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Ecologia é o foco
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Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 �
Revista Mundo Cerâmico nº 143 - Junho/Julho 2009
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Acompanhe as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria
SEÇÕES
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ENTREVISTA
EDITORIAL 04
PELO MUNDO 06
EVENTOS 10
SUMÁRIO
12
A Vidres do Brasil preparou um ambicioso plano de investimen-to que será inaugurado agora em agosto de 2009, com nova fábri-ca em Natal, RN
Saem os dados da Itália de 2008. Mesmo com o início de 2009 a ten-dência mostra que as empresas mais preparadas sofrem menos
Defensor, sem meias palavras, da tecnologia italiana para a in-dústria cerâmica mundial, Fran-co Stefani anuncia uma nova re-volução na decoração de reves-timentos com a autoridade de quem já realizou algumas delas
Anicer prepara seu 38º Encontro Nacional da Indústria Vermelha em Belém, PA. Atividades para a indústria e para o seu mercado fazem parte da programação
Com a realização da 23ª edi-ção de sua feira a China visa se tornar, além do maior produtor mundial de revestimentos, um de seus principais players
A Coverings 2009, marcada pela crise americana, indicou um claro divisor de águas no apelo ecológico: o emprego de produ-tos amigáveis ao meio ambiente
A Revestir 2009 foi surpreen-dente e animou todos que dela participaram, tanto pela visita-ção expressiva quanto pelo nú-mero de negócios realizados
O anúncio do programa “Minha Casa Minha Vida” teve um efei-to imediato no sentido de afastar o estigma da crise sobre o mer-cado da construção civil
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ASIA
COVERINGS
ANICER
ESTATÍSTICA
REVESTIR
FEICON
EMPRESA
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� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
EDITORIAL
CARTAS
Quero contar a vocês uma história que ouvi quando estava em Chicago para a Coverings deste ano. Aguardava o ônibus que demorou um bocado e tive o prazer de reencontrar um velho conhecido: Jack Knies, da East Coast Tile, um distribuidor bastante conceituado de lá, que já foi presidente do CTDA.
Ele tem 4 redes e 32 lojas especializadas em cerâmica nos Estados Unidos. Logo perguntei como estavam os negócios. A óbvia resposta que eu já esperava veio: “Estamos bastante mal, com uma queda de vendas muito grande”. E as perspectivas? “ Não são animadoras, temos pelo menos de 2 a 3 anos de depressão pela frente”.
A minha surpresa foi a sua postura para administrar a crise: “Tive de cortar 30% de meu pessoal, aumentar as responsabilidades dos que ficaram e estou investindo pesadamente em marketing”. Ele anuncia nas 4 maiores redes de TV americanas. Caríssimas, mas eficazes. É, parece mesmo que herói é aquele que não tem alternativa.
LM
O que é marketing?
Para falar conosco:Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda01155-040 – São Paulo – SP – BrasilTel: +55 (11) 3822 4422 Fax:+55 (11) 3663 5436info@menasce.com.brredacao@menasce.com.brpublicidade@menasce.com.br
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Conselho EditorialEdson Gaidzinski Jr.– pres. da ANFACER Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER João O. Bergstron – pres. da ASPACERJosé O. A. Paschoal – pres. do CCBWalter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP
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� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Novo endereço
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A Anfacer, Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, participou pela 2ª vez da FILDA, Feira Inter-nacional de Luanda, em Angola, de 14 a 26 de junho. O evento contou com representantes dos setores alimentício, de maquiná-rios industriais e da construção civil, entre outros, cujo objetivo é ampliar e fomentar novas opor-tunidades de negócios com o mercado angolano. Segundo es-tatísticas da APEX-Brasil, Agên-cia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, as exportações brasileiras para An-gola cresceram 62% entre 2007 e 2008, alcançando quase US$ 2 bilhões, sendo mais de 80% em produtos industrializados. O país ocupa hoje a 23ª posição entre os destinos das exportações brasi-leiras, à frente de países como Canadá, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Ín-dia. Para Antonio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer, o mercado angolano é de grande interesse e de vital importância para o setor cerâmico. “Depois de quase 30 anos de guerra civil, o
país demanda investimentos na recuperação de sua infraestrutura e o setor cerâmico está inserido nesse processo. Nosso setor po-derá contribuir muito para o país”, conclui Kieling. Seguindo com a estratégia de fortalecimento do setor no mercado internacional a Anfacer também participa pelo segundo ano consecutivo da exposição Casa Design, de 30 de julho a 1 de agosto em Panamá, no Fidagli Convention Center. Na ocasião montará uma casa mode-lo em conjunto com outros setores brasileiros: móveis, metais, ro-chas e artesanatos, entre outros. O evento espera receber dois mil profissionais dos setores da cons-trução civil daquele país. Promo-vido também em conjunto com a Apex, este evento visa fortalecer a imagem do Brasil como fornece-dor de produtos de alta qualida-de, desenho diferenciado e valor agregado para países estratégi-cos para a indústria brasileira. Em 2008, o Brasil exportou para 129 países de todos os continentes, comercializando 81,4 milhões de m² de revestimentos cerâmicos, um valor de US$ 365 milhões.
Exportações estratégicas para o Brasil
Diferenciação e design
Solange Bianchini, designer da Colorminas, apresenta trabalho sobre o design como uma ferramenta de diferenciação para as indús-trias cerâmicas. O merca-do exige que se dominem conhecimentos específicos associando aos processos de projeto e fabricação, qualidade, custos, design e marketing. Disponível no site www.mundoceramico.com.br
Menasce, Maílson e João Oscar
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 �
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A Aspacer realizou de 22 a 26 de junho o II Forn&Cer e o III Congres-so da Indústria Cerâmica de Re-vestimento, em sua sede de Santa Gertrudes. Maílson da Nóbrega, abriu o evento na noite de 22 de junho com a palestra “Perspecti-vas da Economia Brasileira” com uma avaliação da conjuntura do país. Ressaltou o momento único que o Brasil atravessa, apesar das
dificuldades atuais. As conquistas do Plano Real, que completa 15 anos, foram decisivas para que o país ostente indicadores invejáveis e que o que falta no momento são os inevitáveis investimentos em infraestrutura para dotar o país das condições de desenvolvimento. Otimista incorrigível, segundo suas próprias palavras, Maílson apresen-tou dados irrefutáveis, mostrando que o Brasil é a bola da vez no desenvolvimento para a próxima década e que o futuro já chegou para o país. A partir do dia 23 foram realizadas 50 palestras, painéis e workshops no Congresso e a Feira foi aberta a um público selecionado que proporciou bons contatos entre fornecedores e ceramistas. João Oscar lançou o I Encer, que visa trazer os principais compradores e especificadores para a região, ainda com data a ser definida.
Aspacer lança o I Encer
� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Uma das mais tradicionais feiras do setor cerâmi-co a Ceramitec está realizando sua 11ª edição em outubro deste ano, de 20 a 23 de outubro em Munique, Alema-nha. Segundo Manfred Wutz-lhofer, presidente
executivo da Messe München Inter-national, organizadora da mostra, a Ceramitec estará focada no mo-mento atual ao mostrar maquinários alinhados com o tema do momento que é a economia energética. Para Wutzlhofer o objetivo da feira é estimular o intercâmbio entre as em-presas de modo que saibam como aplicar as novas tecnologias que se-rão apresentadas. Além do fórum e
congresso a feira estará realizando um programa de estímulo a novos talentos o “Thinking” com relatos de experiências de universitários, inter-câmbio de experiências que formam estudantes na área e um seminário da VDMA sobre tecnologia. A feira surgiu em 1979 num momento em que o mercado cerâmico crescia forte na Europa. Hoje é a feira atrai o mundo inteiro com mais de 50% de visitantes e mais de 60% de ex-positores de fora da Alemanha. Para Wutzlhofer existe sim uma certa competição com a Tecnargilla, mas “os italianos a enfatizam mais que nós”. Existe disposição para o diá-logo para 2012, ano em que haverá nova coincidência de datas, mas para ele os italianos ainda apresen-tam posição errática. Com relação a uma edição na China ainda é um tema para o futuro, aguardando um amadurecimento daquele mercado.
