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2.1 RELEVO TERRESTRE
1. A Formação da Terra
O planeta Terra está em constante transformação, tanto em seu interior quanto na
superfície. Durante sua formação, a configuração da crosta terrestre era completamente
diferente da que observamos hoje. Essas transformações continuam acontecendo porque o
planeta possui muita energia em seu interior e a superfície da crosta terrestre sofre a ação
permanente de forças externas, como a chuva ou o vento, e do próprio ser humano, que
constrói cidades, desmata, refloresta, extrai minérios, faz aterros e represas, desvia rios, etc.
Algumas mudanças de origem natural são facilmente percebidas. Por exemplo,
terremotos e erupções vulcânicas são fenômenos que podem provocar alterações imediatas na
paisagem. Outras mudanças, como o afastamento dos continentes ou o processo de formação
das grandes cadeias montanhosas, denominado orogênese (do grego oros, que significa
‘montanha’, e genesis, ‘origem’), ocorrem em um intervalo de tempo tão longo que não
conseguimos percebê-las em nosso curto período de vida.
Por isso falamos em tempo geológico, que é medido em milhões de anos. A história
geológica da Terra é dividida em éons, que são subdivididos em eras, que se subdividem em
períodos, que por sua vez são subdivididos em épocas. Observe a tabela a seguir:
MÓDULO 2 IFET RELEVO TERRESTRE
• Embora os seres humanos tenham surgido há muito pouco tempo quando pensamos na
escola geológica, alguns cientistas consideram que as transformações provocadas na
superfície do planeta, principalmente após a Revolução Industrial, justificariam a criação de
uma nova época, denominada Antropoceno. A criação dessa nova época e sua inserção na
escala do tempo geológico depende da IUGS (sigla em inglês da União Internacional de
Ciências Geológicas), que criou uma comissão que estuda essa possibilidade desde 2008.
2. Tipos de Rocha
As rochas são agregados sólidos naturais compostos de um ou mais minerais e podem
ser classificadas, segundo sua formação, em magmáticas (ou ígneas), metamórficas e
sedimentares.
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, a matéria incandescente da qual era formada a Terra
começou a esfriar e a se solidificar, formando a crosta terrestre. Consolidaram-se, assim, as
primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas. O termo magmática vem do magma,
massa natural fluida com temperatura elevada, encontrada no interior da Terra. O termo ígnea
vem da palavra latina ignis, ‘fogo’.
Existem vários tipos de rochas magmáticas, dependendo da constituição química do
magma e de como ele se consolidou. Essa consolidação pode acontecer lentamente, quando o
magma esfria e se solidifica dentro da crosta terrestre, dando origem às chamas rochas
intrusivas (o prefixo in-, do latim, quer dizer ‘no interior’, ‘em’). Nelas, os minerais se
agrupam e formam cristais visíveis a olho nu, como na maioria dos granitos utilizados na
construção civil, nos quais conseguimos ver três componentes: quartzo, feldspato e cristais de
mica. Quando atinge a superfície terrestre em forma de lava pela erupção de um vulcão, o
magma esfria rapidamente, originando as chamadas rochas extrusivas (o prefixo ex-, do
grego, quer dizer ‘fora de’). Sempre que isso ocorre, não conseguimos distinguir, a olho nu,
os minerais componentes de uma rocha. Este é o caso do basalto.
As rochas metamórficas, assim como as magmáticas, formam-se no interior da crosta
terrestre. A pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos, ou a combinação química
de dois ou mais minerais transformam a estrutura das rochas já formadas, o que dá origem às
rochas metamórficas, como o mármore, a ardósia, o quartzito e o gnaisse. Esse processo não
deve ser confundido com a fusão de rochas, que só ocorreria no manto, camada abaixo da
crosta em que as temperaturas são mais elevadas.
Na primeira foto, exemplo de gnaisse, que se origina do metamorfismo (transformação) do
granito, rocha magmática. No centro, pia de mármore. o mármore se origina da transformação
do calcário, rocha sedimentar que aparece na última foto. Esse metamorfismo altera a cor, e
dureza das rochas, entre outras transformações. as rochas metamórficas são muito utilizadas
na construção civil como material de acabamento, como pisos e revestimentos.
Nos primórdios da história geológica do planeta, a crosta terrestre era formada por
rochas magmáticas e metamórficas. Os minerais que as compõem, no processo de
consolidação, formaram cristais. Por isso essas rochas também são, em conjunto, chamadas
cristalinas.
É preciso lembrar que esse processo de formação de rochas continua acontecendo, pois
faz parte da dinâmica da Terra. Mas, com exceção das erupções vulcânicas, em que a
solidificação da lava ocorre na superfície, não podemos observá-lo, já que é lento e ocorre no
interior da crosta.
O terceiro tipo de rocha
presente na crosta terrestre são as
sedimentares. Conforme a superfície
da Terra se resfriava, gases como
nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e
outros foram liberados e formaram a
atmosfera. A partir de então
começaram a ocorrer as chuvas, e com
elas iniciou-se o processo de
intemperismo ou decomposição
química das rochas (além da química
há a física. O intemperismo propiciou
a formação dos solos, que com o tempo passaram a ser erodidos, principalmente pela chuva
e pelo vento. Ao longo de milhões de anos, as partículas de rocha e solo foram transportadas
pelo vento e pelas águas e depositadas em depressões, formando grandes depósitos
sedimentares. Em muitas dessas depressões formaram-se, posteriormente, lagos e oceanos. A
compactação física e a transformação química das partículas dos sedimentos deram origem às
rochas sedimentares, como o arenito e o calcário. Grande parte dos fósseis é encontrada
aprisionada nas rochas sedimentares. Vale lembrar que as rochas metamórficas se originam
de transformações sofridas pelas rochas magmáticas e também pelas sedimentares.
3. As Províncias Geológicas
Os processos tectônicos estudados
condicionam estruturas na superfície das
terras emersas do planeta. Elas podem ser
classificadas em três grandes províncias
geológicas, ou seja, áreas com a mesma
origem e formação geológica: escudos
cristalinos, dobramentos modernos e
bacias sedimentares. Os escudos
cristalinos são encontrados nas áreas de
consolidação da crosta terrestre e
compõem sua formação mais antiga. São
constituídos por minerais não metálicos
(granito, ardósia, quartzo, argilas, etc.) e
metálicos (ferro, manganês, ouro, cobre,
etc.), encontrados nos escudos datados do
Proterozoico e início da era Paleozoica. O
Brasil possui 36% da superfície de seu
território em estruturas de escudo cristalino
(observe ao lado). Nos estados de Minas
Gerais e do Pará há enorme concentração
de recursos minerais metálicos.
A formação de grandes cadeias orogênicas em consequência da movimentação das
placas ocorreu no início do Período Terciário (final da Era Mesozoica e início da Cenozoica).
Em relação à história geológica do planeta, essas ocorrências são relativamente recentes; por
isso convencionou-se denominá-las dobramentos modernos ou dobramentos terciários.
Tais cadeias, como a cordilheira dos Andes, a do Himalaia, a dos Alpes e as montanhas
Rochosas, apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica, e podem conter vários
tipos de minerais metálicos e não metálicos. O Brasil, por se localizar no meio da placa
tectônica Sul-Americana, não possui dobramentos modernos nem vulcões ativos, e os abalos
sísmicos de maior intensidade são pouco frequentes no país.
As bacias sedimentares são depressões do relevo preenchidas por fragmentos
minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos; estes últimos, ao longo do tempo
geológico, podem transformar-se em combustíveis fósseis. No caso de soterramentos
ocorridos em antigos mares e lagos, ambiente aquáticos ricos em plâncton e algas, é possível
encontrar petróleo – a plataforma continental brasileira possui grandes depósitos desse
combustível. Já no caso do soterramento de antigos pântanos e flores, ricos em celulose, há a
possibilidade de ocorrência de carvão mineral. No Brasil, esses depósitos são pequenos e
ocorrem principalmente na região Sul. A estrutura geológica das terras emersas brasileiras é
constituída predominantemente por bacias sedimentares, que recobrem 64% de sua superfície,
onde podem se encontrar petróleo e carvão mineral.
As principais reservas petrolíferas e carboníferas do planeta datam, respectivamente,
das eras Mesozoica (Período Cretáceo) e Paleozoica (Período Carbonífero). Nas bacias
sedimentares ainda se pode encontrar o xisto betuminoso (rocha sedimentar que possui betume
em sua composição e da qual se extrai óleo combustível), além de vários recursos minerais
não metálicos amplamente utilizados na construção civil, como argila, areia e calcário.
4. Mineração e seus impactos
O território brasileiro é rico em minérios, sendo um dos maiores exploradores do
mundo, junto à Rússia, Estados Unidos, Canadá, China e Austrália. Isso foi possível em razão
de investimentos que propiciaram o crescimento dessa atividade nas últimas décadas.
Grande parte das empresas mineradoras não é genuinamente brasileira, tendo em
vista que muitas são associadas a outras empresas estrangeiras, oriundas principalmente dos
Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa. As empresas estrangeiras inseriram tecnologias na
extração de minérios e promoveram um significativo aumento na produção.
Para consolidar os projetos de mineração foram necessários imensos investimentos
por parte das empresas mineradoras e também pelo governo brasileiro, o qual criou
infraestrutura para sustentar tal empreendimento, como construção de hidrelétricas, ferrovias
e portos. Tudo isso para facilitar a extração e o fluxo da produção.
