV ou agir rapidamente& li6s, deo >a2er
isso, pois logo terei de entregar a casa para Beauregard& gora, trate de
se reanimar, amigo& manh! M noite, estaremos de olta a 4oa Rork e
poderemos rir muito dessa situa!o, diante de uma boa cere8a
gelada&&&
G 'omara #ue oc este8a certo, Clayton&
G Li#ue calmo, e tudo correr6 bem& gora, com licena, 'yler&
$u realmente preciso ir&
G S< mais uma coisa&&&
Projeto Revisoras 73
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G SimJ
G 4o caso de eu conseguir driblar a igilTncia de ohn FcCully
e chegar at5 o por!o&&& 7reciso saber #ual 5 o tru#ue para retornar a
199+&G penas >eche a porta e aguarde& 4!o h6 tru#ue nenhum&
G Fas dee haer Caso contr6rio, todas as pessoas #ue
entrassem ali iriam parar no ano de 199+&
G contece #ue ningu5m pisa na#uele por!o h6 anos, 'yler&
G 4em mesmo osephJ
G $le costuma descer at5 l6 para pegar ou guardar
>erramentas& Fas mant5m a porta aberta, pois obiamente n!o #uer
>icar no escuro& $, pelo #ue pude concluir, a iagem atra5s do tempo s<
comea depois #ue a porta 5 >echada, impedindo #ual#uer claridade ou
r5stia de lu2&
G $nt!o 5 s< issoJ 4!o h6 segredo algumJ
G Bem, para di2er a erdade, de algum tempo para c6, eudescobri #ue se me concentrar pro>undamente a iagem >ica mais curta&
G DeiKe:me er se entendi) se eu chegar ao por!o e me
concentrar no ano de 199+, retornarei mais r6pidoJ I issoJ
G $Kato& Fas prometa #ue ai esperar pela minha olta& Ser6
mais seguro&
G Fas se eu tier uma chance de escapar antes de seu
retorno, >arei isso sem a menor hesita!o&
G 4esse caso, dese8o:lhe sorte& G 6 de sa(da, Clayton haia
acrescentado) G cho #ue ou ligar para o seu che>e e aisar #ue oc
demorar6 alguns dias para retornar ao trabalho&
Projeto Revisoras 74
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G SimV >aa isso, Clayton& $, pelo, amor de Deus, trate de
oltar para c6 o mais depressa poss(el&
G Dou:lhe minha palara de #ue estarei a#ui amanh! M noite&
t5 l6, 'yler&G t5&&&
ssim >ora a conersa de ambos, encerrada h6 poucos
minutos&
gora, 'yler contemplaa a paisagem l6 >ora, tentando calcular
os riscos #ue correria, se empreendesse uma >uga M lu2 do dia&
Fas n!o era preciso re>letir muito para saber #ue suas chanceseram m(nimas&
$ ainda #ue ele conseguisse chegar at5 o por!o, em Booker*s
Nnoll&&& O #ue aconteceria, #uando >echasse a porta e a escurid!o o
enolesseJ -etornaria a 199+, sem problemasJ Ou iria parar em
#ual#uer outro ano, em #ual#uer outro lugarJ
uem poderia saber os mist5rios do 'empoJ
CAPÍTULO VI
Fillie adormeceu cerca de #uin2e minutos ap<s Sarah ter
comeado a leitura de uma reista& $rguendo:se, Sarah saiu, p5 antep5, tomando cuidado para n!o >a2er barulho&
4a co2inha, encontrou %ouis dando instruQes a uma 8oem
escraa a respeito do almoo&
G Fillie est6 dormindo G ela in>ormou&
Projeto Revisoras 75
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G $ a >ebreJ
G BaiKou sensielmente& $u mesma tomei:lhe a temperatura&
G Com um sorriso, procurou animar %ouis& G Li#ue tran#iloV dentro de
poucos dias, ela estar6 totalmente recuperada&G Obrigado, senhorita& G pontando para a escraa, #ue
estaa ocupada em laar algumas erduras, apresentou:a) G $sta 5
Sibby, #ue est6 substituindo Fillie&
Sarah sorriu para a moa&
G Como ai, SibbyJ
escraa >e2:lhe uma reerncia e >itou:a, perpleKa, #uandoSarah respondeu com o mesmo gesto&
%ouis riu&
G $u disse a Sibby #ue a senhorita 5 a pessoa mais am6el
desta casa& Disse tamb5m #ue a senhorita nos trata com muita
considera!o& S< #ue ela n!o acreditou&
Sarah sorriu, lison8eada&G 0oc sabe #uais s!o minhas id5ias a respeito de negros e
brancos& 7ara mim, n!o h6 di>erena& Somos todos >ilhos de Deus, n!o 5
assimJ
G Se seu pai a escutasse >alando isso G %ouis eKclamou&
G $le me deserdaria G Sarah disse, rindo& G >inal, papai 5
um escraocrata conicto&&& $ >ica >urioso, #uando l os artigos de Susan
B& nthony nas reistas&
G senhorita 86 me >alou dela, n!oJ
G Sim& Susan B& nthony 5 uma abolicionista, e os >a2endeiros
do sul a odeiam&
Projeto Revisoras 76
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G Ser6 #ue algum dia n<s ganharemos a liberdade, senhoritaJ
G Sibby indagou timidamente&
G Se eu n!o acreditasse nisso, n!o teria a menor esperana na
eolu!o da humanidade G Sarah respondeu com >irme2a& G $m outraspalaras, acho #ue sim, #ue algum dia a escraid!o acabar6 para
sempre&
G Deus a oua, senhorita& G Sibby sorriu, emocionada&
G Bem, com licena& $u ou subir para o #uarto&
o chegar ao andar de cima, Sarah iu ohn FcCully sentado
numa cadeira, no >inal do corredor, pr<Kimo M porta do #uarto de 'yler&7or um instante, ela se compadeceu da sorte de 'yler&&& Fas
logo lembrou:se de #ue ele bem #ue merecia a#uele tratamento& >inal,
cometera um ato horr(el& $, o #ue era ainda pior, #uase a conencera
de #ue era inocente&
ssaltada pela culpa, Sarah decidiu bater M porta do #uarto de
0allen, #ue logo atendeu&
G O #ue >oi, maninhaJ G perguntou num tom calmo&
G Oh, eu apenas #ueria saber se oc est6 bem&&& G Sarah
respondeu com um sorriso t(mido&
G $ por #ue n!o estariaJ
Sarah hesitou&
G I #ue&&& Depois do #ue aconteceu&&&
G Ora, pare de se preocupar& G 0allen sorriu& G $u estou
<tima, por5m muito ocupada para >icar conersando& >inal, tenho mil
detalhes a discutir com papai a respeito do casamento&
G chei #ue tudo 86 estiesse resolido G Sarah comentou,
Projeto Revisoras 77
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con>usa& $ tee um pensamento inc=modo) para #uem >ora iolentada
na#uela noite, 0allen parecia muito bem disposta&
G De >ato, papai 86 acertou os pontos principais com 'yler
dams& Fas ainda restam 6rias proidncias a serem tomadas& Como,por eKemplo, aisar os parentes de Lit2hugh Larnsworth de #ue eles n!o
est!o mais conidados para a cerim=nia, 86 #ue mudei de noio&
Sarah assentiu com um gesto de cabea, e 0allen continuou)
G Fas o pior ser6 dar a not(cia a Lit2hugh&&& posto #ue ele
>icar6 >urioso& Fas papai 86 me prometeu #ue ai amans4o.
Sarah >ran2iu a testa, eKperimentando de noo a sensa!odesagrad6el e perigosa, #ue a >a2ia descon>iar de sua pr<pria irm!& $
resoleu mudar de assunto&
G cabo de er Fillie& $la est6 melhor, graas a Deus&
G 7ois espero #ue Fillie >i#ue boa logo& 0ou precisar muito
dela nos preparatios de minha >esta de casamento&
G %ouis 86 arran8ou uma moa para substitu(:la nesses dias&
G $u sei& 7apai at5 86 me pediu para dar:lhe algumas
instruQes sobre o trabalho& S< #ue eu tenho tantas coisas mais
importantes a >a2er&&&
G Se oc #uiser, posso me encarregar dessa tare>a G Sarah
o>ereceu& >inal, #uanto mais a8udasse a irm!, menos culpada se
sentiria pela descon>iana #ue oltaa a assalt6:la& G Fas acho #ue
%ouis 86 deu:lhe todas as instruQes necess6rias&
G Fesmo assim, 5 bom certi>icar:se&
G 7ode deiKar& G 4um tom eemente, Sarah a>irmou) G $stou
disposta a colaborar com oc em tudo o #ue >or preciso, mana&
Projeto Revisoras 78
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G uraJ
G Sim&
0allen puKou:a para dentro do #uarto e >echou a porta&
G $nt!o, #uero #ue me >aa um outro >aor&
G 7ea o #ue #uiser G Sarah assentiu, sol(cita& 4um tom
con>idencial, 0allen >alou)
G 7apai acha #ue tale2 'yler dams n!o #ueira casar:se
comigo&
Sarah a#uiesceu com um gesto de cabea, pensando #ue isso
era mais do #ue eidente& 4a erdade, nem entendia aonde 0allen
pretendia chegar com a#uele coment6rio& $ aguardou #ue ela
continuasse)
G 7apai disse #ue deemos ser am6eis com 'yler dams, pois
assim ele poder6 er #ue n<s >ormamos uma >am(lia ador6el& $ at5
acabar6 se sentindo >eli2 por >a2er parte dela&
Sarah >ran2iu a testa&G 4!o #uero desobedecer papai, mas acho di>(cil ser am6el
com um homem #ue cometeu um ato t!o horr(el como&&& Bem, oc
sabe do #ue estou >alando&
G Ora, amos es#uecer o #ue 86 passou& G 0allen sorriu& G O
melhor #ue temos a >a2er 5 pensar no >uturo, ou se8a, no meu
casamento& ssim, #uero #ue conerse com 'yler dams e lhe >ale a
meu respeito& Diga:lhe #ue sou uma pessoa marailhosa, bonita,
prendada&&&
G /nteligente G Sarah completou&
G /sto, ele 86 sabe #ue sou&
Projeto Revisoras 79
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lgo no tom de o2 de 0allen >e2 com #ue Sarah >icasse
intrigada& 4!o adiantaa&&& 7or mais #ue lutasse para encer a sensa!o
de descon>iana, n!o conseguia&
G Bem, oc 86 sabe o #ue tem a >a2er G 0allen prosseguiu&G Conena 'yler dams de #ue sou uma boa moa& $ n!o caia na
bobagem de acreditar na#uele ian#ue, meu bem& posto #ue ele ai
tentar conenc:la, de todos os modos, de #ue 5 inocente& Fas oc,
naturalmente, n!o lhe dar6 o menor cr5dito, certoJ
Sarah >itou a irm! longamente& 4!o podia continuar se
sentindo da#uele 8eito& 7recisaa esclarecer, de uma e2 por todas, a
situa!o&
G 7or #ue est6 me olhando assimJ G 0allen indagou,
incomodada&
Sarah armou:se de coragem e perguntou)
G 'yler dams reamente abusou de oc, 0allenJ
G Fas 5 claro #ue sim, sua tolinha
G Diga:me a erdade, pois eu acabarei por descobri:la de
#ual#uer 8eito& 4a pr<Kima e2 em #ue ir $lla:ane, ou #uestion6:la a
respeito da#uela misteriosa conersa #ue ocs duas tieram ontem M
noite&
G Oh, Sarah, de >ato, 5 uma criana boba e ineKperiente G
0allen comentou, >orando um sorriso& G uanto a mim, 86 perdi tempo
demais e tenho mil coisas a >a2er& 7ortanto, deiKe:me cuidar de minhastare>as, simJ
Sarah cru2ou os braos&
G S< sairei da#ui depois #ue oc responder minha pergunta&
$ n!o me enha com mentiras, pois eu n!o ou toler6:las&
Projeto Revisoras 80
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G Cale:se& G 0allen eleou a o2& G 0oc 5 minha irm! caula
e me dee o m(nimo de respeito&
'omada por um sentimento de determina!o #ue 8amais
eKperimentara antes, Sarah segurou a irm! pelos ombros, obrigando:aa encar6:la&
G Olhe nos meus olhos, 0allen, $ diga #ue 'yler dams a
iolentou,
G Ora, eu&&&
G 4ada de tru#ues, inaninha& Desta e2, oc n!o conseguir6
me enganar&0allen >itou:a com tamanha perpleKidade, #ue Sarah sentiu:se
inadida por uma autocon>iana ainda maior&
G erdade G ela eKigiu& G $stou esperando, 0allen& 7or um
longo momento, a outra permaneceu calada&
7or >im, lirou:se de Sarah com um sa>an!o e atirou:se na
cama& -ecostou:se nos traesseiros e com um lee sorriso, con>essou)
G $st6 bem, sua bruKinha insuport6el& 4!o pretendo passar
os pr<Kimos #uin2e dias sendo importunada por oc& 7ortanto, ou
responder sua pergunta&
G Diga:me&&& G Sarah ordenou G 'yler dams 5 culpado ou
inocenteJ
G $le nem tocou em mim&
G 0allen G Sarah eKclamou, horrori2ada& G $nt!o oc
inentou toda essa hist<riaJ
G Claro G 0allen sentou:se na cama& G Se algu5m pensaa
#ue eu ia me casar com o idiota do Lit2hugh Larnsworth, estaa muito
Projeto Revisoras 81
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enganado
G $ para se lirar de Lit2hugh, resoleu acusar 'yler dams de
iolent6:la G Sarah concluiu com a o2 trmula de indigna!o& G 7ois
sabia #ue papai o obrigaria a casar:se com oc&0allen riu&
G Brilhante dedu!o, maninha&
GFas isso n!o 5 8usto G Sarah #uase gritou&
G ustoJ G 0allen repetiu com desd5m& G Oh, pobre
irm!2inha&&& Se eu tiesse nascido em outubro como oc, certamente
estaria morrendo de remorsos agora& >inal, ocs librianos s!o asEnicas pessoas deste planeta #ue passam a ida se perguntando o #ue 5
certo&&& $ o #ue n0o é certo& 'olinha uando ai descobrir #ue a Enica
coisa #ue ale nesta ida 5 a esperte2aJ
G 4!o acredito no #ue estou ouindo G Sarah >alou, chocada&
G 0oc n!o pode ser t!o monstruosa assim
/gnorando:lhe as palaras, 0allen prosseguiu)
G $ oc sabe #ue a esperte2a 5 o meu >orte, n!oJ mim
pouco importa se >ui 8usta ou in8usta com 'yler& O #ue realmente conta 5
#ue pre>iro mil e2es casar:me com ele do #ue com Lit2hugh
Larnsworth& G Com um sorriso de triun>o, acrescentou) G $ acabo de
conseguir meu ob8etio, #uerida& /sso n!o 5 marailhosoJ
G Fas oc tem certe2a de #ue est6 realmente apaiKonada por
'yler damsJ
G $ #uem >alou em paiK!o, crianaJ Sarah desconcertou:se&
G Ora, eu&&&
G Santo Deus G 0allen interrompeu:a& G 0ocs librianos,
Projeto Revisoras 82
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decididamente, n!o iem neste planeta&
G 7are com essas piadinhas idiotas e eKpli#ue:se G Sarah
eKigiu&
G coisa 5 muito simples, querida irm0(in"a bobin"a. paiK!o ou o amor n!o tem nada a er com o casamento& nalise minha
situa!o, por eKemplo) eu estaa destinada a casar:me com Lit2hugh,
por #uem tenho erdadeira aers!o& Da(, apareceu uma sa(da, uma
op!o bem melhor&&&
G 'yler dams G Sarah completou num >io de o2&
G $Kato& $ eu decidi >icar com ele&G 0oc >ala de Lit2hugh e 'yler como se eles >ossem meros
ob8etos&
G $ n!o s!oJ
Sarah arregalou os olhos numa eKpress!o de horror& $ sua o2
soou carregada de despre2o, ao di2er)
G 4!o ouirei mais nenhuma palara a respeito desse assuntolament6el& 0ou procurar papai agora mesmo e contar:lhe toda a
erdade&
0allen riu com ar de desa>io&
G 'ente >a2er isso, sua grande idiota& 7apai n!o acreditar6 em
uma palara do #ue lhe disser&
G DuidaJ G Sarah puKou a irm! pelo brao& G $nt!o enha
comigo&
G Solte:me G 0allen ordenou& G $scute a#ui, mocinha, n!o
sei #ue diabos deu em oc, para me en>rentar desse 8eito& Fas #uero
ais6:la de #ue 86 estou comeando a perder a pacincia&
Projeto Revisoras 83
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G 7ois 86 perdi a minha >a2 muito tempo G Sarah esbrae8ou&
G 0enha&
Desencilhando:se com um gesto brusco, 0allen riu com
desd5m&G 0oc pensa #ue me mete medoJ cha mesmo #ue
conseguir6 me arrastar at5 o escrit<rio de papaiJ
Sarah abriu a porta e oltou:se para aisar)
G 4esse caso, trarei papai at5 a#ui&
G 4!o se8a estEpida& G 0allen bateu a porta com iolncia& G
cha #ue eu teria lhe contado tudo isso&&& Se 86 n!o tiesse tomadocertas precauQesJ
G Como assimJ G Sarah indagou, intrigada&
G Ora, eu 86 disse a papai #ue oc >icou muito encantada
com 'yler dams e #ue eu n!o me surpreenderia se oc tentasse
des>a2er meu casamento com ele por puro ciEme&
G 4!o acredito G Sarah murmurou, chocada&G 7ois se duida, 6 at5 papai e tente conenc:lo de #ue eu
menti sobre a iola!o& G Com um sorriso malicioso, 0allen
acrescentou) G $ ele n!o acreditar6 numa palara do #ue lhe disser&
G 0oc 5 um monstro, 0allen&
G Obrigada pelo elogio, irm!2inha G 0allen respondeu,
sarc6stica&
Sarah procurou pensar r6pido&&& $, de repente, ocorreu:lhe
uma id5ia, #ue bem poderia resoler toda a situa!o&
G $i cho #ue encontrei um 8eito de desmascar6:la, 0allen
Booker&
Projeto Revisoras 84
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G Duido G a outra >alou, com ar con>iante& G $u n!o dou
ponto sem n<, mocinha&
G 4!o mesmoJ G Sarah a desa>iou& G $ se eu >or at5
Saannah agora, conersar com $lla:aneJG $ da(J G 0allen deu de ombros&
G Da( #ue ou pedir a ela #ue conte a papai toda a erdade&
G ;rande coisa G 0allen comentou com displicncia& G 7apai
n!o dar6 mais cr5dito a $lla:ane do #ue daria a oc&
G Fas ser6 a sua palara contra a minha e a de $lla:ane,
8untas& 'enho certe2a de #ue ele acreditar6 em n<s, 7ois oc n!opoderia ter dito a papai #ue $lla:ane >icou impressionada com 'yler
dams& 7or mais #ue saiba manipul6:lo, ele n!o seria t!o tolo a ponto
de crer num absurdo desses&
G $ nem eu seria t!o imbecil a ponto de inentar uma mentira
dessas sobre $lla:ane& >inal, ela 5 casada e >iel&
G $Katamente& G Sarah ergueu o rosto com ar triun>ante&
0allen riu, 8ogando a cabea para tr6s&
G Finha nossa Como oc 5 ingnua&
G 4em tanto G Sarah respondeu& G 7ois encontrei um 8eito de
acabar com o seu 8ogo su8o&
G 4!o cante it<ria t!o cedo, tolinha& cha #ue tamb5m 86 n!o
me precai com rela!o a $lla:aneJ
G ComoJ
G Ora, eu simplesmente disse a papai #ue $well $ndicott
estaa >urioso com a perspectia de ter um ian#ue na >am(lia& $ #ue era
pro6el #ue ele tentasse impedir esse casamento de alguma >orma& G
Projeto Revisoras 85
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G O #ue 5J G ele atendeu, um tanto impaciente&
G O senhor est6 muito ocupado, papaiJ
G Sim& 0olte mais tarde&
G Sinto muito, mas tenho um assunto urgente a tratar com o
senhor&
G $nt!o entre& G Beauregard deu:lhe passagem, indicou:lhe
uma poltrona e sentou:se M escrianinha& G 7ode >alar, mas se8a bree&
'enho muito o #ue >a2er&
$m poucas palaras, Sarah denunciou o plano ma#uia5lico de
0allen, para escapar do casamento com Lit2hugh Larnsworth e desposar'yler dams& $staa muito nerosa, mas mesmo assim conseguiu >alar
com clare2a, sem es#uecer nenhum detalhe&
Beauregard ouiu tudo com uma eKpress!o carrancuda& Licou
em silncio por algum tempo e, por >im, ergueu os olhos para a >ilha&
G Lrancamente, Sarah, eu realmente n!o acreditaa #ue isso
pudesse acontecer&
G 'amb5m estou muito triste e surpresa, papai G ela
con>essou& G Sempre soube #ue 0allen era uma moa ego(sta e cheia
de ontades, mas nunca pensei #ue chegasse ao ponto de ser
inescrupulosa& O #ue ela >e2 com 'yler dams 5 inomin6el& Fas,
>eli2mente, ainda temos tempo de corrigir essa in8ustia&
G Cale:se G Beauregard ordenou num tom seco&
G Oh, desculpe& O senhor dee estar chocado com tudo o #ue
acabei de lhe contar& 'ale2 #ueira >icar um pouco so2inho, para re>letir
melhor& G Sarah ergueu:se, caminhou at5 a porta e oltou:se para
di2er) G S< lhe peo #ue n!o castigue 0allen duramente por isso&
'ale2, em e2 de puni:la, deamos a8ud6:la a ser uma pessoa melhor&
Projeto Revisoras 87
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G 6 lhe ordenei #ue cale a boca G Beauregard gritou num
tom t!o ameaador, #ue Sarah estremeceu&
7or um instante, 8ulgou #ue ele >osse dar:lhe um tapa&
G 7apaiJ G $la o >itou, assustada& G $u n!o estouentendendo&&&
G Fas eu estou G Beauregard estreitou os olhos& G uando
0allen me contou o #uanto oc >icou encantada com 'yler dams, eu
n!o acreditei&&& Fuito embora tenha me intrigado o >ato de oc passear
so2inha com ele a noite passada&
G 4<s >omos apenas&&&G Li#ue #uieta G Beauregard interrompeu:a& G $u ainda n!o
terminei&
Sarah arregalou os olhos cor de mel& uis di2er algo, mas n!o
tee coragem& $ >oi com uma perpleKidade crescente #ue ouiu a
repreens!o do pai)
G 0allen bem #ue me aisou #ue oc trataria de inentar
alguma hist<ria absurda, com o Enico ob8etio de impedi:la de casar:se
com 'yler dams&&& 7or#ue 5 oc #uem #uer casar:se com ele, n!o 5
assimJ
G $i, espere um momento, papai&&& G Sarah estaa at=nita& G
$st6 haendo um terr(el mal:entendido, e precisamos esclarec:lo
imediatamente&
G 4em mais uma palara G Beauregard ordenou num tom #uen!o admitia r5plicas& G #uele ian#ue arruinou a ida de sua irm! e por
isso dee casar:se com ela& uanto a oc, mocinha, deia
energonhar:se dessa terr(el mentira #ue inentou, s< para pre8udicar
a pobre 0allen&
Projeto Revisoras 88
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G 7apai, eu 8amais ergueria um >also testemunho contra
0allen& $ se o senhor duida de mim, ent!o peo:lhe #ue oua $lla:ane&
Como eu lhe disse, ela est6 a par desse plano ma#uia5lico&
G $lla:ane 5 mulher de $well $ndicott, #ue odeia os ian#ues&$, por isso, dee obedec:lo& 0allen tamb5m 86 me aisou #ue $well
$ndicott pode in>luenci6:la&&&
G $ obrig6:la a di2er #ual#uer mentira sobre 0allen, pois $well
detesta a id5ia de ter um ian#ue na >am(lia G Sarah completou com
amarga ironia&
G $Katamente G Beauregard a#uiesceu& G gora, pea:me
desculpas pelas mentiras #ue acabou de me di2er e deiKe:me trabalhar
em pa2&
0allen enceu, Sarah pensou com os olhos cheios de l6grimas&
Litou o pai por um longo momento e ent!o meneou a cabea, em sinal
de nega!o&
G 4!o, papai G disse num tom inesperadamente >irme& G
7ode me castigar, se #uiser, mas 8uro #ue eu n!o menti a respeito do#ue 0allen >e2& $ espero #ue o tempo enha proar a erdade&
Beauregard >itou:a, a princ(pio, com assombro& Fas, depois,
com ar complacente, a>irmou)
G $u, de >ato, deeria puni:la por essa clara demonstra!o de
desrespeito& Fas sei #ue sua atitude se dee M ine8a #ue est6 sentindo
de 0allen& >inal, oc #ueria estar no lugar dela, n!oJ $ isso 5 muito
compreens(el em moas de sua idade& Bastou:lhe er o ian#ue por
alguns minutos, para imaginar #ue ele 5 o homem de sua ida& G
Beauregard riu& G 'olice, mocinha& Dentro de alguns dias, oc o ter6
es#uecido&
Projeto Revisoras 89
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Sarah baiKou os olhos& $staa arrasada&
G Com licena, papai& 0ou para meu #uarto&
G Sim, >aa isso, >ilha& 'rate de tirar essas idiotices da cabea&
$ >i#ue tran#ila, pois, logo depois do casamento de 0allen, comearei apensar no seu&
Sarah sentiu um cala>rio percorrer:lhe a espinha& 4!o #ueria
#ue Beauregard lhe escolhesse um marido&
7or outro lado, n!o tinha a menor id5ia do #ue >a2er, para
escapar M autoridade opressia do pai& .ma o2 interior di2ia:lhe #ue
algum dia as mulheres poderiam escolher seus pr<prios maridos, semobedecer a nenhuma ordem, eKceto a do cora!o&
'enho cada id5ia maluca, ela pensaa, en#uanto subia as
escadas rumo ao segundo andar da casa& Ws e2es, acho #ue nasci na
5poca errada&&&W
ohn FcCully, de guarda no >inal do corredor, olhou:a,
intrigado, ao :la bater leemente M porta do #uarto de 'yler dams&
CAPÍTULO VII
G 0oc G 'yler eKclamou, ao abrir a porta e deparar com
Sarah, cu8os olhos cor de mel tradu2iam uma terr(el ansiedade&
G 'rago:lhe um recado de papai G ela eKplicou, eleando bem
a o2, para #ue ohn FcCully a ouisse&
G $ntre G 'yler conidou:a e, em seguida, >echou a porta&
4!o tinha a menor id5ia do #ue Sarah dese8aa, mas estaa >arto de
Projeto Revisoras 90
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G 0oc dee ser de 6ries G ela insistiu& G 7ercebi isso ontem
M noite, en#uanto coners6amos&
G Sim, eu sou G 'yler con>irmou& $m outra circunstTncia, teria
at5 >icado surpreso pelo >ato de Sarah adiinhar:lhe o signo& Fas,na#uele momento, ele n!o estaa com a menor disposi!o para >alar de
signos do 2od(aco& S< #ueria >ugir da#uela mans!o e da#uele s5culo&
G 7uKa, eu deia ter me lembrado disso ho8e cedo, #uando
oc 8urou #ue nem se#uer haia tocado em 0allen& Fas 5 #ue&&& G ela
enrubesceu G oc entrou de repente em meu #uarto e&&& Bem,
con>esso #ue >i#uei muito energonhada&
G Desculpe:me G disse 'yler& G $u n!o #ueria deiK6:la
constrangida& $staa muito desesperado e&&&
/nterrompendo:o, como se n!o estiesse prestando a menor
aten!o Ms suas palaras, Sarah continuou)
G 7eo:lhe perd!o por ter me es#uecido #ue oc era de 6ries&
>inal, os homens desse signo nunca mentem, G 4um tom grae, ela
acrescentou) G Sei de toda a erdade, 'yler&
G ComoJ
G Sei #ue n!o iolentou 0allen G ela a>irmou, tornando a
enrubesceu
G $ desde #uando resoleu acreditar em mimJ G ele indagou,
lembrando:se das duras palaras de Sarah na#uela manh!& G Loi
apenas deido ao >ato de eu ser de 6riesJG 4!o G ela respondeu com sinceridade& G $u estie
conersando com 0allen, e ela me contou tudo&
G ue <tima not(cia G 'yler eKclamou, aliiado& G uer di2er
ent!o #ue 0allen con>essou #ue mentiuJ $ agora estou lire desse
Projeto Revisoras 92
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pesadeloJ
G ;ostaria de responder #ue sim# mas in>eli2mente sou
obrigada a di2er:lhe o contr6rio& G Sarah suspirou com triste2a& G O
>ato 5 #ue 0allen contou:me a erdade, mas ainda pretende desposaroc&
G 4!o entendo G 'yler retrucou, con>uso& G Se ela admitiu
#ue estaa mentindo&&&
G penas para mim G Sarah o interrompeu& G 4a erdade, s<
eu e $lla:ane sabemos #ue ela o acusou in8ustamente& Fas isso de
nada adianta, pois 0allen 8amais con>essar6 a papai #ue mentiu&
G Fas #ue loucura G 'yler reagiu, chocado& G 7or #ue diabos
sua irm! est6 >a2endo issoJ
G 7or#ue ela n!o suporta a id5ia de casar:se com Lit2hugh
Larnsworth&
G $ resoleu troc6:lo por mimJ
G $Kato&
G Fas com #ue direito 0allen me acusou de algo t!o
abomin6elJ
G Calma G Sarah recomendou, tocando:lhe o ombro num
gesto solid6rio& G 7osso imaginar como oc est6 se sentindo, mas de
nada adianta indignar:se com 0allen& pesar de ela ser minha irm!,
acho:a uma pessoa ego(sta e sem escrEpulos& S< #ue n!o h6 nada #ue
possamos >a2er&
G Fas se oc e $lla:ane sabem #ue 0allen mentiu, por #ue
n!o contam a seu paiJ
G $le n!o acreditar6 em n<s&
Projeto Revisoras 93
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G Fas ser6 a palara de ocs duas contra a de 0allen
7acientemente, Sarah narrou a conersa #ue haia tido h6 pouco com
Beauregard& Lalou inclusie sobre a pre>erncia dele por 0allen, #ue o
manipulaa >acilmente, tornando:o um erdadeiro escrao de suas
ontades&
G Como , n!o temos a menor chance de conencer papai de
sua inocncia G ela comentou no >inal da narratia&
G /sso signi>ica #ue estamos de olta ao ponto de partida G
ele constatou, inadido por um terr(el desTnimo&
G 4em tanto& G $la sorriu, e >oi como se todo o ambiente ao
redor se iluminasse& G 'enho um plano&
pesar de sua triste2a, 'yler sorriu de olta& #uela garota
parecia um an8o eniado dos c5us para a8ud6:lo&&& $ encant6:lo 7ois,
na#uele momento, ela lhe parecia mais bela do #ue nunca&
G $scute com aten!o G disse Sarah& G O plano 5 simples,
mas acho #ue ai >uncionar&
De >ato, a id5ia de Sarah podia dar certo) ela pretendia chamar
ohn FcCully para seu #uarto, sob o preteKto de #ue a 8anela estaa
emperrada& $, en#uanto o caub<i estiesse eri>icando o problema, 'yler
desceria para o andar t5rreo e sairia pela porta dos >undos da casa,
rumo ao pomar& Do >inal do pomar, partia uma trilha #ue leaa ao rio&
li, 'yler encontraria um bote e remos& $nt!o, remaria a >aor da
corrente at5 Booker*s Nnoll&
G .ma e2 l6 G Sarah >alou, entusiasmada G, tenho certe2a
de #ue Clayton o a8udar6 a escapar&
G $le >oi para 4oa Rork e s< oltar6 amanh! M noite G 'yler
in>ormou:a, sem pensar& G Fas isso n!o 5 problema&
Projeto Revisoras 94
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Sarah >itou:o com estranhe2a&
G 0ocs ian#ues tm um curioso senso de humor&
G 7or #ue di2 issoJ G 'yler indagou, sem entender&
G Ora, todos n<s sabemos #ue a iagem da#ui a 4oa Rork
lea muito tempo& $ oc acaba de >alar #ue Clayton Hillis >oi para l6 e
#ue ainda por cima estar6 de olta amanh!