Ceramitec completa 30 anosMenos um amigo
Faleceu, em 14 de abril Clóvis Scotti, superinten-dente da Icon, com 59 anos. Engenheiro brilhante, teve uma participação decisiva no desenvolvimento da via seca brasileira, quando contestou as expectativas estrangeiras e fez escola nas cidades de Mogi Guaçú, Criciúma, Içara, Santa Gertrudes, Cordeiró-polis, Rio Claro, Limeira, Bar-ra Bonita, Tambaú e outras importantes regiões de boa argila. Com a crise do petró-leo desenvolveu gaseificado-res a lenha e a carvão, bem como as fornalhas em leito fluidizado. Inúmeros equipa-mentos destes foram colo-cados no mercado, fazendo a diferença neste período de crise. Os bons se vão rápido.
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 �
Preparação de massa
O Grupo Incefra e a Enaplic acabam de firmar mais uma parceria em um fornecimento de equipamentos para re-cepção e processamento de matérias- primas cerâmicas. O fornecimento consiste em uma série de equipamentos que visam melhorar e incre-mentar o processo de prepa-ração de massa da unidade de Cordeirópolis do grupo. Também faz parte do forneci-mento um filtro de despoei-ramento para toda a moagem e a zona de prensas. Com essas medidas, acredita-se que o grupo Incefra obte-rá um salto qualitativo no produto final dessa unidade. O fornecimento está previsto para entrar em funcionamen-to em meados de Novembro.
A Caixa Econômica Federal lançou o Fundo de Investimento em Ações da Construção Civil, destinado a clientes pessoas físicas e jurídicas que buscam ganhos no médio e longo prazo. Com aplicação mí-nima de R$ 5 mil e taxa de admi-nistração de 2% a.a., o fundo tem o objetivo de obter maior retorno efetivo aplicando em ações de em-presas que pertençam, direta ou indiretamente, ao setor da cons-trução civil. O produto chega ao mercado no momento de retomada do crescimento para o setor. Com o lançamento do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ pelo Governo Federal, houve um aumento da oferta de crédito. “O retorno dos recursos estrangeiros à Bolsa de Valores, que contribuiu signi-ficativamente para a valorização das ações de empresas ligadas à Construção Civil, reafirma, tam-
bém, a perspectiva de um cenário positivo para o setor”, afirma Ales-sandro Cruzolini, gerente nacional de desenvolvimento de fundos e carteiras administradas da Caixa. Até maio deste ano, o índice do setor imobiliário (Imob) registrou, no ano, valorização de 91,16% contra a média de 41,67% do Ibovespa. “Além do cenário atual, em que as ações das empresas da construção civil voltam a compor as carteiras dos investidores e dos Fundos de Investimento, o efeito multiplicador que o setor de construção civil tem na economia é de fundamental importância para a retomada do crescimento”, salienta Cruzolini. Outra boa notícia foi a redução, pela sétima vez em 2009, as taxas de juros de 13 das suas principais linhas de crédito para pessoas físicas e empresas de todos portes.
Fundo de investimento da construção civil
10 Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
EVENTOS
ENCONTRO ANICER 200919 a 22 de agosto
Belém, PAwww.anicer.com.br
Anicer realiza seu 38º Encontro, que tem a característica de ser iti-nerante por todo o Brasil. Realiza Fóruns, Clínicas e também a Expoa-nicer para ceramistas de todo Brasil. Realiza clínicas e oferece cursos do Senai para ceramistas da região.
CERSAIE 200920 de setembro a 3 de outubro
Bolonha, Itáliawww.cersaie.it
A mais tradicional feira de cerâmi-ca mundial. Lá são mostradas as ten-dências que irão nortear o segmento todo. São mais de 1.000 expositores em uma área de 176 mil m2.
CERAMITEC 200920 a 23 de outubro
Munique, Alemanhawww.ceramitec.de
Maior feira tecnologia cerâmica do mundo este ano em sua 11ª edi-ção. Os setores apresentados serão de maquinário, equipamentos, fá-bricas, processos e matérias-primas para cerâmica. Atrai mais de 20.000 visitantes de mais de 100 países.
BATIMAT 20092 a 7 de novembro
Paris, Françawww.batimat.fr
Maior feira mundial de construção realizada a cada dois anos em Paris. O foco da feira nas últimas feiras tem sido a economia de energia, em que vários sistemas e inovações foram lançadas, inclusive com telhas cerâ-micas que geram energia elétrica.
BIG 5 200923 a 26 de novembro
Dubai, Emirados Árabes Unidoswww.thebig5exhibition.com
Maior feira de construção do Oriente Médio, a Big 5 será reali-zada em Dubai e atrai visitantes de toda a região vizinha. A construção civil é o carro chefe, o que a torna muito atraente para a indústria cerâ-mica de revestimentos.
SURFACES 20101 a 4 de fevereiro
Las Vegas, Estados Unidoswww.surfaces.com
O evento é referência para o mer-cado de distribuidores americanos e a cada edição atrai um maior público interessado na indústria cerâmica de revestimentos. Sands Expo.
CEVISAMA 20109 a 10 de fevereiroValência, Espanha
www.cevisama.feriavalencia.comEsta é a 8ª edição da feira que este
ano apresenta, além dos revestimen-tos cerâmicos, o segmento fornece-dor de matérias-primas, esmaltes e equipamentos. São esperados visi-tantes de 145 países entre arquitetos, designers, agentes e fabricantes.
REVESTIR 20109 a 12 de MarçoSão Paulo, SP
www.exporevestir.com.brEsta será a oitava edição da feira
brasileira destinada aos revestimen-tos cerâmicos, rochas e revestimen-tos como laminados, madeiras. Será realizada no Transamérica Expo Center junto com a Kitchen & Bath Expo e o Fórum de Arquitetura.
FEICON BATIMAT20106 a 10 de abrilSão Paulo, SP
www.feicon.com.brA Feicon ostenta os maiores nú-
meros de uma feira de construção no Brasil. Ainda mais depois de sua união com a Reed Exhibitions que trouxe a Batimat. Foram 170 mil vi-sitantes e 650 expositores em 2009.
