Post on 10-Aug-2018
Alexander C. Vibrans; Alexandre UhlmannLucia Sevegnani; Lauri A. Schorn
Moacir Marcolin
Inventariar e analisar composição e estrutura dos remanescentes florestaisdo estado de Santa Catarina
Antecedentes:
• Inventário Florestal Nacional (1980)
• Inventários estaduais recentes:•Rio Grande do Sul 2000/2001
•Minas Gerais 2003/2005•São Paulo 2003/2005
• Grupo de trabalho IFNServiço Florestal Brasileiro
(SFB/MMA) + Embrapa2005-2007
Proposta p/ Metodologia IFN2007
Objetivos do IFFSC: 5 metas*!
1.Informatizar e integrar os herbários catarinenses
2.Inventariar e analisar composição e estrutura dos remanescentes florestais do estado de Santa Catarin a (FURB);
3.Avaliar a diversidade genética de populações de Araucária angustifolia , Dicksonia sellowiana, Ocotea porosa e de outras espécies, visando fundamentar estratégias efetivas de conservação (UFSC);
4.Analisar aspectos socio-econômicos das florestas remanescentes e de suas espécies (SAR);
5.Elaborar um SIG florestal, disponibilizado on line, via web-server (EPAGRI) .
* motivada pela Res. CONAMA 278/2001
Meta 2 do IFFSC:
componente 1: sensoriamento remoto
• levantamento quantitativo da cobertura florestalSAR 2005 (imagens Landsat 2003)FATMA e empresas contratadas (mapeamento a partirde imagens Spot 4/5 de 2005/2006)
componente 2: inventário terrestre
• levantamento qualitativo das florestas: inventário dos remanescentes com ênfase florístico e nasespécies ameaçadas de extinção FURB – DEF/DCN.
Metodologia IFN x Metodologia IFFSC:
compatibilidade
Objetivos da Meta 2 do IFFSCFURB
- determinar a composição florística(vegetais vasculares) dos componentes
- arbóreos, arbustivos- das herbáceas e epífitos
- analisar a estrutura horizontal e vertical dos remanescentes;
- analisar estado de conservação
- estimar o estoque de mad./biomassa
- fornecer subsídios para elaboração dalista das espécies ameaçadas .
Dr. Alexander Christian VibransCoordenação
Acadêmicos Ary Gustavo Wolff, Eron Marcos Santos, Susana Dreveck
Auxiliares de campo Deunízio Stano, Francisco Torres
Escaladores Alexandre Küster, Francisco Torres, Gislan Badiak, Simone Silveira
Eng. Flor. Eduardo Brogni, Eng. Florestal Guilherme Klemz, Biólogo André Luis de Gasper, Bióloga Marcela Braga Godoy, Biólogo Márcio Verdi
Equipes de campo
Biólogo André Luis de Gasper, acadêmicos Danilo Silva, Heitor Uller, Nayara Souza, Alciane Cé Valim
Herbário
Dr. Marcos SobralTaxomomia
Regiane Patrícia de SouzaAuxiliar administrativo
Eng. Flor. Débora Vanessa Lingner, acadêmicos Ary Gustavo Wolff, Tiago Barth, Helena Koch Furlani, Solange Maria Krug, Sivonir Ricardo Fuchs
Processamento de dados
Dr. Alexander Christian Vibrans, Dr. Alexandre Uhlmann, Dr. Lauri A. Schorn, Dra. Lúcia Sevegnani, MSc. Moacir Marcolin
Equipe científica
Metodologia • adequação à metodologia do IFN• amostragem sistemática (permanente)• unidade amostral em forma de conglomerado (4.000m2)• critério de inclusão:
• DAP ≥ 10 cm (estrato principal, 4 x 1.000m2)• h ≥ 1,50 e DAP <10cm (regeneração, 4 x 25m2)
IFN 20 x 20km
IFSC 10 x 10 km
Intensidade de amostragem
IFN : grade UTM de 20 kmIFSC : grade UTM de 10 km
(grade UTM de 5 km para FED)
UA Floresta Ombrófila Densa 178Floresta Ombrófila Mista 140Campos (Estepe) 30 Floresta Estacional Decídual 80Outras 12 Total SC 440
Mapa do ponto (1:20.000)
-mapeamento SAR 2005-mapeamento Probio/MMA 2006-mapeamento SPOT 2006
Fase II
Alexandre KüsterAnd ré Luís de GasperAry Gustavo WolfDeunizio StanoEduardo Brogni Eron SantosF rancisco TorresF rancisco Estevão CarneiroGislan Anderson BadjakGuilherme Klemz Helena KochMarcela Braga GodoyMárcio VerdiRony Paolin HaskelSusana DreveckSimone SilveiraSivonir Fuchs
A “ficha de acesso” (Ficha 1)
• Croqui de acesso • Coordenadas UTM de origem (local de pernoite equipe);• Coordenadas UTM de acesso (local onde é deixado o
veículo)• Tempo para chegar ao local do acesso, • Tempo para chegar ao local da UA;• Acessibilidade;• Descrição do acesso.