G Oh, perdoe:me G 'yler apressou:se a di2er& G De >ato, este
5 um p5ssimo momento para brincar& 7or >aor, continue me eKplicando
o plano, simJ
Con>orme Sarah ia >alando, 'yler sentia:se mais animado& perspectia de regressar a 4oa Rork e a 199+ parecia:lhe a coisa mais
marailhosa do mundo&
$ era uma pena #ue ele n!o pudesse contar toda a erdade
M#uela doce mulher #ue estaa t!o disposta a a8ud6:lo&&&
'!o logo >ormulou esse pensamento, 'yler repreendeu:se&
>inal, se reelasse esse segredo a Sarah, com certe2a seria tomado por
louco&
mbos conersaram por mais algum tempo sobre os detalhes
do plano, e, por >im, Sarah leantou:se para sair&
G 7reciso pedir ao bom %ouis #ue prepare o bote e os remos&
$m seguida, irei para o meu #uarto e esperarei at5 #uase o >inal da
tarde, para agir&
G 'ale2 >osse melhor aguardar o anoitecer&
G 4!o creio& 0oc mal conhece essa regi!o e poderia se
perder& l5m disse, os escraos comeam a retornar do trabalho no
campo por olta de #uatro horas&
Projeto Revisoras 95
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G $ n!o h6 perigo deles me aistaremJ
G De 8eito nenhum, pois oc seguir6 8ustamente na dire!o
oposta M da planta!o& l5m disso, os escraos estar!o t!o ansiosos por
um 8antar e um banho, #ue nem se preocupar!o com a possibilidade do>uturo genro do Sin"* Booker escapar&&&
G 'em ra2!o G 'yler concordou, satis>eito& G Sabe de uma
coisa, Sarah BookerJ 0oc 5 muito inteligente&
G Obrigada& G $la sorriu e baiKou os olhos& G cho #ue ou
indo agora&
.m bree silncio instalou:se entre ambos& /nadido por umaonda de ternura, 'yler aproKimou:se e tomou a m!o de Sarah& $rgueu:
lhe o #ueiKo e >itou por um longo momento a#ueles olhos cor de mel&
G cho #ue deemos nos di2er adeus# n!o 5J
G Sim G ela respondeu, sustentando:lhe o olhar&
G $spero #ue d tudo certo&
G $u tamb5m& G 'yler hesitou, antes de acrescentar) G Seti5ssemos nos conhecido em outras circunstTncias, tudo seria t!o
di>erente&&&
Sarah engoliu em seco e nada respondeu& Fas seus olhos
encheram:se de l6grimas, como se compreendessem per>eitamente o
#ue 'yler #ueria di2er&
G uero #ue saiba #ue 8amais a es#uecerei, minha doce Sarah
G ele murmurou&
G $u tamb5m ou guard6:lo para sempre&&& #ui&
G $la tocou o peito na altura do cora!o&
mbos se calaram& Fas continuaam a se olhar como se
Projeto Revisoras 96
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#uisessem transmitir mensagens preciosas, #ue nenhuma palara
poderia tradu2ir&
7or um instante, >oi como se o mundo ao redor deiKasse de
eKistir& 7arecia #ue ningu5m mais contaa na#uela hora&&& 4em 0allen,nem Beauregard, nem o homem #ue montaa guarda no corredor&
4ada importaa, sen!o a#uela corrente el5trica #ue unia 'yler
e Sarah, >a2endo com #ue se aproKimassem ainda mais, a ponto de
perceberem a respira!o um do outro&
'yler n!o poderia eKplicar como haia ca(do na#uele
encantamento& 'udo o #ue sabia era #ue estaa prisioneiro dos olhos de
Sarah&&& #ueles olhos cor de mel #ue o atra(am de maneira irresist(el,
conidando:o ao bei8o #ue n!o tardou a acontecer&
Sarah tamb5m n!o conseguia raciocinar com clare2a& S< sabia
o #uanto era marailhoso sentir os l6bios de 'yler contra os seus&
4unca, em toda sua ida, >ora bei8ada por um homem& amais
algu5m a abraara da#uele modo nem acariciara:lhe os cabelos, a nuca,
as costas&&&
$ra erdade #ue costumaa ser assediada pelos rapa2es #ue
>re#entaam a Sociedade "ist<rica, onde ela Ms e2es prestaa
serios olunt6rios&
$ra erdade tamb5m #ue, de e2 em #uando, sentia:se
impressionada com um ou outro rapa2&
Fas nenhum deles poderia ser comparado a 'yler dams&4enhum possu(a a#ueles olhos a2uis #ue pareciam guardar os mais
doces e perigosos segredos& 4enhum era t!o belo ou brilhante&&& $ nem
sabia trat6:la com tamanha ternura e considera!o&
"aeria sensa!o mais deliciosa do #ue a da#uele bei8o
Projeto Revisoras 97
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prolongado, seguido por outro ainda mais intensoJ "aeria na ida algo
mais >orte do #ue o amorJ
7ois era claro #ue, a despeito de toda a sensate2, ela se
apaiKonara por a#uele homem&Os bei8os se repetiam numa intensidade crescente& $, por >im,
os l6bios de ambos se a>astaram&
Sarah despertou do sonho dourado para a cruel realidade)
'yler dams, o homem #ue numa #uest!o de horas haia con#uistado
seu cora!o, estaa prestes a partir& $ ela 8amais tornaria a :lo&
G Sarah&&& G ele disse baiKinho&G 7or >aor&&& G ela lhe tocou os l6bios com a ponta dos dedos
G n!o >ale mais nada& $stamos nos despedindo, mas #uero guardar este
momento como o mais precioso de minha ida&
G Oh, meu an8o&&& G 'yler abraou:a com >ora& G 'rate de
ser >eli2, est6 bemJ
Como poderei, se oc ai partirJ ela respondeu em
pensamento& 7ois, se >alasse, comearia a chorar ali mesmo& $ Sarah
saiu do #uarto com o cora!o oprimido de dor&
So2inho, 'yler deiKou:se cair sobre a cama& ida era mesmo
um mist5rio& Com tantas mulheres em 4oa Rork, em 199+, ele >ora
logo se apaiKonar por uma garota de Saannah, na ;e<rgia de 1?@A
De uma coisa, por5m, tinha certe2a) nenhuma das mulheres
#ue conhecera em 4oa Rork sabia olh6:lo como Sarah, sorrir comoSarah, receber um bei8o como Sarah&&&
G Se isto n!o 5 paiK!o, ent!o n!o sei do #ue se trata G ele
pensou em o2 alta& Fas o melhor a >a2er com Sarah era guard6:la na
mem<ria, como a garota mais doce e encantadora #ue 86 conhecera&&&
Projeto Revisoras 98
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$m todos os tempos
Laltaam poucos minutos para as #uatro da tarde, #uando
Sarah abordou ohn FcCully& $le ergueu:se, ao :la aproKimar:se pelo
corredor e tirou o chap5u numa atitude respeitosa&Sarah respondeu ao cumprimento com um sorriso polido e, em
seguida, indagou)
G Sr& FcCully, ser6 #ue poderia me a8udarJ
G $stou M sua inteira disposi!o, senhorita G o caub<i
respondeu, sol(cito&
G $nt!o, por >aor, enha comigo at5 meu #uarto& ohnFcCully hesitou, e ela se apressou a eKplicar)
G Finha 8anela est6 emperrada& 4!o consigo >ech6:la& G $
tagarelou longamente sobre o assunto at5 #ue o rel<gio de carrilh!o l6
embaiKo, na sala, indicou #uatro horas&
$ra isso #ue combinara com 'yler dams) #ue Ms #uatro em
ponto >aria com #ue ohn FcCully >osse at5 seu #uarto& ssim, deiKaria
o caminho lire para 'yler escapar&
G Ser6 #ue o senhor poderia eri>icar o #ue h6 de errado com
minha 8anela, a>inalJ G ela pediu no >inal da longa eKplica!o&
G 7ois n!o, senhorita G ohn FcCully pronti>icou:se&
G Obrigada G Sarah agradeceu com uma sensa!o de al(io&
G 0enha, por >aor&
O caub<i seguiu:a at5 o #uarto& Sarah abriu a porta e
conidou:o a entrar)
G 7or a#ui, sr& FcCully& Li#ue M ontade&
$ ela 86 ia entrando tamb5m, #uando ohn FcCully
Projeto Revisoras 99
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recomendou)
G 7or >aor, senhorita, aguarde:me a#ui no corredor&
G Ora, mas por #uJ G Sarah retrucou no tom mais natural
#ue conseguiu& 7recisaa >icar ali no #uarto com ohn FcCully, para>a2:lo demorar alguns minutos& 7retendia retard6:lo com perguntas
sobre a tranca ou as dobradias da 8anela& $n#uanto isso, 'yler >ugiria
pelo corredor e desceria as escadas& $ra t!o simples
$ntretanto, se ohn FcCully entrasse so2inho no #uarto, o
plano iria por 6gua abaiKo& 7ois era claro #ue n!o haia nada de errado
com a 8anela&&& ue o caub<i >echaria em alguns segundos, sem o
menor problema&
G O #ue seu pai dir6 se nos encontrar 8untos em seu #uarto,
senhoritaJ G ohn FcCully argumentou&
G 7oder6 pensar #ue estou sendo inconeniente ou
desrespeitoso&
G /magine G Sarah sorriu, >or8ando uma tran#ilidade #ue
estaa longe de sentir& G O #ue h6 de errado no >ato do senhor entrar
a#uiJ >inal, se eu mesma o chamei&&&
G Fesmo assim 5 bom n!o arriscar G ohn FcCully
interrompeu:a& Sem mais uma palara, ele entrou e >echou a porta&
Com o cora!o aos saltos, Sarah decidiu agir r6pido& Se
acilasse um segundo, 'yler perderia a chance de >ugir& ssim, ela
tornou a abrir a porta e entrou, >echando:a atr6s de si&G Sr& FcCully&&& G comeou a di2er&
G 4!o h6 problema algum com a 8anela, senhorita G o caub<i
anunciou& G cabei de >ech6:la sem >a2er a menor >ora&
O #uarto estaa mergulhado na penumbra& ohn FcCully
Projeto Revisoras 100
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aproKimou:se de Sarah, #ue estremeceu, mas continuou apoiada M
porta, barrando:lhe a passagem&
G Senhorita&&& G o caub<i comeou a di2er&
7or um instante, Sarah pensou #ue ele ousaria um gestoinconeniente&
Fas ohn FcCully apenas completou a >rase)
G &&&Com licena, por >aor& $u tenho de sair agora&
G inda n!o& G Sarah ainda tentaa det:lo& G ;ostaria #ue o
senhor me mostrasse como conseguiu >echar a 8anela& >inal, eu tentei
de todos os 8eitos e&&&
G ela calou:se, sem saber como concluir a >rase& $ra uma
p5ssima mentirosa e tudo o #ue estaa conseguindo era irritar o caub<i&
G 4!o haia nada de errado com a 8anela, como eu 86 disse G
ohn FcCully rea>irmou&
Sarah #uis di2er mais alguma coisa, mas o caub<i
simplesmente tomou:lhe o brao, a>astou:a e abriu a porta&&& tempode er 'yler, #ue comeaa a descer a escada rumo ao andar t5rreo&
G 7ara onde est6 indo, 'yler damsJ G o caub<i o interpelou
num tom seero&
Sarah sentiu ontade de chorar&
G chei #ue seria uma boa id5ia dar uma olta pelos campos
de algod!o do meu >uturo sogro2
'yler respondeu, sem demonstrar a
decep!o #ue sentia&
G Bem, se oc #uer passear, podemos ir 8untos&
G $nt!o, amos l6, caub<i G disse 'yler& Olhando na dire!o
de Sarah, #ue assistia M cena com uma eKpress!o de desespero, ele
Projeto Revisoras 101
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tentou con>ort6:la& $ >a2endo um intenso es>oro para sorrir, conidou)
G uer ir conosco, senhoritaJ
G 4!o, obrigada G ela recusou com o2 trmula&
G 'enho algumas coisas a >a2er em meu #uarto& Com licena&G $ntrando, ela >echou a porta e atirou:se na cama& O plano haia
>alhado&
'yler e ohn FcCully caminhaam pelos campos de algod!o,
#ue pareciam estender:se por todo o hori2onte& Os escraos retiraam:
se para os alo8amentos depois de mais um dia de 6rduo trabalho&
G 7arece #ue a colheita est6 sendo boa neste ano&G ohn FcCully >alou& G 0e8a s< como os p5s est!o
carregados&
G De >ato& Sabe, eu nunca estie numa planta!o de algod!o
antes&
G 4em eu& %6 no oeste, #uase n!o se planta algod!o&
G $m 4oa Rork, tampouco& G 'yler tentaa conersar comnaturalidade, mas no >undo sentia:se p5ssimo& O plano haia >alhado e
agora ele caminhaa 8ustamente no sentido oposto ao do pomar, do rio,
de Booker*s Nnoll&&& Da %iberdade&
G 0oc ter6 de aprender tudo sobre o cultio de algod!o G
disse ohn FcCully ap<s alguns momentos& G "o8e cedo, conheci o
capata2 da >a2enda, um homem chamado "orace "alleck& 7arece #ue
ele 5 o maior entendido em algod!o por a#ui&
G 4!o tie o pra2er de conhec:lo G 'yler resmungou&
G Fas ter6 G ohn FcCully contrap=s& G >inal, 5 poss(el #ue
ocs at5 trabalhem 8untos&
Projeto Revisoras 102
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G 7or #ue di2 issoJ
G I #ue o sr& Beauregard Booker contou:me #ue oc e a srta&
0allen Booker !o ganhar uma casa e uma grande planta!o de algod!o,
como presente de casamento&G 4em me >ale nesta palara G 'yler pediu com um cala>rio&
G ue palaraJ
G Casamento G 'yler respondeu, reoltado&
G 0oc n!o deia ter >eito a#uilo& G Loi a resposta seca do
caub<i&
'yler parou e encarou:o com seriedade&
G 0oc parece ser uma pessoa honesta e sensata, ohn
FcCully& 7or >aor, preste bem aten!o ao #ue ou lhe di2er& Olhe:me
nos olhos e e8a se estou mentindo&
G 7ode >alar G o caub<i assentiu, um tanto descon>iado&
G $u n0o de>lorei 0allen Booker& li6s, eu nunca to#uei
na#uela, moa&
G 4!oJ G ohn FcCully reagiu, surpreso&
G uro por tudo #uanto 5 sagrado #ue estou di2endo a
erdade&
G Fas ent!o por #ue ela o acusou de iolent6:laJ
G 7or#ue estaa prometida a um homem de #uem n!o gosta&
$ decidiu #ue seria pre>er(el casar:se comigo do #ue com ele&
G $ mesmoJ G O caub<i estaa espantado, mas ainda
relutante&
G Se oc duida de mim, pergunte a Sarah& $la lhe dir6 #ue
Projeto Revisoras 103
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sou inocente&
G Fas se ela sabe disso, por #ue n!o conta ao paiJ
G 7or#ue, ao #ue parece, 0allen tem uma >orte in>luncia
sobre Beauregard Booker& $le a pre>ere Ms outras duas >ilhas& $ acreditaem tudo o #ue ela lhe di2& Sarah bem #ue tentou conenc:lo de minha
inocncia, mas Beauregard 86 decidiu #ue sou culpado& $ ele 5 o tipo de
homem #ue nunca reconsidera suas opiniQes&
G /sso deu para perceber G ohn FcCully concordou,
pensatio&
.ma chama de esperana acendeu:se no cora!o de 'yler&Ser6 #ue conseguiria conencer a#uele caub<i de #ue era inocenteJ $le
esperaa sinceramente #ue sim&
G ohn FcCully&&& $u sou um homem honesto e trabalhador&
'enho #ue cuidar de minha ida e de meus compromissos em 4oa
Rork, entendeJ
G Sim&
G 0oc 5 um homem compreensio, amigo G 'yler comentou,
aliiado, sentindo:se a um passo da liberdade& G gora, #uero lhe >a2er
uma pergunta&
G 7ois n!oJ
G 0oc acredita em minha inocnciaJ
G Olhei nos seus olhos e n!o i mentira neles G o caub<i
sentenciou&
G Obrigado, caub<i& G 'yler sorriu& G 0oc nem sabe o #uanto
suas palaras me >a2em bem& gora responda:me uma outra pergunta&
G Diga&
Projeto Revisoras 104
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G 0oc gostaria de me a8udarJ
G Claro #ue sim, mas&&&
G $nt!o, pelo amor de Deus, deiKe:me >ugir& Se eu me
apressar, chegarei at5 Booker*s Nnoll antes do anoitecer&
O caub<i >ran2iu a testa, e 'yler eKplicou)
G Booker*s Nnoll 5 o nome da >a2enda i2inha, #ue meu amigo
Clayton alugou de Beauregard&
G h, sim G ohn FcCully a#uiesceu&
G $ ent!o, o #ue me di2J G 'yler indagou, sem dis>arar a
pro>unda ansiedade #ue o dominaa&
O caub<i tirou o chap5u e a8eitou:lhe a aba& Depois, tornou a
coloc6:lo& $ra um homem de traos rudes& -uio, de pele #ueimada pelo
implac6el sol do oeste, ohn FcCully tinha um olhar seero, como se
estiesse sempre 2angado& Fas, a despeito do seu 8eito t(mido e um
tanto bruto, ele despertaa uma certa simpatia&
G ;ostaria muito de a8ud6:lo, amigo& Fas in>eli2mente n!oposso >a2er nada G ohn FcCully sentenciou&
G Fas oc acabou de di2er #ue acredita em mim
G /sso 5 erdade&
G Fas ent!o por #ue se nega a me a8udarJ G 'yler indagou,
eKasperado&
G #uest!o n!o 5 esta G ohn FcCully 8usti>icou:se& G Luicontratado pelo sr& Beauregard Booker para igi6:lo& $ aceitei o encargo&
G Fas oc n!o sabia #ue eu era inocente&&& Ser6 #ue isso n!o
conta nadaJ
G De certa >orma, sim& Fas acontece #ue em meus trinta e
Projeto Revisoras 105
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#uatro anos de ida, 8amais deiKei de cumprir uma promessa& $u&&&
perderia o respeito por mim mesmo se #uebrasse minha palara,
entendeJ
'yler suspirou&G /n>eli2mente, eu o compreendo, sim, caub<i&
4um silncio carregado de tens!o, ambos continuaram a
caminhar& De repente, ohn FcCully eKclamou)
G $i, acabo de ter uma id5ia&
G Diga, por >aor&
G 7or #ue oc n!o conersa com 0allen BookerJ uem sabe
n!o conseguir6 conenc:la a con>essar a erdade ao pai, ou ao menos
a desistir do casamentoJ
G cha #ue 86 n!o pensei nissoJ
G $ por #ue n!o >e2J
G 7or#ue Sarah me disse #ue seria inEtil&&& $ suponho #ue ela
este8a certa& >inal, se 0allen >oi capa2 de inentar essa hist<ria absurdapara lirar:se do casamento com o tal Lit2hugh Larnsworth, por #ue
oltaria atr6s agoraJ
O caub<i deu de ombros&
G Fesmo assim, acho #ue oc deeria tentar& $u, se
estiesse no seu lugar, >aria isso& >inal, o #ue teria a perderJ
'yler >icou pensatio por alguns instantes& $nt!o, concluiu)
G 0ou seguir o seu conselho, ohn& 'entarei >alar com 0allen,
embora acredite #ue minhas chances se8am remotas&
O caub<i sorriu em sinal de aproa!o&
Projeto Revisoras 106
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assim, como por um passe de m6gica, a#uelas pessoas acabaam lhe
parecendo muito bonitas&
6 0allen, #ue poderia ser considerada uma bela mulher, tinha
modos ulgares e um olhar t!o >rio, #ue acabaam por >a2:la perdertodo o encanto&&&
G 4<s procuramos pelo seu capata2, "orace "alleck G ohn
FcCully in>ormou a Beauregard, interrompendo as diagaQes de 'yler&
G Fas n!o conseguimos encontr6:lo&
G Claro #ue n!o G disse Beauregard, G Fandei:o at5 a
La2enda Larnsworth ho8e de manh!& $le leou uma carta para Lit2hugh
Larnsworth, comunicando:lhe #ue n!o haer6 mais casamento&
ohn FcCully assentiu& 'yler continuaa calado, como se nada
tiesse a er com tudo a#uilo& $, no entanto, era o noio
G Com certe2a, Lit2hugh ter6 um trabalho dos diabos para
cancelar a cerim=nia& posto #ue os parentes #ue moram longe 86 est!o
a caminho& O coitado ter6 de alcan6:los 86 na estrada, para dar:lhes a
not(cia& Sem contar os outros #ue 86 chegaram a Saannah e sehospedaram no hotel, M espera do grande dia&
G $le #ue d um 8eito de resoler tudo G 0allen intereio num
tom >erino& G >inal, os parentes de Lit2hugh n!o s!o problema nosso&
G Fudando de tom e assumindo uma o2 carregada de doura, ela se
oltou para 'yler) G $ #uanto a oc, meu >uturo maridoJ Se eniarmos
os conites pelo naio #ue sai amanh! do porto de Saannah para 4oa
Rork, seus parentes tale2 consigam chegar a tempo para a cerim=nia&
G 4!o se incomode com isso G 'yler respondeu no tom mais
polido #ue conseguiu& G maioria dos meus parentes n!o costuma
ia8ar&&& G tra5s do tempo, ele completou em pensamento,
Projeto Revisoras 108
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G $nt!o, iremos para 4oa Rork depois do casamento G 0allen
sugeriu& G ssim, oc me apresentar6 a sua >am(lia& O #ue acha disso,
#ueridoJ
G $ agora G ohn FcCully cochichou para 'yler& G cho #ueseria bom darmos um passeio G 'yler prop=s, compreendendo o recado
do caub<i& G $ ent!o conersaremos sobre o assunto&
G Oh, mas 5 claro #ue sim& G 0allen leantou:se& Sorrindo
signi>icatiamente para Beauregard, disse) G Com licena, papai&
G Li#uem M ontade& >inal, 86 #ue !o se casar, precisam se
conhecer melhor& G 0oltando:se para o caub<i, Beauregard ordenou) G
'rate de ir comer alguma coisa l6 na co2inha& 4osso ian#ue estar6 bem
se&uro com 0allen&
G Certo, senhor& G O caub<i a>astou:se& 0allen tomou o brao
de 'yler&
G 0amos, #ueridoJ
de2enas de metros da casa, haia uma mesa tosca de
madeira e bancos rEsticos, perto de um elho caralho& mbos
sentaram:se ali para conersar&
'yler oltou:se na dire!o da aranda& $m p5, com os braos
cru2ados, Beauregard igiaa:o& /sso era mesmo de se esperar, ele
pensou, irritado&
Bem, ao menos o elho >a2endeiro n!o conseguiria oui:lo&&& O
#ue signi>icaa #ue poderia >alar sem rodeios com 0allen& $ >oi o #ue>e2&
G $scute a#ui, sua ibora2inha, oc me meteu numa
enrascada e eu eKi8o #ue conserte seu erro en#uanto 5 tempo&
0allen riu com desd5m&
Projeto Revisoras 109
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G 4!o me enha com ameaas, 'yler dams& Se oc pensa
#ue assim conseguir6 me >a2er mudar de id5ia, est6 muito enganado&
G $st6 bem, amos er se nos entendemos de outra >orma&
4os minutos #ue se seguiram, 'yler tentou de tudo paraconenc:la a con>essar a erdade ao pai&&& Fas >oi em !o& 7or >im, ele
desistiu& $ mudando de t6tica, indagou)
G Diga:me, 0allen Booker, at5 #uando oc acha #ue
conseguir6 me manter preso nesta >a2endaJ
G 7or mim, #uero #ue >i#ue at5 a data da cerim=nia G ela
respondeu, sem se alterar& G Depois #ue estiermos casados, ocpoder6 >ugir para 4oa Rork ou at5 para a China se #uiser&
'yler >ran2iu a testa com ar intrigado&
G 4!o entendi&
G $ claro #ue n!o& Fas eu eKplico& cho at5 #ue ser6 bom
contar:lhe meus planos& ssim, oc >icar6 mais tran#ilo e deiKar6 de
pensar #ue nunca mais retornar6 a sua preciosa 4oa Rork G ela
comentou, sarc6stica& Fudando de tom, adertiu:o) G Fas n!o pense
#ue ou repetir tudo isso na >rente de papai&
G Certamente #ue n!o& G 'yler >itou:a com >rie2a& G >inal,
oc 5 uma mulher >alsa e inescrupulosa&
/gnorando o coment6rio, 0allen continuou)
G $ mesmo #ue tente denunciar:me a papai, ele n!o lhe dar6
o menor cr5dito&
G Sim, eu 86 conheo sua despre2(el mania de indispor seu
pai contra as outras pessoas G 'yler a>irmou&
0allen >itou:o com um sorriso de esc6rnio&
Projeto Revisoras 110
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G $i, oc 5 r6pido no duelo de palaras, 'yler dams& $ e8o
#ue andou conersando com Sarah, acerteiJ
G DeiKe Sarah >ora disso G ele ordenou num tom seco&
G Oh, sim& posto #ue ela lhe contou um monte de mentiras ameu respeito& Fas pouco me importa& >inal, Sarah 5 apenas uma
garotinha tola, sonhadora&&& $ nada do #ue ela diga poder6 ameaar
meus planos&
G 7are de rodeios e diga logo o #ue tem em mente
G 'yler eKigiu&
G $m primeiro lugar, saiba #ue meu eK:noio, Lit2hughLarnsworth, n!o gosta mais de mim do #ue eu dele& 4a erdade,
Lit2hugh nunca me deu a m(nima aten!o&&& t5 #ue papai entregou
$lla:ane em casamento para $well $ndicott, #ue 5 t!o elho #uanto ele&
G 0allen >e2 uma pausa e indagou) G $st6 acompanhando o meu
racioc(nio, 'yler damsJ
G Sim, 0allen Booker G ele assentiu& G Continue&
G Bem, como eu ia di2endo, depois do casamento de $lla:
ane, Lit2hugh comeou a me rondar como um c!o >aminto& $ como
papai acha #ue estou enca"ada# pois 86 completei inte e sete anos,
resoleu me entregar para a#uele idiota& G Com um sorriso de triun>o,
0allen concluiu) G Fas n!o sou boba como $lla:ane& $ consegui me
sa>ar dessa encrenca&
G $ para isso n!o hesitou em me acusar de um atoabomin6el G 'yler completou&
/gnorando:lhe as palaras, 0allen prosseguiu)
G Lit2hugh Larnsworth >icar6 muito decepcionado #uando
souber #ue n!o nos casaremos mais&&& S< #ue n!o era em mim #ue ele
Projeto Revisoras 111
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estaa interessado, e sim na planta!o&
G ComoJ G 'yler indagou, sem entender&
G Booker*s Nnoll, a propriedade #ue papai alugou para Clayton
Hillis, ale uma boa >ortuna& 4a erdade, papai a comprara parao>erecer de presente de casamento a $lla:ane e $well $ndicott& Fas
$well tem seu escrit<rio na cidade, bem no centro de Saannah& $ n!o
#uer morar no campo& l5m do mais, $well 5 um homem muito rico,
bem mais do #ue papai& $, para ele, Booker*s Nnoll n!o signi>ica muita
coisa&
G 6 compreendi& Siga em >rente&
G Bem, acontece #ue Lit2hugh, embora possua muitas terras,
sabe #ue Booker*s Nnoll poderia incrementar bastante o seu patrim=nio&
/sto, sem contar a casa, #ue papai re>ormou e trans>ormou numa
erdadeira mans!o& $ h6 tamb5m cerca de uma centena de escraos
#ue trabalham na laoura&&& G 0allen sorriu& G 4!o acha #ue 5 um
grande presente de casamentoJ
'yler deu de ombros e pediu)
G 7rossiga&
G 4!o h6 muito mais a di2er G ela respondeu& G Lit2hugh
#ueria Booker*s Nnoll& $ eu tamb5m #uero&&& S< #ue sem o Lit2hugh&
'yler assentiu com um gesto grae& gora realmente
compreendia toda a situa!o e ia o #uanto estiera errado, ao 8ulgar
0allen& 7ois, longe de ser uma lun6tica, a#uela mulher era uma pessoa>ria e calculista&
G $ para ter Booker*s Nnoll, 8untamente com a casa e os
escraos&&& G ela continuaa G preciso desposar algu5m, entendeJ Caso
contr6rio, Sarah >icar6 com tudo, #uando se casar& $ eu, naturalmente,
Projeto Revisoras 112
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n!o permitirei #ue isso acontea&
G 4aturalmenteG'yler repetiu, >itando:a com despre2o&
G Casando:me com oc, alcanarei meu ob8etio& $ logo #ue
papai nos der a escritura de posse da propriedade, oc estar6 lirepara ir aonde #uiser&&& Desde #ue antes passe:me o t(tulo de propriet6ria
em cart<rio& Laa isso e eu n!o o impedirei de partir& G p<s uma
pausa, ela acrescentou) G t5 seria bom #ue as coisas corressem
eKatamente assim, sabe por #uJ
G 4em imagino G ele retrucou, sarc6stico&
G 7or#ue tamb5m n!o me agrada a id5ia de ser esposa de umian#ue& 0ocs, do norte, tm esses ideais rid(culos com rela!o M
liberta!o dos escraos e tudo mais& uanto a mim, sou uma sulista
conicta e&&&
G 7or >aor, poupe:me de suas teorias no8entas sobre as
antagens da escraid!o e outros absurdos G 'yler a interrompeu&
0allen olhou:o surpresa e, ent!o, sorriu com ar superior&
G 'al como eu imaginaa, oc 5 um abolicionista&
G De >ato, minha cara 0allen Booker G 'yler assentiu, ir=nico&
G Fas recuso:me a discutir minhas id5ias com algu5m como oc&
7re>iro continuar tratando do nosso casamento& $, a prop<sito, h6 certos
detalhes #ue dese8o esclarecer& 7or eKemplo) se eu entendi bem, oc
pretende se casar comigo e, em seguida, pedir o di<rcioJ
G Oh, n!o G 0allen respondeu prontamente& G 4!o sei comos!o as normas sociais l6 em 4oa RorkV mas a#ui na ;e<rgia as
mulheres respeit6eis n0o se diorciam&
G Fas ent!o&&&
G Calma, eu 86 eKplico&&& 0oc partir6 depois #ue passar o
Projeto Revisoras 113
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t(tulo de propriedade de Booker*s Nnoll para o meu nome& Direi a todo
mundo #ue oc >oi a 4oa Rork resoler alguns neg<cios pendentes&
Da(, ap<s algumas semanas, eu supostamente receberei uma carta
in>ormando:me de sua morte& Serei, ent!o, uma iEa rica& $ isso
signi>ica #ue se eu me interessar por algum homem, poderei compr4o.