Organizado por EDI.CER. spa Promovido por ConfInDustRIa CERamICa Em colaboração com
secretaria operativa: PROMOS srl - P.O. Box 103 - 40050 CENTERGROSS BOLOGNA (Italy) - Tel. +39.051.6646000 - Fax +39.051.862514Departamento de Imprensa: EDI.CER. spa - Viale Monte Santo 40 - 41049 SASSUOLO MO (Italy) - Tel. +39.0536.804585 - Fax +39.0536.806510
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12 Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
COVERINGS
Feira verde
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A Coverings 2009, marcada pela fortíssima crise imobiliária americana, indicou um claro divisor de águas no apelo ecológico: o emprego de produtos amigáveis
ao meio ambiente, mais que uma opção, será uma exigência muito em breve
Muitos brasileiros não gostam da Coverings em Chicago. As re-clamações são várias. No entanto, o ponto básico é sempre o mesmo: o mercado norte-americano é em for-ma de banana, se olharmos o mapa dos Estados Unidos. É da Flórida no leste, passando levemente pelo sul até a Califórnia. E pronto. As regiões centrais e ao norte são frias, não têm o hábito de empregar cerâmica e es-tamos conversados. Mas fosse esse o pensamento a feira nem existiria, pois mercados antes de funcionarem precisam ser criados. E uma coisa é
inegável. A organização da feira é muito profissional e impecável. Foi um ano difícil, em meio a uma cri-se no coração do sistema financeiro
que derrubou os vários setores do mercado americano e em especial o imobilário, o principal para o se-tor da cerâmica para revestimen-to. O baque foi realmente forte, e o que salvou um pouco a participação brasileira foi o modelo, muito bem sucedido de estandes modulares, de-senvolvido pela Anfacer e a Apex, em que as empresas têm um custo muito reduzido, o que viabiliza a participação em diversas feiras in-ternacionais, ampliando assim a par-ticipação do Brasil em vários merca-dos potenciais de cerâmica. Mesmo Feijão gigante no Millenium Park, Chicago
Grupo brasileiro: mesmo em um momento delicado os que foram à Coverings aproveitaram e fizeram bons negócios
A Coverings 2009, marcada pela fortíssima crise imobiliária americana, indicou um claro divisor de águas no apelo ecológico: o emprego de produtos amigáveis
ao meio ambiente, mais que uma opção, será uma exigência muito em breve
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 1�
assim, muitos não participaram. Isto também ocorreu com italianos e es-panhóis, tradicionais participantes e promotores da Coverings. A partici-pação da Espanha foi muito reduzida este ano. A Itália também participou com menos empresas e a ausência de alguns diretores foi sentida. Tirando tudo isto, a Coverings como sempre surpreendeu com as novidades de um mercado, que mesmo em crise, é um dos carros chefes no mundo, em termos de inovação, tecnologia e po-der de atração.
Green is beautiful
O que mais chamou a atenção foi a preocupação com o meio ambiente: o Green Building, que parece, com o novo governo de Barack Oba-ma, tomar um corpo e avançar. Foi o que relatou em sua apresentação Ephraim Senbetta, responsável na Mapei pelo atendimento à norma LEED, Leadership in Energy and Environmental Design, coqueluche no momento nos Estados Unidos. Vale ressaltar que a certificação LEED não é para os produtos, mas para o sistema construtivo como um todo. A empresa começou a se preo-cupar com o tema e criou um progra-ma para ajudar seus consumidores, empreiteiros, revendas, arquitetos e construtores a atenderem à exigência desta norma que ainda não é obriga-tória em grande parte das cidades americanas. Por enquanto. Porém, o cerco começa a se fechar nas várias esferas de governo: federal, estadual e municipal. Existem já, em algumas cidades americanas, como Boston, exigências governamentais para que construções a partir de 15.000 pés quadrados sejam certificadas pela norma. Quem não atender, está fora do mercado. As principais exigên-cias da norma são:l O uso de materiais que melhorem
a qualidade do ar, reduzindo o núme-ro de particulados sólidos durante a construção;l Produtos com baixos VOC, Vola-
tile Organic Compounds (Compos-tos Orgânicos Voláteis) , visando a
qualidade do ar no interior das cons-truções;l Uso de material reciclado, redu-
zindo o impacto da extração e pro-cesso de materiais virgens;l Uso de materiais regionais, vi-
sando reduzir o impacto no meio ambiente devido ao transporte.
A Mapei desenvolveu soluções nestas quatro áreas com argamassas que reduzem em 90% a poeira em sua preparação, colas especiais que reduzem a emissão dos carbonatos, colas que empregam materiais reci-clados e fábricas estrategicamente distribuídas num raio de 500 milhas para racionalizar a logística de seus materiais. Giorgio Squinzi, presi-dente da multinacional, ressaltou o seu forte comprometimento com o mercado americano. A empresa in-vestiu em aquisições para melhorar
sua presença neste mercado e elabo-rou um trabalho muito interessante mostrando ao seus clientes as opor-tunidades adicionais de vendas que estes podem conseguir.
Cursos verdes
Esta preocupação com o meio ambiente estava presente em prati-camente toda a área ocupada pelas empresas italianas. A Confindustria Ceramica preparou uma brochura do Ceramic Tiles of Italy, apresen-tando suas empresas, e o conceito de sustentabilidade. Afinal, a cerâ-mica é um produto verde, que não agride o ambiente e ecologicamente muito correto. Faltava é falar disso. O CTDA, Ceramic Tile Distribu-tors Association, também atua forte nesta área realizando webinars (se-minários realizados pela internet)
Ephraim Senbetta, da Mapei
Eric Astrachan, do TCNA
Rick Church, do CTDA
1� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
TILE Brasil despertou muito interesse
Luiz Urbano, Wagner Chioratto e Sérgio Brassoloto
Eliane é marca tradicional no mercado americano
Portobello enxugou bastante estrutura nos EUA
sobre o tema. Um deles, segundo Rick Church, executivo da entidade, estava sendo organiza-do exatamente sobre a certificação LEED e suas implicações: o que envolve, como aplicá-la aos projetos construti-vos, o que os materias cerâmicos e de assenta-mento oferecem e como podem atender a estes requisitos, e como espe-cificar corretamente os revestimentos cerâmi-cos para esta finalida-de. Senbetta, da Mapei, ressaltou que as “Green Schools”, movimento que se iniciou na Cali-fórnia há pouco tempo, atinge hoje 11 estados americanos. Na mesma direção, Eric Astrachan, diretor executivo do TCNA, Tile Council of North America, mos-trou que o seu instituto, o equivalente ao nos-so CCB, já está pronto para ajudar a indústria cerâmica a atender estas exigências. Em entrevis-ta para a revista Mundo Cerâmico, Eric comen-tou que os brasileiros foram muito espertos ao lançarem a norma para o porcelanato e que esta é muito boa para o produto não esmaltado, com absorção de água de 0,1%, e acredita que
a norma americana é que deveria ser mais restritiva do que os atuais 0,5% de absorção de água permitidos. Eles agora estão trabalhando na certifica-ção de porcelanatos para seu merca-do. Eric está no TCNA desde 2001 como diretor técnico, e desde 2004 é o diretor executivo da entidade.
Juros baixos são problema
Ninguém melhor que Donato Grosser para falar sobre o que espe-rar do mercado americano. Grosser, economista milanês, acompanha há mais de 30 anos o mercado norte-americano de cerâmica. Numa das mais concorridas palestras, ele mos-trou o que ocorreu no período de 2001 a 2006. A queda dos juros neste período causou o problema que aca-bou desembocando na crise do sub-prime. Afinal, com juros quase nulos os empréstimos foram alavancados e as hipotecas decolaram. Grosser mostrou uma série histórica das ta-xas de juros dos últimos 30 anos do mercado americano bem como as taxas de financiamento imobiliário em que dá para visualizar perfeita-mente onde ocorreu a bolha (gráfico ao lado). Ressaltou também os fa-tores cíclicos intervenientes: o ciclo médio de 7 a 8 anos foi prolongado por 15 anos devido às taxas baixas de juros. O excesso de oferta acabou realimentando a especulação que le-
Donato Grosser
COVERINGS
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 15
Pisoforte: estandes modulares da Anfacer/ Apex
Antonio Carlos Kieling e César Gomes Jr.