As empresas estrangeiras de mineração instalaram-se no Brasil atraídas por
incentivos oferecidos pelo governo, como recursos minerais abundantes, incentivos fiscais,
financiamentos bancários, descontos em pagamentos de energia e impostos.
Os esforços empregados pelo governo brasileiro não têm trazido retorno satisfatório
para o país, isso porque grande parte da produção é destinada ao mercado externo,
comercializada a preços baixos. Incluindo ainda que os lucros obtidos pelas empresas
estrangeiras não permanecem no Brasil, pelo contrário, são enviados para os países de origem.
Atualmente, os principais minérios extraídos no Brasil são: ferro, bauxita (alumínio),
manganês e nióbio. O Brasil é o segundo maior produtor de ferro do mundo, com cerca de
235 milhões de toneladas. Ele é extraído em jazidas localizadas no Quadrilátero Ferrífero, em
Minas Gerais; na Serra dos Carajás, no Pará; e no Maciço do Urucum, no Mato Grosso do
Sul. O ferro é o principal componente na fabricação do aço.
Na produção de bauxita, o Brasil é o terceiro em nível mundial, com uma produção
de aproximadamente 17,4 milhões de toneladas. Sua extração acontece, exclusivamente, na
Serra do Oriximiná, no estado do Pará. Esse minério é usado na fabricação do alumínio,
importante matéria-prima na produção de eletrodomésticos, material elétrico, entre muitos
outros.
O país é o terceiro produtor mundial de manganês, com uma produção aproximada
de 1,3 milhão de toneladas ao ano. Sua extração ocorre, especialmente, em jazidas situadas na
Serra dos Carajás, Quadrilátero Ferrífero e Maciço do Urucum. Grande parte da produção tem
como destino o mercado externo, sendo absorvida principalmente pelos Estados Unidos,
Europa e Japão. O manganês tem seu uso vinculado à fabricação do aço e de diversos produtos
químicos.
O território brasileiro também é rico em nióbio, com uma produção anual de 38 mil
toneladas, volume que coloca o país em primeiro lugar no mundo na extração desse minério.
As reservas de nióbio encontram-se basicamente em Minas Gerais e Goiás. Esse minério é
muito importante, sendo usado na fabricação de turbinas de aviões, aparelhos de ressonância
magnética e supercomputadores.
EXERCÍCIOS – RELEVO TERRESTRE
IFET
QUESTÃO 01 – Os diferentes tipos de províncias geológicas revelam as diferentes feições
do relevo enquanto expressões das diferentes temporalidades que marcam o passado
geológico do planeta Terra. Por seus processos formativos, as estruturas geológicas com
condições mais favoráveis à formação de combustíveis fósseis são:
a) as bacias sedimentares
b) os maciços antigos
c) as plataformas cristalinas
d) os dobramentos antigos
e) os dobramentos modernos
QUESTÃO 02 – Os crátons, subdivididos em escudos cristalinos e ________________, são
caracterizados por serem formações geologicamente __________________. Eles apresentam
uma estrutura rígida e resistente composta quase sempre por rochas ígneas e
___________________, posicionando-se em áreas de elevada ________________ geológica.
Assinale a alternativa que corretamente preenche as lacunas do texto:
a) maciços antigos, recentes, metamórficas, instabilidade.
b) dobramentos modernos, recentes, vulcânicas, estabilidade.
c) bacias sedimentares, antigas, sedimentares, instabilidade.
d) plataformas continentais, antigas, metamórficas, estabilidade.
QUESTÃO 03 – Observe a imagem abaixo:
Os fósseis, a exemplo da imagem acima, costumam se formar apenas em um tipo específico
de estrutura rochosa, em virtude de suas características de formação. Os tipos de rochas que
permitem a fossilização são:
a) As metamórficas, pois o metamorfismo dos solos permite a conservação da estrutura dos
elementos orgânicos;
b) As sedimentares, pois o transporte de sedimentos pelos agentes exógenos permite o
soterramento dos restos orgânicos, iniciando assim o processo de fossilização.
c) As magmáticas, pois apenas em condições elevadas de pressão interna, causadas pelo
“afundamento” dos fósseis ao longo de milhares de anos, é possível a sua formação.
d) As ígneas, pois elas são o único tipo de rocha que apresenta uma estrutura maleável para a
formação de fósseis.
QUESTÃO 04 – Pela sua extensão e posição, a América do Sul apresenta uma variedade de
paisagens naturais. É característica natural da América do Sul a existência de:
a) Áreas sujeitas a abalos sísmicos nas porções setentrional e oriental.
b) Rios que drenam a vertente do Pacífico mais caudalosos e extensos do que aqueles que
deságuam no Atlântico.
c) Vegetação de pradarias na porção norte e de coníferas no sul.
d) Maciços antigos no centro-leste; planícies sedimentares no centro, dobramentos modernos
no extremo oeste.
e) clima temperado úmido no Norte; clima desértico quente no oeste e clima tropical no sul.
QUESTÃO 05 – Observe a região destacada no mapa a seguir e assinale a alternativa:
a) A área em destaque refere-se à Serra dos Carajás, no sudeste do estado do Pará. A área da
Serra está totalmente inserida no Projeto Grande Carajás, um projeto de extração mineral
em operação. Anteriormente à colonização, esse território era povoado pelos povos Karajá
e Kayapó.
b) A área corresponde à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, uma central hidrelétrica que está
sendo construída no rio Xingu, no estado do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
c) A área equivale ao território do futuro estado do Tapajós, que devido à grande extensão
territorial do Pará tem sido um dos argumentos utilizados para uma divisão desse território
e a consequente formação de dois novos estados, além do atual Pará: Tapajós e Carajás.
d) O estado de Tapajós terá 722.000 quilômetros quadrados, sendo, portanto, o mais extenso.
Apesar de compreender a maior área do Pará, essa região é a menos populosa: cerca de 1
milhão de habitantes. Sua capital será a cidade de Santarém. Essa região apresenta pouco
desenvolvimento econômico, composta por grandes áreas preservadas e muitos rios.
e) A região corresponde à área de cultivo da pimenta-do-reino (pipericultura) no Pará (maior
produtor e exportador nacional), que vai receber uma "injeção" tecnológica concentrada
com as atividades de um novo projeto da Embrapa Amazônia Oriental, a ser lançado na
cidade de Bragança (PA).
QUESTÃO 06 – Rocha é um agregado natural, formado de um ou mais minerais que constitui
parte essencial da crosta terrestre. São exemplos de rochas magmáticas, sedimentares e
metamórficas, respectivamente:
a) mármore, basalto e calcário.
b) arenito, basalto e gnaisse.
c) basalto, mármore e petróleo.
d) gnaisse, granito, arenito.
e) diabásio, arenito e mármore.
QUESTÃO 07 – As localidades de Itabira (em Minas Gerais) e Vale do Paraopeba (da Serra
dos Carajás no Pará) são áreas conhecidas no país, devido:
a) às jazidas de petróleo exploradas pela Petrobrás.
b) às jazidas de cobre e diamantes explorados pela Acesita.
c) à atuação da Vale na exploração de minérios, sobretudo o minério de ferro.
d) à criação de gado, pois são regiões pecuaristas por excelência, com predomínio da pecuária
intensiva voltada para exportação de carnes e derivados.
e) à instalação de hidrelétricas de grande porte do sistema Eletrobrás Furnas.
QUESTÃO 08 – A extração de minérios pesa na economia de vários países da América do
Sul. Assinale a alternativa que apresenta os maiores produtores de ferro da América Latina:
a) Bolívia e Argentina.
b) Colômbia e Equador.
c) Brasil e Venezuela.
d) Argentina e Peru.
e) Brasil e Uruguai
QUESTÃO 09 – A estrutura geológica do Brasil é composta por:
I. Escudos cristalinos, muito antigos, de rochas rígidas e resistentes que originaram planaltos
e algumas depressões, compondo 1/3 do território nacional.
II. Bacias sedimentares compostas de rochas sedimentares que originaram as planícies,
planaltos sedimentares ou depressões, ocupando cerca de 64% do total do país.
III. Dobramentos modernos que originaram planaltos e relevos montanhosos, formados no
Terciário, ocupando cerca de 30% do território nacional.
IV. Escudos cristalinos recentes, pouco desgastados por processos erosivos, que deram origem
às formas de relevo no qual predominam os planaltos montanhosos destribuídos por quase
todo o território nacional.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
QUESTÃO 10 – A idéia propagada, por muito tempo, de o território brasileiro ser
absolutamente estável geologicamente e, portanto, livre de terremotos, é errônea. A
sismicidade brasileira é modesta se comparada à da região andina, mas é significativa, visto
que aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5º na Escala Richter, como
os eventos em Pacajus (CE, 1980) e em João Câmara (RN, 1986). Esses fatos indicam que o
risco sísmico em nosso país não pode ser ignorado. Explica a baixa sismicidade brasileira em
relação à região andina:
a) a distância em relação às bordas leste e oeste da Placa Tectônica Sul-Americana.
b) a baixa altitude média do relevo brasileiro, formado predominantemente por planícies.
c) a inexistência de atividade vulcânica, causadora dos abalos sísmicos de maior intensidade.
d) a causa desses tremores pode ser justificada pela atividade mineradora no território
brasileiro.
