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MEMORIAL DESCRITIVO
MÁRCIA CRISTINA MENDES MARQUES
Departamento de Botânica UFPR
Memorial submetido para a
Universidade Federal do
Paraná como requisito para
progressão docente para a
classe de Professora Titular
Curitiba
2018
Apresentação
O presente documento apresenta a trajetória acadêmica de Márcia Cristina Mendes Marques,
no período de 1995 a 2018, na Universidade Federal do Paraná. Buscando incorporar elementos
históricos pessoais, às atividades acadêmicas mais relevantes e a alguns números e métricas
usuais para a avaliação de mérito científico, tracei um perfil geral a fim de justificar minha
progressão ao nível de Professora Titular.
O documento está organizado em itens agregadores, de forma que eu pudesse dar aos
números um significado qualitativo, ressaltando os pontos que acredito serem mais relevantes em
meu trabalho e para a UFPR.
1. Motivações e inspirações
Nasci em Arapongas, Paraná, em 16 de maio de 1968. Sou filha de Leonilda Menegassi
Marques, trabalhadora do lar, e Francisco Mendes Marques, bancário, em uma família de três
irmãos. Como o trabalho de meu pai exigia mudanças constantes de posto, passei toda minha
infância e adolescência alternando a residência em oito diferentes cidades, especialmente no
norte do Paraná. Com isso, em minha formação fundamental e ensino médio passei por diversas
escolas, públicas e privadas. Meus pais não mediram esforços para oferecer qualidade na
educação, por mais precárias as condições das cidades nas quais eu residi. Na escola privada
Colégio Canadá de Apucarana, cursei os 2º e 3º anos do Ensino Médio (Colegial) e finalizei os
estudos básicos que me prepararam para o vestibular.
A experiência de viver em cidades pequenas, a convivência com familiares estabelecidos na
roça e a indignação em ver familiares praticando caça esportiva desenvolveram em mim um
interesse irrestrito pela natureza e pelas pessoas que vivem em seu entorno. Com isso, em minhas
infância e adolescência desenvolvi grande parte do espírito curioso e da percepção dos detalhes
da natureza, ao mesmo tempo em que pude compreender as dificuldades das pessoas humildes
do campo. Além de ser uma estudante dedicada, fui também atleta (pratiquei atletismo e
basquetebol), líder de turma e torcida, cantora de coral, ativista feminista, além de atuar
ativamente em comissões de gincanas, feiras, competições, formaturas e festas estudantis. A
decisão em cursar Biologia surgiu muito tenramente, ainda na 7ª série, quando me emocionava ao
ver notícias da quase extinção do mico-leão-dourado no Rio de Janeiro e da caça às baleias mundo
afora. Motivada por este sentimento, aos 13 anos escrevi uma carta ao programa de auditório de
maior audiência na TV à época, em que expressei a minha revolta pela extinção de espécies - isso
numa época em que a conservação da biodiversidade era quase um delírio.
Finalizando o ensino médio, graças a um movimento de força e determinação de minha mãe,
meu pai foi convencido por ela de que sua única filha mulher poderia sair de casa aos 17 anos,
morar em outra cidade e cursar uma faculdade. Fui aprovada em 6º lugar no vestibular para o
curso de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Londrina, transferindo minha residência
para esta cidade em 1986. Longe de minha família, construí na UEL e na cidade de Londrina os
principais alicerces de minha vida acadêmica, inspirada por muitos professores, que também
tornaram-se grandes amigos. As aulas de Fisiologia Vegetal do professor José Antônio Pimenta
foram as mais inspiradoras da graduação e fundamentais para despertar o interesse pelas plantas.
Acabei debandando para a área dele e, como sua primeira estagiária, o ajudei a organizar o seu
laboratório de pesquisa e a casa de vegetação do Departamento de Biologia Animal e Vegetal.
Nestes locais realizei meu primeiro experimento científico formal, investigando a ecofisiologia da
tolerância ao alagamento da canafístula, do angico e do cedro, espécies de árvores das florestas
ciliares. Pimenta foi um orientador cuidadoso e paciente, ensinando muitas coisas, especialmente
a escrita científica. No Projeto Tibagi, coordenado pelo Professor Moacyr Medri, e com a
participação de uma grande equipe multidisciplinar, fiz minhas primeiras incursões científicas
pelos belos remanescentes de matas do norte do Paraná. A UEL, ainda que em constantes crises
orçamentárias, me proporcionou excursões muito marcantes, como as que me levaram a
conhecer cientificamente a Mata dos Godoy, o Pantanal do Mato Grosso e o segundo planalto
paranaense. Em pleno início da república pós ditadura, na era do confisco de bens de Collor e das
afrontas contra a educação pública vindas do governo estadual de Álvaro Dias, aprendi nos
corredores e salas de aula da UEL a posicionar-me politicamente, muito inspirada pelo ativismo da
Professora Lygia Puppato. Tive uma experiência intensa na vida universitária, participando da
representação estudantil, da equipe de basquete, de congressos, comissões e diversos encontros
de estudantes. Convivi com estudantes dos mais variados cursos em repúblicas, pensionatos,
festas e círculos de amigos, o que me ajudou a compreender as diferenças e sinergias entre as
profissões e as pessoas, ajudando a ampliar minha visão do mundo real. Neste período li o livro
“Ecologia Vegetal nos Trópicos”, de Daniel Janzen (Edusp), que me inspirou profundamente e
definiu meu futuro acadêmico. Já no final da graduação participei de meu primeiro Congresso
Nacional de Botânica em Goiânia (1990), apresentando oralmente meu trabalho de final de curso.
Após a graduação, ingressei em 1991 no mestrado em Biologia Vegetal na Universidade
Estadual de Campinas. Embora em curta passagem pela cidade, a UNICAMP foi a instituição que
abriu meus horizontes ao propiciar o acesso aos melhores periódicos do mundo e a alguns dos
melhores professores da Ecologia Vegetal no Brasil. Os estudantes da pós-graduação tinham,
como prática, ajudarem-se mutuamente nos trabalhos de campo, o que permitiu também
conhecer biomas e ecossistemas novos, especialmente o Cerrado. No laboratório do Professor
Carlos Joly, participei do Projeto Jacaré-Pepira por ele coordenado, através do qual realizei meu
trabalho de mestrado, estudando uma população do guanandi, árvore dominante em um
remanescente de mata de brejo na cidade de Brotas. O professor Flavio Antônio Maës dos Santos
foi o “porto seguro” no mestrado, fazendo-me pensar criticamente em cada pergunta do trabalho
e incentivando as ideias novas que surgiram com o tempo. As viagens ao interior paulista,
cruzando canaviais em chamas, convivendo com colegas de laboratório e enfrentando
solitariamente muitos dos perigos de campo, foi um aprendizado para as minhas próprias
orientações futuras.
Por conta de relações familiares, transferi-me para Curitiba em 1993 onde lecionei Ciências e
Biologia em escola particular por dois anos. Apenas com o título de mestre, prestei concurso na
Universidade Federal do Paraná em 1995, acompanhada da minha filha Julia Marques Silva, então
com 15 dias de vida, que dependia da amamentação. Portanto, o ano de 1995 foi marcante na
minha jornada, não apenas pela experiência da maternidade, mas também o início de uma
carreira acadêmica na UFPR, com muitos desafios, emoções e conquistas.
Aos 26 anos passei a fazer parte do Departamento de Botânica da UFPR. As limitações das
instalações físicas no departamento, a falta de recursos para as pesquisas e os desafios das aulas
em assuntos divergentes de minha formação, foram aos poucos sendo superados. Em 1997 criei o
Laboratório de Ecologia Vegetal (o LEV), com precários móveis e equipamentos herdados de
laboratórios desativados. Em 1999 o LEV sofreu um grande incêndio causado pelo
superaquecimento da estufa de secagem, destruindo o pouco que havia sido conquistado. Com a
ajuda do Professor Oldemir Mangili, diretor do Setor de Ciências Biológicas, e de Narciso Augusto
Suckow de Castro, secretário do Departamento, consegui recuperar o laboratório.