Ficha de “Dados do Conglomerado” (Ficha 2)
• Local, Município e Distrito;• Bacia Hidrográfica;• Tipo Florestal;• Coordenadas UTM do ponto central da UA;• Altitude;• Precisão das coordenadas do GPS; • Carta topográfica e fuso;• Horários de início e final do levantamento;• Nome e natureza (privada ou publica) da propriedade, • Nome e telefone do proprietário e relacionamento com o
mesmo (se ele fôr encontrado);• Distância e direção do deslocamento do ponto central
em relação à localização original prevista pela grade de 10x10km;
• Exposição do terreno;• Declividade;• Cobertura de copas, altura do dossel superior, classe da
floresta e sub-bosque, quanto à densidade de plantas;• Ocorrência de mudanças bruscas da vegetação (transição);• Inserção da UA em mata ciliar, sítio arqueológico ou local
destinado à pesquisa científica;• Evidências de antropismo;• Posição fisiográfica;• Solos: observações quanto ao impedimento de coleta, se
fôr o caso, a cor dos horizontes superficial (0-20 cm) e de sub-superfície (30-50 cm), a profundidade do lençol freático (quando encontrado) e a ocorrência de erosão;
• Espessura da serrapilheira;• Informações adicionais, principalmente no que se refere ao
entorno, motivo do deslocamento do conglomerado e a (eventual) redução da área de levantamento.
“Estrato Arbóreo” (Ficha 3) “Estrato Regeneração e Herbáceae” (Ficha 4):
Coordenadas UTM do centro no início e no final da subunidade;Altitude no início e no final da subunidade;Horários de início e final do levantamento da subunidade;Presença ou ausência de taquaras na unidade de regeneração de cada subunidade
Espécie, XY, DAP, Alt com. e total, Fuste, Sanidade, Tamanho da copa
Regeneração: espécie e altura total (> 1,50m)
1252996Total
404Ago. 2008
000Jul. 2008
15312Jun. 2008
14311Mai. 2008
10010Abr. 2008
12111Mar. 2008
1239Fev.2008
23815Jan. 2008
1147Dez. 2007
24717Nov. 2007
Total de UA visitadas
Nº de UA descartadas
Nº de UAlevantadasMês/ano
Numero de unidades amostrais (UA) visitadas, levantadas e descartadas.
10029Total
6,92Acesso negado
10,33Paredão ou afloramento rochoso
13,84Banhado, área alagada ou lagoa
3,41Reflorestamento de Araucária angustifolia
13,84Reflorestamento de Pinus sp.
27,68Fragmento muito pequeno
24,17Uso agrícola ou pecuário
%No de unidades descartadas
Causa
Unidades amostrais descartadas por causa.