Pamesa: operação independente da matriz espanhola
Abirochas teve redução no número de participantes
vou à crise habitacional dos Estados Unidos. O declínio da construção re-sidencial foi seguido de um declínio no consumo de tijolos, encanamen-tos, pintura, madeira, revestimentos cerâmicos, mobília, carpetes, etc. E o mercado residencial absorve 40% das importações de revestimentos cerâmicos, daí o fortíssimo impacto sentido por exportadores de todo o mundo. Em seguida Grosser apre-sentou as previsões (ele costuma er-rar muito pouco) em que mesmo com uma recuperação rápida, o mercado americano não chegará tão rápido aos níveis pré-crise, como o ano de 2006, em que o consumo americano foi de 308 milhões de m2. Apontou também para a próxima onda que será a crise do cartão de crédito, de-
A razão da crise: antigos heróis transformados em vilões
Expectativas de recuperação: cenários pessimista e otimista
vido ao desemprego, até haver o ajuste entre renda e consumo.
Colocação
Uma das preocupa-ções no mercado ame-ricano é com as insta-lações adequadas. Os Estados Unidos têm até uma associação neste sentido, a NTCA, Na-tional Tile Contractors Association, que pro-move concursos por ocasião da Coverings, visando aprimorar este serviço. Além disso, a feira é também um bom
1� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
lugar para garimpar novidades, espe-cialmente em ferramentas que facili-tam o assentamento, como é o caso do Tile Sizer apresentado abaixo.
Por estas e outras a Coverings é um evento onde muita coisa acontece e vale a pena estar presente.
NTCA promove concursos de instalação
Cortador que garante precisão e segurança
Espanha: mesmo com número reduzido de empresas, as que foram levaram belos desenvolvimentos como o que está abaixo, da Abex
Stonia: mosaicos com figuras famosas Tile over tile: um ótimo conceito mas que ainda não decolou
COVERINGS
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 1�
Para a alegria de muitos brasileiros, a Coverings retorna a Orlando - 27 a 30 de abril 2010, no Orange County Convention Center
Turquish Ceramics: aceita um tchai?Itália: o apelo ecológico foi predominante em praticamente todas as empresas. Forte indício de que quem quiser estar bem colocado neste mercado não poderá desprezar o ‘Green Tile’ Abaixo: apelo ecológico presente na economia
China: presença em todos setores: máquinas, rochas, cerâmica
1� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Maior na Ásia e a segunda maior no mundo, segundo seus organizado-res, a 23ª edição da Ceramics China 2009, China International Ceramics Industry Exhibition, foi realizada de 1 a 4 de junho no complexo de Chi-na Import & Export Fair Pazhou em Guangzhou. Organizada por CCPIT Building Material Sub-Council e a China Ceramic In-dustrial Association a feira teve também o apoio de diversas entidades e associa-ções internacionais dentre as quais se destacam a Acimac, Associação Italia-na de Máquinas e Equipamentos para a Indústria Cerâmi-ca. Com um espaço
de 55 mil metros quadrados e 2.800 estandes, sendo 468 expositores es-trangeiros vindos da Itália, Alema-nha, Reino Unido, Espanha, França, Corea, Estados Unidos, Japão, Índia, Turquia, Singapura, México, Áustria e Taiwan, além dos expositores da China continental de Hong Kong. A
feira foi dividida em quatro catego-rias pavilhões: Refratários e Fornos, Maquinário Cerâmico, Esmaltes e Corantes e Matérias-primas.
A feira recebeu 43.732 visitantes vindos de 55 países e regiões, sendo que 39.664 domésticos, excluídos os de Hong Kong e Taiwan. Apesar da
gripe suína, o núme-ro de visitantes cres-ceu em 4.068 pesso-as, 11% a mais que o ano passado. Os visi-tantes internacionais presentes vieram de Tailândia, Vietnam, India, Israel, Indone-sia, Síria, Afeganis-tão, Paquistão, Sri Lanka, Arábia Sau-dita, Bangladesh, Reino Unido, Itália, Alemanha, França,
Ceramics China
Com a realização da 23ª edição de sua feira em Guangzhou, a China abre suas fronteiras e visa se tornar, além do maior produtor mundial de
revestimentos cerâmicos, um de seus principais players
Uma área do tamanho da Coverings com três vezes mais expositores
ÁSIA
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 1�
Bélgica, Hungria, Ucrâ-nia, Lituânia, Holanda, Rússia, Áustria, Polô-nia, Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Equador, Peru, Egito, Marrocos, Tunísia, etc., e obviamente também do Brasil. Sr. Geraldo Ricciardi não deixaria de ir lá, além da grande delegação da Anicer.
Resultados
De acordo com pes-quisa feita pelos organi-zadores, os expositores ficaram muito satisfeitos com a exposição. Paolo Lemma, comissário da Italian Trade Commis-sion em Guangzhou, e Paolo Gambuli, gerente geral da Acimac, elo-giaram a organização da feira, e ressaltaram que neste momento é muito importante que estes eventos ajudem os mercados a retomarem a confiança nos inves-timentos produtivos. Evidentemente também não perderam a oportu-nidade de ressaltar que a tecnologia italiana é a número um no mundo. Adrian Allen, chairman da Câmara de Comér-cio e Indústria do Rei-no Unido enfatizou a importância crescente do mercado chinês no contexto mundial. M. Xiao, gerente de ma-rketing da Guangdong Keda Industrial Co., uma das maiores fábri-cas de equipamentos para cerâmica da China, confirmou que obteve um bom resultado com visitantes estrangeiros: “Excedeu nossas expec-tativas, especialmente
Esferas refratárias em alta alumina a preços muito competitivos
Fabricantes de máquinas e equipamentos chineses de olho no mundo
Presença internacional de italianos e espanhóis foi dominante
visitantes da Índia, do Paquistão e Vietnam. A Keda vendeu mais de 100 grandes proje-tos nos últimos anos no mundo todo, como o que vendemos para a RAK, na República Árabe Unida, Arab em Marrocos, Emco no Pa-quistão, TT na Tailân-cia, e estamos esperan-do muito mais. A feira é a grande alavancadora para nosso desenvolvi-mento”, afirmou.
Itália
A System trouve a Rotodigit para a feira., um sistema para ser utilizado em sequência à linha da Rotocolor convencional para a re-produção de pedras na-turais, mármores, gra-nitos e decorações em relevo ou em processos de dupla prensagem. Mas a grande novidade a empresa está guardan-do é mesmo para a Tec-nargilla 2010, com um revolucionário sistema de decoração digital (veja entrevista com o presidente da empresa nesta edição).
Fórum
Foram apresentadas várias palestras sobre os temas do momento, relatórios de momen-tos, desafios, economia de energia.
A próxima edição da Ceramics China será de 18 a 21 de maio de 2010, e o grande obje-tivo da feira é tornar a China mais conhecida e um player global no segmento cerâmico.