QUESTÃO 11 – Em regiões da superfície terrestre onde há a presença de vulcões, é comum
encontrar rochas oriundas da solidificação do magma em função do seu acelerado
resfriamento. Essas rochas são as:
a) metamórficas
b) plutônicas
c) ígneas extrusivas
d) sedimentares
e) graníticas
QUESTÃO 12 – Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de exploração
mineral na região Norte do país, com extração de manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e
níquel. Os grandes projetos relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são, respectivamente:
a) Trombetas, Carajás e Quadrilátero Ferrífero.
b) Serra do Navio, Trombetas e Carajás.
c) Serra do Navio, Carajás e Maciço do Urucum.
d) Trombetas, Serra do Navio e Paragominas.
e) Maciço do Urucum, Alumar e Carajás.
MÓDULO 2 IFET CLIMA E FORMAÇÕES VEGETAIS
2.2 CLIMA
1. Clima e Tempo
O clima de um lugar é determinado pelos elementos e fatores climáticos. Os
elementos agem diretamente sobre o clima. São eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de
precipitação), a umidade do ar, os ventos e a pressão atmosférica. Esses elementos sofrem
alterações devido à ação dos fatores climáticos, dentre os quais podemos destacar a latitude,
a altitude, as correntes marítimas, a continentalidade, vegetação e o relevo.
ELEMENTOS CLIMÁTICOS FATORES CLIMÁTICOS
Temperatura Latitude
Chuva Altitude
Umidade do ar Correntes marítimas
Ventos Continentalidade e maritimidade
Pressão atmosférica Vegetação e relevo
Da atuação dos fatores sobre os elementos climáticos resulta o tempo, que é a
combinação momentânea dos elementos do clima. Para se determinar o clima de um lugar
qualquer, deve-se analisar as variações do tempo nesse local e qual a sua sucessão habitual,
resultante da atuação dos fatores sobre os elementos do clima. Sendo assim, pode-se aceitar
como conceito de clima a definição de Max Sorre. “Clima é a sucessão habitual dos tipos de
tempo num determinado lugar da superfície terrestre”.
2. Elementos Climáticos
• Temperatura – As temperaturas não são iguais em toda a superfície terrestre. Em geral,
variam em função da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.
• Precipitação – A precipitação varia principalmente em função da latitude e da
maritimidade e continentalidade.
• Pressão Atmosférica – A pressão atmosférica não é igual em todo o planeta. As
diferenças de pressão atmosférica ocorrem porque a Terra recebe quantidades
desiguais de radiação solar.
3. Fatores Climáticos
• Latitude – A temperatura varia na razão inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa
for a latitude, mais elevada será a temperatura.
• Altitude – A temperatura também varia na razão inversa da altitude. Assim, quanto
maior a altitude, menor a temperatura do ar atmosférico.
• Massas de Ar – As variações do tempo atmosférico, que podem ser normalmente muito
bruscas num único dia ou em períodos mais longos são causadas pelo deslocamento
das massas de ar. Apesar de as massas de ar se localizarem numa imensa região
oceânica ou continental, elas se movimentam, entra em choque e empurram umas às
outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua área de origem, ela leva consigo, suas
características originais (umidade, temperatura). É por isso que massas de ar úmidas
tendem a provocar chuvas nas áreas que atingem em seu deslocamento. E massas de
ar frias costumam provocar queda de temperatura nas áreas para onde se deslocam.
• Continentalidade/Maritimidade – As áreas próximas ao mar apresentam, em geral,
amplitude térmica pequena, ou seja, sofrem pequenas variações de temperatura. Já as
áreas localizadas no interior do continente, onde a influência marítima é menor,
apresentam oscilações de temperatura bem mais acentuadas. Cidades com latitudes
iguais ou muito próximas, situadas no litoral e no interior dos continentes, apresentam
amplitudes térmicas bastante diferenciadas.
• Correntes Marítimas - São grandes massas de água que se deslocam pelo oceano com
condições próprias de temperatura, salinidade e pressão. Possuem grande influência
no clima, além de favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro de correntes
quentes e frias, nas quais há a ressurgência de plâncton.
• Vegetação – As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas
folhas (evapotranspiração). Além disso, a vegetação impede que os raios solares
incidam diretamente sobre a superfície. Assim, com o desmatamento, há uma grande
diminuição da umidade e, portanto, das chuvas, além de um aumento significativo das
temperaturas médias.
• Relevo – Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo também
influencia na temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das
massas de ar. Por exemplo, no Brasil, a disposição longitudinal das serras no Centro-
Sul do país forma um “corredor” que facilita a circulação da massa polar atlântica e
dificulta a circulação da massa tropical atlântica.
4. Precipitações
A chuva, a neve e o granizo são formas de precipitação atmosférica. A geada e o
orvalho são também hidrometeoros, mas não são formas de precipitação. Todas essas formas
resultam inicialmente da condensação ou da sublimação do vapor d’água.
• Orvalho – condensação do vapor de água atmosférica sobre a superfície.
• Geada – é a solidificação do vapor d’água sobre a superfície pelo processo de
sublimação. O orvalho congelado é também chamado de geada, mas trata-se de outra
formação física.
• Neve – precipitação de cristais de gelo que tiveram sua origem na cristalização da
umidade atmosférica a 0°C ou a temperaturas inferiores a esta e em condições calmas
(sem ventos). A neve se forma pela sublimação do valor d’água.
• Granizo – são as pedras de gelo que caem durante chuvas fortes e rápidas, normalmente
originárias de nuvens do tipo cumulonimbus.
• Neblina – originada da condensação de vapor d’água junto à superfície terrestre,
devido ao resfriamento noturno.
Chuva – precipitação de gotas d’água, oriundas da junção de milhões de gotículas que formam
as nuvens. A três tipos fundamentais de chuva.
• Chuva frontal: quando causada pelo encontro de uma massa fria com outra massa de
ar quente (e úmida).
• Chuva convectiva: provocada pela ascensão do ar que se aquece em contato com a
superfície do solo.
• Chuva orográfica: quando os ventos úmidos se elevam e resfriam pelo encontro de
uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar.
5. Climogramas
O climograma é uma ferramenta clássica de representação do clima que permite
uma compreensão mais fácil do perfil climático de determinada região. Através do
climograma pode se representar graficamente as variações de temperatura e precipitações
durante um determinado período, geralmente de 1 ano.
A temperatura geralmente é representada por um gráfico linear sobreposto a um
gráfico de barras (histograma) que representa as precipitações ao longo do período estudado.
A análise do climograma é feita sempre comparando a taxa de precipitação e a
temperatura. Com o uso do climograma, é possível identificar os períodos de estiagem, as
épocas onde a precipitação é maior e até fazer comparações entre os climas de localidades
diferentes através da relação de seus climogramas.
6. Classificação Climática
• Polar – Regiões com gelo e neve
permanente e média de temperatura inferior a
0°C; a precipitação ocorre em forma de neve
variando entre 100 e 200 mm ao ano, apresenta
inverno durante 7 a 8 meses.
• Clima Frio – Principais características:
Verões amenos (média de 7ºC) e invernos
rigorosos (média de 0ºC). Umidade do ar de
70% (média anual). Pouca chuva durante o ano
(média de 400 mm). Regiões: regiões no norte
da América do Norte, Sibéria (Rússia) e norte
da Europa.
• Temperado – Dividido em dois
tipos: Continental onde a influência dos
mares e oceanos não é grande, apresenta
elevada amplitude térmica com verões
quentes e invernos frios. A temperatura
média anual varia de 8 a 13°C com índice
pluviométrico entre 800 e 2.000 mm nas
áreas litorâneas e é inferior a 600 mm nas
áreas interioranas; e o Marítimo sofre
grande influência dos mares e oceanos,
com temperatura regular, sendo o inverno
relativamente quente e verão ameno.
• Clima Frio de Montanha –
Frio durante quase todo ano. Quanto
mais elevada a montanha, menor é a
temperatura. No pico de grande parte
das grandes montanhas a temperatura
média anual fica entre -10º e -20ºC.
Presença de neve no pico de muitas
montanhas elevadas. Chuvas em grande
quantidade nas montanhas situadas em
áreas tropicais. Regiões: presente nas
regiões montanhosas do planeta como,
regiões altas da Cordilheira dos Andes
(oeste da América do Sul), Alpes (Europa), Monte Kilimanjaro (Tanzânia), Sierra Madre
(nordeste do México) e Montanhas Rochosas (América do Norte Ocidental).
• Clima Tropical – Temperatura
média anual entre 20 e 25 graus célsius.
Índice pluviométrico entre 1200 e 2000
mm por ano. Umidade relativa do ar entre
70 e 90%. Temperaturas quentes no verão.
Regiões: regiões do planeta situadas entre
o Trópico de Câncer e de Capricórnio.
Exemplos: centro-norte do Brasil, centro-
sul da África, Índia, Tailândia.
• Desértico – Apresenta baixo
índice pluviométrico, inferior a 250 mm
ano concentradas no verão, a temperatura
média anual varia de 20 a 30°C com
acentuada queda durante a noite.
• Equatorial – Chuvas abundantes,
acima de 2.000 mm anuais, temperatura
média anual em torno de 25°C; possui
pequena amplitude térmica anual.
• Mediterrâneo – Clima de latitude
média do hemisfério norte, nas áreas
banhadas pelo Mar Mediterrâneo,
apresenta verões secos e invernos
chuvosos.
7. Climas do Brasil
Massas de Ar
O Brasil sofre variações de cinco massas de ar diferentes: a massa Equatorial
continental (mEc), Equatorial atlântica (mEa), Tropical continental (mTc), Tropical
atlântica (mTa) e a Polar atlântica (mPa).