Ao final do período de estágio probatório, tive autorização da UFPR e apoio dos colegas
departamentais para me afastar das atividades didáticas e cursar o doutorado na UNICAMP. Com
a família instalada em Curitiba e uma filha de 3 anos, deslocava-me a Campinas para realizar
disciplinas que ainda faltavam, e à Ilha do Mel, para coletas de campo. Como tema da tese abordei
a regeneração e fenologia de comunidades das florestas de restinga da Ilha do Mel. O Professor
Sandro Menezes, precursor dos estudos florísticos naquela ilha, apoiou o meu trabalho,
especialmente apresentando-me às espécies de lá. O Professor Paulo Eugênio de Oliveira orientou
e, principalmente, transmitiu a tranquilidade que eu precisava, num período de grandes
dificuldades. A Ilha do Mel, um lugar bonito e preservado, foi uma das experiências de campo
mais gratificantes de minha carreira científica. Com o amigo e ambientalista Ricardo Miranda de
Britez, aprendi muito sobre a prática da conservação da biodiversidade e da própria Ilha do Mel.
Após meu retorno do Doutorado para a UFPR em 2002, deparei-me com uma dificuldade em
ingressar na pós-graduação em Botânica, à época pouco permeável à manutenção de uma linha
de pesquisa em Ecologia. Fui a idealizadora e líder do grupo de professores que criou o PPG
Ecologia e Conservação, integrando professores de diferentes departamentos do Setor de Ciências
Biológicas. O professor Fabio Scarano, então vinculado à Capes, foi um grande incentivador destas
ideias e de muitas outras, contaminando-me com seu otimismo por dias melhores para a ciência
ecológica brasileira. O professor Marcelo Iacomini, à época diretor do Setor de Ciências Biológicas,
apoiou irrestritamente nossos sonhos, resultando no que é hoje um dos melhores cursos em
Ecologia do Brasil.
Nestes anos de UFPR tive a oportunidade de realizar estágio pós-doutoral sênior, em 2007,
quando trabalhei com os professores David Burslem e Mike Swaine, na University of Aberdeen,
Reino Unido, e em 2014, quando estive no laboratório do professor Pedro Peres-Neto, na
Université du Québec à Montréal, Canadá. Ambas foram experiências enriquecedoras, para
conhecer de perto a excelência acadêmica e, especialmente, para mudar meu olhar sobre a minha
instituição, a ciência e o Brasil.
Hoje, na maturidade acadêmica, depois de dezenas de cursos ministrados, centenas de alunos
de graduação formados e mais de 70 orientações, percebo que os estudantes foram também
grandes motivadores da carreira que trilhei. O contato diário com mentes curiosas e sonhadoras é
combustível para o meu dia a dia. A liberdade de desenvolver estudos com diferentes abordagens
(da botânica à ecologia, do organismo à macroecologia, além da recente descoberta da filosofia e
história) e, através deles associar-me a pessoas de grande valor – nos campos profissional e
pessoal – é certamente um tesouro único desta carreira. Por fim, a Mata Atlântica, a sua
fascinante diversidade, e a possibilidade de ajudar, com minha ciência, na luta diária para
conservá-la e restaurá-la é, e continuará sendo, minha maior inspiração.
2. As atividades de ensino
O concurso no qual fui aprovada, Morfologia Vegetal, não condizia com a minha formação e
interesse em pesquisa, mas assumi, com empenho, a tarefa em lecionar este assunto na
graduação. Com grande dedicação, consegui montar boas aulas e até aprendi a fazer cortes
anatômicos para dar conta das aulas práticas.
Após o retorno do Doutorado, passei a assumir disciplinas de Ecologia na graduação e, com o
início do funcionamento do PPGECO, também na pós-graduação. Na reforma do currículo da
Biologia em 2004, participei ativamente da concepção do mesmo, fui idealizadora e estruturei as
bases do ensino de Ecologia naquele curso, o que resultou num significativo aumento de carga
horária e de diversidade de abordagens na formação do biólogo. Tal reforma foi também
importante para alavancar novas vagas docentes, que vieram a integrar a pós-graduação recém
criada.
Ao todo, ofereci 20 disciplinas diferentes, aos cursos de graduação em Biologia, Agronomia,
Engenharia Florestal, Farmácia, Zootecnia, Oceanografia e Engenharia Ambiental, e para as pós-
graduações em Ecologia e Conservação e Botânica (Tabela 1). Estimo que já ajudei a formar mais
de 4.000 alunos de graduação e 480 de pós-graduação nestes diferentes cursos.
Tabela 1. Lista de disciplinas ministradas na UFPR, em ordem cronológica.
Nível (período) Disciplina Cursos
Graduação (1995-2002) Botânica Aplicada à Farmácia Farmácia
Morfologia para a Zootecnia Zootecnia
Morfologia I Agronomia
Morfologia II Agronomia
Botânica Estrutural Ciências Biológicas
Ecologia 3 Ciências Biológicas
Ecologia Reprodutiva Ciências Biológicas
Vegetação Costeira Oceanografia
Graduação (2002-atual) Ecologia Básica Engenharia Ambiental
Ecologia Básica Ciências Biológicas
Biologia de Campo I Ciências Biológicas
Biologia de Campo II Ciências Biológicas
Biologia da Conservação Ciências Biológicas
Ecologia de Populações e Comunidades
Ciências Biológicas
Ciências Ambientais Ciências Biológicas
Metodologia Científica Ciências Biológicas
Pós-Graduação (2004-atual)
Ecologia de Campo I e II PPGECO
Redação Científica PPGECO
Ecologia da Restauração PPGECO, PPG Botânica e outros
Fundamentos Teóricos da Pesquisa Ecológica
PPGECO, PPG Botânica e outros
3. As atividades de pesquisa: projetos
Ao iniciar as atividades de pesquisa, tive o apoio do Laboratório de Sistemática, do Herbário
UPCB e da UFPR para realizar estudo fenológico no Parque Barigui de Curitiba, um projeto com
pouco custo, ideal para este período inicial. Logo depois, a convite do Prof. Renato Marques, do
Departamento de Solos da UFPR, participei de vários projetos coordenados por ele, inclusive duas
grandes parcerias com equipe alemã, que trouxeram recursos para custeio, bolsas e missões
internacionais, importantes para minha estruturação inicial. Estas parcerias e o trabalho de tese
iniciaram meus trabalhos na Mata Atlântica do litoral, que permanecem até hoje. Um edital para
recém doutores da Fundação Araucária em 2006 foi importante para montar a infraestrutura do
Laboratório de Ecologia Vegetal. A partir de 2006 também vários projetos abordando restauração
ecológica no litoral do Paraná deram conta de muitos trabalhos de alunos dentro desta temática.
Já a partir de 2011, participei dos principais editais de apoio à pesquisa em biodiversidade no
Brasil - Sisbiota, PELD e PPBIO - neste último como coordenadora. Estes dois últimos projetos
foram importantes para montar grupo de pesquisa integrado na UFPR, a Rede Mata Atlântica – PR,
a qual lidero até hoje. Ao todo, coordenei 17 projetos com financiamento (valor total R$
1.073.670,00) e participei de outros 12 (Tabela 2).
