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Metabolismo do Etanol
Franciny Paiva
31/05/2011
Bioquímica II (CBI 148)
Etanol
• Molécula pequena• Solúvel em água• Absorvido no intestino por difusão passiva
Etanol ingerido
0 a 5%: metabolizado nas células do TGI alto (língua, boca, esôfago e estômago)
85 a 95%: metabolizado no fígado
Destino do etanol
• 80-90% oxidado no fígado• Restante distribuído para os outros tecidos• De 2 a 10% é expelido pela respiração ou
excretado na urina
bafômetro
Metabolismo do etanol
• 85 a 95%: metabolizado no fígado
Metabolismo pela ADH e ALDH
• ADH: álcool-desidrogenase
• ALDH: acetaldeído desidrogenase
• Presentes no citosol
•Subdivididas em 5 classes (I, II, III, IV e V)
• ADH classe I (ADH1, ADH2 e ADH3): mais abundantes no fígado e maior afinidade pelo etanol (Km de 0,05 – 4 mM)
•Fígado principal sítio de metabolização do etanol e de formação do metabólito tóxico (acetaldeído)
• Não possui mecanismos de regulação
Álcool desidrogenase
• Presente na mitocôndria
• Possui alta afinidade pelo acetaldeído e é altamente específica
• Menor atividade dessa enzima é considerada “fator anti-alcoolismo” – alta incidência em orientais
• ↑ acetaldeído: efeitos indesejáveis do etanol (náusea, vômitos, cefaléia e rubor)
• Tratamento para alcoolistas envolve a inibição da Acetaldeído-desidrogenase dissulfiram
Acetaldeído desidrogenase
• A maior parte do acetato formado no fígado pelo metabolismo do etanol vai para o sangue
• O acetato é captado e oxidado em outros tecidos, principalmente coração e músculo esquelético (↑ ACS II mitocondrial) → formação de acetil-CoA na matriz mitocondrial → Ciclo de Krebs
Destino do acetato
Destino do acetato
• Convertido em acetil-CoA (acetil-CoA sintase)
Ácidos graxos corpos cetônicos colesterol
Metabolismo do etanol pelo MEOS
• Sistema Microssomal Oxidante de Etanol (MEOS): contribui com 10 a 20 % da oxidação de etanol em consumidores moderados de bebidas alcoólicas
• Enzima responsável: CYP2E1 (isoenzima oxidase do citocromo P450)
ADH Km: 0,05 – 4 mM
CYP2E1 Km: 11 mM
• Uma maior porção de álcool ingerido é metabolizado por meio da CYP2E1 em níveis maiores de consumo do etanol do que em baixos níveis
Sistema Microssomal Oxidante de Etanol (MEOS)
• O consumo crônico de etanol aumenta os níveis hepáticos de CYP2E1 de 5 a 10 vezes
• ↑ depuração do etanol no sangue (maior resistência ao efeito do álcool)
• O acetaldeído pode ser produzido mais rapidamente do que pode ser metabolizado pela acetaldeído desidrogenase: aumento dos danos hepáticos e extra-hepáticos
• O etanol também interfere com várias outras enzimas do citocromo P450, podendo interferir com a detoxicação de uma série de medicamentos barbitúricos (fenobarbital)
•Produz radicais livres (envolve a transferência de e- desemparelhados)
Ocorre aumento porque não há regulação efetiva da oxidação do etanol
Altera quase todas vias metabólicas do fígado
Diminui via glicolítica e ciclo de Krebs
Inibe a beta-oxidação
Aumenta síntese de TG → Esteatose
Aumenta conc. lactato → acidose lática diminui excreção de ác. úrico → GOTA
Inibe a gliconeogênese (desvio do substrato piruvato) coma alcoólico
Efeitos agudos do etanol causados pelo aumento da proporção de NADH/NAD+ no fígado
Efeitos tóxicos do metabolismo do etanol
Etanol e formação de radicais livres
MEOS
Radicais livres(CH3CH2O)
↑ Estresse oxidativo no fígado
INFLAMAÇÃO
NECROSE
CÂNCER
Efeitos tóxicos do metabolismo do etanol
• Alcoolismo principal causa de doenças hepáticas
• Entretanto, apenas de 10 a 20 % dos alcoólatras crônicos evoluem para cirrose
• Evolução pode durar de 6 a 20 anos, dependendo da quantidade diária ingerida
• Inicia com acúmulo de triacilgliceróis no fígado Esteatose
• Alterações de estruturas das células
• Hepatite alcoólica lesão inflamatória e degenerativa
• Cirrose hepática fígado diminui de tamanho (fibrose) e apresenta nódulos regenerativos que ainda mantém alguma função
• Insuficiência hepática progressiva
Efeitos tóxicos do metabolismo do etanol
Doença hepática alcoólica