Durante o verão, as quatro primeiras massas supracitadas vão compor a totalidade da
influência climática. Dentre elas, apenas a mTc é completamente seca, isso porque as outras
massas de ar vêm de ambientes úmidos (a floresta amazônica e os oceanos). Em razão dessa
configuração, o verão no Brasil acaba herdando as características dessas massas com: elevada
umidade e altas temperaturas, tornando o clima quente e chuvoso durante esse período
Observe o mapa:
Durante o inverno, a massa Polar atlântica (mPa) passa a exercer maior influência
sobre o território brasileiro, restringindo a mEc à Amazônia, sendo as demais empurradas para
fora do país, embora a mEa continue atuando no litoral nordestino e a mTa no litoral sudeste.
Tal dinâmica deixa o inverno mais frio, de forma que as menores temperaturas são registradas
na região Sul e as maiores ao norte, principalmente em razão da proximidade com a Linha do
Equador.
A mEc é uma massa quente e instável originada que atua sobre todas as regiões do
país. Apesar de continental é uma massa úmida, em razão da presença de rios caudalosos e da
intensa transpiração da massa vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas abundantes
e quase diárias, principalmente no verão e no outono. No verão, avança para o interior do país
provocando as “chuvas de verão”.
Climas do Brasil
No território brasileiro ocorre uma grande diversidade climática, pois o país
apresenta grande extensão territorial com diferenças de relevo, altitude e dinâmica das massas
de ar e das correntes marítimas, todos esses fatores influenciam no clima de uma região.
A maior parte da área do Brasil está localizada na Zona Intertropical, ou seja, nas
zonas de baixas latitudes, com climas quentes e úmidos. Outro fator interessante do clima
brasileiro refere-se à amplitude térmica (diferença entre as médias anuais de temperatura
máximas e mínimas), conforme se aproxima da linha do Equador, a amplitude térmica é
menor.
• Equatorial – Presente na Amazônia, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão,
sofre ação direta das massas de ar equatorial continental e equatorial atlântica, de ar quente e
úmido. Apresenta temperaturas médias elevadas (de 25 °C a 27 °C), chuvas durante todo o
ano e reduzida amplitude térmica (inferior a 3 °C).
• Tropical – Clima do Brasil central, também presente na porção oriental do Maranhão,
extensa parte do território do Piauí, na porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais, além de
ser encontrado também no extremo norte do país, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura
elevada (18 °C a 28 °C), com amplitude térmica de 5 °C a 7 °C, e estações bem definidas (uma
chuvosa e outra seca). A estação de chuva ocorre no verão; no inverno ocorre a redução da
umidade relativa em razão do período da estação seca. O índice pluviométrico é de cerca de
1,5 mil milímetros anuais.
• Tropical de Altitude – É encontrado nas partes mais elevadas, acima de 800 metros,
do planalto Atlântico do Sudeste. Abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Está sob influência da massa de ar tropical atlântica,
que provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18 °C e 22 °C,
e amplitude térmica anual entre 7 °C e 9 °C. No inverno, as geadas ocorrem com certa
frequência, em virtude da ação das frentes frias originadas do choque entre as massas tropical
e polar.
• Tropical Atlântico – Conhecido também como tropical úmido, compreende a faixa
litorânea do Rio Grande do Norte ao Paraná. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica,
que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. A temperatura varia de 18 °C a 26 °C,
apresenta amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul. No Nordeste,
a maior concentração de chuva ocorre no inverno, já no Sudeste, ocorre no verão. O índice
pluviométrico médio é alto, de 2 mil milímetros anuais.
• Subtropical – Ocorre nas latitudes abaixo do trópico de Capricórnio. Está presente no
sul do estado de São Paulo e na maior parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
É influenciado pela massa polar atlântica, possui temperatura média anual de 18 °C e
amplitude térmica elevada (10 °C). As chuvas não são muito intensas, mil milímetros anuais,
porém, ocorrem de forma bem distribuída na região. Nessa região climática do Brasil são
comuns as geadas e nevadas. O verão é muito quente e a temperatura pode ultrapassar os 30
°C. O inverno, bastante frio, apresenta as temperaturas mais baixas do país, inferiores a 0 °C.
• Semiárido – Ocorre no interior do Nordeste, na região conhecida como Polígono das
Secas. Corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São
Francisco. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (média de 27 °C) e chuvas escassas e mal
distribuídas, em torno de 700 milímetros anuais. Há períodos em que a massa equatorial
atlântica (superúmida) chega ao litoral norte da região Nordeste e atinge o sertão, causando
chuvas intensas nos meses de fevereiro, março e abril.
2.3 OS FENÔMENOS CLIMÁTICOS E A INTERFERÊNCIA HUMANA
Desde sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. O planeta era uma
esfera incandescente que foi se resfriando lentamente e há cerca de 250 milhões de anos os
continentes formavam um único bloco, com condições climáticas muito diferentes das atuais.
Vários fenômenos naturais provocam alterações climáticas em diversas escalas de tempo, por
exemplo:
• no transcorrer da história geológica, o planeta passou por vários períodos glaciais – o
último terminou há cerca de 11 mil anos;
• em anos de ocorrência do fenômeno El Niño a dinâmica das massas de ar é alterada,
provocando secas em algumas regiões e enchentes em outras;
• erupções vulcânicas lançam imensas quantidades de partículas sólidas na atmosfera e
chegam a interferir no clima em escala planetária.
Entretanto, recentemente foram detectados alguns fenômenos provocados pela ação
humana que têm alterado o clima no planeta bem mais rapidamente do que os acontecimentos
naturais. Entre eles se destacam:
• a poluição atmosférica, que provoca aumento da temperatura, redução da camada de
ozônio e ocorrência de chuvas ácidas;
• o desmatamento, que provoca aumento da temperatura média e reduçãi da umidade do
ar, entre outros impactos.
1. Poluição Atmosférica
A poluição atmosférica é provocada por fontes:
• estacionárias, como indústrias, usinas termelétricas e incineradores;
• móveis, como caminhões, ônibus e carros;
• esporádicas, como incêndios em fontes diversas.
É um dos grandes problemas de saúde pública, principalmente nas grandes
aglomerações urbanas. Na zona rural brasileira, a prática de queimadas em canaviais e os
incêndios em florestas e outras formações vegetais são os principais responsáveis pela
poluição atmosférica.
Com o lançamento de gases e
partículas sólidas na atmosfera, tanto pode
ocorrer um desequilíbrio nas proporções
de gases que já a compõem (caso da
elevação da concentração de dióxido de
carbono ou gás carbônico), quanto a
presença de gases estranhos a ela, como é
o caso do dióxido de enxofre, dos óxidos
de nitrogênio e do monóxido de carbono.
Ocorre também o aumento de elementos
ou partículas que naturalmente não
aparecem na composição atmosférica,
como o chumbo, as poeiras industriais,
os aerossóis, as fumaças negras, os
hidrocarbonetos, os solventes, etc.
A elevação dos níveis de
poluentes na atmosfera traz uma série de
desconfortos às pessoas, tais como
irritação nos olhos e na garganta – os
mais imediatos – e problemas
respiratórios, principalmente para os que
já têm predisposição a eles, como
aqueles que têm doenças crônicas (asma
e bronquite, por exemplo).
Alguns fenômenos naturais, como a ocorrência de inversões térmicas, os longos
períodos de estiagem ou a própria configuração do relevo, aumentam a concentração de
poluentes na atmosfera ou dificultam sua dispersão.
2. O Efeito Estufa e o Aquecimento Global
O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a vida da Terra. Ele
consiste na retenção do calor irradiado pela superfície terrestre nas partículas de gases e de
água em suspensão na atmosfera, evitando que a maior parte desse calor se perca no espaço
exterior. A consequência é a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e a sobrevivência
das várias espécies vegetais e animais que compõem a biosfera. Sem esse fenômeno, seria
impossível a vida na Terra como a conhecemos hoje.
O fenômeno tem esse nome porque se assemelha àquilo que ocorre nas estufas de
plantas, frequentemente utilizadas nos países de clima temperado para abrigar determinadas
espécies durante o inverno. Você pode perceber o efeito estufa no cotidiano. Por exemple,
num dia ensolarado os motoristas procuram estacionar seus veículos em uma vaga na sombra
porque o interior de um carro exposto ao sol fica quente e abafado. Um carro funciona como
se fosse uma estufa: os raios solares entram pelo vidro, mas depois o calor não consegue sair.
A crescente emissão de certos gases que têm capacidade de absorver calor, como o
metano, os clorofluorcarbonetos (CFCs) e, principalmente, o dióxido de carbono, faz com que
a atmosfera retenha mais calor do que deveria em seu estado natural. O problema, portanto,
não está no efeito estufa, mas em sua intensificação, causada pelo desequilíbrio da composição
atmosférica. A intensa e permanente queima de combustíveis fósseis e de florestas tem
elevado os níveis de dióxido de carbono na atmosfera desde a Primeira Revolução Industrial,
com efeitos cumulativos. O gráfico a seguir mostra a participação dos países na emissão de
dióxido de carbono (CO2).
3. Redução da Camada de Ozônio
De toda a radiação solar que atinge a superfície da terra, 45% é luz visível, 45% é
radiação infravermelha e 10% são raios ultravioleta, cujo aumento de intensidade poderia
comprometer as condições de vida no planeta e a própria sobrevivência da espécie humana.