>inal, #uem n!o #uer casar:se com uma mulher inteligente, bonita e
cheia de possesJ
G 0oc 5 despre2(el, 0allen Booker& G Loram as palaras >rias
de 'yler, #ue >icou pensatio por um longo momento& $mbora estiesse
chocado, sentia:se aliiado com a perspectia de poder partir t!o logo
se casasse e passasse a propriedade para 0allen&
Claro #ue, se pudesse, partiria da#uele lugar o mais cedo
poss(el& Fas, por outro lado, era melhor saber #ue 0allen s< pretendia
det:lo por pouco tempo e n!o pela ida inteira&
G gora #ue lhe >alei abertamente sobre meus planos, acho
#ue n!o preciso perder meu tempo tentando con#uist6:lo&&& Certo, 'yler
damsJ G ela indagou, interrompendo:lhe os pensamentos&
G Cert(ssimo, 0allen Booker&
G >inal, tenho tantas proidncias a tomar com rela!o a
nosso casamento&
'yler n!o respondeu, e ela prosseguiu)
G $ sabendo #ue logo poder6 oltar a 4oa Rork, oc bem
#ue poderia desistir da id5ia de >ugir&&& 4os pr<Kimos dias, trate de
ocupar:se de se8a l6 o #ue >or #ue ocs ian#ues gostam de >a2er& Fas
nem pense em escapar, pois papai ou a#uele caub<i o acertariam antes
#ue chegasse M sa(da da propriedade& $ seria uma pena #ue oc
morresse&&&
Projeto Revisoras 114
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G De >ato G 'yler assentiu, sarc6stico& G >inal, onde mais
oc encontraria um ian#ue #ue lhe deiKasse todo o patrim=nio logo
depois do casamentoJ
G 4!o me enha com esse ar de superioridade, 'yler dams Gela rebateu& G O arran8o 5 t!o coneniente para oc #uanto para mim&
G Com uma di>erena, minha cara, eu >ui in8ustamente
acusado e s< estou nesta enrascada por sua culpa& 7or mim, pre>eriria
desposar uma cascael, a casar:me com oc&
G Ora, n!o se8a t!o dram6tico& G 0allen riu, imperturb6el&
'yler ia retrucar, mas 0allen n!o lhe deu tempo&
G $m e2 de >icar com esse ar indignado, por #ue n!o me
deiKa contar sobre algumas mudanas #ue pretendo implantar em
Booker*s NnollJ G $ sem esperar pela resposta, ela anunciou) G 'ie
uma id5ia magn(>ica, sabeJ
G 7osso imaginar&&& G 'yler deu de ombros&
G Olhe, n!o sei se oc est6 lembrado de #ue, nos >undos da
casa l6 de Booker*s Nnoll, h6 um eKtenso gramado&&&
'yler n!o estaa nem um pouco interessado na#uele assunto&
S< #ueria a>astar:se da#uela mulher detest6el e >icar um pouco
so2inho&&&
Fas 0allen n!o para nem para respirar, ele pensou, oltando:
lhe as costas e contemplando os astos campos de algod!o #ue se
estendiam at5 o hori2onte&Dali era poss(el ouir o murmErio das 6guas cristalinas do rio
#ue corria, manso, cortando as propriedades da regi!o&
O sol se punha num espet6culo de indescrit(el bele2a&
La2ia 86 inte e #uatro horas #ue estaa iendo no ano de
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'yler n!o respondeu& $staa aterrori2ado demais para >a2:lo&
>inal, o por!o do #ual 0allen >alaa era 8ustamente a coneK!o entre o
ano de 1?@A e o de 199+& Lora atra5s da#uele por!o #ue ele e Clayton
Hillis ia8aram no 'empo&
$ se 0allen entupisse a#uele espao com a terra retirada para a
escaa!o do lago&&&
G $u >icarei preso neste ano de 1?@A para sempre G 'yler
concluiu, trmulo, leando a m!o M testa&
G Ora, n!o diga bobagens G 0allen o censurou, longe de
imaginar o terror #ue o dominaa& G 6 lhe eKpli#uei #ue, t!o logo oc
me passe o t(tulo de>initio da propriedade&&&
G Cale:se G 'yler pediu, mergulhando o rosto entre as m!os&
G $stou >arto dos seus planos mes#uinhos& Se n!o se importa, pre>iro
subir para o meu #uarto, a >im de re>letir um pouco&
G Laa o #ue #uiser G disse 0allen, um tanto surpresa com a
brusca mudana de 'yler& G Fas, antes, gostaria de sabe o #ue deu em
oc&&& $st6 t!o p6lido
G penas sinto:me desgastado por conersar com uma pessoa
inescrupulosa e sem cora!o, como oc&
G 4!o sou t!o m6 assim, #uerido& G $la sorria, con>iante& G $
n!o #uero #ue meu >uturo marido >i#ue desgastado& 7ortanto, diga:me o
#ue h6 com oc& $ se eu puder a8ud6:lo a melhorar&&&
De repente, 'yler tee uma id5ia& $ num tom s5rio, sentenciou)G 0oc arruinou minha ida e me acusou de um crime #ue n!o
cometi& 7ortanto, acho #ue me dee algo&
G 7agarei, se >or ra2o6el& O #ue #uer #ue eu >aaJ
G ue suspenda a escaa!o do lago por en#uanto& li6s,
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#uero #ue s< comece a ca6:lo depois #ue eu partir para 4oa Rork&
0allen >itou:o com ar con>uso&
G $ssa eu n!o entendi& O #ue oc tem contra a escaa!o de
um simples lagoJ
G 0oc n!o compreenderia G 'yler respondeu, tentando n!o
demonstrar o #uanto estaa ansioso& G $ ent!oJ 0ai atender meu
pedidoJ
$la continuou a olh6:lo com ar intrigado& Fas, por >im, meneou
a cabea em sinal de nega!o&
G /mposs(el, #uerido, $u bem #ue gostaria de lhe prestaresse >aor, mas n!o e8o por #ue deo >a2er isso&&& menos #ue oc
me eKpli#ue o motio desse pedido&
G 4!o ou eKplicar nadaV apenas peo:lhe #ue adie a
escaa!o do lago G 'yler insistiu, ansioso& G 7or >aor, 0allen& $ muito
importante para mim&
G 7or #uJ
G 0oc n!o entenderia,
G 'ente, mesmo assim&
'yler perdeu a pacincia& Lora mesmo uma idiotice imaginar
#ue a#uela mulher mimada e cheia de ontades pudesse lhe prestar um
>aor& 7or isso, sabendo #ue de nada adiantaria insistir, ele desaba>ou)
G Fuito bem, eu ou lhe di2er& contece #ue a#uele por!o
guarda um grande mist5rio, sabeJ $le propicia iagens atra5s do
'empo& $u, por eKemplo, nunca ii nesta 5poca, neste ano de 1?@A&
0enho do >uturo& Fais precisamente do ano de :;;<.
0allen escutou tudo de olhos arregalados& De repente, desatou
Projeto Revisoras 118
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a rir&
G Oh, 'yler dams 0oc 5 realmente incr(el& 4unca pensei
#ue os ian#ues tiessem senso de humor, mas agora e8o #ue estaa
enganada&$le ergueu:se e sem >a2er #uest!o de ocultar seu desagrado,
anunciou)
G Se n!o se importa, ou subir para meu #uarto&
G $u o acompanho at5 a aranda G disse 0allen&
G 4!o se preocupe& $u sei o caminho& G $ 'yler a>astou:se&
o aproKimar:se da aranda, iu Beauregard sentado numa
espreguiadeira&
G $st6 se entendendo bem com sua noia, >ilhoJ G ele
perguntou num tom paternal&
'yler n!o respondeu& penas olhou:o com uma eKpress!o
seera e entrou na casa& $n#uanto subia as escadas, ainda p=de ouir
0allen tran#ili2ando o pai)G $u e 'yler ainda nos daremos muito bem, papai&&& 7ode
apostar nisso&
$ngano seu, 0allen Booker, 'yler respondeu em pensamento&
W'enho certe2a de #ue 8amais >alaremos a mesma l(ngua&W
4o >inal do corredor, 'yler iu ohn FcCully, sentado em sua
cadeira&
G Conseguiu chegar a um acordo ra2o6el com a srta& 0allen
BookerJ G perguntou o caub<i&
G 4!o G 'yler respondeu, meneando a cabea& G palara
Wra2o6elW n!o eKiste no dicion6rio da#uela mulher mes#uinha&
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G Sinto muito por oc, amigo& 'yler suspirou e entrou no
#uarto&
G Ora G eKclamou, ao er Sarah sentada M beira da cama&
$la estaa mais encantadora do #ue nunca, num estidobranco de babados erde:6gua& O chap5u de palha, com um delicado
arran8o de >lores, completaa o tra8e e daa a Sarah uma aura de
encanto indescrit(el&
G 7or >aor, >ale baiKo e >eche a porta depressa, para #ue o sr&
FcCully n!o perceba nada G ela recomendou, erguendo:se& $staa
isielmente nerosa e sua o2 soaa trmula, ao di2er) G $u&&&
aproeitei para entrar a#ui en#uanto o sr& FcCully >a2ia uma re>ei!o l6
na co2inha&
'yler sorriu, comoido&
G Obrigado por ter indo, Sarah& $u&&& estaa mesmo
precisando >alar com algu5m&
G O plano >alhou& G $la suspirou pro>undamente& G Desculpe:
meV sei #ue a culpa >oi minha&
G Sarah G 'yler interrompeu:a, tomando:lhe a m!o entre as
suas& G 7or >aor, n!o se recrimine desse 8eito& 0oc n!o tee a menor
culpa&
G 4!o 5 erdade& G Os olhos cor de mel de Sarah inundaram:
se de l6grimas& G Sou t!o boba&&& Se eu possu(sse a inteligncia de
0allen ou mesmo sua bele2a, teria conseguido reter o sr& FcCully& Fasn!o siro para nada e, al5m do mais, n!o sou t!o bonita como&&&
$la n!o terminou a >rase, pois 'yler abraou:a com >ora, para
consol6:la& 4um gesto delicado, tirou:lhe o chap5u e atirou:o sobre a
cama& $nt!o sorriu, >itando:a no >undo dos olhos e enKugando:lhe as
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l6grimas&
G 4!o >ale assim, meu bem& 0oc 5 muito mais inteligente e
in>initamente mais bela do #ue 0allen&
Sarah olhou:o com uma eKpress!o t!o surpresa, #ue 'ylercomoeu:se ainda mais&
G 0oc acha mesmo #ue sou mais bela do #ue 0allenJ $ #ue
n!o sou uma garota bobaJ
G 0oc 5 linda, Sarah Booker&&& %inda por dentro e por >ora&
4oamente, uma >ora poderosa oltaa a uni:los, abrindo
passagem para o dese8o #ue inha cobrar seu tributo&
Desencilhando:se dos braos de 'yler com um gesto delicado,
Sarah sentiu:se inadida por uma terr(el sensa!o de culpa&&& 7ois,
apesar de tudo, 0allen era sua irm!& $ 'yler ia casar:se com 0allen
G menos #ue oc consiga >ugir G ela pensou em o2 alta&
G O #ue disse, #ueridaJ
G ue precisamos inentar um noo plano de >uga&
G Claro G 'yler assentiu num tom #uase inaud(el&
De >ato, era preciso partir o mais depressa poss(el&
$ntretanto, a Enica coisa #ue importaa na#uele momento era continuar
ali, im<el, perdendo:se no >eitio da#ueles olhos cor de mel&
'udo isso pode ser uma grande loucura, 'yler pensou& WFas
acontece #ue n!o #uero e nem posso ignorar o #ue sinto por estamulher&W
G $ >oi com um gesto t!o delicado #uanto imperioso, #ue ele
enlaou Sarah pela cintura, atraindo:a para si&
$la estaa o>egante e assustada, como um p6ssaro em seu
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primeiro =o& Fas era ineg6el #ue tamb5m dese8aa a#uele contato e
a#uele bei8o&&& ue n!o tardou a acontecer&
Fais uma e2, 'yler e Sarah entregaram:se M paiK!o #ue os
unia, perdendo:se em bei8os #ue se prolongaam e repetiam numaousadia #ue s< o amor poderia permitir&
$staam assim, tomados por essa >ora poderosa, #uando o
som de o2es eKaltadas, indo de >ora da casa, interrompeu:os,
G O #ue >oi issoJ G 'yler perguntou, ainda o>egante&
G 7arece #ue papai comeou a discutir com algu5m l6 embaiKo
G Sarah dedu2iu, piscando os olhos, como se lhe custasse um intensoes>oro sair do para(so para a brutal realidade& G $ melhor dar uma
olhada& G $ Sarah >oi at5 a 8anela&
G Cuidado G 'yler recomendou& G 4!o deiKe #ue a e8am&
>inal, estamos no meu #uarto&
$la assentiu com um gesto de cabea, recuando um passo&
G Da#ui, n!o poderei ser aistada&
4um silncio tenso, ambos obseraram a cena #ue ocorria na
estrada, M altura da aranda lateral da casa&
G O #ue est6 acontecendoJ G 'yler perguntou baiKinho& G
uem s!o a#ueles dois homens #ue acabam de descer da charreteJ
G O mais 8oem 5 "orace "alleck, nosso capata2& $ p outro,
mais elho, é# Lit2hugh Larngworth&
G O noio de 0allenJ G 'yler indagou, surpreso&
G $K:noio G Sarah o corrigiu& G "o8e, "orace "alleck >oi at5
a >a2enda de Lit2hugh, lear:lhe uma carta de papai&
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G $u sei& $ a carta in>ormaa:o de #ue o casamento >oi
cancelado&
G /sso mesmo& G Sarah sentia o nerosismo, crescendo:lhe
no (ntimo& G Oh, Deus, pelo 8eito Lit2hugh est6 >urioso& cho #ue eiotirar satis>aQes&
G $ o #ue isso #uer di2erJ
Sarah estaa p6lida& $ sua o2 soou #uase inaud(el ao di2er)
G 'yler dams, este n!o 5 o momento ade#uado para
brincadeiras& 0oc dee saber muito bem o #ue signi>ica tirar
satis'a=>es.
G uro #ue n!o sei&&& $ tale2 deteste saber&
G Sou eu #uem deo decidir se ainda #uero desposar sua >ilha
ou n!o G O grito de Lit2hugh chegou at5 ambos, interrompendo o
di6logo& G $ digo de antem!o #ue, para mim, o casamento continua em
p5& Fas, antes, eKi8o uma satis>a!o, ou se8a, #uero me de>rontar com o
maldito ian#ue #ue de>lorou minha pobre noia
4um tom de o2 igualmente ameaador, Beauregard
respondeu)
G uanto ao casamento, conersaremos depois&
0oc sabe #ue n!o costumo oltar atr6s em minhas decisQes& $
como 86 resoli #ue minha >ilha desposar6 'yler dams, ningu5m me
>ar6 mudar de id5ia&
G Fas oc tem de me dar a chance de laar minha honra G
Lit2hugh retrucou&
G /sto 5 erdade G Beauregard concordou, depois de pensar
por alguns instantes& $m seguida, ergueu a cabea em dire!o M 8anela
de 'yler e gritou) G $i, >ilho, enha at5 a#ui& 'emos um problema a
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resoler&
G Oh, n!o G Sarah murmurou, estremecendo& G 'al como eu
temia&&&
G O #ue ele #uis di2er com&&& tirar satis'a=>es) 7or >aor, diga:me& $u 8uro #ue n!o sei o #ue isso signi>ica G 'yler, pediu num tom de
sEplica&
$la >ran2iu a testa&
G 7or acaso, ocs l6 em 4oa Rork n!o costumam&&& duelarJ
G O #uJ G ele reagiu, at=nito&
G Oh, 'yler G Sarah >itou:o, penali2ada& G $st6 #uerendo me
di2er #ue nunca duelouJ
G 4unca G ele repetiu num >io de o2&
G 'yler dams G o2 de Beauregard soou de noo, num
tom autorit6rio&
G 6 ou G 'yler acenou:lhe da 8anela&
G Fal posso esperar para p=r um >im a sua ida, seu ian#ue
dos in>ernos G Lit2hugh ameaou:o&
'yler abriu a porta e oltou:se para Sarah& "aia tanto para
di2er e, no entanto, a#uela podia ser a Eltima e2 em #ue a ia& 4a
erdade, ele tale2 estiesse morto dentro de poucos minutos&
Sarah correu e abraou:o com >ora& $nt!o, a>astou:o de si e,
erguendo:se na ponta dos p5s, bei8ou:o nos l6bios&
G Lit2hugh ai lhe pedir #ue escolha as armas G aisou:o,
contendo um soluo& G Opte pelo re<ler&
G Fas eu odeio armas G 'yler eKclamou, eKasperado&
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G Lit2hugh 5 muito h6bil com a espada& 7ortanto, escolha o
re<ler G Sarah insistiu& G $ pelo amor de Deus n!o morra, 'yler
dams&
CAPÍTULO IX
G 'ylerJ 'yler, acorde, por >aor& $i, rapa2, >aa um es>oro,
simJ
De onde inha a#uela o2 #ue insistia em arranc6:lo do sono
do #ual tanto necessitaaJ, 'yler pensou&
$ntreabrindo os olhos, iu cerca de cinco homens #ue
>lutuaam a sua >rente&&& $, aos poucos, >oi conseguindo >ocar melhor,
de modo #ue os cinco homens se trans>ormaram em apenas um)
Clayton Hillis&
o reconhec:lo, 'yler #uis leantar:se, mas uma dor intensado lado es#uerdo, #uase M altura da cintura, impediu:o&
G Oh, Deus G ele gemeu& G O #ue 5 issoJ
$ #uase gritou, ao er o local dolorido coberto de bandagens&
4o centro do curatio, haia uma mancha de sangue&
G 0oc >oi >erido G disse Clayton, sentando:se a seu lado na
cama& G Leli2mente, a bala pegou de rasp!o& O Enico risco #ue oc
corria era o de uma in>ec!o, mas Sarah cuidou muito bem do >erimento
e agora n!o h6 mais perigo&
G LerimentoJ G 'yler repetiu, con>uso& G Fas o #ue houe
comigo, a>inalJ
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G Calma& 0oc dee estar se sentindo um pouco 2on2o, por
causa do analg5sico #ue Sarah lhe deu& G Com um sorriso, Clayton
eKplicou) G 'ale2 oc n!o saiba, mas, em 1?@A& o analg5sico mais
usado era o audanum# #ue consistia numa suspens!o de <pio com
6lcool& O audanum n!o apenas tiraa a dor, mas tamb5m deiKaa o
paciente um tanto #uanto&&& entorpecido&
Com um pro>undo suspiro, 'yler tornou a >echar os olhos,
tentando ordenar os pensamentos& /magens terr(eis acorriam:lhe M
mente numa elocidade ertiginosa& $ra como se estiesse diante de um
>ilme des>ocado, #ue aos poucos >osse ganhando nitide2& 0iu:se no
escrit<rio de Beauregard, diante de um esto8o contendo duas pistolas& $,depois, caminhando para o terreno plano M margem do rio 8untamente
com Beauregard, ohn FcCully, Lit2hugh Larnsworth e um outro
homem&&& uem seria eleJ h, sim, o capata2 da >a2enda
%embraa:se agora de Beauregard ordenando o in(cio do duelo,
comeando a contar at5 de2&&& $ interrompendo:se para ordenar a Sarah
#ue oltasse para casa, #ue a#uilo n!o era assunto para mulheres&
$, ent!o, o #ue haia acontecidoJ
'yler es>oraa:se para recordar a se#ncia das imagens, mas
n!o conseguia&
G 7or >aor, diga:me o #ue houe G ele pediu, ainda de olhos
>echados&
Clayton riu&
G uer saber o #ue houe, meu amigoJ Ora, oc enceu o
duelo
'yler arregalou os olhos com uma eKpress!o de horror&
G uer di2er #ue eu&&& ue eu matei Lit2hughJ
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G 0oc >e2 bem melhor do #ue isso&
G 7elo amor de Deus, Clayton, se8a mais claro id5ia de ter
assassinado um homem me 5 insuport6el&
G 0oc o desmorali2ou totalmente, meu amigo& Duido #ueLit2hugh tenha coragem de aparecer por a#ui depois do #ue houe
ontem&
G OntemJ G 'yler repetiu, espantado& 7ela 8anela, podia er
os Eltimos re>leKos do sol, antes do cair da noite& G Fas, se n!o me
engano, estaa 8ustamente anoitecendo, #uando Lit2hugh eio me
desa>iar para a#uele duelo&
G $Kato& 0oc dormiu durante inte e #uatro horas&
G 4!o acredito&
G 7ois ent!o pergunte a Sarah& $la acabou de se retirar para o
#uarto, a >im de descansar um pouco& Fas >icou a seu lado desde ontem
M noite, cuidando de oc o tempo todo, dando:lhe audanum e tratando
de seu >erimento&
G 4!o me lembro de nada G disse 'yler& Fas, agora, podia
agamente recordar:se de uma silhueta esguia, sentada ao lado da
cama, >alando:lhe com doura e delicade2a& G Ou tale2 eu me lembre,
sim& Oh, Deus, estou t!o con>uso&
G /sso 5 natural, amigo& G Clayton procuraa tran#ili26:lo& G
>inal, oc so>reu um cho#ue muito grande&
G Lale:me sobre o duelo&
G Bem, pelo #ue Sarah me disse, >oi Beauregard #uem dirigiu
o duelo& 0oc e Lit2hugh deram as costas um para o outro, andaram de2
passos e iraram:se para atirar&
G $ da(J G 'yler indagou, ansioso& G O #ue aconteceuJ
Projeto Revisoras 127
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G 0oc >icou parado, olhando para Lit2hugh& ohn FcCully, #ue
era seu padrinho, gritou:lhe para atirar& O capata2 "orace "alleck,
padrinho de Lit2hugh, tamb5m gritou& $ Lit2hugh >oi mais r6pido&&& S<
#ue n!o acertou& O tiro pegou de rasp!o na sua cintura, causando:lhe
esse >erimento&
G $ >oi Sarah #uem colocou:me essas bandagensJ
G $la cuidou de oc como 0allen deeria ter >eito G Clayton
respondeu& G S< #ue 0allen pre>eriu re>ugiar:se em seu #uarto, pois
disse #ue tem horror a sangue&&&
G $ra de se esperar G 'yler assentiu& G Fas conte:me) o #ue
aconteceu depois #ue Lit2hugh errou o tiroJ
G o ser >erido, oc se curou, mas n!o caiu& o contr6rio,
depois de eKaminar rapidamente o >erimento, oc caminhou na dire!o
de Lit2hugh com a arma em punho& $le a8oelhou:se no ch!o e implorou
por miseric<rdia& ohn FcCully incitou oc a atirar, assim como o
pr<prio Beauregard e at5 mesmo "orace "alleck, #ue era padrinho de
Lit2hugh& G Clayton >e2 uma pausa& G 0oc sabe, na ;e<rgia de 1?@A,a morte num duelo era considerada honrosa& Fas pedir clemncia,
depois de errar um tiro, signi>icaa uma demonstra!o de >ra#ue2a
imperdo6el&
G 7or #ue est6 con8ugando os erbos no tempo passado, se
estamos 8ustamente na ;e<rgia de 1?@AJ
G Oh, 5 mesmo& G Clayton leou a m!o M testa& G ue
cabea, a minha& 'amb5m, n!o 5 para menos& inda h6 pouco eu estaa
no clube Sunset, em pleno ano de 199+ li6s, acabei de chegar de l6&
'yler >ran2iu o cenho&
G $spere a(&&& Se eu dormi inte e #uatro horas, ent!o oc
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deeria estar a#ui desde ontem M noite, n!oJ
G contece #ue tie de resoler alguns compromissos
urgentes l6 em 4oa Rork& $, por isso, atrasei:me em inte e #uatro
horas& G .m tanto embaraado, Clayton Hillis con>essou) G Sabe, euestaa at5 preparado para ouir uma enKurrada de recriminaQes,
deido ao meu atraso&
G De >ato, se n!o tiesse sido pelo duelo, eu estaria M sua
espera desde ontem& $, com certe2a, >icaria >urioso com sua demora& G
'yler deu de ombros& G Fas isso n!o importa agora& Diga:me, Clayton,
como >oi #ue terminou o dueloJ O #ue >i2 #uando Lit2hugh me implorou
clemnciaJ
G Bem, oc simplesmente o olhou por um longo momento&&&
Da(, disse #ue detestaa iolncia e #ue 8amais mataria um homem,
sobretudo se ele estiesse desarmado& $m seguida, 8ogou o re<ler de
lado e pediu a ohn FcCully #ue o a8udasse a chegar at5 o #uarto&
Lit2hugh aproeitou #ue oc estaa de costas e tentou alcanar a
arma&
G ue coarde
G Fas Beauregard adiinhou:lhe as intenQes e, tomando:lhe
a arma, eKpulsou:o da >a2enda& 0oc >oi considerado um erdadeiro
her<i& S< #ue estaa perdendo muito sangue e desmaiou em poucos
minutos&
G .m her<i, heinJ G 'yler repetiu com ironia& G ;rande coisa
G 4um tom mais s5rio, acrescentou) G Fas, agora, lembro:me de ter
ouido um grito de Sarah&
G Sim& $la desobedeceu a ordem do pai e n!o oltou para
casa& $ gritou no momento em #ue oc >oi atingido& 4a erdade, s<
estou lhe repetindo o #ue a pr<pria Sarah me disse& G Clayton >e2 uma
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pausa& G Sabe de uma coisa, rapa2J #uela doura de mulher est6
apaiKonada por oc&
G $ eu por ela, amigo G 'yler con>essou& G Fas trata:se de
um amor sem esperanas& >inal, pertencemos a s5culos di>erentes& $eu preciso oltar a 199+ o mais depressa poss(el&
G 7ois 5 para isso mesmo #ue estou a#ui G Clayton Hillis
a>irmou& G $, desta e2, contaremos com uma aliada&&&
G Sarah G 'yler completou&
G $la mesma&
G 0oc sabe #ue Sarah me contou #ue 0allen inentou a#uelahist<ria da iola!o apenas para&&&
G %irar:se do casamento com Lit2hugh G Clayton concluiu a
>rase& G Conersei com Sarah longamente, en#uanto oc dormia&
$stou a par de tudo& $ tenho um plano&
De sEbito, 'yler lembrou:se do pro8eto de 0allen para aterrar o
por!o da casa de Booker*s Nnoll& .m cala>rio de medo o >e2 estremecer&
$ >oi com um n< na garganta #ue ele reelou tudo a Clayton&
G 'ente dissuadir 0allen dessa id5ia G Clayton aconselhou no
>inal da narratia&
G 'ente dissuadir 0allen de quaquer id5ia&&& G 'yler >alou G e
oc er6 #ue 5 imposs(el >a2:la oltar atr6s numa decis!o& #uela
maluca ai aterrar o por!o, meu caro& $ da( n<s >icaremos para sempre
presos em 1?@A& Compreende o #ue isso signi>icaJ
G Sim& $, para ser >ranco, n!o me preocupo com oc, pois sei
#ue >ugir6 esta noite& G 4um tom carregado de melancolia, Clayton
concluiu) G O problema 5 #ue eu 8amais poderei oltar a#ui, para
8ogar&&& Ou para er $lla:ane& G De repente, sua >ace iluminou:se num
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sorriso) G $i, espere um pouco&&&
G SimJ 'ee alguma id5iaJ
G 4!o eKatamente, mas acabo de tirar uma grande conclus!o&
G Diga&
G Ora, se a#uele por!o eKiste no ano de 199+, ent!o 5 por#ue
nunca >oi aterrado, certoJ
G 4em tanto& uem 5 #ue pode saber o #ue houe ao longo
dos cento e #uarenta e seis anos #ue separam o ano de 1?@A do de
199+J 'ale2 0allen tenha realmente enchido a#uele por!o de terra e,
depois, algum descendente seu resoleu esa2i6:lo&&&
G uem poderia esa2iar a#uele por!o depois de ter sido
aterradoJ G Clayton Hillis argumentou&
G Sei l6&&& 4!o entendo nada a respeito de iagens atra5s do
tempo& 7ortanto, n!o #uero me arriscar a >a2er teorias sobre o assunto&
G 'em ra2!o& Bem, n!o adianta discutirmos sobre isso& $
melhor tomarmos as proidncias necess6rias para tirar oc da#ui omais depressa poss(el& G Olhando:o com apreens!o, indagou) G cha
#ue est6 em condiQes de andar, apesar do >erimentoJ
G Sim& G 'yler sentou:se na cama& G tontura #ue eu sentia
agora h6 pouco 86 est6 passando&
G 0e8amos&&& G Clayton a8udou:o a leantar:se& Depois de dar
alguns passos acilantes, 'yler comeou a caminhar com mais >irme2a&
G Como se senteJ
G $stou <timo G 'yler a>irmou com um sorriso& simples
perspectia de >ugir 86 daa:lhe Tnimo su>iciente para suportar a dor e a
>ra#ue2a causadas pelo >erimento&
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G gora oc precisa se alimentar um pouco& G Clayton pegou
uma tigela de sobre a mesinha:de:cabeceira e o>ereceu:a a 'yler& G
'ome esse caldo de legumes& Sarah o tem alimentado desde ontem,
mas agora oc 86 pode comer so2inho& $n#uanto isso, ou lhe eKplicar
o plano&
G Obrigado& G 'yler proou o caldo, #ue ainda estaa #uente&
De repente, deu:se conta de #ue Sarah n!o apenas o haia alimentado,
mas tamb5m >i2era:lhe a barba e trocara:lhe a roupa&&& Com certe2a, o
bom %ouis a haia a8udado mas, mesmo assim, ela o tomara a seus
cuidados&
$ o cora!o de 'yler inundou:se de uma in>inita ternura,
mesclada M gratid!o&
G h, antes #ue eu me es#uea&&& G Clayton interrompeu:lhe
os pensamentos& pontando uma pilha de roupas sobre uma cadeira,
eKplicou) G 'rouKe alguns tra8es #ue oc poder6 usar, caso nossa
tentatia de ho8e d errado&
G $i, pare com esse mau agouro G 'yler o repreendeu& G $claro #ue conseguiremos >ugir&
G 4aturalmente, mas, mesmo assim, resoli tra2er:lhe as
roupas& 4a erdade, eu disse a Beauregard #ue eram suas& G
-emeKendo na pilha, Clayton retirou um re<ler& Gchei #ue tale2
oc precisasse disso tamb5m& $ o Enico 8eito de passar:lhe esta arma
era colocando:a no meio das roupas&
G $ uma boa :id5ia, embora eu 8amais pretenda us6:la, pois
detesto armas& Fesmo assim, agradeo a considera!o&
G 'rata:se de um re<ler moderno, >abricado em 199A&
G Fodernas ou n!o, todas as armas s!o rid(culas& Fas, ao #ue
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tudo indica, elas 'aaam muito alto em 1?@A&&&
G /n>eli2mente, o mesmo ocorre na nossa 5poca, em 199+&
G $ erdade G 'yler >oi obrigado a concordar& G Ser6 #ue
ieremos para er o dia do desarmamento mundial, meu amigoJ
Clayton riu&
G Sonhar 5 bom e n!o >a2 mal a ningu5m&
G 'er esperanas na raa humana 5 ainda melhor, meu caro&
G 4o momento, 5 melhor ter esperanas no plano #ue
ar#uitetei para sua >uga&&&
'yler sorriu&
G 'em ra2!o, amigo& $stamos num p5ssimo momento para
>iloso>ar& Lale:me sobre o plano&
G Certo& li6s, Sarah o aproou&
G 0oc contou a elaJ
G SimV pois Sarah n!o 5 nossa aliadaJ G Clayton inclinou:se
para ele& G gora, oua com aten!o&&&
Cerca de meia hora depois, tudo 86 estaa combinado& Clayton
a8udou 'yler a estir:se e, em seguida, preparou:se para sair&
G 0oc entendeu tudo, n!oJ
G Claro, Clayton& 7ode >icar tran#ilo&
G $nt!o, comearei a entreter Beauregard e ohn FcCullyagora mesmo&
G 'em certe2a de #ue os dois est!o l6 embaiKo, na salaJ
G Sim& ohn FcCully a>rouKou a igilTncia, 86 #ue oc estaa
inconsciente& $, ao #ue parece, Beauregard gostou do caub<i e de suas
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hist<rias l6 do oeste&
G Utimo G 'yler a#uiesceu, satis>eito& G 7ara di2er a erdade,
tamb5m simpati2o com ohn FcCully& $le parece ser um homem (ntegro,
apesar de um pouco rude&G 'amb5m acho, amigo& Bem, 5 melhor eu ir agora&
G Onde est6 a garra>a com o brand/! G 'yler indagou&
G $st6 a#ui comigo& G Clayton tocou o grande bolso do
casaco&
G$ o son(>eroJ
G 6 o misturei ao brand/. Desa em inte minutos,
est6 bemJ 7recisamos >ugir logo #ue o son(>ero comear a
>a2er e>eito& G O #ue direi, se eles insistirem para #ue eu os acompanhe
num drin#ueJ G 'yler perguntou, como se para si& G Ora, oc est6
conalescendo de um >erimento& 4!o >oi nada muito grae, mas 5 bom
n!o >acilitar& G Clayton piscou:lhe um olho com uma eKpress!o de
cumplicidade& G I isso #ue dir6 a eles, se o conidarem para beber&
CertoJ
G 'udo bem G 'yler assentiu& G Fas e #uanto a ocJ Como
>ar6 para n!o recusar o brand/)
G Lingirei, oras&&& li6s, deiKarei #ue pensem #ue 86 estou
ra2oaelmente ato. /sso n!o ser6 muito di>(cil, pois tenho uma asta
eKperincia no assunto G concluiu com um sorriso humorado& G gora,
ou descer& t5 da#ui a pouco, 'yler&
G t5&&&
G h, antes #ue eu me es#uea) lee a arma com oc&
'omara #ue n!o precisemos us6:la, mas&&&
Projeto Revisoras 134
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G 'udo bem G 'yler assentiu a contragosto& Clayton piscou:
lhe um olho&
G 0ai dar tudo certo, amigo& G $ saiu& So2inho no #uarto,
'yler sentiu:se tomado por uma grande in#uieta!o& Deeria estar >eli2com a perspectia da >uga&&& Fas, estranhamente, s< conseguia pensar
na >alta #ue Sarah lhe >aria&
G menos #ue&&& G 'yler murmurou& $ n!o completou a >rase&
$ra melhor trans>ormar as palaras em a!o& $ >oi o #ue >e2)
saiu para o corredor e correu at5 o #uarto de Sarah&
Como por encanto, a porta se abriu, antes #ue ele batesse&&& $Sarah >itou:o com um doce sorriso)
G ue coincidncia G ela eKclamou& G $u ia 8ustamente ao
seu #uarto er se precisaa de alguma coisa, antes de&&& G ap<s relutar,
completou) G antes da >uga&
'yler >itou:a, comoido& Sarah parecia t!o cansada e, no
entanto, continuaa a mais bela e encantadora das mulheres #ue ele8a
conhecera em todos os tempos.