20 Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
O 38º Encontro Nacional da Indús-tria de Cerâmica Vermelha terá como destaques apresen-tação da secretária Nacional de Habi-tação, palestras ao consumidor, Fórum sobre combustíveis alternativos e balcão com instituições go-vernamentais para atendimento aos ce-ramistas. O evento acontece de 19 a 22 de agosto, no Han-gar Centro de Con-venções da Amazô-nia em Belém, PA. Maior da América do Sul, reunirá au-toridades, empresá-rios e profissionais
do Brasil e de todo o continente. O Encontro é uma iniciativa da Anicer,
Associação Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, com o apoio
do Sindicer de São Miguel do Guamá e Região, PA. A sole-nidade de abertura contará com pa-lestra da secretária Nacional de Habi-tação, Inês Maga-lhães, que ministra-rá a palestra “Plano Nacional de Habi-tação e as ações do Governo Federal”, em que destacará atividades gover-namentais, como o Programa “Minha casa. Minha vida” que espera viabili-zar a construção de
Encontro em Belém
Anicer prepara um belo cardápio para seu 38º Encontro Nacional da Indústria Vermelha que se realiza, este ano, em Belém, PA. Atividades para a indústria
e para o seu mercado fazem parte da programação de agosto
ANICER
Luis Barbosa Lima, presidente da Anicer, mediará painel sobre inovação
Anicer prepara um belo cardápio para seu 38º Encontro Nacional da Indústria Vermelha que se realiza, este ano, em Belém, PA. Atividades para a indústria
e para o seu mercado fazem parte da programação de agosto
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 21
1 milhão de unidades habitacionais.
Momento Consumidor
Uma das novidades na programa-ção é “Momento Consumidor”, com palestras voltadas para os integrantes da cadeia da construção civil, como arquitetos, engenheiros, empreitei-ros e outros profissionais que atuam nas obras. No dia 19, às 17h30min, o diretor da Cerâmica Mafrense, PI, Joaquim Gomes da Costa Filho, fará a palestra “Como melhor construir seu telhado”, que apresentará deta-lhes técnicos e fatores que devem ser levados em conta para a execução de coberturas cerâmicas. Já no dia 20, às 17h30, o diretor da Qualidade da Anicer, Carlos André Fois Lanna, ministrará a palestra “Racionaliza-
ção nas alvenarias estrutural e de ve-dação com blocos cerâmicos”, indi-cando métodos e técnicas modernos para a elevação das alvenarias.
Inovação e energia
O Fórum Energia & Inovação, que acontece de 9h às 12h, nos dias 20 e 21, será constituído por 2 painéis. O primeiro dia terá como tema a inovação, com enfoque em proces-so, gestão e produto, e será media-do pelo presidente da Anicer, Luis Carlos Barbosa Lima. O economis-ta André Ferro, do BNDES, falará sobre as linhas de crédito voltadas para inovação nas fábricas, através das oportunidades e ações do Ban-co. Já o acesso de pequenas e médias empresas aos editais de incentivo à
inovação tecnológica será o tema da apresentação de Edson Fermann, da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional. Em seguida, Flávio Nunes, auditor Fis-cal do Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE), falará da aplicação da Norma Regulamentadora 12 no setor cerâmico, com enfoque na saúde e segurança dos trabalhadores. Após as palestras, serão exibidos vídeos com casos de sucesso em inovação no setor. No segundo dia do Fórum, o tema é energia, com destaque para as novidades em combustíveis re-nováveis, como o capim elefante, o caroço de açaí, as cascas de coco, entre outros resíduos. O pesquisa-dor da Embrapa Agrobiologia, Bru-no Rodrigues Alves falará sobre as características físicas e caloríficas e as vantagens do capim elefante.
22 Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
O coordenador de projetos espe-ciais do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Vicente Mazzarella, falará sobre a aplicação deste insumo nos fornos e mostrará como o combustível pode se tornar uma opção barata, qualificada e sus-tentável para as empresas. Ao fim do Fórum, Isaac Cerqueira da Cruz, da Área Comercial de Energia da BR Distribuidora, vai explicar o funcio-namento dos mecanismos de venda de energia nos horários de ponta e as oportunidades econômicas deste processo.
12ª Expoanicer
A 12a Expoanicer terá 9 mil m2 de área com novidades em tecnologias e
opções completas para as indústrias cerâmicas. A feira receberá forne-cedores nacionais e internacionais. Segundo a Anicer quase cinqüenta marcas já confirmaram presença na feira. A Expoanicer estará aberta à visitação nos dias 19 a 21 de agosto, de 9h às 20h.
Cerâmica Legal
O Cerâmica Legal é um balcão de atendimento inédito na Expoanicer que reunirá instituições para esclare-cer questões estratégicas para os ce-ramistas. Estarão presentes o DNPM, a Secretaria de Meio Ambiente do Pará, o Inmetro, a ABNT, Apex, Ministério das cidades (PBQP-H), o IBAMA e o Ministério do Traba-
lho e Emprego. Técnicos da Anicer também vão estar presentes para oferecer mais informações sobre os Programas Setoriais da Qualidade e outras ações.
Clínicas Tecnológicas
Voltadas para o aperfeiçoamen-to técnico das indústrias cerâmicas, as Clínicas Tecnológicas Senai/ Anicer acontecem nos dias 19, 20 e 21, sempre das 15h às 17h, com apresentações de Emerson Marcos Dias, assessor Técnico e da Quali-dade da Anicer, e de Amando Alves de Oliveira, professor da Escola Se-nai Mario Amato, SP. No dia 19, o tema é “Secagem e Queima”, etapas cruciais na fabricação de produtos cerâmicos; dia 20, será a “Implanta-ção de Sistemas de Gestão da quali-dade”, com o objetivo de garantir a sustentabilidade nas indústrias; e dia 21, “Como motivar a sua equipe”.
Encontros Senai e Sebrae
As ações governamentais direcio-nadas ao incremento da construção civil e a expansão das indústrias dão o tom do 7º Encontro Nacional dos Laboratórios de Cerâmica Vermelha do Senai e do 5º Encontro Nacional de Representantes do Sebrae para Cerâmica Vermelha. Iniciativas tra-dicionais de dois grandes parceiros do setor, os eventos reunirão mais de cinqüenta profissionais vindos de to-das as regiões brasileiras para a troca de informações e experiências, além
Espaço para o profissional consumidor com palestra sobre telhados
ANICER
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 2�
do planejamento de projetos para o segundo semestre e para o próximo ano com foco no aprimoramento do setor nos estados.
Visitas Técnicas
Na manhã do dia 22 de agosto, às 8h, os participantes realizarão visitas técnicas a empresa de telhas, a Ce-râmica Barreira, e a Cerâmica Ver-melha, de blocos. Durante as visitas, será possível acompanhar o processo de fabricação das peças e observar as particularidades destas empresas lo-cais, além de esclarecer dúvidas com os assessores Técnicos e da Qualida-de da Anicer.
Prêmio João-de-Barro
A entrega do Prêmio João-de-Bar-ro, destacará os nomes que fazem a diferença no setor. Teve 46 indi-cados em três de suas categorias, e chega com novidades. Neste ano, 17 nomes foram indicados na categoria Cerâmica ou Instituição do Prêmio. Já a lista dos destaques para Perso-nalidade inclui 14 integrantes entre ceramistas, pesquisadores, consulto-res e fornecedores. E no grupo dos fornecedores estão 15 marcas. Para chegar a estes resultados, a Anicer
recolheu indicações de seus sócios e publicou os resultados no site da As-sociação www.anicer.com.br. Pela primeira vez, a votação será apenas durante o evento.
Fafá de Belém
Na noite do dia 22 de agosto, o espaço da Estação da Docas, às margens da Baía de Guajará, será o cenário do encerramento do Encon-tro Nacional de 2009. Além da bela
moldura, o evento terá outros deta-lhes que tornarão a noite ainda mais especial, como a entrega do Prêmio João-de-Barro e o Show de Fafá de Belém. Para fechar o evento com chave-de-ouro, a noite terá show com Fafá de Belém às 21h. .