Acima dos 15km de altitude há uma grande concentração de ozônio, o que forma
uma espécie de escudo ou filtro natural, com cerca de 30 km de espessura, contra a ação dos
raios ultravioleta.
Desde a década de 1980 os satélites meteorológicos vêm fornecendo imagens que
mostram a destruição da camada de ozônio, principalmente sobre a Antártida. O principal
responsável por essa destruição é o gás CFC (clorofluorcarbono), usado como fluido de
refrigeração em geladeiras e aparelhos de ar condicionado e como solvente nas embalagens
de aerossóis e nas espumas plásticas.
Em 1986, 120 países assinaram o Protocolo de Montreal (Canadá), um acordo de
redução do uso de CFC. Todos os artigos que continham CFC deveriam ter sua produção e
utilização interrompidas até 1996, e essa substância deveria ser substituída por outras
inofensivas ao ozônio, como o HFC (hidrofluorcarbono) e outros, que atualmente são usados
nas geladeiras. Além do grande buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, foram
detectados miniburacos também sobre o polo norte. A preocupação era se a circulação
atmosférica não faria esses buracos se ampliarem, atingindo regiões mais habitadas. Governos
e indústrias, sob pressão da sociedade civil, tomaram iniciativas para colocar em prática os
acordos firmados pelo Protocolo de Montreal – entre outras, substituir o CFC usado em
motores de geladeiras, condicionadores de ar e outros equipamentos.
Como mostra o gráfico abaixo, desde então houve uma significativa redução da
emissão desse gás e já há projeções de que a camada de ozônio pode ser completamente
recomposta até meados deste século.
4. Ilhas de Calor
A ilha de calor é uma das mais evidentes demonstrações da ação humana como fator
de mudança climática. O fenômeno resulta da elevação das temperaturas médias nas áreas
urbanizadas das grandes cidades, em comparação com áreas vizinhas.
A diferença de temperatura entre o centro da cidade e as áreas periféricas pode chegar
até 7ºC. A expansão da mancha urbana de São Paulo, por exemplo, provocou um aumento de
1,3ºC na temperatura média anual 1920 e 2005, que subiu de 17,7ºC para 19ºC. Isso ocorre
por causa das diferenças de irradiação de calor entre as áreas impermeabilizadas e as áreas
verdes. A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, viadutos, ruas
e calçadas pavimentadas faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a
atmosfera, em comparação com as zonas rurais, onde, em geral, é maior a cobertura vegetal.
Além disso, nas zonas centrais das grandes cidades é muito maior a concentração de gases e
materiais particulados lançados por veículos automotores. Esses materiais são responsáveis
por um efeito estufa localizado, que colabora para aumentar a retenção de calor, a isso se soma
o calor liberado pelos motores dos veículos, o que acentua o fenômeno da ilha de calor. Nas
grandes metrópoles os veículos atingem milhões de unidades; por exemplo, na cidade de São
Paulo, em 2012, havia cerca de 6 milhões de veículos automotores em circulação.
A formação de ilhas de calor
facilita a ascensão do ar, formando uma
zona de baixa pressão. Isso faz com que os
ventos soprem, pelos menos durante o dia,
para a área central, trazendo muitas vezes,
maiores quantidades de poluentes. Sobre a
zona central da mancha urbana forma-se
uma “cúpula” de ar pesadamente poluído.
No caso das grandes metrópoles, com
elevados índices de poluição, os ventos que
sopram de zonas industriais periféricas
rumo às zonas centrais concentram ainda
maiores quantidades de poluentes. Nessas
cidades, do alto dos prédios ou quando se
está chegando por uma estrada, pode-se ver
nitidamente uma “cúpula” acinzentada
recobrindo-as.
EXERCÍCIOS – CLIMA
QUESTÃO 01 – VERDADEIRO OU FALSO
É no nível do mar que o ar se encontra mais denso e concentrado e onde a pressão atmosférica
é maior. Conforme aumenta a altitude, o ar se torna menos denso – mais rarefeito – e,
consequentemente, a pressão que ele exerce diminui.
O ar se desloca das áreas de alta pressão, nas quais está muito concentrado, para as áreas
de baixa pressão, nas quais sua concentração é menor. Quando esse deslocamento de ar –
denominado vento – ocorre em grandes blocos, identificamos as massas de ar, que, por
possuírem temperatura e umidade semelhantes, deslocam-se conjuntamente na mesma
direção.
LUCCI, E. A., et. al. Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. Editora
Saraiva, 2005. p.516.
A respeito do tema abordado pelo texto e dos seus conhecimentos sobre os fenômenos
atmosféricos mencionados, julgue os itens a seguir:
I. As zonas de elevada pressão atmosférica tendem a apresentar temperaturas mais baixas; ( )
II. As massas de ar são o principal fator climático global, sendo responsáveis, por exemplo,
pelo clima de montanha; ( )
III. De acordo com o texto, conclui-se que a pressão atmosférica exerce influência tanto na
temperatura quanto na movimentação dos ventos e massas de ar. ( )
QUESTÃO 02 – VERDADEIRO OU FALSO
Observe a imagem abaixo:
* Fonte: SENE, E.; MOREIRA, J.
C. Geografia Geral e do Brasil: Espaço
Geográfico e Globalização. Volume 01.
São Paulo: Scipione, 2007. p.128.
Esquema da corrente marítima
de Humboldt*
O esquema acima demonstra os efeitos da corrente marítima de Humboldt sobre a formação
do Deserto do Atacama, no Chile. Sobre esse fenômeno, julgue as afirmativas a seguir:
I. A corrente de Humboldt é um exemplo de correntes marítimas comportando-se como um
fator climático. ( )
II. As precipitações nas regiões oceânicas são causadas pela queda das temperaturas
provocada pela corrente marítima. ( )
III. A massas de ar seco faz com que o Atacama quase nunca presencie chuvas. ( )
IV. A Cordilheira dos Andes impede que os ventos do leste cheguem até a região do Atacama,
contribuindo ainda mais para o seu clima desértico. ( )
QUESTÃO 03 – VERDADEIRO OU FALSO
Sobre o clima mundial, os fatores e os processos que o condicionam, considere as afirmativas
a seguir:
I. A latitude influencia na distribuição espacial das temperaturas. Dessa forma, quanto maior
for latitude, menores serão as temperaturas. ( )
II. A pressão atmosférica varia em função da altitude e da temperatura. Assim, quanto maior
for a altitude, menor será a pressão atmosférica. ( )
III. O planeta Terra é aquecido uniformemente, tanto ao longo da sua superfície quanto ao
longo do tempo (anos), e isto condiciona a circulação atmosférica com a produção de centros
de alta e de baixa pressão, que se alteram continuadamente. ( )
IV. Dependendo das condições locais, a precipitação pode ocorrer na forma de chuva, granizo
ou neve e está relacionada, principalmente, à umidade atmosférica. ( )
V. A diferença entre as temperaturas máxima e mínima é maior no interior dos continentes e
a continentalidade exerce grande influência sobre essa amplitude térmica. ( )
QUESTÃO 04 – MARCAR A OPÇÃO CORRETA
Os invernos e os verões, no hemisfério norte, costumam ser, em média, mais intensos do que
no sul. Sobre esse fenômeno, NÃO se pode afirmar que:
a) as amplitudes térmicas são maiores no Hemisfério Norte, porque a concentração de terras
nesse hemisfério as acentua.
b) as amplitudes térmicas são mais baixas no Hemisfério Sul em função da predominância de
oceanos, condicionando maior retenção de energia pela água.
c) as amplitudes térmicas são iguais sobre oceanos e continentes.
d) as amplitudes térmicas não são derivadas diretamente da exposição à insolação.
QUESTÃO 05 – MARCAR A OPÇÃO CORRETA
Para apoiar a regra de que “a temperatura diminui com o aumento da latitude”, deveríamos
tomar como exemplo os dados referentes às cidades de:
a) Manaus, Cuiabá e Porto Alegre.
b) Recife, Cuiabá e Rio de Janeiro.
c) Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
d) Manaus, Recife e Cuiabá.
e) Manaus, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
QUESTÃO 06 – MARCAR A OPÇÃO CORRETA
(PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima, sofrem maior
intervenção da massa de ar:
a) Equatorial Continental (Ec)
b) Equatorial Atlântica (Ea)
c) Tropical Continental (Tc)
d) Tropical Atlântica (Ta)
e) Polar Atlântica (Pa)
QUESTÃO 07 – MARCAR A OPÇÃO CORRETA
(IF 2015) Observe os gráficos a seguir sobre
características climáticas do município de Barbacena
(MG), localizado na Serra da Mantiqueira.
Após a análise dos gráficos, podemos definir o clima
desse município como:
a) Equatorial.
b) Tropical.
c) Tropical de Altitude.
d) Subtropical.
e) Temperado.
QUESTÃO 08 – (UFMG) Em relação aos tipos climáticos encontrados no Brasil, a afirmação
errada é:
a) O clima equatorial apresenta elevados índices pluviométricos e temperaturas médias acima
de 22 °C.
b) O clima da costa oriental do Nordeste apresenta chuvas mais abundantes nos meses de
inverno.
c) O clima tropical com chuvas de verão e invernos secos ocorre em grande parte do território
brasileiro.
d) O clima subtropical apresenta pequenas amplitudes térmicas e chuvas concentradas no
verão.
e) O clima semiárido apresenta baixos índices pluviométricos e grande irregularidade na
distribuição das chuvas.