Tabela 2. Lista de projetos de pesquisa desenvolvidos ao longo da carreira, como coordenadora (a)
ou integrante de equipe (b).
a) Como Coordenadora Ano Título Financiador Valor (R$)
1 2017-atual Padrões de diversidade de comunidades vegetais da Mata Atlântica em diferentes escalas espaciais
CNPq – Universal (401613/2016-0)
72.800
2 2017-atual Diversidade vegetal da Mata Atlântica: efeitos do ambiente, paisagem e pool de espécies em diferentes escalas espaciais
CNPq-PQ (303897/2016-3) 39.600
3 2014 Padrões espaciais de diversidade em comunidades vegetais da Mata Atlântica
CNPq-CSF PDE (229349/2013-7)
96.443
4 2013-2018 PPBio Mata Atlântica: Biodiversidade do LAGAMAR: avaliação dos efeitos antrópicos sobre a estrutura das assembleias e os processos ecossistêmicos P
MCTIC – PPBIO (457464/2012-7)
315.000
5 2013-2015 Diversidade de comunidades vegetais em encostas da mata atlântica no Paraná
CNPq-PQ (304650/2012-9) 39.600
6 2012-2017 Avaliação dos serviços ecossistêmicos em escalas regional e local: subsídios para políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica
Fund. O Boticário (A0004_2012)
62.431
7 2012-2015 Efeitos de deslizamentos recorrentes sobre a diversidade das comunidades vegetais da mata atlântica
CNPq – Universal (475235/2012-6)
29.999
8 2012 Restauração da floresta atlântica no paraná: resiliência florestal e manejo de pastagens abandonadas
Fundação Araucária - PQ 13.200
9 2012-2014 Restauração ecológica da floresta atlântica como base para a conservação da biodiversidade
CNPq- Ed702009 Mest/Dout (552608/2010-6)
106.354
10 2009-2012 Estabelecimento de protocolos para a conectividade entre fragmentos e restauração da Floresta Atlântica no Paraná
Fund. O Boticário (0801_20082)
35.000
11 2009-2011 Restauração da Floresta Atlântica no Paraná: testando teorias ecológicas em sistemas naturais e artificiais
CNPq – Universal (475127/2008)
19.980
12 2009-2011 Bases ecológicas para a proposta de protocolos para a restauração da Floresta Atlântica no Paraná
CNPq – PQ (308597/2008-7)
39.600
13 2008-2012 Desenvolvimento de protocolos para a restauração ecológica de áreas de pastagens abandonadas nas bacias das Baías de Antonina e das Laranjeiras, litoral do Paraná
CNPq / CTAgro/Hidro (577336/2008-8)
94.364
14 2007 Estudos ecológicos em Florestas Tropicais: aprimoramento teórico e na análise e redação científica
CAPES – Estágio Pós Doutoral no Exterior
78.949
15 2006-2010 Regeneração e Conservação da Floresta Atlântica no litoral do Paraná: infra-estrutura para a pesquisa e formação de recursos humanos
Fundação Araucária – Jovem Pesquisador (229/2007 Prot 5316)
26.350
16 1998-2002 Dinâmica da dispersão de sementes e regeneração de plantas da Planície Litorânea da Ilha do Mel, PR
UFPR 2.000
17 1996-1997 Fenologia da Floresta Ombrófila Mista UFPR 2.000
TOTAL 1.073.670
b) Como Integrante
Ano Título Financiador
1 2014-atual Diversidade funcional, redes de interações e processos ecológicos: abordagens em múltiplas escalas
CNPq - Universal
2 2013-2018 PELD-LAGAMAR: Modificações climáticas e ocupação humana no LAGAMAR: avaliação dos efeitos na estrutura das assembleias e em processos ecossistêmicos em gradientes espaçotemporais
Fundação Araucária/CNPq
3 2011-2014 Biodiversidade dos campos sulinos e ecossistemas florestais associados: bases ecológicas para sua conservação e uso sustentável
CNPq-Sisbiota
4 2010-2012 Biodiversidade Induzida por Complexidade: Modelos Teóricos e Estudos Empíricos em Florestas Tropicais no Brasil e México
CNPq – Cooperação Brasil-México
5 2010-2012 Avaliação genético-populacional em áreas de restauração ecológica na floresta atlântica: efeitos da
CNPq-Universal
fragmentação florestal
6 2005-2007 Desenvolvimento de técnicas naturais e de baixo custo para a recuperação da cobertura florestal de pequenas propriedades rurais
Embrapa
7 2005-2007 Biologia reprodutiva, requisitos ecológicos e caracterização genética de populações em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista
Embrapa
8 2006-2010 Solobioma II - Soil biota and biogeochemistry in Southern Atlantic rainforests of Brazil
CNPq-ASCIN-CGCTM e BMBF (Alemanha)
9 2001-2006 Solobioma I - Processos de ciclagem de nutrientes em florestas primárias e secundárias da Mata Atlântica no litoral do Paraná
CNPq-ASCIN-CGCTM e BMBF (Alemanha)
10 1999-2001 Monitoramento da dinâmica biogeoquímica em ecossistemas florestais da Planície Pleistocênica do Litoral Parananense
CNPq-PSPPG
11 1991-1994 Projeto Jacaré-Pepira (participação como estudante) Vários
12 1990-2000 Projeto Tibagi (participação como estudante) Vários
4. As atividades de pesquisa: publicações
Até o momento acumulei 63 publicações, sendo 56 artigos científicos e 1 livro e 6 capítulos
de livro (Tabela 3). Até a presente data (09/04/2018), as publicações foram citadas 485 vezes na
base Web of Science (Fator h = 11, Figura 1), 680 na base Scopus (Fator h = 15) e 1590 vezes no
Google Acadêmico (Fator h = 21, fator h’= 35). Tenho como meta principal estimular e ajudar
meus estudantes a publicarem seus trabalhos de final de curso, motivo pelo qual sou última
autora na grande maioria dos trabalhos.
Ao observar minha lista de publicações é possível perceber as mudanças de sistema
ecológico ao longo do tempo, iniciando a carreira com trabalhos com abordagem ao nível de
organismo e população, passando para comunidade, paisagem e macroecologia/fitogeografia. As
abordagens aplicadas, restauração e conservação, surgiram após eu finalizar o doutorado (em
2002) e permanecem até hoje. Com isso, é difícil definir minhas linhas de pesquisa em poucas
palavras, mas eu arrisco dizer que hoje pode ser resumido a “Padrões de diversidade da Mata
Atlântica em diferentes escalas” e “Restauração e Conservação da Mata Atlântica”.
Tabela 3. Lista de publicações nas categorias a) artigos, b) livros, e c) capítulos de livros.
a) Artigos 1 MARCILIO-SILVA, V. ; MARQUES, M. C. M. ; CAVENDER-BARES, J. . Assessing the land use trade-offs between tree biodiversity
and crop production in the Atlantic forest. CONSERVATION BIOLOGY, 2018. (in press)
2 RODRIGUES, L. F. ; CAVALIN, P. O. ; FRANCI, L. ; BONALDI, R. ; ARIATI, V. ; PADIAL, A. A. ; MARQUES, M. C. M. . Recurrent landslides affect the functional beta diversity of a megadiverse tropical forest. Plant Ecology & Diversity, v. 11, p. 1-11, 2018.
3 WITTMANN, F. ; Marques, Márcia C. M ; DAMASCENO JUNIOR, G. ; BUDKE, J. C. ; PIEDADE, M. T. F. ; ASSIS, R. L. ; TARGHETTA, N. ; PAROLIN, P. ; JUNK, W. ; HOUSEHOLDER, J. E. . THE BRAZILIAN FRESHWATER WETSCAPE: CHANGES IN TREE COMMUNITY
DIVERSITY AND COMPOSITION ON CLIMATIC AND GEOGRAPHIC GRADIENTS. PLoS One, v. 12, p. e0175003, 2017.
4 ZWIENER, V. P. ; PADIAL, A. A. ; Marques, Márcia C. M. ; FALEIRO, F. A. M. V. ; LOYOLA, R. ; PETERSON, T. . Planning for conservation and restoration under climate and land use change in the Brazilian Atlantic Forest. DIVERSITY AND DISTRIBUTIONS, v. 24, p. 1-17, 2017.
5 MARCILIO-SILVA, VINICIUS ; ZWIENER, VICTOR P. ; Marques, Márcia C. M. . Metacommunity structure, additive partitioning and environmental drivers of woody plants diversity in the Brazilian Atlantic Forest. DIVERSITY AND DISTRIBUTIONS, v. 23, p. 1110-1119, 2017.
6 FERNANDES, G. WILSON VALE, MARIANA M. OVERBECK, GERHARD E. BUSTAMANTE, MERCEDES M.C. GRELLE, CARLOS E.V. BERGALLO, HELENA GODOY MAGNUSSON, WILLIAM E. AKAMA, ALBERTO ALVES, SUELEN S. AMORIM, ANDRÉ ARAÚJO, JOAQUIM BARROS, CLAUDIA FRANCA BRAVO, FREDDY CARIM, MARCELO J. VEIGA CERQUEIRA, RUI COLLEVATTI, ROSANE GARCIA COLLI, GUARINO R. DA CUNHA, CATIA NUNES D?ANDREA, PAULO SERGIO DIANESE, JOSÉ CARMINE DINIZ, SORAIA ESTRELA, PEDRO CORDEIRO FERNANDES, MARILUCE R.M. FONTANA, CARLA SUERTEGARAY GIACOMIN, LEANDRO L. , et al. ; Dismantling Brazil's science threatens global biodiversity heritage. Perspectives in Ecology and Conservation, v. 15, p. 239-243, 2017.