38º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha 19.08.09 a 22.08.09Hangar Centro de Convenções da Amazônia -Av. Dr. Freitas, s/n, tel: +55 (91) 3344.0100 -Belém, Pará, Brasil
Clínicas tecnológicas Senai Anicer são um dos pontos altos do Encontro
Edison, Lúcia e Geraldo: admiração de velhos amigos Sampaio apresenta lançamentos à John Moore, Tile Magazine
Gail traduziu o espírito que impregnou toda a Revestir: uma feira de cerâmica tem de ser bonita, funcional e inspiradora
2� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Embalada pelo anúncio do plano habitacional, mas não só devido a ele, a Revestir bateu seu récorde de visi-
tação mais uma vez. Foram 45.000 visitantes de 24 a 27 de março, no Expocenter Transamérica, em São
Uma das mais belas
Desta vez sobrou para o Brasil. No bom sentido. A Revestir 2009 foi surpreendente e animou todos que dela participaram, tanto pela visitação
expressiva quanto pelo número de negócios realizados
REVESTIR
Paulo. Com cerca de 180 expositores nacionais e estrangeiros, a feira, re-alizada em conjunto com a Kitchen
Desta vez sobrou para o Brasil. No bom sentido. A Revestir 2009 foi surpreendente e animou todos que dela participaram, tanto pela visitação
expressiva quanto pelo número de negócios realizados
abertura de novos canais para expor-tação. Mas nem tudo ocorre apenas na feira. A Porto Design já sentiu um aumento em suas vendas nos 15 dias posteriores à feira. Celso Gomes, marketing da Biancogrés, comemora os resultados de um trabalho prepa-rado antes da feira. A empresa prepa-rou uma promoção que gerou muitos negócios durante a feira e abriu con-tatos com 20 compradores estrangei-ros principalmente da América Lati-na. Isto rebate um pouco a crítica de alguns expositores de que a feira de-veria ser mais focada em negócios.
Grupo Incefra: apresentou várias marcas e produtos para aplicações em segmentos específicos
Afinal, depende do in-teressado se preparar para isto também. Em um ponto todas foram unânimes: o resultado e o interesse foram positivos e surpreen-dentes.
Tecnargilla Brasil
Foram apresentadas quatro palestras na manhã da sexta-fei-ra, 27 de março, com mediação do Prof. An-selmo Boschi. Franco Stefani, da System, abriu com “O futuro da indústria cerâmica para revestimento”, falando da tecnolo-gia italiana. Giorgio Timellini, diretor do Centro Ceramico de
Bologna, falou sobre “Materiais sus-tentáveis para construções”. Arnaldo Berto, do ITC, Espanha, falou sobre “Decoração a seco”. Michele Dondi, pesquisador do ISTEC, Itália, falou sobre o esperado tema “Decoração Digital, situação e perspectivas”. Dondi apresentou o histórico da decoração digital, que iniciou em 2001 com o lançamento pela Ferro Enamel da máquina Kerajet, até os dias de hoje quando já temos várias tecnologias no mercado e mais de 30 milhões de m2 decorados com jato de tinta no mundo. Numa apresentação
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 25
& Bath, fez um trabalho de atração de compradores estrangeiros de 65 países. Foram 119 compradores in-ternacionais presentes à feira, que ajudaram a movimentar as combali-das exportações dos últimos tempos. Jorge Martins, gerente de exportação do grupo Villagres, comemorava o bom resultado e boas vendas reali-zadas. Mesmo resultado teve a Porto Ferreira, que lançou 80 novos produ-tos na feira, registrou um incremen-to de 150% no número de visitantes em seu estande, vendas de um mês de produção por ocasião da feira e
Stefani e Parisi recepcionam o cônsul da Itália na System Eliane apresentou belos importados e a linha Empório
bem-humorada, Dondi, perguntou se bastava transpor a tecnologia de impressão gráfica, em quadricromia para a impressão cerâmica e pron-to, tudo estaria resolvido. Claro que não. A impressão cerâmica passa por uma queima e com isso a calibração é diferente e as cores ficariam todas amarronzadas se importássemos o padrão gráfico para a cerâmica. Além disso, a impressora digital tem pro-blemas específicos dentro de uma in-dústria: umidade, poeira, vibrações, paradas de linha e mistura de cores. Outra questão a resolver refere-se à diferente estratégia de impressora que tanto pode ser uma plotter, como uma jato de tinta, uma jato de tinta
com rolo de silicone. Há também a serem consi-deradas as diversas tec-nologias de jato de tinta, que se dividem em dois grandes grupos: Contí-nua (binary deflection, multiple deflection, hertz, microdot) ou Drop-on-demand (térmicas, pie-zolétrica, eletrostática, acústica). Outra questão é o design digital que im-plica em mudança radical no paradigma do projeto de revestimento cerâmi-co. Tem de haver nova estratégia na criação do
desenho com atualização do procedi-mento de criação, treino do pessoal,
acesso às fontes gráficas, além de muita imaginação e criatividade.
Três, quatro ou seis?
Um ponto ainda não resolvido é a reprodução das cores, pois a qua-dricromia cobre apenas 70% da pa-leta cromática na cerâmica. O pon-to mais polêmico trata da disputa pelo padrão que irá se estabelecer no mercado. Sistemas proprietários ou abertos? Traduzindo: uma tinta para cada impressora? Impressoras para quaisquer tipos de tinta? Ou qualquer tinta para qualquer im-pressora? Dondi abordou também a questão do custo da decoração digital, que se hoje ainda é caro,
Dondi: levantando as questões tecnológicas da decoração digital em cerâmica
Biancogres: planejamento de ação promocional garantiu resultados durante a feira
2� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
com módulos separados ou uma im-pressora de jato de tinta integrada
Portobello: estande inovador menu central dos produtos e ambientações nas laterais
REVESTIR
Estande da Menasce Comunicações recebeu muitas e boas visitas durante toda a realização da Revestir
tem uma tendência a ser compatível com a produção. Existiria uma tinta universal? Nas técnicas serigráficas as tintas são em base glicol ou ou-tro meio orgânico. Se leva também em conta a compatibilidade entre o esmalte e pigmento. As tintas con-vencionais contém fritas e opacifi-cantes para estabilizar o pigmento. Na decoração digital é desejável que o meio seja água. A cor tem de ser a mesma sobre qualquer substrato e não deve haver o uso de primers. Questões postas, Dondi concluiu que a decoração digital é já uma re-alidade industrial. Que a impressão a jato de tinta pode evoluir ainda muito mais. Que as possibilidades do design digital são ainda larga-mente inexploradas. Que atualmente está em desenvolvimento um amplo leque de soluções tecnológicas e que houve significativo avanço nas propriedades de tintas e pigmentos. Para ele, o mercado terá de buscar as soluções mais adequadas. Pales-tra assistida atentamente por quem deseja aprofundar esta tecnologia e na platéia estava um atento Franco Stefani, presidente da System (veja entrevista nesta edição).
Casagrande lançou uma linha de telhas prensadas na Revestir e na Feicon
Kitchen & Bath Expo apresentou também belos lançamentos como estes
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 2�
Kuka: linhas desenvolvidas para a
Cerâmica Idealle pela Newton Brasil
Simone Arruda e Angelo da Piccoli Graniti: design arrojado
A Feicon teve tam-bém boas novas para o segmento de cerâmica. O projeto “Casa Cerâmi-ca”, realização de Fiesp, Ciesp, Senai, Acervir e Sindicercon, SP, teve desta vez um poderoso aliado que foi o anúncio do governo central do programa da construção de 1 milhão de habitações popula-res, em meio à “crise” de que se fala tanto. Foi Cláudio Conz, presidente da Anamaco e membro do conselho curador do FGTS, quem se apressou em conceder uma entrevista coletiva na Feicon logo após seu retorno de Brasília no dia 25 de março, data do anúncio do plano. Segundo Conz o plano prevê numa primeira fase 400 mil casas para as famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos, com re-cursos do orçamento do FGTS, com prestações mensais de R$ 50,00 li-mitadas a 10% da renda. O governo federal deve priorizar estados e mu-nicípios que façam alguma contra-partida: cessão de terrenos, desone-ração tributária, de forma a baratear o custo das casas que partirão de um patamar mínimo de 35 m2. Já exis-tem hoje 6 governadores comprome-tidos com o programa, e preveem a redução de ICMS.
