Morfologia e Fenologia Da Mandioca

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MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA

MANDIOCA Manihot esculenta subsp esculenta

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MORFOLOGIA

Planta heliófila – necessita de muita luz

Faixa temperatura - 25 a 30oC (média anual).

Perene

Família Euphorbiaceae (mamona, seringueira)

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GÊNERO

Manihot possui mais de 200 espécies M. glaziovii (maniçoba), M. catingae,

M. saxicola, M. M. melanobasis.

Comercial – M. esculenta Crantz

IntercruzamentosGrande número de variedades

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Arbustiva ou semi-arbustiva

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Sistema Foliar

Sistema

caulinar

SistemaRadicula

r

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1. SISTEMA RADICULAR

Origem

SementeAxial tuberosa

Raízes secundárias feculentas

Propagação agâmica

Pseudo-fasciculado tuberoso

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TAMANHO DAS RAÍZES

15 cm a 1 metro

Variam em função:

Variedade e condições de cultivo

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Presença de pedúnculo nas raízes

Pedunculada

Séssil

Mista

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IAC 576-70rica em carotenóide

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1- Periderme

(córtex)

2- Esclerênquima

3- Parênquima

cortical

4- Floema

5- Câmbio

6- Parênquima de

armazenamento

(polpa)

Células de fécula

7- Xilema

8- Xilema e fibras

Ampliação grãos de amido

pequenos grandes

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Indicadas para a indústria

de farinha

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Cor externa da raiz

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Cor do córtex da raiz

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Cor da polpa da raiz

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SISTEMA CAULINAR

Subarbustivo ereto; Ciclo vegetativo – indiviso Ciclo reprodutivo - ramificado

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Cor do córtex do caule

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Cor externa do caule

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Filotaxia(comprimento)

Distância entre cicatrizes de folhas que estão no mesmo plano deve ser tomada no terço médio da planta

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ManivaParte do caule

usado para propagação da

mandioca

Gema(axila do nó)

originam novas

brotações

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SISTEMA FOLIAR

Folhas simples inseridas no caule Disposição alterna-espiralada Lobadas Longamente pecioladas

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Variações dos LobosQuanto a cor:

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Forma do lóbulo central

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Número de lóbulos

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Cor da folha apical

CARACTERÍSTICA BOTÂNICA

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Pubescência do broto apical

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INFLORESCÊNCIA

Flores unissexuadas por aborto; Alogamia – por amadurecimento flor

feminina dias antes da masculina.

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SEMENTES

Maioria chochas; Baixa taxa de germinação; Germinação irregular

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FISIOLOGIA DA MANDIOCACINCO FASES PRINCIPAIS

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1ª FASE – BROTAÇÃO DAS MANIVAS (ESTACAS)

Dias após plantio

7 1as raízes ao nível dos nós das extremidades das estacas;Raízes – 8 cm1os ramos aéreos

10 - 12 Pequenas folhas15 Fim da 1ª fase

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2ª FASE – FORMAÇÃO DO SISTEMA RADICULAR

Duração da fase – 70 a 80 dias

Desaparecimento das 1as raízes

Formação de raízes maiores – 40 a 50 cm

Fixação e absorção de nutrientes

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3ª FASE - RAMOS E FOLHAS

Duração da fase – 90 dias

Ramificação da planta – depende da variedade

Folhas – desenvolvimento máximo aos 12 dias, persistem na planta de 60 a 100 dias.

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4ª FASE – ENGROSSAMENTO DAS RAÍZES Duração da fase – 5 meses

Migração das substâncias de reserva(início na 3ª fase)

Lignificação dos ramos

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5ª FASE - REPOUSO

Perda de folhagem – natural da espécie Encerra atividade vegetativa Migração do amido para as raízes

1o ciclo 2o cicloEncerra ciclo9 - 12 meses

Nova formação de ramos e folhas até 16 mesesFormação do amido para repouso – 17 ao 22º mês23o – perda da folhagem

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ECOFISIOLOGIA

Como fatores climáticos interferem na fisiologia da mandioca

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ÁGUA

Tolerante ao déficit hídrico

Favorecido pelo sistema radicular

Explora bem grande volume de solo – água e nutrientes

fibroso, bem desenvolvido e profundo

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ÁGUA Adapta-se a variações pluviométricas

Ideal – 1000 a 1500 mm/ano, bem distribuídos

Principalmente –1ª a 3ª fase

Irrigação – favorece parte aérea, diminui engrossamento de raízes de reserva.

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TEMPERATURA

16ºC-38ºC ideal 25ºC-30ºC 10ºC não há crescimentoClimas quentes e úmidos

↓ TºC Atraso na brotação,↓ nº de folhas, MS total, MS raízes,↑ teor de HCN nas raízes

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FOTOPERÍODO

Dias longos x Dias curtos parte aérea raízes tuberosas

Dias longos + TºC matéria seca que chega as raízes

Radiação solar = internódios e da AF (área foliar)

produção de raízes tuberosas

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SOLO

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SOLO

“Leve, solto, fresco, de boa drenagem, profundo, livre de

encharcamentos e inundações e de boa fertilidade.”

(Concceição, 1981)

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SOLO

Desenvolve e produz – relativamente bem:

Solos de baixa fertilidade; Baixos teores de fósforo (associação

com micorrizas); Tolera solos ácidos; Suportar altos níveis de saturação por

alumínio; Suscetível a salinidade.