7 SILVA, V. M. ; MARQUES, MARCIA C.M. . New paradigms for Atlantic Forest agriculture and conservation. Biodiversity (Nepean), p. 1-5, 2017.
8 MORAES, D. A. ; CAVALIN, P. O. ; MORO, R. S. ; OLIVEIRA, R. A. C. ; CARMO, M. R. B. ; Marques, Márcia C.M. . Edaphic filters and the functional structure of plant assemblages in grasslands of Southern Brazil. JOURNAL OF VEGETATION SCIENCE, v. 27, p. 100-110, 2016.
9 WARRING, B. ; CARDOSO, F. C. G. ; Marques, Marcia Cristina Mendes ; VARASSIN, I. G. . Functional diversity of reproductive traits increases across succession in the Atlantic forest. Rodriguésia (Impresso), v. 67, p. 321-333, 2016.
10 WAGNER, FABIEN H. HÉRAULT, BRUNO BONAL, DAMIEN STAHL, CLÉMENT ANDERSON, LIANA O. BAKER, TIMOTHY R. BECKER, GABRIEL SEBASTIAN BEECKMAN, HANS BOANERGES SOUZA, DANILO BOTOSSO, PAULO CESAR BOWMAN, DAVID M. J. S. BRÄUNING, ACHIM BREDE, BENJAMIN BROWN, FOSTER IRVING CAMARERO, JESUS JULIO CAMARGO, PLÍNIO BARBOSA CARDOSO, FERNANDA C. G. CARVALHO, FABRÍCIO ALVIM CASTRO, WENDESON CHAGAS, RUBENS KOLOSKI CHAVE, JÉROME CHIDUMAYO, EMMANUEL N. CLARK, DEBORAH A COSTA, FLAVIA REGINA CAPELLOTTO COURALET, CAMILLE , et al. ; Climate seasonality limits leaf carbon assimilation and wood productivity in tropical forests. BIOGEOSCIENCES, v. 13, p. 2537-2562, 2016.
11 SILVA, V. M. ; Pillar, V. P. ; Marques, Márcia C. M . Functional turnover and community assemblage during tropical forest succession. Community Ecology (Print), v. 17, p. 88-97, 2016.
12 ALMEIDA, A. ; Marques, Marcia C. M. ; CECCON-VALENTE, M. F. ; SILVA, J. V. ; MICKICH, S. B. . Limited effectiveness of artificial bird perches for the establishment of seedlings and the restoration of Brazil?s Atlantic Forest. Journal for Nature Conservation (Print), v. 34, p. 24-32, 2016.
13 Marques, Márcia C. M.; SILVA, S. M. ; LIEBSCH, Dieter . Coastal plain forests in southern and southeastern Brazil: ecological drivers, floristic patterns and conservation status. REVISTA BRASILEIRA DE BOTÂNICA (IMPRESSO), v. 38, p. 1-18, 2015.
14 MARCILIO-SILVA, V. ; CAVALIN, P. O. ; VARASSIN, I. G. ; OLIVEIRA, R. A. C. ; SOUZA, J. M. T. ; MUSCHNER, V. C. ; MARQUES, M. C. M. . NURSE ABUNDANCE DETERMINES PLANT FACILITATION NETWORKS OF SUBTROPICAL FOREST-GRASSLAND ECOTONE. Austral Ecology (Print), v. 40, p. 898-908, 2015.
15 MARTINS, K. G. ; Marques, Márcia C.M. ; SANTOS, E. ; MARQUES, R. . Effects of soil conditions on the diversity of tropical forests across a successional gradient. Forest Ecology and Management, v. 349, p. 4-11, 2015.
16 LIMA, R. A. F. ; MORI, D. P. ; PITTA, G. ; MELITO, M. ; BELLO, C. ; MAGNAGO, L. F. ; ZWIENER, V. P. ; SARAIVA, D. D. ; Marques, Márcia C. M ; OLIVEIRA, A. A. ; PRADO, P. I.. How much do we know about the endangered Atlantic Forest? Reviewing nearly 70 years of information on tree community surveys. Biodiversity and Conservation, v. 24, p. 2135-2148, 2015.
17 BERGAMIN, R. ; Duarte, L. ; MARCILIO-SILVA, V. ; Seger G D B ; LIEBSCH, Dieter ; Marques, Márcia C.M. . Compilation of Woody Species Occurring in Brazilian Atlantic Forest Complex. Frontiers of Biogeography, v. 7, p. 69-72, 2015.
18 MARQUES, M. C. M.; Burslem, D. F. R. P. . Multiple stage recruitment limitation and density dependence effects in two tropical forests. Plant Ecology (Dordrecht), v. 216, p. 1243-1255, 2015.
19 Marques, Márcia C. M. Refúgios da biodiversidade tropical. Ciência Hoje, v. 55, p. 34-38, 2015.
20 SHIMAMOTO, C. Y. ; Botosso, P. ; AMANO, E. ; Marques, Márcia C. M. . Stem growth rhythms in trees of a tropical rainforest in Southern Brazil. Trees (Berlin. Print), v. 30, p. 99-111, 2015.
21 ZWIENER, Victor ; CARDOSO, F. C. G. ; PADIAL, A. ; MARQUES, M. C. M. . Disentangling the effects of facilitation on restoration of the Atlantic Forest. Basic and Applied Ecology (Print), v. 15, p. 34-41, 2014.
22 SOBANSKI, N. ; MARQUES, M. C. M. . Effects of soil characteristics and exotic grass cover on the forest restoration of the Atlantic Forest region. Journal for Nature Conservation (Print), v. 22, p. 217-222, 2014.
23 SHIMAMOTO, C. Y. ; Botosso, P. C. ; Marques, Márcia C.M. . How much carbon is sequestered during the restoration of tropical forests? Estimates from tree species in the Brazilian Atlantic forest. Forest Ecology and Management, v. 329, p. 1-9, 2014.
24 MUNHOZ, C. A. ; SILVA, J. V. ; MARQUES, M. C. M. . Demography of the endangered tree species Ocotea porosa (Lauraceae) along a gradient of forest disturbance in southern Brazil. Acta Botanica Brasílica (Impresso), v. 28, p. 617-623, 2014.
25 Marques, Márcia C. M.; ZWIENER, Victor ; RAMOS, F. M. ; BORGO, M. ; MARQUES, R. . Forest structure and species composition along a successional gradient of Lowland Atlantic Forest in Southern Brazil. Biota Neotropica (Online. Edição em Inglês), v. 14, p. 1-11, 2014.
26 Duarte, L. ; BERGAMIN, R. ; SILVA, V. M. ; Seger G D B ; MARQUES, M. C. M. . Phylobetadiversity among Forest Types in the Brazilian Atlantic Forest Complex. Plos One, v. 9, p. e105043, 2014.
27 WOSNIACK, M. E. ; SANTOS, M. C. ; PIE, M. R. ; MARQUES, M. C. M. ; RAPOSO, E. P. ; VISWANATHAN, G. M. ; DA LUZ, M. G. E. .
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28 Kauano, E. ; CARDOSO, F. C. G. ; TOREZAN, J. M. ; Marques, Márcia C. M . Micro-and Meso-Scale Factors Affect the Restoration of Atlantic Forest. Natureza & Conservação, v. 11, p. 145-151, 2013.
29 CARDOSO, F. C. G. ; MARQUES, R. ; Botosso, P. C. ; MARQUES, M. C. M. . Stem growth and phenology of two tropical trees in contrasting soil conditions. Plant and Soil (Print), v. 354, p. 269-281, 2012.
30 ZWIENER, Victor ; BIHN, J. H. ; Marques, Márcia C. M. . Ant-diaspore interactions during secondary succession in the Atlantic forest of Brazil. Revista de Biología Tropical, v. 60, p. 931-942, 2012.
31 LARCHER, L. ; BOEGER, M. R. ; Marques, Márcia C. M. . Biomass allocation and shade tolerance in tree species of the Atlantic Forest. Botany (Ottawa. Online), v. 90, p. 830-838, 2012.