O programa visa eliminar a buro-cracia cartorial e outras. O governo editou medida provisória que visa a regularização da terra em 30 dias. O
município que oferecer área para o projeto terá avaliada a licença am-biental, em novo regimento do Co-nama neste período. A ideia é dar ao programa agilidade para que os re-cursos estejam disponíveis na Caixa Econômica Federal o mais breve.
Para famílias de renda superior a 3 salários mínimos haverá subsí-dios e o financiamento será através dos agentes do mercado, com juros pouco superiores a 8% ao ano. Para tanto, o governo aprovou no orça-mento R$ 2 bilhões para o fundo garantidor, como forma de facilitar pelos agentes financeiros. Para este segmento haverá casas em três pa-
2� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Boas novas
FEICON
O anúncio do programa “Minha Casa Minha Vida” durante a Feicon Batimat, teve um efeito imediato no sentido de afastar o estigma da crise sobre o
mercado da construção civil trazendo otimismo ao setor
tamares de valor: R$ 60 mil, R$ 80 mil e R$ 130 mil dependen-do das regiões. Para Conz o empresariado ficou muito bem sur-preendido, em grande parte pela sinalização positiva, pois isto vira a expectativa do mer-cado: “Não importa se
forem construídas 700, 800 mil ca-sas. Importa que estamos revertendo a tendência negativa recente”, afir-ma. O empresariado está acostuma-do a trabalhar com metas e por isto o plano é muito positivo. Conz ressalta ainda que a Gafisa, construtora espe-cializada no alto padrão, esteve pre-sente e está se preparando para aten-der este segmento, como prova de que se inicia um novo ciclo virtuoso para a construção civil no Brasil.
Casa Cerâmica: sistema construtivo em bloco cerâmico estrutural
Projeto modular em alvenaria estrutural
Anicer fez entrega de certificados de programa de qualidade na Feicon
A Vidres do Brasil vem se es-truturando nos últimos três anos no sentido de fixar e conquistar uma fatia no disputado mercado externo de fornecimento de insumos para a indústria cerâmica. Devido à proxi-midade geográfica, o caminho na-tural para iniciar as operações foi a América do Sul, não deixando de olhar também para o mercado Cen-tro Americano e Africano. No en-
tanto, não foi apenas a proximidade geográfica que norteou a decisão de partir para o competitivo mercado externo: o nível de atividade eco-nômica dos países sul americanos, centro americanos e africanos, o de-sempenho da indústria da construção civil local impulsionada por políti-cas habitacionais em cada um destes países, a disponibilidade de fontes energéticas, os diferentes preços pra-ticados por cada mercado, os níveis e exigências de qualidade dos produtos ofertados, a demanda por produtos e serviços diferenciados, foram fatores determinantes para estas oções estra-tégicas da empresa.
A capacitação técnica da equipe de comércio exterior da Vidres do Brasil, aliada à exigência técnica e qualidade dos produtos ofertados em cada mercado consumidor, a presta-ção de serviços em várias áreas den-tro das unidades produtivas, a logís-tica, a rapidez na busca de soluções inovadoras tanto técnicas como co-merciais, permitiram à empresa uma participação bastante expressiva no mercado externo, haja vista que os atuais players deste mercado consti-
Vidres AméricaA Vidres do Brasil preparou um ambicioso plano de investimento nos últimos 3 anos que será inaugurado agora, em agosto de 2009, com a instalação de
nova fábrica em Natal, RN, para atender os mercados interno e externo
EMPRESA
tuem-se em sua maioria de competi-dores internacionais já consolidados e com larga experiência.
Com estrutura operacional exclu-siva para atender o mercado exter-no a Vidres do Brasil trabalha para manter os atuais níveis de comercia-lização em 2009, ano que se mostra extremamente difícil para qualquer competidor interno ou externo. Valdir Padoin, diretor da empresa, aguarda com otimismo “a retomada do crescimento econômico já a partir de 2010 em todos os países em vias de desenvolvimento, o que passa por políticas habitacionais que impulsio-nam a construção civil e a indústria de revestimentos cerâmicos”.
Valdir Padoin: capacitação técnica e comercial permitem a expansão
Etapas da construção da fábrica da Vidres em Natal, que vai funcionar a partir de agosto para exportações também
Estrutura técnica internacional
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 2�
�0 Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
Números da Itália
Saem os dados da Itália de 2008. A crise já mostra seus primeiros resultados neste ano. Mesmo com a expectativa preocupante do início de 2009 a tendência
mostra que as empresas mais preparadas sofreram menos
Números da Itália
foto catálogo Tagina 2009
ESTATÍSTICA
Mundo Cerâmico - Junho/Julho 2009 �1
A indústria cerâmica italiana teve uma produção de 512,5 milhões de m2, 502 milhões em vendas e 5,52 bilhões de euros em receita. Mais de 126 milhões de m2 foram produzidos em fábricas de grupos italianos no exterior, que em 2008 tiveram uma queda tanto na produção quanto nas vendas. Os preços médios cresce-ram tanto nos mercados doméstico quanto no de exportação, apesar de que os custos cresceram ainda mais. Os dados da produção internacional revelam uma produção de 126,9 mi-lhões de m2 (+8,63%) e um resultado de 1,005 bilhão de euros (+9,68%). Estes são alguns dados contidos no 29ª Pesquisa Estatística da Indústria Cerâmica Italiana, apresentada du-rante o Encontro dos membros da Confindustria Ceramica.
A estrutura do setor
Em 31 de dezembro 2008 haviam 195 indústrias cerâmicas em ativida-de na Itália, onze a menos que o ano anterior, com um total de 26.364 em-pregados, 3,11% a menos. Um total de 290 fábricas, 10 a menos que em 2007, e 578 fornos, 63 a menos que o ano anterior. Durante 2008 os inves-timentos totalizaram 303,8 milhões de euros, 0,45% a mais que o ano anterior e correspondentes a 5,51% do resultado. O tamanho médio de uma fábrica italiana é hoje de 135 empregados e um número médio de fábricas por empresa é de 1,49.
Produção na Itália
A produção no ano passado to-talizou 512,54 milhões de m2, um decréscimo de 8,33% ou 46,56 mi-lhões de metros quadrados a menos com relação ao ano anterior. Com relação ao portfólio de produtos a liderança ficou com o porcelanato esmaltado com 230,78 milhões de m2, equivalente a 45% da produção total, seguido de porcelanato não es-maltado, técnico, 132,43 milhões de m2, revestimentos em monoqueima, 90,53 milhões de m2 e revestimentos de biqueima com 42,03 milhões de
m2. Outras tipologias ficaram com quase 17 milhões de m2. As provín-cias de Modena e Reggio Emilia representaram 79,34% da produção e as demais províncias da região de Emilia Romana 11%. Atividades di-retas – revestimentos fabricados e vendidos com a marca dos próprios fabricantes – aumentaram ligeira-mente enquanto que o outsourcing caiu, agora em 14,55% do total.