QUESTÃO 09 – ( UFMA) Leia com atenção os itens abaixo sobre massas de ar:
I. A mEc atua o ano inteiro no Brasil provocando elevados índices de chuva.
II. A mEc é a principal responsável pela escassez de chuva no interior do Nordeste.
III. A mTa exerce grande influência sobre a área litorânea do Brasil.
IV. A mEa atua principalmente no Sul do Brasil.
V. A mPa, fria e úmida, penetra no Brasil em forma de frente, atingindo principalmente o
interior do Nordeste.
De acordo com a leitura, identifique a resposta certa:
a) I e II
b) II e IV
c) I e III
d) II e V
e) IV e V
QUESTÃO 10 – Os climogramas
abaixo apresentam variações de
temperatura e de pluviosidade de
dois municípios da região Centro-
Sul. As barras indicam o índice
pluviométrico, e a linha representa
as variações de temperatura.
Com base na análise desses climogramas, pode-se afirmar que:
I. A está em área de clima tropical com sazonalidade pluvial bem definida; ( )
II. B está em área de clima tropical de altitude com sazonalidade térmica e pluvial bem
definida; ( )
III. A está em área de clima tropical semiárido com sazonalidade pluvial e relativa
uniformidade térmica; ( )
QUESTÃO 11 –
EUA e Portugal tentam “esquecer” o clima de Manaus
Como acontece antes de todo jogo da Copa do Mundo em Manaus, o calor e a umidade
da capital do Amazonas são assunto obrigatório. Desta vez, no entanto, os protagonistas da
partida a ser disputada na Arena Amazônia estão tentando fugir desse tema. Portugueses e
norte-americanos, que se enfrentarão neste domingo, chegaram à cidade dizendo que o clima
não vai interferir no andamento do jogo […].
(Gazeta do Povo, 22/06/2014. Disponível
em: http://www.gazetadopovo.com.br/copa2014/conteudo.phtml?id=1478421. Acesso em: 15/08/2014).
As condições climáticas acima citadas na capital do Amazonas explicam-se:
a) pela localização em extremas latitudes e a acentuada altitude.
b) pela variação irregular da altimetria topográfica e a elevada amplitude térmica.
c) pelo acentuado processo de poluição local e a concentração de calor.
d) pela posição geográfica e evapotranspiração intensa da vegetação regional.
e) pelo calor gerado nas correntes oceânicas do Atlântico.
QUESTÃO 12 – (PUC-SP) Analise o gráfico de precipitação:
Assinale a alternativa que explica as diferenças de precipitação entre as cidades do Rio de
Janeiro e de Belo Horizonte:
a) A diminuição da precipitação nos meses de abril a setembro em Belo Horizonte é
decorrência do aumento da atuação da massa de ar Equatorial Continental em Minas
Gerais.
b) A maior ocorrência de precipitação nos meses de outubro a março em Belo Horizonte é
consequência da atuação mais intensa, nesse período, da massa de ar Polar Atlântica.
c) As chuvas se distribuem com maior regularidade, ao longo do ano, no Rio de Janeiro devido
à constante influência da massa de ar Tropical Atlântica nessa área do litoral.
d) A precipitação entre outubro e março no Rio de Janeiro é menor em comparação a Belo
Horizonte, devido à densidade maior de edificações, fator que dificulta as precipitações.
e) A precipitação mais elevada entre outubro e março em Belo Horizonte decorre da atuação
da massa de ar Tropical Continental, mais úmida que a massa Tropical Atlântica.
QUESTÃO 13 –
“Algo de concreto na mesa de negociações sobre as mudanças climáticas: um relatório,
entregue nesta terça-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostra pela primeira vez
como 15 dos países mais poluidores, entre eles a China e os Estados Unidos, podem se
'descarbonizar', ou seja, reduzir a concentração de carbono de suas atividades, até 2050 […].
O balanço: em 2050, as emissões de CO2 vinculadas ao consumo de energia (que não contam
com o desmatamento e outras emissões da agricultura) poderiam ser reduzidas em 45% com
relação a 2010 (de 22,3 bilhões de toneladas para 12,3 bilhões de toneladas), com uma redução
de 56% por habitante”.
(Revista Exame. Um mundo com menos carbono em 2050 é possível, diz relatório. 09 de junho de 2014).
A preocupação de reduzir-se a emissão de certos gases, com destaque para o CO2, deve-se ao
fato de esses, segundo a teoria do efeito estufa:
a) intensificarem a dispersão dos raios solares antes que eles alcancem a superfície.
b) contribuírem para uma maior conservação de radiação solar na atmosfera.
c) aumentarem as temperaturas em razão da diminuição da concentração média de oxigênio
no ar.
d) diminuírem as condições ideais para a manutenção de toda e qualquer forma de vida sobre
a Terra.
e) intervirem sobre o espaço geográfico em razão da menor disponibilidade de fontes de
energia renováveis.
QUESTÃO 14 – (Unesp) No território brasileiro, em sentido Norte-Sul, em relação à média
e à amplitude térmicas, é correto afirmar que:
a) as médias térmicas diminuem e as amplitudes aumentam.
b) as médias e as amplitudes térmicas diminuem.
c) as médias térmicas aumentam e as amplitudes diminuem.
d) as médias e as amplitudes térmicas não apresentam variação.
e) as médias e as amplitudes térmicas aumentam.
QUESTÃO 15 – Observe o climograma:
A partir da observação e de conhecimentos sobre o clima nordestino, pode-se afirmar que
a) as temperaturas são elevadas o ano todo e as médias de precipitação anuais são baixas.
b) as temperaturas e as taxas anuais pluviométricas são elevadas.
c) as temperaturas são baixas e a pluviosidade é mal distribuída ao longo dos meses.
d) as precipitações são maiores nos meses de verão e as temperaturas anuais, variadas.
e) a distribuição das chuvas é regular, e as temperaturas variam conforme a época do ano.
QUESTÃO 16 – (Cesgranrio) Assinale a opção que correlaciona corretamente tipo de clima /
região do Brasil / características do clima, respectivamente:
a) Equatorial / toda a Amazônia / sem estação seca e chuvas acima de 3 000mm, estações
individualizadas.
b) Tropical com estação seca / planalto Central / seca na primavera e verão, chuvas abaixo de
1 000mm.
c) Semiárido / Alto vale do São Francisco / chuvas de outono-inverno, em torno de 600m.
d) Tropical de altitude / áreas mais elevadas do planalto Central / sem estação seca,
temperaturas médias acima de 25°C e verões muito quentes.
e) Subtropical / maior parte da região Sul / chuvas bem distribuídas, médias térmicas abaixo
de 25°C e estações mais acentuadas.
QUESTÃO 17 – Atuam no território brasileiro cinco massas de ar, que estão representadas
pelas letras A, B, C, D e E no mapa a seguir:
Com base na leitura do mapa podemos verificar:
a) A massa de ar correspondente a letra B, representa a massa equatorial continental que
influencia o território brasileiro, deslocando calor e umidade.
b) As massas de ar, representadas pelas letras A, B, C e D, são originárias da Planície do
Chaco, as quais contribuem para manifestação de períodos quentes e secos.
c) A massa de ar indicada pela letra E, no mapa, é originária do Sul do Oceano Atlântico. É
quente e úmida e forma os ventos alísios de sudeste.
d) No mapa, a letra A corresponde à massa polar atlântica, que exerce forte influência em
todas as regiões brasileiras. Ela é responsável pela queda de temperatura na região Norte e
Planície do Pantanal, fenômeno conhecido como “friagem”.
e) A massa tropical continental corresponde à letra D, no mapa, a qual atua nas áreas do
interior das regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste.
QUESTÃO 18 – A coluna da esquerda apresenta tipos climáticos brasileiros e a da
direita, suas características. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1 – Clima Equatorial
2 – Clima Tropical
3 – Clima Subtropical
4 – Clima Semiárido
( ) Predominante no território brasileiro, ocupa a parte central com duas estações bem
definidas: uma seca e outra chuvosa.
( ) Localiza-se nas proximidades da linha do Equador; possui chuvas abundantes o ano
todo.
( ) A quantidade de chuva não varia muito ao longo do ano, mas as temperaturas mudam
constantemente.
( ) Caracterizado por baixa umidade, pouca chuva e elevadas temperaturas.
Assinale a sequência correta.
a) 1, 3, 4, 2
b) 2, 1, 3, 4
c) 2, 1, 4, 3
d) 3, 2, 1, 4
e) 4, 1, 3, 2
QUESTÃO 19 – Durante o inverno, pode ocorrer a chamada friagem, por meio da ação da
a) Massa Tropical Atlântica, que diminui as chuvas no Rio Grande do Sul.
b) Massa Equatorial Atlântica, que abaixa as temperaturas em São Paulo.
c) Massa Equatorial Continental, que aumenta a temperatura no Ceará.
d) Massa Tropical Continental, que incrementa as chuvas em Brasília.
e) Massa Polar Atlântica, que reduz a temperatura no Amazonas.
QUESTÃO 20 – A massa de ar que abrange
grande parte do território brasileiro é a equatorial
continental. Veja o mapa:
Essa massa de ar é quente, úmida e instável,
provoca chuvas abundantes, conhecidas como:
a) chuvas de verão ou frontais.
b) chuvas de verão ou orográficas.
c) chuvas de verão ou convectivas.
d) chuvas de inverno ou frontais.
e) chuvas de inverno ou orográficas.