32 KAUANO, ÉRICO EMED ; TOREZAN, J. M. D. ; CARDOSO, FERNANDA CRISTINA GIL ; MARQUES, M. C. M. . Landscape structure in the northern coast of Paraná state, a hotspot for the brazilian Atlantic Forest conservation. Revista Árvore (Impresso), v. 36, p. 961-970, 2012.
33 Marques, Marcia C. M.; Swaine, Mike D. ; LIEBSCH, Dieter . Diversity distribution and floristic differentiation of the coastal lowland vegetation: implications for the conservation of the Brazilian Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation, v. 20, p. 153-168, 2011.
34 Aronson, James ; Brancalion, Pedro H. S. ; Durigan, Giselda ; Rodrigues, Ricardo R. ; Engel, Vera L. ; Tabarelli, Marcelo ; Torezan, José M. D. ; Gandolfi, Sergius ; de Melo, Antônio C. G. ; Kageyama, Paulo Y. ; Marques, Márcia C. M. ; Nave, André G. ; Martins, Sebastião V. ; Gandara, Flávio B. ; Reis, Ademir ; Barbosa, Luiz M. ; Scarano, Fabio R. . What Role Should Government Regulation Play in Ecological Restoration? Ongoing Debate in São Paulo State, Brazil. Restoration Ecology, v. 19, p. 690-695, 2011.
35 Bruel, Betina O. ; Marques, Márcia C. M. ; Britez, Ricardo M. . Survival and Growth of Tree Species under Two Direct Seedling Planting Systems. Restoration Ecology, v. 18, p. 414-417, 2010.
36 LEITÃO, F. H. M. ; MARQUES, M. C. M. ; Ceccon, E. . Young Restored Forests Increase Seedling Recruitment in Abandoned Pastures in the Southern Atlantic Rainforest. Revista de Biología Tropical, v. 58, p. 1271-1282, 2010.
37 Cardoso, Fernanda C.G. ; Salvalaggio, Ana P.B. ; Marques, Márcia C.M. . Population structure of Rudgea parquioides (Rubiaceae), a shade-tolerant shrub species, in Southern Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências (Impresso), v. 82, p. 637, 2010.
38 Cheung, Kwok Chiu ; LIEBSCH, Dieter ; Marques, Marcia Cristina Mendes . Forest Recovery in Newly Abandoned Pastures in Southern Brazil: Implications for the Atlantic Rain Forest Resilience. Natureza & Conservação, v. 08, p. 66-70, 2010.
39 DURIGAN, G. ; ENGEL, V. L. ; TOREZAN, J. M. ; MELO, A. C. G. ; Marques, Marcia Cristina Mendes ; MARTINS, S. V. ; REIS, A. ; SCARANO, F. R. . Normas jurídicas para a restauração ecológica: uma barreira a mais a dificultar o êxito das iniciativas?. Revista Árvore (Impresso), v. 34, p. 471-485, 2010.
40 Barboza, Deise Mari ; Marques, Márcia Cristina Mendes ; Pedrosa-Macedo, José Henrique ; Olckers, Terence . Plant population structure and insect herbivory on Solanum mauritianum Scopoli (Solanaceae) in southern Brazil: a support to biological control. Brazilian Archives of Biology and Technology (Impresso), v. 52, p. 413, 2009.
41 Carvalho, Joema ; Marques, Márcia Cristina Mendes ; Roderjan, Carlos Vellozo ; Barddal, Murilo ; Sousa, Silas Garcia Aquino de . Relações entre a distribuição das espécies de diferentes estratos e as características do solo de uma floresta aluvial no Estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasílica (Impresso), v. 23, p. 1, 2009.
42 MARQUES, M. C. M.; FISCHER, E. A. . Effect of bats on seed spatial distribution and germination of Calophyllum brasiliense (Clusiaceae). Ecotropica (Bonn), v. 15, p. 1-6, 2009.
43 MARQUES, M. C. M.; Burslem, David ; Britez, Ricardo ; Silva, S. M. . Dynamics and diversity of flooded and unflooded forests in a Brazilian Atlantic rain forest: a 16-year study. Plant Ecology & Diversity (Print), v. 2, p. 57-64, 2009.
44 Cavichiolo, L. E. ; BOEGER, M. R. ; MARQUES, M. C. M. . Estrutura dos eófilos e cotilédones de quatro tipos de plântulas da Floresta de Restinga, Paraná. Iheringia. Série Botânica, v. 64, p. 5-14, 2009.
45 CHEUNG, K. C. ; Marques, Márcia C. M. ; LIEBSCH, Dieter . Relação entre a presença de vegetação herbácea e a regeneração natural de espécies lenhosas em pastagens abandonadas na Floresta Ombrófila Densa do Sul do Brasil. Acta Botanica Brasílica (Impresso), v. 23, p. 1048-1056, 2009.
46 MARQUES, M. C. M.; OLIVEIRA, P. E. A. M. . Seasonal rhythms of seed rain and seedling emergence in two tropical rain forests in southern Brazil. Plant Biology, v. 10, p. 596-603, 2008.
47 LIEBSCH, D ; MARQUES, M ; GOLDENBERG, R . How long does the Atlantic Rain Forest take to recover after a disturbance? Changes in species composition and ecological features during secondary succession. Biological Conservation, v. 141, p. 1717-1725, 2008.
48 Simões, Cecília G. ; Marques, Márcia C. M. . The Role of Sprouts in the Restoration of Atlantic Rainforest in Southern Brazil. Restoration Ecology, v. 15, p. 53-59, 2007.
49 LIEBSCH, Dieter ; Goldenberg, Renato ; Marques, Márcia Cristina Mendes . Florística e estrutura de comunidades vegetais em uma cronoseqüência de Floresta Atlântica no Estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasílica (Impresso), v. 21, p. 983-992, 2007.
50 Marques, Márcia C. M.; Roper, James J. ; Baggio Salvalaggio, Ana Paula . Phenological patterns among plant life-forms in a subtropical forest in southern Brazil. Plant Ecology (Dordrecht), Holanda, v. 173, p. 191-201, 2004.
51 Marques, Márcia C.M.; Oliveira, Paulo Eugênio A.M. . Fenologia de espécies do dossel e do sub-bosque de duas Florestas de Restinga na Ilha do Mel, sul do Brasil. Revista Brasileira de Botânica (Impresso), São Paulo, v. 27, n.4, p. 713-723, 2004.
52 Marques, Márcia C. M.; Silva, Sandro Menezes ; Salino, Alexandre . Florística e estrutura do componente arbustivo-arbóreo de uma floresta higrófila da bacia do rio Jacaré-Pepira, SP, Brasil. Acta Botanica Brasílica (Impresso), São Paulo, v. 17, n.4, p. 495-506, 2003.
53 MARQUES, M. C. M.; JOLY, C. A. . GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO DE CALOPHYLLUM BRASILIENSE (CLUSIACEAE), UMA ESPÉCIE TÍPICA DE FLORESTAS INUNDADAS. Acta Botanica Brasílica (Impresso), São Paulo, v. 14, n.1, p. 113-120, 2000.
54 MARQUES, M. C. M.; JOLY, C. A. . ESTRUTURA E DINÂMICA DE UMA POPULAÇÃO DE CALOPHYLLUM BRASILIENSE CAMB. EM FLORESTA HIGRÓFILA DO SUDESTE DO BRASIL. Revista Brasileira de Botânica (Impresso), SÃO PAULO, v. 23, n.1, p. 107-112, 2000.
55 FORNI-MARTINS, E ; MARQUES, M. C. M. ; LEMES, M. . BIOLOGIA FLORAL E REPRODUTIVA DE SOLANUM PANICULATUM. REVISTA BRASILEIRA DE BOTÂNICA (IMPRESSO), v. 21, n.2, p. 117-124, 1998.