Vendas na Itália
Os volumes vendidos em 2008 caíram para 506,24 milhões de m2 (-7,48%). As vendas diretas caíram em 6,73% para 85,09% do total, en-quanto que vendas dos fabricantes de cerâmica exportadas para outras companhias italianas caíram 7,55% (-23.34%). As vendas feitas pelas empresas foram de 7,35% do total. As vendas na Itália (151,1 milhões de m2) contabilizaram 29,9% do to-tal (-9,92%), enquanto que os 70,1% restantes (355,1 milhões de m2) fo-ram exportados (-6,40%). Ao final de 2008 a indústria italiana de reves-timentos cerâmicos apresentou um resultado de 5,517 bilhões de euros, queda de 4,63%. Em números abso-lutos, as vendas domésticas foram de 1,473 bilhão de euros (-8%) e as ex-portações de 4,044 bilhões de euros (-3,34%).
Mercado externo
Referente aos mercados externos, 55,89% dos 355,14 milhões de m2 dos revestimentos italianos foram vendidos nos mercados europeus enquanto que os remanescentes 44,11% foram embarcados para ou-tros continentes. Ao lado das vendas para os Estados Unidos, as vendas para Alemanha caíram 8,21% e para França 3,41%. Os melhores resulta-dos foram conseguidos em Portugal (+62,2%), Polônia (+22,9%), Eslo-vênia (+13,2%), República Tcheca (+5,5%) e Áustria (+3,2%). Expor-tações caíram em países como Letô-nia (-36,8%), Irlanda (-34,7%), Es-tônia (-23,7%) e Espanha (-22,9%),
enquanto houveram pequenas mas significativas quedas na Suécia (-17,8%), Reino Unido (-17,1%) e Hungria (-12,5%). A contração em mercados não americanos (-6,41%) foi devida à crise no mercado ameri-cano (Estados Unidos -26,07%) bem como a queda na Oceania (-13,42%). Fortes performances foram relatadas na Ásia (+7,93%), África (+7,40%) e países como Rússia (+3,95%).
Lucratividade cai
O aumento de 3,07% no preço mé-dio (+2,12% na Itália e 3,27% no ex-terior) refletiu uma melhora na oferta do mix mas também foi uma respos-ta aos aumentos de 8,80% nos custos de produção (especialmente energia e vendas) em 2008. Isto levou à uma queda significativa na lucratividade média do setor apesar de que empre-sas mais estruturadas e melhor orga-nizadas foram menos afetadas.
Internacionalização
Em 31 de dezembro de 2008, um total de 20 empresas estrangeiras pertenciam inteiramente ou parcial-mente a 9 grupos cerâmicos italianos empregando 6.976 pessoas (3,72% a mais que a pesquisa anterior). A produção italiana no exterior totali-zou 126,49 milhões de m2 (+8,63%). Vista em detalhe esta produção con-sistiu em 36,8 milhões de m2 de revestimentos de monoqueima (-3,71%), 41,68 milhões de m2 de por-celanato esmaltado (+16,86%), mais de 18 milhões de m2 de porcelanato não esmaltado, ou técnico (-0,31%), quase 20 milhões de m2 de revesti-mentos em biqueima (+38,2%), e 10,1 milhões de m2 de outros produ-tos (+1,33%). Um total de 78,88% da produção fora da Itália foi reali-zada em países europeus (+10,83%), sendo que o resto foi produzidos nos Estados Unidos. As vendas totaliza-ram 131,5 milhões de m2, correspon-dentes a um resultado total de 1,005 bilhões de euros (+9,68%)
fonte: Confindustria Ceramica - Itália
�2 Junho/Julho 2009 - Mercado Cerâmico
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A Sysmec fabrica toda a linha para esmaltação. Os rebarbado-res a seco SYS-RS 50/ SYS-RS 70 (formatos até 50x50cm ou até 70x70cm). Para as laterais da peça, com dois cabeçotes em aço SAE 1020 e galvanizados, uma ou duas escovas por cabeçote. Base em aço SAE 1020 com pin-tura epóxi e proteções em inox. Motores 0,33 CV L-1200 e L-1500mm. Regulagens de deslo-camento das escovas na vertical e horizontal, sistema de proteção das hastes, entre outros.
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Quando Franco Stefani, um dos mais profícuos empresários da tecnolo-gia cerâmica do mundo e fundador da System, apresentou o sistema Rotocolor como um avanço sobre a decoração feita através de telas serigráficas, muitos ce-ramistas torceram o nariz. E diziam que, para a máquina funcionar era necessário uma superfície perfeita, quase impossí-vel de conseguir. Stefani retrucava di-zendo apenas: “ Precisamos de uma boa superfície”. E o resultado está aí. A Ro-tocolor, mais que uma máquina é um dos sistemas mais avançados e utilizados mundialmente. Mas o mundo muda. E Stefani também. Ele anuncia novidades nesta exclusiva à Mundo Cerâmico.
MC – Acabamos de assistir a uma pa-lestra sobre decoração digital (Michele Dondi, no Fórum Tecnargilla, nesta edi-ção). É o futuro da cerâmica?
Stefani - Você ouviu o que ele disse. Estava tudo lá. Há muita coisa a ser so-lucionada na impressão digital em cerâ-mica ainda. Mas certamente é o futuro.
MC – A System tem o Rotodigit, não?Stefani - Ainda não é a solução final.
A Rotodigit é uma máquina auxiliar na decoração por impressão digital. Na rea-lidade é um complemento da decoração cerâmica. Mas não é só o que iremos apresentar em 2010.
MC – E o que irá apresentar em 2010?Stefani - Estou pessoalmente empe-
nhado no projeto de decoração digital, que será algo totalmente novo, que ire-mos apresentar no próximo ano.
MC – Pode antecipar alguns detalhes?Stefani - Venha à Tecnargilla 2010 e
verá. Iremos apresentar grandes novida-des para a decoração cerâmica. Nosso centro de pesquisa (a System tem 10% de seu pessoal alocado em P&D) está desenvolvendo um sistema revolucioná-rio, no qual me empenho pessoalmente.
MC – Como é este processo?Stefani - Partimos da tecnologia para
chegar à máquina, e não o contrário. Não fazemos cópias como os chineses, criamos a melhor tecnologia, a italiana, para o mundo.
MC – Qual é o problema com os fa-bricantes de máquina chineses?
Stefani - Nós vendemos a máquina e damos o suporte. Não abandonamos o ceramista à própria sorte após a venda. O ceramista sabe que pode contar co-nosco para fazer sua fábrica funcionar. Já os chineses vendem a máquina e se houver um problema não resolvem. Nós damos a mão ao ceramista brasileiro.
MC – O Sr. acompanha há tempos o Brasil. Como vê o país neste momento?
Stefani - Acredito que o Brasil seja uma “ilha feliz”. Vocês estão suportando muito bem este momento econômico. E estão bem servidos pela tecnologia italiana.
MC – Só isto é o bastante?Stefani - O ceramista brasileiro deve
pensar como empresário para poder reinvestir no negócio e exportar mais. Ao invés de vender o seu produto a US$ 2,00, deveria vendê-lo a US$ 4,00 o m2.
�� Junho/Julho 2009 - Mundo Cerâmico
ENTREVISTA
O futuro é digitalDefensor, sem meias palavras, da tecnologia italiana para a indústria
cerâmica mundial, Franco Stefani anuncia uma nova revolução na decoração de revestimentos com a autoridade de quem já realizou algumas delas
“ A tecnologia é o ponto de partida
para a construção de novas máquinas e soluções para a
indústria cerâmica, e não o contrário”
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