G $u&&& #ueria lhe di2er adeus G 'yler murmurou, tocando:lhe
o rosto numa car(cia suae& G Fas 5 t!o di>(cil despedir:me de oc,
minha doce Sarah&&&
G Oh, 'yler G ela choramingou baiKinho& G 7or #ue as coisas
tm de ser t!o di>(ceis para n<sJ
G 4!o me pergunte, #uerida, pois eu n!o saberia a resposta&G 'yler ergueu:lhe o #ueiKo e >itou:a no >undo dos olhos cor de mel por
um longo momento, antes de continuar) G uero lhe di2er apenas #ue
oc 5 a mulher mais encantadora #ue 86 conheci& $ #ue apesar de
termos coniido por t!o pouco tempo, tenho certe2a de #ue eu te
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.m noo e prolongado bei8o selou a#uelas palaras&
G I horr(el saber #ue oc ai partir, para nunca mais
oltar&&& G Sarah disse baiKinho, t!o logo os l6bios de ambos se
separaram& G Fas, por outro lado, sei #ue n!o pode >a2er outra coisa&Caso contr6rio, estar6 condenado a se casar com 0allen e a ser in>eli2
pelo resto da ida& $, por mais #ue eu o #ueira perto de mim, 'yler
#uerido, n!o dese8o :lo como um prisioneiro desta >a2enda&
7ortanto&&& 06
G Obrigado, #uerida G 'yler bei8ou:lhe a m!o numa atitude
galante, #ue lembraa a dos caalheiros do s5culo passado&
G 06 G Sarah repetiu, reunindo as Eltimas reseras de >ora
#ue lhe restaam& 7recisaa despedir:se de 'yler o #uanto antes, ou
acabaria tendo uma crise nerosa ali mesmo e poria tudo a perder&
$s>orando:se para imprimir um tom >irme M o2, acrescentou) G gora,
irei at5 o #uarto de 0allen e >icarei conersando com ela durante um
bom tempo, para distra(:la& ssim, 0allen nem se#uer pensar6 em
descer at5 a sala, para discutir algum detalhe do casamento com papai&
'yler sorriu&
G 'enho a impress!o de #ue se eu passasse o resto de minha
ida di2endo:lhe obri&ado# nem assim conseguiria agradec:la
condignamente&
G Ora, n!o se preocupe com isso& G $la lhe pressionou a m!o
num gesto de carinho e con>orto& G deus, #uerido&
G deus, meu amor& 'rate de ser >eli2&
Fas como ser >eli2, se nunca mais nos eremosJ, Sarah
#uestionou:se&
'yler a>astou:se alguns passos e oltou:se& Sarah continuaa
Projeto Revisoras 137
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parada M porta do #uarto, obserando:o& 7or um instante, ele pensou
em conid6:la para >ugir tamb5m&&& 7ara >ugir rumo ao ano de 199+
7or #ue n!oJ 'yler perguntou:se& >inal, ele amaa a#uela
mulher& $ era correspondido&Fas, em seguida, repreendeu:se por a#uele pensamento
absurdo& >inal, o #ue diria a SarahJ
W7or >aor, #uerida, oc n!o ai acreditar, mas pertencemos a
s5culos di>erentes& $ 86 #ue n!o posso ier a#ui na ;e<rgia, em 1?@A,
#ue tal saltar cento e #uarenta e seis anos no tempo e conhecer a 4oa
Rork do s5culo 0/4'$JW
'yler meneou a cabea, como para a>astar de si a#uela id5ia
insensata&
Se dissesse a erdade a Sarah, ela com certe2a o tomaria por
um lun6tico& $ era eKatamente isso #ue ele estaa sendo, ao cogitar
sobre a possibilidade de contar:lhe a erdade&&& .m lun6tico e nada
mais
G 'enha cuidado, #uerido G Sarah recomendou& Como
resposta, 'yler acenou e mandou:lhe um bei8o&
$nt!o, chegou ao >inal do corredor e comeou a descer as
escadas& Do andar de baiKo, inha o som de uma eKaltada conersa
entre Beauregard, ohn FcCully e
Clayton Hillis&
G Ora, e8am s< #uem acaba de ressuscitar G BeauregardeKclamou com o2 pastosa, ao :lo aproKimar:se& G Sente:se melhor,
>ilhoJ
G Sim, obrigado G 'yler respondeu, trocando um olhar
signi>icatio com Clayton& o #ue tudo indicaa, tudo estaa correndo de
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acordo com o #ue >ora plane8ado&
G Feu amigo Clayton Hillis trouKe:me um grande presente G
disse Beauregard, re>estelado numa poltrona& pontou a garra>a 86 pela
metade sobre a mesinha de centro e proclamou) G $sse 5 o maiorbrand/ do mundo O mais saboroso #ue 86 proei
G I muito gostoso esse&&& G ohn FcCully gague8ou, antes de
completar G esse licor& 4unca bebi nada igual l6 no oeste&
G Os a#ueiros s< gostam de u(s#ue G Beauregard comentou&
$ num eKagerado tom paternal, sugeriu ao a#ueiro) G Beba mais,
>ilho& 4!o 5 todo dia #ue se pode saborear uma coisa t!o boa&&&
G cho #ue 'yler dams tamb5m #uer G disse ohn FcCully
com a o2 alterada pelo 6lcool&
G 7re>iro n!o tomar nada ho8e G 'yler respondeu, sentando:
se no so>6& G >inal, estou conalescendo&
G dmiro sua prudncia, >ilho& G Beauregard a>irmou com um
sorriso de aproa!o& 7iscando um olho para ohn FcCully, acrescentou)
G ssim sobra mais para n<s, n!o 5, caub<iJ
ohn FcCully acenou em concordTncia e ergueu seu copo&
Beauregard >e2 men!o de alcanar a garra>a de brand/# mas
Clayton antecipou:se e seriu ambos&
Cerca de #uin2e minutos depois, tanto Beauregard como o
caub<i dormiam a sono solto&
'yler leantou:se, mas Clayton indicou:lhe com um gesto, para
esperar&
G 0amos aguardar mais um pouco, antes de >a2ermos
#ual#uer moimento& uero ter certe2a de #ue os dois est!o dormindo
mesmo&
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4os cinco minutos #ue se seguiram, 'yler >oi tomado por uma
terr(el sensa!o de pTnico& De repente, uma decis!o desenhou:se em
sua mente de maneira muito n(tida) n!o #ueria deiKar Sarah& 4!o podia
conceber a id5ia de separar:se dela para sempre&
G Clayton&&& G ele murmurou&
G $spere s< mais um pou#uinho, simJ
G 4!o estou apressando oc& penas gostaria de >alar:lhe
sobre algo&&&
G Depois& 4o momento, s< deemos pensar em >ugir&
G 4!o #uero ir sem Sarah, 4!o posso me imaginar iendosem ela&
Clayton >itou:o com perpleKidade& G Feu amigo, oc
enlou#ueceuJ
G Sim G 'yler admitiu num arrebatamento de paiK!o&G $stou
louco de amor por Sarah& uero ir at5 o #uarto dela agora, para pedir:
lhe #ue >u8a comigo&&&
G 7ara o ano de 199+J
G $Kato& $ 8uro #ue learei apenas uns poucos minutos para
eKplicar tudo a ela&
G 0oc learia horas e, mesmo assim, Sarah n!o acreditaria&
G Clayton encerrou o assunto& G 7ortanto, desista&
G Fas&&&
G l5m do mais, Sarah n!o est6 no #uarto dela, e sim no de
0allen, cumprindo sua parte neste plano de >uga& Como oc , amigo,
eu e Sarah estamos empenhados em a8ud6:lo& $ o m(nimo #ue pode
>a2er 5 colaborar conosco, n!o achaJ
Projeto Revisoras 140
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G Desculpe& G 'yler suspirou, angustiado& G $u estou
delirando&&& Dee ser o e>eito do audanum.
G Creio mais #ue dea ser o e>eito do amor G Clayton
retrucou com um sorriso compreensio& G Sei muito bem como oc sesente, pois&&& so>ro do mesmo mal&
G 0oc ama $lla:ane G 'yler sentenciou&
G Sim& Fas trata:se de um amor sem esperanas, tal como o
seu por Sarah&
G $ n!o h6 nada #ue possamos >a2er, para mudar o destino G
'yler concluiu com amargura&G 'em ra2!o, amigo& Bem, acho #ue podemos ir agora&
G Onde est6 sua charreteJ
G Bem ali, ao lado da aranda& 7edi ao bom %ouis para deiK6:
la pronta para minha partida&
G $ ser6 #ue %ouis o obedeceuJ
G 7ode apostar #ue sim, amigo& %ouis nunca >alha& De >ato, aosair da casa, 'yler aistou a charrete de Clayton a poucos metros de
distTncia& inda haia luar, apesar do plenilEnio ter ocorrido h6 poucos
dias&
G %ogo oc estar6 de olta ao seu mundo, em 4oa Rork G
disse Clayton& G $ o >ato de ter se lirado do casamento com 0allen o
consolar6 de outras triste2as&&&
G $speremos #ue sim, amigo G'yler respondeu, aspirando
com >ora a brisa noturna, #ue tra2ia o per>ume de >lores silestres e
dos campos cultiados&
G noite est6 marailhosa G Clayton >alou&
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G Sim, mas seria melhor se n!o houesse luar& ssim,
poder(amos >ugir mais tran#ilos, sabendo #ue n!o ser(amos aistados
com >acilidade&
G 'ale2& Fas, por outro lado, seria perigoso tomarmos essaestrada numa noite escura&
G 7or #uJ
G 7or#ue a estrada est6 p5ssima& 7oder(amos cair num buraco
e >icar encalhados durante horas& 4o entanto, com esse luar, a noite
mais parece um dia& G Clayton riu& G ssim, s< cairemos num buraco
se #uisermos 7ois 5 poss(el enKergar at5 um al>inete com essa lua
G 'anto 5 #ue n!o h6 lu2 na aranda, esta noite G 'yler
comentou&
G Fas h6 um sentinela atento, senhor G disse algu5m&
'yler irou:se bruscamente na dire!o da o2& $ esse gesto
causou:lhe uma pontada de dor no >erimento&
G uem est6 a(J G Clayton perguntou&
G "orace "alleck& G O capata2 saiu detr6s de um dos esteios
da aranda& 0oltando:se para 'yler, disse) G 0e8o #ue est6 melhor do
>erimento, sr& dams& 'anto, #ue at5 resoleu dar um passeio na
companhia do seu amigo Clayton Hillis&
'yler resmungou um palar!o& Decididamente, n!o gostaa
da#uele homem de o2 melosa e carregada de >alsidade&
G O #ue ser6 #ue o sr& Beauregard Booker pensar6 desse
passeio noturno, senhoresJ cho melhor perguntarmos a ele, n!o
concordamJ
G 06 para o in>erno, "orace "alleckG 'yler prague8ou&
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G I bem capa2 de ele ir mesmo, se Beauregard Booker
mandar G disse Clayton, entrando de olta na casa& G $sse homem 5 o
maior capac"o #ue 86 conheci& $ eu detesto capac"os.
'yler n!o respondeu& S< conseguia pensar #ue, mais uma e2,haia >racassado na >uga& $ #ue o tempo estaa passando&&&
CAPÍTULO X
Da aranda, Sarah obseraa a charrete a>astando:se em
dire!o M cidade, leando Beauregard Booker e 0allen, #ue iam tratar
dos pap5is do casamento&
Com papai e 0allen ausentes, esta 5 a melhor ocasi!o para
'yler escapar, ela pensou& $ oltou:se para ele, #ue estaa a seu lado&
'yler lhe parecia mais abatido do #ue nunca& $ tamb5m n!o
era para menos, pois a noite anterior >ora simplesmente in>ernal&G 0oc tem de2 dias para me deoler a propriedade #ue lhe
aluguei, Clayton Hillis G Beauregard dissera, >urioso& G 4a erdade, eu
n!o deeria deiK6:lo >icar l6, em Booker*s Nnoll, por nem mais um
segundo& Fas ou dar:lhe esse pra2o, por#ue sou um homem generoso&
$, depois disso, nunca mais #uero :lo por essas bandas, pois n!o
suporto traidores& Se n!o >osse por "orace "alleck, a essa altura oc e
'yler dams 86 estariam longe&
Sarah suspirou, inadida por uma intensa triste2a& 4unca, em
toda sua ida, encontrara:se numa situa!o t!o terr(el #uanto a#uela)
por um lado, n!o suportaa a id5ia de separar:se de 'yler dams& 7or
outro, precisaa a8ud6:lo a escapar& Caso contr6rio, ele desposaria
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0allen&&& O #ue era ainda pior&
Seus olhos >iKaram os de 'yler por um longo momento&
I agora ou nunca, Sarah pensou com um sorriso triste& $
tomou uma sEbita decis!o) >alar com ohn FcCully e tentar conenc:loa colaborar na >uga de 'yler&
O caub<i estaa sentado no gramado, as costas apoiadas a
uma 6rore >rondosa, os olhos atentos a todos os moimentos de 'yler&
G Sr& FcCully&&& G Sarah chamou:o G poderia me dar um
minuto de aten!o, por >aorJ
G 7ois n!o, senhoritaJ G ohn FcCully leantou:seprontamente& G O #ue dese8aJ
G ;ostaria de apelar para a sua compreens!o&&&
O caub<i >itou:a, descon>iado& 4um tom paciente, Sarah
contou:lhe sobre a mentira inentada por 0allen, para casar:se com
'yler&&& ue, por sua e2, assistia M cena com uma eKpress!o comoida&
Fas sabia de antem!o #ue Sarah estaa perdendo seu tempo, pois o
caub<i era irredut(el&
G Sabe, sr& FcCully&&& G ela concluiu ap<s uma longa
disserta!o G ontem M noite, o sr& Clayton Hillis s< estaa tentando
reparar uma in8ustia& 7ois, tal como eu, ele acredita na inocncia de
'yler&
O caub<i n!o hesitou em responder)
G 4!o respeito homens #ue mentem, como >e2 o sr& Hillis& $le
disse #ue tinha nos tra2ido um <timo brand/ e, no entanto, tudo n!o
passaa de um ardil para nos >a2er adormecer&
'yler #uis interir, mas Sarah adiantou:se& Litando o caub<i
com um olhar ansioso, argumentou)
Projeto Revisoras 144
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G Loi o Enico 8eito #ue ele encontrou, para a8udar seu amigo
'yler a escapar&
G /sso n!o 8usti>ica nada, senhorita&
G $ o #ue 8usti>ica o >ato de 'yler ser obrigado a casar:se comminha irm!, deido a uma iola!o #ue ele n!o cometeuJ
O caub<i re>letiu por alguns instantes, antes de di2er)
G Senhorita, ou lhe repetir eKatamente o #ue >alei para 'yler
dams, #uando ele me pediu para a8ud6:lo a >ugir&&&
G 'yler 86 me contou G ela o interrompeu& G O senhor deu
sua palara a meu pai e n!o pretende #uebr6:la por nada desse mundo,certoJ
G Sim& pesar de tamb5m acreditar na inocncia de 'yler, n!o
posso >a2er nada por ele&
G $ntendo&&& G Sarah acenou em concordTncia e, de sEbito,
perguntou) G Diga:me, sr& FcCully, #ual 5 seu signoJ
O caub<i reagiu surpreso)G Como assim, senhoritaJ
G $m #ue dia o senhor nasceuJ
G Do2e de >eereiro G ohn FcCully respondeu, um tanto
con>uso&
G $nt!o, o senhor 5 do signo de #u6rio G Sarah concluiu&
G I mesmoJ G ohn FcCully comentou com um sorriso
incr5dulo& G $ isso #uer di2er o #uJ
G ue o senhor 5 um homem absolutamente honesto e
incorrupt(el&
Projeto Revisoras 145
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O caub<i continuaa a sorrir, agora, sem ocultar uma ponta de
orgulho&
G Sabe #ue l6 no oeste alguns camaradas me chamaam de
ohn, o "onestoJG credito piamente nisso, caub<i G 'yler intereio&
G $&&& 'enho meus de>eitos como todo mundo, mas a
desonestidade n!o est6 entre eles& 'anto 5 #ue #uando parti da#uele
maldito rancho onde trabalhaa&&& G ohn
FcCully interrompeu:se, como se arrependido por ter >alado
demais& 4um tom s5rio, >inali2ou) G Bem, mas isso n!o em ao caso&Sarah oltou:se para 'yler&
G I uma grande pena o sr& FcCully ser de #u6rio&&& Se, ao
menos, tiesse nascido sob o signo de %e!o
'yler riu&
G O #ue aconteceriaJ
G Bem, oc dee saber #ue os natios de %e!o tm um egodo tamanho do mundo& $ #ue basta elogi6:los ade#uadamente, para
#ue eles >aam o #ue oc #uiser&
G 4!o diga G 'yler eKclamou com ar 2ombeteiro& $ ohn
FcCully mal conseguia conter o riso& Sarah olhou de um para o outro&
G 0ocs n!o acreditam no #ue estou di2endo, n!o 5J 4enhum
deles respondeu, mas era <bio #ue n!o daam o menor cr5dito M
astrologia&
O silncio instalou:se entre os trs por 6rios minutos& $ 'yler
>oi o primeiro a >alar)
G 0oltamos M estaca 2ero& $ o tempo est6 passando&&& G 7odia
Projeto Revisoras 146
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sentir nas costas, M altura da cintura, o contato da arma #ue Clayton lhe
haia tra2ido na noite anterior& Seria t!o >6cil sac6:la e atirar em ohn
FcCully de surpresa&&&
S< #ue 8amais >aria isso& 7erderia o respeito por si pr<prio, secometesse um crime t!o hediondo&
G Como ai o >erimentoJ G ohn FcCully indagou, longe de
suspeitar:lhe as sombrias diagaQes&
G inda d<i um pouco, mas 86 n!o h6 perigo de in>ec!o&
Sarah cuidou muito bem de mim&
ohn FcCully sorriu, como se compreendesse o #ue haia entreambos& Sarah enrubesceu iolentamente, n!o apenas pelas palaras de
'yler, mas tamb5m pelo olhar signi>icatio do caub<i&
G 0oc se portou como um erdadeiro her<i G disse ohn
FcCully& G 7oderia ter matado Lit2hugh e, no entanto, deiKou:o io&
dmiro isso, 'yler dams&
G Obrigado, caub<i& G 'yler dams deu de ombros& G Fas do
#ue me adiantou ser o her<i da#uele maldito duelo, se continuo sendo
(tima de uma >alsa acusa!oJ
ohn FcCully >icou pensatio por alguns momentos, e, por >im,
sorriu, satis>eito&
G $i, acabo de ter uma id5ia #ue tale2 possa >uncionar&
G Lale G Sarah e 'yler pediram #uase ao mesmo tempo&
$ncarando 'yler, o caub<i sugeriu)
G ue tal se oc ca(sse nas boas graas do sr& Beauregard
BookerJ
G Como assimJ
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G Ora, se oc lhe prestasse um grande >aor&&& lgo #ue ele
se sentisse na obriga!o de retribuir, dando:lhe o #ue oc #uisesse&
G Fas o #ue eu poderia >a2erJ G 'yler indagou, nada
conencido de #ue a id5ia >osse boa& G Beauregard 5 um homem rico en!o precisa de ningu5m& Se, ao menos, esti5ssemos em outro tempo,
eu lhe >aria uma grande campanha publicit6ria de graa, e ele
arrebentaria o mercado com seu produto&&&
/nterrompeu:se, deido ao espanto com #ue Sarah e ohn
FcCully o >itaram& O #ue, eKatamente, ele estaa di2endoJ ue >aria
uma campan"a pubicitria para BeauregardJ $staa usando eKpressQes
do tipo arrebentar o mercado... $ isso em 1?@A, #uando nem se#uer
eKistiam agncias publicit6rias no mundo
G Xs e2es, oc di2 coisas #ue eu n!o entendo G Sarah
comentou&
G 7erdoe:me G ele se desculpou& G cho #ue me entusiasmei
demais com a id5ia& Loi isso&
G 7ois a mim pareceu #ue oc n!o gostou da sugest!o Gohn FcCully retrucou&
G #uest!o 5 a seguinte) o #ue, eKatamente, eu poderia >a2er
para despertar a gratid!o de BeauregardJ
G inda n!o sei G Sarah intereio& G Fas creio #ue o sr&
FcCully tem ra2!o& Se oc prestar um grande >aor a papai, ele >ar6
#uest!o de grati>ic6:lo M altura& $, ent!o, oc dir6 #ue dese8a cancelar
o casamento com 0allen&
G $ o sr& &Beauregard Booker ser6 obrigado a concordar,
por#ue tamb5m 5 um homem de palara G ohn FcCully completou&
G $Kato G Sarah aproou, satis>eita& Fas 'yler ainda relutaa
Projeto Revisoras 148
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em acatar a id5ia&
G $ supondo:se #ue ocs dois este8am certos, o #ue acham
#ue deo >a2erJ
G I o #ue temos de descobrir G Sarah a>irmou, pensatia&$nt!o, indagou) G Se entendi bem, oc 5 um homem de neg<cios,
certo, 'ylerJ
G 7ode:se di2er #ue sim&
G $nt!o, #ue tal se inteirar dos neg<cios de papaiJ 'ale2 oc
tenha alguma boa sugest!o para dar a ele, a >im de aumentar os lucros&
G 4!o sei&&& G 'yler >itou:a com uma eKpress!o de dEida& GDiga:me, como !o os neg<cios de seu paiJ
G 4os Eltimos dois anos, a produ!o decaiu um pouco&
G uer di2er #ue Beauregard est6 colhendo menos algod!o do
#ue antesJ G 'yler indagou&
G /sso mesmo&
G $ uma pena #ue oc n!o entenda de algod!o, amigo Gohn FcCully comentou&
G Fas posso me in>ormar a respeito do assunto G 'yler
argumentou, um pouco mais animado&
G ssim 5 #ue se >ala, rapa2 G o caub<i aproou&
$ Sarah sorriu, entusiasmada&
G $scute, eu costumo a8udar papai com os liros de
contabilidade a#ui da >a2enda& 'ale2 oc gostasse de eri>ic6:los,
'yler& Duido #ue tenhamos deiKado passar algum erro nos c6lculos,
mas n!o custa con>erir&&&
G Laremos isso com certe2a G disse 'yler& G Fas eu tamb5m
Projeto Revisoras 149
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gostaria de saber como >unciona uma >a2enda de algod!o na pr6tica&
G 4esse caso, pedirei ao sr& "orace "alleck para in>orm6:lo
sobre tudo o #ue #uiser saber&
G 0oc se es#uece de #ue >oi ele #uem impediu minha >ugaontemJ
Sarah sorriu com ar complacente&
G 'yler, deiKe esse orgulho de lado& 4<s agora temos de
pensar apenas num ob8etio) con#uistar a gratid!o de papai& $ se para
isso tiermos de >alar com "orace "alleck&&&
G 'udo bem G 'yler assentiu& G 0amos l6&
Cerca de meia hora depois, os trs encontraram "orace "alleck
M porta de um grande galp!o, situado pr<Kimo M margem do rio&
li o algod!o era processado e trans>ormado em >ardos, antes
de ir para a pesagem&
"orace "alleck recebeu:os com um misto de impacincia e
constrangimento& $ s< modi>icou sua atitude #uando Sarah eKplicou)G Feu pai pediu #ue o senhor ensine ao sr& 'yler dams como
>unciona o processo do algod!o, desde a colheita at5 o momento em
#ue 5 despachado para Saannah& ssim, ele8a ir6 se acostumando ao
trabalho&&& &
G Oh, claro G "orace "alleck assentiu, assumindo um tom
subitamente am6el& G Se s!o ordens do patr!o, cumpro:as com o
maior pra2er&
Clayton Hillis tinha ra2!o, 'yler pensou, irritado& W$sse capata2
5 a >alsidade e a subserincia em pessoa&W
G I bom mesmo #ue o sr& 'yler dams saiba como >uncionam
Projeto Revisoras 150
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as coisas por a#ui& G0oltando:se para 'yler, conidou) G $ntre, por
>aor&
Sarah e ohn FcCully insistiram em acompanh6:los, para total
desagrado de "orace "alleck, #ue ainda tentou impedi:los)G O #ue ou mostrar ao sr& 'yler dams n!o 5 do interesse de
uma senhorita&&& 4em de um caub<i do long(n#uo oeste&
G contece #ue eu >ao #uest!o de participar dessa pe#uena
eKcurs!o G Sarah retrucou com um sorriso& G menos #ue o senhor
ouse me proibir&&&
G Oh n!o G "orace "alleck apressou:se a responder& G uemsou eu para impedi:la de #ual#uer coisaJ >inal, a senhorita 5 >ilha do
patr!o&
ohn FcCully nem se preocupou em 8usti>icar:se& penas
seguiu o grupo, a uma pe#uena distTncia, sem >a2er coment6rio algum&
'yler n!o deiKou de surpreender:se com o #ue iu&&& 4em de
chocar:se& $ra triste obserar as 6rias de2enas de escraos chegando
do campo com cestas carregadas de capuchos de algod!o, sob o sol
escaldante, numa prociss!o intermin6el&&&
4o interior do galp!o, outro grupo de escraos encarregaa:se
de trans>ormar o algod!o em >ardos, #ue, em seguida, seriam
despachados para o porto de Saannah&
O calor #ue >a2ia dentro do galp!o era insuport6el, e n!o
haia entila!o nenhuma&Bastou a 'yler alguns poucos minutos ali, para transpirar
terrielmente e sentir:se mal&
G 7or #ue n!o abrem algumas 8anelasJ G ele sugeriu ao
capata2, logo #ue sa(ram& G $ desumano obrigar as pessoas a trabalhar
Projeto Revisoras 151
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na#uelas condiQes, sem o menor are8amento&
G Ora, s!o apenas escraos G disse "orace "alleck, dando de
ombros&
G 'rata:se de seres humanos G 'yler protestou&
G $ merecem o m(nimo de considera!o, n!o achaJ O capata2
parou e mediu:o de cima a baiKo&
G $u 86 imaginaa #ue oc >osse um abolicionista, ian#ue G
disse num tom de eidente despre2o& G posto #ue seu >uturo sogro
n!o ai gostar nem um pouco de saber disso&
G 4!o tenho ergonha das minhas id5ias, sr& "alleck G 'ylerrespondeu, inabal6el& G O tempo proar6 #ue os abolicionistas tm
ra2!o&
G Os sulistas 5 #ue tm&
G $ngano seu, sr& "alleck& Da#ui a alguns anos, 86 n!o haer6
mais escraos neste pa(s&
G Como pode saber dissoJ G o capata2 o desa>iou&G 0oc, por acaso, pre o >uturoJ 'yler sorriu&
G $ se eu lhe dissesse #ue im de l6J
G 0eio&&& De ondeJ
G Do >uturo, sr& "alleck& O senhor acreditariaJ
G %<gico #ue n!o&
G $ra o #ue eu pensaa& G 'yler sorriu, ir=nico&
G $, agora, se n!o se importa, gostaria de dar seguimento a
esta agrad6el eKcurs!o&
Sarah riu&
Projeto Revisoras 152
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G Decididamente, ocs ian#ues tm um incr(el senso de
humor& G Fas, no (ntimo, estaa pro>undamente comoida com as
palaras de 'yler&
$nt!o ele 5 um abolicionista, pensou& W'al como eu, 'ylerdams 5 contra a escraid!oW
G Creio #ue n!o h6 mais nada a mostrar:lhe, sr& dams
G disse "orace "alleck a certa altura& G Fas estarei a sua
disposi!o, para esclarecer #uais#uer dEidas&
'yler cru2ou os braos e encarou:o& Decididamente, n!o
gostaa da#uele homem&&& $ isso n!o se deia apenas ao >ato de "orace"alleck t:lo impedido de >ugir& "aia algo mais >orte, #ue causaa:lhe
uma pro>unda repulsa& Fas o #ue seriaJ
Losse o #ue >osse, 'yler agora n!o tinha tempo para analisar&
G 'em certe2a de #ue n!o est6 es#uecendo nada, sr& "alleckJ
G ele indagou num tom seero& O capata2 >ran2iu a testa&
G Como assim, sr& damsJ
G O senhor n!o nos mostrou seu escrit<rio&&& 4em o local onde
os >ardos s!o pesados, antes de serem despachados pelo rio&
O capata2 hesitou& Seus olhos pareciam >u2ilar 'yler, mas sua
o2 soou eKageradamente sol(cita, ao di2er)
G Como #uiser, senhor& I bom er #ue est6 realmente
interessado no trabalho& companhe:me, por >aor&