56 MARQUES, M. C. M.; PIMENTA, J. A. ; COLLI, S. . ASPECTOS DO METABOLISMO E DA MORFOLOGIA DE CEDRELA FISSILIS VELL. E ANADENANTHERA COLUBRINA (VELL.) BREN. SUBMETIDAS A DIFERENTES REGIMES HIDRICOS. Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 39, n.2, p. 385-392, 1996.
b) Livros 1 MARQUES, M. C. M.; BRITEZ, R. M. (Org.) . História Natural e Conservação da Ilha do Mel. 1. ed. Curitiba: Editora UFPR, 2005.
v. 800. 266p .
c) Capítulos de livros 1 Marques, Márcia C. M.; SILVA, A. C. L. E. ; RAJAO, H. ; ROSADO, B. H. ; BARROS, C. F. ; OLIVEIRA, J. A. ; FINOTTI, R. ; NECKEL-
OLIVEIRA, S. ; AMORIM, A. ; CERQUEIRA, R. ; BERGALLO, H. G. . Conhecendo a Biodiversidade. 1. ed. Brasília: MCTIC, CNPq, PPBio, 2016. v. 1. 191p .
2 MARQUES, M. C. M.. Fenologia no limite sul da região tropical: padrões e algumas interpretações. In: Embrapa-UFPR. (Org.). Fenologia: ferramenta para conservação, melhoramento e manejo de recursos vegetais arbóreos. Curitiba: Embrapa, 2008, v. , p. -.
3 MARQUES, M. C. M.; PEDROSA MACEDO, J. H. ; SMITH, C. W. . Fenologia do araçazeiro no primeiro planalto do Estado do Paraná. In: Macedo, J. H. P; Dalmolin, A. M. & Smith, C. W.. (Org.). O araçazeiro - ecologia e controle biológico. Curitiba: , 2007, v. , p. -.
4 BRITEZ, R. M. ; MARQUES, M. C. M. . Caracterização Geral. In: Márcia Cristina Mendes Marques; Ricardo Miranda de Britez. (Org.). História Natural e Conservação da Ilha do Mel. 1ed.Curitiba: Editora UFPR, 2005, v. , p. 13-17.
5 MARQUES, M. C. M.; OLIVEIRA, P. E. A. M. . Características reprodutivas das espécies vegetais da planície costeira. In: Márcia Cristina Mendes Marques; Ricardo Miranda de Britez. (Org.). História Natural e Conservação da Ilha do Mel. 1ed.Curitiba: Editora UFPR, 2005, v. , p. 169-188.
6 JOLY, C. A. ; SPIGOLON, J. R. ; LIEBERG, S. A. ; AIDAR, M. M. P. ; SALIS, S. M. ; METZGER, J. P. W. ; ZICKEL, C. S. ; LOBO, P. C. ; SHIMABUKURO, M. T. ; SALINO, A. ; MARQUES, M. C. M. . PROJETO JACARÉ-PEPIRA - OS RESULTADOS DO DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE RECOMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DO ECÓTONO CILIAR COM BASE NA FLORÍSTICA REGIONAL. In: R. R. RODRIGUES. (Org.). MATAS CILIARES: ESTADO ATUAL DO CONHECIMENTO. CAMPINAS: ED. DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, 2000, v.
Figura 1. Evolução das citações de artigos científicos. Fonte ReserachID.
5. Atividades administrativas na UFPR
Tenho como característica me envolver ativamente em discussões sobre melhorias nos
espaços acadêmicos, o que resultou em várias representações em diferentes colegiados ou grupos
de discussão dentro da UFPR. Enquanto professores e biólogos, não temos formação para exercer
tais atividades, mas a experiência prática, conversas com “colegas-mentores” e alguns cursos
livres à distância realizados voluntariamente (Planejamento Estratégico, Liderança e Inteligência
Emocional, Uso de plataformas de gestão, etc.) me ajudaram a desempenhar tais atividades com
melhor qualidade. Sempre busco desempenhar estas atividades administrativas com dedicação e
empenho, embora o cansaço do final dos mandatos em geral comprometeu alguns resultados.
Ao longo do tempo, fui Coordenadora de Pós-Graduação (2003-2006), Chefe do
Departamento de Botânica (2015-2017) e Vice-Presidente do Conselho Setorial de Pesquisa (2002-
2003). Participei como membro do colegiado do PPG Ecologia e Conservação por 9 anos (2004-
2006; 2008-2013), do colegiado de cursos de graduação (Farmácia, Zootecnia e Engenharia
Ambiental) e do Comitê Orientador de Estágio (Biologia) por vários anos. Criei e permaneço como
coordenadora do Laboratório de Ecologia Vegetal desde 1997. Dentro destas representações,
participei de inúmeras comissões que trataram de questões relativas à política e administração
universitárias, na avaliação de projetos e trabalhos discentes, entre outros. Participei de comissões
ou grupos de trabalho que trataram de grandes projetos universitários, como o CTInfra (2005-
2006), o Reuni (2010) e, agora mais recentemente, o PRINT (onde sou vice-coordenadora de
projeto).
Enquanto chefe do Departamento de Botânica, propus e liderei atividades referentes à
comemoração dos 75 anos do Departamento em 2017. Com um resgate histórico em documentos
e entrevistas, foram produzidos vídeo e encarte, e realizados eventos de extensão e científico que
ressaltaram a importância do Departamento nos cenários regional e nacional.
6. Orientações e nucleação
Ao logo da carreira na UFPR orientei 78 alunos em diferentes níveis, alguns dos quais
permaneceram sob minha orientação em mais de um nível. Supervisionei o trabalho de 3 pós-
doutorados e orientei 10 teses de doutorado (quatro em andamento), 25 dissertações de
mestrado (4 em andamento), 24 trabalhos de monografia de final de curso (Biologia), 16 iniciações
científicas ou orientações de outra natureza. Todos os estudantes de pós-graduação receberam
bolsas CAPES pelo curso, ou bolsas CNPq por projetos que tive junto a esta agência.
Do total de alunos formados em pós-graduação e pós-doc, 4 são atualmente professores de
instituições de ensino superior, 5 estão atuando em órgão ambiental federal ou ONGs e vários no
Ensino Fundamental e Médio (Tabela 4). Portanto, acredito que eu esteja contribuindo para
profissionais acadêmicos e práticos, além de muitos professores, com várias formas de atuação na
sociedade.
Tabela 4. Lista dos alunos e trabalhos orientados aos níveis de doutorado (a), mestrado (b) e
pós-doutorado (c) e suas atuações posteriores.
a) Teses de doutorado concluídas: Orientadora principal: 1 Vinícius Marcilio-Silva. Floresta atlântica: distribuição da diversidade vegetal em um contexto econômico e
conservacionista. 2017. (Doutorado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: Professor do Colégio Militar do Paraná.
2 Carolina Yumi Shimamoto. Serviços ecossistêmicos da Floresta Tropical: uma avaliação em diferentes escalas espaciais. 2016. (Doutorado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: Professora da Rede Estadual de Ensino Fundamental e Médio (MT).
3 Victor Pereira Zwiener. Padrões macroecológicos de diversidade vegetal e prioridades de conservação da mata atlântica. 2015. (Doutorado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES,MEC-Reuni. Atual: Professor da Rede Federal de Ensino Superior (UFPR-Palotina)
4 Fernanda Cristina Gil Cardoso. Estruturação de comunidades vegetais em areas sucessionais da floresta atlântica, em diferentes tipos de solo. 2014. (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CNPq. Atual: Professora Substituta de Ensino Superior Federal (PR); Professora da Rede Particular de Ensino Fundamental e Médio (PR).
Coorientações: 5 Dieter Liebsch. Distúrbios naturais e antrópicos em remanescentes da floresta com araucária. 2018. (Doutorado
em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, CNPq. Atual: Consultor na Área Ambiental
6 Kelly Geronazzo. Sucessão e suas relações com fatores pedológicos em trechos da Floresta Ombrófila Densa Submontana no Paraná-Brasil. 2012. (Doutorado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Professora Substituta da Rede Estadual de Ensino Superior (PR).
b) Dissertações de mestrado concluídas: Orientadora principal 1 Carolina Machado Rosa. Restauração ecológica para recuperação da biodiversidade e mitigação de mudanças
climáticas: uma abordagem crítica. 2018. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: sem vínculo
2 Anamaria Cequinel. Fatores que afetam a substituição de espécies durante a sucessão em floresta atlântica. 2017. (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal do Paraná, CAPES: Atual: Vínculo provisório em área não científica.
