Post on 23-Nov-2018
Motivos que levaram à crise (I)
Dispersão dos territórios (África, Ásia e América);
Despesas muito elevadas:
Compra de produtos;
Compra de armamento;
Construção de navios;
Construção de fortalezas;
Manutenção;
Pagamento de funcionários e soldados.
Motivos que levaram à crise (II)
Distância e duração das viagens;
Corrupção;
Ataques de piratas e corsários.
Manutenção do Império do Oriente
Criação de um Império no Norte de África
D. Sebastião opta pela segunda: quer criar um grande Império em Marrocos
Problemas:
D. Sebastião não tinha filhos nem irmãos.
O rei só tinha, como familiar mais próximo, um tio-avô que já era idoso e, para além disso, era membro da Igreja Católica – o Cardeal D. Henrique, Inquisidor-Mór do Reino…
D. Henrique sucede a D. Sebastião, mas morre em 1580.
Não tinha filhos nem irmãos…
CRISE DE SUCESSÃOCRISE DE SUCESSÃO
Teria de ser um dos sobrinhos a suceder-lhe no trono, mas qual?
Filipe II de Espanha?
D. Catarina de Bragança?
D. António, Prior do Crato?
(todos eram netos do rei D. Manuel)
Filipe II de Espanha
Era o rei mais poderoso do mundo.
Tinha o apoio:
Da alta nobreza e do alto clero (queriam novos cargos)
Da burguesia (queria acesso a novos mercados)
D. Catarina de Bragança
Tinha contra si o facto de ser mulher e “apenas” Duquesa.
Tinha o apoio:
Da mais antiga nobreza de Portugal.
D. António, Prior do Crato
Era filho ilegítimo do Infante D. Luís.
Era membro do clero.
Tinha o apoio do povo.
Foi derrotado na batalha de Alcântara e exilou-se em Paris.
Objectivo: aclamar Filipe II como rei de Portugal.
Promessas do novo monarca:
Manutenção da independência nacional.
O cargo de vice-rei/governador seria para um português.
Os cargos da administração, finanças, justiça, militares e eclesiásticos, seriam para portugueses.
Não seriam retirados territórios a Portugal.
Manter-se-ia o uso da moeda e da língua portuguesa.
Grande desenvolvimento da agricultura, indústria têxtil, construção naval e comércio do Mar do Norte.
Defendiam o conceito de Mare Liberum (Hugo Grócio):
- . opunha-se ao Mare Clausum (Mar Fechado);
- . qualquer país tinha o direito a navegar pelos mares;
- . Qualquer país tinha o direito de fazer comércio com qualquer povo/zona do mundo.
Eram grandes intermediários entre o sul e o norte da Europa.
Os seus barcos eram fretados para transporte de mercadorias (cerca de ¾ dos barcos mercantis que navegavam na Europa eram holandeses).
A burguesia holandesa era activa e empreendedora.
Criaram-se companhias comerciais para fazer face à concorrência ibérica, com poderosas frotas marítimas, defendidas por navios de guerra.
Grande potência colonial a partir da 2ª metade do século XVII:
. Larga experiência marítima dos ingleses;
. Ataques de piratas e corsários ingleses aos navios ibéricos, durante os sécs. XVI e XVII.
. 1558-1603: No reinado de Isabel I, os ingleses queriam dominar e fazer comércio nas regiões descobertas.
. Com o princípio do Mare Liberum vão conquistar territórios nas Antilhas, Golfo da Guiné e feitorias portuguesas no Oriente.
. Comércio: açúcar, rum e escravos.
DERROTA DA “GRANDE ARMADA” DE ESPANHÓIS E PORTUGUESES (ERRADAMENTE DESIGNADA POR “INVENCÍVEL ARMADA”)