Fomentos depois, todos entraam num outro galp!o, ainda
mais rEstico do #ue o anterior&
G $nt!o o algod!o 5 pesado a#ui&&& G disse 'yler&
G Sim& O algod!o em para c6 depois de ser prensado em
Projeto Revisoras 153
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>ardos, como o senhor 86 iu& G "orace "alleck apontou para uma elha
e imensa balana, disposta sobre uma plata>orma de madeira, #ue
parecia possuir um complicado mecanismo& G #ui s!o pesados os
>ardos, #ue s< ent!o seguir!o para o porto de Saannah&
G Certo G 'yler assentiu e, em seguida, perguntou) G Diga:
me, sr& "alleck, #uanto pesa cada >ardoJ
O capata2 hesitou&
G Bem, n!o h6 um padr!o eKato& $m geral, cada um pesa
cerca de du2entos #uilos& Xs e2es, chega a du2entos e cin#enta&&&
Depende da sa>ra, 5 claro&
G $, por >alar nisso, papai anda muito aborrecido G Sarah
intereio& G 4os Eltimos dois anos, a sa>ra diminuiu sensielmente&
G /sso acontece, senhorita G disse o capata2&
G $ #uais s!o os >atores #ue proocam essa #ueda na
produ!oJ G 'yler perguntou& G 0aria!o de temperatura, intensidade
das chuasJ
G Desde criana, eu ouia papai di2er #ue a sa>ra de algod!o
aumenta #uando a primaera 5 Emida e #uente, seguida por um er!o
intenso G disse Sarah&
G $ >oi eKatamente isso o #ue aconteceu nos Eltimos dois
anos& 4o entanto, a produ!o caiu&&&
G O solo est6 enelhecendo, senhorita G "orace "alleck
argumentou& $mbora suas palaras >ossem am6eis, seus olhosdenunciaam um misto de raia e embarao& G Sou um pro>undo
conhecedor do assunto e sei o #uanto esse >ator in>luencia no cultio do
algod!o ou de #ual#uer outra coisa&
Sarah >itou:o com um olhar incr5dulo& $ 'yler resoleu
Projeto Revisoras 154
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in>ormar:se um pouco mais a respeito do assunto)
G O senhor disse #ue os >ardos, ap<s serem pesados, seguem
de barco at5 o porto de Saannah&
G /sso mesmo, sr& dams&
G $ l6 s!o pesados noamenteJ
G Sim&
G $ ent!o os compradores lhe pagam o alor relatio ao peso
de cada >ardoJ
G 4ingu5m me paga nada, sr& dams G "orace respondeu,
perdendo por um momento a postura submissa e mostrando:se
o>endido& G $u n!o toco se#uer em um tost!o do alor desses >ardos&
uem recebe o dinheiro 5 o sr& Beauregard Booker&&& Diretamente das
m!os do sr& $well $ndicott&
G $well $ndicottJ G 'yler repetiu, surpreso& G $st6 se
re>erindo ao genro de Beauregard BookerJ
G Sim G Sarah eKplicou& G $le 5 o maior comprador dealgod!o de Saannah&
G Certo& G 'yler >icou pensatio por alguns instantes e, ent!o,
oltou:se para "orace "alleck& G Fuito bem, sr& "alleck, acho #ue n!o
ou mais importun6:lo com perguntas& Se puder nos mostrar seu
escrit<rio, agora&&&
G 7ois n!o&
O escrit<rio era um barraco acanhado e n!o muito limpo& Fas
'yler, #ue acabaa de ter um palpite, n!o estaa nem um pouco
interessado no asseio ou no descon>orto do local& 4a erdade, s< #ueria
dar uma olhada na rEstica estante cheia de liros de contabilidade& $ >oi
o #ue >e2&
Projeto Revisoras 155
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$ntretanto, para surpresa de 'yler, o capata2 n!o se alterou&
o contr6rio, parecia muito calmo ao >alar)
G 0e8o #ue se interessa tamb5m pela parte administratia do
trabalho, sr& dams& /sso 5 muito bom, sabeJ li6s, pelo #ue estouendo, o senhor se sair6 muito bem com a planta!o de Booker*s Nnoll,
#ue ganhar6 de presente de casamento& $ se precisar de meus serios,
estarei a sua disposi!o&
G gradeo a o>erta, sr& "alleck G disse 'yler com um to#ue
de ironia& 7ois era claro #ue nem em sonhos contrataria a#uele homem,
#ue lhe parecia a >alsidade em pessoa&
'yler >icou um bom tempo diante da estante, passando os
dedos pelas lombadas dos liros&
7arado M porta, ohn FcCully n!o se mani>estaa&
4a erdade, parecia bem distante dali, com os olhos perdidos
no hori2onte&
G Sempre tie curiosidade em er um liro de contabilidade G
'yler disse com ar inocente, retirando um olume da estante& G cho
#ue o senhor n!o se importaria se eu&&&
G 0eri>icasse os registrosJ G "orace "alleck completou& G De
modo algum, sr& dams& Li#ue M ontade& gora, se #uiser se inteirar
melhor do assunto, pode eKaminar os liros #ue est!o no escrit<rio do
sr& Beauregard Booker& G $ eKplicou) G $le tem uma c<pia de cada um
desses& $u sempre >ao o registro da sa>ra em dois liros) um >ica
comigo, outro com o sr& Beauregard Booker& Depois, n<s con>erimos
todos os dados&&& ssim, corrigimos os erros de c6lculo&
s Eltimas palaras >oram pronunciadas com um sorriso
insinuante e, ao mesmo tempo, desa>iador&
Projeto Revisoras 156
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$le percebeu #ue descon>iei de sua honestidade, 'yler pensou&
Wgora #uer proar #ue 5& de inteira con>iana&&& $ tale2 se8a mesmo&
>inal, se est6 pondo os liros de contabilidade a minha disposi!o, 5
por#ue n!o tem nada a esconder&&& Ou ser6 #ue est6 ble>andoJW
4!o custaa nada eri>icar e >oi isso #ue 'yler decidiu >a2er& o
sair, pediu a "orace #ue lhe emprestasse um dos liros e 8usti>icou:se)
G ;ostaria de comparar os seus dados com os do sr&
Beauregard Booker& Ser6 um bom eKerc(cio para mim, #ue em bree
terei de >a2er esse trabalho&
Gcho #ue o sr& Beauregard Booker n!o gostaria disso&
G $u me responsabili2o, sr& "alleck G Sarah a>irmou&
G 4esse caso, pode lear&
'yler escolheu o liro re>erente M colheita do ano anterior&
$, num tom casual, indagou)
G t(tulo de curiosidade, sr& "alleck&&&
G 7ois n!oJ
G ;ostaria de saber h6 #uanto tempo o senhor trabalha nesta
propriedade&
G "6 pouco mais de dois anos, sr& dams& 7or #uJ
G Oh, por nada& Como eu disse, trataa:se apenas de uma
curiosidade minha&
7ouco depois, en#uanto oltaa com Sarah e ohn FcCully para
casa, 'yler >alou)
G 7ode ser impress!o minha, mas aposto #ue a#uele capata2
est6 nos escondendo algo&
Projeto Revisoras 157
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G Como assimJ G Sarah indagou, surpresa&
G 4!o sei&&& 7or en#uanto, 5 apenas um palpite& Fas n!o
amos pensar nisso agora& G 'yler >e2 uma pausa e indagou) G 0ou
con>erir os dados deste liro com a c<pia #ue est6 no escrit<rio de seupai& cha #ue poderei >a2er isso ho8eJ
G Claro& Os liros de papai est!o a sua inteira disposi!o&
G Utimo& 'ale2 "orace "alleck tenha deiKado alguma pista
mal dis>arada&&&
Sarah >ran2iu a testa&
G Diga:me, 'yler, oc est6 descon>iando da integridade moralde "orace "alleckJ
G 7ara di2er a erdade, sim& Fas n!o gosto de suspeitar de
ningu5m, a menos #ue tenha bons motios para >a2:lo& G 0oltando:se
para ohn FcCully, 'yler indagou) G 7osso contar com sua a8uda,
caub<iJ
G 7ara #uJ G ohn FcCully perguntou, cauteloso&
G 7ara tirar esta situa!o a limpo&
G Como assimJ
G $m primeiro lugar, oc n!o dee contar a Beauregard
Booker #ue andei eri>icando seus liros& $le poder6 tomar essa atitude
como bisbilhotice& $ n!o 5 minha inten!o&
G 7or #ue simplesmente n!o di2 ao sr& Beauregard Booker #ue
pretende eri>icar a contabilidadeJ
G 7or#ue eu teria de eKplicar o motio #ue me leou a isso&
Seria obrigado a mencionar minha antipatia por "orace "alleck, #ue
acentuou:se bastante depois de ele ter impedido minha >uga ontem&&& $
Projeto Revisoras 158
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de Sarah ter me dito #ue a sa>ra de algod!o diminuiu muito nos Eltimos
dois anos&
G 'amb5m n!o simpati2o com "orace "alleck G Sarah
con>idenciou& G Fas da( a 8ulg6:lo um homem desonesto&&& I ir longedemais& $ tenho certe2a de #ue papai >icar6 >urioso se oc lhe disser
#ue descon>ia do nosso capata2&
G $, nesse caso, ele me impediria de eri>icar os liros, certoJ
G 'yler indagou&
G Sim G Sarah assentiu&
'yler oltou:se para ohn FcCully&G $ntendeu agora por #ue pedi sua a8uda e discri!oJ inda
#ue eu este8a certo em descon>iar de "orace "alleck, precisarei de
tempo para eri>icar se ele realmente 5 desonesto ou n!o&
ohn FcCully tirou o chap5u e alisou os cabelos com os dedos&
$staa pensatio e um tanto neroso, mas, por >im, tomou uma decis!o&
G 0amos >a2er um trato, amigo&&& 0oc poder6 contar comigo
para #ual#uer coisa #ue n!o se8a sua >uga& $ntendidoJ
'yler sorriu&
G gradeo sua colabora!o, ohn&
O caub<i tornou a p=r o chap5u e recomendou)
G Fas n!o tente me enganar de noo&
'yler relutou, mas, por >im, sentiu:se obrigado a con>essar)
G ohn, oc 5 um homem de car6ter e eu tamb5m& 7ortanto,
deemos ser sinceros um com o outro, n!o concordaJ
G Claro #ue sim& &
Projeto Revisoras 159
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G 7ois ent!o #uero lhe di2er #ue, se eu tier uma chance de
>ugir, n!o hesitarei em >a2:lo&
.m lee sorriso a>lorou aos l6bios do caub<i&
G $u sabia #ue ia di2er isso, 'yler dams& $ oc pode n!oacreditar, mas admiro sua sinceridade&&& S< #ue >icarei de olho em oc,
ouiu bemJ >inal&&&
G 0oc deu sua palara ao sr& Beauregard Booker G 'yler
completou&
$ ambos riram&
G uanto mais nos conhecemos, mais eu gostaria #ue>=ssemos amigos G 'yler a>irmou num tom mais s5rio&&& uanto a n<s
dois, ser(amos o casal mais >eli2 do mundo, acrescentou mentalmente,
lanando um olhar intenso para Sarah, #ue enrubesceu e sorriu como se
lhe adiinhasse os pensamentos&
CAPÍTULO XI
Depois de um dia inteiro comparando o liro de contabilidade
de "orace "alleck com a c<pia #ue haia no escrit<rio de Beauregard
Booker, 'yler estaa eKausto&
Os dados de ambos os liros coincidiam per>eitamente& 4!o
houera trapaa alguma nos registros& $ isso descartaa a hip<tese de
"orace "alleck estar roubando o patr!o&
Claro #ue haia outros aspectos a serem eri>icados&
Fas o tempo estaa correndo, e 'yler sentia a urgncia de agir
Projeto Revisoras 160
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r6pido, antes #ue >osse tarde demais&
Durante o 8antar da#uela noite, 0allen haia comentado com o
pai a respeito de sua id5ia de criar gansos e patos em Booker*s Nnoll&
Fesmo sem dar muita importTncia ao >ato, Beauregardconcordara em designar um grupo de escraos para caar o lago& O
trabalho deeria se iniciar em dois dias&&& $ isso signi>icaa #ue em
pou#u(ssimo tempo o por!o comearia a ser aterrado, 'yler conclu(ra,
estremecendo& $ ele >icaria preso no ano de 1?@A para sempre&
$ra eKatamente por esse motio #ue, agora, em seu #uarto,
'yler caminhaa de um lado para o outro, como uma >era en8aulada&
noite prometia ser longa e insone& O tempo estaa se esgotando& $ ele
ainda n!o haia traado um noo plano de >uga&
angEstia crescia:lhe no (ntimo, e, pela primeira e2, 'yler
considerou a possibilidade de continuar iendo na#uela >a2enda, em
1?@A, a mais de um s5culo da data de seu nascimento&&& $ra t!o
absurdo #uanto assustador Fas, a menos #ue encontrasse uma sa(da
genial, teria de se con>ormar com a situa!o&Duas batidas lees na porta interromperam:lhe os
pensamentos& 'yler correu a atender&
G Sarah G eKclamou, lanando um olhar apreensio para o
corredor, onde ohn FcCully montaa guarda&
G 4!o se preocupe G ela disse em o2 baiKa& G O sr& FcCully
est6 colaborando conosco, tal como prometeu& $u o aisei de #ue
precis6amos conersar, e ele concordou&
G Se seu pai descobrir #ue oc est6 a#ui&&&
G 7apai 86 >oi se deitar e 0allen tamb5m G Sarah eKplicou,
entrando&
Projeto Revisoras 161
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'yler >echou a porta e >itou:a com ansiedade&
G O #ue houe, #ueridaJ 0oc parece tensa&&&
G De >ato, estou muito agitada e n!o consigo dormir& cho #ue
preciso lhe >alar sobre um assunto #ue tem me perturbado o dia todo&
'yler tomou:lhe a m!o, e ambos sentaram:se aos p5s da
cama&
G Do #ue se trataJ G ele indagou num tom suae&
G 'rata:se das suspeitas #ue oc leantou a respeito de
"orace "alleck G Sarah respondeu de um s< >=lego& G $las n!o tm o
menor >undamento& Sei #ue oc n!o gosta dele, #uerido&&& $ nem eu,tampouco& Fas da( a 8ulg6:lo um homem desonesto, 5 outra coisa&
G 0amos esclarecer um ponto importante, meu bem) eu ainda
n!o tenho proas de #ue "orace "alleck 5 um ladr!o& 4a erdade,
gostaria muito de estar errado a respeito dele&
G 0oc est6 G Sarah a>irmou, conicta& $ eKplicou) G "orace
"alleck >oi indicado a papai por $well $ndicott& $, apesar de eu tamb5m
n!o simpati2ar muito com $well, sei #ue ele 5 um homem (ntegro& 7apai
con>ia em ambos plenamente e com toda a ra2!o& >inal, $well 5 seu
genro e 8amais >aria #ual#uer coisa para pre8udic6:lo&
'yler assentiu com um gesto de cabea& Fas 86 #ue haia
comeado a#uela inestiga!o, n!o #ueria oltar atr6s&
p<s uma s5rie de perguntas, conseguiu traar um #uadro
bem claro da situa!o) segundo Sarah, os >ardos de algod!o erampesados sob a superis!o de "orace "alleck e despachados pelo rio at5
o porto de Saannah, onde $well $ndicott tornaa a pes6:los e pagaa
ao sogro o preo correspondente&
Xs e2es, Beauregard Booker superisionaa a opera!o&
Projeto Revisoras 162
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Fas como tinha total con>iana no genro e no capata2, n!o se
importaa muito em checar os nEmeros& Claro #ue, depois do acerto de
contas, ele eri>icaa os liros de registros, com a a8uda de Sarah& Fas
trataa:se de um procedimento corri#ueiro, e n!o de uma inestiga!o
sobre os dados >ornecidos por "orace "alleck e $well $ndicott&
G 4!o ter6 sido uma estranha coincidncia o >ato da produ!o
comear a cair 8ustamente nos Eltimos dois anosJ G 'yler perguntou
ap<s um longo momento de re>leK!o&
G Como assimJ G Sarah indagou, sem entender&
G $stou apenas tentando conectar alguns >atos&
%embra:se de #ue "orace "alleck me disse #ue trabalha a#ui
h6 cerca de dois anosJ
Sarah >itou:o, a princ(pio, com espanto e, depois, com
incredulidade&
G 4!o creio #ue sira como proa da desonestidade de "orace
"alleck& >inal, ele mesmo disse #ue o solo ai se desgastando com o
tempo e&&&
G 0oc acreditou nessa desculpaJ G disse 'yler,
interrompendo:a&
G 4!o muito&&& Fas acho #ue "orace entende do assunto&
'yler cru2ou os braos&
G Diga:me, Sarah, n!o 5 comum nessa regi!o os capata2es
roubarem os plantadoresJ
G Claro& 7or isso mesmo $well $ndicott recomendou "orace
"alleck para papai) por tratar:se de um homem honesto&
G $ a>ora a opini!o de $well $ndicott, algu5m mais atestou a
Projeto Revisoras 163
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integridade de "orace "alleckJ
G Como poderia, se o primeiro emprego #ue ele conseguiu,
desde #ue chegou da Carolina do Sul, >oi como nosso capata2J li6s,
$well tamb5m 5 de l6& $ como conhecia "orace "alleck h6 muito tempo,conidou:o a ir para a ;e<rgia&
G 7or #ue "orace deiKou a Carolina do SulJ
G 4!o sei& 'ale2 achasse #ue a#ui encontraria mais chances
de trabalho&
G $ #uem era o capata2 antes de "oraceJ
G onathan Blake, mas ele se mudou para outra cidade& $nt!o,papai comentou com $well $ndicott #ue estaa M procura de um noo
capata2&
G $ $well $ndicott indicou seu amigo "orace "alleck G 'yler
concluiu&
Sarah sorriu, diertida&
G Sabe de uma coisa, #ueridoJ 0oc est6 parecendo umdetetie, >a2endo:me essa enKurrada de perguntas, #ue n!o lear!o a
lugar nenhum& 7or #ue n!o es#uecer essas descon>ianas, meu bemJ
G S< mais uma pergunta&&& G 'yler insistiu& G 7ossoJ
G Claro& O #ue #uer saberJ
G X #uanto tempo $well $ndicott est6 casado com $lla:aneJ
G DeiKe:me er&&& G Sarah >icou pensatia por algunsinstantes, mas, por >im, respondeu& G "6 cerca de dois anos, tale2 um
pou#uinho mais&
G $, antes do casamento, $well 86 compraa algod!o de seu
paiJ
Projeto Revisoras 164
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G 7apai endia para diersos compradores& Fas, depois do
casamento, resoleu trabalhar apenas com $well&
G Certo&&& G 'yler assentiu com ar compenetrado& De repente,
comentou) G 0oc 86 percebeu #ue >a2 dois anos #ue a sa>ra caiu, #ue$lla:ane casou:se com $well $ndicott, #ue "orace "alleck est6
trabalhando a#ui na >a2enda&&&
G $stou entendendo muito bem aonde oc pretende chegar
com esse racioc(nio G Sarah o interrompeu com um sorriso incr5dulo& G
0oc #uer proar #ue a #ueda da produ!o ocorreu por#ue tale2
"orace "alleck este8a roubando papai&&& t5 a(, acho impro6el, mas
tale2 alha a pena inestigar o assunto& 7or5m, supor #ue $well
$ndicott tenha algo a er com esses roubos, 5 no m(nimo uma grande
loucura&
G 7or #ue tem tanta certe2aJ
G 7or#ue $well 5 um homem rico e n!o precisa roubar
ningu5m&
G Fesmo assim, eu gostaria de checar a contabilidade de$well $ndicott& 4a erdade, bastaria con>erir o liro de registros do ano
passado& Se os dados coincidissem com os de Beauregard e de "orace
"alleck&&&
G Fas n!o h6 necessidade disso, #uerido& 0oc 86 comparou o
liro de "orace "alleck com o de papai& Os dados s!o idnticos $ 5
eKatamente isso #ue oc comproar6, s5 estudar a contabilidade de
$well $ndicott&
G $ poss(el #ue sim& Fas&&&
G 6 sei G Sarah completou& G 0oc gostaria de tirar a proa
dos noe&
Projeto Revisoras 165
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de grata surpresa& G uer di2er #ue n!o acha #ue estou sendo ulgar
ou indecorosa ao >alar assimJ
G o contr6rio, considero:a uma pessoa reolucion6ria e
sens(el& G $ntusiasmado, ele segredou) G 4o mundo de onde enho,as mulheres con#uistaram sua independncia& $ conseguiram ser
respeitadas n!o apenas como mulheres, mas tamb5m como indi(duos&
7ois s!o donas de seu pr<prio destino e 86 n!o deem uma cega
obedincia aos homens&
G 4!o diga G Sarah eKclamou com um largo sorriso&
G Sim& Claro #ue h6 eKceQes de ambas as partes& inda
eKistem homens e mulheres #ue n!o entenderam #ue, antes de
pertencer a um seKo ou a outro, uma pessoa é um indi(duo&&& .m ser
lire, capa2 de condu2ir sua pr<pria ida&
G 0oc di2 coisas t!o belas, como s< eKistem nos romances&
Fas ser6 #ue n!o est6 eKagerando, 'ylerJ
$le n!o respondeu de imediato& Como poderia, se estaa
>alando de um mundo #ue s< eKistiria dentro de cento e #uarenta e seisanosJ
Fais uma e2, 'yler sentiu:se tentado a contar toda a erdade
a Sarah&&& inda #ue passasse por um lun6tico&
G 0oc 5 t!o sonhador #uanto eu G ela >alou num tom
carregado de ternura&&
'yler deu:lhe a Enica resposta #ue poderia di2er tudo #ue lheia no (ntimo) um bei8o longo e apaiKonado& $ra incr(el o sentimento #ue
a#uela mulher lhe despertaa&&& .m sentimento #ue crescia a cada
momento, assumindo proporQes assustadoras& Se ao menos houesse
uma chance para ambos&&& G 7or #ue n!oJ G 'yler murmurou entre os
Projeto Revisoras 167
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bei8os&
G O #ue disse, #ueridoJ G ela indagou baiKinho&
'omado pela paiK!o #ue incendiaa:lhe o peito, 'yler procurou
decidir entre a sensate2 e a loucura&&& $ optou pela Eltima hip<tese&
Com a o2 rouca de emo!o, perguntou)
G 0oc me ama, #uerida&&& De erdadeJ
G Sim& G s >aces de Sarah estaam a>ogueadas, n!o apenas
pelo embarao, mas tamb5m pelo intenso dese8o #ue a consumia& G $u
te amo, 'yler dams& 4!o h6 mais nada no mundo de #ue eu tenha
tanta certe2a&
G $ oc seria capa2 de >ugir comigoJ
G 7ara 4oa RorkJ
G Sim&
Sarah sentiu:se, a um s< tempo, >eli2 e con>usa& Sabia muito
bem o #ue signi>icaria >ugir com 'yler dams para o norte&&&
4aturalmente, nunca mais tornaria a reer sua >am(lia, ou a pisarna#uela terra #ue tanto amaa&
7or outro lado, a id5ia de construir uma ida com 'yler dams
era mais do #ue apaiKonante& 4a erdade, era tudo o #ue ela dese8aa&
G 7ense bem nessa proposta, minha #uerida G disse 'yler& G
$u te amo muito e n!o suporto a id5ia de deiK6:la para tr6s& Fas sei #ue
nunca mais poderei oltar a#ui depois de partir&
G Sim G Sarah a#uiesceu com um suspiro& 7or um longo
tempo, discorreu a respeito de seus sentimentos e dEidas& $, ent!o,
desculpou:se) G 7erdoe:me, #uerido& $stou t!o con>usa& Sua proposta
me deiKou >eli2 e perturbada ao mesmo tempo&
Projeto Revisoras 168
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G I natural #ue se sinta assim, meu amor G 'yler con>ortou:a&
G Fas n!o se precipite, est6 bemJ -e>lita com calma e tente chegar a
uma conclus!o&
G $st6 bem& G 4o (ntimo de Sarah, ia se delineando umadecis!o& >inal, a id5ia de di2er adeus a 'yler dams era simplesmente
aterrori2ante&&& $ ela pagaria todos os preos para passar o resto da ida
ao lado da#uele homem #ue roubara:lhe o cora!o&
G 0oc 5 t!o bonita G 'yler disse baiKinho, bei8ando:lhe os
olhos, a ponta do nari2, os l6bios ermelhos e sensuais&
G 0oc >e2 com #ue eu me sentisse bonita G ela respondeu
num tom #uase inaud(el& G Sabe #ue, at5 poucos dias atr6s, eu me
achaa >eia e desa8eitadaJ
G /magine G $le sorriu& G 4a#uela noite em #ue cheguei,
mal pus os olhos em oc e 8ulguei #ue estiesse diante de um an8o&
G 0erdadeJ
G uro&&&
G Oh, 'yler&&&
G Sarah&&&
.m noo bei8o selou a#uelas palaras e, por >im, #uando os
l6bios se a>astaram, ela comentou)
G Se n<s >ugirmos 8untos, acho #ue ou estranhar muito 4oa
Rork& >inal, sou uma caipira da ;e<rgia e com certe2a >arei oc passar
ergonha&
G 4!o >ale assim G 'yler censurou:a num tom carinhoso& G
$u 8amais me energonharei de oc, pode acreditar nisso& Fas deo
di2er, #uerida, #ue realmente a estou conidando para um mundo
noo&&& $ muito mais surpreendente do #ue possa imaginar& G 'omado
Projeto Revisoras 169
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por um sentimento de ousadia, ele acrescentou) G 4a erdade, oc ai
aanar #uase um s5culo e meio at5 o >uturo&
$la assentiu com seriedade)
G $ntendo o #ue #uer di2er& 6 li 6rios artigos sobre 4oaRork& 'rata:se de um $stado muito mais desenolido do #ue a ;e<rgia,
n!oJ
I agora ou nunca, 'yler decidiu em pensamento& 7odia ser uma
loucura reelar a Sarah #ue ele inha do >uturo&&&
Fas, em nome do amor, ele resoleu arriscar& $m nome
da#uele sentimento poderoso, #ue eKistia para al5m do passado,presente ou >uturo&&& 0alia a pena tentar&
'omando o rosto de Sarah entre as m!os, ele >itou:a ,
longamente, bem dentro da#ueles olhos cor de mel #ue tanto o
en>eitiaam&
G 0oc&&& parece ter algo mais a di2er G ela >alou, percebendo
a intensidade do momento&
G Sim, minha #uerida& Fas estou com muito medo de #ue n!o
acredite em mim&
G Como pode pensar isso, meu amorJ Ser6 #ue ainda n!o lhe
dei proas su>icientes da con>iana #ue tenho por ocJ
$le lhe acariciou os cabelos castanhos e tomou:lhe as m!os&
rmando:se de coragem, abordou diretamente o assunto&
G O #ue ou lhe contar agora lhe parecer6 um grande
absurdo, #uerida& Fas 8uro pela minha ida e pelo nosso amor #ue tudo
o #ue eu disser ser6 erdade&
G Lale, meu bem G Sarah pediu docemente& G $stou
comeando a >icar curiosa&
Projeto Revisoras 170
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$le tomou >=lego e indagou)
G 0oc 86 ouiu >alar de iagens atra5s do tempoJ $la >itou:o,
um tanto con>usa& $speraa ouir algo
t!o mais s5rio do #ue a#uela pergunta boba&
G 0ou tentar de outra >orma& G 'yler n!o conseguia controlar
a ansiedade& G $scute, se eu lhe dissesse #ue enho do >uturo, oc
acreditariaJ
Sarah >itou:o, desconcertada, e, ent!o, desatou a rir&
G 0oc e suas brincadeiras Decididamente, os natios de
4oa Rork possuem um senso de humor peculiar& $u estaa crente de#ue ia me reelar algo important(ssimo e, no entanto, tudo n!o passaa
de mais um grace8o&&&
G $u realmente enho do >uturo G ele repetiu num tom
solene& G uro por tudo o #ue 5 mais sagrado #ue, embora essa
a>irma!o parea pura >ic!o, 5 rea.