2.3 FORMAÇÕES VEGETAIS
1. Biomas
As formações vegetais são associações específicas de vegetais que se desenvolvem
de acordo com o tipo de clima, relevo e solo do local em que se situam. A influência do clima
é a de maior relevância, havendo uma relação entre a formação vegetal e a região climática
característica.De acordo com a estratificação ou o tamanho (ou porte) predominante na
paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas, herbáceas ou
campestres e complexas (reúnem espécies de porte variado).
As formações vegetais, especialmente as florestas, desempenham funções
importantes: na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento superficial; no
equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres, propiciando a preservação de espécies;
na manutenção dos ecossistemas e dos recursos hídricos.
Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo
agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com
condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma
diversidade biológica própria (IBGE).
Na Geografia, as diferentes formações vegetais da Terra são analisadas do ponto de
vista da distribuição geográfica, das características fisionômicas e das suas relações com o
clima, o relevo, os solos e o substrato rochoso. O estudo da vegetação também deve ser feito
sob o ponto de vista da exploração econômica pelo homem e as consequências
socioambientais da derrubada das florestas.
• Deserto – Nos desertos, a vegetação é esparsa e de
poucas espécies. Como as regiões áridas têm índices
pluviométricos abaixo de 250 milímetros ao ano, as plantas são
xeromórficas, ou seja, adaptadas à ausência de chuvas – os
cactos, por exemplo, armazenam água e desenvolvem espinhos
no lugar das folhas, para reduzir a evapotranspiração (perda de
água na fotossíntese). Nos desertos frios, que ficam em altas
latitudes (Patagônia, por exemplo, na América do Sul), as
temperaturas variam pouco durante o dia. Já os desertos
quentes, como do Atacama, da Austrália e do Saara, ficam em
regiões tropicais e, no decorrer do dia, apresentam grande
variação de temperatura, despencando de mais de 40 ºC durante
o dia para índices abaixo de zero.
• Vegetação de Montanha – A vegetação de
montanha é rasteira, formada apenas de ervas e arbustos
que, a duras penas, conseguem sobreviver no clima
hostil. Algumas características como folhas duras
(coriáceas) ajudam a resistir ao frio e aos fortes ventos
das altitudes elevadas. Esse tipo de formação vegetal
pode ser encontrado em diversas regiões montanhosas
pelo mundo, como as encostas da Cordilheira dos Andes
(na América do Sul), dos Alpes (na Europa), da
Cordilheira do Himalaia (na Ásia) e das Montanhas
Rochosas (nos Estados Unidos).
• Floresta de Coníferas ou Floresta
Boreal – Floresta homogênea, de pinheiros e
abetos, com folhas em formato de agulha
(aciculifoliadas) e copas em forma de cone, que
acumulam menos neve durante o longo inverno
das regiões de latitudes médias e elevadas. No
solo, o frio rigoroso também impõe duras
limitações para o desenvolvimento das espécies
vegetais: há pouca vegetação rasteira, como
alguns líquens, musgos e arbustos. A floresta de
coníferas é intensamente explorada como
matéria-prima para importantes indústrias
madeireiras, de papel e celulose. Essa formação
é encontrada principalmente no norte da
Europa, da América e da Ásia (onde é chamada
de taiga).
• Tundra – Desenvolve-se em uma das
regiões mais frias do mundo, a do clima
subpolar, como no norte da Rússia. Ela é
formada por musgos e algumas espécies
herbáceas que aparecem no solo somente nos
poucos meses de degelo, quando o verão
eleva a temperatura para 4 ºC, em média. No
resto do ano, o solo fica coberto de neve,
motivo pelo qual é denominado permafrost
(permanentemente congelado). Por ter uma relação direta com o degelo nas regiões subpolares
a tundra é utilizada como bioindicador para o estudo de possíveis aumentos das temperaturas
globais e suas consequências nesse frágil bioma.
• Estepe (campos, pampas, pradarias) –
Típica de áreas de clima temperado continental, a
estepe é uma formação vegetal pobre, sem
árvores, constituída basicamente de gramíneas,
que se estende sobretudo em regiões planas,
podendo ser encontrada também em relevo
montanhoso, como nos planaltos tibetanos.
Dependendo da área onde se localiza, recebe um
nome diferente: campos, no Brasil; pampas, na
Argentina; e pradaria, nos Estados Unidos e no
Canadá. Essa flora também é encontrada na
África, na Ásia Central e em trechos da Austrália. Por ser constituída de gramíneas, que são
pastagens naturais, é comum encontrar, nessas regiões, a agropecuária como atividade
econômica principal. O relevo plano e o solo fértil em algumas dessas áreas favorece a
produção agrícola.
• Floresta temperada – É uma cobertura vegetal
típica das latitudes médias – aparece no norte da
China, na Coreia do Sul, no Japão, no leste dos
Estados Unidos, na Europa e no sudeste da Austrália
e Nova Zelândia. Essa floresta é formada por
árvores decíduas, chamadas ainda de estacionais,
caducas ou caducifólias, ou seja, que perdem as
folhas no inverno para suportar as baixas
temperaturas. As poucas espécies de árvore, como
carvalhos, bordos e faias, são espaçadas, e o solo é
recoberto por gramíneas. Grande parte da floresta
temperada, contudo, já foi devastada – na Europa,
por exemplo, de 70% a 80% da cobertura original já
foi perdida; na China, de 80% a 90%.
• Floresta tropical – Vegetação das áreas de baixas latitudes, quentes e úmidas; as
plantas têm folhas largas (latifoliadas), que absorvem mais energia solar, e são perenes, isto
é, não caem no“inverno”, pois as temperaturas permanecem elevadas. O solo é coberto por
húmus, formado pela decomposição de galhos, troncos e folhas. As florestas tropicais cobrem
grande parte da América do Sul (Região
Amazônica), da América Central, da zona
equatorial da África, do Sudeste Asiático e do
Subcontinente Indiano.
• Vegetação Mediterrânea – A
vegetação mediterrânea é formada por
espécies adaptadas a períodos secos,
como os garrigues, o maqui – arbustos,
moitas e árvores pequenas, como
oliveiras – e o chaparral, similar ao
maqui, mas menos denso. Essa formação
vegetal é encontrada no litoral do Mar
Mediterrâneo, na Califórnia (EUA), na
Austrália e na África do Sul. A oliveira, da qual se extrai o azeite de oliva, e o loureiro, cuja
folha é utilizada como tempero, são espécies nativas da vegetação temperada. O clima
mediterrâneo também favorece a produção de uvas e concentram as principais vinícolas do
mundo.
• Savana (Cerrado) – Na savana,
presente em áreas de baixas latitudes, as plantas
são rasteiras e há pequenas árvores, distribuídas
de maneira esparsa, alternadas com bosques
com vegetação arbórea mais desenvolvida. Nas
regiões mais secas, predomina a vegetação
rasteira e espinhosa. A savana é uma vegetação
estacional, marcada por duas estações bem
definidas: o período seco (no inverno) e o
período chuvoso (no verão). Essas formações
são encontradas na África, na Ásia (Índia,
principalmente), na Austrália e na América,
onde recebe os nomes específicos de lhanos (na
Venezuela) e cerrado (no Brasil). A ocorrência
de uma prolongada estação seca faz com que as plantas desenvolvam adaptações para reservar
e obter água, como as folhas coriáceas e as raízes profundas para atingir o lençol freático.
2. Biomas Brasileiros
• Floresta Amazônica – Corresponde à
mata fechada com árvores de grande, médio e
pequeno porte, a densidade dessa vegetação é
proveniente do clima quente e úmido que
favorece o desenvolvimento da biodiversidade.
Na Floresta Amazônica prevalece o relevo
plano, clima com elevadas temperaturas com
baixa amplitude térmica e chuvas freqüentes
bem distribuídas durante todos os meses do ano.
As temperaturas variam entre 25o a 28o C e os
índices pluviométricos são superiores a 2.000 mm.
• Floresta Tropical ou Floresta
Atlântica – Possui característica de florestas
com grande quantidade de espécies de
vegetais, em geral ocupa áreas de planalto,
formadas por serras. Esse tipo de cobertura
vegetal nas áreas litorâneas recebe bastante
umidade devido à influência exercida pelo
oceano. O clima é o tropical, relevo
geralmente acidentado e incidências de
chuvas de relevo abundantes.
• Mata de Araucária – Caracteriza-se pela
presença de árvores com aspecto de pinheiro,
denominados de pinheiro-do-paraná, além da
erva mate, imbuia, vários tipos de canela, cedros
e ipês. Essa variedade é encontrada nas áreas de
relevo mais acidentado, em geral no sul do país,
onde predomina o clima subtropical. Até pouco
tempo a madeira extraída das araucárias era
utilizada para fabricação de móveis, e assim, a exploração diminuiu significativamente as
florestas dessa espécie vegetal.
• Campos – Corresponde a uma
vegetação composta basicamente por
gramíneas e pequenas vegetações
rasteiras (herbáceas), dentre essas
estão vários tipos de capins como o
barba-de-bode, gordura, mimoso,
Jaraguá, entre outros. São geralmente
encontrados no extremo sul do país em
que o clima é seco e frio e o relevo é
levemente ondulado.
• Cerrado – Essa cobertura vegetal é
composta em geral de árvores pequenas,
além de arbustos, sendo esses com galhos
retorcidos, casca grossa e gramíneas. As
irregularidades dos galhos das árvores do
cerrado são provenientes da quantidade de
hidróxido de alumínio contido no solo das
áreas nas quais o cerrado se encontra. O
clima do cerrado é tropical com duas
estações bem distintas, sendo uma seca e
uma chuvosa. Essa característica não é
homogênea, pois existem classificações
dentro do cerrado.
