Post on 19-Jan-2019
Mesa Redonda – EIXO 1 – Processo de
ensino-aprendizagem na formação em
enfermagem
Tema 3: Desenvolvimento docente na pós-
graduação em enfermagem: quais os
desafios?
Prof. Dr. David Lopes Neto
Escola de Enfermagem de Manaus/Universidade Federal do Amazonas
1
DESENVOLVIMENTO DOCENTE
Fragilidades
Mudanças
FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
PROFISSIONALIZAÇÃO
2
FORMAÇÃO DOCENTE
Solução educacional
Construção de conhecimentos multicontextuais:
Sociais Culturais
Educacionais Profissionais
3
TRANSFORMAÇÕES E GLOBALIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO (Perrnoud, 2001)
Requer urgência associada à:
Formação continuada
Melhoria das práticas pedagógicas
PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE
4
PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM
Visíveis AVANÇOS em QUANTIDADE e QUALIDADE
ESFORÇOS COLETIVOS
TRABALHOS EXAUSTIVOS
COORDENAÇÃO DE ÁREA
DOCENTES
GESTORES
DISCENTES
5
CONJUNTURA TRANSFORMACIONAL
GARANTIA DE PROFISSIONALISMO DOCENTE POR MEIO DA
FORMAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
PÓS-GRADUAÇÃO COMO ESPAÇO PROPICIADOR DE
QUALIDADE NA FORMAÇÃO DOCENTE
6
PROFISSSIONALISMO DOCENTE (Libâneo, 1998):
Compromisso com o projeto político democrático,
Participação na construção coletiva do projeto pedagógico,
Dedicação ao trabalho de ensinar a todos,
Domínio da matéria e dos métodos de ensino,
Respeito à cultura dos alunos,
Assiduidade, planejamento e preparação de aulas etc
7
LÓGICA EDUCACIONAL DO DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DOCENTE
Compreender como o docente evolui na carreira
Aspectos a serem observados na formação:
Formação continuada: gradativa e processual
Instituição de Ensino Superior: políticas
Condições de trabalho e materiais:estrutura
Interação docente-gestores e colaboradores: diálogo
RITOS DE PASSAGENS SIMBÓLICAS E SIGNIFICATIVAS DE APRENDIZAGENS
REDIMENSIONADORAS DE CONCEPÇÕES E FAZERES.
8
DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR DE ENFERMAGEM
AGIR HUMANO:
Seres sociais, educadores, mediadores do processo
ensino-aprendizagem por meio de relações interpessoais
VIVÊNCIAS
EXPERIÊNCIAS
9
EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS
DIFERENTES ESPAÇOS E CENÁRIOS INTRA E EXTRA ACADEMIA
Laços
Vínculos
10
PHYLIA
Amorosidade amigável docente-discente
FORTALEZA DAS RELAÇÕES HUMANAS EM PROL DA BUSCA DO CONHECIMENTO
FORMADOR (professor-orientador)
FORMANDO (mestrando)
11
FENÔMENO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM
TEMPOS PRECÁRIOS
AMADORISMO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
AMADORISMO DOCENTE
Mácula da competência pedagógica do professor
universitário
12
ANTÍDOTO PARA O FENÔMENO DA EDUCAÇÃO
SUPERIOR EM TEMPOS PRECÁRIOS
PROFISSIONALISMO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
PROFISSIONALISMO DOCENTE
Contrapõe a não exigência de uma formação que
contemple os saberes didático-pedagógicos.
13
AFIRMAÇÃO
A formação docente da educação superior do Brasil
está contida nos objetivos dos programas de pós-
graduação stricto sensu, considerando-os como locus
de formação docente de qualidade.
14
QUESTIONAMENTO:
O que entendemos por profissionalismo didático-
pedagógico na educação superior?
O dicionário assim conceitua:
“procedimento característico dos bons profisssionais
(seriedade, competência, responsabilidade e ética) no que
rege ao seu campo de trabalho”, isto é, o agir ético no ofício
de ser educador.
15
QUESTIONAMENTOS PARA REFLETIRMOS:
1 – Quem são os docentes dos cursos de graduação de enfermagem?
2 – Quais suas experiências e vivências no mundo do trabalho de enfermagem, especialmente, na Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde?
3 – Quais suas titulações? Especialistas? Mestres? Doutores?
4 – Qual o perfil do docente de enfermagem e de outrasprofissões que atuam nos cursos de graduação de enfermagem?
16
REFLETINDO SOBRE O PERFIL DOCENTE
(NOVOS DOCENTES/DOCENTES NOVOS)
Enfermeiro ou outro profissional, recém-graduado ou
com menos de três anos de formado, sem ou com
pouca experiência profissional no campo assistencial
e no magistério superior, leia-se aí, menos de três
anos, mas com título de mestre ou doutor.