G Oh sim, #uerido G ela concordou com eKagerada seriedade&
4!o estaa entendendo o motio da#ueles grace8os de 'yler& Fas decidiu
participar da brincadeira& G 0oc em do >uturo, 5 claro&&& Fas por #ue
n!o me contou isso antesJ
G Sarah, pelo amor de Deus, oc tem de acreditar em mim
4asci no ano de 19+A e tenho trinta e seis anos& ntes de ir para c6
na#uela noite, com Clayton Hillis, eu estaa em 4oa Rork, mais
precisamente em Fanhattan, no ano de 199+& 'rabalho comopublicit6rio, #ue 5 uma pro>iss!o #ue ainda nem >oi inentada em 1?@A&
Foro num edi>(cio de oito andares, num bairro bastante agrad6el e&&&
O riso cristalino de Sarah o >e2 interromper:se& 7or5m, ap<s
alguns momentos de hesita!o, 'yler resoleu insistir& 'ale2 assim
Projeto Revisoras 171
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Sarah acreditasse em suas palaras&
Fas >oi em !o& 'omado por uma ansiedade crescente, 'yler
>alaa sobre carros, tele>ones, teleis!o, cinemas, aenidas, iadutos,
computadores&&& $n>im, tudo o #ue era t!o comum ao s5culo inte&$ntretanto, Sarah, longe de se impressionar, continuaa rindo
como uma criana&
G sua imagina!o 5 incrielmente >5rtil G ela comentou,
deliciada& G 4unca, em toda minha ida, conheci uma pessoa t!o
criatia, Diga:me, #uerido, 86 pensou em escreer essas hist<riasJ $le
suspirou&
G 4o mundo de onde enho, pode:se encontrar hist<rias assim
nos 8ornais, nas reistas e em outros meios de comunica!o& S< #ue
ningu5m se surpreende com elas&
G Basta G Sarah eKclamou, contendo o riso& G $u adoraria
>icar a#ui, ouindo suas piadas, mas agora 86 5 tarde e preciso me
recolher& G 'ocando os l6bios de 'yler com os seus, num gesto t(mido,
despediu:se)
G Boa noite, #uerido&
G Sarah&&& G $le a segurou pelo brao& G $m nome de #u,
oc #uer #ue eu 8ure #ue estaa >alando a erdadeJ
G Ora, pare com isso, meu bem& $u adorei a brincadeira,
mas&&&
G 4!o se trata de uma brincadeira, #uerida& $u realmenteenho do s5culo YY G $, es>orando:se para parecer o mais
conincente poss(el, 'yler contou:lhe sobre o por!o de Booker*s Nnoll, a
propriedade #ue Clayton Hillis haia alugado& Lalou tamb5m sobre o
medo de #ue 0allen aterrasse o local e concluiu) G Se eu n!o >ugir
Projeto Revisoras 172
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antes disso, >icarei para sempre preso, neste s5culo& $ Clayton Hillis
nunca mais poder6 oltar a#ui para os 8ogos de p=#uer&&
G Santo Deus, #uerido G Sarah meneou a cabea, um tanto
con>usa& G 0oc n!o acha #ue est6 eKagerando nessa >ic!oJG 4!o, meu amor G ele protestou com eemncia&
G $ se oc duida de mim, pergunte a Clayton Hillis& $le
con>irmar6 #ue tamb5m pertence ao ano de 199+ e #ue ie em 4oa
Rork, a cento e #uarenta e seis anos desta 5poca&
G $st6 bem G ela assentiu num tom s5rio&
esperana acendeu:se no& cora!o de 'yler dams&
G uer di2er #ue acredita em mimJ
$la caminhou at5 a porta e oltou:se para >alar)
G 7erdoe:me se Ms e2es lhe pareo in6bil, ou di>(cil de
perceber as coisas& 'ale2 a regra desse 8ogo se8a eu >ingir #ue acredito
em suas hist<rias&&& G Com um sorriso maroto, como o de uma criana
em meio a um >olguedo, ela a>irmou) G Sr& 'yler dams, eu creio emtudo o #ue me contou e gostaria muito de ia8ar pelo tempo e aportar a
cento e #uarenta e seis anos da#ui&
esperana #ue, por um instante, haia se acendido em 'yler
dams consumiu:se r6pido, como uma estrela cadente&
4um tom complacente, Sarah indagou)
G gora #ue 86 >i2 minha parte, como 5 #ue a brincadeira
continuaJ
G Com um bei8o de boa:noite G 'yler respondeu,
aproKimando:se& 'omou:a nos braos e bei8ou:a uma e2 mais& $nt!o,
abriu:lhe a porta e >orou um sorriso& G t5 amanh!, meu amor&
Projeto Revisoras 173
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G t5&&& Durma bem, 'yler&
G 0oc tamb5m, #uerida& G $le >echou a porta deagar e
apoiou:se M parede& Decididamente, haia se portado como um tolo& G
$, agora, ela me acha um maluco G pensou em o2 alta& caminho de seu #uarto, Sarah tentaa eitar um pensamento
inc=modo&&& $ra erdade #ue amaa 'yler dams e #ue n!o tinha
dEidas a esse respeito& Seu cora!o pulsaa por a#uele homem, e ela o
seguiria aonde #uer #ue >osse&
Fas haia algo #ue a perturbaa) o estranho senso de humor
de 'yler& $le era, realmente, muito engraado e criatio& Fas escolhia
cada momento impr<prio para brincar
'ale2 esse tipo de 8ogo se8a comum nos $stados do norte& S<
#ue eu, uma autntica caipira da ;e<rgia, nunca soube disso, ela
pensou&
Sim&&& 'ale2, #uando chegasse em 4oa Rork, pudesse se
inteirar das brincadeiras e at5 aprender a inentar hist<rias t!o
>ant6sticas #uanto as #ue 'yler criaa&
Sarah sorriu, en#uanto abria a porta de seu #uarto& li estaa
ela, cogitando sobre o >uturo& cabaa de pensar em quando chegasse a
4oa Rork&&& $ n!o se chegasse
$m outras palaras, sua decis!o 86 estaa tomada& Lugiria com
'yler dams, apesar de todos os riscos e de todos os preos& $ra isso o
#ue seu cora!o pedia&&& $ Sarah nem pensaa em desobedec:lo
CAPÍTULO XII
Projeto Revisoras 174
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G $stamos com sorte G Sarah in>ormou a 'yler no dia
seguinte& G $well $ndicott e $lla:ane ir!o 8antar conosco ho8e& $m
seguida, papai ai conidar oc e $well $ndicott para 8ogar p=#uer&
ssim, terei chance de >icar a s<s com $lla:ane e pedir:lhe #ue nos
a8ude&
G Utimo& 'udo o #ue ela precisar6 >a2er 5 tomar emprestado o
liro de registros de $well $ndicott, re>erente M partida de algod!o #ue
ele comprou de seu pai no ano passado&
G 4!o ser6 nada >6cil para $lla:ane, mas creio #ue ela >ar6 de
tudo para nos apoiar&
G $ eu serei eternamente grato a $lla:ane G 'yler a>irmou&
Sarah relutou, antes de anunciar)
G gora, tenho uma not(cia n!o muito agrad6el&
G Diga, meu bem G 'yler pediu, apreensio&
G I #ue "orace "alleck tamb5m participar6 do p=#uer de ho8e
M noite, 86 #ue Clayton Hillis est6 proibido de oltar a nossa casa&
G 7or #ue seu pai n!o conida ohn FcCully, em e2 de "orace
"alleckJ G 'yler resmungou&
Sarah suspirou com triste2a&
G 7apai est6 muito descon>iado de oc depois da#uela
tentatia de >uga& 7or isso, n!o #uer #ue ohn FcCully participe do
p=#uer& cha #ue ele poder6 se distrair e&&&
G 6 entendi G 'yler assentiu, aborrecido& Licou pensatio por
um longo momento e, ent!o, tee uma id5ia& G $i&&& tale2 o >ato de
"orace estar presente no 8ogo de ho8e M noite n!o se8a t!o ruim assim&
G 7or #ue di2 issoJ
Projeto Revisoras 175
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G 7or#ue assim eu e ohn FcCully teremos tempo de eri>icar
algo #ue est6 me intrigando&&&
G Como assim, 'ylerJ
G uero dar uma olhada no galp!o onde "orace "alleck pesaos >ardos de algod!o&
G 7or #uJ
G ;ostaria de eri>icar a eKatid!o da#uela balana imensa e
complicada& ohn FcCully poder6 me acompanhar e ningu5m perceber6
nada, pois todos estar!o 8ogando p=#uer&
G ?oc8 tamb5m estar6 G Sarah contrap=s& G $s#ueceu:sedissoJ
'yler sorriu com ar misterioso&
G Digamos #ue um pe#ueno atraso n!o >ar6 nada mal&
G Como assim, #ueridoJ
G Bem, suponho #ue o 8ogo comear6 pouco depois do 8antar,
certoJ
G Sim&
G Fas se eu e ohn FcCully dermos uma corrida at5 o galp!o
e oltarmos rapidamente, tale2 Beauregard nem d pela nossa >alta&
Sarah assentiu com um sorriso& Fas, no (ntimo, n!o acreditaa
#ue as suspeitas de 'yler tiessem >undamento&
$well $ndicott e $lla:ane chegaram no >inal da tarde& Sarah
#uis conersar a s<s com ela, mas >oi imposs(el& 0allen, muito eu><rica,
n!o paraa de tagarelar sobre o casamento, cu8a data se aproKimaa& O
8antar >oi serido por olta de seis horas& mesa, estaam Beauregard
Booker e as >ilhas, 'yler dams, $well $ndicott e um conidado) "orace
Projeto Revisoras 176
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"alleck&
0allen, #ue parecia estar no auge da >elicidade, continuaa
sendo o centro das atenQes&
G 6 lhes contei #ue pretendo criar gansos e patos l6 emBooker*s NnollJ
G 0oc 86 disse isso uma de2ena de e2es, mana
G $lla:ane comentou&
G $nt!o 86 lhe >alei a respeito do lago arti>icial&&&
G ue oc ai caar no gramado #ue >ica nos >undos da
mans!oJ G $lla:ane completou& G Sim, 0allen, 86 estou sabendo de
todos os seus planos nos m(nimos detalhes&
0allen sorriu, satis>eita&
G 7ois 5V amanh! mesmo, um grupo de escraos comear6 o
trabalho&
G manh!J G 'yler repetiu, empalidecendo&
G Sim, #uerido& 6 temos permiss!o para isso& G 0oltando:se
para Beauregard, pediu sua concordTncia&
G 4!o 5 mesmo, papaiJ
Beauregard a#uiesceu com um gesto de cabea& $ 'yler sentiu
um n< na garganta& Soreu um gole de inho, mas engasgou:se e #uase
chegou a su>ocar&
Se de >ato os escraos comeassem a caar o lago na manh!
seguinte, n!o tardariam a aterrar o por!o da mans!o&&& $, assim, ele
>icaria preso para sempre no passado&
G $i, rapa2, n!o se8a t!o a>oito G disse Beauregard com ar
complacente& G >inal, temos inho de sobra&&& $, se oc sabore6:lo
Projeto Revisoras 177
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com ohn FcCully sobre a id5ia de ir at5 o galp!o, para inspecionar a
balana onde o algod!o era pesado& $ o caub<i concordara em a8ud6:lo&
G 0oc parece muito tenso G ohn FcCully >alou, en#uanto
caminhaam&G $ n!o 5 para menos G 'yler disse, apressando o passo&
G 7rocure se acalmar, amigo G ohn FcCully recomendou& G
O nerosismo 5 um p5ssimo conselheiro, como oc dee saber&
G I #ue est6 di>(cil manter o controle&
G /magino #ue sim, 'yler& $ se oc #uiser desaba>ar, estou Ms
ordens&
G Obrigado, amigo& Fas pre>iro guardar as energias para
caminhar mais r6pido G 'yler respondeu, comoido com a solidariedade
do caub<i&
Claro #ue n!o podia contar a ohn FcCully o erdadeiro motio
de sua in#uieta!o& Se lhe >alasse sobre o por!o da casa de Booker*s
Nnoll e suas estranhas propriedades de condu2ir pessoas atra5s do
tempo, certamente seria tomado por um louco& $ 86 tiera uma triste
eKperincia com Sarah sobre isso&
Cerca de #uin2e minutos depois, ambos chegaram ao galp!o&
Leli2mente, a noite estaa clara, embora o plenilEnio houesse
passado h6 poucos dias& Fesmo assim, a lua cheia a caminho da
minguante propiciaa uma boa claridade&
porta do galp!o estaa apenas encostada, mas era bastante
pesada&
G DeiKe:me cuidar disso amigo G ohn FcCully pronti>icou:se&
G 0oc est6 se recuperando de um >erimento e n!o dee >a2er es>oros&
G Sem grandes di>iculdades, ele a>astou a porta&
Projeto Revisoras 179
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4o interior do galp!o, uma lamparina iluminaa o ch!o de terra
batida, #uase inteiramente ocupado pelos >ardos de algod!o&
G manh!, "orace "alleck deer6 despachar uma noa
partida para o porto de Saannah G ohn FcCully obserou&G I o #ue parece, amigo G disse 'yler, pegando a lamparina e
aproKimando:se da balana& G gora, #uero s< er como >unciona esse
mecanismo complicado&&&
4a sala de re>eiQes, o 8antar chegaa ao >im& $rguendo:se,
Beauregard Booker ordenou a %ouis #ue serisse ca>5 e licores na sala
para os homens&
0allen, a preteKto de cuidar do enKoal, retirou:se para o
#uarto& $, assim, Sarah e $lla:ane puderam conersar a s<s&
Fas, depois de ouir a irm!, $lla:ane reagiu muito mal)
G 0oc est6 me pedindo para >a2er algo muito arriscado,
maninha& Se $well descobrir #ue peguei o tal liro de registros, ir6 me
dar uma surra&
Sarah riu&
G Ora, n!o se8a t!o dram6tica&
G cha mesmo #ue estou eKagerandoJ G $lla:ane perguntou,
o>endida& G 7ois, ent!o, saiba #ue meu marido 5 capa2 de me agredir
por muito menos do #ue isso&
Sarah arregalou os olhos&
G 0oc est6 #uerendo di2er #ue $well $ndicott&&&
G $le me espanca sempre #ue bebe demais, ou #ue >ica muito
neroso com os neg<cios& G Com a o2 embargada, $lla:ane resumiu)
G Sou uma mulher pro>undamente in>eli2, irm!2inha&
Projeto Revisoras 180
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G 7ois bbigail costumaa di2er #ue a ida 5 in>initamente
mais bela do #ue #ual#uer sonho& $ #ue um momento de >elicidade real
ale mais do #ue um s5culo de >elicidade sonhada&
G credito nisso tamb5m& $lla:ane suspirou&G S< #ue eu nunca >ui >eli2 com $well $ndicott, nem se#uer
por um segundo&
G 0oc teria iido muitos momentos belos, se houesse se
casado com Clayton Hillis G Sarah ousou di2er&
G Clayton n!o me ama&
G 7ois 'yler 8urou:me #ue Clayton a #uer mais do #ue a#ual#uer outra pessoa no mundo&
$lla:ane >itou:a com ar surpreso, mas depois meneou a
cabea num gesto de incredulidade&
G 4!o pode ser& >inal, se Clayton Hillis me amasse, teria
pedido minha m!o a papai&
G Fas Clayton nunca >oi t!o rico #uanto $well $ndicott GSarah ponderou& G $, por isso mesmo, papai 8amais permitiria o
casamento entre ocs&
G o menos eu teria o consolo de saber #ue Clayton haia
tentado me desposar& Fas nem isso ele >e2& G Com um suspiro, $lla:
ane indagou) G prop<sito, por onde ele andaJ
Sarah tomou >=lego e preparou:se para dar:lhe a triste not(cia
de #ue Clayton Hillis estaa proibido de pisar na#uelas terras&
$lla:ane recebeu o >ato com um misto de triste2a e
resigna!o& >inal, o #ue mais poderia >a2er, sen!o con>ormar:seJ
7ouco depois, ohn FcCully e 'yler dams retornaram do
Projeto Revisoras 182
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passeio& Sarah #uis conersar com 'yler, mas n!o conseguiu, pois
Beauregard 86 estaa >urioso com a demora de ambos e decidiu comear
o 8ogo imediatamente&
4unca, em toda sua ida, 'yler poderia acreditar #ue algum dia>icaria entediado em meio a algumas rodadas de p=#uer& >inal, esse era
o 8ogo de #ue ele mais gostaa& $ntretanto, na#uela noite, ele nem
conseguia concentrar:se nas cartas& $ mal podia esperar pelo >inal do
8ogo&
O encedor da noite >oi Beauregard Booker, #ue estaa de
<timo humor& 6 'yler n!o haia ganhado se#uer uma aposta&
$ra #uase meia:noite, #uando Beauregard deu a partida por
encerrada&
Sarah 86 haia se retirado para o #uarto, bem como $lla:ane,
#ue passaria a noite ali com o marido&
ohn FcCully, sentado a um banco de madeira, pr<Kimo M
mesa de 8ogo, parecia um tanto in#uieto&
"orace "alleck e $well $ndicott decidiram tomar um licor na
aranda, por sugest!o de Beauregard Booker, #ue estaa muito >eli2 por
ter sido o itorioso da noite&
G Laam um brinde por mim, rapa2es&
G 4!o ai nos acompanhar nesse Eltimo drin#ue, sr& BookerJ
G perguntou o capata2 num tom subseriente&
G 4!o, meu caro& Bebam ocs& 'udo o #ue dese8o agora 5subir para meu #uarto e dormir&
G $ #uanto ao senhorJ G "orace "alleck oltou:se para 'yler
dams& G 0ai nos dar a honra de sua companhiaJ
Se hipocrisia matasse, oc cairia >ulminado agora mesmo,
Projeto Revisoras 183
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'yler pensou, antes de di2er)
G 4!o, obrigado& cho #ue 86 bebi demais por ho8e&
G /magine, >ilho G Beauregard comentou, rindo& G 0oc
apenas tomou meio copo de inho e engasgou:se&
G 7ara mim, >oi o su>iciente G 'yler a>irmou&
G Bem, com licena G disse $well $ndicott, pegando a garra>a
de licor de sobre uma mesinha baiKa& G 6 #ue n!o #uerem nos
acompanhar, amos tomar um drin#ue por n<s&&& $ outro por ocs&
"orace "alleck riu, diertido& $ seguiu $well em dire!o M
aranda&
proeitando a oportunidade de estar a s<s com Beauregard,
'yler indagou)
G Ser6 #ue poder(amos conersar no seu escrit<rio por alguns
minutosJ
G "o8e n!o, >ilho& Se #uer tratar de algum assunto relatio ao
casamento, deiKe para amanh!& li6s, oc ter6 mesmo de ir M cidadenos pr<Kimos dias, para assinar alguns pap5is&
G Sr& Beauregard Booker, tenho de in>orm6:lo a respeito de
algo muito grae e 8uro #ue n!o lhe tomarei muito tempo G 'yler
insistiu& G Fas n!o posso esperar at5 amanh!&
O >a2endeiro >itou:o com ar intrigado&
G Do #ue se trata, >ilhoJ 'yler olhou ao redor&
G s paredes tm ouidos, sr& Booker& I melhor irmos at5 seu
escrit<rio&
G uanto mist5rio G Beauregard deu de ombros& G $n>im,
como estou de bom humor, ou atender seu pedido& Fas espero #ue o
Projeto Revisoras 184
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assunto se8a realmente importante, heinJ Caso contr6rio, >icarei
>urioso&
O senhor >icar6 >urioso, sim, mas n!o comigo, 'yler respondeu
em pensamento&ohn FcCully seguiu ambos at5 a sala de estar e acomodou:se
numa poltrona, en#uanto 'yler e Beauregard Booker entraam no
escrit<rio&
G gora a coisa ai >erer G o caub<i murmurou, esticando as
pernas&
Sentado diante da escrianinha de Beauregard Booker, 'ylerresoleu abordar diretamente o assunto&
Lalou sobre sua descon>iana a respeito de "orace "alleck, a
coincidncia entre a redu!o da produ!o e a contrata!o do capata2, e,
por >im, concluiu)
G 'udo isso #ue acabei de lhe contar poderia ser um
amontoado de suspeitas in>undadas, caso eu n!o tiesse encontrado
uma proa de>initia contra "orace "alleck&
G $ #ue proa >oi essaJ G Beauregard Booker indagou, o rosto
rubro de raia&
G -esoli eri>icar o mecanismo da balana #ue pesa os >ardos
de algod!o, antes de serem despachados para o porto de Saannah&
G $ ent!oJ
G O >iel da balana >oi alterado por um (m!& 7osso lhe mostrar
como >unciona esse mecanismo, se #uiser& Fas, em resumo, o (m!
altera o peso dos >ardos em cerca de inte e cinco #uilos& $ imagine o
#ue representam inte e cinco #uilos a menos em cada 'ardo
despachado para Saannah
Projeto Revisoras 185
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G 4!o 5 poss(el G Beauregard eKclamou, horrori2ado&
G $u n!o lhe diria isso, se n!o tiesse absoluta certe2a do #ue
i e comproei&
G #uele canalha G Beauregard prague8ou entre os dentes&G 0ou mat6:lo agora mesmo
G 4!o creio #ue essa solu!o iolenta resola o problema,
senhor& 'ale2 "orace "alleck dea apenas ser indiciado por roubo e,
naturalmente, despedido&
G $ o pobre $well $ndicott, #ue con>iaa tanto na#uele
bastardo Como $well reagir6 a essa not(ciaJ Licar6 arrasado comcerte2a&
.ma lee batida na porta interrompeu a conersa& 'yler
leantou:se e imediatamente atendeu& $ra ohn FcCully&
G Lora da#ui, caub<i G Beauregard Booker ordenou& G
$stamos tratando de um assunto importante&
G $ 5 por isso mesmo #ue im cham6:lo, sr& Booker G ohn
FcCully a>irmou&
G O #uJ G Beauregard e 'yler indagaram, con>usos&
G 7or >aor, se #uerem realmente esclarecer o roubo nos
>ardos de algod!o, enham comigo agora&&& $ depressa
G Como se atree a me dar ordens, seu cretinoJ G
Beauregard repreendeu:o, indignado&
ohn FcCully pediu:lhe silncio com um gesto e insistiu)
G 0ou tentar eKplicar rapidamente) o sr& $ndicott e o capata2,
"orace "alleck, est!o conersando l6 na aranda& 7or puro acaso, captei
alguns trechos&&& $ acho #ue o senhor deeria oui:los tamb5m& G
Projeto Revisoras 186
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$ncarando Beauregard Booker, acrescentou) G Se demorar muito, 86
ser6 tarde&
'yler e Beauregard entreolharam:se&
G 0amos G 'yler ousou ordenar& $ o elho >a2endeiroa#uiesceu&
passos largos, mas silenciosos, os trs atraessaram a sala
de estar e pararam 8unto a uma 8anela, de onde podiam diisar os ultos
de "orace "alleck e $well $ndicott, #ue conersaam& pesar de >alarem
num tom discreto, as o2es soaam claramente&
G Fas oc tem mesmo certe2a de #ue o ian#ue descon>ia dealguma coisaJ G $well $ndicott indagaa&
G I a terceira e2 #ue oc me pergunta isso G "orace
protestaa&
G uero apenas me certi>icar, oras&
G 6 lhe disse #ue ele est6 de olho em mim&
G Fas por #uJG 4!o sei&&& 4!o suporto a#uele maldito ian#ue, sabeJ $ tenho
um mau pressentimento a respeito dele&
G Fas o #ue a#uele cretino poder6 >a2er contra n<sJ
G Ora, se ele descobrir #ue&&&
G Li#ue de olho no homem e n!o o deiKe aproKimar:se da
balana G $well ordenou, interrompendo:o&
G Como posso impedi:lo de entrar no galp!oJ >inal, ele 5 o
>uturo genro do e"o.