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SOLOS ARENOSOS

Fertilidade - mais baixa

teores de P, Ca, Mg e K teores de micronutrientes Zn em algumas áreas

SOLOS ARGILOSOS

Fertilidade - maior

teores de Ca, Mg e K suficientes, P em alguns casos

teores de micronutrientes atendem às necessidades

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SOLOS ARENOSOS

Preparo do solo e colheita - mais fáceis

Perda d’água e possíveis problemas de estiagem - mais acentuados

SOLOS ARGILOSOS

Preparo do solo e colheita -

maior dificuldade compactação

Perda d’água - mais lenta

Problemas de estiagem - menores

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SOLOS ARENOSOS

Raízes Maior comprimento, raízes mais uniformes e menos tortuosas

Erosão - mais acentuado

SOLOS ARGILOSOS

Raízes Menor comprimento, raízes menos uniformes e mais tortuosas

Erosão - menos acentuado

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Terreno bem preparado – facilita sulcamento, plantio, tratos culturais e colheita

Cuidado com compactação (20 a 30 cm) – uso de sulcador

SOLOS

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Aração (15 a 20 cm) seguida de gradagem

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SOLO

Atenção – perdas por erosão

principalmente no 1º ciclo

Solos arenosos Topografia

inclinada

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CALAGEM

pH ideal – entre 5,0 e 6,0 Época de aplicação – antes da aração

e 45 a 60 dias antes do plantio Calcário dolomítico – fornecimento de

Ca e Mg V = 50-60%, Mg = 5mmolc/dm3

Não aplicar mais que 2 t/ha de calcário

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ADUBAÇÃO

Eficiência em produzir em áreas esgotadas

Micorrizas Extração de nutrientes elevada

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REQUERIMENTO NUTRICIONAL

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ADUBAÇÃO

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ADUBAÇÃO

N – em cobertura, 0 a 40 kg/ha de N, aos 30 a 60 dias após a brotação

K parcelado em solos arenosos lixiviação

P sulco de plantio em solos arenosos e argilosos mobilidade

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DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

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NITROGÊNIO Crescimento reduzido

da planta; Em algumas

cultivares ocorre amarelecimento uniforme e generalizado das folhas, iniciando nas folhas inferiores e atingindo toda a planta.

Excesso – Crescimento parte aérea - raízes

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FÓSFORO

Crescimento reduzido da planta

Folhas pequenas, estreitas e com poucos lóbulos

Hastes finas; Condições severas ocorre

o amarelecimento das folhas inferiores, que se tornam flácidas e necróticas e caem;

Diferentemente da deficiência de N, as folhas superiores mantêm sua cor verde escura, mas podem ser pequenas e pendentes.

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POTÁSSIO

Crescimento e vigor reduzido da planta;

Entrenós curtos, pecíolos curtos e folhas pequenas;

Em deficiência muito severa ocorrem manchas avermelhadas, amarelecimento e necrose dos ápices e bordas das folhas inferiores, que envelhecem prematuramente e caem;

Necrose e ranhuras finas nos pecíolos e na parte superior das hastes.

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CÁLCIO

Crescimento reduzido da planta;

Folhas superiores pequenas, com amarelecimento, queima  e deformação dos ápices foliares;

Escassa formação de raízes.

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MAGNÉSIO

Clorose inter-nerval marcante nas folhas inferiores, iniciando nos ápices ou bordas das folhas e avançando até o centro;

Em deficiência severa as margens foliares podem tornar-se necróticas;

Pequena redução na altura da planta.

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FERRO

Clorose uniforme das folhas superiores e dos pecíolos, os quais se tornam brancos em deficiência severa;

Inicialmente as nervuras e os pecíolos permanecem verdes, tornando-se de cor amarela-pálida, quase branca;

Crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal.

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ENXOFRE

Amarelecimento uniforme das folhas superiores, similar ao produzido pela deficiência de N;

Algumas vezes são observados sintomas similares nas folhas inferiores.

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BORO

Deficiência Altura reduzida da planta,

entrenós e pecíolos curtos, folhas jovens verdes escuras, pequenas e disformes, com pecíolos curtos;

Manchas cinzas, marrons ou avermelhadas nas folhas completamente desenvolvidas;

Exsudação gomosa cor de café nas hastes e pecíolos; redução do desenvolvimento lateral da raiz. 

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BORO

Toxidez Manchas brancas ou

marrons nas folhas velhas, especialmente ao longo dos bordos foliares, que posteriormente podem tornar-se necróticas

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COBRE

Deformação e clorose uniforme das folhas superiores;

Ápices foliares tornam-se necróticos e as margens das folhas dobram-se para cima ou para baixo;

Pecíolos largos e pendentes nas folhas completamente desenvolvidas;

Crescimento reduzido da raiz.

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MANGANÊS

Deficiência Clorose entre as nervuras

nas folhas superiores ou intermediárias completamente expandidas;

Clorose uniforme em deficiência severa;

Crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal.

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MANGANÊS

Toxidez Amarelecimento das

folhas velhas, com manchas pequenas escuras de cor marrom ou avermelhada ao longo das nervuras;

As folhas tornam-se flácidas e pendentes e caem no solo.

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ZINCO

Manchas amarelas ou brancas entre as nervuras nas folhas jovens, as quais com o tempo tornam-se cloróticas, com lóbulos muito pequenos e estreitos, podendo crescer agrupadas em roseta;

Manchas necróticas nas folhas inferiores;

Crescimento reduzido da planta.

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ALUMÍNIO

Toxidez Redução da altura da planta e do

crescimento da raiz; Amarelecimento entre as nervuras das

folhas velhas sob condições severas.