• Caatinga – Vegetação adaptada à
escassez de água com clima semiárido quente e
seco, com temperaturas elevadas e uma reduzida
quantidade de chuvas e mal distribuídas durante o
ano, sendo esse tipo de vegetação encontrado no
nordeste do Brasil. Com intuito de não morrer,
muitas espécies de vegetais perdem suas folhas,
em contrapartida outras armazenam água, como
por exemplo, os cactos.
• Pantanal – Formação de vegetação heterogênea que intercala entre cerrados e campos.
O pantanal está localizado em uma gigantesca planície nos estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, possui clima tropical com duas estações distintas, uma seca e uma chuvosa. A
hidrografia do pantanal possui rios que escoam lentamente, essa região é riquíssima em água,
isso fica mais evidente no período das cheias, período em que as águas inundam toda planície.
• Formação litorânea – Apresenta-se em áreas litorâneas com relevo de baixas terras e
planícies, no entanto, essa vegetação não é homogênea uma vez que existem vários outros
tipos inseridos, são nesses locais que estabelecem os mangues, solos pantanosos, vegetação
de praia, dunas e restingas.
EXERCÍCIOS – FORMAÇÕES VEGETAIS
QUESTÂO 01 – Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma
estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva
das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-
o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o
espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas,
imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos,
entrecruzados apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos palo solo, lembrando
um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante…(Cunha. E. Os sertões)
Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos
presentes na:
a) composição de vegetação xerófila.
b) formação de florestas latifoliadas.
c) transição para mata de grande porte.
d) adaptação à elevada salinidade.
e) homogeneização da cobertura perenifólia.
QUESTÃO 02 – O texto abaixo refere-se à qual formação vegetal?
“De origem bastante discutida, essa formação é característica das áreas onde o clima apresenta
duas estações bem marcadas: uma seca e outra chuvosa, como no Planalto Central. Ela
apresenta 2 estratos nítidos: uma arbóreo-arbustivo, onde as espécies tortuosas têm os caules
geralmente revestidos de casca espessa, e outro herbáceo, geralmente dispostos em tufos”.
a) Floresta tropical
b) Caatinga
c) Formação do Pantanal
d) Mata semiúmida
e) Cerrado
QUESTÃO 03 - Sobre as formações fitogeográficas ou Biomas existentes no Brasil, assinale
a(s) proposição (ões) correta(s).
O Cerrado é uma formação fitogeográfica caracterizada por uma floresta tropical que cobre
cerca de 40% do território brasileiro, ocorrendo na Região Norte. ( )
A Caatinga é caracterizada por ser uma floresta úmida da região litorânea do Brasil, hoje muito
devastada. ( )
O Mangue ocorre desde o Amapá até Santa Catarina e desenvolve-se em estuários, sendo
utilizados por vários animais marinhos para reprodução. ( )
O Pampa ocorre na Região Centro-Oeste onde o clima é quente e seco. A flora e a fauna dessa
região são extremamente diversificadas. ( )
A Floresta Amazônica está localizada nos estados do Maranhão e do Piauí e as árvores típicas
dessa formação são as palmeiras e os pinheiros. ( )
Pantanal ocorre nos estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, caracterizando-se como
uma região plana que é alagada nos meses de cheias dos rios. ( )
A Mata Atlântica é uma formação que se estende de São Paulo ao Sul do país, onde
predominam árvores como o babaçu e a carnaúba, e está muito bem preservada. ( )
QUESTÃO 04 – Localizado principalmente na Região Centro-Oeste, esse bioma é
caracterizado pela presença de pequenos arbustos e árvores retorcidas, com cascas grossas e
folhas recobertas de pelos. Solo deficiente em nutrientes e com alta concentração de alumínio.
Marque a alternativa que corresponde ao bioma que apresenta as características descritas.
a) Manguezal
b) Caatinga
c) Campos
d) Cerrado
e) Mata de araucária
QUESTÃO 05 –
O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás
apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo, de forma significativa, a
cobertura vegetal no território brasileiro. São, aproximadamente, 20 mil quilômetros
quadrados de vegetação nativa desmatada por ano, em consequência de derrubadas e
incêndios. Esse processo acarreta várias consequências negativas ao meio ambiente, entre elas
se destacam: perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na
atmosfera, alterações climáticas e erosões.
Assinale a alternativa CORRETA que apresenta a maior causa do desmatamento da floresta
Amazônia em nosso país.
a) expansão da agropecuária
b) criação de reservas extrativistas
c) industrialização
d) urbanização
e) expansão do setor de serviços
QUESTÃO 06 – O texto a seguir se refere aos grandes conjuntos climatobotânicos.
A vegetação é reflexo das condições naturais, principalmente do solo e do clima do lugar onde
ocorre. O Brasil, por contar com grande diversidade climática, apresenta várias formações
vegetais. Tem desde densas florestas latifoliadas tropicais, que ocupam mais da metade de seu
território, até formações xerófitas, como a caatinga.
SENE, E. de e MOREIRA, J. C. "Geografia Geral
e do Brasil: Espaço Geográficoe Globalização".
São Paulo: Scipione, 1998. p.484.
COLUNA 1 1 - Floresta Amazônica 2 - Floresta de Araucária 3 - Floresta Atlântica 4 - Cerrado 5 - Caatinga COLUNA 2 ( ) Clima Tropical Típico ( ) Clima Equatorial Úmido ( ) Clima Tropical Litorâneo Úmido ( ) Clima Subtropical ( ) Clima Tropical Semiárido A sequência correta que representa a correlação acima está na opção
a) 4, 1, 2, 3 e 5. b) 4, 1, 3, 2 e 5. c) 4, 1, 5, 2 e 3. d) 1, 2, 3, 4 e 5. e) 2, 1, 3, 4 e 5.
QUESTÃO 07 – Vegetação típica de regiões costeiras, sendo uma área de encontro das
águas do mar com as águas doces dos rios. A principal espécie encontrada nesse bioma é
o caranguejo. Essas características são do:
a) Cerrado
b) Mata de Cocais
c) Mangue
d) Caatinga
e) Pantanal
QUESTÃO 08 – O Brasil, devido sua localização e grande extensão territorial, abriga
diversos tipos de cobertura vegetal, sendo que cada Região brasileira apresenta um bioma
predominante. Nesse sentido, relacione o estado ou região ao tipo de vegetação predominante.
( 1 ) Região Nordeste ( ) Campos/Pampas
( 2 ) Estado do Mato Grosso do Sul ( ) Cerrado
( 3 ) Região Norte ( ) Mata de Araucárias
( 4 ) Região Centro-Oeste ( ) Mata Atlãntica
( 5 ) Estado do Rio Grande do Sul ( ) Pantanal
( 6 ) Região Sudeste ( ) Floresta Amazônica
( 7 ) Região Sul ( ) Nordeste
QUESTÃO 09 – As formações vegetais, observadas na superfície terrestre, sofrem influências
diretas e indiretas de numerosos fatores estáticos e dinâmicos, demonstrando a
interdependência entre os elementos biológicos, climáticos e geomorfológicos. Com relação
a esse tema, julgue as alternativas a seguir:
I. ( ) a altitude e a latitude são dois fatores estáticos que influenciam consideravelmente a
distribuição das espécies vegetais sobre a superfície terrestre, propiciando uma zonação
fitogeográfica.
II. ( ) nas zonas frias, a vegetação de tundra é grandemente submetida à influência da luz;
as plantas têm que se reproduzir muito rapidamente, produzindo, portanto, um grande número
de sementes.
III. ( ) as florestas pluviais são típicas de ambientes quentes e úmidos, geralmente sem
expressivas variações de umidade; os solos nesses ambientes são repletos de húmus.
IV. ( ) as pradarias, que dominam em ambientes temperados, de precipitações reduzidas,
caracterizam-se pelas gramíneas altas, que morrem na superfície no período de inverno.
QUESTÃO 10 – O que liga a floresta Amazônica, o aquecimento mundial e você?
Há muito tempo a floresta Amazônica é reconhecida como um repositório de serviços
ecológicos, não só para os povos indígenas e as comunidades locais, mas também para o
restante do mundo. Além disso, de todas as florestas tropicais do mundo, a Amazônia é a única
que ainda está conservada, em termos de tamanho e diversidade.
No entanto, à medida que as florestas são queimadas ou retiradas e o processo de aquecimento
global é intensificado, o desmatamento da Amazônia gradualmente desmonta os frágeis
processos ecológicos que levaram anos para serem construídos e refinados.
Ironicamente, enquanto as florestas tropicais úmidas diminuem continuamente, o trabalho
científico realizado nas últimas duas décadas jogou um pouco de luz sobre os vínculos
essenciais que existem entre a saúde das florestas tropicais e o resto do mundo [...].
WWF Brasil. Por que a Amazônia é importante? Disponível em: http://www.wwf.org.br, Acesso em:
13/09/2013.
Sobre a Floresta Amazônica, considere as seguintes afirmações:
I. Evapotranspiração intensa e produção de umidade;
II. Vegetação densa e fechada;
III. Produção de oxigênio para o planeta;
Dentre as alternativas acima, aquela (s) que demarca (m) corretamente a importância da
Floresta Amazônica para a biosfera é (são):
a) I
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) I, II e III