G 4!o se preocupe& Se ele importun6:lo noamente, d um
8eito de distra(:lo e desmonte o mecanismo da balana& $m seguida,
Projeto Revisoras 187
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mande me aisar do ocorrido, #ue eu >arei o mesmo com a minha
balana l6 em Saannah&
G Fas e se ele >or l6 no galp!o, #uando eu n!o estierJ Se
descobrir o mecanismo e resoler denunciar:me ao elhoJG /sso n!o acontecer6&
G Como pode ter certe2a, $wellJ
G Ora, o homem est6 sendo igiado pelo caub<i&
G $ da(J O caub<i at5 parece #ue gosta dele&
G Calma, "orace& 0oc est6 se apaorando M toa& 7rocure se
acalmar e >i#ue de olho no ian#ue& 'ale2 oc acabe descobrindo #ue
seus temores n!o tm o menor >undamento&
G $ se tieremJ
G 0ou lhe di2er uma coisa, "orace&&& Se o maldito ian#ue >alar
mal de oc para o e"o# eu me encarregarei de de>end:lo& Ser6 a
minha palara contra a de um ian#ue& $ tenho certe2a de #ue o e"o
me dar6 cr5dito& O pobre idiota con>ia tanto em mimG Fuito obrigado, $well& $ra isso o #ue eu precisaa ouir&
G Ora, oc sabe #ue sempre pode contar comigo&
G Digo:lhe o mesmo, $well& 0oc sabe o #uanto lhe sou >iel&
'enho agido de acordo com suas ordens desde #ue cheguei a esta
>a2enda&
G $u sei, "orace& $ agora es#uea esse assunto desagrad6el,est6 bemJ G Depois de sorer os Eltimos goles de licor, $well atirou a
garra>a no gramado& G Droga cabou:se a bebida, amigo& I melhor
irmos dormir&
G cabou:se tamb5m a pati>aria de ocs, seus bastardos G
Projeto Revisoras 188
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di2endo)
G i, #ue coisa desagrad6el essa discuss!o no meio da noite&
Os homens s!o t!o brutos&&&
G $lla:ane, olte 86 a#ui G $well $ndicott bradou num tomameaador&
G 4unca mais obedecerei suas ordens, $well G $lla:ane
gritou do interior da casa&
G Se n!o me obedecer agora, ou mat6:la G $well $ndicott
estaa >ora de si&
G Cale a boca G Beauregard ordenou& $ olhando de $well$ndicott para "orace "alleck, sentenciou) G 0ocs dois est!o presos&
0oltando:se para ohn FcCully, ordenou) G Cuide deles, caub<i&
ohn >e2 um gesto hesitante, e Beauregard indagou)
G O #ue h6J 4!o ouiu a minha ordemJ
G $ #ue&&& Bem, eu&&& deiKei minha arma ali dentro, na sala&
G $is a( uma boa not(cia& G "orace riu, puKando um elhore<ler do bolso do palet<& Olhando para ohn FcCully com despre2o,
continuou) G $u nem de longe tentaria ser mais r6pido no gatilho do
#ue oc, caub<i& Fas parece #ue sua inteligncia 5 bem menor do #ue
sua habilidade no gatilho&
G $u estaa limpando o re<ler, #uando oui sua conersa
su8a com $well $ndicott G ohn FcCully resmungou& G Da(, resoli
chamar o sr& Beauregard Booker e 'yler o #uanto antes& Loi por isso #ue
es#ueci de recoloc6:lo no coldre, seu cretino&
G $st6 endo s<, amigoJ G "orace oltou:se para $well
$ndicott& G sorte continua do nosso lado&
Projeto Revisoras 190
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G 4em tanto G 'yler gritou, saltando sobre "orace "alleck e
8ogando:o no ch!o&
$well $ndicott tentou impedi:lo, mas ohn FcCully segurou:o&
4uma manobra r6pida e contando com o >ator surpresa# 'ylersimplesmente conseguiu arrancar o re<ler da m!o de "orace e atir6:lo
longe&
G 7or #ue >e2 isso, >ilhoJ G Beauregard repreendeu:o& G 0oc
8ogou >ora a Enica arma com #ue poder(amos deter esses pati>es&
G $st6 enganado, senhor G disse 'yler, erguendo:se e
recuando um passo, en#uanto sacaa o re<ler #ue Clayton Hillis lhe
trouKera de 4oa Rork&
'odos o olharam, espantados& $ 'yler decidiu n!o perder
tempo&
G ohn, 6 procurar %ouis e pea:lhe para arran8ar algumas
cordas&
G I para 86, amigo& G $ o caub<i a>astou:se&
G 0oc pretende me entregar Ms autoridades, 'yler damsJ G
$well $ndicott perguntou&
G 4aturalmente #ue sim& $well comeou a rir&
G $ oc acha #ue >icarei preso se#uer por algumas horasJ
Sou um homem rico, seu ian#ue maldito $ tenho muita in>luncia 8unto
Ms autoridades, est6 ouindoJ
G /n>eli2mente, isso 5 erdade G Beauregard comentou& G
$sse canalha ai se lirar da cadeia em bem pouco tempo, 8untamente
com seu comparsa&
G uer di2er #ue na ;e<rgia do passado também eKistia
corrup!o e tr6>ico de in>luncias&&& G disse 'yler, como se para si&
Projeto Revisoras 191
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G O #uJ G Beauregard >itou:o, con>uso&
G Oh, nada, senhor& $u estaa pensando em o2 alta&
7ouco depois, deidamente imobili2ados, $well $ndicott e
"orace "alleck >oram colocados numa grande carroa #ue, na manh!seguinte, seguiria para Saannah& O pr<prio ohn FcCully o>ereceu:se
para transportar os prisioneiros& Fas Beauregard Booker >a2ia #uest!o
de cuidar desse encargo pessoalmente&
CAPÍTULO XIII
: deus, meu #uerido noio G 0allen acenaa da carroa, #ue
se a>astaa leando:a para Saannah 8untamente com Beauregard
Booker e os dois prisioneiros&
'yler nem se#uer respondeu ao aceno& $staa deprimido e
>urioso&
De nada adiantara >a2er a#uele grande >aor a BeauregardBooker #ue, embora se mostrasse pro>undamente grato, continuaa
decidido a >a2:lo casar:se com 0allen&
G 7apai, se8a generoso, atenda o pedido de 'yler e cancele o
casamento& G Sarah haia implorado, en#uanto os trs conersaam
durante a madrugada& G $u, $lla:ane e o pr<prio 'yler sabemos #ue ele
5 inocente e #ue nunca tocou se#uer num >io de cabelo de 0allen&
G Cale a boca, menina& 0oc est6 misturando um assunto com
o outro& O >ato de ter uma d(ida de gratid!o com 'yler n!o signi>ica #ue
aceite o >ato de ele ter estragado a ida e a reputa!o de 0allen&
G Fas 5 mentira, papai $le n!o iolentou 0allen&
Projeto Revisoras 192
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G 6 chega& G $ Beauregard eKpulsara Sarah da sala,
ordenando:lhe #ue subisse para o #uarto&
O pr<prio ohn FcCully, #ue mantinha:se alheio M conersa,
resolera interir)G Sr& Booker, sei #ue esses problemas n!o s!o de minha
conta& Fas sinto:me no deer de a>irmar #ue 'yler dams 5 inocente&
G Li#ue >ora disso, caub<i G Beauregard respondera,
aborrecido& G $stou tratando de um assunto de >am(lia e n!o aceito
intromissQes&
O caub<i dera de ombros, mas insistira em opinar)G Laa como #uiser, senhor& De minha parte, sinto:me grato a
'yler dams&&& 7ois se ele estaa armado o tempo todo, bem poderia ter
me acertado um tiro #uando #uisesse& $ n!o o >e2, embora estiesse
ansioso para >ugir& /sso proa #ue ele 5 um homem honrado e #ue
deemos acreditar em sua palara& $ se ele di2 #ue n!o iolentou sua
>ilha, 5 por#ue&&&
G 6 chega, caub<i G Beauregard o interrompera, mandando:
o retirar:se imediatamente& s<s com 'yler, acabara por con>essar) G
'ale2 eu deesse mesmo atender seu pedido e dispens6:lo do
casamento com minha >ilha&&& Fas acontece #ue me a>eioei a oc& $
estou gostando muito da id5ia de t:lo como genro&
G $nt!o, deiKe:me casar com Sarah, pois eu a amo&
Beauregard hesitara, mas, por >im, recusara o pedido)
G Sarah 5 a caula& $ n!o deer6 casar:se antes de 0allen,
#ue 5 mais elha& 4!o seria 8usto&
G $ o senhor chama de 1usto o ato de obrigar:me a desposar
uma mulher em #uem nunca to#uei e por #uem n!o sinto um pingo de
Projeto Revisoras 193
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amorJ
G 0oc se acostumar6 com ela, >ilho& $, algum dia, ir6 me dar
ra2!o&
$ra por isso #ue, agora, 'yler sentia:se p5ssimo& Somente um>ator positio haia sobrado de toda a#uela correria e como!o) o
adiamento da escaa!o do lago arti>icial, #ue 0allen tanto #ueria&
Beauregard at5 haia se es#uecido de designar um grupo de
escraos para o trabalho& /nclusie haia dado uma resposta grosseira a
0allen, #uando ela o #uestionara, ainda h6 pouco, sobre o assunto)
G 0oc sabe, tenho coisas muito mais importantes a tratar emSaannah& $, ainda assim, em me >alar sobre seu estEpido lago de
patos e cisnesJ
G ;ansos, papai G 0allen o corrigira& G 7atos e gansos&
G Cuidaremos disso num outro dia G Beauregard encerrara a
conersa&
'yler suspirou, in#uieto& carroa #ue leaa Beauregard,
0allen e os prisioneiros ia sumindo na distTncia& $ 'yler decidiu #ue,
custasse o #ue custasse, era preciso >ugir na#uele dia&
7assou a manh! toda andando de um lado para o outro do
#uarto, procurando encontrar uma sa(da& Fas sabia #ue nunca
conseguiria burlar a igilTncia de ohn FcCully& Se ao menos pudesse
conencer o caub<i de sua urgncia de >ugir&&&
tarde 86 ia pelo meio, #uando 'yler, por >im, saiu do #uarto&ohn FcCully, #ue estaa sentado no corredor, acompanhou:o e at5
tentou puKar conersa, mas 'yler mal respondeu&
$staa desgastado e de p5ssimo humor& Sentou:se numa
cadeira da aranda e >icou em silncio por um longo momento, os olhos
Projeto Revisoras 194
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>iKos no hori2onte&
G I uma pena #ue o sr& Beauregard n!o o tenha dispensado do
casamento com a srta& 0allen G disse ohn FcCully, tentando
noamente iniciar uma conersa&G $ 5 uma pena #ue oc continue sendo um homem de
palara, #ue nem por um instante deiKar6 de me igiar G 'yler >alou
com amargura&
ntes #ue o caub<i pudesse retrucar, Sarah e $lla:ane
surgiram na aranda, tra2endo re>rescos e biscoitos&
G Siram:se, por >aor G disse Sarah, depositando a bande8asobre uma mesa baiKa&
G 4!o, obrigado G 'yler recusou&
G 4!o >i#ue assim G Sarah tentaa consol6:lo& G 4<s ainda
conseguiremos encontrar uma sa(da, acredite&
G Duido G 'yler murmurou&
G $u e $lla:ane estiemos conersando muito durante a noiteG Sarah con>idenciou&
G $ chegaram a alguma conclus!oJ
G Sim G Sarah a>irmou com um olhar cheio de esperana& $
0oltando:se para ohn FcCully, anunciou) G Decidimos implorar sua
complacncia, sr& FcCully&
G Como assimJ G o caub<i indagou, um tanto con>uso&
G $stamos dispostas a pag6:lo para deiKar 'yler dams >ugir
G $lla:ane con>essou& G 7ea:nos #uanto #uiser&
G $s#ueam G 'yler resmungou& G O caub<i 5 um homem
(ntegro e, portanto, inulner6el a #ual#uer tentatia de suborno&
Projeto Revisoras 195
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Sarah >itaa 'yler, penali2ada& $ra terr(el 0:lo deprimido
da#uele 8eito&
7recisaa tir6:lo da#uele estado&&& Fas comoJ
De repente, pensou #ue tale2 uma boa piada poderiareanim6:lo& o menos, alia a pena tentar, ela decidiu& $ >orando um
sorriso diertido, disse)
G cho #ue o sr& ohn FcCully n!o conseguir6 manter:se t!o
(ntegro a partir de amanh!&
'yler e o caub<i >itaram:na sem entender& penas $lla:ane
compreendeu a brincadeira e decidiu participar)G h, isso 5 erdade& G 0oltando:se para ohn FcCully,
continuou) G $stamos lhe dando uma chance preciosa, senhor& Se n!o
concordar em nos a8udar a&ora# depois ser6 tarde demais&
G 7or #ue di2 isso, senhoraJ G o caub<i reagiu, intrigado&
G 7or#ue amanh! nossos tios Faria e $mmanuel Custer
chegar!o de Ohio&&& tra2endo uma poderosa arma secreta G Sarah
anunciou com ar 2ombeteiro&
G $les ir!o para a >esta de casamento G $lla:ane eKplicou&
G $ a arma secreta a #ue minha irm! est6 se re>erindo 5 o nosso
priminho de on2e anos&
ohn FcCully comeou a rir&
G $ a senhora acha #ue um simples garoto&&&
G 4!o se trata de um garoto comum, mas sim do dem=nio em
>orma de menino G Sarah o interrompeu num tom dram6tico& G 4o
casamento de $lla:ane, o pestinha colocou >ogo na toalha da mesa,
#uebrou a garra>a de champanhe >rancesa #ue $well $ndicott haia
comprado especialmente para o brinde >inal&&& $ >e2 o pobre %ouis
Projeto Revisoras 196
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tropear e cair no meio do sal!o de >estas&
G 4!o se es#uea de di2er #ue %ouis estaa 8ustamente
tra2endo a bande8a com o bolo de casamento, #uando caiu G $lla:ane
intereio&G $ o bolo espati>ou:se no meio da sala, para desespero de
papai e ergonha de tia Faria, #ue tee uma crise de choro&
'yler assentiu com um gesto de cabea, mas n!o conseguiu
sorrir& Fesmo sabendo #ue Sarah s< #ueria con>ort6:lo e >a2:lo sentir:
se melhor, ele estaa tenso demais para achar graa na conersa&&&
6 o caub<i ohn FcCully reagiu, diertido&G Finha nossa O garotinho 5 mesmo imposs(el&
G $le adora armas e caub<is, sr& FcCully G disse Sarah& G O
senhor se arrepender6 de ter nascido, ap<s passar um dia inteiro com
a#uele menino&
G $ como se chama esse capetinhaJ G ohn FcCully #uis
saber&
G ;eorge rmstrong Custer G $lla:ane respondeu& G Seu
sonho 5 se alistar no $K5rcito e brigar com os (ndios& $, para ser >ranca,
acho #ue ele tem oca!o para isso&
G ;eorge rmstrong Custer&&& G 'yler repetiu, pensatio& G
uantos anos oc disse #ue ele tem, SarahJ
G On2e G ela respondeu, contente por 'yler, en>im, reagir de
maneira mais positia& G $scutem, ocs n!o !o proar os re>rescos e
biscoitosJ
G 0amos, sim G $lla:ane assentiu, serindo:se& Fas tanto
ohn FcCully #uanto 'yler permaneciam s5rios, como se imersos em
pro>undos pensamentos&
Projeto Revisoras 197
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G Oua o #ue lhe digo, sr& FcCully G Sarah insistia na
brincadeira, embora seus olhos cor de mel tra(ssem uma >orte
ansiedade& G DeiKe 'yler dams partir e trate de >ugir tamb5m, antes
do nosso adore priminho chegar&
G 4!o >ale assim, ou o sr& FcCully ai pensar #ue oc detesta
o pe#ueno ;eorge G $lla:ane repreendeu a irm! num tom carinhoso&
G 4a erdade, n!o morro de amores por ele G Sarah admitiu&
G ;osto de crianas em geral, mas tamb5m acho #ue todas elas tm
um car6ter desde #ue nascem& $, decididamente, o car6ter de ;eorge
rmstrong Custer n!o me agrada& 'ale2, #uando ele crescer, torne:se
um pouco mais d<cil& "6 pessoas marailhosas #ue >oram terr(eis
durante a in>Tncia&
G Fas n!o 5 isso #ue acontecer6 com seu primo G 'yler
pensou em o2 alta& G Se ele >or realmente o ;eorge rmstrong Custer
#ue estou pensando, dar6 muito trabalho aos (ndios&&&
G $ ai acabar morto em %ittle Bighorn G ohn FcCully
completou&$lla:ane e Sarah entreolharam:se, con>usas&
$ surpreenderam:se ao er 'yler e o caub<i >itarem:se com
estranhe2a, como se estiessem diante de uma apari!o&
G Como 5 #ue oc sabe dissoJ G #uestionaram:se #uase ao
mesmo tempo&
.m silncio denso pesou no ambiente& o longe, podia:se ouiras melanc<licas canQes dos escraos nos campos de algod!o&
Fas, ali, na aranda da casa dos Booker, era como se ningu5m
respirasse&
Sarah n!o sabia por #u, mas poderia 8urar #ue algo muito
Projeto Revisoras 198
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importante estaa acontecendo&&& $mbora n!o tiesse a menor id5ia do
#ue >osse&
$lla:ane oltou:se para a irm! com um olhar interrogatio,
mas n!o tee coragem de >ormular uma pergunta&'yler e ohn FcCully continuaam a se encarar, perpleKos& O
clima era tenso, carregado de signi>icados impalp6eis&
G Lale G 'yler pediu ao caub<i numa o2 estranhamente
rouca& G O #ue sabe sobre o ;eneral ;eorge rmstrong Custer e a
batalha em %ittle BighornJ
G ;eneralJ G Sarah e $lla:ane repetiram, con>usas& G ComoassimJ
Fas nenhum dos homens preocupou:se em responder& $
#uando ohn FcCully >alou, dirigiu:se apenas a 'yler)
G batalha em %ittle Bighorn, contra os (ndios SiouK, ocorreu
no ano de 1?Z+& Custer era o comandante dos soldados& Loi no >inal de
8unho, se n!o me engano& $u tinha, ent!o, inte e trs anos& s not(cias
dessa batalha correram pelo pa(s& 'anto #ue chegaram at5 4eada,
onde eu moraa& 7arece #ue todos os guerreiros morreram, tanto os
(ndios #uanto os soldados, #ue pertenciam M s5tima caalaria&&& $ o
Enico sobreiente >oi o caalo do ;eneral Custer, #ue por sinal
chamaa:se -omanc"e.
'yler mal acreditaa em seus ouidos& Se ohn FcCully tinha
inte e trs anos em 1?Z+, ent!o isso signi>icaa #ue ele haia nascido
em 1?@3&&& $ se ambos estaam no ano de 1?@A, ent!o ohn s< iria
nascer dali a trs anos
Fas, pensando bem, por #ue estaa t!o surpresoJ 'yler se
perguntou& >inal, ele pr<prio n!o era um ia8ante do tempo, #ue s<
Projeto Revisoras 199
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nasceria dali a cento e de2 anosJ
G $ agora #ue& tal me contar como oc8 sabe a respeito da
batalha em %ittle Bighorn, se ela s< ai acontecer da#ui a inte e seis
anosJ G ohn FcCully interrompeu:lhe as diagaQes&G $u nem sonhaa em nascer, #uando o ;eneral Custer
morreu nessa batalha& 4a erdade, s< sei soube do >ato por#ue estudei:
o nos liros de "ist<ria&
G $nt!o, em #ue ano oc nasceuJ G o caub<i indagou& G Ou
ser6 #ue deo perguntar em #ue ano oc ai nascerJ
G $m 19+A&G 4ossa 0oc retrocedeu bem mais do #ue eu, no tempo G
ohn FcCully constatou& G Diga:me, em #ue ano oc estaa, #uando
eio parar a#uiJ
G $m 199+&
G 7uKa uase, no >inal do s5culo 0/4'$
G $Kato&G $ ser6 #ue pode me contar como >e2 essa iagemJ
G 4aturalmente& G Sem ocultar nenhum detalhe, 'yler narrou
sua bree, mas terr(el eKperincia na#uela primeira iagem atra5s do
tempo& 4o >inal da disserta!o, comentou) G gora oc pode imaginar
como me senti, #uando 0allen disse #ue pretendia aterrar o por!o da
mans!o de Booker*s Nnoll&
G Claro #ue compreendo G ohn assentiu num tom s5rio& G
>inal, o por!o 5 sua chae para retornar ao seu tempo& Se ele >or
aterrado, oc estar6 condenado a >icar nesta 5poca para sempre&
G $Kato& G 'yler passou a m!o pelos cabelos negros e
Projeto Revisoras 200
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encaracolados& Decididamente, a#uele era o dia das surpresas& $ ele
preparou:se para ouir mais&&& G gora chegou a sua e2 de me contar
como eio parar a#ui& /magino #ue tenha usado outro meio para ia8ar
pelo tempo, 86 #ue n!o sabia nada a respeito do por!o&
G h, sim& Finha hist<ria 5 bem di>erente da sua&&& $u tinha
um grande amigo no ri2ona, chamado Hill %ockhart& 'rabalhamos
8untos num rancho por muito tempo& Depois de ganharmos algum
dinheiro, resolemos ia8ar e nos diertir um pouco& cabamos
chegando a San Lrancisco, onde minha tia e minha irm! mais elha,
$mma, moraam& p<s algumas semanas, Hill e $mma se
apaiKonaram& Hill era um ia8ante do tempo e >oi ele #uem me contou osegredo&
G $ #ue segredo era esseJ ohn FcCully sorriu&
G Calma, eu chego l6, amigo& G 'irou o chap5u, alisou:o e
tornou a coloc6:lo& S< ent!o prosseguiu) G Bem, o >ato 5 #ue Hill
resoleu >icar no ano de 1??Z e casar:se com $mma& Os dois >oram
morar em 4eada, #ue 5 minha terra natal, e eu decidi ia8ar para o
>uturo em busca de aenturas&
G 4o entanto, eio parar no passado G 'yler contrap=s& G
Como se eKplica isso, caub<iJ
G Li2 urna con>us!o na hora do&&& digamos&&& embarque.
G $ como >oi isso, ohnJ
G Bem, Hill costumaa ia8ar pelo tempo usando um dos
tEneis de uma elha mina abandonada, na encosta da montanha Broken
"ill& $le me eKplicou direitinho como eu deeria >a2er para chegar l6&
G $ oc se perdeuJ
G 4!o eKatamente& Consegui encontrar a mina, s< #ue ela
Projeto Revisoras 201
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possu(a 6rios tEneis& Feu amigo Hill haia eKplicado #ue, #uando eu
chegasse ao tEnel correto, eria uma lu2 a2ulada piscando&&& $ assim
ia8aria pelo tempo& S< #ue, no meio de uma encru2ilhada, i trs lu2es
a2uis&&& .ma em cada tEnel& $scolhi o da direita e im parar em 1?@A&
'ale2 os outros pudessem me lear 6 5pocas di>erentes&
G Fas oc poder6 oltar a 1??Z, se #uiser&&& G disse 'yler& G
Ou n!oJ
G Sim, mas acontece #ue o ano de 1?@A >oi muito marcante
para mim&
'yler >ran2iu a testa&
G Como, se oc s< nascer6 em 1?@3J
G Desculpe, eu me eKpressei mal G ohn FcCully parecia
constrangido de repente& G uis apenas di2er #ue o >ato de eu ter indo
parar em 1?@A pode ter sido um press6gio&
G 4!o entendi, caub<i G 'yler >itou:o, con>uso&
G $ uma longa hist<ria&&& G ohn FcCully hesitaa G mas ou
cont6:la&
G Laa:me este >aor, amigo,
G contece #ue minha m!e tee uma grande amiga na
in>Tncia e na adolescncia&&& $ essa amiga >oi assassinada pelo marido
8ustamente neste ano de 1?@A& G O caub<i >e2 uma pausa e, um tanto
embaraado, prosseguiu) G $u pensei #ue tale2 pudesse eitar o >ato,
mas sinceramente estou chegando M conclus!o de #ue isso ser6imposs(el& >inal, tudo est6 acontecendo eKatamente como minha m!e
contou&
G 0ocs n!o acham #ue est!o leando essa brincadeira longe
demaisJ G $lla:ane eleou a o2 com um misto de irrita!o e
Projeto Revisoras 202
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perpleKidade&
G /n>eli2mente, sou obrigada a concordar com minha irm! G
disse Sarah& G 0ocs, do norte e do oeste, tm uma estranha mania de
inentar hist<rias >ant6sticas& $ eu bem #ue acharia isso >ascinante, se asitua!o n!o >osse t!o grae&
'yler e ohn FcCully oltaram:se na dire!o das duas
mulheres& 7or um longo momento, at5 haiam se es#uecido da presena
delas&
G Oh, Deus G 'yler eKclamou& G 0ocs deem estar nos
tomando por erdadeiros lun6ticos& Fas podemos 8urar #ue estamos
sendo sinceros&
G uerido, isso n!o 5 hora para brincadeiras G Sarah
censurou:o&
G 4!o estamos brincando, senhorita G disse ohn FcCully& G
$ a proa disso 5 #ue estou a#ui, na >a2enda de seu pai, para eitar
#ue&&&
G amiga de sua m!e se8a assassinada G $lla:ane
completou, irritada e ir=nica& G contece #ue a#ui ningu5m #uer matar
ningu5m, caub<i& 0oc est6 sendo (tima de alguma alucina!o&&& 'al
como 'yler dams&
ohn FcCully estreitou os olhos e aproKimou:se de $lla:ane&
Sua o2 soou muito seera, ao di2er)
G 7or acaso, a senhora se lembra de #ue ontem seu maridoameaou:a de morteJ
$lla:ane empalideceu, e ohn FcCully acrescentou)
G 7ois saiba #ue estou tentando proteger a sua ida& $ se
duida do #ue estou >alando, ent!o lhe darei uma proa&&& Sabe como se
Projeto Revisoras 203
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chama minha m!e, senhoraJ
G 4!o G $lla:ane respondeu num >io de o2&
G bisga %ancaster&&& %embra:se de #ue a >am(lia dela mudou:
se da#ui da ;e<rgia para 4eadaJ $ #ue as senhoras nunca maistieram contatoJ 7or isso, 5 claro, #ue a senhora n!o sabe #ue mam!e
casou:se com um homem chamado immy FcCully&&& $ #ue meu nome 5
ohn %ancaster FcCully&
$lla:ane arregalou os olhos&
G 0oc est6 mentindo&&&
G 7or #ue eu >aria issoJ
G 0ocs est!o assustando minha pobre irm! G Sarah
protestou& G 7arem com essa brincadeira de mau gosto, pelo amor de
Deus&
G $stamos di2endo a erdade G 'yler a>irmou& G 7or >aor,
acreditem em n<s&
G Calem:se G $lla:ane gritou, descontrolada& G 4!o sei por#ue diabos ocs resoleram se diertir Ms nossas custas, mas&&&
G uro por tudo o #ue h6 de mais sagrado, senhora&
G ohn FcCully a>irmou num tom solene& G Finha m!e
contaa #ue a senhora >oi assassinada por seu marido $well $ndicott,
em agosto de 1?@A&
G Fas n<sestamos
em agosto G Sarah eKclamou&
G $ 5 por isso #ue temos de impedir essa trag5dia
G ohn FcCully replicou, perdendo sua calma habitual&
0oltando:se para 'yler, disse) G 6 #ue oc 5 um ia8ante do tempo,
n!o e8o por #ue continuar mantendo:o sob igilTncia& 0oc est6 lire,
Projeto Revisoras 204
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'yler dams&
7ode partir agora mesmo& $u >icarei a#ui para de>ender a ida
da senhora $lla:ane&&& $mbora ela n!o acredite em mim&
G gradeo suas belas palaras, caub<i G disse 'yler,comoido& G Fas se oc pensa #ue ou deiK6:lo en>rentar $well
$ndicott so2inho, est6 muito enganado&
G 0ocs se es#ueceram de um detalhe G Sarah intereio& G
Supondo:se #ue tudo o #ue disseram at5 agora >osse erdade&&&
G Fas é erdade, #uerida G 'yler a>irmou com eemncia&
G $nt!o, como 5 poss(el #ue $well $ndicott tente matarminha irm!, se ho8e cedo papai leou:o preso para SaannahJ
'yler e ohn FcCully entreolharam:se, con>usos& Fas >oi $lla:
ane #uem >alou)
G 0oc 5 #uem est6 se es#uecendo de uma coisa importante,
maninha&&&
G SimJG Feu marido 5 um homem poderoso& Duido #ue ele >i#ue
preso por mais de cinco minutos no posto policial de Saannah&
G O pr<prio $well $ndicott >alou isso ontem M noite G 'yler
recordou:se& G %embra:se, ohnJ
G Sim& $le disse #ue tem uma >orte in>luncia sobre as
autoridades de Saannah& $ acho #ue n!o estaa mentindo&
G 4esse caso, amos >icar preenidos G disse 'yler, apertando
a m!o do caub<i num gesto de solidariedade&
G I ir=nico, n!oJ G ohn FcCully comentou& G 0oc #ueria
tanto >ugir e agora #ue pode >a2:lo&&& sente:se na obriga!o de nos
Projeto Revisoras 205
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a8udar&
G 7ensando bem, 5 mesmo pro6el #ue meu marido enha
se ingar G $lla:ane a>irmou num >io de o2& G >inal, ele sabe #ue
papai passar6 o dia na cidade&G $ #ue estaremos so2inhas com 'yler e ohn FcCully G Sarah
completou, assustada&
G cha #ue n!o somos cora8osos o su>iciente para de>end:
las, senhoritaJ G o caub<i indagou, um tanto o>endido&
G 4!o se trata disso, senhor G Sarah apressou:se a eKplicar&
G $ #ue $well $ndicott tem muitos escraos e empregados& $le, comcerte2a, ir6 com um grupo numeroso para eKecutar sua ingana&
G Como todo coarde, precisa de capangas G ohn FcCully
sentenciou, indignado& G Fas n<s daremos um 8eito de en>rent6:lo, n!o
5, 'ylerJ
G 7ode apostar #ue sim, amigo& G 'yler ia di2er mais alguma
coisa, #uando aistou uma charrete aproKimando:se pela estrada& G
lgu5m em chegando
G Ser6 $well $ndicottJ G ohn FcCully perguntou&
G Oh, Deus, toda essa hist<ria 5 t!o maluca G $lla:ane
lamentou:se& G $, no entanto, >a2 um certo sentido&&& O #ue oc acha,
maninhaJ
G 4!o me pergunte nada, #uerida G Sarah respondeu,
abraando:a& G $stou t!o con>usa #uanto oc&
Leli2mente, n!o >oi $well $ndicott, mas sim Clayton Hillis
#uem parou a charrete em >rente M aranda e saltou rapidamente&
G Bom dia para todos G disse, lanando um cumprimento
geral& G Cheguei agora h6 pouco de 4oa Rork e i Beauregard Booker
Projeto Revisoras 206
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passando em dire!o M cidade& 7or isso, im >a2er:lhes uma isita& G
Olhando $lla:ane com intensidade, acrescentou) G oseph contou:me
sobre o #ue aconteceu ontem M noite& s hist<rias correm r6pido entre
os escraos& $ eu #uero di2er #ue sinto muito por oc, $lla:ane&
G 'amb5m lamento tudo o #ue houe, mas, ao menos, h6 um
>ator positio nisso tudo& $stou lire de $well $ndicott e da ida in>eli2
#ue le6amos&
Clayton tomou:lhe a m!o e, num gesto galante, bei8ou:a& $lla:
ane enrubesceu iolentamente e baiKou os olhos&
'yler resoleu interir)
G $sta cena est6 muito comoente, mas h6 algo #ue preciso
lhe contar, Clayton&
G 4!o pode esperar um poucoJ G Clayton perguntou,
aborrecido&