17
ANÁLISE DO PERFIL DOCENTE À LUZ DAS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO/PÓS-GRADUAÇÃO
Políticas complementares para fortalecer e estabelecer umensino de graduação de qualidade
Órgãos reguladores e avaliadores da educação superior –indicadores de qualidade
CAPES – pós-graduação: formar docentes para o ensinocom foco na pesquisa
Docentes titulados e qualificados para o magistério superior– exercício no ensino de graduação
18
Instrumento de Avaliação de Curso INEP/MEC
Dimensão 2: Corpo docente
Indicadores de qualidade: (Nota 5)
Titulação
Regime de trabalho (20/40 horas)
Experiência Profissional (+ de 3 anos)
Experiência Magistério Superior (+ de 3 anos)
19
ANTAGONISMOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Profissionalismo Docente X Amadorismo Docente
Relembrando o perfil docente da atualidade,
excetuando-se os poucos docentes antigos.
20
REFLETINDO SOBRE:
O QUE EXIGIMOS NA SELEÇÃO DE CANDIDATOS
AO MESTRADO/DOUTORADO?
O QUE EXIGIMOS PARA UM DOCENTE PRESTAR
UM CONCURSO PÚBLICO PARA A CARREIRA NO
MASGISTÉRIO SUPERIOR?
21
ATENÇÃO:
Será que a graduação e a pós-graduação stricto sensu
estão articuladas e dialogando entre si, em prol de
uma graduação de qualidade?
Vamos verificar o que não exigimos como prioridade e
com critérios para seleção seja candidato a
mestrado/doutorado ou contratação de docente:
Por exemplo:
Não exigimos experiência profissional nem experiência no
magistério superior acima de três anos.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL: descumprimento das
exigências do Inep/MEC
DESAFIOS:
Revisar os critérios de seleção para candidatos dos
programas de pós-graduação
Sugerir às coordenações e gestores de cursos de
graduação que, também, revisem seus critérios para
contratação ou seleção de docente para a graduação.
Notas para compreender a contribuição da pós-
graduação para o desenvolvimento docente
REQUER análise da organização e estrutura dos programas
de pós-graduação.
Referências básicas/complementares relacionadas à
educação superior:
Institucionais: PDI, PPC
Entidades de Classe: Cartas da ABEn-Nacional, Leis/Cofen.
Capes: proposta regimento do programa de pós-graduação
25
OUTRO AVANÇO DA PÓS-GRADUAÇÃO
Fechar lacunas de falta de programas por região:
Ofertando MINTER e DINTER nas regiões menos
favorecidas
Criando novos programas de Mestrado/Doutorado
Acadêmico/Profissional
CONSEQUÊNCIA DA ESCASSEZ DE MESTRDO
PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Demanda reprimida de enfermeiros dos serviços
buscando mestrado acadêmico (sem perfil
docente/pesquisador)
Projetos de atuação em detrimento de projetos de
pesquisa – retrabalho professor-orientador
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DEENFERMAGEM
Seguem rigorosamente as normas da Capes.
Portaria Capes 91, de 27/07/2015.
Artigo 2o: os programas de pós-graduação devemadequar-se ao PDI das IES… áreas de concentração,linhas e projetos consistentes.
CONGRUÊNCIA PÓS-GRADUAÇÃO - GRADUAÇÃO
QUESTIONAMENTO CRÍTICO-REFLEXIVO:
Os nossos programas de pós-graduação em
enfermagem estão formando enfermeiros docentes e
pesquisadores, com foco no ensino com pesquisa?
O MOVIMENTO DO ESTÁGIO DE DOCÊNCIA
Ferramenta:
Formação teórica, metodológica, técnica e prática
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO MODELADO NOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS, METODOLÓGICOS E DE CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS.
OUTROS DESAFIOS:
1 – Constituir-se num espaço de construção de saberesdidáticos e pedagógicos por meio da criação de núcleos
2 – Desenvolver maior articulação com a graduação, fomentando a consciência crítica do docente pós-graduandopara sua importância no ensino de graduação.
3 – Despertar no mestrando a consciência crítica de suafunção docente.
4 – Empreender práticas de formação que permita o professor-orientador se reconhcer como formador de profissionais da docência (ensino) e da pesquisa.
5 – Ampliar o conceito de função docente em enfermagem: de uma posição amadorística para profissional.
REFLEXÃO FINAL 1
“A construção de um novo docente em saúde
[enfermagem] exige a configuração de processos de
formação que assumam a prática [docente] como eixo
estruturante, privilegiando o diálogo, a leitura crítica, os
saberes da experiência em articulação com os saberes
científicos, os significados e a problematização das
situações de ensino e aprendizagem” (Batista et al.,
2004).
REFLEXÃO 2
“criar e manter novos cenários/contextos (condições
objetivas) nos quais se estabeleçam vínculos
institucionais que estruturem a subjetividade
construída e nos quais os professores possam
construir novas identidades profissionais. As condições
de trabalho, a organização do tempo e do espaço
docente são fatores essenciais à profissionalização da
docência. (Núnhez, Ramalho, 2012).
Assim…
O desafio maior dos programas de pós-graduação stricto
sensu é formar, com qualidade, profissionais de
enfermagem para exercer a docência e a pesquisa com
profissionalismo, especialmente, na graduação.
Obrigado!