Descrição fisionômica e fitossociológica de cada UA
• representação fito-fisionômica e estado de conservação do remanescentes
• síntese dos parâmetros fitossociológicos• as possíveis categorizações baseando-se em parâmetros da
RESOLUÇÃO CONAMA 04/1994 de 4 de maio de 1994, • a categorização baseada nas informações advindas do
campo e da análise fitossociológica• as espécies com maior valor de importância;• tabela com os índices fitossociológicos (parâm. estruturais) • fotografias de aspectos da vegetação • mapa com topografia e uso do solo• imagem Google Earth (se houver)
Nome Científico Família N DA DR DoA DoR VC DAPm Htm Hcm Volc
Dicksonia sellowiana Dicksoniaceae 266 665,00 50,76 32,09 63,24 114,01 23,30 3,06 2,33 42,39Clethra scabra Clethraceae 70 175,00 13,36 4,15 8,18 21,54 16,51 8,93 4,02 7,62Lamanonia ternata Cunoniaceae 40 100,00 7,63 3,27 6,45 14,08 16,98 8,57 3,93 5,56Myrsine gardneriana Myrsinaceae 38 95,00 7,25 1,36 2,68 9,94 13,02 7,41 2,91 2,00Mimosa scabrella Fabaceae 9 22,50 1,72 1,82 3,59 5,30 26,94 10,17 2,45 2,09Weinmannia humilis Cunoniaceae 15 37,50 2,86 0,62 1,22 4,08 13,29 7 2,72 0,87
morta * 11 27,50 2,10 1,00 1,97 4,07 20,68 7,27 2,75 0,64Ilex paraguariensis Aquifoliaceae 11 27,50 2,10 0,58 1,13 3,23 15,78 9,68 4,41 1,22Sapium glandulosum Euphorbiaceae 8 20,00 1,53 0,63 1,23 2,76 18,56 8 4,31 1,36Ocotea pulchella Lauraceae 2 5,00 0,38 1,07 2,1 2,48 50,85 17 6,25 2,27Drymis angustifolia Winteraceae 5 12,50 0,95 0,65 1,28 2,23 22,01 6,67 2,6 0,79Laplacea acutifolia Theaceae 5 12,50 0,95 0,48 0,94 1,90 19,34 9,58 4,17 0,92Prunus myrtifolia Rosaceae 4 10,00 0,76 0,35 0,69 1,46 19,42 10,75 5,38 0,80Myrsine coriacea Myrsinaceae 4 10,00 0,76 0,26 0,52 1,28 18,09 8,75 3,08 0,42Myrcia retorta Myrtaceae 3 7,50 0,57 0,32 0,63 1,20 21,67 9 3,83 0,54Drimys brasiliensis Winteraceae 4 10,00 0,76 0,17 0,33 1,10 14,60 8 2,73 0,22Cinnamomum amoenum Lauraceae 3 7,50 0,57 0,17 0,34 0,92 12,07 5,17 2,07 0,20Ilex theezans Aquifoliaceae 3 7,50 0,57 0,16 0,32 0,89 15,70 8 2,5 0,20Styrax acuminatus Styracaceae 3 7,50 0,57 0,10 0,19 0,77 12,74 6,33 3,33 0,17Cedrela fissilis Meliaceae 1 2,50 0,19 0,27 0,53 0,72 37,08 15,5 10,5 0,97Jacaranda puberula Bignoniaceae 1 2,50 0,19 0,26 0,51 0,70 24,03 6,5 3,25 0,38Myrciaria floribunda Myrtaceae 2 5,00 0,38 0,14 0,28 0,66 18,89 9 3,25 0,22Blepharocalyx salicifolius Myrtaceae 2 5,00 0,38 0,13 0,26 0,65 17,67 8,25 3,15 0,24Eugenia handroi Myrtaceae 1 2,50 0,19 0,15 0,3 0,49 27,76 9,5 2,5 0,19Solanum sanctaecatharinae Solanaceae 2 5,00 0,38 0,05 0,09 0,47 10,74 5,75 2,5 0,06Citronella paniculata Icacinaceae 1 2,50 0,19 0,10 0,2 0,40 15,76 8,75 3,75 0,20Vernonia discolor Asteraceae 1 2,50 0,19 0,10 0,2 0,39 22,92 9 3 0,15Styrax leprosus Styracaceae 1 2,50 0,19 0,04 0,08 0,28 14,80 6 3,5 0,07Gochnatia polymorpha Asteraceae 1 2,50 0,19 0,04 0,08 0,27 14,01 5,5 1,8 0,04Myrceugenia myrcioides Myrtaceae 1 2,50 0,19 0,04 0,07 0,27 