3 Ricardo Augusto de Camargo. Efeitos indiretos da diversidade da vegetação sobre a decomposição de serapilheira na Floresta Atlântica. 2016. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: Bolsista Técnico Projeto de Pesquisa; Vínculo provisório em área não científica.
4 Daniele Moraes. Estrutura funcional e filogenética de assembleias vegetais de campos naturais na região dos
campos gerais do Paraná. 2014. (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal do Paraná, MEC-Reuni. Atual: Doutorado
5 Luana Ferreira Rodrigues. Efeitos de deslizamentos de encosta sobre a diversidade funcional da floresta atlântica. 2014. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Vínculo provisório em área não científica.
6 Fernanda Fernandes Cordeiro de Lima. Limitação ao recrutamento de árvores em áreas de restauração no litoral do Paraná. 2012. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, MEC-Reuni. Professora da Rede Particular de Ensino Fundamental (PR).
7 Carolina Yumi Shimamoto. Estimativa do crescimento e acúmulo de biomassa em espécies arbóreas, como subsídio a projetos de restauração da mata atlântica. 2012. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, MEC-Reuni. Atual: Doutorado
8 Natacha Sobanski. Crescimento e sobrevivência de espécies arbóreas da Mata Atlântica em áreas de restauração florestal. 2012. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, MEC-Reuni. Atual: Equipe Técnica ONG (Fundação Grupo Boticário, PR)
9 Érico Emed Kauano. Fragmentação e restauração da floresta atlântica no litoral paranaense. 2011. (Mestrado em PPG Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Instituto Chico Mendes de Biodiversidade; Doutorado.
10 Victor Pereira Zwiener. Efeito das perturbações de hábitat sobre a remoção de sementes na Floresta Atlântica em Antonina, PR. 2009. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CNPq. Atual: Doutorado
11 Fernanda Cristina Gil Cardoso. Variações fenológicas de árvores da Floresta Atlântica, em diferentes condições de solo. 2009. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CNPq. Atual: Doutorado.
12 Cibele Munhoz. Ecologia e conservação da imbuia (Ocotea porosa) em fragmentos de Floresta com Araucária no Paraná. 2008. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
13 Andre Targa Cavassani. Floresta estacional semidecidual da bacia do médio rio ivaí, pr: um estudo da dinâmica de regeneração e o potencial uso das espécies na restauração de ecossistemas. 2007. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, Embrapa-Floresta. Atual: Equipe Técnica de ONG (Instituto Neotropical; The Nature Conservancy).
14 Kwok Chiu Cheug. Regeneração Natural em áreas de Floresta Atlântica na Reserva Cachoeira, Antonina, PR. 2006. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Professor da Rede Particular de Ensino Superior (MS).
15 Betina Bruel Ortiz. Avaliação de dois métodos de plantio na restauração da Floresta Atlântica, Antonina, PR. 2006. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Equipe Técnica de ONG (Instituto Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental-SPVS, PR)
Coorientações: 16 Letícia Larcher. Alocação de biomassa e tolerância à sombra em plântulas de espécies arbóreas da floresta
atlântica. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Doutorado/ Equipe Técnica de ONG (Instituto Homem Pantaneiro)
17 Ana Caroline Giordani. Avaliação genético-populacional em áreas de restauração ecológica na floresta atlântica. 2012. (Mestrado em Ecologia e Conservação) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Professora da Rede Municipal de Ensino Fundamental (PR)
18 Dieter Liebsch. Caracterização fitossociológica e estrutural de três fases sucessionais da floresta ombrófila densa submontana, em Antonia, estado do Paraná. 2006. (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: Doutorado.
19 Letícia Cavichiolo. Anatomia comparada dos principais tipos morfofuncionais de plântulas ocorrentes na Ilha do Mel. 2006. (Mestrado em Botânica) - Universidade Federal do Paraná. Atual: Desconhecido
20 Joema Carvalho. Avaliação da regeneração natural do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Mista Aluvial do rio Barigui, município de Araucária - PR. 2003. (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, CAPES. Atual: Doutorado/ Consultora Ambiental
c) Supervisão Pós-Doc: 1 Luciana Franci. (2017-atual)
2 Kauana Melissa Dickow (2013) Atual: Professora Ensino Superior Particular SC
3 Pedro Ortman Cavalin (2012). Atual: Vínculo em área não científica
7. Extensão e popularização da ciência
As atividades de extensão foram sendo incorporadas nas minhas atividades na UFPR desde
cedo, embora ocupassem, proporcionalmente, menos tempo que a pesquisa e o ensino. Participei
como docente Curso de Proficiência Básica em Ciências para professores da rede estadual de
ensino (1996-1997), ministrei cursos de extensão universitária organizado por estudantes da
Biologia (2003, 2015) e coordenei e ministrei aulas em curso de Extensão com a temática
“Restauração Ecológica de Ecossistemas” por diversas vezes (entre 2010-2012). Em 2017, ajudei a
organizar e participei com meus estudantes da mostra “75 anos da Botânica da UFPR”,
direcionada a estudantes do Ensino Fundamental de Curitiba.
Sempre que requisitado, tenho atendido a imprensa para entrevistas em dezenas de vezes
(jornais e TVs locais). Algumas das matérias de maior repercussão foram “Regeneração da Mata
Atlântica pode levar milênios” (New Scientist, Folha de São Paulo, Jornal o Globo), que tratou de
resultados apresentados em trabalho científico da Biological Conservation (2008), e “Florestas
Restauradas podem amenizar efeitos das mudanças climaticas” (jornais locais, blog Energy
Vulture, TV UFPR), traduzindo os resultados de artigo publicado na Forest Ecology and
Management (2014). Recentemente (desde 2017), tenho produzido textos em escrita jornalística-
criativa abordando questões ecológicas-conservacionistas, que, com o apoio da Rede de
Especialista em Conservação da Natureza (da Fundação O Boticário), tem sido reproduzido como
coluna de opinião em várias mídias regionais e nacionais (Gazeta do Povo, Correio Brasiliense,
Estadão, etc).
8. Sociedades científicas, trabalhos técnicos e bancas
Sou afiliada a algumas sociedades brasileiras e internacionais, com as quais contribui de
diferentes formas durante minha carreira. Fiz parte do grupo de coordenadores de pós-graduação
que em 2005 criou a ABECO, Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação, da qual sou
vice-presidente já em segundo mandato (2013-2016; 2016-2019). Pela ABECO criamos várias
novas atividades, incluindo a Reunião da ABECO (RABECO), onde trabalhei na organização
(Comissão Científica) em 2016 e agora em 2018 (Comissões Local e Científica).
Também fiz parte do grupo que criou a SOBRE, Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica,
durante um evento da REBRE, Rede Brasileira de Restauração Ecológica, que organizei com
Ricardo Britez em Antonina, PR em 2014. Atualmente faço parte do Conselho da SOBRE (2016-
2020). A SOBRE, juntamente com a Society on Ecological Restoration-SER (da qual sou sócia),
organizou, em 2017 o “7º World Conference on Ecological Restoration”, onde trabalhei
ativamente na comissão organizadora (Comissão Local, Científica e Sócio-Cultural) deste evento de
mais de 1000 pessoas. Com a Sociedade Brasileira de Botânica, com a qual mantive ativa por
vários anos (1991-2016), trabalhei, junto com colegas de Departamento, na organização do 56º
Congresso Nacional de Botânica que ocorreu em Curitiba em 2015 (Comissões Científica e Sócio-
Cultural) e contou com quase 4000 pessoas. Fiz parte de grupo que organizou evento paralelo nas
COP 8 e COP 9 (Conference of Parties em Curitiba, em 2006, e Bonn, Alemanha em 2008), e
simpósios em diferentes eventos (ATBC 2012, RABECO 2016, SOBRE 2018). Tenho colaborado
também como membro de comissão ou parecerista de outros eventos, nacionais ou locais, em
diferentes áreas (Cong. Brasileiro de Unidades de Conservação, Cong. Brasileiro de Zoologia, Cong.
Brasileiro de Ecologia, etc).