G 4!o& $ oc 86 ai entender o por#u&&& G $m poucas
palaras, 'yler narrou a conersa #ue tiera h6 pouco com ohn FcCully,
na presena de Sarah e $lla:ane& $, por >im, pediu) G: 7or >aor,
amigo, conte a elas #ue oc tamb5m 5 um ia8ante do tempo&
Clayton estaa bo#uiaberto&
G 'yler, seu grande maluco 0oc n!o espera #ue elas
acreditem #ue&&&
G Foramos em 4oa Rork, no ano de 199+J o passo #ue,
ohn FcCully eio de 4eada, do ano de 1??ZJ
G 'ale2 ocs tenham sido tomados por uma esp5cie de
loucura coletia G disse Sarah, antes #ue Clayton pudesse responder& G
Ou, ent!o, eu estou sonhando&&& $ isso eKplicaria tudo, pois os sonhos
n!o tm a menor coerncia&&& Fas se8a l6 o #ue >or #ue este8a
Projeto Revisoras 207
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acontecendo, 5 melhor deiKarmos para discutir depois& G Sem mais
uma palara, ela apontou M estrada, por onde uma carruagem se
aproKimaa&
G gora 5 $well $ndicott G $lla:ane gritou,G 'em certe2aJ G Clayton indagou, enlaando:a pelos ombros
como se #uisesse proteg:la&
G SimV n!o h6 a menor dEida G $lla:ane respondeu com o2
trmula& G $le eio para me matar& G 0oltando:se para ohn FcCully,
concluiu) G O senhor n!o estaa mentindo, a>inal& $u ou morrer ho8e,
santo Deus
G 'ale2 possamos reerter os >atos e o tempo G disse 'yler e
em seus pro>undos olhos a2uis brilhou uma centelha de esperana&
'omado por uma autocon>iana, #ue nem sabia ao certo de onde inha,
ordenou) G -6pido Subam todos na charrete& Clayton, oc dirige&
7egue o caminho ao longo do rio&&& Com um pouco de sorte, chegaremos
salos at5 Booker*s Nnoll&
'odos obedeceram sem relutar& $ Clayton, tomando as r5deasnas m!os, incitou os caalos& charrete contornou a casa e seguiu pelo
estreito caminho de cascalho #u margeaa o rio&
braada a 'yler, Sarah perguntaa:se se seria mesmo poss(el
#ue tudo a#uilo estiesse acontecendo de erdade&
6 estaam a meio caminho de Booker*s Nnoll, #uando ouiram
o som de tiros a distTncia&
G $ $well $ndicott G Sarah in>ormou, apertando com >ora a
m!o da irm!, #ue tremia de paor& G Com certe2a, 86 percebeu #ue
>ugimos e est6 indo em nosso encalo& Oh, Deus, n!o permita #ue ele
nos alcance
Projeto Revisoras 208
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G $le dee ter isto as marcas da charrete seguindo pelo
caminho do rio G Clayton concluiu, apressando ainda mais os caalos&
G $ 86 sabe #ue estamos >ugindo& gora, s< nos resta uma alternatia)
chegar at5 o por!o, antes #ue $well nos alcance
uase inte minutos depois, a charrete alcanaa a entrada de
Booker*s Nnoll&
G Oh, n!o G Sarah eKclamou, ao descer do e(culo em >rente
M mans!o&
Lortemente amarrados e amordaados, Beauregard Booker e
0allen estaam deitados na aranda, contorcendo:se&
G Oh, papai&&& G disse $lla:ane, correndo para ele e
desatando:lhe a mordaa& G O #ue $well >e2 com ocsJ
$m meio a uma enKurrada de palarQes, Beauregard eKplicou)
G 4<s o entregamos M pol(cia ho8e cedo e depois >omos
resoler alguns neg<cios no centro de Saannah& Fas a#uele maldito
delegado dee t:lo libertado ainda pela manh!& 7ois, #uando
olt6amos agora h6 pouco, $well nos emboscou&
G $le machucou ocsJ
G O desgraado obrigou:nos a abandonar a carroa e nos >e2
prisioneiros& $u tentei reagir, mas a#uele bastardo est6 com "orace
"alleck e mais um grupo de oito homens armados at5 os dentes&&& 4!o
tie a menor chance&
G $ agora $well est6 indo para c6 G 'yler anunciou& G 4!opodemos perder tempo, pessoal& 0amos imediatamente para o por!o&
G O #uJ G Beauregard reclamou& G 0oc acha #ue ou me
esconder como um rato na#uele por!o imundoJ 4ada disso, >ilho& 7re>iro
morrer como um homem alente, a ier como um coarde&
Projeto Revisoras 209
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'yler e Clayton entreolharam:se, como se >i2essem um acordo
t6cito e silencioso& Sarah 86 haia tirado a mordaa de 0allen, #ue com
sua o2 estridente ordenaa:lhe #ue se apressasse a lir6:la das cordas&
7or sua e2, $lla:ane tamb5m >a2ia um intenso es>oro para libertar o
pai&
G 'enha um pouco de pacincia, simJ Deram uns n<s cegos
nesta corda e eu n!o consigo desat6:los&
G .m momento, $lla:ane G disse Clayton Hillis&
G 7eo o mesmo a oc, Sarah& G 'yler a >e2 leantar:se&
G $i, deiKe #ue ela me desamarre G0allen protestou&G /sso mesmo G Beauregard secundou& 4o seu costumeiro
tom autorit6rio, ordenou M >ilha mais elha) G Continue tentando, $lla:
ane&
G 4!o G Clayton contrap=s& Beauregard lanou:lhe um olhar
>urioso&
G uem oc pensa #ue 5, para dar ordens a minha >ilhaJ
li6s, isso me lembra um >ato interessante) dei:lhe um pra2o para me
deoler esta propriedade e acho #ue ele 86 se esgotou&
G 0amos l6, 'yler G disse Clayton, ignorando totalmente as
palaras de Beauregard Booker&&& 7alaras #ue se trans>ormaram em
protestos nada lou6eis, #uando o irado >a2endeiro percebeu #ue ia
continuar amarrado&&& $ #ue Clayton, com a a8uda de ohn FcCully,
leantaa:o do ch!o e condu2ia:o at5 o por!o escuro, nos >undos dacasa&
G $i, seus bastardos cretinos G gritaa Beauregard,
debatendo:se& G O #ue signi>ica issoJ
G 4<s eKplicaremos depois, sr& Booker G disse Clayton,
Projeto Revisoras 210
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depositando:o no ch!o empoeirado& G gora, n!o temos tempo& Caso
contr6rio, sua >ilha $lla:ane ser6 assassinada por $well $ndicott& $
tale2 o mesmo acontea a n<s&
$n#uanto isso, 0allen, amarrada, esperneaa nos braos de'yler&
G Solte:me, seu brutamontes O #ue pensa #ue est6 >a2endoJ
'yler colocou:a no ch!o do por!o, ao lado do pai&
G 0oc bem #ue merecia >icar a#ui, em 1?@A& Fas, pelo isto,
teremos de lear a >am(lia inteira para o s5culo 0/4'$&
G ue diabos est6 di2endoJ G 0allen indagou, t!o >uriosa#uanto con>usa&
G 0oc 86 ai entender G 'yler respondeu, 86 subindo a escada
#ue condu2ia M super>(cie, a >im de se reunir a Sarah, $lla:ane, Clayton
Hillis e ohn FcCully&
G gora 5 a nossa e2 de descer G disse Clayton, tomando a
m!o de $lla:ane&
G Sim G 'yler concordou&
G 0e8am G Sarah gritou, olhando na dire!o da estrada& G
$well $ndicott est6 a menos de #uinhentos metros da#ui
G $ 86 comeou a atirar G $lla:ane eKclamou, apaorada&
De >ato, os tiros disparados por $well $ndicott eram
per>eitamente aud(eis&
G ohn, oc em conoscoJ G 'yler indagou&
G 4!o& G O caub<i apertou:lhe a m!o& G 0ou pegar o caalo
da charrete e >ugir& 'enho uma longa iagem da#ui at5 a elha mina, em
4eada&
Projeto Revisoras 211
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G Fas $well poder6 alcan6:lo G $lla:ane protestou&
G De modo algum& uando n!o encontrar ningu5m a#ui, ele
mandar6 seus homens rastrearem a planta!o, M procura da senhora e
de sua >am(lia& ssim, terei tempo de >ugir para bem longe&G %ee isto com oc G disse Clayton Hillis, tirando um gordo
mao de dinheiro do bolso&
G Finha nossa G ohn FcCully eKclamou& G /sso 5 uma
erdadeira >ortuna, sr& Hillis&
G $Kato& Compre um rancho para oc l6 em 4eada& Ou >aa
o #ue bem entender&G Desculpe, mas n!o posso aceitar&
G 0oc ai aceitar, sim G Clayton Hillis colocou:lhe o mao de
notas no bolso&
ohn FcCully tornou a protestar, mas uma noa saraiada de
tiros cobriu:lhe a o2&
G 7recisamos ir embora G disse 'yler& pertando >ortemente am!o do caub<i, despediu:se) G Loi muito bom conhec:lo, amigo&
Obrigado por tudo&
G 4!o ou me es#uecer de oc, 'yler dams G ohn FcCully
a>irmou& $m seguida, oltou:se para Clayton Hillis& G 4!o tenho como
agradec:lo, senhor& Fas prometo #ue darei um bom destino a esse
dinheiro&
G $u sei disso, caub<i&
G Obrigada por tudo, sr& FcCully G $lla:ane agradeceu com
l6grimas nos olhos& G Deo:lhe minha ida&
G $u tamb5m lhe deo muito, senhor G disse Sarah&
Projeto Revisoras 212
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$ncabulado, o caub<i agradeceu os elogios e, com um Eltimo aceno,
saltou para o lombo do caalo, desatrelou:o da charrete e partiu a
galope&
G %6 se ai um homem de alor G 'yler comentou&G $ 5 melhor partirmos tamb5m G Clayton Hillis apressou:o&
G 'em ra2!o, amigo&
rmando:se de coragem, Sarah perguntou)
G 'yler, oc tem certe2a de #ue o por!o&&&
G 0oc 86 er6, meu bem&
G Fas se oc estier errado, todos morreremos encurralados,
pois $well $ndicott n!o tardar6 a nos descobrir&&&
G credite em mim& G 'yler sorriu e puKou:a pela m!o&
$m menos de um minuto, todos estaam no interior do por!o&
G 7osso >echar a porta agoraJ G Clayton indagou&
G $ ai deiKar:nos encerrados nessa escurid!oJ G 0allen
gritou& G Oh, papai, n!o deiKe #ue ele >aa isso
G uer calar a boca, por >aorJ G 'yler reagiu, irritado& $
dirigindo:se a Clayton, ordenou) G 7ode >echar a porta, amigo& $ #ue
Deus nos a8ude&
De >ora, inham os gritos de $well $ndicott, ordenando aos
homens #ue se espalhassem para procur6:los&
G $les n!o podem estar muito longe, rapa2es Laam o #ue
#uiserem com os outros, mas poupem $lla:ane, pois eu mesmo cuidarei
dela&&&
pertando com >ora a m!o de Sarah, 'yler sussurrou:lhe ao
Projeto Revisoras 213
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ouido)
G Concentre:se no ano de 199+, #uerida& Fesmo #ue ache
#ue estou louco, >aa o #ue estou lhe pedindo, por >aor&
G $lla:ane, a8ude:me G disse Clayton Hillis& G 4<s temos depensar no ano de 199+, com toda a >ora&
Fas como concentrar:se, se Beauregard Booker e 0allen
reclamaam o tempo todoJ
G Se ocs n!o calarem a boca a&ora# ou me es#uecer de
#ue sou um caalheiro, est!o ouindoJ G 'yler ameaou:os, gritando
ainda mais alto do #ue ambos&Chocados, Beauregard Booker e 0allen calaram:se por um
momento&&& $ >oi o su>iciente para #ue o por!o comeasse a ibrar
estranhamente&
G $stamos a caminho G 'yler murmurou&
O silncio tornou:se absoluto& >inal, eKceto por 'yler e
Clayton, todos estaam assustados demais para >a2er #ual#uer
coment6rio& 7or >im, os tremores cessaram&
'omando a m!o de Sarah, 'yler condu2iu:a pelas escadas
acima e abriu a porta& 8udou:a a sair e bastou:lhe er uma elha
Lerrari estacionada no acostamento da rodoia, para saber #ue, de >ato,
tudo correra muito bem&
G Bem:indos ao >uturo G disse, eKperimentando a maior
sensa!o de al(io de toda sua ida&
G ue casinha estranha 5 a#uelaJ G Sarah indagou,
apontando para o carro de Clayton& $ssa era a primeira das muitas
perguntas #ue ela >aria dali por diante&
Projeto Revisoras 214
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CAPÍTULO XIV
Sarah abriu a porta e atirou:se nos braos de 'yler, bei8ando:o
com uma paiK!o #ue parecia ter se iniciado no dia anterior&&& $ #ue, no
entanto, 86 eKistia h6 mais de um ano&
'odas as noites, en#uanto retornaa do trabalho, en>rentando
o trTnsito intenso da cidade, ele go2aa antecipadamente o momento
em #ue Sarah di2ia)
G Feu #uerido, #ue bom #ue oc chegou&
Seus amigos adoraam a mulher bela e inteligente #ue iera
da ;e<rgia e #ue se adaptara t!o bem M ida agitada de Fanhattan&
Sarah, por sua e2, tinha a n(tida impress!o de #ue nascera
para ier em 4oa Rork, e n!o no s5culo passado, num proinciano
$stado do sul& proa disso era #ue amaa Fanhattan e adoraa
contemplar o Central 7ark, atra5s da 8anela&
6 >a2ia um ano #ue se casara com 'yler&
Fas parecia #ue ainda continuaam em lua:de:mel&
di>erena era #ue agora ela diidia o tempo entre um
trabalho de meio per(odo na biblioteca do bairro e a manuten!o da
casa&
pesar da insistncia de 'yler, Sarah recusara:se
terminantemente a contratar uma empregada&
>inal, com a a8uda dos eletrodom5sticos, o trabalho de casa
mais parecia um grande diertimento&&& '!o di>erente das pesadas
>aKinas #ue as mulheres eram obrigadas a >a2er na ;e<rgia rural de
Projeto Revisoras 215
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1?@A
G uantas e2es eu 86 lhe disse #ue sou a mais >eli2 das
mulheresJ G Sarah indagou, sorrindo, >itando os olhos a2uis #ue tanto
amaa&G Filhares de e2es G ele respondeu, abraando:a com mais
>ora& G Fas, por >aor, n!o se es#uea de repetir isso todos os dias,
est6 bemJ
G Combinado, sr& 'yler& G Sarah >oi at5 a estante e acionou o
aparelho de som& Os acordes de uma can!o de 7ink Lloyd inadiram o
ambiente&
mbos acomodaram:se no so>6, para des>rutar da bela mEsica
do grupo #ue Sarah particularmente adoraa&
braados, Sarah e 'yler deiKaram:se embalar pelos
instigantes acordes de WO lado escuro da luaW, #ue era considerado um
dos grandes sucessos de 7ink Lloyd&
O CD chegou ao >im, e ela se leantou para troc6:lo&
G O #ue #uer ouir agora, #ueridoJ
G O #ue oc escolher&
G $nt!o, deiKe:me er&&& G Sarah passou os dedos pelas
de2enas de CDs dispostos na prateleira e, depois de hesitar por algum
tempo, sugeriu) G ue tal ouirmos um pouco de blues agoraJ
G $ uma <tima id5ia G 'yler aproou&
Sarah acionou o aparelho e oltou a sentar:se 8unto dele&
G 7or mais #ue oc tenha me eKplicado como >unciona um
aparelho de som, acho #ue nunca me cansarei de admirar essa
marailha&
Projeto Revisoras 216
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'yler sorriu&
G %embra:se da#uele >inal de tarde memor6el em #ue
saltamos de 1?@A para c6J
G $ como poderia es#uecer, meu amorJ
G 7ois 5&&& G $le acariciaa:lhe os cabelos castanhos& G 4unca
me es#uecerei de sua eKpress!o ao er a elha Lerrari de Clayton Hillis,
estacionada no acostamento da estrada& Loi comoente&
G $ o cho#ue #ue leei #uando, de repente, a mans!o rec5m:
re>ormada trans>ormou:se num monte de ru(nas em apenas poucos
minutos G ela recordou&G Dee ter sido algo parecido com o #ue eu senti #uando >i2 o
caminho oposto, recuando cento e #uarenta e seis anos no tempo&
Santo Deus, >oi >ascinante e ao mesmo tempo assustador&
G $ntendo muito bem o #ue oc #uer di2er G Sarah assentiu&
G 4os meus primeiros dias de s5culo 0/4'$, tudo me deiKaa perpleKa&
$ra como se eu estiesse iendo num mundo de >ic!o& t5 ho8e,
recordo:me da primeira e2 em #ue i as lu2es de neon, os aiQes, o
tele>one, a teleis!o, o computador&&& uantas marailhas eKistem nesse
tempo&
G /n>eli2mente, nem todas essas marailhas tra2em a
>elicidade aos homens G 'yler a>irmou, pensatio& G cincia e a
tecnologia deeriam ser usadas apenas a >aor do ser humano& $, no
entanto, n!o 5 isso o #ue acontece&
G 'em ra2!o, meu #uerido& ambi!o e a escrai2a!o do
homem pelo homem m acontecendo com >re#ncia ao longo de
todos os tempos&&&
G /n>eli2mente, sou obrigado a concordar com oc& O homem
Projeto Revisoras 217
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5 capa2 de aQes marailhosamente belas&&& $ lament6eis&
G $ erdade& Sabe #ue essa semana andei lendo alguns liros
sobre a guerra ciil americana l6 na bibliotecaJ
G $ o #ue >oi #ue oc achouJ
G Ora, 5 incr(el estudar uma reolu!o #ue ocorreu h6 mais
de um s5culo e #ue, no entanto, eu #uase cheguei a presenciar& G
Sarah riu& G Sabe, eu at5 >i#uei pensando no #ue aconteceria se me
leantasse de minha mesa e contasse Ms outras bibliotec6rias #ue enho
da ;e<rgia escraista de 1?@A&&&
G Bem, se oc >i2esse isso, sua che>e a colocaria numacamisa:de:>ora e me tele>onaria em seguida, di2endo #ue minha
mulher haia enlou#uecido&
G 4!o duido #ue ela >i2esse isso G Sarah concordou,
diertida& 4um tom mais s5rio, >inali2ou) G Fas sabe #ue acabei tirando
uma conclus!o n!o muito >eli2 depois desses estudos sobre a escraid!o
na m5ricaJ
G ue conclus!o, #ueridaJ $la suspirou, desalentada&
G $ #ue&&& pelo #ue pude perceber, o problema continua, de
uma >orma ou de outra& s reoluQes e guerras est!o sempre
acontecendo a#ui ou ali& s in8ustias, as di>erenas sociais e
econ=micas, a mis5ria, a opress!o&&& 'udo isso n!o lhe parece uma
>orma de escraid!oJ 7ortanto, a pergunta 5) ser6 #ue houe realmente
a aboli!o da escraatura, ou ela permanece no mundo, sob outras
roupagensJ
'yler >itou:a com pro>undo respeito e seeridade&
G Sabe #ue oc Ms e2es me surpreendeJ Sua inteligncia e
percep!o s!o realmente admir6eis&
Projeto Revisoras 218
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G 4!o >ale assim G ela pediu, baiKando os olhos& G Lico
embaraada com elogios,
G S< estou di2endo a erdade, #uerida& G 'yler enlaou:a pela
cintura, puKando:a para mais perto de si&G Fas sabe #ue apesar de todos os horrores #ue temos nesta
5poca, eu nunca me arrependi de ter indo para c6J G Sarah con>essou
ap<s alguns momentos&
G uraJ G $le lhe deu uma piscada&
G uro& G Bei8ando:o rapidamente nos l6bios, ela pediu) G
gora conte:me como >oi o seu dia&G Sem grandes noidades& $ o seuJ
G $lla:ane tele>onou para dar uma <tima not(cia&
G ualJ
G Bem, ela >inalmente conseguiu achar o im<el #ue h6
tempos inha procurando&
G I mesmoJ
G Sim& $ncontrou duas casas geminadas num bairro bem
tran#ilo& $la ocupar6 uma, com Clayton& 7apai e 0allen >icar!o com a
outra&
G ue marailha $ssa not(cia merece um brinde&
G 'yler leantou:se e caminhou at5 o bar& G O #ue oc ai
tomar, meu bemJ
G penas uma 6gua mineral, obrigada G Sarah respondeu
com um sorriso misterioso&
'yler >itou:a, surpreso&
Projeto Revisoras 219
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G Ora, eu 86 estaa pronto para serir:lhe o martini de #ue
tanto gosta&
De >ato, Sarah adoraa os dr/4martini #ue s< 'yler sabia
preparar t!o bem&Fas desde a#uela tarde #ue haia resolido mudar de
h6bitos&&& >inal, precisaa estar em >orma para ienciar o #ue 86
estaa considerando como uma das mais belas eKperincias de sua ida&
G 4!o #uer mesmo me acompanhar num drin#ueJ
G 'yler insistiu&
G -ealmente n!o, obrigada&
G $st6 bem&&& 0oc 5 #uem manda, doura& G 'yler seriu:lhe
um copo de 6gua com g6s e preparou para si uma dose de u(s#ue com
gelo& G Laamos um brinde M boa not(cia #ue $lla:ane nos deu&
Sarah sorriu em a#uiescncia& Os copos tilintaram e ambos
>icaram conersando sobre a <tima noidade, os acontecimentos do dia,
as pessoas da >am(lia&&&
$lla:ane e Clayton Hillis haiam se casado h6 cerca de seis
meses&
$ como no in(cio $lla:ane tiesse encontrado grandes
di>iculdades para se adaptar ao s5culo 0/4'$, Clayton pre>erira deiKar
seu apartamento no agitado centro da cidade, para morar num bairro
distante e mais silencioso&
Conseguira uma casa espaosa num condom(nio >echado e
acabara hospedando 0allen e Beauregard Booker&
Fas era claro #ue Clayton e a pr<pria $lla:ane sentiam >alta
de uma priacidade maior& Lormaam um belo casal e continuaam
loucamente apaiKonados um pelo outro&&& S< #ue ainda n!o haiam tido
Projeto Revisoras 220
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a oportunidade de des>rutar um espao s< deles&
Fas agora tudo iria se resoler& Clayton e $lla:ane teriam sua
pr<pria casinha& 0allen e Beauregard tamb5m&
.m >ato #ue deiKara todos surpresos >ora a incr(el adapta!ode Beauregard Booker a 4oa Rork de 199+&
7ara perpleKidade geral, o elho >a2endeiro simplesmente
achara tudo muito diertido&&& $ra como se tiesse retornado M in>Tncia,
ou estiesse num par#ue de diersQes&
Lora o primeiro a aprender lidar com o tele>one, teleis!o e
outros aparelhos #ue teriam deiKado bo#uiaberto um >a2endeiro sulistado s5culo passado&
Com o passar do tempo, seu gnio iolento e autorit6rio >ora
desaparecendo& $ Beauregard trans>ormara:se num homem cordial e
alegre, reelando uma >orte inclina!o para atiidades de 8ardinagem&
"6 poucos meses, ele resolera trabalhar nos 8ardins do
condom(nio onde moraa& Li2era isso apenas por la2er e, no entanto,
acabara despertando simpatia e elogios entre a i2inhana&
Depois disso, Beauregard passara a ser constantemente
re#uisitado para trabalhar em 8ardins de escolas, edi>(cios ou casas
particulares&
uanto a $lla:ane, depois de superar a di>(cil >ase de
adapta!o, parecia ter se trans>ormado em outra pessoa, bem mais
8oial e alegre&La2ia pouco tempo #ue comeara 6 dar aulas numa escola para
crianas de>icientes&&& Descobrindo, assim, sua erdadeira oca!o&
De >ato, seus colegas pro>essores e a pr<pria diretora
recusaam:se a acreditar #ue $lla:ane nunca tiesse lecionado antes&
Projeto Revisoras 221
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atiidade&
$lla:ane n!o perdera tempo e contara rapidamente a not(cia
ao resto da >am(lia&
4os dias #ue se seguiram, 0allen trans>ormara:se no centrodas atenQes& 'odos a estimulaam a lutar contra a insegurana e
assumir o cargo&
Com tanto apoio e incentio, 0allen acabara encendo o medo
e dedicando:se de corpo e alma ao trabalho na escola&
$m pouco tempo, recebera o retorno preis(el) ganhara 6rios
elogios dos colegas e, em bree, deiKaria de ser assistente de $lla:ane,para dirigir sua pr<pria classe&
Sim&&& 'udo corria muito bem para os ia8antes do tempo,
Sarah pensou, aspirando com pra2er o per>ume suae da col=nia #ue
'yler usaa&
G Leli2mente, eu e minha >am(lia estamos des>rutando uma
ida marailhosa nesse mundo noo para o #ual oc nos trouKe G
Sarah >alou com um sorriso, depositando o copo de 6gua mineral sobre
a mesinha de centro&
G ue bom #ue pensa assim G disse 'yler, bei8ando:lhe
leemente os l6bios& G 6 imaginou se estiesse arrependida por ter
indoJ
G Como poderia, meu amorJ G ela #uestionou,
aconchegando:se ainda mais nos braos #uentes, #ue t!o bem sabiamproteg:la& Lechando os olhos por um instante, lembrou:se da primeira
noite com 'yler dams&&& De como ele a possu(ra com eKtrema
delicade2a, reelando:lhe os segredos do amor e >a2endo:a
eKperimentar as mais loucas sensaQes&
Projeto Revisoras 223
8/9/2019 NCSerie Ouro011-Dawn Stewardson-Casamento Forcado[DigRev]
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Com um doce sorriso, Sarah recordou:se de #ue, em 1?@A,
$lla:ane costumaa di2er #ue o casamento era a mais terr(el proa!o
pela #ual uma mulher tinha de passar& 'amb5m, na#uela 5poca, $lla:
ane era esposa de $well $ndicott, #ue com certe2a a trataa sem o
menor respeito Fesmo assim, Sarah >icara impressionada com o modo
com #ue $lla:ane descreera sua noite nupcial&&& ue mais parecia uma
tortura insuport6el& $ >ora com essa impress!o perturbadora #ue Sarah
entregara:se a 'yler na noite de sua chegada ao s5culo 0/4'$& Fas, no
>undo, ela recusaa:se a acreditar #ue o casamento pudesse mesmo ser
t!o ruim #uanto $lla:ane contara&
7or5m, Sarah 8amais imaginara #ue o ato de amor entre duaspessoas >osse t!o marailhoso&
7or mais #ue tiesse sonhado com a#uele momento, nem
mesmo em seus maiores del(rios ela pudera preer as del(cias da
primeira noite com 'yler, ocorrida h6 pouco mais de um ano&
Sim&&& inda #ue iesse por mais um s5culo, ela nunca se
es#ueceria do pra2er e da surpresa #ue eKperimentara nos braos
da#uele homem&&& O homem #ue seu cora!o elegera desde muito
antes& $ #ue a haia trans>ormado numa erdadeira mulher
#uela >ora a primeira surpresa de Sarah com rela!o ao amor&
Fas haeria outras, #ue n!o tardariam a chegar&&&
$la logo descobrira, por eKemplo, #ue com o passar do tempo
o amor n!o se desgastaa& o contr6rio, ia aumentando de intensidade,
propiciando noos caminhos e sutile2as&
$nt!o era isso&&& $u n!o estaa enganada, #uando 8urei a mim
mesma #ue conseguiria reali2ar os meus sonhos, Sarah pensou&
G ue tal 8antarmos >ora ho8eJ G 'yler prop=s,
interrompendo:lhe as diagaQes&
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G 4a cantina de ;iorginno Delia 0ecchiaJ G ela sugeriu,
citando um restaurante #ue ambos adoraam >re#entar& li podia:se
comer os melhores pratos t(picos da Cal6bria, num ambiente agrad6el
e tran#ilo&
G I uma <tima escolha G 'yler aproou&
G -ealmente G ela concordou, leantando:se& G ssim,
poderemos comemorar&
G chei #ue 86 ti5ssemos comemorado G 'yler reagiu,
surpreso&
G 4!o estou me re>erindo ao #ue $lla:ane contou&&& G Sarahesclareceu, enrubescendo&
G $nt!o, #uer di2er #ue h6 mais noidadesJ G 'yler ergueu:
se, curioso&
G Sim, #uerido G Sarah respondeu com um largo sorriso&
'yler >itou:a no >undo dos olhos, tentando compreender o noo
brilho #ue haia neles&
pr<pria Sarah parecia:lhe mais bela do #ue nunca na#uele
momento& $ra como se estiesse enolida por uma aura di>erente, #ue
ele 8amais percebera antes&
G Lale, por >aor G 'yler pediu, ansioso& G 0oc parece estar
guardando um belo segredo, a 8ulgar por esse sorriso >eli2 e maroto&
O cora!o de Sarah pulsaa descompassado, inadido por uma
onda de indescrit(el emo!o& $n>im, haia chegado o momento de
compartilhar o seu precioso segredo& $ >oi com a o2 ligeiramente
trmula #ue ela perguntou)
G uerido, oc acha #ue papai, 0allen, Clayton Hillis, $lla:
ane e n<s&&& >ormamos uma grande >am(liaJ
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G 4!o muito grande tale2&&& Fas com certe2a somos uma
>am(lia >eli2&
G $ o #ue oc pensaria a respeito da chegada de mais um
integranteJ'yler, a princ(pio, n!o entendeu o signi>icado da#uelas
palaras&&& #ue aos poucos >oram se tradu2indo numa sensa!o de
esperana e >elicidade& Seria impress!o, ou Sarah acabaa de reelar
#ue&&&
G 0oc est6 gr6idaJ I isso, meu amorJ
G 'ie a con>irma!o ho8e M tarde, #uerido G ela respondeucom l6grimas nos olhos& G 4a erdade, eu 86 haia sentido #ue algu5m
muito importante estaa morando a#ui&&& G $la p=s as m!os sobre o
entre num gesto delicado, como se tocasse um >r6gil cristal& G Fas
pre>eri certi>icar:me de #ue era mesmo erdade antes de lhe contar&
G Oh, SarahG $le a ergueu nos braos e rodopiou pela sala,
tomado por uma alegria #ue nenhuma palara poderia tradu2ir& 7or >im,
depositou:a de olta no ch!o e >itou:a longamente com os olhos a2uisradiantes de emo!o&
G $u ainda n!o contei nada a ningu5m&&& G Sarah eKplicou& G
4em mesmo a $lla:ane, #ue al5m de minha irm! 5 a melhor amiga #ue
possuo& G p<s uma pausa, ela segredou) G 7ode parecer tolice, mas&&&
eu #ueria muito #ue oc >osse o primeiro a saber
G $ eu #ueria #ue todas as pessoas pudessem ier um amor
como o nosso G disse 'yler, tomando:lhe o rosto entre as m!os& G cho
#ue assim o mundo seria bem melhor&
G 7ois eu tenho certe2a disso, #uerido& $ 86 #ue n!o 5 poss(el
modi>icar o mundo, amos ao menos dese1ar ardentemente #ue todos
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os homens e mulheres encontrem seu erdadeiro amor&
G $ #ue se8am >eli2es como n<s dois G 'yler acrescentou&
G Como n<s tr8s# papai G Sarah o corrigiu&
G I erdade, mam!e G 'yler assentiu com um sorriso
comoido&
%6 >ora, no c5u iluminado de estrelas e lu2es de neon,
destacaa:se a lua noa #ue mais parecia um >ino anel de prata