13,85 6 1,8 0,04Inga marginata Fabaceae 1 2,50 0,19 0,04 0,07 0,26 13,37 5,5 2,5 0,05Vernonanthura discolor Asteraceae 1 2,50 0,19 0,03 0,06 0,25 12,73 6 1,8 0,03Ilex dumosa Aquifoliaceae 1 2,50 0,19 0,03 0,06 0,25 12,67 8,5 2,5 0,04Piptocarpha angustifolia Asteraceae 1 2,50 0,19 0,03 0,06 0,25 11,94 5,5 2 0,03Myrsine umbellata Myrsinaceae 1 2,50 0,19 0,02 0,05 0,24 10,82 3,5 2 0,03Baccharis semiserrata Asteraceae 1 2,50 0,19 0,02 0,04 0,23 10,06 5,5 * *
524 1310 100 50,75 100 200 20,10 5,72 2,93 73,00TOTAL
Principais dificuldades encontradas
• tempo de acesso ao ponto (2 a 7 horas), causas:• mapas na escala 1:100.000, parte desatualizados• extensão dos remanescentes • relevo e acidentes geográficos
• inconsistência do mapeamento, causada por:• mudanças recentes do uso do solo (desmate e conversão) • pequena extensão dos remanescentes• erros de interpretação (tanto em Landsat, como em SPOT)
Análise de dados coletados
A segregação dos remanescentes da Floresta Ombrófila Mista (FOM) em 3 categorias:
Vegetação florestal primária –
floresta bem conservada, com baixa influência antrópica, ausência de pastejo e de roçada do sub-bosque, eventualmente com exploração histórica de madeira, com amplitude diamétrica elevada, área basal média de 45,3 m2 (±13,9) por hectare, diâmetro médio de 23,8 cm (±2,1 cm), altura do dossel atual acima de 23,1 m, riqueza de espécies variável, sendo esta baixa quando da presença de xaxim (Dicksonia sellowiana); com espécies características (da região fitoecológica e das respectivas formações) presentes e com elevado valor de importância (VI).
Vegetação florestal secundária em estádio avançado –
vegetação predominantemente florestal em estado de conservação variável, com evidências de exploração histórica e/ou atualde madeira, raramente com roçadas, mas com pastejo freqüente, com área basal de 28,4 m2
(±11,3) por hectare, diâmetro médio (DAP) 20,7 cm (±3,4), altura do dossel média 19,5 m, geralmente formando mosaico vegetacional e de estados de conservação.
Vegetação Secundária em estádio médio –
vegetação predominantemente florestal, alterada, muito alterada ou em regeneração, com árvores esparsas, com roçadas e uso silvipastoril(inclusive exploração de erva-mate, pastejo e corte seletivo de espécies madeiráveis), com dossel descontínuo, inferior a 50% de cobertura, com área basal média de 21,1 m2 por hectare (±9,3 m2), diâmetro médio de 20,2 cm (±3,5cm), altura média do dossel de 19,3 m.
Município de Três Barras: 5 UA medidas (73esp./36 fam.)DAP ≥ 10cm : 66 esp./32 fam.; DAP<10 cm: 33 esp./24 fam.
AB total:28,06 m2/ha
Município de Curitibanos: 5 UA medidas (109esp./38 fam.)DAP ≥ 10cm : 95 esp./37 fam.; DAP<10 cm: 47 esp./21 fam.
AB total:26,58 m2/ha
análise dos dados
• por UA, comunidade
• por município, bacia hidrográfica, região
• por espécie, grupo de espécies
• por população
•....espacialização dos resultados• .... disponibilização no SIGEO