Entre as atividades técnicas, participei do Comitê de Avaliação da CAPES por 3 anos (2009-
2011), fui consultora ad-hoc do CNPq (desde 2008), de agências estaduais (Fundação Araucária,
FAPAM, FACEPE, FAPEMIG, FAPITEC/SE, vários anos) e internacionais (ANR/França,
NOSR/Holanda, alguns anos), além de ONGs (Fundação O Boticário desde 2003, e IEB em 2006-
2007) e universidades (UESC, UEM, alguns anos). Participei do Comitê Internacional, do Ministério
da Educação, para a implantação do curso de Bacharelado em Ecologia e Biodiversidade, na
Universidade da Integração Latinoamericana, UNILA (2009).
Fui parecerista de inúmeros artigos científicos em mais de 30 revistas científicas nacionais e
internacionais, entre as quais, Biological Conservation, Conservation Biology, Restoration Ecology,
Plant Ecology, Plant Biology, PlosOne, Biotropica, Annals of Botany, Ecological Applications, Forest
Ecology and Management, Journal of Vegetation Science, Flora, Acta Botanica Brasilica. Fui
editora de área da Biota Neotropica e atualmente sou Editora Associada da Brazilian Journal of
Botany e da Ecological Restoration.
Na área ambiental, participei de grupos de trabalho e comitês junto às agências estadual e
federal do meio ambiente e com várias ONGs. Participei de oficinas para estratégias de ação para
conservação da biodiversidade (2016, 2017, 2018) e para restauração da Mata Atlântica (2015,
2017), promovido por MMA, ICMBio e/ou da agência alemã GIZ. Na esfera estadual participei de
oficinas de elaboração de proposta de conservação do patrimônio natural do litoral paranaense
(IAP, Sec. Est. Meio Ambiente, ICMBio, Petrobrás, GIZ; 2015), GT para elaboração de instrumento
jurídico para conservação da Floresta com Araucária (2015) e oficina para as estratégias estaduais
para restauração (2017). Participo, eventualmente, do comitê gestor do Mosaico Lagamar, da APA
Guaraqueçaba e da revisão/adequação de plano de manejo de UCs (p. ex. RPPN Guaricica, RPPN
Salto Morato). Tenho participado também do Comitê Técnico da Fundação o Boticário (2006,
2011, 2018), além de ser parecerista daquela Fundação desde 2005.
Mantenho, desde 2000, parcerias oficiais (em forma de Termos de Convênio
interinstitucionais) ou não com diversas ONGs regionais voltadas para a conservação da
biodiversidade, visando apoiar a realização de pesquisas e aulas. São elas o Instituto Sociedade de
Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Fundação O Boticário de Proteção
Ambiental, Sociedade Chauá, entre outras. Entre 2011-2013 participei do projeto de extensão
“Pesquisa e Capacitação em Restauração Ambiental na Floresta Atlântica do Parana”
coordenado pela SPVS e apoiada pelo Tropical Forests Conservation Act, do Funbio (valor
R$ 60.000), onde foram realizados cursos de capacitação, trilha interpretativa e a
restauração ecológica de área invadida pela Brachiaria no litoral do estado.
Fui membro de 74 bancas de final de curso, sendo 33 de mestrado, 27 de doutorado, 14
qualificações de doutorado e 13 de trabalhos de conclusão. As bancas que participei foram de
trabalhos realizados, em grande maioria, em instituições do Brasil todo (UFRGS, UFSC, UEL, USP,
UNESP, UNICAMP, UFRJ, UFMS, UDESC, etc), e um número menor, na UFPR (PPGECO, PPGBot,
PPGCiências do Solo, PPG Eng. Florestal, PPG Geografia, etc). Tive participação em 8 bancas de
comissão julgadora de concursos realizados na USP, UFRJ, UFSC e na própria UFPR.
9. Redes de colaboração em pesquisas
Ao longo de minha carreira tenho colaborado com pessoas de diferentes instituições nacionais
e internacionais, discriminados abaixo.
-Rede Mata Atlântica Paraná (2013-atual): sou coordenadora da rede de pesquisa formada
pelos pesquisadores da UFPR vinculados aos projetos PPBio e PELD acima mencionados. São eles:
Isabela Varassin, André Padial, Paulo Labiak (Dpto. Botânica UFPR), Maurício Moura, Rodrigo
Feitosa, Marcio Pie (Dpto. Zoologia), Sabrina Borges (Dpto Física), Jean Vitule (Dpto. Eng.
Ambiental).
-Rede PPBIO Mata Atlântica (2013-atual): participo da rede nacional coordenada por Helena
Bergalo (UERJ), e com participação Ana Carolina Lins e Silva (UFRPE), André Amorin (UESC), Selvino
Neckel (UFSC) e mais de 100 pesquisadores associados.
- Rede Campos Sulinos (2012-2014): participei de projeto dentro do edital Sisbiota,
coordenado pelo Prof. Valério De Patta Pillar, e estive ativa na rede por alguns anos.
-Outras redes e workshops nacionais e internacionais: NUTRE (2012, workshop coordenado
por Fabio Scarano, UFRJ), PARTNERS (2014, rede coordenada por Robin Chazdon, Univ.
Connecticut, EUA); TUMBRA (2013, workshop coordenado por Thomas Lewinsohn, com
participação de pesquisadores brasileiros e alemães), MATAS SECAS (2016, rede coordenada pelo
Jardim Botânico do RJ, com participação de pesquisadores brasileiros e da Reino Unido),
Inbioveritas (2008-2012, rede de pesquisadores e ambientalistas brasileiros e alemães atuando no
litoral do Paraná), entre outros.
- Outras colaborações internacionais: David Burslem, Mike Swaine (Universidade de
Aberdeen), Pedro Peres Neto (Université du Quèbec à Montrèal),
10. Prêmios
Tenho sido agraciada com bolsa produtividade em pesquisa do CNPq desde 2008 (nível 2) e da
Fundação Araucária, em 2012. Fui professora homenageada de turma de Biologia por duas vezes
(2005, 2013). Recebi, junto com meus alunos co-autores, o prêmio “Highly cited author 2008-
2011” da revista Biological Conservation, com artigo publicado em 2008, e o reconhecimento
“Editor´s Choice” da revista Diversity and Distribution, de artigo publicado em 2017.
11. Considerações finais e perspectivas futuras
Uma carreira acadêmica é feita de fatos, feitos e números. Tradicionalmente, o modus
operandi da avaliação do mérito científico tem privilegiado os “números”, mas acredito que o
verdadeiro progresso da ciência e da educação dependa também dos “fatos e feitos”. Em um país
como o Brasil, onde severas deficiências na distribuição de renda e na educação básica limitam as
oportunidades de jovens, a ciência deve ir além dos limites das avaliações, para garantir seu papel
ímpar de promover um futuro melhor. Intuitivamente, essas foram as ideias que nortearam meus
passos em minha carreira junto à UFPR. A construção coletiva por uma UFPR democrática e com
excelentes cursos e professores, estudantes melhor formados, publicações de maior impacto,
ciência mais inclusiva e espaços adequados e sustentáveis é o que norteou e continuará me
guiando em meus próximos anos dentro da instituição.
Meus próximos anos de dedicação à UFPR ainda não estão traçados, mas certamente
continuarão marcados pelos meus mais profundos ideias: o serviço público federal com entrega de
serviços de alto nível aos cidadãos brasileiros, a ciência ecológica brasileira reconhecida
internacionalmente como uma das melhores do mundo, a mulher cientista igualitariamente
respeitada e a biodiversidade brasileira conservada e garantida para as próximas gerações.
Também espero que minha trilha profissional vá além de uma mera forma de subsistência própria,
e que contribuía, efetivamente, por um mundo mais humanizado, sustentável e poético.
12. Anexo:
DADOS FUNCIONAIS NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL E NA ACADEMIA
Matrícula UFPR SIAD: 135097
Matrícula no SIAPE: 2117304
Data de Admissão: 20/11/1995
Cargo atual: Professora Associada IV
Lotação: Departamento de Botânica, Setor de Ciências Biológicas
Endereço: Cel. Francisco H. dos Santos, S/N, Jardim das Américas, 81531-980, Curitiba, PR.
Link para currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1184304862861181
Site do Laboratório: http://labecovegetal.wordpress.com
Orcid: http://orcid.org/0000-0002-1003-9596